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CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O DIREITO DO MAR Clara Lins 21003714 Gabriel Scombatti 21006614 Júlia Berruezo 21063014 Mayara Xavier 21057514

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Page 1: CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS · Direito do Mar “Direito do Mar é um ramo especializado do Direito Internacional Público que tem como objeto de estudo o mar como espaço

CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS

SOBRE O DIREITO DO MAR

Clara Lins 21003714

Gabriel Scombatti 21006614

Júlia Berruezo 21063014

Mayara Xavier 21057514

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Direito do Mar

“Direito do Mar é um ramo especializado do

Direito Internacional Público que tem como

objeto de estudo o mar como espaço

internacional, comportando "uma ordem

jurídica para os mares e oceanos que facilite as

comunicações internacionais e promova os

usos pacíficos dos mares e oceanos, a

utilização equitativa e eficiente dos seus

recursos, a conservação dos recursos vivos e o

estudo, a proteção e a preservação do meio

marinho."

(Preâmbulo da Convenção das Nações Unidas sobre

Direito do Mar - CNUDM).

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Antecedentes: Direito do MarHistoricamente, o mar foi preocupação das sociedades dada sua importância econômica e política. Exemplo: Hugo Grotius (1609)

Conflitos pela dominação dos oceanos e rotas marítimas culminaram numa discussão sobre os direitos e deveres das nações em relação ao mar.

● Em 1930 foi realizado pela Liga das Nações um Debate sobre o tema centrado apenas na questão do mar territorial

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Surgimento da Convenção1948: criação da International Maritime Organization (IMO), em Genebra

UNCLOS I (1958): adota quatro convenções iniciais

UNCLOS II (1960): não resulta em nenhum acordo

1967: Arvid Pardo, embaixador de Malta da ONU: preocupação com o princípio do mar como um patrimônio comum da humanidade

Anos 70: Contexto da Crise do Petróleo

1973: é criada a Terceira Conferencia das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, em Nova York (UNCLOS III)

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A ConvençãoA Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (UNCLOS III) iniciada em 1973 foi concluída em Montego Bay, na Jamaica, em 10 de dezembro de 1982.

● Brasil assina em 1982 e ratifica em 1988.

● Entra em vigor somente em 1994, e no Brasil em 1995.

● 166 partes ratificaram a Convenção: 163 países membros da ONU + o Estado da Palestina, a União Europeia (cujos países são dualmente representados) e as Ilhas Cook.

● substitui as 4 convenções de 1958.

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verde: assinaram e ratificaramamarelo: assinaram, mas não ratificaramvermelho: não assinaramazul: países pertencentes à UE, duplamente representados

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O documento é constituído por:

● 320 artigos● 9 anexos● 2 Acordos Complementares

*É considerada extremamente importante dentro do direito internacional dada a riqueza de detalhamento acerca das questões do mar e número de ratificações

Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar

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● Normatizar os aspectos do meio marinho:

○ delimitação de fronteiras;○ regulamentos ambientais;○ investigação científica;○ comércio; ○ resolução de conflitos

● Definir os espaços marítimos:

○ Águas Interiores, Mar Territorial, Zona Contígua, Zona Econômica Exclusiva, Plataforma Continental, Alto-Mar e Fundos Marinhos

● Delimitar direitos e deveres jurídicos dos Estados soberanos

● Proteger águas internacionais de apropriação pelos Estados (regiões não-jurisdicionáveis)

Objetivos

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Órgãos criados● A convenção criou três órgãos de solução de controvérsias:

1. Autoridade Internacional para os Fundos Marinhos, sediada em Kingston, Jamaica;

2. Tribunal Internacional sobre Direito do Mar, sediado em Hamburgo, Alemanha;

3. Comissão dos Limites da Plataforma Continental, instalada na sede das Nações Unidas em Nova York, nos EUA.

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Tribunal Internacional de Direito do Mar● Objetivo: solucionar controvérsias por meios pacíficos (artigo 279)

● formado por 21 juízes, sendo no máximo um membro de cada Estado, e no mínimo três membros de cada grupo geográfico.

● cargos com duração de 9 anos; membros possuem privilégios e imunidades diplomáticas.

“A jurisdição do Tribunal compreende todas as disputas e aplicações submetidas a ele em concordância com a Convenção. Ela também inclui todas as matérias especificamente providas em qualquer outro acordo que confere jurisdição no Tribunal (Estatuto, artigo 21). O Tribunal tem jurisdição para lidar com disputas (jurisdição contenciosa) e questões legais (competência consultiva) submetidas a ele.”

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Principais artigosGerais

Art.1 Define termos utilizados ao longo do documentoArt. 17 Direito de passagem inocenteArt. 136 Definição da área e de seus recursos naturais como patrimônio comum da humanidadeArt. 146 Pesquisa CientíficaArt. 301 Utilização do mar para fins pacíficos

Específicos (delimitação de áreas)

Art. 28 Definição de Zona ContíguaArt. 55 Definição de Zona Econômica ExclusivaArt. 76 Definição da plataforma continental

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Principais artigosARTIGO 1Item 4 - Poluição MarinhaIntrodução pelo homem, direta ou indiretamente, de substâncias ou de energia no meio marinho, incluindo os estuários, sempre que a mesma provoque ou possa vir provocar efeitos nocivos, tais como danos aos recursos vivos e à vida marinha, riscos à saúde do homem, entrave às atividades marítimas.

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Principais artigosARTIGO 136Patrimônio comum da humanidade A Área e seus recursos são patrimônio comum da humanidade

ARTIGO 146Investigação científica marinha A investigação científica marinha na Área deve ser realizada exclusivamente com fins pacíficos e em benefício da humanidade em geral.

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Principais artigosARTIGO 301Utilização do mar para fins pacíficos

Os Estados Partes devem abster-se de qualquer ameaça ou uso da força contra a integridade territorial ou a independência política de qualquer Estado.

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Definição dos Espaços Marítimos

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Mar Territorial● Neste espaço, o Estado costeiro exerce soberania, que será estendida ao espaço

aéreo sobrejacente, assim como o leito e o subsolo desse mar (artigo 2 CNUDM).

● (1 m.m.= 1.852 metros)

ARTIGO 3Largura do Mar TerritorialTodo Estado tem o direito de fixar a largura do seu mar territorial até um limite que não ultrapasse 12 milhas marítimas, medidas a partir de linhas de base determinadas de conformidade com a presente Convenção.

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Zona Contígua (ZC)

● Faixa entre o mar territorial e o alto-mar

● Entre 12 e 24 milhas

● Estado exerce sua jurisdição sobre atividades marítimas e de interesse nacional.

● O país pode tomar todas as medidas necessárias à fiscalização e controle alfandegários, fiscais, sanitários e de imigração.

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ARTIGO 33 Zona contígua

1. Numa zona contígua ao seu mar territorial, denominada zona contígua, o Estado costeiro

pode tomar as medidas de fiscalização necessárias a: a) evitar as infrações às leis e

regulamentos aduaneiros, fiscais, de imigração ou sanitários no seu território ou no seu mar

territorial; b) reprimir as infrações às leis e regulamentos no seu território ou no seu mar

territorial. 2. A zona contígua não pode estender-se além de 24 milhas marítimas, contadas a

partir das linhas de base que servem para medir a largura do mar territorial.

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Zona Econômica Exclusiva (ZEE)● 200 milhas a partir da costa● Estado costeiro tem direitos soberanos de exploração, aproveitamento, conservação e

gestão dos recursos naturais - renováveis ou não renováveis -, das águas sobrejacentes ao leito do mar e seu subsolo. Também tem o direito de decidir instalar ilhas artificiais e outras estruturas, bem como implantar pesquisa científica marinha e proteção do meio ambiente.

“A zona econômica exclusiva é uma zona situada além do mar territorial e a este adjacente...” (CNUDM, art. 55) e “...não se estenderá além de 200 milhas marítimas das linhas de base a partir das quais se mede a largura do mar territorial” (CNUDM, art. 57). A Convenção garante ao Estado costeiro “...direitos de soberania para fins de exploração e aproveitamento, conservação e gestão dos recursos naturais, vivos ou não vivos das águas sobrejacentes ao leito do mar, do leito do mar e seu subsolo...” (CNUDM, art. 56, par. 1, alínea a)

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Alto-mar● O Art. 86 define alto-mar, ou águas internacionais, como “todas as partes do mar não

incluídas na zona econômica exclusiva, no mar territorial ou nas águas interiores de um Estado, nem nas águas arquipélagicas de um Estado arquipélago”

● ARTIGO 88 Utilização do alto mar para fins pacíficos ● ARTIGO 89 Ilegitimidade das reivindicações de soberania sobre o alto mar

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Alto-marO Alto-mar é espaço pertencente a todos (nenhum Estado poderá exercer sua soberania sobre ele). O art.

87 garante aos estados costeiros e não costeiros:

a) liberdade de navegação;

b) liberdade de sobrevôo;

c) liberdade de colocar cabos e dutos submarinos nos termos da PARTE VI [ou seja, quando

colocarem cabos ou dutos submarinos, os Estados devem ter em devida conta os cabos ou dutos já

instalados. Em Particular, não devem dificultar a possibilidade de reparar os cabos ou dutos

existentes.]

d) liberdade de construir ilhas artificiais e outras instalações permitidas pelo direito internacional,

nos termos da parte VI [conforme artigo 60, no que couber];

e) liberdade de pesca nos termos das condições enunciadas na seção 2

f) liberdade de investigação científica, nos termos das Partes VI e XIII.

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Plataforma Continental ● Definição jurídica de plataforma continental (PCJ) de um Estado

costeiro pode englobar a plataforma, talude e elevação continentais, e, em algumas circunstâncias, regiões da planície abissal.

● O conceito de PCJ não se aplica à água, mas apenas ao leito e ao subsolo do mar.

“A plataforma continental de um Estado costeiro compreende o leito e o subsolo das áreas submarinas que se estendem além do seu mar territorial, em toda a extensão do prolongamento natural do seu território terrestre, até ao bordo exterior da margem continental, ou até uma distância de 200 milhas marítimas das linhas de base a partir das quais se mede a largura do mar territorial, nos casos em que o bordo exterior da margem continental não atinja essa distância.” (CNUDM, art. 76, par. 1)

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Direito de passagem inocenteARTIGO 17Direito de passagem inocenteSalvo disposição em contrário da presente Convenção, os navios de qualquer Estado, costeiro ou sem litoral, gozarão do direito de passagem inocente pelo mar territorial.

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Acordos complementares Acordo de Implementação da Parte XI (1994)

● Trata especificamente da regulamentação do manejo da Área● Acordo modificativo que altera significativamente a parte XI (artigos 133 a 191) fruto

da pressão de potências, principalmente dos EUA● De fato acaba por contradizer o principio do patrimônio comum da humanidade ao

autorizar a exploração e mineração do assoalho oceânico para fins econômicos de um Estado

● 146 ratificaram este acordo

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Acordos complementaresAcordo sobre a Conservação e Ordenamento de Populações de Peixes Transzonais e de Populações de Peixes Altamente Migratórios (1995)

● Objetiva garantir a conservação de longo prazo e o uso sustentável dessas populações de peixes em águas internacionais

● Trata de peixes que aparecem nas zonas econômicas de mais de um Estado como os atuns ● Acordo reitera a obrigação dos países de controlarem a atividade pesqueira e minimizar a

poluição.● 82 países ratificaram● http://www.un.org/depts/los/reference_files/status2010.pdf

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Aspectos positivos Aspectos negativos● Noções de soberania, cooperação, justiça,

meios pacíficos, equidade, segurança, igualdade de direitos,

● Estabeleceu normas para proteção ambiental e investigação científica

● Sucesso na delimitação de espaços marinhos.

● Zelou pelos interesses de Estados sem litoral

● Declarou a Área patrimônio da humanidade

● Hegemonia dos países centrais;

● Problema envolvendo a Área: concessão de poder excessivo a Autoridade

● Decisões por mero consenso, em vez do voto democrático: isso enfraquece os interesses dos países periféricos e emergentes, como os que compõe o BRICS.

(http://funag.gov.br/loja/download/1091-Convencao_do_Direito_do_Mar.pdf)

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Brasil● A Constituição de 1988, no Art. 20, coloca como bens da União:

(...)

V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva;

VI - o mar territorial;

VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos

(...)

● A Lei nº 8.617 dita que: Art. 1º O mar territorial brasileiro compreende uma faixa de doze milhas marítima de largura, medidas a partir da linha de baixa-mar do litoral continental e insular, tal como indicada nas cartas náuticas de grande escala, reconhecidas oficialmente no Brasil

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Aplicações da Convenção

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Brasil: A expansão da plataforma continental e a Amazônia Azul

● O Brasil pretende expandir sua plataforma continental, nos termos da convenção, em busca de recursos econômicos: petróleo e gás

● Artigo 11 da Lei nº 8.617/1993: possibilidade de expansão da plataforma continental, prescrevendo que o "limite exterior da plataforma continental será fixado de conformidade com os critérios estabelecidos no Artigo 76 da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar"

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Conflitos e divergências

Guerra das Malvinas (1982): se inicia no ano da criação do tratado, mas antes deste entrar em vigor;

Interesse britânico na exploração do petróleo;

Ilhas Malvinas se localizam fora da ZEE argentina, apesar da proximidade.

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● A Argentina argumenta que o arquipélago das Ilhas Malvinas estão em sua ZEE. O governo argentino afirma que qualquer exploração ou tentativa de domínio desta região por parte do Reino Unido é incompatível com as normas do Direito Internacional

● Atualmente, o petróleo reaviva as diferenças entre os dois países envolvidos

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Chile e Bolívia: Acesso ao marOs danos sofridos pela Bolívia são geográficos e econômicos:

- perda de 158.000 km2 de seu território costeiro, com recursos naturais de potencial econômico.

ARTIGO 125 - Direito de acesso ao mar e a partir do mar e liberdade de trânsito:

1. Os Estados sem litoral têm o direito de acesso ao mar e a partir do mar para exercerem os direitos (...), incluindo os relativos à liberdade do alto mar e ao patrimônio comum da humanidade.

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Conflitos e divergências

Questão humanitária

Quem se responsabiliza pelas consequências das migrações e tráfico internacional de pessoas em alto-mar?

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A mineração submarina é considerada uma nova fronteira na busca por metais preciosos, como manganês, cobre e ouro, que se tornaram essenciais na economia mundial.

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O Pré-Sal é nosso?

● PLS 131/2015: Autoria do Senador José Serra

● Segundo a Constituição de 1988, Art. 20, sobre os bens da União:

IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo

● Argumentos contra e a favor do projeto incluem: soberania, monopólio, competitividade, crise econômica, tecnologia, investimento e reserva estratégica.

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Bibliografia1. Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar. (http://www.icmbio.gov.br/…/dec_1530_1995_convencaonacoesuni…) acesso em

17/03/2016.

2. ONU: Direito marítimo e oceanos. (https://nacoesunidas.org/acao/direito-maritimo-e-oceanos/) acesso em 17/03/2016) acesso em

17/03/2016.

3. Reflexões sobre a Convenção do Direito do Mar. (http://funag.gov.br/…/…/1091-Convencao_do_Direito_do_Mar.pdf) acesso em

17/03/2016.

4. CASELLA, Paulo Borba; SILVA Geraldo E. Do Nascimento; ACCIOLY, Hildebrando. Manual do Direito Internacional Público — 20. ed. —

São. Paulo : Saraiva, 2012.

5. O Direito do Mar e a Legislação Brasileira: a influência da Convenção de Montego Bay na Constituição Federal. (http://www.esdc.com.

br/…/RBDC-16-083-Artigo_Renata_Baptista…) acesso em 17/03/2016.

6. Informações sobre a UNCLOS pelo Ministério do Meio Ambiente. (http://www.mma.gov.br/quem-%C3%A9-q…/item/885-direito-do-mar)

acesso em 17/03/2016.

7. The United Nations Convention on the Law of the Sea. (http://www.un.org/depts/los/reference_files/chronological_lists_of_ratifications.htm#)

acesso em 23/03/2016.

8. RANGEL, Vicente. Regime Jurídico de Exploração do pré-sal. REVISTA USP • São Paulo • n. 95 • p. 49-60 •

SETEMBRO/OUTUBRO/NOVEMBRO 2012 (http://www.revistas.usp.br/revusp/article/viewFile/52238/56274)

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Bibliografia

9. FERNANDES, Manoela. Soberania Nas Ilhas Malvinas (Falkland Islands): Análise Jurídica Da Disputa Anglo-Argentina. (http://www.cedin.com.br/wp-content/uploads/2014/05/Soberania-Nas-Ilhas-Malvinas-Falkland-Islands-An%C3%A1lise-Jur%C3%ADdica-Da-Disputa-Anglo-Argentina.pdf) Acesso em 25/03/2016.

10. Conflito das Ilhas Malvinas: análise da disputa diplomática Argentina-Inglaterra. (http://ambito-juridico.com.br/site/?artigo_id=13191&n_link=revista_artigos_leitura) Acesso em 28/03/2016.

11. Ingrid Zanella Andrade CAMPOS, Clarindo EPAMINONDAS DE SÁ NETO. O CONFLITO INTERNACIONAL ENTRE BOLÍVIA E CHILE: O DIREITO INTERNACIONAL DE ACESSO AO MAR. Revista Jurídica v. 2, n. 35 (2014). (http://revista.unicuritiba.edu.br/index.php/RevJur/article/view/940) Acesso em 31/03/2016.

12. Alexandre Pereira da Silva. O novo pleito brasileiro no mar: a plataforma continental estendida e o Projeto Amazônia Azul. Rev. bras. polít. int. vol.56 no.1 Brasília 2013. (http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-73292013000100006). Acesso em 21/03/2016

13. (https://jus.com.br/artigos/6022/tribunal-internacional-sobre-direito-do-mar). Acesso em 30/03/2016.