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Zambelli Advogados Rua Dr. Campos Sales, 177 Jardim América ● Cachoeirinha ● RS Fones: (51) 3041.3393 / 9277.3174 [email protected] www.zambelli.adv.br Zambelli Advogados ● Rua Dr. Campos Sales, 177● Jardim América ● Cachoeirinha ● RS ● Fone: (51) 3041.3393 EXMO(a). SR(a). DR(a). JUIZ(a) DE DIREITO DA ___VARA FEDERAL DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4º REGIÃO – PORTO ALEGRE – RS: ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA ANTECIPAÇÃO DE TUTELA Tutela de EVIDÊNCIA – ARTs. 294 e 311, II e IV NCPC xxxxxx xxxxxxxxxxxxxxx xxxxxx, brasileiro, casado, Eletricista, Carteira de Identidade n.ºxxxxxxxxxx SSP- RS, inscrito no CPF sob n.º xxxxxxxxxxxxxx, NIT xxxxxxxxxxxxxxx, residente e domiciliado Rua xxxxxxxxxxxxxxx, n° 223, Bxxxxxxxxxxxo, CEP n° xx.xxx-000, xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx - RS, vêm à presença de Vossa excelência, por seu procurador signatário AJUIZAR AÇÃO DE CONVERSÃO DE AUXILIO DOENÇA EM APOSENTADORIA POR INVALIDEZ e ACRÉSCIMO DE 25% COM PEDIDO LIMINAR Antecipação de Tutela de Evidência contra INSS – INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL, Autarquia Federal, com endereço na rua Jerônimo Coelho, 127, Porto Alegre - RS com base nos fatos e fundamentos a seguir expostos: I - DA PRELIMINAR

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EXMO(a). SR(a). DR(a). JUIZ(a) DE DIREITO DA ___VARA FEDERAL DA JUSTIÇA

FEDERAL DA 4º REGIÃO – PORTO ALEGRE – RS:

ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA ANTECIPAÇÃO DE TUTELA

Tutela de EVIDÊNCIA

– ARTs. 294 e 311, II e IV NCPC

xxxxxx xxxxxxxxxxxxxxx xxxxxx, brasileiro, casado,

Eletricista, Carteira de Identidade n.ºxxxxxxxxxx SSP-

RS, inscrito no CPF sob n.º xxxxxxxxxxxxxx, NIT

xxxxxxxxxxxxxxx, residente e domiciliado Rua

xxxxxxxxxxxxxxx, n° 223, Bxxxxxxxxxxxo, CEP n°

xx.xxx-000, xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx - RS, vêm à

presença de Vossa excelência, por seu procurador signatário

AJUIZAR

AÇÃO DE CONVERSÃO DE AUXILIO DOENÇA

EM APOSENTADORIA POR INVALIDEZ e ACRÉSCIMO DE

25%

COM PEDIDO LIMINAR

Antecipação de Tutela de Evidência

contra INSS – INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL,

Autarquia Federal, com endereço na rua Jerônimo Coelho, 127,

Porto Alegre - RS com base nos fatos e fundamentos a seguir

expostos:

I - DA PRELIMINAR

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DA REQUISIÇÃO DO PROCESSO ADMINISTRATIVO AO INSS

Encontram-se em poder da Autarquia ré, provas indispensáveis para

servirem de subsídio a Perícia Médica Judicial e para provar que a parte autora

faz jus ao benefício postulado, tais como Antecedentes Médicos e Perícias

Médicas do INSS, junto ao processo administrativo do Benefício.

Por esse motivo é indispensável que os mesmos sejam

requisitados ao INSS.

II - DOS FATOS e FUNDAMENTOS DE DIREITO

1. O Autor é beneficiário do Regime Geral de Previdência Social na condição de

Segurado Obrigatório e atualmente encontra-se na qualidade de segurado, em

gozo de benefício, conforme previsto no Artigo 15, I, da Lei 8213/91.

2. O autor é beneficiário do Benefício de Auxílio-Doença NB 31/xxx.xxx.xxx-x

DER em 10/04/2010. Ocorre que, conforme Laudo Médico, o autor está total e

permanentemente incapacitado para suas atividades laborais. No entanto, não é

possível requerer a conversão do benefício de auxílio doença em aposentadoria por

invalidez na via administrativa devido ao descaso da autarquia em agendar referido

atendimento, sendo necessário ingressar na via judicial para pleitear o que é direito

do autor.

3. Tendo em vista que a parte autora está total e definitivamente incapacitada,

conforme provam os Atestados, Exames e Laudos e subsídios médicos da parte

autora, docs. Anexos, lhe é devida a Conversão do Benefício de Auxílio doença

em Aposentadoria por Invalidez.

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4. O autor requerente é portador de GRAVE quadro patológico da área da

NEUROLOGIA que o incapacita definitivamente para o trabalho, conforme informam

expressamente os subsídios médicos, docs. anexos.

Apresenta as seguintes doenças, na área da NEUROLOGIA: CID 10 –

G 20.

G 20 – DOENÇA DE PARKINSON

Ainda por oportuno merece destacar no presente processo o CID-10 do

requerente, que o mesmo encontra-se em permanente tratamento médico no

Hospital São Lucas - PUCRS, em que diferentes médicos atestam pela

incapacidade definitiva do autor. Cumpre ressaltar, conforme laudos médicos que

o autor tem pouca resposta terapêutica, apesar das altas doses medicamentosas.

Não há regressão da doença, mas sim agravamento no seu quadro clínico. Ambos

os laudos médicos atestam expressamente que o autor necessita afastamento

permanente do trabalho.

5. Eis que apesar da idade do autor não ser avançada e este ser pessoa jovem, o qual

estaria suscetível à reabilitação, a doença que o acomete não permite a referida

reabilitação. O segurado já possui pouquíssima resposta ao tratamento médico,

possui pouca instrução, não possui qualificação profissional, sempre trabalhou em

trabalho intenso para a subsistência sua e da família, por último, conforme

comprovam os Contratos de Trabalho em anexo, como ELETRICISTA. Como pode

uma pessoa acometida da doença de Parkinson exercer atividades como

eletricista? É de se constatar, apesar da idade do autor, que as suas condições

pessoais, quais sejam a atividade exercida, a doença que o incapacita total e

definitivamente para o trabalho e a baixa escolaridade ensejam a conversão do

benefício de Auxílio Doença em Aposentadoria por Invalidez, devido ao

caráter definitivo de sua incapacidade.

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6. Diante disso, postula a conversão do Benefício de Auxílio-Doença em

Aposentadoria por Invalidez Aposentadoria por Invalidez, de acordo com o disposto

no Art. 42 da Lei nº 8.213 de 24/07/1991, conforme conclusão das Perícias Médicas

a serem realizadas pelo juízo.

7. Tendo em vista que durante toda vida o autor sempre trabalhou em trabalho braçal

intenso, não se pode exigir que estando doente, o mesmo tenha condições de

exercer a atividade que vinha exercendo ou outra atividade, diante do competitivo

mercado de trabalho que não aceita trabalhadores doentes, estando enfermo e sem

condições de exercer qualquer atividade laborativa, mesmo se em pleno, constante

e permanente tratamento, sem haver regressão da incapacidade, lhe é devido a

Conversão do Benefício de Auxílio Doença em Aposentadoria por Invalidez.

8. Nesse sentido, busca-se o Poder Judiciário, a fim de solucionar essa situação.

Merece destacar ainda que esses valores a serem percebidos são verbas

alimentares para manutenção de sua saúde, tendo em vista a grave incapacidade.

Desta forma, o que pode denotar é que o INSS está agindo de forma precária e

abusiva e também ferindo princípios norteadores de nossa Constituição.

9. É mister salientar que o Segurado é a parte hipossuficiente na relação com a

Autarquia Previdenciária, que pelo Princípio da Proteção é obrigação da Autarquia

Previdenciária converter o Benefício de Auxílio Doença NB 31/xxxxxxxxxxxxx

em aposentadoria por invalidez diante das graves incapacidades que incapacitam

total e definitivamente o autor, pois gize-se que a DOCUMENTAÇÃO apresentada

é visível que o Segurado encontra-se definitivamente INCAPACITADO para

laborar, necessitando do benefício, pois preenchendo todos os requisitos,

segundo os laudos atestam por uma incapacidade definitiva, razão pela qual é

devido o benefício de APOSENTADORIA POR INVALIDEZ.

III - DO DIREITO

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10. Para a concessão de auxílio-doença/aposentadoria por invalidez, mister se faz

preencher os seguintes requisitos:

I - SATISFAÇÃO DA CARÊNCIA;

II - MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE SEGURADO;

III - EXISTÊNCIA DE DOENÇA INCAPACITANTE PARA O

EXERCÍCIO DE ATIVIDADE LABORATIVA.

TODOS os requisitos restam plenamente satisfeitos, tendo em vista que o AUTOR

está em gozo em benefício de auxílio doença NB 31/xxxxxxxxxxxxx, conforme

concessão em 10/04/2010.

11. A controvérsia cinge-se, exclusivamente quanto a NATUREZA da incapacidade que

acomete o autor, pois não está o autor incapacitado de forma temporária, mas sim

de forma permanente e definitiva, como pode ser comprovado através dos

subsídios médicos, docs. anexos. Restando também este requisito satisfeito,

fazendo jus o autor a conversão do benefício de auxílio doença em aposentadoria

por invalidez devido a grave e definitiva incapacidade para o trabalho do requerente.

Da Jurisprudência

12. A jurisprudência tem se manifestado no sentido de que a incapacidade para o

trabalho ou para o exercício de outra atividade que garanta a subsistência, não está

ligada exclusivamente ao aspecto médico, mas também e principalmente aos

aspectos sociocultural e de escolaridade.

13. A parte autora encontra-se incapaz para o trabalho e insuscetível de reabilitação

para o exercício de outra atividade que lhe garanta a subsistência. Tendo em

vista que está sofrendo de doenças graves que o incapacitam definitivamente para

o trabalho, conforme subsídios médicos, docs. anexos, diante do que postula a

conversão do benefício de Auxílio-Doença em Aposentadoria por Invalidez, de

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acordo com o disposto no Art. 42 da Lei 8.213, de 24/07/1991, conforme a

conclusão da Perícia Médica a ser realizada por perito desse Juízo.

14. Além disso, conforme dispõe o próprio TRF4, a jurisprudência é pacífica ao

corroborar a tese da parte autora:

a) Quanto à concessão de aposentadoria por invalidez em casos de segurados

acometidos de Doença de Parkinson:

EMENTA: APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. INCAPACIDADE PERMANENTE. TERMO INICIAL. 1. Tratando-se de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez, o Julgador firma sua convicção, via de regra, por meio da prova pericial. 2. As condições pessoais do segurado, associadas às conclusões do laudo pericial quanto à atual limitação para qualquer atividade, em face de doença de Parkinson, indicam a necessidade de concessão de aposentadoria por invalidez. (TRF4, APELREEX 0014086-75.2015.404.9999, Quinta Turma, Relatora Taís Schilling Ferraz, D.E. 25/11/2015)

EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. REQUISITOS. QUALIDADE DE SEGURADO. PERÍODO DE CARÊNCIA. INCAPACIDADE. LAUDO PERICIAL. TUTELA ESPECÍFICA. IMPLANTAÇÃO DO BENEFÍCIO. CONSECTÁRIOS LEGAIS. 1. São três os requisitos para a concessão dos benefícios por incapacidade: a) a qualidade de segurado; b) o cumprimento do período de carência de 12 contribuições mensais; c) a incapacidade para o trabalho, de caráter permanente (aposentadoria por invalidez) ou temporária (auxílio-doença). 2. A concessão dos benefícios de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez pressupõe a averiguação da incapacidade para o exercício de atividade que garanta a subsistência do segurado, e terá vigência enquanto permanecer ele nessa condição. 3. A incapacidade é verificada mediante exame médico-pericial a cargo da Previdência Social ou realizado por perito nomeado pelo juízo; o julgador, via de regra, firma sua convicção com base no laudo do expert, embora não esteja jungido à sua literalidade, sendo-lhe facultada ampla e livre avaliação da prova. 4. No caso dos autos, o laudo pericial concluiu pela incapacidade total e permanente para o trabalho, tendo em vista ser o autor portador de hérnia incisional e doença de Parkinson (CID - K 46.9 e G 20), que o incapacitam para o trabalho que habitualmente exercia (agricultor), razão pela qual devida a concessão do benefício de aposentadoria por invalidez. 5. Termo inicial do benefício na data da cessação administrativa, uma vez evidenciado nos autos que a incapacidade já estava presente àquela data. 6. O cumprimento imediato da tutela específica, diversamente do que ocorre no tocante à antecipação de tutela prevista no art. 273 do CPC, independe de requerimento expresso por parte do segurado ou beneficiário e o seu deferimento sustenta-se na

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eficácia mandamental dos provimentos fundados no art. 461 do CPC. (TRF4, APELREEX 0014451-03.2013.404.9999, Quinta Turma, Relator Luiz Carlos de Castro Lugon, D.E. 11/03/2014)

b) Quanto à desnecessidade do prévio requerimento administrativo em casos de

conversão de auxílio doença em aposentadoria por invalidez:

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL.PREVIDENCIÁRIO. RESTABELECIMENTO DE AUXÍLIO-DOENÇA. JUNTADA DE REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO ATUALIZADO. DESNECESSIDADE. 1. De regra, segundo posição do Supremo Tribunal Federal, assentada no julgamento do RE 631240/MG, é indispensável o prévio requerimento administrativo de benefício previdenciário como pressuposto para que o Poder Judiciário possa ser acionado legitimamente. 2. No entanto, nas ações que visam ao melhoramento ou à proteção de vantagem já concedida ao demandante (pedidos de revisão, conversão de benefício em modalidades mais vantajosa, restabelecimento, manutenção, etc.), pois já houve a inauguração da relação entre o beneficiário e a Previdência, não se fazendo necessário, de forma geral, que o autor provoque novamente o INSS para ingressar em juízo. (TRF4, AG 5043724-92.2015.404.0000, Sexta Turma, Relator p/ Acórdão (auxílio João Batista) Hermes S da Conceição Jr, juntado aos autos em 18/12/2015)

EMENTA: PROCESSO CIVIL E PREVIDENCIÁRIO. CONVERSÃO DE AUXÍLIO-DOENÇA JÁ CONCEDIDO EM APOSENTADORIA POR INVALIDEZ COM ACRÉSCIMO DE 25%. PRÉVIO REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO. DESNECESSIDADE. INTERESSE DE AGIR CONFIGURADO. SENTENÇA ANULADA. 1. A concessão administrativa de benefício temporário (auxílio-doença), quando requerido outro de natureza permanente (aposentadoria por invalidez), caracteriza de forma suficiente a pretensão resistida e o interesse de agir do segurado que ingressa com demanda judicial, não sendo necessário - muito menos exigível - o exaurimento da via administrativa e a exigência de prévio pleito de conversão e acréscimo de 25% para o regular processamento do feito. 2. Sentença de extinção sem julgamento do mérito anulada, a fim de ser regularmente processado e julgado o feito. (TRF4, AC 0001833-89.2014.404.9999, Sexta Turma, Relatora Vânia Hack de Almeida, D.E. 17/06/2014)

EMENTA: PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. CONCESSÃO DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO. NECESSIDADE DE PRÉVIO REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO 631.240/MG. REPERCUSSÃO GERAL. CONVERSÃO DE AUXÍLIO-

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DOENÇA EM APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. 1. O Supremo Tribunal Federal, ao julgar o Recurso Extraordinário n. 631.240/MG em sede de repercussão geral, assentou entendimento no sentido de ser necessário, como regra geral, o requerimento administrativo antes do ajuizamento de ações de concessão de benefícios previdenciários. 2. No voto condutor do acórdão, restou esclarecido que, em se tratando de ações previdenciárias que visam ao melhoramento de vantagem já concedida ao requerente (como é o caso do pedido de conversão do benefício de auxílio-doença em aposentadoria por invalidez), não se faz necessário que o autor provoque novamente o INSS para ingressar em juízo, porquanto já houve a inauguração da relação entre o beneficiário e a Previdência. 3. No caso em apreço, houve prévio requerimento administrativo efetuado pelo demandante, que está em gozo de benefício de auxílio-doença, e requer na presente ação a conversão em aposentadoria por invalidez . 4. Sentença anulada, determinando o retorno dos autos à vara de origem para a reabertura da instrução processual. (TRF4, AC 0015533-35.2014.404.9999, Sexta Turma, Relator Celso Kipper, D.E. 17/11/2014)

IV - DO DIREITO AO ACRÉSCIMO DE 25% (vinte e cinco por cento).

15. A pretensão do autor tem fundamento no Art. 45, da Lei nº 8.213/91, que dispôs

expressamente que é devido o acréscimo de 25% no valor da aposentadoria por

invalidez para o segurado que necessitar de ajuda permanente de outra pessoa,

tendo em vista a previsão legal em uma das situações do Anexo I, do Dec 3.048/99.

16. A seguir mencionamos o artigo 45, da Lei No. 8.213, de 24 de julho de l991, que

fundamenta a pretensão do autor:

“Art. 45. O valor da aposentadoria por invalidez do segurado que necessitar da assistência permanente de outra pessoa será acrescido de 25% (vinte e cinco por cento).” (Grifei)

Nesse sentido, assim tem decidido o egrégio STJ sobre o assunto:

RECURSO ESPECIAL Nº 1.576.350 - RS (2015/0326196-3)

RELATOR : MINISTRO HERMAN BENJAMIN

RECORRENTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

RECORRIDO : SONIA MARIA DE OLIVEIRA

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ADVOGADO : MARIA APARECIDA DE OLIVEIRA E OUTRO(S)

DECISÃO

Trata-se de Recurso Especial (art. 105, III, "a", da CF) interposto contra acórdão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região cuja ementa é a seguinte:

PREVIDENCIÁRIO. ART. 45 DA LEI DE BENEFÍCIOS. ACRÉSCIMO DE 25% INDEPENDENTEMENTE DA ESPÉCIE DE APOSENTADORIA. NECESSIDADE DE ASSISTÊNCIA PERMANENTE DE OUTRA PESSOA. NATUREZA ASSISTENCIAL DO ADICIONAL. CARÁTER PROTETIVO DA NORMA. PRINCÍPIO DA ISONOMIA.

PRESERVAÇÃO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA. DESCOMPASSO DA LEI COM A REALIDADE SOCIAL.

1. A possibilidade de acréscimo de 25% ao valor percebido pelo segurado, em caso de este necessitar de assistência permanente de outra pessoa, é prevista regularmente para beneficiários da aposentadoria por invalidez, podendo ser estendida aos demais casos

de aposentadoria em face do princípio da isonomia.

2. A doença, quando exige apoio permanente de cuidador ao aposentado, merece igual tratamento da lei a fim de conferir o mínimo de dignidade humana e sobrevivência, segundo preceitua o art. 201, inciso I, da Constituição Federal.

3. A aplicação restrita do art. 45 da Lei nº. 8.213/1991 acarreta violação ao princípio da isonomia e, por conseguinte, à dignidade da pessoa humana, por tratar iguais de maneira desigual, de modo a não garantir a determinados cidadãos as mesmas condições de prover suas necessidades básicas, em especial quando relacionadas à sobrevivência pelo auxílio de terceiros diante da situação de incapacidade física ou mental.

4. O fim jurídico-político do preceito protetivo da norma, por versar de direito social (previdenciário), deve contemplar a analogia teleológica para indicar sua finalidade objetiva e conferir a interpretação mais favorável à pessoa humana. A proteção final é a vida do idoso, independentemente da espécie de aposentadoria.

5. O acréscimo previsto na Lei de Benefícios possui natureza assistencial em razão da ausência de previsão específica de fonte de custeio e na medida em que a Previdência deve cobrir todos os eventos da doença.

6. O descompasso da lei com o contexto social exige especial apreciação do julgador como forma de aproximá-la da realidade e conferir efetividade aos direitos fundamentais. A jurisprudência funciona como antecipação à evolução legislativa.

7. A aplicação dos preceitos da Convenção Internacional sobre Direitos da Pessoa com Deficiência assegura acesso à plena saúde e

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assistência social, em nome da proteção à integridade física e mental da pessoa deficiente, em igualdade de condições com os demais e sem sofrer qualquer discriminação.

Os Embargos de Declaração foram parcialmente providos tão somente para fins de prequestionamento (fls. 180-184, e-STJ).

O recorrente, nas razões do Recurso Especial, sustenta que ocorreu violação do art. 535 do CPC e dos arts. 1º e 45 da Lei 8.213/1991, sob a argumentação de que o Tribunal local não sanou os vícios apontados nos Embargos de Declaração e de que o adicional de 25%, previsto para aposentados que necessitem de assistência permanente de outra pessoa, não se destina a aposentadoria diversa daquela por invalidez.

Contrarrazões não apresentadas.

É o relatório.

Decido.

Os autos foram recebidos neste Gabinete em 7.1.2016.

Inicialmente, constato que não se configura a ofensa ao art. 535 do Código de Processo Civil, uma vez que o Tribunal de origem julgou integralmente a lide e solucionou a controvérsia, tal como lhe foi apresentada.

Não é o órgão julgador obrigado a rebater, um a um, todos os argumentos trazidos pelas partes em defesa da tese que apresentaram.

Deve apenas enfrentar a demanda, observando as questões relevantes e imprescindíveis à sua resolução. Nesse sentido: REsp 927.216/RS, Segunda Turma, Relatora Ministra Eliana Calmon, DJ de 13/08/2007; e, REsp 855.073/SC, Primeira Turma, Relator Ministro Teori Albino Zavascki, DJ de 28/06/2007.

Dessarte, como se observa de forma clara, não se trata de omissão, mas sim de inconformismo direto com o resultado do acórdão, que foi

contrário aos interesses do ora recorrente.

Ressalte-se que a mera insatisfação com o conteúdo da decisão embargada não enseja Embargos de Declaração. Esse não é o objetivo dos aclaratórios, recurso que se presta tão somente a sanar contradições ou omissões decorrentes da ausência de análise dos temas que lhe forem trazidos à tutela jurisdicional, no momento processual oportuno, conforme o art. 535 do CPC.

Nesse sentido:

PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OMISSÃO. INEXISTÊNCIA. EFEITOS INFRINGENTES. IMPOSSIBILIDADE. (TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO. LEI 9.316/96. ACÓRDÃO RECORRIDO FUNDADO EM MATÉRIA CONSTITUCIONAL. IMPROPRIEDADE DA VIA ELEITA).

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1. O inconformismo, que tem como real escopo a pretensão de reformar o decisum, não há como prosperar, porquanto inocorrentes as hipóteses de omissão, contradição, obscuridade ou erro material, sendo inviável a revisão em sede de embargos de declaração, em face dos estreitos limites do art. 535 do CPC.

2. Ademais, o magistrado não está obrigado a rebater, um a um, os argumentos trazidos pela parte, desde que os fundamentos utilizados tenham sido suficientes para embasar a decisão.

3. A pretensão de revisão do julgado, em manifesta pretensão infringente, revela-se inadmissível, em sede de embargos (...)

4. Embargos de declaração rejeitados.

(EDcl no AgRg no REsp 824.309/RJ, Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA TURMA, DJe 11/05/2009).

No mérito, contudo, melhor sorte assiste ao insurgente. Cinge-se a controvérsia à possibilidade de incidência do acréscimo de 25% (vinte e cinco por cento), previsto no art. 45, caput, da Lei 8.2313/91, ao benefício de aposentadoria por tempo de contribuição concedido à ora recorrida. Com efeito, o art. 45 da Lei 8.213/91, ao tratar do adicional em tela, restringiu a sua concessão ao benefício de aposentadoria por invalidez. Assim, não obstante o percentual de 25% se destinar ao segurado que necessite de assistência permanente de outra pessoa, apenas terá lugar quando o beneficiário ostentar a qualidade de titular de aposentadoria por invalidez.

Nesse sentido:

PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. VIOLAÇÃO AO ART. 535 DO CPC. NÃO OCORRÊNCIA. ADICIONAL DE 25% (VINTE E CINCO POR CENTO) DE QUE TRATA O ART. 45 DA LEI 8.213/91. INCIDÊNCIA EM BENEFÍCIO DIVERSO DA APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. IMPOSSIBILIDADE.

1. (...)

2. O art. 45 da Lei n. 8.213/91, ao tratar do adicional de 25% (vinte e cinco por cento), restringiu sua incidência ao benefício da aposentadoria por invalidez, na hipótese de o segurado necessitar de assistência permanente de outra pessoa, cujo acréscimo, entretanto, não poderá ser estendido a outras espécies de benefícios.

3. Recurso especial provido.

(REsp 1533402/SC, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 01/09/2015, DJe 14/09/2015).

A matéria em exame foi noticiada no Informativo do STJ nº 0569/2015.

Confira-se:

DIREITO PREVIDENCIÁRIO. ADICIONAL DE 25% PREVISTO NO ART. 45 DA LEI 8.213/1991 (GRANDE INVALIDEZ).

O segurado já aposentado por tempo de serviço e/ou por contribuição que foi posteriormente acometido de invalidez que exija assistência

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permanente de outra pessoa não tem direito ao acréscimo de 25% sobre o valor do benefício que o aposentado por invalidez faz jus em razão de necessitar dessa assistência (art. 45, caput, da Lei 8.213/1991).

Isso porque o mencionado dispositivo legal restringiu sua incidência ao benefício de aposentadoria por invalidez, não podendo, assim, ser estendido a outras espécies de benefícios previdenciários. REsp 1.533.402-SC, Rel. Min. Sérgio Kukina, julgado em 1º/9/2015, DJe 14/9/2015. (Grifei).

Dessa forma, por estar em dissonância com o entendimento desta Corte Superior, deve ser reformado o aresto proferido na origem.

Diante do exposto, nos termos do art. 557, § 1º-A, do CPC, dou provimento ao Recurso Especial.

Publique-se.

Intimem-se.

Brasília (DF), 21 de janeiro de 2016.

MINISTRO HERMAN BENJAMIN

Relator

(Ministro HERMAN BENJAMIN, 08/03/2016)

VI - DO DANO MORAL

17. No caso, presentes todos os elementos necessários à caracterização da

responsabilidade, quais sejam: conduta ilícita, nexo causal e dano.

18. A conduta ilícita da autarquia-ré resta cristalinamente configurada, tendo em vista

que a mesma nem sequer protocolou o requerimento da parte autora para converter

o benefício de auxílio-doença em aposentadoria por invalidez. Contudo, o

requerente é pessoa doente e total e definitivamente incapaz para o trabalho, e

sem condições sociocultural e de escolaridade para buscar outro meio de

subsistência.

19. Quanto ao dano, importa ressaltar, o autor, vivencia momento angustiante, tendo

em vista o caráter alimentar do benefício de aposentadoria por invalidez, o qual é

INDISPENSÁVEL À SATISFAÇÃO DAS NECESSIDADES BÁSICAS DE

SOBREVIVÊNCIA do requerente que é hipossuficiente, permanece acometido de

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intensas dores, desassistido e desamparado. Sendo, devido assim, a conversão do

Benefício de Auxílio-doença em aposentadoria por invalidez para possibilitar o seu

afastamento permanente e legal do trabalho e garantir a subsistência da sua família

sem afetar ainda mais a sua saúde. É importante observar ainda que a autarquia

nem sequer analisou o pedido da parte autora, agindo de forma insensível e abrupta

para com o autor.

20. Impende ressaltar, a lesão efetivamente atingiu a esfera subjetiva do demandante,

na medida em que a situação ocorrida lhe ocasionou ansiedade, angústia, tensão e

incerteza.

21. O valor da indenização pelo dano moral deve ser exemplar, a fim de coibir a

autarquia-ré a continuar a causar o prejuízo imensurável aos segurados, partes

sempre frágeis e hipossuficientes. Desse modo, deve reparar o dano a fim de tentar

minimizar a dor da vítima e punir o ofensor de maneira efetiva, a fim de que não

reincida.

Nesse sentido o julgado do Egrégio TRF4, EINF 2002.72.08.004047-3,

Terceira Seção, Relator Luís Alberto D'azevedo Aurvalle, D.E. 08/01/2010:

“EMENTA: EMBARGOS INFRINGENTES. PREVIDENCIÁRIO. DANO MORAL. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DA ADMINISTRAÇÃO. INDENIZAÇÃO. PRESSUPOSTOS. CRITÉRIOS DE FIXAÇÃO DO QUANTUM. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. 1. A jurisprudência tem analisado o dano moral sob a ótica de buscar atender a dupla função de reparação do dano a fim de tentar minimizar a dor da vítima e punir o ofensor de maneira efetiva, a fim de que não reincida. 2. A fim de quantificar a reparação adequada ao dano moral, em relação à vítima, são considerados o tipo de infortúnio, seu padecimento e o padecimento de seus familiares, bem como as circunstâncias do caso concreto, tais como as consequências psicológicas duráveis para a vítima. Em relação ao ofensor, considera-se a gravidade de sua conduta ofensiva, a desconsideração de sentimentos humanos no agir, suas forças econômicas e a necessidade de maior ou menor valor, para que o valor seja um desestímulo efetivo para a não reiteração. Estas variáveis acabam por impedir que haja um parâmetro definitivo de quantificação do dano moral, embora venha a jurisprudência buscar parâmetros razoáveis para a sua fixação. 3. Nessa linha de raciocínio, entendendo, no caso concreto, que o valor fixado no voto vencedor, se mostrou por demais elevado (lembrando-se que o dano material já será recomposto por força da condenação às parcelas atrasadas), e que o valor

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estipulado no voto vencido, não se mostra suficiente, fixa-se um valor médio entre os dois. 4. Embargos infringentes parcialmente providos. (TRF4, EINF 2002.72.08.004047-3, Terceira Seção, Relator Luís Alberto D'azevedo Aurvalle, D.E. 08/01/2010)”(Grifei)

22. O valor da indenização deve sopesar, dentre outras variantes, a extensão do dano,

a condição socioeconômica dos envolvidos, a razoabilidade, a proporcionalidade, a

repercussão entre terceiros, o caráter pedagógico/punitivo da indenização. Assim,

no presente caso, deve ser fixado no valor correspondente, ao valor das

parcelas vencidas e vincendas na data da distribuição da presente demanda.

23. Como demonstrado, a hipótese é de responsabilidade objetiva, que possui como

base a teoria do risco administrativo, prevista no art. 37, § 6º, da Constituição

Federal. De acordo com esta teoria, para que haja o dever de indenizar é irrelevante

a conduta do agente, bastando o nexo de causalidade entre fato e dano. Ou seja, é

dispensável a comprovação da culpa da Administração Pública para a configuração

da obrigatoriedade de reparação.

VI – DA ANTECIPAÇÃO DA TUTELA DE EVIDÊNCIA – ARTs. 294 e 311, II e IV NCPC

24. No caso em tela justifica-se a antecipação dos efeitos da tutela tendo em vista a

evidência, já que as alegações de fato estão comprovadas documentalmente, e o

fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação, previstos no Artigo 273

do Antigo Código de Processo Civil e no Art. 311 do NCPC:

Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando:

I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte;

II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante;

III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa;

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IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável.

Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente.

A prova inequívoca e a verossimilhança da alegação da incapacidade

permanente do autor para o trabalho são incontestáveis e constam nos

subsídios médicos, docs. anexos.

O fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação É

INDISCUTÍVEL, TENDO EM VISTA O CARÁTER ALIMENTAR DO

BENEFÍCIO, o qual é INDISPENSÁVEL À SATISFAÇÃO DAS

NECESSIDADES BÁSICAS DE SOBREVIVÊNCIA do autor, o que gera o

agravamento da doença, diante da situação a que está sendo exposto.

Não existe vedação de concessão da tutela antecipada pelo perigo de

irreversibilidade do provimento que essa medida acarretaria para a Autarquia,

tendo em vista que no confronto da defesa do perigo de irreversibilidade entre

a vida e poder público, sem dúvida deve prevalecer o bem maior que é a vida,

caso o direito do autor pareça provável.

VII - DA PROVA DA INCAPACIDADE POR ATESTADOS MÉDICOS ASSISTENTES – SUFICIENTES A AUTORIZAR O DEFERIMENTO DA ANTECIPAÇÃO DE TUTELA de EVIDÊNCIA –

No sentido de que os atestados médicos trazidos pelo autor são

suficientes e autorizam a concessão da aposentadoria por invalidez, mencionamos os

seguintes precedentes do Egrégio Tribunal Regional Federal da 4ª Região:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. PREVIDENCIÁRIO. RESTABELECIMENTO DE AUXÍLIO-DOENÇA.. COMPROVAÇÃO DA INCAPACIDADE LABORAL.

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ATESTADOS MÉDICOS CONCLUSIVOS. ANTECIPAÇÃO DA TUTELA . ART. 273 DO CPC. VEROSSIMILHANÇA DO DIREITO E PERIGO DE DANO DEMONSTRADOS. RECURSO PROVIDO. 1. Para a concessão da antecipação dos efeitos da tutela, é necessária a presença dos requisitos previstos no art. 273 do CPC, quais sejam: a verossimilhança das alegações e o periculum in mora. 2. Hipótese em que os atestados médicos trazidos pelo agravante, emitidos por dois médicos especialistas, comprovam, pelo menos até que seja procedida a perícia judicial, a moléstia de que sofre, sendo taxativos quanto à sua incapacidade laboral, autorizando o restabelecimento, neste momento, do benefício de auxílio-doença anteriormente cessado. 3. Sendo o agravante agricultor, mostra-se evidente que a patologia por ele apresentada o impede de exercer suas atividades profissionais, reputando-se presentes, portanto, a verossimilhança do direito ao recebimento do auxílio-doença , bem como o perigo de dano com a manutenção da decisão agravada. 4. Agravo de instrumento provido. (AI nº 2006.04.00.033399-4/RS, Rel. Des. Fed. Luís Alberto d'Azevedo Aurvalle, Turma Supl., j. 07-02-07, un., DJ 21-02-07) (Grifei)

Pelo exposto, neste caso justifica-se a antecipação dos efeitos da tutela, QUE

TEM CARÁTER ALIMENTAR, tendo em vista que existe prova inequívoca que

acompanham a Inicial, nos termos exigidos pelo Art. 311 IV do NCPC.

VIII - DO PRÉ-QUESTIONAMENTO DE MATÉRIA CONSTITUCIONAL

25. Para fins de pressupostos de admissibilidade de eventual recurso, apresenta-se desde já o pré-questionamento de violação expressa dos dispositivos da Magna Carta, conforme o que segue:

a) Violação da Dignidade da Pessoa Humana (Artigo 1º, inciso III da

Constituição Federal de 1988), pois constitui o núcleo essencial dos direitos

humanos, indissociavelmente vinculado às ideias de liberdade e de

igualdade, constituindo assim o eixo axiológico em torno do qual deve ser

construída a hermenêutica concretizadora da Lei Fundamental.

No caso em tela, não resta dúvida que a autarquia requerida ao não

conceder/restabelecer o Benefício de Auxílio-Doença, viola o respeito à

Dignidade Humana e excede em seu poder violando Direitos de primeira

e segunda gerações.

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Princípio da Igualdade, que compreende a inviolabilidade do direito:

a) à vida: consiste na proteção ao ser humano – material (elementos biofísico-

psíquicos) e imaterial (elementos espirituais) onde são vedadas quaisquer

práticas que coloquem em risco a vida;

b) à isonomia: Pelo princípio da isonomia – repetido em diversos dispositivos

constitucionais – não se admite discriminação de qualquer natureza em

relação aos seres humanos. Igualdade consiste em tratar igualmente os

iguais, com os mesmos direitos e obrigações, e desigualmente os desiguais.

Nesse sentido há de ser referido que o Estado tem tratado de forma não

isonômica, pois para exercer atividade profissional não está apto, mas

quando se trata de atividade privada o Estado Brasileiro, através de sua

autarquia Previdenciária, não concede Benefício, o que configura em

injustiça social frente aos pobres segurados que contribuem a vida inteira e

quando mais precisam tem seus direitos negados.

c) à segurança: todo direito do autor está juridicamente comprovado e também

assegurado por este princípio, pois a Lei é fonte de segurança jurídica e ao

ser elaborada pelos representantes eleitos do povo que possuem influências

externas aos ideais que prometeram defender, sofre determinadas

distorções. Nesse momento, entra a importância do aplicador do direito, que

deverá afastar os possíveis desvirtuamentos legislativos, utilizando o melhor

método hermenêutico na subsunção da norma ao caso para a busca da

verdadeira justiça. Uma das formas de busca da justiça é a concessão de

liminares, que visa proteger direitos indispensáveis ao cidadão.

26. É cediço que a Constituição Federal e a Lei Previdenciária 8213/91, de caráter

eminentemente social, destina-se a proteger os segurados assegurando-lhes o

direito à percepção de benefícios que se constituem de meios indispensáveis a sua

manutenção em razão da incapacidade, invalidez, desemprego involuntário, idade

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avançada, tempo de serviço, encargos familiares e prisão ou morte daqueles que

dependiam economicamente.

27. Efetivamente o agir do INSS no caso em tela fere princípios da dignidade da pessoa

humana, bem como princípios administrativos, razão pela qual requer imediata

intervenção judicial, a fim de garantir o mínimo de dignidade ao segurado. A rigor,

os requisitos imprescindíveis são: constatação pericial de incapacidade permanente,

nexo entre a atividade desempenhada e o dano, logo todos requisitos devidamente

preenchidos pelo requerente. Observa-se que a Constituição Federal em seu art. 6º

assegura que é direito social entre outros a Previdência Social, dentre os quais a

previsão Constitucional do Direito à Proteção em casos de Doença, Invalidez e

Incapacidade está literalmente expresso no Inciso I do Art. 201 da CF-88.

IX - DOS PEDIDOS

28. Ante o exposto, requer a Vossa Excelência:

a) LIMINARMENTE seja deferida em Sede de Antecipação de Tutela de Evidência, a Conversão do Benefício de Auxílio Doença

do Autor – NB 31/xxxxxxxxxxxxx em aposentadoria por invalidez,

determinando a implantação do Benefício mensalmente;

b) LIMINARMENTE ainda, seja designada realização de Perícia

Médica(s) Judicial(is) por médico(s) especialista(s) na(s) área(s) da NEUROLOGIA, para que sejam verificadas as patologias que

acometem o autor;

c) Seja requisitado ao INSS cópia integral dos processos

administrativos NB 31/xxxxxxxxxxxxx e da integralidade dos

Laudos Médicos do autor, que estão arquivados nas APS’s de

xxxxxxxx - RS, com a determinação de que os mesmos sejam anexados ao processo eletrônico antes da perícia médica

judicial a ser designada, para que os mesmos sirvam de

subsídio ao Sr. Perito médico do juízo;

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d) Seja julgada a total procedência da presente ação para

CONVERTER o Beneficio de Auxílio Doença NB 31/xxxxxxxxxxxxx do Autor em Aposentadoria por Invalidez, a

ser acrescida dos 25% desde a data DIB do Auxílio Doença (10/04/2010), ou alternativamente desde a data em que for

constatada a incapacidade permanente para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência pela perícia médica

judicial, acrescidas as parcelas vencidas, vincendas e gratificação natalina, com valores apurados com inclusão de Juros moratórios de

12% ao ano, nos termos da Lei.

e) Sucessivamente ao deferimento do pedido imediatamente anterior, condene a Autarquia requerida ao recalculo da RMI do Benefício de

Auxílio Doença, desde o deferimento da sua Conversão em Aposentadoria por Invalidez para que seja apurada em 100% do

Salário Benefício, sem a limitação da média dos últimos 12 (doze) meses, uma vez que a Incapacidade tem fato gerador anterior à

Edição da MP – 664/2014, acrescidas as parcelas vencidas,

vincendas e gratificação natalina, com valores apurados com inclusão de Juros moratórios de 12% ao ano, nos termos da Lei;

f) Seja julgada procedente a ação, com a condenação do INSTITUTO

NACIONAL DO SEGURO SOCIAL – INSS, em danos morais, no valor a ser arbitrado pelo juízo;

g) A citação do INSS, na pessoa de quem o represente, para querendo

contestar a presente ação no prazo legal;

h) A concessão ao autor do Benefício da Justiça Gratuita por

preencher os requisitos legais para tal, conforme declaração e comprovante de renda em anexo;

i) A condenação do réu ao pagamento de custas e honorários advocatícios e demais cominações legais;

j) Requer provar o alegado por todos os meios admitidos em direito,

especialmente pela juntada de documentos, pela oitiva de testemunhas e depoimentos do réu;

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Declara o procurador que esta subscreve, para fins de direito, que as

cópias reprográficas de todos os documentos acostados são

reproduções fiéis e verdadeiros dos originais, nos termos do Art. 425

VI do NCPC.

Do Valor da Causa

Dá-se à presente o valor de R$ 27.736,45 (vinte e sete mil e setecentos e trinta e

cinco reais e quarenta e cinco centavos). – Obs.: Valor da Causa calculado com

base no valor do da Diferença entre o Valor do Benefício de Auxílio Doença e

Aposentadoria por Invalidez, considerado o período não prescrito (R$ 9.090,25)

referente a parcelas Vencidas (atrasadas) e a soma de mais 12 parcelas Vincendas do

Beneficio pleiteado de Aposentadoria por Invalidez ( R$ 1553,85), nos termos do Art.

292 §§ 1º e 2º do N-CPC.

Termos em que pede e espera deferimento.

Cachoeirinha/RS, 09 de Maio de 2016.

Márcio Zambelli da Silva OAB/RS 56.796

Silvia Brum de Oliveira Estagiária de Direito