cópia de cartilha projeto

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Page 1: Cópia de cartilha Projeto

Superintendência de Agricultura Familiar - SUAF Superintendência de Desenvolvimento Agropecuário - SDA

Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola – EBDA. Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia – ADAB.

AÇÕES PARA FORTALECIMENTO DA AGRICULTURA FAMILIAR NO SEMI-ÁRIDO:

DISTRIBUIÇÃO DE CAPRINOS E OVINOS EM REGIME DE FUNDO ROTATIVO, COM MELHORAMENTO GENÉTICO.

CARTILHA ORIENTAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO E FUNCIONAMENTO

Page 2: Cópia de cartilha Projeto

I - INTRODUÇÃO A caprino-ovinocultura é responsável pela subsistência do homem do semi-árido. É nesta atividade em que muitos produtores encontram uma fonte de renda para sua família. E neste contexto o governo do estado da Bahia será mais um aliado ao pequeno produtor. As ações estão relacionadas com:

o Fornecimento de estrutura hídrica; o Manejo sanitário; o Assistência técnica, com implantação de

estações de monta, capacitação do produtor para garantir melhores índices zootécnicos e uma maior produtividade e uma maior rentabilidade;

o Prioridade para inclusão da população oriundas do programa Bolsa Família

o Base das ações nos princípios do associativismo, cooperativismo e na solidariedade a partir do sistema de fundo rotativo;

o Co-responsabilização das famílias, que devem implantar melhoramento de pastagem e manejo nas suas praticas de produção.

• Serão 128 municípios contemplados; • 10 comunidades por município; • 06 famílias por comunidade; • 5 matrizes por família; • 01 reprodutor para cada 30 fêmeas;

II - OBJETIVOS – Geral:

Melhorar a condição de vida das famílias nos municípios de mais baixo IDH da Bahia.

– Específicos:

• Geração de ocupação, renda e cidadania para agricultores (as) familiares.

• Aperfeiçoamento do sistema de organização comunitária;

• Experimentação em escala municipal do sistema de inseminação artificial;

• Melhoria dos rebanhos criados em regime comunitário nos fundos de pasto;

• Envolvimento das Secretarias Municipais de Agricultura no processo de trabalho e monitoramento dos resultados;

• Resgate da auto- estima e participação ativa e qualificada das famílias nos processos de produção e agregação de valor;

• Colaborar para a permanência das famílias no meio rural;

• Fomentar o associativismo e cooperativismo entre os agricultores (as);

• Funcionar como uma porta de saída do programa bolsa família;

• Articulação das ações dos órgãos do Estado e destes com o processo social territorial e local;

• Fomentar a conscientização ambiental, a preservação e recuperação dos recursos naturais.

• Articular as ações dos órgãos estaduais que trabalham com os agricultores famílias, entre si e com as comunidades, associações, cooperativas, sindicatos.

• Implantar de forma massiva o melhoramento nas praticas de manejo.

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Page 3: Cópia de cartilha Projeto

III - IMPLANTAÇÃO DOS SISTEMAS PRODUTIVOS Haverá três modalidades de trabalho: 1. Melhoramento genético a partir da implantação de 4 unidades de experimentação de inseminação artificial em municípios com rebanho numeroso; 2. Parceria com associações nos municípios com rebanho numeroso com disponibilização de reprodutores de alta linhagem; 3. Distribuição de fêmeas e machos, em municípios com tradição de criação, mas com rebanho ainda pequeno: a) A família receberá cinco matrizes melhoradas de caprinos ou ovinos, conforme as escolhas dos territórios. b) Cada comunidade terá 06 famílias beneficiadas, completando 30 fêmeas e receberá um reprodutor. c) As fêmeas recebidas deverão ser repassadas a família seguinte, escolhidas através do mesmo critério, no mesmo dia em que escolheu a primeira beneficiada. Na escolha da família já se definirá, no prazo de 18 meses, para quem será fornecida na mesma qualidade da anteriormente recebida.

IV - AJUSTE INSTITUCIONAL

Ao nível dos Territórios a EBDA, a ADAB, ATER credenciada e o representante territorial devem iniciar o processo de montagem das comissões municipais para escolha das comunidades e famílias a serem beneficiadas. É fundamental que isso se inicie de imediato para que dê tempo as famílias prepararem suas propriedades para receberem os animais e que dê

tempo a CERB ou outro órgão, quando for o caso, fazer o trabalho de implantação ou melhoria do sistema de abastecimento de água. As famílias serão acompanhadas por:

o Em todos, os caso, pela ADAB, em relação à questão sanitária.

o No caso de ATER, pela EBDA ou entidade de ATER que assiste a comunidade escolhida.

o Nos casos em que a comunidade ainda não seja atendida por ATER, deve-se discutir no município quem passa a fazer esse trabalho.

o As famílias atendidas escolhidas passarão a receber visita técnica duas vezes por mês. Na oportunidade das visitas, poderá haver mobilização da comunidade para o atendimento coletivo, junto com a família.

O projeto, para alcançar bons resultados, são necessários 3 níveis de ajustes institucionais:

CCOOMMIISSSSÃÃOOSEAGRI - SUACERB (SESEBRAE, SEFETAG, MSTASA, Consea,Famílias, CET, FUNCEP. CoSUAF, EBDACAR, Consea.

CCOOMMIISSSSÃÃOO EBDA, CAR, Prefeituras, Coope Movimentos dEfas, ATER creTécnica: EBDAATER credenciad

CCOOMMIISSSSÃÃRepresentante dSindicato dos Representante dadas AssociaçõeAssociações, Ate

EESSTTAADDUUAALL –– F, EBDA, ADAB

MARH), CAR, NAI, FETRAF, , MPA, CETA,

ONG´S, Escolas SEPLAN, SEDES, missão Técnica:

, ADAB, CERB,

TTEERRRRIITTOORRIIAALL

CERB, ADAB, erativas, Federações e Luta pela Terra, denciada. Comissão , CERB, ADAB, a.

TTEE

OO MMUUNNIICCIIPPAALL a Prefeitura, EBDA, Trabalhadores Rurais, Igreja, Representante s ou Central de

r credenciada.

CCOOMMIISSSSÃÃOO RRRRIITTOORRIIAALL DDEE

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Page 4: Cópia de cartilha Projeto

Cabe a Comissão Municipal, dentro dos critérios estabelecidos:

• Explicar o projeto para as organizações, comunidades e famílias;

• Explicar as responsabilidades de cada órgão público;

• Estabelecer o calendário de trabalho; • Discutir os critérios da escolha das

comunidades no município e das famílias contempladas por comunidade;

• Deixar claro que tais instrumentos, ao serem assinados por todos, em ATA, tem caráter jurídico perfeito;

• Levantar questões relacionadas à necessidade do aumento da capacidade de armazenamento de água na comunidade e o repasse imediato dessa demanda para a Comissão Territorial e Estadual;

• Levantar as necessidades de ampliação e implantação das espécies forrageiras e leguminosas, melhoramento das pastagens e estabelecendo reservas estratégicas;

• Execução de um plano de mobilização comunitária, de melhoramento da caatinga, de construção comunitária dos apriscos rústicos, de ampliação e implantação, de no mínimo um hectare de palma por família;

• Discussão e definição das responsabilidades, do uso dos equipamentos coletivos voltados para a produção de feno e silagem e da distribuição de pastoreio do reprodutor entre as famílias beneficiadas;

• Fazer uma ficha individual de cada família, padrão, a ser encaminhada pela Comissão Estadual;

• Elaborar o plano de Assistência Técnica do Município, contemplando as comunidades e definindo as responsabilidades de cada entidade e órgão;

• Elaborar um plano de qualificação apontando as necessidades de material didático para a comissão territorial;

• Elaborar o plano de Acesso ao Pronaf e ao Garantia Safra do município a fim de ampliar o alcance do programa as demais famílias e comunidade;

É ADEQUADO: a) Fazer uma apresentação (segue anexa) para as associações do município, em uma manha de trabalho; que as lideranças levem as informações e, na semana seguinte, voltar para discussão onde se definirá as comunidades. Em seguida, marca-se discussão nessas comunidades para escolhas das famílias. as famílias devem estar conscientes que elas passam a ser multiplicadoras das técnicas a serem implantadas, estando disposta a sempre estar conversando com todos sobre os trabalhos que vão ser feitos na sua propriedade, assim como as demais responsabilidades em relação ao repasse dos animais. Mensalmente, a comissão municipal deve procurar informação de como esta sendo o trabalho.

A contrapartida das famílias beneficiadas será:

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• Serviços de mão-de-obra na implantação dos sistemas de produção, de troca de experiências a partir de práticas

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inovadoras da sua propriedade orientado pelos profissionais de ATER;

• Cada família contemplada deverá devolver para a comunidade o equivalente ao produto recebido. Conjuntamente a esta ação, as comunidades deverão trocar entre si seus reprodutores a fim de evitarem-se problemas de consangüinidade. A família a ser beneficiada futuramente (após os 18 meses) deverá ser escolhida concomitantemente a primeira contemplada, a ser selecionada pelas organizações de base envolvidas pelo projeto e pela comunidade, monitorados pela Comissão Municipal;

• Levantamento da capacidade de armazenamento de água da comunidade e de possíveis locais de abertura de aguadas pela CERB ou de poços a fim de garantir a segurança hídrica do rebanho.

• É de fundamental importância o monitoramento do projeto, que será realizado mensalmente pela Comissão Municipal de Ater.

Sindicatos, associações e cooperativas e igrejas, devem estar em constante dialogo para avaliação e re-planejamento das atividades propostas. A Comissão Municipal deve fazer encontros articulando recursos locais, no território, para qualificação. Recomenda-se, a fim de aumentar a produtividade do rebanho o criterioso descarte de algumas classes animais, tais como:

Idosos com problemas nos dentes e nos lábios;

Que apresentem defeitos, tais como: queixada (prognatismo), agnatismo, criptorquidismo, hérnia escrotal e umbilical e defeitos de aprumos;

Hermafroditas (intersexos); Reincidentes de Linfadenite Caseosa (Mal

do Caroço) e doenças crônicas; Matrizes portadoras de mamite e cabras

portadoras de tetas excessivamente grandes e dilatadas, bipartida e/ou com duplo esfíncter;

Matrizes com mais de duas parições que produzam leite por menos de 6 meses e cabras que produzam menos leite que a média do rebanho;

Machos adultos excedentes; Machos caprinos mochos de nascimento; Reprodutores que tenham saco escrotal

excessivamente pendulosos, assimetria testicular e/ou apresentem orquite crônica;

Obs.: Esse descarte não deve ultrapassar 25% no efetivo do plantel.

V - CRITÉRIOS DE DISTRIBUIÇÃO DOS ANIMAIS E DO MATERIAL GENÉTICO AO NÍVEL DOS TERRITÓRIOS, MUICIPIOS, COMUNIDADES E FAMILÍAS.

• Territórios e Municípios que tenham tradição de criação de ovino-caprino.

• Municípios, dentro do Território, que estejam dentro dos IDH mais baixo.

• Municípios que já tenham criado ou criem a comissão municipal de Assistência Técnica, formado por membros do Sindicato, da EBDA, do Conselho Territorial, das Associações e cooperativas, de ATER credenciada, da Prefeitura, da CAR, CERB, ADAB (onde houver esses órgãos) articulado com o Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável, juntamente com a Criação da Comissão Municipal do Projeto.

• Comunidades que tenham associações comunitárias já estruturadas há mais de um ano e em funcionamento.

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• Famílias que sejam clientes da bolsa família, que tenham área de terra a partir de 5 hectares, que estejam dispostas a seguirem as recomendações técnicas, que tenham ponto de água para consumo animal já instalado próximo ou nas proximidades. Caso não tenha ponto de água próximo, que um dos órgãos envolvidos se comprometa a imediatamente, instalar um ponto de água seguro.

Page 6: Cópia de cartilha Projeto

Famílias que se comprometam a: o Assinar um documento, comprometendo-se

com as regras do programa, que consiste em: Aplicar as recomendações técnicas Fazer o aprisco rústico com os materiais

disponíveis na propriedade ou na região Fazer reserva de alimentos para o período

mais seco, e melhorar a caatinga com o plantio das espécies recomendadas e encontradas no município, incluindo:

Forrageiras Palma Leguminosas

Ter consciência de que o kit de animais não será uma doação, mas a implantação na sua comunidade de um fundo rotativo de inclusão social, a partir da caprino-ovinocultura.

Se comprometer a participar ativamente das atividades de qualificação a serem realizadas.

Os produtores e seus familiares receberão treinamento de todo sistema de produção. Os índices técnicos terão impacto nos demais criadores da comunidade. O trabalho a ser desenvolvido, do ponto de vista técnico, abrangerá o sistema de produção em geral. As famílias beneficiadas passam a ser também referência na aplicação de técnicas de manejo do rebanho e da caatinga. As Prefeituras Municipais devem ser incentivadas a participar ativamente, através da Comissão de ATER e da comissão municipal. VI - ASSISTÊNCIA TÉCNICA A capacitação de técnicos e produtores deve ser discutida com a participação de todos os agentes de ATER, SEBRAE, definindo-se uma coordenação, que pode ser a EBDA, CAR, SEBRAE ou outra a critério da discussão local e territorial.

O modelo de ATER deve ser estabelecido contemplando o projeto de caprino-ovinocultura e outras cadeias produtivas existente na unidade de produção, como a apicultura e outros, fortalecidos pelos compromissos dos parceiros no intuito do aperfeiçoamento da produção. O técnico e o produtor devem ter um olhar amplo sobre a propriedade e as potencialidades de produção e articulação do núcleo familiar, pensando e discutindo cadeias produtivas voltadas para o jovem, a mulher, a família como um todo dentro da sua unidade produtiva. VII - COMERCIALIZAÇÃO Preferencialmente, os animais devem ser comercializados ao nível local e territorial, a fim de ir impactando na melhoria do rebanho. Adicionalmente, a comissão municipal, com as cooperativas de agricultores devem procurar as unidades de beneficiamento mais próximas a fim de fazer uma parceria voltada para produção e comercialização. Também, será importante discutir ao nível local a parceria com o Banco do Brasil e Banco do Nordeste a ampliação das ações a partir do PRONAF.

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