convulsões no período neonatal sérgio henrique veiga unidade de neonatologia do hospital regional...
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Convulsões no período Convulsões no período neonatalneonatal
Sérgio Henrique VeigaSérgio Henrique Veiga Unidade de Neonatologia do Hospital Regional Unidade de Neonatologia do Hospital Regional
da Asa Sulda Asa Sul
Brasília, 6/4/2010Brasília, 6/4/2010www.paulomargotto.com.br
IntroduçãoIntrodução Frequentemente primeiro e único sinal de Frequentemente primeiro e único sinal de
sugestivo de comprometimento do SN do RN.sugestivo de comprometimento do SN do RN.
Diagnóstico difícil: drogas curarizantes, descrição Diagnóstico difícil: drogas curarizantes, descrição clínica difícil e crises eletroencefalográficas.clínica difícil e crises eletroencefalográficas.
Incidência: 1,8 a 5/1000.Incidência: 1,8 a 5/1000.
RN de muito baixo peso x RN de termo.RN de muito baixo peso x RN de termo.
Alterações FisiopatológicasAlterações Fisiopatológicas
Queda do ATP com falência da bomba Na/k.Queda do ATP com falência da bomba Na/k.
Maior permeabilidade da membrana para o Na+.Maior permeabilidade da membrana para o Na+.
Excesso do neurotransmissor e sinapses exitatórias.Excesso do neurotransmissor e sinapses exitatórias.
Neurotransmissores inibitórios atuam como Neurotransmissores inibitórios atuam como exitatórios. Ex: Subst. Negra.exitatórios. Ex: Subst. Negra.
Deficiência dos neurotransmissores inibitórios.Deficiência dos neurotransmissores inibitórios.
Classificação ClinicaClassificação Clinica 1. Sutis1. Sutis 2. Tônica2. Tônica GeneralizadaGeneralizada FocalFocal 3.Clônica3.Clônica MultifocalMultifocal FocalFocal 4.Mioclônica4.Mioclônica Focal, multifocalFocal, multifocal GeneralizadaGeneralizada
Diferencial:Diferencial:
TremoresTremores
Mioclonias benignas do sonoMioclonias benignas do sono
Hiperexitabilidade Hiperexitabilidade
Tremores da hiperexcitabilidade x Tremores da hiperexcitabilidade x crises clonicas focaiscrises clonicas focais
Clinica hiperex criseClinica hiperex crise
Desvio ocular - + Desvio ocular - + Estímulos ext + -Estímulos ext + - Mov. Predomin. Tremor Abalos clônicos Mov. Predomin. Tremor Abalos clônicos Reposicionamento + -Reposicionamento + - do membro do membro AlteraçõesAlterações Autonômicas - +Autonômicas - +
EletroencefalografiaEletroencefalografia EEG: EEG:
RitmoRitmo de de base:base:
Ativ. IctaisAtiv. Ictais:- atividade rítmica (delta, teta,alfa ou beta) :- atividade rítmica (delta, teta,alfa ou beta) persististe em uma região por mais de 10 segpersististe em uma região por mais de 10 seg
-surtos de supressão-surtos de supressão Ativ. Interictal: -Ativ. Interictal: -Ondas agudas em trens e repetitiva Ondas agudas em trens e repetitiva
em uma área. em uma área.
Monitorização por vídeo-EEG:Monitorização por vídeo-EEG:
Monitorização poligrafica:Monitorização poligrafica:
EEGEEG
Alterações com correlação eletrográficas Alterações com correlação eletrográficas consistenteconsistente::
Clonica:Clonica: focal, multifocal, hemiconvulsão, focal, multifocal, hemiconvulsão, Axial.Axial. Tonica: focal (flexão assimétrica do tronco, Tonica: focal (flexão assimétrica do tronco, desvio desvio
ocular fixo)ocular fixo) Mioclonica: generalizada ou bilateral e focalMioclonica: generalizada ou bilateral e focal EspasmosEspasmos ApnéiasApnéias
EEGEEG Sem correlação eletrográfica consistente:Sem correlação eletrográfica consistente: (Reflexos primitivos do tronco encefálico, (Reflexos primitivos do tronco encefálico,
desencadeada por estímulos ou suprimidos por desencadeada por estímulos ou suprimidos por reposicionamento dos membros.)reposicionamento dos membros.)
Mioclônica focal e multifocais.Mioclônica focal e multifocais. Generalizada tônicaGeneralizada tônica Sutis Sutis Automatismos motoresAutomatismos motores
EEGEEG
Crises eletrográficas:Crises eletrográficas: (Sem manifestações clínicas)(Sem manifestações clínicas)
Paralização por drogasParalização por drogas DAEsDAEs Encefalopatia graveEncefalopatia grave
EtiologiaEtiologia GlicemiaGlicemia CalcemiaCalcemia MagnesemiaMagnesemia PiridoxinaPiridoxina GasometriaGasometria AmoniaAmonia Lactato Lactato LCR.LCR. SorologiasSorologias CK-bbCK-bb
Outros exames complementaresOutros exames complementares
Ecografia transfontanelarEcografia transfontanelar
Doppler transcranianoDoppler transcraniano
Tomografia computadorizadaTomografia computadorizada
Ressonância magnéticaRessonância magnética
Espectroscopia por RNM.Espectroscopia por RNM.
TratamentoTratamento Fenobarbital:Fenobarbital: Droga de eleição em recém-nascidosDroga de eleição em recém-nascidos M.A: Aumenta a inibição do GABA,reduz o M.A: Aumenta a inibição do GABA,reduz o
afluxo de cálcio intracelular, varre os afluxo de cálcio intracelular, varre os radicais livres e diminui a taxa metabólica do radicais livres e diminui a taxa metabólica do cérebro.cérebro.
Nível Sérico de 15 a 40 Nível Sérico de 15 a 40 µgµg Hematológicas, insuficiência hepática, Hematológicas, insuficiência hepática,
concentração, QI, Hiperatividade.concentração, QI, Hiperatividade.
tratamentotratamento
Fenitoína/fosfenitoina:Fenitoína/fosfenitoina: Apresenta oscilações nos níveis séricos em Apresenta oscilações nos níveis séricos em
recém-nascidos. recém-nascidos. Tem eficácia similar ao PB. Se utilizada Tem eficácia similar ao PB. Se utilizada
isoladamente = 45%isoladamente = 45% PB+ PHT = eficácia de 60%.PB+ PHT = eficácia de 60%. Nível sérico = 10 a 20Nível sérico = 10 a 20µgml.µgml.
tratamentotratamento
Benzodiazepínicos:Benzodiazepínicos: Diazepam:Diazepam: se associado ao PB=efeito depressor se associado ao PB=efeito depressor
cumulativo, tem eliminação lenta e prejudica a cumulativo, tem eliminação lenta e prejudica a avaliação clínica.avaliação clínica.
Midazolam:Midazolam: EME, infusão contínua sem EME, infusão contínua sem oscilações no nível sérico, eliminação rápida, e oscilações no nível sérico, eliminação rápida, e retirada 3 a 4 dias do controle da CC.retirada 3 a 4 dias do controle da CC.
Lorazepam:Lorazepam: 0,05 a 0,10mg/kg IV em 2 a 5 min. 0,05 a 0,10mg/kg IV em 2 a 5 min.
tratamentotratamento
Tiopental:Tiopental: EMEEME MonitorizaçãoMonitorização Ataque: 10 mg/kgAtaque: 10 mg/kg Manutenção: 0,5 a 5 mg/kg/horaManutenção: 0,5 a 5 mg/kg/hora Controle encefalográfico.Controle encefalográfico.
Outras DAEsOutras DAEs
Primidona: Primidona: Carbamazepina:Carbamazepina: Ac. Valpróico (ev e vr): Ac. Valpróico (ev e vr): → hiperamonemia→ hiperamonemia Clonazepan:Clonazepan: Lidocaína:Lidocaína: Vigabatrina:Vigabatrina: Topiramato:Topiramato: Lamotrigina:Lamotrigina:
Quando retirar as DAESQuando retirar as DAES
Depende do diagnóstico e prognóstico.Depende do diagnóstico e prognóstico. CC por asfixia= recorrência de 30% no CC por asfixia= recorrência de 30% no
1ºano de vida.1ºano de vida. Anormalidades no EEG, USG e exame Anormalidades no EEG, USG e exame
neurológico = significâncianeurológico = significância EEG normal na 1ºa semana de vida e EEG normal na 1ºa semana de vida e
exame neurológico normal = menor risco de exame neurológico normal = menor risco de recorrência a longo prazo. recorrência a longo prazo.
Retirada da medicaçãoRetirada da medicação
RNRN:: Ex.N. normalEx.N. normal→EEG normal→ retirar a →EEG normal→ retirar a DAE.DAE.
RN: Ex.N. normal→RN: Ex.N. normal→EEG anormalEEG anormal→manter se →manter se possível uma única DAE.possível uma única DAE.
1 m: Ex.N. Normal e EEG normal→ retirar a 1 m: Ex.N. Normal e EEG normal→ retirar a DAE.DAE.
1 m: Ex.N. anormal→EEG normal→ retirar a 1 m: Ex.N. anormal→EEG normal→ retirar a DAE. DAE.
1m: Ex.N. anormal →EEG anormal→ manter 1m: Ex.N. anormal →EEG anormal→ manter a DAE.a DAE.
AcompanhamentoAcompanhamento
Com ou sem medicação:Com ou sem medicação:Marcos estabelecidos do desenvolvimento Marcos estabelecidos do desenvolvimento
neuro-psico-motor no primeiro ano de vidaneuro-psico-motor no primeiro ano de vidaApós, pelo menos anual até o final da Após, pelo menos anual até o final da
alfabetização.alfabetização.
Neuropatia estabelecida: sem prazo definido.Neuropatia estabelecida: sem prazo definido.
controvérsiascontrovérsias
Todas as crises eletrográficas sem Todas as crises eletrográficas sem manifestações clínicas devem ser tratadas?manifestações clínicas devem ser tratadas?
Fenobarbital, quando retira-lo?Fenobarbital, quando retira-lo?
1m: Ex.N. normal e EEG anormal ?1m: Ex.N. normal e EEG anormal ?
conclusãoconclusão
Aumentar o tempo de observação.Aumentar o tempo de observação.
Utilizar de algumas manobras auxiliares.Utilizar de algumas manobras auxiliares.
Necessidade de exames complementares.Necessidade de exames complementares.
Quando e como introduzir as DAEsQuando e como introduzir as DAEs Quando e como retirar as DAEsQuando e como retirar as DAEs
Bibliografia: Convulsões no período neonatal, 2009. Volpe JJ. Neurology of the Newborn. 3º ed. 1995 Mizrahi EM, Kellaway P. Characterization and classification
of neonatal seizures. Neurology 1987. Yacubian EMT, Sousa PS. Classificação das crises e das
epilepsias: dificuldades no período neonatal, infância e adolescência, em Epilepsia Infância Adolescência, 2003, pag 43.
Gherpelli JLD. Crises neonatais, em Epilepsia Infância Adolescência, 2003, pag 191.
Nota do Editor do site www.paulomargotto.com.br
Dr. Paulo R. Margotto Consultem:
Crises convulsivas no período neonatalAutor(es): Sérgio Henrique Veiga, Paulo R. Margotto, Josileide G Castro
Efeitos do tratamento das convulsões neonatais subclínicas detectadas monitorização contínua eletroencefalográfica amplitude-integrada:ensaio randomizado e controlado (Effect of Treatment of Subclinical Neonatal Seizures Detected With Continuous AmplitudeAutor(es): Linda G. M. van Rooij, Mona C. Toet, Alexander C. van Huffelen, Floris Groenendaal, et al . Apresentação: Daniel Artiaga, Diogo Wagner, Fernando Galli, Paulo R. Margotto