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  • Coordenao

    Prof. Dra. Tatiana Maria Cecy Gadda

    Pesquisadores

    Leticia Costa de Oliveira Santos e Niklas Werner Weins

    Comit Organizador

    Prof. Tatiana Gadda, Leticia Costa, Niklas Weins, Patricia Prcoma,

    Prof. Denise Rauber, Rafaela Scheiffer

    Comit Cientfico

    Prof. Christian Luiz da Silva, Prof. Denise Rauber, Prof. Jana Magaly

    Tesserolli de Souza, Prof. Jorge Tiago Bastos, Prof. Junior Garcia,

    Prof. Maclvia Corra da Silva, Prof. Ndia Puchalski Kozievitch,

    Prof. Priscila Zanon, Profa. Tamara van Kaick, Eliane Dumke,

    Gabriel Rezende, Bruno Motta, Marcelo Langer, Patricia Prcoma

    Voluntrios

    Alessandro Lunelli de Paula, Andressa de Borba Mendes, Bruna Elisa

    Schreiner, Camila da Silva dos Santos, Caroline Alves Lins de

    Albuquerque, Elis Cassiana Nakonetchnei dos Santos, Giovane

    Negrini Costa, Jacqueline Coelho Barbaresco, Larissa Galli Fontana,

    Leandra Ticianel Jardim, Lucas de Carvalho Turmena, Lucas Pedo,

    Maria Gianina Leguizamon Coronel, Nathaly Gasparin, Rafael Jos

    Pivetta, Raquel Guidolin De Paula, Suellen Giovanoni, Vernica Reis

    Campos

    Projeto grfico

    Larissa Galli Fontana, Leticia Costa de Oliveira Santos,

    Lucas Pereira Nery

    Apoio

    Parceiros

  • APRESENTAO ............................................................. 4

    PROGRAMAO ............................................................. 5

    MESAS REDONDAS ......................................................... 6

    SESSO 1: Urbanizao e mudana ambiental global 7

    SESSO 2 : Biodiversidade e Servios Ecossistmicos

    para o Bem-Estar Humano ....................................... 10

    SESSO 3: Governana, Legislao e Gerenciamento

    Urbano ..................................................................... 12

    SESSO 4: Economia Verde e o Valor da Natureza .. 15

    SESSO 5: Desenvolvimento social das cidades...... 17

    SESSO 6: A interdisciplinaridade das cidades

    .................................................................................. 21

    RESUMOS ..................................................................... 24

    A aura da arte em um friche industrielle: revitalizao

    dos espaos livres das Oficinas do Km 3, Santa Maria, RS

    ...................................................................................... 25

    A Bacia Hidrogrfica como unidade de planejamento: as

    inundaes em Itaja, SC .............................................. 27

    A gesto democrtica na reviso do Plano Diretor de

    Curitiba entre 2014 e 2015 .......................................... 29

    A proteo ambiental no ordenamento territorial: o

    Plano Diretor de Pontal do Paran............................... 33

    Anlise Comparativa da Temperatura de Superfcie na

    Pavimentao da Praa Garibaldi, Curitiba .................. 36

    Aplicabilidade dos Instrumentos Urbansticos na

    Promoo da Cidade Sustentvel ................................ 39

    Aproveitamento de guas Pluviais para Habitaes

    Sociais (Rainwater Harvesting For Social Housing) ...... 46

    Atelier Da Rua Piloto#Curitiba ..................................... 48

    Cidades inteligentes, sustentabilidade,

    ecodesenvolvimento e bem-estar humano: polticas

    pblicas e arranjos conceituais na cidade de Curitiba . 51

    Constructing a BRICS' path for sustainable

    development: Brazilian and Chinese Perspectives on

    Environmental Policies ................................................. 53

    Coturismo: uma anlise sobre a interao gerada entre

    usurios de plataformas digitais de hospedagem

    compartilhada .............................................................. 55

    Curitiba: Empreendedorismo e o Plano Diretor .......... 57

    Desafios para a Reduo de Risco de Inundaes e

    Alagamentos com Abordagem Ecossistmica em

    Municpios Brasileiros: o Caso de Joinville (SC) ........... 60

    Espaos Informais de Moradia e Direito Cidade: O

    caso de San Bls, Assuno, Paraguai .......................... 64

    Evoluo da Cooperao Universidade-empresa no

    Brasil ............................................................................. 66

    Mobilidade Urbana: uma anlise atravs do transporte

    coletivo na cidade de So Miguel do Oeste SC ......... 75

    O saber sobre a flora nativa de restinga em ambiente

    urbano: uma reviso bibliogrfica ............................... 84

    SUMRIO

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  • Infraestrutura cicloviria para cidades mdias o caso

    da Regio Oeste de Santa Maria, RS ............................ 70

    Mobilidade Corporativa: Taxonomia de medidas de

    incentivo bicicleta como transporte ao trabalho ...... 72

    Mudanas climticas e ambientais pelo olhar dos

    moradores do Parque Nacional do Superagui em

    Guaraqueaba (PR) ...................................................... 79

    Pagamento por Servios Ambientais como mecanismo

    para a conservao da biodiversidade e dos recursos

    hdricos em Piraquara, Paran ..................................... 84

    Para um Municipalismo Libertrio: reflexes crticas

    sobre o projeto poltico da Ecologia Social. ................. 93

    Plano de desenvolvimento fsico-territorial de bairro:

    interveno no bairro Dicono Joo Luiz Pozzobon,

    Santa Maria, RS ............................................................ 95

    Plano Diretor Inclusivo: desafio para uma metrpole . 97

    Produo do espao em Curitiba: Caso Ecoville .......... 99

    Projeto de horta comunitria inteligente em Centro

    Social de Guaraqueaba ............................................. 101

    Proposta de material didtico na educao ambiental

    em unidades de conservao: aplicao na escola

    Tagaaba Porto da Linha, (Guaraqueaba PR). ....... 103

    Proposta de Modelo Padronizado de Boletim de

    Ocorrncia de Acedente de Trnsito para o Meio

    Urbano ....................................................................... 105

    Reabilitao Urbana em reas Centrais: Caso da Rua XV

    de Novembro ............................................................. 107

    Saneamento e Paisagem: um potencial de

    transformao nas periferias ..................................... 110

    Smart cities e o turismo: uma abordagem conceitual

    sobre destinos tursticos inteligentes ........................ 112

    Telhados Verdes e Agricultura Periurbana: Estratgias

    Sustentveis para Habitaes de Interesse Social ..... 114

    Trocando resduos slidos por novos hbitos de vida no

    Municpio de Ivoti RS: Projeto Escambo ................. 117

    Via Calma na Avenida Sete de Setembro anlise da

    eficincia do ponto de vista da segurana viria ....... 119

  • 4

    Entre 22 e 24 de Agosto de 2016 ocorreu o Seminrio

    Internacional Cidades e Bem-estar Humano 2016 (SICB2016),

    na Universidade Tecnolgica Federal do Paran Campus

    Curitiba, organizado pelo Studio Cidades e Biodiversidade.

    A origem deste evento est atrelada a uma iniciativa

    de 2012 quando, a professora da UTFPR, Tatiana Gadda, foi

    chamada pelo Instituto de Estudos Avanados da Universidade

    das Naes Unidas para participar do exerccio de criar os

    chamados LBSAP ou Local Biodiversity Action Plans. Foram

    reunidos estudantes de todos os nveis de ensino com experts

    de vrias reas chave para o planejamento urbano,

    desenvolvimento e biodiversidade. Deste modo foi criado o

    Studio Cidades e Biodiversidade, do qual a Prof. Tatiana Gadda

    coordenadora.

    Em 2015 a chamada para participar do IPBES, a

    Plataforma Intergovernamental de Polticas de Biodiversidade

    e Servios dos Ecossistemas baseadas na Cincia, que

    impulsionou novas iniciativas de pesquisas sobre as relaes

    complexas entre seres humanos e a natureza. Assim o SICB

    nasce com o objetivo de reunir especialistas das mais diversas

    reas para retomar o debate relevante para subsidiar, o

    trabalho com o IPBES, por um lado, e a transferncia do

    conhecimento gerado servindo a polticas pblicas no nivel sub-

    nacional, em especial no contexto do estado do Paran.

    O Seminrio Internacional Cidades e Bem-estar

    Humano 2016, teve como proposta estimular o dilogo

    interdisciplinar sobre questes de bem-estar humano nas

    cidades e criar uma rede que mantenha este dilogo. O evento

    contou com palestras, mesas-redondas, apresentaes de

    trabalhos, visitas tcnicas e world caf, promovendo a difuso

    e a troca de conhecimento. Foram mais de 130 inscritos, 19

    palestrantes em seis mesas temticas e 36 trabalhos

    apresentados, que cobriram temas da biodiversidade do solo

    cultura de paz, da gesto urbana inteligente s hortas

    comunitrias.

    Agradecemos especialmente ao comit organizador,

    ao nosso comit cientfico e aos nossos voluntrios que fizeram

    possvel o grande sucesso deste evento! Que esta experincia

    possa seguir nos inspirando a produzir e articular o

    conhecimento que permeia disciplinas que compartilham do

    interesse de promover o bem-estar humano.

    Nas prximas pginas esto apresentados os

    principais Contedos das mesas-redondas e os Resumos dos

    trabalhos apresentados.

    Leticia Costa, Niklas Weins & Tatiana Gadda Studio Cidades e Biodiversidade

    APRESENTAO

  • 5

    PROGRAMAO

  • 6

    MESAS REDONDAS

  • 7

    Na primeira sesso do Seminrio Internacional

    Cidades e Bem-Estar Humano 2016 foram discutidos

    aspectos da urbanizao nas suas vrias dimenses. Jos

    Puppim fez uma fala a respeito do Crescimento Verde,

    em que questionava a efetividade do paradigma do

    crescimento verde em promover mudanas ambientais e

    na qualidade de vida das pessoas. Ele defendeu que o

    caminho para a sustentabilidade passa tambm por

    revises de sistemas polticos e econmicos e pela

    promoo de uma cultura da suficincia, que

    reconhece os limites ambientais em diferentes escalas.

    Francisco Mendona falou sobre o intenso processo de

    urbanizao do planeta e a intensificao dos riscos e

    vulnerabilidades socioambientais urbanas expondo

    diversas ocorrncias de e desastres no Brasil. Para ele, a

    cidade precisa ser compreendida como um sistema

    complexo, ou Sistema Ambiental Urbano. Professor Ing

    Liang Wong falou sobre mtodos de avaliao de energia

    e eficincia energtica no Brasil, no Reino Unido e em

    Taiwan, assim como as tendncias internacionais.

    Jos Puppim (UFGV, MIT-UTM) TBC: Green Growth:

    Illusion or alternative to development models?

    Jos Puppim professor

    pesquisador da Fundao

    Getulio Vargas (FGV/EAESP

    e FGV/EBAPE), Instituto

    COPPEAD de Administrao

    (UFRJ) e da Universidade de

    Fudan (China), alm de pesquisador associado do MIT

    Joint Program on Science and Policy for Global Change e

    da Universidade das das Naes Unidas (UNU-IIGH). Foi

    Diretor Assistente e Pesquisador Snior do Instituto de

    MESAS REDONDAS

    SESSO 1:

    Urbanizao e mudana ambiental global Moderao

    Tatiana Gadda

  • 8

    Estudos Avanados sobre Sustentabilidade da

    Universidade das Naes Unidas (UNU-IAS) no Japo

    (2009-2015). Tem mais de 20 anos de experincia em

    universidades, empresas, think-tanks, e rgos

    governamentais e internacionais em pesquisa, ensino,

    treinamento e gesto acadmica. Dentre outras

    atividades coordenou os Sudios de Cidades e

    Biodiversidade ao redor do mundo. Seu trabalho atual se

    concentra na economia poltica do desenvolvimento

    sustentvel, particularmente nos aspectos referentes

    governana, criao e desenvolvimento de instituies e

    implementao de polticas pblicas em diversos nveis.

    J coordenou diversos projetos de pesquisa e publicou

    sete livros e dezenas de artigos em revistas academicas

    nacionais e internacionais. Ele Engenheiro pelo Instituto

    Tecnolgico de Aeronutica (ITA), mestre em

    Planejamento Regional e Ambiental pela Universidade de

    Hokkaido, Japo e doutor em Planejamento pelo MIT -

    Massachusetts Institute of Technology, EUA.

    Francisco Mendona (UFPR): "Brazilian Urbanization and

    Environmental Management of Cities in Latin America, the

    Study of Urban Environment, the SAU - Urban Environmental

    System, Global Change & Climate and Cities"

    Francisco Mendona

    professor titular do

    Departamento de

    Geografia da UFPR.

    membro da Comisso de

    Climatologia da Unio Geogrfica Internacional (UGI), e

    da Sociedade Brasileira pelo Progresso da Cincia (SBPC),

    alm de consultor do Group on Earth Observations (GEO),

    dentre outros vnculos institucionais. Gegrafo (UFG),

    Mestre e Doutor em Geografia (USP), com nfase em

    Geografia Urbana e Impactos Ambientais e desenvolveu

    sua atividades ps-doutorais pelas LSHTM (Inglaterra),

    UNIVERSITE PARIS I (Frana) e UCHILE (Chile).

  • 9

    Ing-Liang Wong (Glasgow Caledonian University):

    Comparing Energy Efficiency Labelling Systems In The UK

    And Brazil: Implications, Challenges, Barriers And

    Opportunities

    Ing Liang Wong tem sido um

    professor em Desenho e

    Construo Sustentvel no Centro

    de Energia e o Ambiente

    Construdo da Caledonian

    University de Glasgow desde 2008.

    A sua experincia de trabalho inclui

    mtodos de avaliao de energia no Brasil, o Taiwan High

    Speed Rail Construction Project, bem como numerosos

    CPD para eventos profissionais e acadmicos. Ele recebeu

    seu PhD (Universidade de Ulster), especializando-se em

    simulaes detalhadas de energia de construo, clculo

    de custos de ciclos de vida e anlise de risco.

    Moderadora: Tatiana Gadda

    Tatiana Gadda Professora Associada da Universidade

    Tecnolgica Federal do Paran (UFTPR), onde coordena o

    projeto Studio Cidades e Biodiversidade. Seus interesses

    de pesquisa se concentram na apropriao dos recursos

    naturais das cidades e dos

    padres de consumo

    urbano em cidades com

    diferentes nveis de renda.

    Antes de vir UTFPR,

    Tatiana trabalhou para a

    Universidade das Naes Unidas no Instituto de Estudos

    Avanados em Sustentabilidade (UNU-IAS) no programa

    ecossistemas e humanos como Ps-Doutoranda.

    Na Sucia, antes de entrar na KTH, trabalhou

    como arquiteta no Escritrio de Planejamento da cidade

    de Gotemburgo. No Brasil, ela tem trabalhado como

    consultora em questes urbanas em vrios projetos. Ela

    membro especialista da Plataforma

    Intergovernamental sobre Biodiversidade e Servios dos

    Ecossistemas (IPBES).

    Ela tem graduao em Arquitetura e Urbanismo

    (PUC-PR), mestrado em Cincias de Ordenamento do

    Territrio do (Instituto Real de Tecnologia KTH, Sucia) e

    doutorado em Cincias Ambientais da Terra e Humanos

    (Universidade de Chiba, Japo).

  • 10

    A segunda sesso do Seminrio Internacional

    Cidades e Bem-Estar Humano 2016 deu espao s

    questes em volta da biodiversidade nos mbitos

    urbanos e periurbanos. George Gardner Brown

    apresentou sobre a riqueza da biodiversidade do solo e a

    variedade de servios ecossistmicos por ele providos,

    como o suporte de nutrientes, a regulao do clima a

    preservao de legado arqueolgico. Ele destacou a falta

    de ateno que em geral conferida aos solos e as perdas

    severas para o habitat e enfatizou a importncia da

    educao ambiental para a preservao. Betina Bruel

    falou sobre o panorama de iniciativas de conservao da

    biodiversidade nas cidades que podem contribuir muito

    com o aumento do bem-estar humano.

    George Gardner Brown (EMBRAPA): O solo e sua

    biodiversidade como fonte de servios ambientais

    essenciais para o ser humano

    George Gordon Brown

    pesquisador da Embrapa

    Florestas, e atua nos temas de

    ecotoxicologia, fauna do solo,

    minhocas e bioindicadores. Ele

    agrnomo pela Universidade de Wisconsin-Madison,

    mestre em Ecologia (Universidade da Georgia), e doutor

    em Ecologia (Universit Paris VI: Pierre et Marie Curie).

    Fez seu ps-doutorado na Embrapa.

    Betina Bruel (SPVS): Estratgias para a conservao da

    biodiversidade no ambiente urbano

    Betina Bruel tcnica em

    conservao da SPVS

    (Sociedade de Pesquisa

    em Vida Selvagem e

    Educao Ambiental),

    docente do Curso de Tecnologia em Gesto Ambiental

    das Faculdades Integradas Cames. Ela biloga (UFPR)

    e mestra em Biologia e Conservao (UFPR).

    MESAS REDONDAS

    SESSO 2 :

    Biodiversidade e Servios Ecossistmicos para o Bem-Estar Humano Moderao

    Prof. Tamara van Kaick, UTFPR-Curitiba

  • 11

    Moderadora: Prof. Tamara van Kaick

    Tamara van Kaick

    professora Adjunto da

    Universidade Tecnolgica

    Federal do Paran pelo

    Departamento Acadmico de

    Qumica e Biologia - DAQBI,

    professora no Curso de Ps-Graduao em Cincia e

    Tecnologia Ambiental e do mestrado profissional de

    Formao Cientfica, Educacional e Tecnolgica ambos do

    DAQBI e professora da Ps-Graduao em Meio

    Ambiente e Desenvolvimento da UFPR. assessora do

    Ncleo de Sade e Meio Ambiente da Pr Reitoria de

    Relaes Empresariais e Comunitrias da UFPR. Coordena

    o projeto de extenso "Vida gua" com o tema gesto

    de recursos hdricos, iniciado em novembro de 2009, e o

    Programa Jogada Certa - coleta seletiva da UTFPR,

    iniciado em 2010. Tem experincia na rea de Engenharia

    Sanitria, com nfase em Ecologia Aplicada Engenharia

    Sanitria, atuando principalmente nos seguintes temas:

    saneamento ambiental, tecnologia apropriada, wetlands

    construdos/ zona de razes, Educao Ambiental, gesto

    ambiental e desenvolvimento sustentvel; e no Ensino de

    Cincias atuando com alfabetizao cientfica,

    capacitao de professores na rea de Cincia e Biologia.

    Ela graduada em Bacharelado em Biologia e

    Licenciatura em Cincias pela (PUC-PR), graduada em

    Artes Plsticas - Gravura (EMBAP), especialista em

    Microbiologia Aplicada, mestre em Inovao Tecnolgica

    (UTFPR) e doutora em Meio Ambiente e

    Desenvolvimento (UFPR).

  • 12

    A terceira sesso do Seminrio Internacional

    Cidades e Bem-Estar Humano 2016 reuniu estudiosos das

    reas de direito e gesto para debater sobre o

    gerenciamento urbano em Curitiba. Alessandro Panasolo

    fala sobre a estrutura legal do programa de Reservas de

    Particulares de Patrimnio Natural Municipal (RPPNMs)

    em Curitiba, que estimula a preservao dos

    remanescentes vegetais na cidade. Dcio Nascimento

    falou sobre cooperao, que defende ser no apenas

    importante, mas mandatria para o sucesso de projetos

    e na gesto urbana. Ele explicou que diversos fatores

    contribuem para que a cooperao ocorra, como a

    confiana, a existncia de projetos comuns e a

    comunicao. Barbara Bessa fez sua fala acerca do direito

    ao meio ambiente enquanto direito coletivo. Ela

    apresentou a evoluo dos instrumentos legais

    municipais quanto abordagem sobre meio ambiente a

    as modalidades de proteo. Laila Seleme apresentou o

    projeto Curitiba 2035, que um plano estratgico, com

    um road map de desenvolvimento para a cidade de

    Curitiba produzido com metodologias participativas

    envolvendo diferentes atores.

    Alessandro Panasolo (Ordem dos Advogados do Brasil-

    Paran): Conservao de reas Verdes Urbanas Privadas

    Alessandro Panasolo

    advogado com atuao na

    rea de Direito Ambiental.

    Foi presidente da Comisso

    de Direito Ambiental da

    Ordem dos Advogados do

    Brasil - Seccional Paran,

    professor da UFPR no Departamento de Economia Rural

    e membro efetivo da Rede Latino-Americana de Direito

    Florestal - RELADEFA. Atualmente membro titular da

    Cmara Tcnica de Assuntos Jurdicos do Conselho

    Estadual do Meio Ambiente do Estado do Paran - CEMA.

    Ele graduado em Direito (Faculdades Integradas do

    Brasil), com aperfeioamento em Direito Processual

    Eleitoral, MBA em Gesto Ambiental (UFPR), mestre em

    Engenharia Florestal (UFPR), e doutorando em

    Engenharia Florestal (UFPR).

    MESAS REDONDAS

    SESSO 3:

    Governana, Legislao e Gerenciamento Urbano Moderao

    Prof. Denise Rauber

  • 13

    Dcio Estevo de Nascimento (Universidade Tecnolgica

    Federal do Paran-Curitiba): Confiana e cooperao na

    governana, legislao e gerenciamento urbano

    Dcio Nascimento

    professor da Universidade

    Tecnolgica Federal do

    Paran, vinculado ao

    Departamento Acadmico

    de Eletrnica, com atuao

    nos Programas de Ps-Graduao em Tecnologia (PPGTE)

    e em Planejamento e Governana Pblica (PGP). Dentro

    da sua rea maior de interesse, os processos e dinmicas

    de territorialidade e sustentabilidade, atua na pesquisa

    dos seguintes temas: Desenvolvimento territorial

    sustentvel, Redes sociotcnicas, Cidades, Estudos de

    futuro, Indicadores socioeconmicos e ambientais,

    Tecnologia e Inovao e Polticas pblicas. Lidera o Grupo

    de Pesquisa "Territrio: Redes, Polticas, Tecnologia e

    Desenvolvimento (TRPTD)". Possui graduao em

    Engenharia de Operao, Modalidade Eletrotcnica

    (UTFPR), especializao em Engenharia da Produo

    (UFSC), mestrado e doutorado em Cincias do Homem e

    Tecnologia (Universit de Technologie de Compigne,

    Frana) e ps-doutorado em Poltica Cientfica e

    Tecnolgica (UNICAMP-DPCT).

    Barbara Andrzejewski Massuchin Bessa (Ncleo Jurdico na

    Secretaria Municipal do Meio Ambiente): Desafios jurdicos e

    prticos na legislao ambiental urbana: Curitiba

    Barbara Bessa

    procuradora do

    Municpio, chefe do

    Ncleo Jurdico na

    Secretaria Municipal do

    Meio Ambiente desde 2012 e Conselheira do Conselho

    Municipal do Meio Ambiente - CMMA. Tambm

    membra da Cmara de Assuntos Jurdicos do Conselho

    Estadual do Meio Ambiente e tem larga experincia em

    assuntos ambientais e jurdicos. Possui mestrado em

    Direito (UniBrasil).

  • 14

    Laila Del Bem Seleme Wildauer (Federao das Indstrias

    do Estado do Paran): O Projeto Curitiba 2035

    Laila Seleme pesquisadora da FIEP-PR, na qual

    atua nas reas de planejamento estratgico, prospeco

    estratgica, planejamento setorial e territorial. Tambm

    atua como professora convidada dos Cursos de

    Especializao em Gesto Pblica e Gesto Pblica

    Municipal da Universidade Federal do Paran (UFPR). Ela

    graduada em Administrao de Servios (UMC) mestre

    em Administrao pela Universidade Federal do Paran

    (UFPR), na linha de pesquisa de estratgia.

    Moderadora: Denise Rauber, Universidade Tecnolgica

    Federal do Paran-Pato Branco

    Denise Rauber professora

    da Universidade

    Tecnolgica Federal do

    Paran - Pato Branco. Tem

    experincia na rea de

    Economia, com nfase em

    Economia dos Recursos Naturais, atuando

    principalmente nos seguintes temas: desenvolvimento

    sustentvel, economia ecolgica, gesto ambiental,

    recursos hdricos. Possui graduao em Cincias

    Econmicas (UFSM) e mestrado em Integrao Latino -

    Americana (UFSM) Doutoranda em Tecnologia (UTFPR)

    na Linha de Pesquisa Tecnologia e Desenvolvimento.

  • 15

    Na quarta sesso do Seminrio Internacional

    Cidades e Bem-Estar Humano 2016 foram contrastadas

    as prticas e as teorias sobre economia e

    sustentabilidade. Rolff Mitton fez uma exposio

    abrangente e interativa sobre as origens da vida dos

    recursos naturais renovveis e no renovveis e envolveu

    o pblico com as questes a respeito de como evitar a

    escassez de gua e como garantir o desenvolvimento da

    agronomia diante da escassez, e tambm explorou as

    oportunidades de desenvolvimento tecnolgico e

    otimizao de uso de recursos hdricos. Ele tratou das

    relaes dos humanos com a natureza e a

    sustentabilidade com base em suas experincias prticas

    no Haiti, nos Estados Unidos e no Brasil. Sueli Ota, explica

    o pensamento por trs do pagamento por servios

    ambientais desde suas origens e objetivos. Ela apresenta

    uma contextualizao das experincias feitas no Paran,

    no panorama brasileiro das tentativas de fazer mais

    sustentvel a nossa economia.

    Rolff Mitton (Universidade Federal do Paran): Natureza e

    Sustentabilidade

    Rolff Mitton engenheiro

    agrnomo pela Universidade

    EARTH (Costa Rica) e

    atualmente mestrando em

    Cincias do Solo (UFPR). Ele

    tem experincia com

    trabalho de desenvolvimento rural e comunitrio,

    atuando como gerente e administrador de fazendas na

    organizao Hands Together, no Haiti, onde ele trabalha

    at hoje. Ele foi honrado por liderana excepcional pela

    Fundao Kellogg e recebeu um prmio de liderana em

    negcio da Universidad Veracruzana (Mxico). Alm

    disso, ele tem realizado trabalhos prticos nos Estados

    Unidos.

    MESAS REDONDAS

    SESSO 4: Economia Verde e o Valor da Natureza Moderao

    Niklas Weins

  • 16

    Sueli Ota (Secretaria Estadual de Meio Ambiente do

    Paran): Pagamento por Servios Ambientais

    Sueli Ota coordenadora

    de Biodiversidade e

    Florestas da Secretaria do

    Meio Ambiente e dos

    Recursos Hdricos do

    Estado do Paran (SEMA).

    Tem experincia no desenvolvimento de tecnologias

    socioambientais direcionadas a atuao em mobilizao,

    educao ambiental, gesto, avaliao e monitoramento,

    alm de desenvolver projetos para populaes urbanas,

    rurais e para comunidades localizadas em reas naturais

    protegidas. Ela biloga, licenciada em Cincias,

    especialista em Limnologia (PUC-PR) e mestra em

    Agronomia (UFPR).

    Moderador: Niklas Weins, Universidade Tecnolgica

    Federal do Paran-Curitiba

    Niklas Weins tem

    experincia na rea de

    Desenvolvimento, Meio-

    Ambiente, Relaes

    Internacionais com nfase

    em Economia Poltica.

    Atualmente ele

    pesquisador no Studio Cidades e Biodiversidade apoiando

    pesquisas sobre o IPBES (Intergovernmental Science-

    Policy Platform on Biodiversity and Ecosystem Services),

    Servios Ambientais (gua, produo de alimentos) em

    reas urbanas e periurbanas, e desenvolve pesquisa

    sobre o Pagamento por Servios Ambientais em

    Piraquara (PR) para uma comparao de metodologias na

    China e no Brasil. Possui graduao (Bachelor of Arts) em

    East Asian Politics & Economics (Ruhr-Universitt

    Bochum, Alemanha). Durante os estudos realizou um

    semestre na Tongji University, Shanghai e outro semestre

    de pesquisas na Universidad Autnoma Metropolitana de

    Mxico sobre temas de economia e comrcio

    internacional.

  • 17

    Na sesso cinco do Seminrio Internacional

    Cidades e Bem-Estar Humano 2016 centrou-se nas

    abordagens e desenvolvimento social, com mudanas

    estruturais que vo desde a educao ao trabalho em

    cooperativas e dentro das empresas, e o

    empoderamento de grupos sociais excludos. Laura Costa

    falou sobre a experincia de educao ambiental no

    municpio de Cerro Azul (PR) que inclui treinamentos e a

    capacitao dos professores da rede pblica, incluso

    de tpicos de educao ambiental nas disciplinas e no

    calendrio escolar, retratando a realidade de um

    municpio pequeno e a limitao de recursos. Eduardo

    Feniman explora o conceito de desenvolvimento como

    uma mudana de paradigma frente a um sistema

    econmico opressor e apresenta a experincia de

    produo de alimentos (Comida Relacional) num sistema

    de cooperativa, em Palmeira (PR) que promove

    interessantes relaes entre cooperados e entre

    produtores e consumidores (ou co-produtores). Simone

    Polli e Marilene Zazula apresentaram o trabalho da

    Tecsol, a incubadora de tecnologia solidria da UTFPR-

    Curitiba, em particular o trabalho com a comunidade de

    catadores de material reciclvel da Ilha, em Almirante

    Tamandar (PR). Elas trataram de temas como a luta pelo

    trabalho digno, o empoderamento da comunidade, a

    autogesto e a economia solidria. Renata Cunha colocou

    a importncia de uma mudana nas empresas no sentido

    de incluir mais as mulheres e lhes atribuir mais

    responsabilidade e liderana por meio de mudanas na

    cultura das empresas, a estrutura e no emprego de metas

    para equidade. Nesta sesso constatou-se a necessidade

    de envolvimentos colaborao entre diversos atores em

    prol do desenvolvimento social.

    Laura Costa (Secretaria Estadual de Meio Ambiente-

    Paran): Educao Ambiental no Sistema Municipal de

    ensino - A experincia de Cerro Azul PR

    Laura Jesus Costa

    professora titular do

    Centro de Estudos de

    Lngua Estrangeira

    Moderna e diretora de

    um sindicato ambiental.

    Tem experincia na rea de Educao, com nfase em

    Educao Ambiental Popular Permanente, em especial

    organizaes de bairro e saneamento bsico. Ela

    MESAS REDONDAS SESSO 5:

    Desenvolvimento social das cidades Moderao

    Leticia Costa de O. Santos

  • 18

    graduada em Cincias pela Universidade Federal do

    Paran, em Letras pela UFPR, e em Farmcia e Bioqumica

    pela UFPR, especialista em Bioqumica pela UFPR, mestra

    em Contaminao Ambiental pela Universidad

    Politcnica de Madrid e doutora em Meio Ambiente e

    Desenvolvimento pela UFPR.

    Eduardo Feniman (Casa da Videira): A comida do campo

    mesa em redes de relacionamento entre produtores e

    comensais

    Eduardo Feniman pesquisador

    na Associao Casa da Videira na

    rea de Produo Vegetal

    Agroecolgica. Tem interesse

    nos tpicos de Agroecologia,

    Agricultura Urbana, Produo de Sementes,

    Gerenciamento de Resduos Orgnicos e Permacultura.

    Participou de formaes na rea de Agroecologia,

    Permacultura e Educao Ambiental. Ele pedagogo e

    mestre em Meio Ambiente e Desenvolvimento pela

    UFPR.

    Marilene Zazula & Simone Polli (Universidade Tecnolgica

    Federal do Paran-Curitiba/ Incubadora de Tecnologia

    Solidria): Comunidade Ilha: desafios para a conquista do

    direito a uma moradia digna e ao trabalho

    Marilene Zazula professora

    Permanente do Programa de

    Ps-Graduao em

    Tecnologia (PPGTE-UTFPR) e

    professora adjunta de Psicologia da mesma universidade.

    organizadora e integrante da TECSOL - Incubadora de

    Economia Solidria da UTFPR-Curitiba, membra do

    Conselho Municipal de Economia Solidria da Cidade de

    Curitiba. Participante do frum regional de Economia

    Solidria de Curitiba, Regio Metropolitana, do Litoral e

    Vale da Ribeira. Parceira em ONGs que atuam como

    entidades de apoio para o desenvolvimento da Economia

    Solidria e tem atuao com Economia Solidria e

    trabalhadores de materiais reciclveis, pessoas em

    situao de rua, coletivo de feira de Economia Solidria.

    Autora do livro: Economia Solidria: Os Caminhos da

    Autonomia Coletiva. Suas reas de interesse so

    Economia Solidria; Tecnologia Social; Psicologia Social

    do Trabalho; Psicologia Social Comunitria. Ela

  • 19

    psicloga (UFPR), mestra em Administrao (UFPR) e

    doutora em Psicologia Social (PUC/SP).

    Simone Polli docente do

    curso de Arquitetura e

    Urbanismo e da ps-

    graduao em Planejamento

    e Governana Pblica da

    UTFPR e lidera o Grupo de

    Pesquisa Cidades, Planejamento e Gesto, desenvolve

    pesquisa na rea de Conflitos Urbanos, alm de ser

    integrante da TECSOL. Anteriormente foi scia da

    Ambiens Sociedade Cooperativa. Ela Arquiteta

    Urbanista (UFPR), Mestre e Doutora em Planejamento

    Urbano e Regional pelo (IPPUR/UFRJ).

    Renata Cunha (Servio Social da Indstria): O

    Empoderamento das Mulheres como Premissa para o

    Desenvolvimento Sustentvel

    Renata T. Fagundes Cunha

    integrou o Grupo Nacional

    Assessor da Sociedade Civil

    da ONU Mulheres de 2012 a

    2015, certificada em

    Desenvolvimento Local com

    Perspectiva de Gnero pela OIT, e consultora da

    Comisso de Enfrentamento Violncia de Gnero da

    OAB PR. Coordenou o projeto Relaes de Gnero na

    Indstria: Metodologia SESI em Prol da Equidade

    (publicada em 2011 em parceria com a UTFPR).

    Atua como consultora em responsabilidade social

    e sustentabilidade pelo SESI-PR nas reas de Gesto para

    a Sustentabilidade, Gesto da Diversidade e Equidade de

    Gnero, Pesquisas Sociais, Investimento Social Privado,

    Articulao de Parcerias, entre outras. professora de

    cursos de ps-graduao nas reas de Sociologia,

    Responsabilidade Social e Sustentabilidade. sociloga

    (PUC-PR) e mestre em Histria Social do Trabalho/Cultura

    e Gnero (UNICAMP).

  • 20

    Moderadora: Leticia Costa de O. Santos, Universidade

    Tecnolgica Federal do Paran-Curitiba

    Leticia Costa atuou na rea

    de planejamento paisagstico

    e tem experincias em

    atividades de pesquisa e

    extenso universitria nas

    reas de Paisagismo, Artes,

    Planejamento Urbano e Ecologia Urbana. Realiza

    pesquisa nas reas de Paisagismo Ecolgico e

    Infraestrutura Verde, Servios Ecossistmicos, Reduo

    de Risco de Desastres e Processos Participativos de

    Planejamento. pesquisadora do Studio Cidades e

    Biodiversidade desde 2012. envolvida com movimentos

    sociais como o Coletivo Anlia - coletivo feminista da

    UTFPR-CT, Marcha das Vadias Curitiba. Bacharel em

    Composio Paisagstica (UFRJ) e finaliza o bacharelado

    em Arquitetura e Urbanismo (UTFPR).

  • 21

    A sexta sesso do Seminrio Internacional

    Cidades e Bem-Estar Humano mostrou a importncia de

    temas gerais que precisam ser incorporados nos debates

    interdisciplinares. Michelle Taminato coloca uma

    pergunta simples: por que no usar a felicidade como

    indicador do bem-estar? A partir de suas experincias em

    grandes empresas Michele defende que a Felicidade

    Interna Bruta (FIB) uma estrutura transdisciplinar de

    avaliao que pode funcionar na prtica! Na sua palestra

    Michelle fala das suas pesquisas na Tailndia, a China,

    Camboja, Laos, Myanmar, e o Buto sobre o tema da

    felicidade e sobre as possibilidades de aplicar esses

    indicadores em organizaes e empresas. Diego Baptista

    explora como aproveitar as oportunidades da

    globalizao para a criao de uma sociedade global mais

    justa, sustentvel e pacfica e potencializando a

    capacidade de cooperao entre os diversos atores da

    sociedade para fomentar oportunidades conjuntas,

    possvel superar os desafios comuns humanidade. Ele

    defende que a cooperao para o desenvolvimento a

    soluo mais vivel para a interdependncia e

    complexidade dos desafios atuais. Edite Querer traz o

    chamado para a construo do que chama de Cultura de

    Paz. Ela parte de diferentes metodologias como a

    pedagogia da cooperao, comunicao no violenta,

    construo de crculos de paz e transformao de

    conflitos e relata como tm sido colocar em prtica essas

    diferentes ferramentas atravs das vivncias com a rede

    colaborativa do Coletivo Nhandecy e demais redes. A

    palestra uma fonte de inspirao de como as

    organizaes podem buscar novas formas de se

    relacionar a partir de propostas mais autogestionrias e

    sustentveis. Esta sesso promoveu a reflexo sobre o

    significado real de desenvolvimento.

    Michelle Taminato (CollabSoul): Felicidade como base de

    Gesto de um Pas, o Buto

    Michelle Taminato atua como

    consultora de gesto na rea

    de mudana de gesto com

    foco em melhoria de

    qualidade e processos e

    levando em considerao

    sustentabilidade, bem-estar e

    equilbrio pessoal. Ela tem 13 anos de experincia em

    assistncia a organizaes pblicas, privadas e ONGs em

    MESAS REDONDAS

    SESSO 6: A interdisciplinaridade das cidades Moderao

    Marcelo Castilho

  • 22

    pases como Brasil, EUA, Canad, ndia e Japo alm de

    ter realizado pesquisa sobre a relao entre felicidade e

    outros fatores como longevidade, economia e poltica em

    diversos pases, dentre os quais, o Buto. Ela graduada

    em Relaes Internacionais e MBA em Gerenciamento

    Executivo (Baldwing Wallace).

    Diego Baptista (Sociedade Global): A integrao dos atores

    e solues na cidade

    Diego Baptista cofundador da

    ONG Sociedade Global e

    Consultor da NOZ

    Desenvolvimento e Cocriao

    em Sustentabilidade. Possui

    experincia profissional

    internacional no programa de

    Empresas, Microfinanas e Desenvolvimento Econmico

    Local do CIF/OIT e atua desde 2008 na articulao e

    desenvolvimento de organizaes, movimentos e redes

    locais e globais nos temas de educao para o

    desenvolvimento, liderana para a sustentabilidade,

    empreendedorismo social, desenvolvimento local e

    governana democrtica.

    Ele graduado em Relaes Internacionais pela

    Unicuritiba, especialista em Estratgia e Sustentabilidade

    Empresarial (Unifae) e mestre em Gesto do

    Desenvolvimento (Centro de Formao Internacional da

    OIT).

    Edite Querer (Instituto Nhandecy): A Construo de uma

    Cultura de paz aqui agora!

    Edite Querer da

    Coordenao do

    Educao Gaia Paran

    no Instituto Nhandecy,

    do qual cofundadora.

    Tem interesse nos

    tpicos de ecoeducao

    para a sustentabilidade, comunicao no-violenta,

    formao economia em solidria, ecologia profunda,

    processos participativos, criativos, jogos cooperativos e

    pedagogia da cooperao. Ela pedagoga e

    ecoeducadora, especialista em Jogos Cooperativos e

    Parapsicologia.

  • 23

    Moderador: Marcelo Castilho, CollabSoul

    Marcelo Castilho

    pesquisador e consultor

    focado no surgimento de

    conexes inovadoras nas

    relaes entre o indivduo e a

    coletividade atravs da

    colaborao e

    autoconscincia. Marcelo trabalha principalmente com o

    desenvolvimento organizacional e gesto da mudana

    com foco na relao entre a inovao, a capacidade de

    colaborao e mtodos de pensamento de design para

    alcanar resultados, considerando os aspectos de

    criatividade, sustentabilidade, bem-estar e equilbrio

    interior das pessoas. Esteve envolvido com vrios em

    programas de treinamento de inovao da empresa

    colaborativa, bem como um professor do pensamento de

    design e gesto da inovao para o ISAE, a Brazilian

    Business School. Marcelo usa o seu prprio conjunto de

    metodologias de Desenho Industrial, bem como um

    modelo de colaborao desenvolvido como um

    pesquisador da Pontifcia Universidade Catlica do

    Paran. Ele est atualmente pesquisando como a

    colaborao aumenta espaos de coworking. Marcelo

    tambm o coautor de vrios livros sobre criatividade e

    design.

  • 24

    RESUMOS

  • 25

    A aura da arte em um friche

    industrielle: revitalizao dos

    espaos livres das Oficinas do Km 3,

    Santa Maria, RS

    MANSKE, Clarissa Squizani1; PIPPI, Luis Guilherme Aita2

    Palavras-chave: Paisagem urbana, paisagismo, revitalizao, patrimnio ferrovirio, friche industrielle, arte, cultura.

    Os vestgios histricos edificados de uma cidade

    so marcos de sua identidade e compem o imaginrio

    urbano. O espao das antigas Oficinas Ferrovirias do Km

    3 um importante componente da histria ferroviria do

    municpio de Santa Maria, Rio Grande do Sul, e hoje

    encontra-se em estado degradado, onde aos poucos uma

    parcela valiosa da memria urbana perdida. A

    alternativa proposta, a qual o objetivo do presente

    trabalho, de transformar rea em um espao livre

    pblico, que valorize o patrimnio edificado e gere um

    espao de cultura e lazer, a fim de servir como

    equipamento para a comunidade. Os espaos livres

    1 Graduanda em Arquitetura e Urbanismo na UFSM, [email protected]

    pblicos so o palco das expresses culturais de uma

    cidade e neles ocorrem a convivncia e a troca de

    experincias, conhecimentos e sensaes, sendo esses

    fundamentais para a qualidade de vida urbana. Segundo

    Jacobs (2011, p. 119), a insero espontnea da vida

    cultural faz parte da misso histrica das cidades.

    Dentre os procedimentos metodolgicos, em um

    primeiro momento, fez-se uma pesquisa bibliogrfica, a

    fim de definir alguns conceitos relevantes, como o que

    patrimnio, patrimnio industrial, friche industrielle,

    alguns conceitos legais acerca do patrimnio, o que pode-

    se definir como cidade e os chamados limites de

    crescimento, o espao livre pblico e a arquitetura da

    paisagem. Em uma prxima etapa, levantou-se dados

    sobre a regio em si e seu contexto urbano. Por fim,

    foram elaboradas metodologias de diagnstico

    sociocultural atravs de um contato direto com a

    comunidade, o qual incluiu um questionrio de avaliao

    do espao das Oficinas do Km 3 e a confeco de mapas

    mentais, onde os entrevistados e alunos de uma escola

    2 Professor de Arquitetura e Urbanismo na UFSM, Ph.D em Design-Landscape Architecture - NCSU EUA, [email protected]

  • 26

    prxima foram instigados a desenhar suas percepes

    sobre a rea, que tratam-se de observaes sensveis da

    experincia humana (LIMA E KOZEL, 2009, p. 211). Alm

    disso, foram preenchidas as fichas de inventariao de

    bens do Iphan com os dados dos pavilhes edificados na

    rea, como forma de incitar sua preservao.

    Atravs da aplicao das metodologias de

    diagnstico (mapas mentais e questionrios), foram

    gerados infogrficos e nuvens de palavras-chave obtidas.

    A partir destes, juntamente com o levantamento de

    dados relativos rea, elaborou-se um mapa sensorial-

    nodal relativo s Oficinas e seu entorno. Com isso, foram

    definidos quadros de problemas e diretrizes em macro,

    meso e microescala, e, por fim, elaborou-se um partido

    projetual, que incluiu plano de implantao de atividades

    na rea patrimonial e o paisagismo do espao livre

    pblico, juntamente com a proposta de novos

    equipamentos a fim de qualificar o espao.

    Os diagnsticos e anlises do local ressaltaram a

    importncia que o espao das Oficinas do Km 3 tem no

    imaginrio urbano. A rea em questo pde ser

    percebida como um grande potencial para um espao

    livre pblico, capaz de possibilitar aos moradores da

    regio o acesso a equipamentos de lazer, recreao e

    cultura, os quais apresentaram-se inexistentes na rea.

    Assim, a proposta paisagstica almeja edificar os anseios

    e as necessidades dos cidados e valorizar o patrimnio

    urbano edificado.

    Referncias

    JACOBS, Jane. Morte e vida das grandes cidades. 3. ed. So Paulo: WMF Martins Fontes, 2011.

    LIMA, Anglica Macedo Lonzano; KOZEL, Salete. Lugar e mapa mental: uma anlise possvel. Geografia (Londrina), v. 18, n. 1, p. 207-231, 2009.

  • 27

    A Bacia Hidrogrfica como unidade

    de planejamento: as inundaes em

    Itaja, SC

    CONCATTO, Suzane3; ROSSETE JUNIOR, Everton Nazareth4; RODRIGUES, Roberta Mertz5.

    Palavras-chave: Bacia hidrogrfica, planejamento urbano, inundaes.

    O Municpio de Itaja SC sofreu diversas

    inundaes ao longo de dcadas. Desde 1852 existem

    relatos de enchentes (SILVA, 1975), transbordamento

    natural e inundaes, decorrentes dessa sobreposio

    das enchentes em reas urbanizadas (HERRMANN,2005).

    Com a urbanizao e densificao de reas pr-

    dispostas a enchentes, agravou-se o problema. Tornou-se

    recorrente, tambm, intervenes do poder pblico para

    minimizar possveis catstrofes.

    Vrios elementos devem ser considerados ao

    tratar da problemtica das inundaes, como: alto ndice

    3 Arquiteta e Urbanista, Professora da Assevim-Uniasselvi, Mestre em Urbanismo, Histria e Arquitetura da Cidade UFSC, [email protected] 4 Arquiteto e Urbanista, Professor da UNIPAR-Cianorte, Mestre em Urbanismo, Histria e Arquitetura da Cidade UFSC, [email protected]

    pluviomtrico da regio, tipo de solo, proximidade com o

    rio, tipo de ocupao, entre outros. Alm das

    caractersticas intrnsecas ao espao fsico, a gesto

    urbana e regional tambm deve ser analisada. A temtica

    aqui abordada objetiva levantar a hiptese de que o no

    uso da bacia hidrogrfica como unidade de planejamento

    pode ter agravado a problemtica das inundaes em

    Itaja-SC. Por ser um local com baixa declividade no ponto

    final da Bacia hidrogrfica do Rio Itaja e por receber o

    escoamento de gua dos pontos mais altos, com pontos

    de pouca vazo para o mar, Itaja torna-se um caso

    interessante de investigao de pesquisa.

    Trabalhar-se- com pesquisa exploratria a partir

    de levantamento bibliogrfico recorrente pesquisa e

    estudo de caso em Itaja SC.

    A caracterizao de projetos que valorizam os

    meandros do rio, e no as retificaes, e a reduo da

    velocidade das guas, e no a acelerao demonstram

    5 Arquiteta e Urbanista, Professora da UNIPAR Cianorte e Paranava, Mestre em Cincias Ambientais - UNICESUMAR, [email protected]

  • 28

    uma mudana de pensamento. Conforme Spirn (1995)

    alerta, quanto mais rpido as guas chegam aos cursos

    dgua, maior a enchente, quanto mais as guas so

    contidas, mais as enchentes so evitadas (SPIRN,1995).

    Porm, como o poder pblico pode lidar com essas

    questes?

    Espera-se a consolidao de uma hiptese vlida

    sobre as falhas no modelo de gesto urbana em relao

    s inundaes, no mbito da caracterizao das Bacias

    Hidrogrficas como unidade de planejamento. Espera-se

    tambm gerar uma breve concluso que possa

    encaminhar para uma proposta de planejamento com

    caractersticas que deem suporte a uma gesto mais

    integrada.

    Como consideraes parciais, identifica-se a

    necessidade de um marco terico e um levantamento

    para explorar a abordagem da gesto urbana relacionada

    s inundaes. Percebe-se que o modelo adotado no

    vem correspondendo s necessidades, principalmente

    em Itaja. A caracterizao dessa problemtica se faz

    necessria para modificar os mtodos de interveno

    que, atualmente, se do de forma predominantemente

    local.

    Referncias

    HERRMANN, Maria Lucia de Paula (Org.). Atlas de desastres naturais do Estado de Santa Catarina. Florianpolis: IOESC, 2005,146p

    SILVA, Jos Ferreira da. As enchentes no Vale do Itaja. Blumenau: Fundao Casa Dr. Blumenau, 1975.48p.

    SPIRN, Anne Whiston. Jardim de granito; traduo de Paulo Renato Mesquita Pellegrino.So Paulo:Editora da Universidade de So Paulo,1995.

  • 29

    A gesto democrtica na reviso do

    Plano Diretor de Curitiba entre 2014 e

    2015

    BAPTISTA, Diego Henrique da Silva6.

    Palavras-chave: Gesto Democrtica, Plano Diretor, Curitiba.

    Curitiba, em sua segunda reviso do plano diretor

    que aconteceu entre 2014 e 2015, adotou uma srie de

    instrumentos e mecanismos com diferentes atores

    envolvidos com iniciativas paralelas e em algumas vezes

    complementares principalmente a partir dos segmentos

    da sociedade. Cabendo-se compreender se a participao

    da sociedade na reviso do plano diretor de Curitiba,

    tanto em termos de seu processo como do seu resultado,

    teve avanos na gesto democrtica da cidade? O

    objetivo desse artigo fazer uma anlise dos processos e

    contribuies acerca da gesto democrtica na reviso do

    plano diretor de Curitiba entre 2014 e 2015, para tanto

    feita uma breve descrio das etapas e instrumentos

    adotados pelos diferentes atores envolvidos, e um

    6 Articulador na OSC Sociedade Global, [email protected]

    balano dos resultados e contribuies no quesito da

    gesto democrtica do plano diretor comparados ao

    projeto de lei sancionado pelo prefeito.

    A pesquisa qualitativa no levantamento das

    propostas de gesto democrtica, sendo exploratria

    acerca dos princpios e prticas de gesto democrtica no

    planejamento urbano, descritiva pela identificao das

    etapas e processos, explicativa sobre as metodologias e

    interaes entre os atores no estudo de caso da reviso

    do plano diretor de Curitiba entre 2014 e 2015. A anlise

    bibliogrfica sobre o planejamento urbano e gesto

    democrtica no Brasil e em Curitiba, principalmente

    sobre o Estatuto da Cidade e o Plano Diretor. A anlise

    documental do Instituto de Pesquisa e Planejamento

    Urbano de Curitiba, pelo Conselho da Cidade de Curitiba,

    pela Frente Mobiliza Curitiba, a Cmara Municipal de

    Curitiba e o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do

    Paran principalmente nos documentos resultantes dos

    processos na Plenria Expandida do Concitiba, no resumo

    das propostas com o CAU e a CMC, nas publicaes e

  • 30

    propostas da Frente Mobiliza e no Projeto de Lei

    sancionado pelo prefeito.

    Houve incremento significativo dos esforos para

    ampliar a participao e acomodar as diferentes

    contribuies dos segmentos da sociedade envolvidos ao

    longo do processo, ainda que a tradio tecnicista e

    participao incipiente possam ser constatadas. A

    atuao dos atores pode ser percebida por um processo

    em si s de gesto democrtico, mesmo que no teve um

    esforo aparente de integrao e coordenao entre as

    diferentes iniciativas. Acerca da gesto democrtica, o

    que se observou na lei representou poucos avanos em

    contedo, processos e estrutura de gesto democrtica.

    O desenho e conduo do processo de reviso do plano

    diretor foi prevalecente tcnico e tradicional cumprindo-

    se os requisitos legais e sem aprofundamento no dilogo

    e considerao das contribuies da sociedade.

    Os segmentos compartilham a impresso de que

    a mobilizao da sociedade gerou maior conhecimento,

    maturidade e capacidade para que o aprofundamento

    dos pressupostos democrticos continue sendo evocado.

    O avano da gesto democrtica parte da

    experimentao institucional, da busca pelo aprendizado

    e inovao decorrente da movimentao dos diversos

    atores envolvidos. Esses podem atuar com

    responsabilidade compartilhada no desenvolvimento da

    cidade se intensificarem a vontade poltica na

    transformao cultural do modelo de planejamento

    conduzido pelos rgos pblicos, os padres de interao

    e colaborao entre os segmentos e principalmente o

    aprofundamento coerente e comprometido com as

    diretrizes, princpios e prticas da gesto democrtica.

    Referncias

    IPPUC/2015 - Projeto de Lei do Plano Diretor de Curitiba. Com as emendas aprovadas na Plenria Expandida do CONCITIBA. Disponvel em: .Acesso em: 20 abr. 2015.

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    IPPUC/2015 - Projeto de Lei do Plano Diretor de Curitiba. Com as emendas aprovadas na Plenria Expandida do CONCITIBA. Disponvel em: Acesso em: 20 abr. 2015.

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  • 33

    A proteo ambiental no

    ordenamento territorial: o Plano

    Diretor de Pontal do Paran

    MINARI, Nathalia Bassoli7; TEIXEIRA, Cristina Frutuoso8; SPNOLA, Juliana Lima9.

    Palavras-chave: Espaos Territoriais Especialmente Protegidos, desenvolvimento, conflito ambiental territorial.

    A proteo ambiental consolidou-se com a

    Poltica Nacional do Meio Ambiente (PNMA) e demais

    regulamentaes legais que em conjunto devem ser

    articuladas interesses econmicos e sociais em busca de

    desenvolvimento. A pesquisa realizada evidencia a

    relao entre proteo ambiental e desenvolvimento em

    escala municipal, no ordenamento territorial proposto

    para o Plano Diretor de Pontal do Paran. O atual perfil

    de desenvolvimento brasileiro considera o territrio

    como um meio obteno de oportunidades econmicas

    7 Biloga na Pontifcia Universidade Catlica do Paran, Mestre em Meio Ambiente e Desenvolvimento na Universidade Federal do Paran, [email protected]. 8 Sociloga na Universidade de Braslia e Doutora em Meio Ambiente e Desenvolvimento na Universidade Federal do Paran, [email protected].

    de grandes projetos de infraestrutura. Este modelo tem

    incidindo a Pontal do Paran atravs do interesse de

    instalao de grandes empreendimentos porturio e

    industrial relacionados ao pr-sal. O municpio localiza-se

    no litoral do Paran, apresenta desenvolvimento social

    incipiente, tem como principais atividades econmicas o

    servio pblico e o turismo balnerio, e apresenta

    aproximadamente 75% da extenso de seu territrio

    constitudo por ecossistemas conservados da Mata

    Atlntica. Buscou-se neste contexto identificar tem se

    articulado Espaos Territoriais Especialmente Protegidos

    (ETEP) ao novo perfil de desenvolvimento objetivado pelo

    municpio em seu ordenamento territorial.

    Por meio de georreferenciamento do

    zoneamento elaborado e de ETEP incidentes ao seu

    territrio, sendo eles Unidades de Conservao, Zona de

    Amortecimento e Zonas de Proteo Ambiental (ZPA),

    buscou-se analisar no ordenamento territorial municipal

    9 Biloga na Universidade Federal da Bahia e Doutora em Meio Ambiente e Desenvolvimento na Universidade Federal do Paran, [email protected].

  • 34

    atravs de aspectos tcnicos, baseado em documentos

    cientficos e legais, como a PNMA, o SNUC, o Cdigo

    Florestal e a Lei da Mata Atlntica; e polticos, atravs de

    entrevistas com atores-chave, como tem se delimitado os

    usos das respectivas reas protegidas com seu perfil de

    desenvolvimento.

    No Plano Diretor de Pontal do Paran a

    incorporao tcnica das legislaes ambientais citadas

    sobre os ETEP se deram de maneira parcial. A expanso

    da zona destinada a acomodao dos empreendimentos

    previstos incide irregularmente sobre a Zona de

    Amortecimento de uma ESEC, rea onde se concentra o

    principal conflito entre desenvolvimento e proteo

    ambiental. A expanso da rea destinada s Unidades de

    Conservao foi dada politicamente no ordenamento

    territorial como contrapartida instalao de um destes

    empreendimentos. Em relao s ZPA, o interesse de uso

    destas pores territoriais est associado atividade

    balneria turstica, atravs do projeto de seu loteamento,

    no acompanhando limitaes postas por legislaes

    florestais. Este processo acompanhado por um conflito

    de interesses em torno do ordenamento territorial,

    particularmente entre os atores interessados na

    instalao dos empreendimentos previstos para o

    municpio e atores interessados na proteo ambiental

    do litoral paranaense.

    Apesar dos avanos representados pela

    regulamentao relativa proteo ambiental, a

    proteo ambiental, prevista por legislaes ambientais

    incidentes aos ETEP, no foram priorizadas na elaborao

    do ordenamento territorial de Pontal do Paran. Os

    interesses econmicos associados ao perfil de

    desenvolvimento almejado pelo municpio prevaleceram

    sobre os interesses dos grupos voltados proteo

    ambiental da regio.

    Referncias

    BRITEZ, R.M.; PRESTES, M.; MACHADO, M.A. Mapeamento da vegetao do litoral do Paran. Anais do VIII Congresso Brasileiro de Unidades de Conservao, 2015.

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    http://www.ipardes.gov.br/perfil_municipal/MontaPerfil.php?codlocal=9&btOk=okhttp://www.ipardes.gov.br/perfil_municipal/MontaPerfil.php?codlocal=9&btOk=ok

  • 35

    Estudos Urbanos e Regionais. Recife, v. 14, n. 2, p. 71-86, 2012.

  • 36

    Anlise Comparativa da Temperatura

    de Superfcie na Pavimentao da

    Praa Garibaldi, Curitiba

    MEDEIROS, Elis10; SCHREINER, Francielle11; MAOSKI, Jssica12; WLUDARSKI, Jssica13; PIRCZAK, Mariane14; KRGER, Eduardo15.

    Palavras-chave: Ilhas de Calor Urbano, Conforto Trmico do Pedestre, Temperatura de Superfcie, Albedo, Pavimentao.

    O intenso crescimento da urbanizao e a

    consequente formao de ilhas de calor no ltimo sculo

    impactaram na qualidade de vida urbana, com efeitos

    trmicos muitas vezes indesejados. O cobrimento de

    grandes reas urbanas contribui significativamente para

    o aumento da temperatura das superfcies (MAITELLI,

    2010), sendo que efeitos do aquecimento global

    juntamente s ilhas de calor urbano se tornaram

    realidade nos centros urbanos.

    10 Graduanda de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Tecnolgica Federal do Paran UTFPR, [email protected] 11 Graduanda de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Tecnolgica Federal do Paran UTFPR, [email protected] 12 Graduanda de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Tecnolgica Federal do Paran UTFPR, [email protected]

    Estudar os fatores que influenciam o conforto

    trmico do pedestre permite apontar solues para a

    reduo das temperaturas de superfcie e

    consequentemente, contribuir para a melhoria do

    microclima urbano. No sentido de melhorar a

    compreenso dos fenmenos de ilhas de calor na rea

    urbana, este trabalho visa comparar os tipos de

    pavimentao da Praa Garibaldi, localizado no centro

    histrico de Curitiba/PR, correlacionando temperatura de

    superfcie e albedo. Tambm prope verificar os

    Potenciais de Arrefecimento de Temperatura de

    Superfcie comparando-os com as estimativas de

    Giordano e Krger (2015) para Curitiba e mapear os tipos

    de pavimentos da praa, realizando a mdia ponderada

    das temperaturas de superfcie para a rea estudada.

    Como metodologia, foram realizadas consultas

    bibliogrficas para definio dos conceitos e estruturao

    do tema. Para as etapas de clculo, utilizou-se valores de

    13 Graduanda de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Tecnolgica Federal do Paran UTFPR, [email protected] 14 Graduanda de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Tecnolgica Federal do Paran UTFPR, [email protected]. 15 Professor Doutor do Departamento de Construo Civil da Universidade Tecnolgica Federal do Paran UTFPR, [email protected].

  • 37

    albedo adotados por Akbari e Bretz (1997) adaptados

    para os tipos de pavimentos analisados juntamente com

    resultados de estudos de arrefecimento trmico de

    superfcie conforme Giordano e Krger (2015) e Li,

    Harvey e Kendall (2013). No trabalho de campo, foram

    realizadas medies in loco a partir das quais foram

    obtidas as temperaturas superficiais mdias de oito

    tipologias de pavimento. Com base no levantamento,

    foram elaborados grficos comparativos e mapas

    trmicos.

    Como resultados do estudo, observou-se que as

    temperaturas de superfcie dos pavimentos em questo

    tiveram o padro de comportamento esperado:

    superfcies escuras possuem valores de albedo menor

    (prximos a 0) e temperaturas de superfcie mais

    elevadas, enquanto que pavimentos claros possuem

    valores de albedo maiores (prximos a 1) e temperaturas

    de superfcie mais baixas.

    Fundamentado nas equaes de arrefecimento e

    nos valores de radiao solar obtidos pelo Instituto

    Nacional de Meteorologia (INMET), tem-se que o

    incremento do albedo em 10% resultaria na reduo da

    temperatura de superfcie de 4C para os dois primeiros

    dias em que foram realizadas as medies e 3C para o

    terceiro dia. O trabalho possui limitaes quanto anlise

    de campo, por ser a radiao solar incidente, principal

    definidor da temperatura de superfcie, bastante

    suscetvel a adversidades climticas como rajadas de

    vento e nebulosidade e, pelos poucos dias de medio,

    ainda limitados a apenas uma estao do ano. Apesar

    disso, os resultados indicam que um melhor

    detalhamento no estudo de fatores como o albedo

    favorece a manipulao de estratgias que viabilizem a

    melhoria do conforto trmico.

    Referncias

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    http://www.dsr.inpe.br/sbsr2015/files/p1671.pdf

  • 39

    Aplicabilidade dos Instrumentos Urbansticos na Promoo da Cidade Sustentvel

    BUSATO, Raquel Hubie16; MAMED, Danielle17.

    Palavras-chave: Estatuto da Cidade, Instrumentos Urbansticos, Uso e Ocupao do Solo, Sustentabilidade Urbana.

    A sociedade se encontra majoritariamente

    instalada em cidades, e as questes socioambientais tm

    e tero cada vez mais um papel predominante na

    determinao das polticas pblicas no meio ambiente

    urbano, na busca de um equilbrio social e ambiental.

    Neste sentido surge a necessidade de se pensar em

    sustentabilidade urbana e de entender-se as inter-

    relaes entre as dimenses econmica, social,

    ambiental e poltica. Para tal, faz-se fundamental seguir

    as leis e os programas destinados a alcanar uma efetiva

    funo social da propriedade, empregando esforos no

    sentido de dar sua contribuio ao bem-estar da

    coletividade, com fito de se alcanar um equilbrio

    16 Biloga e Tecnloga em Processos Ambientais, Ps-Graduada em Direito Ambiental pela UFPR, [email protected]

    socioambiental. O direito cidade sustentvel foi

    positivado na legislao brasileira com a publicao do

    texto da Lei no 10.257 de 2001, denominada Estatuto da

    Cidade, que apresenta diretrizes gerais e regras

    concernentes Poltica Urbana. A lei dispe sobre

    diversos instrumentos jurdicos, polticos, tributrios e

    financeiros e de estudo e planejamento, para a

    ordenao do espao urbano. Porm v-se que os

    instrumentos normativos como as leis disciplinadoras do

    parcelamento do solo urbano, leis de zoneamento,

    cdigos de edificao e outras disposies de ordem

    urbanstica, e at de preservao do meio ambiente no

    tm sido suficientes para a soluo de muitos dos grandes

    problemas que afligem as cidades. Desta maneira, o

    presente trabalho busca avaliar a eficcia da aplicao

    dos instrumentos legislativos urbansticos na interveno

    dos processos urbanos e especialmente na produo do

    espao, regulamentando, controlando ou direcionando-

    a, de maneira a assegurar um desenvolvimento, mais

    17 Advogada, Doutora em Direito Econmico e Socioambiental pela PUC/PR com bolsa pela Fundao de Amparo Pesquisa do Estado do Amazonas

  • 40

    ordenado, planejado e preocupado com o meio ambiente

    natural e construdo.

    O modelo atual das cidades no mundo se mostra

    incoerente com o ideal de qualidade de vida insculpido

    nos delineamentos do modelo de cidade sustentvel,

    gerando a necessidade de se obter um planejamento

    urbano, com uma gesto participativa da cidade pelos

    seus muncipes. A sustentabilidade urbana urge da

    necessidade de entender-se o conjunto de problemas da

    qualidade de vida urbana e as inter-relaes entre as

    dimenses econmica, social, cultural e poltica. Para tal,

    faz-se fundamental seguir as leis e os programas

    destinados a alcanar uma efetiva funo social da

    propriedade, que prev o poder-dever do proprietrio de

    dar coisa sua destinao compatvel com o interesse da

    coletividade, empregando esforos no sentido de dar sua

    contribuio ao bem-estar da coletividade, com fito de se

    alcanar um equilbrio socioambiental (CUNHA, 2012).

    Como uma tentativa de promover, em todo o

    planeta, um padro de desenvolvimento que venha a

    conciliar os instrumentos de proteo ambiental,

    equidade social e eficincia econmica, diversas

    conferncias internacionais tm sido realizadas ao longo

    dos anos.

    No Brasil, o Decreto Federal de 26 de fevereiro de

    1997 criou a Comisso de Polticas de Desenvolvimento

    Sustentvel e da Agenda 21 Nacional, com a finalidade de

    propor estratgias de desenvolvimento sustentvel e

    coordenar, elaborar e acompanhar a implementao da

    Agenda 21, documento aprovado na Conferncia das

    Naes Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento,

    em 1992, no Rio de Janeiro, que estabeleceu diretrizes

    para mudana do padro de desenvolvimento e

    construo de cidades sustentveis (AGENDA 21

    BRASILEIRA, 2004).

    O direito cidade sustentvel foi positivado na

    legislao brasileira com a publicao do texto da Lei no

    10.257, de 10 de julho de 2001, denominada Estatuto da

    Cidade. Nessa lei foram estabelecidas diretrizes gerais e

    regras concernentes Poltica Urbana, preenchendo a

    lacuna que existia no que diz respeito edio de lei

    ordinria para ordenar o pleno desenvolvimento das

    funes sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus

    habitantes (art. 182). Alm de ser uma norma de direito

    urbanstico, criada pela Unio com base na competncia

  • 41

    prevista na Constituio Federal, trata-se da expresso de

    um valor constitucional, da justa distribuio dos

    benefcios e dos nus causados pelo histrico fenmeno

    de crescimento desordenado das cidades brasileiras

    (MARCO, 2012).

    O Estatuto da Cidade apresenta diretrizes e

    disposies gerais, instrumentos da Poltica Urbana que

    apontam a questo ambiental como pressuposto da

    poltica urbana e oferecem aes planejadas de

    desenvolvimento urbano e ambiental. Essas aes j tm

    sido implementadas em algumas cidades e so

    caracterizadas principalmente em duas espcies de

    planejamento: o planejamento urbano, que no apenas

    modelo ideal de funcionamento da cidade, mas tambm

    instrumento de correo das distores causadas pela

    urbanizao, tipificado em instrumentos como o

    zoneamento urbano, as leis de parcelamento e uso e

    ocupao do solo e o plano diretor (INSTITUTO PLIS,

    2001).

    O Estatuto da Cidade dispe sobre diversos

    instrumentos jurdicos, polticos, tributrios e financeiros

    e de estudo e planejamento para a ordenao do espao

    urbano. O mesmo atribui aos municpios a quase

    totalidade das competncias de instituio e execuo

    dos instrumentos de desenvolvimento urbano, pois so

    nas cidades onde esto os problemas a serem resolvidos,

    e contribui para o desenvolvimento ambientalmente

    correto das cidades, atravs da gesto democrtica, uma

    vez que os atores sociais e agentes das transformaes

    do espao so chamados a discutir os rumos da cidade

    (PRIETO, 2006).

    Porm v-se que os instrumentos normativos

    como as leis disciplinadoras do parcelamento do solo

    urbano, leis de zoneamento, cdigos de edificao e

    outras disposies de ordem urbanstica, e at de

    preservao do meio ambiente no tm sido suficientes

    para a soluo de muitos dos grandes problemas que

    afligem as cidades. Desta maneira, questiona-se a eficcia

    da aplicao dos instrumentos legislativos urbansticos na

    interveno dos processos urbanos e especialmente na

    produo do espao, regulamentando, controlando ou

    direcionando-a, de maneira a assegurar um

    desenvolvimento, mais ordenado, planejado e

    preocupado com o meio ambiente natural e construdo

    (SILVA & OLIVEIRA, 2010). Ser a cidade sustentvel

    passvel de ser construda? Ser possvel pensar na

  • 42

    sustentabilidade urbana como elemento factvel no

    Brasil, em vista das normas jurdicas atualmente em vigor

    adaptadas a essa finalidade? Que instrumentos

    urbansticos podem permitir que a cidade cumpra sua

    funo social?

    Buscando contribuir com a discusso a respeito

    do tema e responder os questionamentos, j antes

    levantados por outros autores, o presente trabalho tem

    como objetivo analisar a aplicao dos instrumentos

    legislativos urbansticos na promoo da cidade

    sustentvel e estabelece cinco captulos:

    O primeiro captulo contextualiza o processo

    nacional de urbanizao; O segundo captulo, por sua vez,

    objetiva a anlise das principais legislaes a respeito do

    tema urbanismo; O terceiro captulo visa a anlise das

    funes sociais da cidade e como estas esto vinculadas

    ao contedo das polticas de planejamento e ordenao

    urbana. O quarto captulo objetiva apresentar os

    principais instrumentos urbansticos adotas pelos

    municpios brasileiros que tm por meta regular o uso e

    a ocupao do solo urbano; E o quinto e ltimo captulo,

    avalia os instrumentos urbansticos de uso e ocupao do

    solo que podem vir a contribuir com o desenvolvimento

    sustentvel e visa abordar os aspectos positivos e

    negativos destes instrumentos levantados por autores da

    rea e busca oferecer uma viso da realidade quanto

    eficcia destes.

    A crescente urbanizao vivenciada no pas tem

    exigido do poder pblico uma atualizao deliberada para

    correo dos problemas ocasionados pela ocupao

    desordenada do espao urbano. A atuao estatal

    destinada a tratar a questo e a proporcionar o bem-estar

    coletivo elencada no Direito Urbanstico, que no Brasil

    ganhou destaque primeiramente com a Constituio

    Federal de 1988 e posteriormente com criao do

    Estatuto das Cidades, lei federal de desenvolvimento

    urbano, esperada desde a promulgao da Constituio

    Federal, que por sua vez trouxe em seu texto legal

    inovaes jurdicas e urbansticas interessantes, que

    serviro implementao de um novo modelo de

    cidades, no s no campo urbanstico, mas tambm

    ambiental.

    O Estatuto das Cidades conseguiu dar

    importncia significativa aos instrumentos urbansticos

    ao determinar a regulamentao destes no Plano Diretor,

    o que acabou por contribuir de forma positiva e negativa

  • 43

    na seara urbanstica. Positiva ao responsabilizar o

    municpio pela mediao do conflito entre o direito

    privado e o interesse pblico, permitindo que as

    necessrias diferenciaes entre as realidades municipais

    to distintas no pas sejam consideradas. Alm disso o

    Estatuto ao permitir e incentivar a participao do

    cidado na tomada de deciso garante que a discusso a

    respeito das questes urbanas se torne efetivamente

    mais participativa.

    Entretanto surgem dois porns, primeiro a

    democracia participativa no estabelecimento dos

    instrumentos s se tornar efetiva se houver a criao de

    procedimentos e mecanismos de participao

    estabelecidos tanto pelo Estado quanto pela sociedade; e

    segundo ao permitir que a regulamentao dos

    instrumentos se d no mbito dos Planos Diretores, que

    acaba por estabelecer uma disputa essencialmente

    poltica no nvel municipal, pois conforme os rumos que a

    mesma tome, os instrumentos sero efetivados com

    maior eficincia ou no. Deixando claro, neste sentido,

    que os instrumentos urbansticos no esto por sua vez

    garantidos ou automaticamente eficazes. Sendo seu xito

    dependente da forma como o mesmo ser discutido,

    includo e detalhado no Plano Diretor.

    As previses apesar das dificuldades encontradas

    so otimistas a eficcia da aplicabilidade dos

    instrumentos, em especial a mdio e longo prazos, desde

    que considerados os dados tcnicos e as demandas reais

    de cada municpio e valendo-se de referenciais tericos e

    metodolgicos para o levantamento e interpretao dos

    dados caracterizados. Dados que permitiro a

    delimitao das reas passveis da aplicao dos

    instrumentos urbansticos, bem como o estabelecimento

    de prioridades de interveno, escolha de alternativas,

    dimensionamento das aes e alocao dos recursos.

    Como bem acentua Silva (2003), para que um

    projeto de gesto seja bem-sucedido fundamental o

    conhecimento das condies de vida da populao e do

    meio fsico, pensar de forma integrada os problemas

    setoriais da cidade na perspectiva de conhec-la

    interpret-la na sua totalidade.

    A constante reviso das normas urbansticas faz-

    se tambm imprescindvel para a gesto das cidades e o

    pleno ordenamento do solo urbano, dada a dinmica e

    peculiaridade de cada municpio. Lembrando ainda que

  • 44

    o sucesso dos instrumentos como meio da reduo das

    desigualdades sociais e para o alcance da

    sustentabilidade urbana depender sempre da vontade

    poltica, j que seus objetivos muitas vezes confrontam os

    interesses de grupos privilegiados pela historicidade.

    Segundo Whitaker (2001) muito possvel que

    embora no abale a estrutura do sistema, o uso dos

    instrumentos, quando aplicados e testados por

    administraes verdadeiramente comprometidas com os

    anseios populares, possa consolidar um novo paradigma

    de gesto do Estado sobre a cidade, que podem ser, no

    mbito urbano, um comeo no longo caminho da

    transformao da nossa sociedade.

    Desta maneira conclui-se que os instrumentos

    ora analisados constituem importantes ferramentas no

    sentido dar efetividade s diretrizes formadoras do

    princpio da funo social da propriedade urbana desde

    que impliquem no uso adequado e no aproveitamento

    racional do espao urbano e do destino das cidades. Os

    instrumentos urbansticos so fundamentais na

    construo da cidade sustentvel na medida em que

    buscam, apesar dos pesares, eliminao das

    desigualdades sociais e promoo do bem-estar da

    sociedade, e nesse sentido discusses e estudos fazem-

    se essenciais na busca de melhorias para a real

    efetividade destes instrumentos.

    Referncias

    Agenda 21 Brasileira: Resultado da Consulta Nacional/ Comisso de Polticas de Desenvolvimento Sustentvel e da Agenda 21 Nacional. 2. ed. Braslia: Ministrio do Meio Ambiente, 158 p., 2004. Disponvel em: http://www.mma.gov.br/estruturas/agenda21/_arquivos/consulta2edicao.pdf. Acesso em 31 de julho de 2015.

    CUNHA, J. L. S. Cidade Sustentvel: Uma Anlise Legal sobre o Tema e o Estudo de Caso na Cidade de Belm, Par. In: mbito Jurdico, Rio Grande, XV, n. 105, outubro, 2012.

    INSTITUTO PLIS, C MARA DOS DEPUTADOS. Estatuto da Cidade - Guia para Implementao pelos Municpios e Cidados. Braslia: Centro de Documentao e Informao, 2001.

    MARCO, C. M. O Direito Fundamental Cidade Sustentvel e os Desafios de sua Eficcia. Tese de doutorado apresentada no Programa de Ps-Graduao em Direito da Pontifcia Universidade Catlica do Rio Grande do Sul, 2012.

    PRIETO, E. C. O Estatuto da Cidade e o Meio Ambiente. IV Congresso Brasileiro de Direito Urbanstico. So Paulo, 2006.

    http://www.mma.gov.br/estruturas/agenda21/_arquivos/consulta2edicao.pdfhttp://www.mma.gov.br/estruturas/agenda21/_arquivos/consulta2edicao.pdf

  • 45

    SILVA, J. B. Estatuto da Cidade versus Estatuto de Cidade eis a questo. Dilemas Urbanos Novas abordagens sobre a cidade. So Paulo: Ed. Contexto, 2003.

    SILVA, J. A. T & OLIVEIRA, R. S. Desafios para as Cidades Sustentveis no Brasil. Revista da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Gois, v.34, n. 02, p. 28-48, julho/ dezembro, 2010.

    WHITAKER, J. S. Alcances e Limitaes dos instrumentos urbansticos na construo de cidades democrticas e socialmente justas. Poltica, Urbanismo e Habitao, 2001.

  • 46

    Aproveitamento de guas Pluviais