conversao de energia ii – n6cv2 prof. dr. cesar da costa 1.a aula: motores elétricos de indução

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Conversao de Energia II – N6CV2 Prof. Dr. Cesar da Costa 1.a Aula: Motores Elétricos de Indução

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Conversao de Energia II – N6CV2

Prof. Dr. Cesar da Costa

1.a Aula: Motores Elétricos de Indução

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INTRODUÇÃO ÀS MÁQUINAS ELÉTRICAS

As máquinas elétricas podem ser classificadas em dois grupos:

a)Geradores: que transformam energia mecânica oriunda de uma fonte externa (como a energia potencial de uma queda d’água ou a energia cinética dos ventos) em energia elétrica (tensão);

b)Motores: que produzem energia mecânica (rotação de um eixo) quando alimentados por uma tensão (energia elétrica).

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INTRODUÇÃO ÀS MÁQUINAS ELÉTRICASExemplo de Gerador Elétrico

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INTRODUÇÃO ÀS MÁQUINAS ELÉTRICASExemplo de Motor Elétrico

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Geradores e motores só se diferenciam quanto ao sentido de transformação da energia, possuindo ambos a mesma estrutura básica.

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Um elemento fixo, chamado estator:

ESTRUTURA DO MOTOR

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ESTRUTURA DO ESTATOR

É construído com chapas de material magnético e recebe o enrolamento de campo, cujas espiras são colocadas em ranhuras, como mostra a Figura 7.7.

O enrolamento de campo pode ser mono ou trifásico. A maneira como esse enrolamento é construído determina o número de pólos do motor, entre outras características operacionais. Suas pontas (terminais) são estendidas até uma caixa de terminais, onde pode ser feita a conexão com a rede elétrica de alimentação.

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ESTRUTURA DO MOTOR

Um elemento móvel, capaz de girar chamado rotor:

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ESTRUTURA DO ROTOR

Aqui é montado o enrolamento de armadura; no caso mais comum, êle é constituído de condutores retilíneos interligados nas duas extremidades por anéis de curto-circuito, o que lhe dá a forma de uma gaiola.

Existe um outro tipo de rotor, dito bobinado, onde os terminais das fases do enrolamento de armadura são ligados a anéis deslizantes, permitindo a inserção de elementos que auxiliam na partida do motor.

Rotor tipo gaiola de esquilo Rotor bobinado

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Elementos de um Motor Trifásico de Inducao

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Tipos de Máquinas Elétricas

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PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DE UM MOTOR DE INDUCAO

Na região em torno de um ímã acontecem alguns fenômenos especiais, como a atração de fragmentos de ferro ou o desvio da agulha de uma bússola. Diz-se que nesta região existe um campo magnético, o qual pode ser representado por linhas de indução.

Também ao redor de um condutor percorrido por corrente elétrica existe um campo magnético, cuja intensidade é diretamente proporcional ao módulo da corrente. Este campo pode ser intensificado se este condutor for enrolado, formando uma bobina ou enrolamento. Nesses casos, a intensidade do campo magnético é diretamente proporcional à corrente

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PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DE UM MOTOR DE INDUCAO

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PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DE UM MOTOR DE INDUCAO

Campos magnéticos são mensurados através de uma grandeza chamada indução magnética (simbolizada pela letra B), cuja unidade no SI é o Tesla (T). O valor de B é maior nas regiões onde as linhas estão mais concentradas.

Denomina-se fluxo magnético (símbolo ) ao número de linhas de indução que atravessa a superfície delimitada por um condutor (uma espira, por exemplo). Esta grandeza é medida em Webbers (Wb), no SI.

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PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DE UM MOTOR DE INDUCAO

Em 1831, Michael Faraday descobriu que quando o fluxo magnético em um enrolamento varia com o tempo, uma tensão u é induzida nos terminais da mesmo; o valor desta tensão é diretamente proporcional à rapidez com que o fluxo varia. Então, a Lei de Faraday (ou Lei da Indução Eletromagnética) pode ser expressa por:

du N

dt

Número de espiras

Taxa de variacao do fluxo magnetico

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PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DE UM MOTOR DE INDUCAO

Se os pólos de um ímã forem postos a girar ao redor de uma espira, como representado na Figura, o fluxo nesta varia com o tempo, induzindo uma tensão entre seus terminais; se estes formarem um percurso fechado, haverá neles a circulação de uma corrente induzida i.

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PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DE UM MOTOR DE INDUCAO

No estudo do Eletromagnetismo, aprende-se que se um condutor estiver imerso em um campo magnético e for percorrido por uma corrente elétrica, surge uma força de interação dada por:

F i l B Forca de interacao

Corrente no condutor

Comprimento da espira

Valor da inducao magnetica

É esta força que produz um conjugado nos lados da espira, fazendo-a girar (ação de motor).

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PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DE UM MOTOR DE INDUCAO

A Figura 7.5 mostra os campos magnéticos formados pela alimentação trifásica em um motor, no qual os enrolamentos de campo estão localizados no estator.

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PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DE UM MOTOR DE INDUCAO

O campo magnético de cada fase é representado por um vetor e a soma vetorial dos mesmos dá o campo resultante.

Observa-se que o efeito é o de um ímã girando ao redor do rotor, produzindo a ação de motor, tal como descrita no parágrafo anterior. A velocidade com que esse campo girante opera é chamada velocidade síncrona (ns), dada por:

120( )s

fn rpm

p

Numero de polos do motor

Frequencia da rede (Hz)

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O motor de indução é um motor que baseia o seu princípio de funcionamento na criação de um campo magnético rotativo.

A partir da aplicação de tensão alternada trifásica no estator, consegue produzir-se um campo magnético rotativo (campo girante), que atravessa os condutores do rotor.

Campo Girante

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Este campo magnético variável induz no rotor F.E.Ms (Força Eletromotriz) que, por sua vez, criam o seu próprio campo magnético girante.

Este campo magnético girante criado pelo rotor, ao tender a alinhar-se com o campo girante do estator, produz um movimento de rotação no rotor.

Campo Girante

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A velocidade de rotação do rotor é ligeiramente inferior à velocidade de rotação do campo girante do estator, não estando por isso o rotor sincronizado com esse campo girante

Estator Rotor

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Num motor de indução, a velocidade de rotação é diferente da velocidade de sincronismo. Este fato deve-se porque existe uma diferença de velocidade entre o rotor e o campo girante do estator.

A esta diferença de velocidade dá-se o nome de escorregamento e pode ser calculado por:

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%100.s

s

n

nns

Onde:

( )sn Velocidade de Sincronismo estator

n Velocidade de rotação do rotor

Escorregamento (s):

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Principais Falhas de Motores de Indução

a) Impedância dos enrolamentos e atrito dos rolamentos provocam aquecimento dos motores.

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b) Falha de Rotor Bloqueado:Os enrolamentos se danificam pelo excesso de corrente na situação de rotor bloqueado. A corrente de Rotor bloqueado pode estar em uma faixa de 6 a 10 vezes a corrente nominal do motor.

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c) Prejuízos da Sobretensão: Surtos de tensão danificam os enrolamentos.

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d) Prejuízos da Sobrecorrente: Excesso de corrente danificam os enrolamentos.

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e) Desbalanceamento de Tensão ou falta de fase: Danifica o enrolamento do Motor.

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LIGAÇÃO DOS MOTORES TRIFÁSICOS

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LIGAÇÃO DOS MOTORES TRIFÁSICOS

O motor trifásico tem as bobinas distribuídas no estator e ligadas de modo a formar três circuitos distintos, chamados de fases de enrolamento.

Essas fases são interligadas formando ligações em estrela ou em triângulo, para o acoplamento a uma rede trifásica. Para isso deve-se levar em conta a tensão que irão operar.

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LIGAÇÃO DOS MOTORES TRIFÁSICOS

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LIGAÇÃO DOS MOTORES TRIFÁSICOS

Na ligação em estrela, o final das fases se fecham em sí, e o início se liga à rede.

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LIGAÇÃO DOS MOTORES TRIFÁSICOS

Na ligação em triângulo, o início de uma fase é fechado com o final da outra, e essa associação é ligada à rede.

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LIGAÇÃO DOS MOTORES TRIFÁSICOS

Os motores trifásicos podem dispor de 3, 6, 9 ou 12 terminais para a ligação do estator à rede elétrica.

Assim, eles podem operar em uma, duas, três ou quatro tensões, respectivamente. Todavia, é mais comum encontrar motores com 6 e 12 terminais.

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LIGAÇÃO DOS MOTORES TRIFÁSICOS

Os motores trifásicos com 6 terminais só podem ser ligados em duas tensões: uma a raiz quadrada de 3 maior do que a outra. Por exemplo, 220/380V ou 440/760 V.