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Conversa sobre como produzir conhecimento em Ensino de em Ensino de Ciência
UFAM/UNIOESTE
Me. Saulo Seiffert
2018
Chang et al (2009). Research Trends in Science Education from 2003 to 2007
Prof. Saulo Seiffert (UFAM) 5
Chang et al (2009). Research Trends in Science Education from 2003 to 2007
Prof. Saulo Seiffert (UFAM) 6
Chang et al (2009). Research Trends in Science Education from 2003 to 2007
Prof. Saulo Seiffert (UFAM) 7
Contexto
Focos temáticos:
• Currículos e Programas,
• Formação de Professores,
• Conteúdo‐Método,
• Recursos Didáticos,
• Formação de Conceitos,• Formação de Conceitos,
• Características do Professor,
• Características do Aluno,
• Organização da Escola,
• Organização da Instituição/Programa de Ensino Não‐Escolar,
• Políticas Públicas,
• História do Ensino de Ciências,
• História e Filosofia da Ciência e Outro
Megid Neto (1998)
Elementos fomentador de pesquisa são programas de pós‐graduação, como resposta a política de formação de professores.
Almeida & Nardi (2013)Prof. Saulo Seiffert (UFAM) 8
Características dos Periódicos de Ensino• Qualis A1, A2 e B1, no
quadriênio 2013‐2016 • 710 periódicos > 506 • 49 Educação em Ciências
(EC)
• Fizemos uma análise do último número dos 9 periódicos de ECM
• Análise de Conteúdo• Trabalho de análise
colaborativa com seis (EC)
• 32 Educação Matemática (EM)
• 09 de Educação em Ciências e Matemática (ECM)
• 425 em Pedagogia, Psicologia e outras áreas
• Trabalho de análise colaborativa com seis doutorandos
• Questionário Google e análise categorial dos conteúdos baseados nos temas do ENPEC e SBEM
Prof. Saulo Seiffert (UFAM) 10
Características dos Periódicos de EnsinoCaracterísticas dos Periódicos de Ensino
Prof. Saulo Seiffert (UFAM) 12
Características dos Periódicos de EnsinoCaracterísticas dos Periódicos de Ensino
Prof. Saulo Seiffert (UFAM) 13
Características dos Periódicos de EnsinoCaracterísticas dos Periódicos de Ensino
Prof. Saulo Seiffert (UFAM) 14
Natureza da Pesquisa
• Estudos explicativa/experimentais ‐são estudos que usam comparação entre grupos (grupo experimental e grupo controle) com finalidades grupo controle) com finalidades explicativas por meio de hipótese para generalizações empíricas. (Aparentemente incompatível mas pode ocorrer as semi experimentais).
• Experiências de laboratório
• Experiências de campo
Natureza da
• Estudos descritivos ‐ são estudos com finalidades de descrever materiais coletados por estratégia de organização de dados.
• Descrição de temas (pesquisa bibliográfica)
• Descrição de sequência didática ou da Pesquisa
• Descrição de sequência didática ou situação educativa (descrição de fenômeno com teoria selecionada e analisando de acordo com os pressupostos teóricos)
Natureza da Pesquisa
• Estudos exploratórios ‐ são estudos com finalidade de ampliação do conhecimentos e refinamento de conceitos em teorias.
• Exploratório‐descritivo (descreve‐se situações ou processos diferenciados ou inovadores)
• Procedimentos específicos para coleta de dados (seria • Procedimentos específicos para coleta de dados (seria semelhante a estratégia de coletas de dados de forma inovadora ‐ pouco disso em ciências humanas)
• Manipulação experimental (creio que aqui é análogo a uma experimento didático)
Prof. Saulo Seiffert (UFAM) 20
Perguntas
Você conhecer o que tratam do seu tema de pesquisa a nível nacional?
Você conhecer o que tratam do seu tema de pesquisa a nível internacional?
Quais são os principais pesquisadores?
s sinceras:
Quais são as principais correntes conceituais?
Quais são as principais metodologias?
Quais são os principais trabalhos (mais citados)?
Prof. Saulo Seiffert (UFAM) 24
Cuidado ético
• Você fez o seu levantamento do Google Acadêmico, Portal Oasis, Revistas internacionais?
• O que você resenhou (ideia de outros)? (citar) • O que você desenvolveu (ideia sua a partir de insight)?• Qual é o método? Você realmente está seguindo? • Qual é o método? Você realmente está seguindo? • Qual é o formato que publica (individual ou em grupo)?• Se for em grupo: a) têm condições de assumir todo o
conteúdo com os outros?; b) você consegue escrever e dialogar com os outros?; c) respeitar autoria, originalidade e regras editoriais?
• Cuidado com as revistas predadoras?! Plágio/Autoplágio.
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Pensando as finalidades (níveis)Pensando as finalidades (níveis)
Sobre reflexão
Reflexão dos professores sobre o ensino
Para o Ensino
Sobre o ensino
Carvalho (2012)Prof. Saulo Seiffert (UFAM) 26
Classificação com base em seus OBJETIVOS:Classificação com base em seus OBJETIVOS:
Pesquisas EXPLORATÓRIAS
Pesquisas DESCRITIVASPesquisas DESCRITIVAS
Pesquisas EXPLICATIVAS
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Pensando as finalidades – Para o ensinoPensando as finalidades – Para o ensino• Visa o planejamento e
elaboração de sequências de ensino (SE), recursos e materiais didáticos.
• Planejar e desenvolver
Problemas de pesquisa:
• Como introduzir o aluno na CC
• Como introduzir conteúdos atuais na • Planejar e desenvolver
ferramentas e processos com intuito de inserir o aluno a Cultura Científica (CC).
• RC > Construção do conhecimento
conteúdos atuais na escola
• Como integrar atividades diferenciadas de ensino aos conteúdos
• Como o enfoque CTSA pode ser inserido
Prof. Saulo Seiffert (UFAM) 28
Pensando as finalidades – Para o ensinoPensando as finalidades – Para o ensino
Prático
Específico
Prático
Específico
Teórico
Educacional
Teórico
Educacional
O ensino planejado, com os pressupostos teóricos que escolhemos estão realmente modificando os alunos dos curso
Específico
Construção do conhecimento específico
Específico
Construção do conhecimento específico
Educacional
Construção do aluno
Educacional
Construção do aluno
os alunos dos curso fundamental e médio?
Prof. Saulo Seiffert (UFAM) 29
Pensando as finalidades – Sobre o ensinoPensando as finalidades – Sobre o ensino• Estudam os processos de
ensino, as práticas em sala de aula onde estão sendo testados os SE.
• Procura estudar os
• O problema de pesquisa está na revisão literária, pois não se faz ampla revisão (barreira do idioma).• Procura estudar os
processo de ensino que está sendo realizado, verificando algumas variáveis importantes no seu desenvolvimento.
• Como > Porquê (para o ensino).
idioma).
• Problema bem delimitado
• Relações professor‐aluno‐RD, aluno‐aluno‐RD (qualidade das interações)
Prof. Saulo Seiffert (UFAM) 30
Pensando as finalidades – Sobre o ensinoPensando as finalidades – Sobre o ensinoInstrumentos de observação e análise:
• Analise do argumento
• Alfabetização científica
• Referencial qualitativo
• Coleta de dados por meio de gravações
• Análise com base na triangulação
• Alfabetização científica
• Diversidade de linguagem
• Raciocínio científico
• Construções pictóricas de conceitos
• Escrita do aluno
• Análise com base na triangulação
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Pensando as finalidades – sobre as reflexões dos professores sobre o ensinoPensando as finalidades – sobre as reflexões dos professores sobre o ensino
• Conhecimento realizado por aqueles que estão estudando os problemas de formação (continuada) de professores.
Problema de pesquisa
• Compreensão sobre as dificuldade de implementação de propostasde professores.
• Discussão sobre os dados produzidos em sala de aula com os seus professores.
• Dialogo > Análise > Real
• Referencial teórico consistente
propostas
• Opinião dos professores quais são os pontos positivos e negativos, e necessidades
• Estudo de caso
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Relações entre os níveis de pesquisaRelações entre os níveis de pesquisa
Para o ensino
Inicia novos Alimenta as Inicia novos temas
Sobre o ensino
Ferramentas de análise
Alimenta as reflexões
Prof. Saulo Seiffert (UFAM) 33
Pensando os pressupostosPensando os pressupostos
Narrações (Concepções)Narrações (Concepções)
PositivismoPositivismo EstrututuralismoEstrututuralismo MarxismoMarxismo
Richardson (2012)Prof. Saulo Seiffert (UFAM) 34
Pensando os pressupostos ‐PositivismoPensando os pressupostos ‐PositivismoTermos gerais do Positivismo Lógico:
• Proposição provável e experimentável
• Proposição verificável se for empírica (deduzida)
• Proposição deve ser formalmente verdadeira (tautológica)
• Tarefa da Filosofia é clarificação e análise
• Método: indutivo e o dedutivo (com uso estatístico)
• Propostas: testes didáticos experimentais, avaliação de massa (Enem), analise de comportamento (TICs‐AVA)verdadeira (tautológica)
• Regras lógicas e matemáticas são tautológicas
• É significativo se for tautológico e verificável
• Proposições metafisicas não são verificáveis e nem tautológicas (insignificantes)
• Idem: Proposições teológicas, éticas, estéticas
(Enem), analise de comportamento (TICs‐AVA)
• Críticas: idealista, a‐histórica e “empiritismo”, não aplicável todas as premissa em grupos humanos, trabalha com o aparente, não verifica relações que não está nas variáveis e importa o resultado.
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Pensando os pressupostos ‐EstruturalismoPensando os pressupostos ‐EstruturalismoConceitos do Estruturalismo:
• Uma estrutura oferece um caráter de sistema (elementos interdependentes);
• Estrutura supões totalidade, as características dependem da totalidade;
• Merleau‐Ponty – fenomenologia
• Piaget – genético (construtivismo)
• Strauss/Althusser – modelos
• Saussure – fenômeno linguístico > infraestrutura inconsciente > compreensão > objeto – relações entre os termos
totalidade;
• Procura‐se as relações entre os termos: totalidade e interdependência
• Conjunto de elementos com leis próprias, independente das leis que regem cada elemento
• O elemento depende da posição que ocupa em relação a todos os outros elementos
termos
• Estudo imanente das conexões fundamentais das estruturas (invariantes) – descrição do sistema em termos relacionais (revela‐se)
• 1. Quais os fatos?; 2. pertinência do elemento ao modelo em construção; 3. Construção da estrutura em hierarquia; 4. Modelo liga empírico e premissa teórica.
• Descreve e não transforma o fenômeno; a‐histórico; consciência renegada a segundo plano; ver a estrutura e assim empobrece, negativista.
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Pensando os pressupostos –Marxismo(s)Pensando os pressupostos –Marxismo(s)Dialética: tese, antítese e síntese (não idealista, mas a materialista)
• O principio universal dos objetos e fenômenos (unidade dos contrários, causa‐efeito)
Exigências
• Objetividade da análise
• Analise completa dos elementos e processos
• Procura as causas e motivos• O principio de movimentos
permanente e do desenvolvimento (contradições): quant<>quali; negação da negação; necessidade/causalidade; essência/aparência; conteúdo/forma; possibilidade/realidade.
Procura as causas e motivos
• Analise historicamente concreta
Pesquisas
• Gênero e minorias
• Justiça social e racionalização da realidade
• Epítetos: transformadora, revolucionária, crítica
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Pensando pressupostos atuais –Pós/Hiper‐Modernismo• Algumas considerações:
• Ligado a base econômica pós‐industrial, ligado ao capitalismo financeiro (valores, serviços e movimentações bancárias)
• Inovação tecnologia e mediação digital (consumismo ‐pacotes culturais pré‐feitos)
• Não há verdades, ou pós‐verdade, mas contextos sócio • Não há verdades, ou pós‐verdade, mas contextos sócio históricos restritos, e no imagético (hiper‐realismo) em oposição ao realismo
• Chamado de Modernidade Líquida (sem consistência das relações humanas e dos valores apropriados)
• Sem verdades, valores relativos, relações virtuais (hedonismo), tudo pode na Escola com um Estado mínimo, pois tudo é produto cultural
• Precisa‐se de raízes e valores para educar. Onde ancorar?
Prof. Saulo Seiffert (UFAM) 39
Pensando os alcances possíveis
Positivismo Estruturalismo Marxismo Pós-Moderno
Para o ensino Recursos Didáticos
Formação de Conceitos
Formação de Professores
História do Ensino de Ciências
Sobre o ensino Conteúdo‐Método
Currículos e Programas
Políticas Públicas
História e Filosofia da
Sobre o ensino Conteúdo‐Método
Currículos e ProgramasCaracterísticas do ProfessorCaracterísticas do Aluno
Políticas Públicas
História e Filosofia da Ciência e Outro
Sistemas de ensino
Avaliação em Massa (Enem)
Organização da Escola
Organização da Instituição/Programa de Ensino Não‐Escolar
Currículos e Programaspara minorias
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Continuando a conversa
• Você realmente fez uma revisão da literatura?
• Quais os problemas de pesquisa que trazem novidades?
• Quais os pressupostos mais • Quais os pressupostos mais interessantes para as finalidades que as pesquisas operam?
• Quais são as motivações e para quem serve essas pesquisas?
• É interessantes que essas pesquisas realmente influenciem o ensino?
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Referências da apresentação
• BRONFENBRENNER, U. Toward an Experimental Ecology of Human Development. American psychologist, v. 32, n. 7, p. 513, 1977. Disponível em: <https://pdfs.semanticscholar.org/a857/783a2bfc8aef8c93c200b3c635549237b434.pdf>. Acesso em: 13 jan. 2018.
• RICHARDSON, R. J. Pesquisa social e técnicas. 3. ed. 14. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
• LEE, Min‐Hsien; WU, Ying‐Tien; TSAI, Chin‐Chung. Research trends in science education from 2003 to 2007: A content analysis of publications in selected
• LEE, Min‐Hsien; WU, Ying‐Tien; TSAI, Chin‐Chung. Research trends in science education from 2003 to 2007: A content analysis of publications in selected journals. International Journal of Science Education, v. 31, n. 15, p. 1999‐2020, 2009.
• CHANG, Yueh‐Hsia; CHANG, Chun‐Yen; TSENG, Yuen‐Hsien. Trends of science education research: An automatic content analysis. Journal of Science Education and Technology, v. 19, n. 4, p. 315‐331, 2010.
• MEGID NETO, J. (Coord.). O ensino de Ciências no Brasil: catálogo analítico de teses e dissertações, 1972‐1995. Campinas: UNICAMP/FE/CEDOC, 1998.
• ALMEIDA, Maria José PM; NARDI, Roberto. Relações entre pesquisa em ensino de Ciências e formação de professores: algumas representações. Educação e Pesquisa, v. 39, n. 2, p. 335‐349, 2013.
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Conversa sobre como produzir conhecimento em Ensino de em Ensino de Ciência
UFAM/UNIOESTE
Me. Saulo Seiffert
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