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Cooperação europeia com África Amélia Vieira 2010158719 Coimbra, 2010

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Cooperação europeia com África 

 

 

Amélia Vieira 

2010158719 

Coimbra, 2010 

 

 

 

 

 

Cooperação europeia com África 

 

 

Trabalho de Avaliação contínua realizado no âmbito da Unidade Curricular de Fontes de Informação Sociológica 

  

Ficha Técnica  

Licenciatura em Sociologia   

 Título: Cooperação Europeia com África Trabalho realizado por: Amélia Filipa Soares Vieira 

Número de Estudante: 2010158719 

 

Imagem de capa: Nova Humanidade 

http://novahumanidade.blogspot.com/2007_12_01_archive.html 

  Coimbra, Dezembro de 2010 Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra 

 

 

 

Índice 

 

 

1. Introdução  ...........................................................................................................................   1 

2. Desenvolvimento 

  2.1 Evolução da política de cooperação para o desenvolvimento da União Europeia  .   2 

  2.2 As características da parceria do continente Europeu com África  .........................   4 

  2.3 Comércio  .................................................................................................................   5 

  2.4 Sustentabilidade da Dívida.......................................................................................   6 

  2.5 Ajuda Pública ao Desenvolvimento .........................................................................   8 

3. Ficha de leitura .....................................................................................................................   9 

4. Avaliação de Página de Internet ...........................................................................................  10 

5. Conclusão .............................................................................................................................  11 

6. Referências Bibliográficas ....................................................................................................  12 

  Anexo I 

Texto de suporte da ficha de Leitura  Anexo II 

Página da Internet avaliada 

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1.Introdução 

 

O  presente  trabalho  foi  realizado  no  âmbito  da  Unidade  Curricular  de  Fontes  de Informação Sociológica, leccionada pelo professor Paulo Peixoto, sendo este trabalho a etapa final do semestre.   A minha  opção  para  o  tema  de  trabalho  recaiu  sobre  “Cooperação  europeia  com África”, visto que foi, desde logo, um tema que me suscitou interesse e curiosidade em aprofundar, de forma a não só adquirir um conhecimento geral acerca deste assunto, mas também com a finalidade de dar a conhecer a profundidade do tema, assim como uma detalhada pesquisa sobre o que de mais relevante confere.   Este tema é actual, pois procura explorar a importância dos objectivos da cooperação da União Europeia com o continente africano.   Os  principais  objectivos  deste  trabalho  passam  por:  compreender  uma  relação histórica e  cultural de África; entender a evolução da política de  cooperação para o desenvolvimento da União Europeia e a  influência de  factores  internos e externos à Comunidade  na  definição  desta  política;  abordar  as  características  da  parceria  do continente Europeu com África. Neste  trabalho,  é  igualmente  feita  uma  análise  da  parceria  entre  estes  dois continentes  nas  áreas  do  Comércio,  Sustentabilidade  da  dívida  e  Ajuda  Pública  ao Desenvolvimento.   Para concluir o trabalho, realizei uma Ficha de Leitura de um capítulo de um  livro de Augusto  José  Pereira  Trindade,  sendo  este  relacionado  com  o  tema  abordado,  assim como uma descrição detalhada de todo o meu processo de pesquisa que me permitiu elaborar  e  concluir  este  trabalho.  Foi  feita  também  a  Avaliação  de  uma  Página  de Internet  cujo  conteúdo  é  abundante  em  informação  acerca desta  temática,  como  a elaboração das Referências Bibliográficas de todo o material utilizado para a ajuda da construção deste trabalho.  Em  suma,  realizei  a minha pesquisa  com o objectivo de elaborar um bom  trabalho, cuja interpretação do mesmo fosse clara e compreensível.   

 

 

 

 

 

 

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2.Desenvolvimento 

2.1 Evolução da política de cooperação para o desenvolvimento da União Europeia 

 

A cooperação para o desenvolvimento, até hoje nunca foi uma verdadeira prioridade para a União Europeia. A política de cooperação sofreu consequências negativas. 

Nos últimos anos, os parceiros prioritários  também mudaram. Assistiu‐se ao declínio do  interesse  nos  países  ACP  (África,  Caraíbas  e  Pacífico),  em  particular  na  África Subsaariana.  Foram  os  ODMs  (Objectivos  de  Desenvolvimento  do  Milénio)  que recentemente  fizeram  voltar  a  atenção  para  o  continente  Africano.  A  política  de cooperação para o desenvolvimento da UE (União Europeia), era uma política dividida, com uma abordagem mais regional e sem uma visão global. A abordagem regionalista, ganhou mais  força  nas  políticas  de  cooperação  após  a  queda  do muro  de  Berlim. Existia o entendimento de que os objectivos globais relacionados com o ambiente e o desenvolvimento  poderiam  ser  mais  facilmente  atingidos  através  de  organizações regionais. O grande desafio para a política de cooperação para o desenvolvimento era a  construção  de  uma  política  regional  que  funcione,  em  vez  de  esperar  por  uma resposta global. 

Esta  tentativa  de  conciliação  entre  uma  visão  global  e  uma  abordagem  regionalista surge com a Convenção de Cotonou que pressupõe o enquadramento dos ODMs. Para lidar com as questões de pobreza, do ambiente e da capacitação das mulheres, uma abordagem regional não é suficiente. Desde 2000 que se verificou algumas mudanças relacionadas  com  a politica de  cooperação para o desenvolvimento da UE. Diversos factores  influenciaram  as  alterações  como  o  surgimento  dos  ODMs  como enquadramento  internacional,  a  entrada  em  vigor  da  Convenção  de  Cotonou,  o alargamento  a  novos  membros  e  o  consequente  aprofundamento  e  reforma.  A incapacidade  da  Europa  ao  nível  de  uma  verdadeira  Política  Europeia  de  Segurança Comum  tinha  já,  por  algumas  vezes,  colocado  uma  pressão  enorme  sobre  a cooperação  para  o  desenvolvimento,  em  relação  aos  seus  recursos  e  instituições  e apoio às  suas acções externas,  tentando  ir além dos objectivos de desenvolvimento. Neste  contexto,  verificaram‐se  nos  últimos  anos  algumas  mudanças  que  tiveram implicações para a autonomia da política de cooperação para o desenvolvimento: 

‐A Convenção para o Futuro da Europa 

‐A criação do Serviço Comum para as Relações Externas 

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Ambas  as mudanças,  levaram  à  separação  entre  a  política  de  desenvolvimento  e  a implementação  dos  programas  de  desenvolvimento.  Segundo  Van  Reisen  (apud Henriques, 2009;41) estas decisões foram um “desastre político”. 

Em 2002, aprovou‐se a abolição do Conselho de Desenvolvimento, com o argumento de necessidade de melhorar a eficácia das instituições face à futura entrada de novos membros.  Em  2004  tomou  posse  uma  nova  Comissão.  No  entanto,  não  houve nenhuma  reforma  institucional  positiva  na  área  do  desenvolvimento.  A  cooperação para o desenvolvimento quase  foi retirada do organigrama da Comissão. Para alguns autores,  estas  alterações  não  representam  uma  diminuição  da  importância  da cooperação  para  o  desenvolvimento.  Por  fim,  conclui‐se  que  pode  não  haver  uma diminuição  da  sua  importância, mas  são  compreensíveis  os  receios  acerca  da  sua autonomia face às outras políticas de acção externa. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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2.2 As características da parceria do continente Europeu com África 

O conceito de parceria sempre foi  importante nas relações da UE com os PED (Países em Desenvolvimento) e, em particular, com a África Subsaariana, pelas fortes ligações históricas  e  culturais.  A  Comunidade  tem  sido  pioneira  em  algumas  questões, nomeadamente,  na  sua  definição  do  formato  da  parceria  e  no  desenvolvimento  de uma relação com base na reciprocidade e na responsabilização mútua. 

A NEPAD (Nova Parceria para o Desenvolvimento de África), que junta toda África e a sua aliada União Africana, podem levar ao afastamento de interesses africanos através dos canais  tradicionais ACP. Por outro  lado, pode  ter o defeito de  reforçar a  relação ACP. A parceria entre UE e África  Subsaariana deveria  ser  centrada no objectivo de reduzir e possivelmente erradicar a pobreza. Tal prioridade está  intimamente  ligada aos objectivos do desenvolvimento sustentável e da integração na economia mundial. Esta parceria, à semelhança da parceria global para o desenvolvimento, deve guiar‐se segundo  o  princípio  da  solidariedade,  reconhecendo  que  as  IFI  e  as  organizações globais  existem  para  o  bem  comum.  Outro  princípio  orientador  deve  ser  o  da subsidiariedade,  segundo  o  qual  a  responsabilidade  pela  decisão  e  acção  reside  ao nível mais próximo do problema e que, portanto, a decisão política deve ser feita com base  nas  realidades  locais.  Os  Estados‐membros  comprometem‐se  a  reforçar  a parceria global com base nos valores comuns. Para tal, todos têm responsabilidade em conseguir mobilizar  recursos  para  acabar  com  a  fome  e  a  pobreza,  promovendo  o desenvolvimento de África. Mais  ajuda é extremamente  importante, mas, por  si  só, não  é  suficiente  numa  parceria  que  tenha  como  prioridade  que  os  países  em desenvolvimento consigam atingir os ODMs em 2015. Além da questão da divida e dos assuntos comerciais, é necessário analisar outras áreas que também têm  impacto na politica de desenvolvimento e perceber de que modo outras políticas podem ajudar no alcance  dos  objectivos. Neste  sentido,  é  preciso  que  os  países  ricos  se  certifiquem como  as  suas  políticas  e  práticas  estão  a  contribuir  para  a  cooperação,  para  o desenvolvimento e para o alcance dos ODMs.  

Um maior crescimento na Europa pode estimular a procura das exportações em África bem  como uma aposta nos  sectores de  tecnologia de ponta, que pode  levar a uma alteração  nos  termos  de  troca  favorável  aos  países  em  desenvolvimento.  A  União Europeia  identificou  alguns  domínios  prioritários,  nomeadamente:  O  comércio,  o ambiente, alterações climatéricas, segurança, agricultura, pescas, dimensão social da globalização  e  emprego  digno,  migração,  investigação,  sociedade  da  informação, transportes  e  energia.  Em  suma,  construir  uma  verdadeira  parceria  para  o desenvolvimento terá de ter em conta esta questão da coerência política entre todos os domínios da UE e uma especial atenção às questões do Comércio, Sustentabilidade da Dívida e Ajuda Pública ao Desenvolvimento. 

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2.3 Comércio 

“O comércio em diferentes momentos da história do desenvolvimento já conquistou e perdeu a confiança política como solução para a pobreza. Neste momento, parece que o  comércio  pode  contribuir  para  o  alcance  dos  ODMs  devido  ao  seu  impacto  no crescimento  económico.  A  introdução  do  comércio  nas  estratégias  de desenvolvimento é  também, cada vez mais, reconhecida como um contributo para a redução da pobreza” (Henriques, 2009;60). 

Para atingir resultados mais positivos na área do comércio, é necessária uma especial atenção  para  os  países mais  pobres,  nomeadamente  em  África,  pois  estes  podem ainda não estar preparados para a competitividade internacional quando se verificar a liberalização  do mercado.  “O  comércio  por  si  só  não  resolve  nada, mas  a  abertura progressiva do mercado e o apoio à criação de excedentes são realmente importantes na definição de uma estratégia lógica de desenvolvimento” (Henriques, 2009;60). A UE tem  adoptado  historicamente  diferentes  estratégias  na  área  do  comércio,  na convicção de que este continua a ser o instrumento mais importante para a diminuição da pobreza. 

“A UE  tem noção dos desafios que alguns parceiros enfrentam e  já assumiu que  irá providenciar  Ajuda  para  o  comércio,  em  especial  para  compensar  os  custos  de ajustamento aos APE (Acordos em Parceria Económica). O problema é que financiar a sustentabilidade  destes  custos  poderá  representar  uma  diminuição  dos  fundos atribuídos para o alcance dos ODMs” [Henriques, 2009;62]. 

Se  a  União  Europeia  ambiciona  que  os  APE  sejam  um  instrumento  para  a transformação  económica  de  África,  então  terá  de  dar  uma  maior  importância  à estrutura e ao  conteúdo dos  acordos, de  forma  a potenciar os benefícios de  longo‐prazo, atenuar os custos de  transição e ajustamento,  fomentando as condições para uma parceria mais verdadeira. 

 

 

 

 

 

 

 

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2.4 Sustentabilidade da Dívida 

“Os  ODMs  apelam  explicitamente  aos  países  que  encontrem  uma  solução compreensiva, de modo a tornar sustentável a dívida dos países em desenvolvimento” (Henriques, 2009;65). 

Têm‐se  verificado  um  aumento  nos  últimos  anos  da  Dívida  em  relação  aos  outros países da política de cooperação a nível Internacional. 

“Segundo o relatório do Secretário‐Geral: ‘ In Larger Freedom: Towards Development, Security and Human Rights  for All’:  ‘ para seguirmos em  frente, temos de redefinir a sustentabilidade da dívida [de acordo com o Consenso de Monterrey], como o nível de dívida que permita a um país alcançar os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio em 2015, sem um aumento da dívida’ ” (apud Henriques, 2009;66). 

“A dívida é uma parte vital no alcance dos ODMs pelo facto de aliviar os orçamentos dos PED e porque a solução desta questão é um teste à genuidade do compromisso de parceria” (Henriques, 2009;67). 

“A UE deveria estar mais atenta, na sua parceria com África Subsaariana para o círculo vicioso a que tais iniciativas conduzem os beneficiários. As reformas aplicadas (fruto da condicionalidade  imposta)  levam, muitas  vezes, ao agravamento da  situação  fiscal e consequentemente à contracção de novos empréstimos” (Henriques, 2009;67). 

“A UE  sempre  afirmou o  seu  compromisso  em  relação  à PPAE  e  tem  feito  esforços substanciais  para  garantir  a  sua  implementação.  Internacionalmente,  esta  iniciativa tem sido considerada um sucesso no alívio do peso que a dívida e o serviço da dívida representam no investimento para o desenvolvimento” (Henriques, 2009;68). 

“ O debate acerca da política de cooperação para o desenvolvimento pode ter evoluído muito  desde  1996,  ano  do  lançamento  da  iniciativa  PPAE  (Países  Pobre  Altamente Endividados), mas  a  abordagem dos  governos  credores  e das  IFI de Bretton Woods estagnou  no  tempo.  Desde  o  PPAE,  verificaram‐se  vários  avanços:  o  Consenso  de Monterrey trouxe o compromisso de criar uma nova parceria para o desenvolvimento entre os chamados países ricos e pobres; houve um ciclo enorme de conferências da ONU que estabeleceram planos de acção em diversas áreas desde o desenvolvimento sustentável até aos direitos das mulheres” (Torres, 1998;27). 

“Na  iniciativa PPAE, para se aferir a sustentabilidade da divida os métodos utilizados não  têm  em  consideração  indicadores  de  desenvolvimento  humano.  A sustentabilidade da divida deveria ser  também calculada  tendo em conta as  receitas disponíveis  para  o  governo  e  a  relação  custo‐benefício  entre  as  obrigações relacionadas e o financiamento da luta contra a pobreza” (Torres, 1998;27). 

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 “A política comunitária tem acabado por optar por uma análise  ‘caso a caso’ e cujas soluções podem  ser desde a  suspensão  temporária do  serviço da dívida para países que  sofram  substancialmente  com os  choques externos às medidas específicas para países  recentemente envolvidos em  conflitos. As hesitações não  impedem que a UE seja o maior doador do Fundo PPAE, chegando a existir contribuições de membros que nem têm reclamações de dívidas” (Henriques, 2009;70). 

“ A UE tem algumas iniciativas de cooperação com os parceiros, associadas à questão da  divida,  nomeadamente  através  do  apoio  a  programas  de  desenvolvimento  de capacidades de gestão da divida, protecção dos países em  situação de pós‐conflito” (Torres, 1998;29). 

“Na Cimeira UE‐África de Dezembro de 2007, último grande fórum entre unicamente duas  regiões, os parceiros que acordam a Estratégia Comum UE‐África  reforçaram a vontade  de  unir  esforços  no  futuro  para manter  a  dívida  a  níveis  sustentáveis  e, quando  a  dívida  se  tornar  insustentável,  irão  considerar  o  cancelamento  desta  no âmbito das iniciativas e dos fóruns existentes” (Henriques, 2009;70). 

Através destas perspectivas destes autores, constato que a maioria das  iniciativas se tem  revelado pouco  adequadas  à  realidade dos parceiros  e  falhado  em  serem uma solução para a sustentabilidade da dívida ou estarem alinhadas com os ODMs. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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2.5 Ajuda Pública ao Desenvolvimento 

“O simples aumento do volume de Ajuda não é suficiente, os Estados‐membros devem aprofundar a coordenação e harmonização de esforços entre os diferentes doadores e alinhar estratégias” (Henriques, 2009;71). 

“Existe um forte entendimento da necessidade de garantir uma Ajuda com qualidade e eficaz. Vários relatórios dos Estados‐membros mencionam a coordenação das políticas dos  doadores,  a  complementaridade  (a  fim  de  evitar  duplicação  de  esforços),  a harmonização  e  simplificação  dos  procedimentos,  estratégias  e  actividades  dos doadores, o alinhamento da Ajuda com as prioridades dos países parceiros e a partilha de  boas  práticas,  como  passos  indispensáveis  para  uma melhor  Ajuda”  (Henriques, 2009;72). 

“A nível da complementaridade, coordenação e harmonização, os relatórios nacionais de ODMs apontam para uma  crescente preocupação em que as estratégias  tenham como  base  nos  PNRP  (ou  enquadramentos  similares).  Estes  documentos  têm  sido considerados  como  as  melhores  linhas  orientadoras  para  a  Ajuda  contribuir efectivamente para o alcance dos Objectivos” (Henriques, 2009;72). 

“Devido, em parte à divisão de opiniões internas e ao controlo das soluções por parte das IFI, o papel da UE tem sido um pouco tímido. A UE continua a ser o maior doador de  APD  embora  uma  análise  mais  discriminada  revele  que  existem  algumas incongruências entre as prioridades definidas em compromissos  internacionais e para onde  vão  os  fundos.  Numa  fase  de  crise  internacional  será  ainda mais  difícil  a  UE conseguir  atingir  os  seus  compromissos  em  relação  ao  aumento  da  Ajuda  para  o alcance dos ODMs” (Henriques, 2009;77). 

 

 

 

 

 

 

 

 

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3.Ficha de Leitura 

 

Título da publicação: Desenvolvimento económico Integração Regional e ajuda Externa em África. Autor: Augusto José Pereira Trindade Data da publicação: 2006  Local de edição: Lisboa Editora: Universidade Técnica de Lisboa Local onde se encontra: Biblioteca da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra Cota: 330.3TRI C2 Título do capítulo: “ Ajuda Externa a África” Páginas do capítulo: 71‐101 Assunto: Ajuda Externa a África Palavras‐chave: “Cooperação europeia”;”Comissão africana”; “União Europeia”; “África”; “Objectivos do desenvolvimento do Milénio” Data da leitura: 09‐12‐2010   Notas  sobre  o  livro:  Na  minha  opinião,  este  capítulo  do  livro  “Desenvolvimento económico Integração Regional e ajuda Externa em África”, tem alguns pontos fortes e outros que considerei menos fortes. Começando pelos pontos fortes, no meu caso que sabia  relativamente  pouco  acerca  deste  tema,  ao  ler  apenas  este  capítulo,  fiquei  a conhecer de uma maneira mais aprofundada o tema e os subtemas que o rodeiam. O autor  explicita  as  suas  ideias  de  maneira  bastante  clara  e  com  uma  linguagem igualmente acessível. Quanto aos pontos fracos do livro, o único aspecto negativo que encontrei  baseia‐se  na  explicação  do  autor  sobre  alguns  aspectos  ser  demasiado extensa. Ou  seja, penso que o  autor  se prolonga muito na  sua explicação, havendo alguns momentos da  leitura em que  tinha de  recomeçar  a  ler de novo, pois  já não estava a acompanhar o raciocínio do texto. 

 

Resumo  do  capítulo: O  capítulo  “Ajuda  Externa  a  África”,  refere  principalmente  os objectivos que a União Europeia tinha para a cooperação com o continente Africano. 

Refere  ainda,  alguns  objectivos  e  princípios  claros  e  concretos  que  alguns  países europeus, como Portugal e França, tinham bastante presentes para o desenvolvimento de África. Alguns desses princípios estavam relacionados com: política de cooperação e objectivos  adoptados  a  curto  e  longo  prazo.  Este  capítulo  refere  ainda  um  ponto fundamental sobre as “Relações Europa‐África”. 

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Estas surgem na sequência, da necessidade de ajudar a combater os elevados custos e os  efeitos  do  crescimento  da  economia  europeia.  Esta  relação  entre  a  Comissão Europeia e a Comissão da União Africana têm‐se inclinado sobre a paz, a segurança, a democracia,  a  boa  governação,  a  integração  regional,  o  comércio  e  por  fim,  pelo desenvolvimento. 

 

 

4.Página da Internet Avaliada   http://www.ipad.mne.gov.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=120&Itemid=151  A página de internet que decidi analisar é aquela que, de todas as que pesquisei e que aprofundei,  parece  conter  o  maior  número  de  informação  acerca  da  cooperação europeia  com  África.  Posto  isto,  a  página  que  escolhi  foi, http://www.ipad.mne.gov.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=120&Itemid=151 onde podemos verificar que contém alguns temas tais como:    Instituto;   Objectivos  Desenvolvimento Milénio;   Estratégia  Cooperação  Portuguesa; Educação  para  o  Desenvolvimento;  Programa  Orçamental;  Exame  CAD  Cooperação Portuguesa; Países; Ajuda Pública Desenvolvimento;   Coop. Comunitária/Multilateral; Ajuda Humanitária; Apoio à Sociedade Civil; Agentes da Cooperação; Bolsas;  Avaliação e Auditoria Interna;  Publicações;  INOV Mundus; Os Dias do Desenvolvimento – ODD; Webmail.  O  tema Coop.  Comunitária/Multilateral  divide‐se  em  6  subtemas (Comunitária; Política  comunitária;   Relação UE‐África;  Relação UE‐ACP; Documentos de estratégia; Multilateral).  Em termos visuais, eu considero que seja um site bastante atractivo, visto ser bastante explícito, não procurando causar confusão a quem o consulte.  Em  termos económicos, a página não possui qualquer  custo para o utilizador que a decida  consultar,  facilitando,  assim,  a  sua  adesão  por  um  maior  número  de utilizadores. Por fim, esta página indica uma extrema importância e relevância para a elaboração e conclusão deste trabalho.  

       

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 5.Conclusão 

Antes de ter iniciado o meu trabalho, tinha elaborado um plano de ideias a reter para a construção  do mesmo,  assim  como  os  passos  a  seguir  e os  assuntos  que  pretendia explorar.  No entanto, com o desenrolar da pesquisa efectuada e com os materiais adquiridos, percebi que teria que idealizar novamente o meu projecto, para que, no final, todos os pontos se incidissem, com o objectivo de tornar a análise do meu trabalho algo sucinta e clarificada. Contudo, deparei‐me com um obstáculo, mas que não causou grande  incómodo, que foi a diminuta informação contida na Internet sobre o tema do trabalho, visto que me auxiliei, na maioria das vezes, de informação contida na Biblioteca da faculdade.  Em suma, devo concluir que a política de cooperação da UE sofreu várias mutações ao longo de várias décadas. A União Europeia está consciente politicamente para o facto de que a cooperação para o desenvolvimento deve ser transversal a todo o seu eixo de acção. Em  relação às diferentes dimensões,  (Comércio,  Sustentabilidade da Dívida e Ajuda  Pública  ao  Desenvolvimento)  alguns  desafios  têm‐se  imposto  à  parceria  UE‐África.  Apesar  de  existirem  grandes  avanços  em  relação  à  política  de  cooperação  da Comunidade nos últimos  anos, não  se pode  deixar de  referir que  a União  Europeia continua a negligenciar a parceria com o continente Africano.  Devo  referir, ainda, que o objectivo que  tracei para a  idealização deste  trabalho  foi conseguido, pois o aprofundamento desta  temática suscitou‐me relativa curiosidade, levando‐me assim a ter tido um maior empenho na realização deste trabalho. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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6.Referências Bibliográficas 

 

Conselho Europeu (1973), “Documento acerca da Identidade Europeia”. Página consultada em 9 de Dezembro de 2010, acedida em http://www.ena.lu/declaration-european-identity-copenhagen-14-december-1973-020002278.html-

Henriques, Andreia  Filipa Vieira  (2009),  "Objectivos de desenvolvimento do milénio: um novo paradigma para uma parceria união europeia‐africa  subsaariana?", Tese de mestrado em desenvolvimento e cooperação  internacional. Lisboa:  Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade Técnica de Lisboa. 

 Instituto  português  de  apoio  ao  Desenvolvimento  (2003),  “Ajuda  Pública Desenvolvimento”. Página  consultada  em  9  de  Dezembro  de  2010,  acedida  em http://www.ipad.mne.gov.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=120&Itemid=151‐   

Torres, Adelino (1998), “Cooperação euro‐africana”, in Adelino Torres (org), Horizontes do Desenvolvimento Africano: no limitar do século XXI. Lisboa, Vega, 203‐210. 

Trindade,  Augusto  José  Pereira  (2006),  “Ajuda  externa  a  África”,  in  Augusto  José Pereira  Trindade  (org),  Desenvolvimento  Económico,  Integração  Regional  e  Ajuda Externa a África. Lisboa: Universidade Técnica de Lisboa, 71‐101. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Anexo I 

 

Trindade,  Augusto  José  Pereira  (2006),  “Ajuda  externa  a  África”,  in  Augusto  José Pereira  Trindade  (org),  Desenvolvimento  Económico,  Integração  Regional  e  Ajuda Externa a África. Lisboa: Universidade Técnica de Lisboa, 71‐101. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Anexo II 

 

http://www.ipad.mne.gov.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=120&Itemid=151