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Coordenadoria Especial de Prevenção à Criminalidade Secretaria de Estado de Defesa Social Práticas e Saberes Estudo interdisciplinar da dinâmica de violências e criminalidade Laboratório: Centros de Prevenção à Criminalidade de Santa Luzia-MG

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Page 1: Coordenadoria Especial de Prevenção à Criminalidade Secretaria de Estado de Defesa Social Práticas e Saberes Estudo interdisciplinar da dinâmica de violências

Coordenadoria Especial de Prevenção à CriminalidadeSecretaria de Estado de Defesa Social

Práticas e Saberes

Estudo interdisciplinar da dinâmica de violências e criminalidadeLaboratório: Centros de Prevenção à Criminalidade de Santa Luzia-MG

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LaçosPrevenção à Criminalidade em Revista

Há que se tramar uma nova junta,há que se juntar os homense as mulheresnuma tropa só;há que se apertar os laços,há que se laçar os homense as mulheressem usar o nó.

É preciso traçar o abraço,é preciso crescer o traçosem mais demora;carece juntar as pontas,carece tramar a uniãologo agora.

Antes que se vá o sol,que se disperse a tropae se apague o traço,que se destroce a juntae se desfaça o laço,cedo, sem fazer alarde,antes que tardehá que se dar o abraço.

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"If you want a picture of the future, imagine a boot stamping on a human face--for ever."

Se você quer uma imagem do futuro, imagine uma bota prensando um rosto humano para sempre. Se você quer uma imagem do futuro, imagine uma bota prensando um rosto humano para sempre. G.Orwell - 1984, 1949

Mil Novecentos e Oitenta e Quatro é um livro escrito pelo escritor inglês George Orwell. 1984 retrata a vida em uma sociedade distópica aonde as pessoas são constantemente vigiadas e controladas por um governo totalitário, repressivo, e praticamente onipresente, liderado e representado pelo Grande Irmão, o misterioso e enigmático ditador do gigantesco país da Oceania, que consiste de boa parte do planeta. O protagonista, Winston Smith, é um funcionário do Ministério da Verdade, aonde ele trabalha modificando artigos de jornal, livros, e outros materiais do passado para fazer com que o partido que governa a Grã-Bretanha — ou Pista Número Um, por ser um ponto estratégico próximo ao país da Eurásia, pareça completamente infalível e onisciente. Winston, descontente com a situação em que vive, começa a escrever um diário, no qual ele relata suas idéias e opiniões sobre o regime.

Mil Novecentos e Oitenta e Quatro, escrito em 1948, causou um grande impacto cultural que se estende aos dias de hoje. exemplo disso é o reality show da TV o Big Brother, que empresta seu nome do ditador do livro.

· O Ministério do Amor lida com inimigos do Partido. O prédio no qual os membros do Ministério praticam tortura e lavagem cerebral também é conhecido como ··'O lugar onde não existe escuridão'.

· ··Neologismo : A Novilíngua, idioma oficial da Oceania, que é uma língua criada para agilizar a comunicação entre as pessoas, apagar conceitos e palavras que possam ser usadas contra o regime, e assim, neutralizar a capacidade das pessoas se expressarem no nível mais básico.

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Direito penal e crime. Estamos falando de quê?

• De uma política criminal assentada no Estado Democrático de Direito, portanto pautada em relações democráticas e nos principios básicos de dignidade humana, liberdade e igualdade.

De uma política criminal baseada na manutenção do status quo da classe dominante, dos privilégios de poucos sobre a maioria dominada, das desigualdades sociais. È esta política criminal, negativa aos direitos humanos, que o Estado Penal vem defendendo. Opção política histórica: políticas criminais “blindadas” de valorações sociais, políticas e econômicas. Perspectiva antidemocrática do exercício do poder.

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Por trás das diretrizes do poder

• A política de tolerância zero do Estado coercitivo percebe o crime como uma escolha feita pelo agente. Portanto, combater a criminalidade significa responsabilizar o autor sem que haja nenhuma relação com o contexto social, econômico e político. Assim, o Estado torna invisiveis as fontes geradoras de criminalidade, volta-se a combate de desvios pessoais deixando encobertos os desvios estruturais.

• Questão: o que resta? Consolidar o fato de pertencer a uma camada frágil da população e carregar o estereótipo predominante da criminalidade como se isso fosse normal. Ex: nas relações de controle social, o fato de residir no palmital já dá ao sujeito o status de criminoso.

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A funcionalidade do sistema penal

• Principal ângulo:O Direito Penal é pautado na desigualdade, seletividade e fragmentarização. Acomoda-se ao modelo capitalista de promoção da desigualdade na distribuição da riqueza e na desigualdade das relações de poder na sociedade, o que acarreta a hierarquização dos interesses em jogo: a manutenção da vida com dignidade ou a supervalorização e a superproteção da propriedade privada? Isso concorre para que as relações de subordinação e de exploração permaneçam cada vez mais evidentes, sendo o Direito Penal o suporte/mantenedor dessas mesmas relações de subordinação e de exploração dos individuos.

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Qual é o seu discurso?

Quadro atual: ausência de mecanismos institucionais necessários à execução de políticas públicas básicas, uma legislação penal que alimenta os maiores problemas gerados pelo capitalismo, um Estado que só atua sobre os individuos mais vulneráveis social e economicamente, uma superpopulação carcerária e a desumanidade na execução da pena.

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Teoria da Desorganização SocialTDS

Abordagem: sistêmica em torno das comunidades, entendidas como um complexo sistema de rede de associações formais e informais.

Variáveis: status socioeconômico; heterogeneidade étnica; mobilidade residencial; desagregação familiar; urbanização;

redes de amizades locais; grupos de adolescentes sem supervisão; participação institucional; desemprego; existência de mais de um morador por cômodo.

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Teoria do Aprendizado Social(Associação Diferencial)

Abordagem: Os indivíduos determinam seus comportamentos a partir de suas experiências pessoais com relação a situações de conflito, por meio de interações pessoais e com base no processo de comunicação.

Variáveis: Grau de supervisão familiar; intensidade de coesão nos grupos de amizades; existência de amigos com problemas com a polícia; percepção dos jovens sobre outros envolvidos em problemas de delinqüência; jovens morando com os pais; contato com técnicas criminosas.

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Teoria da Escolha Racional

Abordagem econômica: O indivíduo decide sua participação em atividades criminosas a partir da avaliação racional entre ganhos e perdas esperadas advindos das atividades ilícitas. É fundamentada no artigo de Becker (1968).

Variáveis: Salários; renda familiar; desigualdade da renda; acesso a programas de bem-estar social; eficiência da polícia; adensamento populacional; magnitude das punições; inércia criminal; aprendizado social; educação.

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Teoria do Controle Social

Abordagem: O que leva o indivíduo a não se envolver com a criminalidade? A crença e a percepção do mesmo em concordância com o contrato social (acordos e valores vigentes), ou o elo com a sociedade.

Variáveis: Envolvimento do cidadão no sistema social; concordância com os valores e normas vigentes; amigos delinqüentes; crenças desviantes.

Controle social: “ o que as outras pessoas da sua comunidade vão pensar de você", Se um indivíduo mora em uma comunidade em que é comum se envolver em atividades criminosas, tal controle não terá qualquer influência na decisão de se cometer ou não um crime, por outro lado, em uma comunidade coesa e organizada, ainda que pobre, na qual os moradores se conhecem e se ajudam, o controle social é elemento definitivo no controle da criminalidade.

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Teoria do Autocontrole

Abordagem: O não desenvolvimento de mecanismos psicológicos de autocontrole na fase que segue dos 2 anos à pré-adolescência, que geram distorções no processo de socialização, pela falta de imposição de limites.

Variáveis: Freqüentemente eu ajo ao sabor do momento sem medir conseqüências; eu raramente deixo uma oportunidade de gozar um bom momento.

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Teoria da Anomia

Abordagem: Impossibilidade de o indivíduo atingir metas desejadas por ele. Três enfoques: a) diferenças de aspirações individuais e os meios disponíveis; b) oportunidades bloqueadas; e c) privação relativa.

Variáveis: Participa de redes de conexões? existem focos detensão social? eventos de vida negativos; sofrimento

cotidiano; relacionamento negativo com adultos; brigas familiares; desavenças com vizinhos; tensão no trabalho.

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Teoria interacional

Abordagem: Processo interacional dinâmico com dois ingredientes: a) perspectiva evolucionária, cuja carreira criminal inicia-se aos 12-13 anos,ganha intensidade aos 16-17 anos e finaliza aos 30 anos; e b) perspectiva interacional que entende a delinqüência como causa e conseqüência de um conjunto de fatores e processo sociais.

Variáveis: As mesmas daquelas constantes nas teorias doaprendizado social e do controle social.

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Teoria EcológicaAbordagem: Combinação de atributos pertencentes a

diferentes categorias condicionaria a delinqüência. Esses atributos, por sua vez, estariam incluídos em vários níveis: estrutural, institucional, interpessoal e individual.

A explicação ecológica do crime passa por duas vertentes, as teorias de desordem física e de desordem social. A primeira relaciona o crime às características físicas das localidades, como prédios degradados, lotes vagos, etc, (Wilson & Kelling, 1982). A desorganização social se refere à incapacidade da comunidade de integrar valores comuns de seus residentes e manter um efetivo controle social (Shaw & Mckay, 1942; Sampson & Grove,1989).

Variáveis: Todas as variáveis anteriores podem ser utilizadas nessa abordagem.

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Nossa RESPOSTA ao Estado Penal

Os estudos técnicos dos programas de prevenção à criminalidade sobre a dinâmica da violência e da criminalidade nas regiões atendidas pela política de prevenção inaugura uma nova prática de produção de conhecimento sobre a violência e a criminalidade em escala interdisciplinar e institucional. Tal tarefa qualifica os profissionais para ocuparem seu lugar na política estadual bem como no mundo acadêmico.

Ao desenvolvermos um banco de dados com metodologia de mapeamento e análise, estaremos ampliando nosso olhar sobre os territórios e não sobre autores e vítimas, numa vinculação direta com as características físicas, econômicas, sociais e políticas que influenciam no comportamento criminal.

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Cuidado teórico metodológico

“A dinâmica criminal é um complexo processo causal e operacional que demanda esforços interdisciplinares e ousados de compreensão, tendo em vista a sua característica multiforme. Assim, também, a prevenção criminal deve ter um caráter multifacetado com a análise conjugada dos vários elementos que compõem o crime (Lei - crime e sistema de justiça - ofensor, ofendido e ambiente) e as variáveis sociais (qualidade de vida) nos seus diversos âmbitos: saúde, educação, moradia etc.)”

Sueli Andruccioli Felix. LABORATÓRIO DE ESTUDOS DA VIOLÊNCIA E SEGURANÇA - LEVS/UNESP.

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PRESPFoco: estudo do egresso

●Elementos objetivos do atendimento: categorias de gênero, cor da pele, faixa etária e escolaridade. Local de residência. Local do crime. Tipo penal. Antecedentes.

●Avaliação técnica – área direito: como o judiciário atua na aplicação da lei em Santa Luzia?

●Três áreas: Elementos subjetivos do atendimento: Relação entre a Lei (tipo penal) e o sistema de justiça: como o egresso percebe o processo penal e a aplicação da lei? Justificativa: avaliar a perspectiva da impunidade e a sujeição do individuo em razão do desconhecimento das leis penais.

Identidade e Cidadania: o egresso é o ator social: como o egresso se relaciona com a história do lugar onde ele vive? Para além do “ mapa” que localiza onde ele vive, precisamos compreender a rede de lugares na qual o egresso está inserido, os espaços nos quais eles podem praticar o reconhecimento do outro, afirmar suas diferenças, conhecer o espaço comunitário das lutas políticas (sua comunidade, sua cidade).

●Análise técnica psicologia e serviço social: leitura dos fatores de risco individual e social - estudo das variáveis: saúde, educação, empregabilidade (demandas de encaminhamento), relações familiares (violência doméstica) e comunitárias, dependência química

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CEAPA: Focos Estudo dos delitos e sua relação com a subsidiariedade do direito

penal ; Demandas de rede; Análise da dependência química; Relação com a polícia

●Elementos objetivos do atendimento: categorias de gênero, cor da pele, faixa etária e escolaridade. Local de residência. Local do crime. Tipo penal. Antecedentes.

●Avaliação técnica – área direito: como o judiciário atua na aplicação das penas e medidas alternativas em Santa Luzia?

●Três áreas: Elementos subjetivos do atendimento: motivação, levantamento de violências sofridas e/ou exercidas, envolvimento de familiares com a criminalidade.

●Avaliação técnica psicologia e serviço social:leitura dos fatores de risco individual e social - estudo das variáveis: saúde, educação, empregabilidade (demandas de encaminhamento), relações familiares (violência doméstica) e comunitárias, dependência química, papel da policia.

Page 21: Coordenadoria Especial de Prevenção à Criminalidade Secretaria de Estado de Defesa Social Práticas e Saberes Estudo interdisciplinar da dinâmica de violências

Mediação de ConflitosLeitura ecológica do crime a partir dos casos

coletivos●Estudo das características físicas da região (ambientes degradados,

urbanização, características das moradias, lotes vagos, etc.) e das ocorrências de crimes violentos obtidas nas reuniões do GEPAR.

●Características de organizaçao social da comunidade: capacidade de integrar valores comuns e de manter efetivo controle social. Existem organizações sociais formais (associações de bairro e/ou religiosas?). Existem formas de interação entre os membros da comunidade? Enfim, há espaços de criação de uma identidade social e comunitária?

Elementos : história do lugar – identidade e cidadania.

●Mapeamento das Políticas Públicas municipais●Policia e comunidade – a partir dos espaços de organização

comunitária (CONSEP's) que avaliem o desempenho das policias.

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Mediação AtendimentoFoco: relatos de violências, dependência química

e outras variáveis

●Elementos objetivos do atendimento: categorias de gênero, cor da pele, faixa etária e escolaridade. Relatos de violência e de dependência química.

●Direito e Psicologia: levantamento de violências sofridas e/ou exercidas, envolvimento de familiares com a criminalidade. Leitura dos fatores de risco individual e social - estudo das variáveis: saúde, educação, empregabilidade (demandas de encaminhamento), relações familiares (violência doméstica) e de vizinhança (ameaça), dependência química .

●Consulta GEPAR: principais delitos nas áreas atendidas (conflitos de vizinhança e intrafamiliares, violência doméstica, ameaça, abuso sexual)

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Fica Vivo!Foco: Análise espacial da criminalidade a partir

da dinâmica da rede de lugares

● Ocorrências de crimes violentos, distribuição das oficinas, histórico de conflitos e rivalidades, organização do tráfico de drogas por localidade.

●Identidade e Cidadania: como o jovem se relaciona com a história do lugar onde ele vive? Para além do “ mapa” onde se localizam os conflitos (territórios), precisamos compreender a rede de lugares na qual o jovem está inserido, espaços nos quais eles afirmam suas diferenças. Circulação, disputas por territórios. Consulta GEPAR: funcionamento do GEPAR na região, principais locais de ocorrências de crimes violentos, perfil dos delitos e horário, locais de uso e distribuição de drogas, faixa etária de vítimas e agressores, motivação dos crimes.

Page 24: Coordenadoria Especial de Prevenção à Criminalidade Secretaria de Estado de Defesa Social Práticas e Saberes Estudo interdisciplinar da dinâmica de violências

Leitura EcológicaNível Individual - Concordância com os

valores e normas vigentes; crenças desviantes. Ator: o indivíduo

Nível interpessoal - Desagregação familiar; grau de supervisão familiar; jovens morando com os pais; ligação filial. Ator: Família.

Nivel interpessoal: Redes de amizades locais; intensidade de coesão nos grupos de amizades; percepção dos jovens sobre outros envolvidos em problemas de delinqüência; contato com técnicas criminosas; amigos delinqüentes; desavenças com vizinhos;participa de redes de conexões? Existem focos de tensão social? Eventos de vida negativos; sofrimento cotidiano; relacionamento negativo com adultos. Ator: Amigos.

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Leitura EcológicaNível institucional: Grupos de

adolescentes sem supervisão; ligação e compromisso com a escola. Ator: Escola

Variaveis explicativas: Heterogeneidade étnica; mobilidade residencial; urbanização; grupos de adolescentes sem supervisão; participação institucional; status socioeconômico; aprendizado social. Ator: comunidade.

Tensão no trabalho. Ator: Ambiente profissional.

Participação institucional. Ator: Associações culturais, desportivas,religiosas.

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Leitura EcológicaNivel institucional: Estrutural Social Variáveis: Status socioeconômico;

desemprego; existência de mais de um morador por cômodo; adensamento populacional; inércia criminal; educação; salários; renda familiar per capita; desigualdade da renda; acesso a programas de bem-estar social. Ator: Estado.

Nivel institucional: Fluxo de justiça criminal

Variáveis explicativas: Eficiência da polícia. Ator: Polícia. Eficiência da justiça; magnitude das punições. Ator: Justiça. Participação em programas de reinserção. Ator: Unidades de reclusão .

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PALMITAL A

NOVA CONQUISTA

NOVA ESPERANÇA

PALMITAL B

SÃO COSME

VILA DAS ANTENAS

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Leitura interdiscplinar da dinâmica de violências e criminalidade

Ferramenta: banco de dados informatizado e atualizado imediatamente a cada registro de atendimento. Esses registros podem ser convertidos em pontos num mapa digitalizado, oferecendo uma inusitada visualização da dinâmica da violência nas regiões atendidas. Se a politica de prevenção pretender visualizar a violência doméstica por exemplo, o mapa mostrará as regiões atendidas, a cobertura da leitura, as principais ruas, horário, dias da semana, recursos de encaminhamento das vítimas, parentesco do agressor, etc. Resultado: planejamento mais preciso que combine os recursos de integração entre os programas e a rede local direcionando os resultados da prevenção. As metodologias de diagnóstico ja temos. Falta a análise integrada.

Page 32: Coordenadoria Especial de Prevenção à Criminalidade Secretaria de Estado de Defesa Social Práticas e Saberes Estudo interdisciplinar da dinâmica de violências

SÃO COSME

Page 33: Coordenadoria Especial de Prevenção à Criminalidade Secretaria de Estado de Defesa Social Práticas e Saberes Estudo interdisciplinar da dinâmica de violências

Mapeamento de ruas- São Cosme

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Dados PRESP – Perfil Egressos São Cosme

Gênero: masculinoFaixa etária: 60% de 20 a 25 anosCor: 90% brancos ou pardosEscolaridade: ensino fundamental incompletoEmpregabilidade: 100% emprego informalFamilia: residem com a familia de origem ou constituídaFator de risco comum: baixa escolaridade, baixa renda,

discriminaçãoUso de drogas: Licitas: alcool e cigarro. Ilícitas: maconha,

cocaína e crackRelação com a comunidade: sem relações. Tempo de

reclusão: de 2 a 5 anos. Obs.: Um selecionado como Jovem aprendiz

Page 35: Coordenadoria Especial de Prevenção à Criminalidade Secretaria de Estado de Defesa Social Práticas e Saberes Estudo interdisciplinar da dinâmica de violências

Perfil PRESPO egresso como “objeto” da sanção penal: posição de

sujeição e resignação.Comarca da instrução: Santa Luzia – 80%. Execução: 100%.Regime: 60% liberdade condicional. 40% prisão domiciliar

combinada com participação em grupo temático de substituição de condicionalidade

Antecedentes: 60% primários. 40% com condenação penal anterior.

Perfil dos delitos dos egressos residentes no São Cosme: 60% roubo (art. 157), 20% atentando violento ao pudor (art. 214), 20% tráfico ilícito de entorpecentes (art. 33 da Lei 11.343/06).

Page 36: Coordenadoria Especial de Prevenção à Criminalidade Secretaria de Estado de Defesa Social Práticas e Saberes Estudo interdisciplinar da dinâmica de violências

PRESP – Atuação do Judiciário

Parceria PRESP: Fluxo eficiente de informações com relatorios de acompanhamento psicossocial (relatos de alcoolismo e drogadicção, inclusão no sistema formal de ensinao, encaminhamento a curso profissionalizante e/ou mercado de trabalho).

Parceria APAC ( Associação de Proteção e Assistência ao Condenado) regime prisional com metodologia diferenciada. Implantação do Projeto Novos Rumos.

Page 37: Coordenadoria Especial de Prevenção à Criminalidade Secretaria de Estado de Defesa Social Práticas e Saberes Estudo interdisciplinar da dinâmica de violências

CEAPA

Encaminhamentos

2%1% 14%

16%

5%1%6%1%26%

26%2%

Fica Vivo!

Mediação de Conflitos

Saúde

Educação

Educação Profissionalizante

Habilitação

Alimentação

INSS

Retirada de documentos

CRAS

Dependência química

Page 38: Coordenadoria Especial de Prevenção à Criminalidade Secretaria de Estado de Defesa Social Práticas e Saberes Estudo interdisciplinar da dinâmica de violências

Perfil de delitos

Delitos

9%

48%

4%13%

10%3%2% 5% 6%

Desacato

Drogas

Furto

Jogo de azar

Dirigir sem habilitação

Ameaça

Violação de domicílio

Lesão corporal

Porte ilegal

Page 39: Coordenadoria Especial de Prevenção à Criminalidade Secretaria de Estado de Defesa Social Práticas e Saberes Estudo interdisciplinar da dinâmica de violências

•ESCOLARIDADE:ANALFABETO (1), E.F.INCOMPLETO (10), E.M. COMPLETO (3), E.M. INCOMPLETO (2), E.F. COMPLETO (02), NÃO DECLARADO (1).

ANALFABETO ENS. FUND. INCOMPLETO ENS. FUND. COMPLETO ENS. MED. COMPLETO ENS. MED. INCOMPLETO NÃO DECLARADO0

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•LOCAL DO CRIME: NA RUA (07), EM CASA (03), MINEIRÃO/BH (01), SUPERMERCADO S.L (01), HABIBIS V.N (01), NÃO ENCONTRADO (06).

NA RUA EM CASA MINEIRÃO/BH SUPERMERCADOS S.L HABIBS VENDA NOVA NÃO ENCONTRADO0

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•TIPO PENAL: ART. 28 (07), ART.89 (02), ART 309/310 (2), ARTS 33-140-171-334-306-163-244-47 (01)

58%

17%

17%8%

ARTIGO 28 (07)ARTIGO 89 (02)ARTIGO 309/310 (02)ARTIGOS 33-47-140-171-334-306-163-244 (01)

Page 42: Coordenadoria Especial de Prevenção à Criminalidade Secretaria de Estado de Defesa Social Práticas e Saberes Estudo interdisciplinar da dinâmica de violências

•ANTECEDENTES CRIMINAIS: SIM (01), NÃO(16), NÃO ENCONTRADO (02).

SIM NÃO NÃO ENCONTRADO0

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• GENERO: HOMENS (17) – MULHERES (2)FA IXA ETÁRIA: ENTRE 19 E 41 ANOS

HOMENS MULHERES0

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Page 44: Coordenadoria Especial de Prevenção à Criminalidade Secretaria de Estado de Defesa Social Práticas e Saberes Estudo interdisciplinar da dinâmica de violências

•COR DA PELE: PRETO (4), PARDOS (8), BRANCO (2), SEM DECLARAÇÃO (5).

PRETO PARDO BRANCO SEM DECLARAÇÃO0

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Page 45: Coordenadoria Especial de Prevenção à Criminalidade Secretaria de Estado de Defesa Social Práticas e Saberes Estudo interdisciplinar da dinâmica de violências

MOTIVAÇÃO: USO DE DROGAS (04), NÃ ENCONTRADO (10), DISCUSSÃO (02), ROUBO (02), VINGANÇA (01), DINHEIRO (01).

20%

10%

10%5%

5%

50%

Page 46: Coordenadoria Especial de Prevenção à Criminalidade Secretaria de Estado de Defesa Social Práticas e Saberes Estudo interdisciplinar da dinâmica de violências

VIOLENCIA SOFRIDA/ EXERCIDA: NÃO ENCONTRADA(13), NÃO (04), SIM (01), AGRESSÃO VERBAL (01).

SIM NÃO AGRESSÃO VERBAL NÃO ENCONTRADA0

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Page 47: Coordenadoria Especial de Prevenção à Criminalidade Secretaria de Estado de Defesa Social Práticas e Saberes Estudo interdisciplinar da dinâmica de violências

FAMILIARES COM ENVOLVIMENTO COM DROGAS/ CRIMINALIDADE: NÃO ENCONTRADA (13), NÃO (05), SIM (01).

SIM NÃO NÃO ENCONTRADA0

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Page 48: Coordenadoria Especial de Prevenção à Criminalidade Secretaria de Estado de Defesa Social Práticas e Saberes Estudo interdisciplinar da dinâmica de violências

FATORES DE RISCO: DESEMPREGO ( 03 ), BAIXA ESCOLARIDADE (09), NÃO ENCONTRADA (09), BAIXA RENDA (01), ENVOLVIMENTO

COM A CRIMINALIDADE (01).

3

9

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DESEMPREGOBAIXA ESCOLARIDADEBAIXA RENDAENVOLVIMENTO C/ CRIMINALIDADE

Page 49: Coordenadoria Especial de Prevenção à Criminalidade Secretaria de Estado de Defesa Social Práticas e Saberes Estudo interdisciplinar da dinâmica de violências

DEMANDAS ENCAMINHADAS: NÃO ENCONTRADAS (17), BOLSA família (02).

BOLSA FAMÍLIA NÃO ENCONTRADAS0

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2

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Coluna 1Coluna 2Coluna 3

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VIOLENCIA DOMESTICA, VIOLENCIA INDIVIDUAL E COMUNITARIA: NÃO ENCONTRADA (18), NÃO (01), DISCUSSÃO/ AGRESSÃO

VERBAL (01)

DISCUSSÃO/AGRESSÃO VERBAL NÃO HOUVE AGRESSÃO NÃO ENCONTRADA0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

1 1

18

Page 51: Coordenadoria Especial de Prevenção à Criminalidade Secretaria de Estado de Defesa Social Práticas e Saberes Estudo interdisciplinar da dinâmica de violências

DEPENDENCIA QUIMICA: SIM (10), NÃO (06), NÃO ENCONTRADA (03)

SIM NÃO NÃO ENCONTRADA0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

10

6

3

Page 52: Coordenadoria Especial de Prevenção à Criminalidade Secretaria de Estado de Defesa Social Práticas e Saberes Estudo interdisciplinar da dinâmica de violências

PAPEL DA POLICIA – ABORDAGEM VIOLENTA: NÃO ENCONTRADA (08), SIM( 03), NÃO (07)

17%

39%

44%

SIMNÃONÃO ENCONTRADA

Page 53: Coordenadoria Especial de Prevenção à Criminalidade Secretaria de Estado de Defesa Social Práticas e Saberes Estudo interdisciplinar da dinâmica de violências

Mediação de Conflitosperfil São Cosme

73%

27%

FemininoMasculino

Page 54: Coordenadoria Especial de Prevenção à Criminalidade Secretaria de Estado de Defesa Social Práticas e Saberes Estudo interdisciplinar da dinâmica de violências

Faixa etária dos atendidos pelo Mediação

2%

31%

40%

21%5%

Até 19 anosDe 20 a 34 anosDe 35 a 49 anosDe 50 a 64 anosAcima de 65 anos

Page 55: Coordenadoria Especial de Prevenção à Criminalidade Secretaria de Estado de Defesa Social Práticas e Saberes Estudo interdisciplinar da dinâmica de violências

Escolaridade

Sem Escolaridade

Não Informou

Superior Incompleto

Ensino Médio Completo

Ensino Médio Incompleto

Ensino Fundamental Completo

Ensino Fundamental Incompleto

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70%

0.0487804878048781

0.024390243902439

0.024390243902439

0.170731707317073

0.0487804878048781

0.0487804878048781

0.634146341463415

Percentual

Esc

olar

idad

e

Page 56: Coordenadoria Especial de Prevenção à Criminalidade Secretaria de Estado de Defesa Social Práticas e Saberes Estudo interdisciplinar da dinâmica de violências

Situação Econômica

Assalariado (a) / Empregado (a) com carteira assinada

Assalariado (a) / Empregado (a) sem carteira assinada

Aposentado (a) / Pensionista

Autônomo

Dona de Casa

Faz Bicos

Desempregado

0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35%

0.268292682926829

0.0487804878048781

0.170731707317073

0.121951219512195

0.0487804878048781

0.0487804878048781

0.292682926829268

Situ

ação

Atu

al

Page 57: Coordenadoria Especial de Prevenção à Criminalidade Secretaria de Estado de Defesa Social Práticas e Saberes Estudo interdisciplinar da dinâmica de violências

Relatos de Violência

88%

12%

Não Possui ViolênciaPossui Violência

Page 58: Coordenadoria Especial de Prevenção à Criminalidade Secretaria de Estado de Defesa Social Práticas e Saberes Estudo interdisciplinar da dinâmica de violências

Tipo de violência

100%

Violência Tipo 1A – Violência Física

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Cobertura dos programas

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Leitura

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Fica Vivo! Criminalidade Violenta

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O futuro dos resultados...

●Espaço de valorização das equipes e contribuição dos profissionais da política estadual de prevenção à criminalidade

● Ações coletivas e integradas, tais como projetos temáticos e coletivizações, feitos em parceria entre programas e com a rede parceira como foco em fatores de proteção incluindo-se o público CEAPA e PRESP.

●● Sistema de Defesa Social: fortalecer o espaço institucional da prevenção à criminalidade dentro do sistema de defesa social.

●Gestão :inserir a prevenção à criminalidade como pauta de segurança pública nos contextos das instituições políticas locais (executivo, legislativo e judiciário).

● Estado e Município: Base para Planos de gestão de investimentos sociais em infraestrutura urbana, habitacional, etc.