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"", CONVENCAO BAPTIS7 A , BRASILEIRA ACTAS 17 a Reunido realizada no Templo da Primeira IgrejaaJg.ptisfa do WJo de Janei!o' nos dias II a /5 de Janeiro 1928 OASA PUBIJ10ADOBA BAPTISTA DO BRÂBIL OA'lXA. 8G!J - RTO DE JANEIRO

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"",

CONVENCAO BAPTIS7 A ,

BRASILEIRA

ACTAS

17 a Reunido realizada no Templo da Primeira IgrejaaJg.ptisfa do WJo de Janei!o' nos dias

II a /5 de Janeiro

1928

OASA PUBIJ10ADOBA BAPTISTA DO BRÂBIL

OA'lXA. 8G!J - RTO DE JANEIRO

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Directoria da Convenção (1927 - 1928)

-----------

PRESIDENTE

PASTOR MANOEL AVELINO DE SOUZA.

1° VICE-PRESIDENTE

PASTOR ANTONIO ERNESTO DA SILVA.

2° VICE-PRESIDENTE

PASTOR F. F. SOREN.

3° VICE·PRESIDENTE

PASTOR -J. SOUZA MARQUES.

1° SECRETARIO

PASTOR ACHILLES BARBOSA.

CAPITÃO JÓSE' AURELIANO ALVES.

THESOUREIRO

PASTOR VICTORINO MOREIRA \.

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TRIBUTO DE SAUDADE

REV. DR. SALOMÃO L. GINSBURG

Elogio funebre proferido pelo Pastor .Antonio Ernesto da Silva, de São Paulo, perante a Convenção Baptista Brasileira, reunida no no:vo Templo da Primeira Igreja Baptista do Rio de Janeiro, na sessão da· tarde de 8 de janeiro. de 1928.

Perdura ajnda na familia baptista brasileira a .dôr ·produzida pelo profundo golpe recebido como passamento do. homem de Deus que aqui na terra chamou.se Salomão Luiz Ginsburg e lá no céu foi recebido com o nome, de Servo Bom e Fiel.

As suas intciaes deixaram de ser S. L. G., como e·stão em muitos hymnos evangdicos (. artigos de jornaes, para ser: S. B. F. - servo bom p fiél. Não é i860 que está escripto? - .. Ao que vencer darei eu. a comer o manná escondido, e dar-lhe-ei uma pedra ,branc3,. e um novo nome (';.;cripto, o qual ninguem conhece senão aquelle que o recpbe." .. Bem !'stá servo bom o fiel: entra no gozo do teu Senhor."

A 31 de março do anno passado, ás ~~1 horas e.' 10 minutos da noite, ClPJJois de pronunciar as palavras - "Falta-me o ar" -, partia para o meio' dos santos glorificados, das anjos e dos archanjos aquelle cuja vida t !'lTena : foi consagrada ao trabalho d'o Se·nhor, especialmente ao trabalho do SenlÍor na patria brasileira, da qual elle se tez cidadão, natural i­zando-s&.

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4 CONVEN:CÃO BAPTI'STA BRASILEIRA

Ainda tenho bem vivos na m-emoria. alguns aCO!nteci-mentos que pr&­cederam ao seu ,ehama1io e que a Convenção eSClUtará COJll aquella paclen­cia Que a caraeteriza. - \

Estavamos em Instituto Biblico na Lgreja do. Braz e em preparMivof, para o exame que devia ter lugar no dia seguinte ~ Ao chegar eu ad; Insti­mto, sentou-se o grande homem a'O meu, lado. Notei algo estranho em sen olhar e, com a familiaridade que tínhamos. perguntei-lhe: "Sente aJguma coisa, Salomão.?" "Nada", disse ene,." isto é, alguma dOr no .peit'O;; mas isso não é nada cantando um hymno' das8Jpparecerá to. a, tomando o Can­t(}r, annuncl'Ou ~ hymno, (JUe;foi cantado.

8eguiu-se o Instituto; do {lual era ene director e um dos professores. Ao encerrarem-se as aulas. passou, elle a dar os pontos para '0 exame quP devia realizar-se no dia seguinte, e, depois de ter dado 10, djsse que o ultimo seria umaJ .surpresa' que elle deSejava fazer 8.OS bon·s irmãos ~' discipulos. " e assim o foi!

Encerrados os trarbalhos, tomámos o automovel, uo. qual elle, como sempre, se mostrou alegre e brincalhã'O. Delxou-nos em casa e, em com­panhia da sua. filha, a mui querida Stella, partiu para a 'Sua residencia, nas Perdizes. .........

Leznbro-me aiuda que, em conversa intima com a minha: esposa, tal­vez na mesma hora da sua passagem, eu dis·se: .. A vida do! nosso bom amigo Salomã'O está por um tio de linha" ... e de facto assim estava.

Perdeu a denominação baptista brasileira um dos seus obreiros- cujos merecimentos não podemos, nem de longe, avaliar. Sal-omão Glnsburg era o homem do pulpito ~ da imprensa; era pr~ador e era polemi'sta; era prosador e era poeta; .~ a.o~enhor Jesus 'Christo consagrava todos esses dons. Durante a sua vIda não reservava tempo algum para s1, mas todo o seu tempo, todos os seus dons e até 'Os !se-us haveres, conSB·grava Áquelle que o resgatál'a e constituira ministro do Novo Testamento. A sua caridade para com os necessitados quasi que tocava as raias da pr()· digalidade.

Nasceu o nosso querid-o irmão a 6 de agosto de 1867, na cidade de Suwalki, na Russia, e era ,filho de um rabino judaico. Em creança passou para a companhia de seus avós matern03 na Allemanha, e de lá para a Inglaterra, onde se converteu de todo '0 coração ao chrisUanismo. Um tio. segundo disse o pastor da Primeira Igreja dê S. Paulo, no necrologio feito perante a mesma igreja. Ja vinha em caminho para tirar-lhe da mente a no.a fé. No' principio foi todo blandícias e afagos. Conv~dou-o a .oltar ao lar, pois. que se casaria bem, teria boa herança. fama, glori a e conceito, uma vez que deixasse a fé "indign:a e miseranda" dos chris­tão:;. Recusada a proposta, o acariciador transformou-se e tl"ansmlttiu­lbe a maldição paterna com as penas que o pae. como bom rabino, tinha obrjgação de 'proferir Não esmoreceu, p01'ém, o novel convertido, ante:; via nas maldições judaicas as bençams do desejado das nações, e .as PN­seguiçôes acerbas que lhe sobrevieram foram supportadas com a caridade christã que brotára no seu coração desde o dia em que abraçara Jesm como seu Sa]vadõl' Um dia a.ttrahiram-n'o ao ultimo andar de alto Sü­

brad'O e de lã foi jogado pelo vão ronnado pelas curvas da eScada; de outra feita foj barbara.mente espancado e quasi morto quando em Londr\'s prégava aos seus patricios. mas estas perseguições, longe de o esmoreCI' r(em, foram como o martello batendo sobre o prego da fé, cada vez fir­mando-o mais.

Aprimorou os BeUS estudos. no Collegio elUlf, sob a direcção do emi­nente professor Rutc1if!.

Em 21 de janeiro de 1890 deixou a cidade de Londres em viagem pala Portugal, de onde, segundo cremos, tencionava vir para o Brasil. Viaj(lU em um pequeno barcp de vela que tinha callacidade apenas para 8 paSl5íl·

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TRIBUTO DE- SA UDAlDE 5

g'eiros, A 2 de fevereiro d9!'sse anno chegou ao Por,to, sendo recebido no lar do saudoso irmão José Luiz Fernandes. Braga, conhecido ind.ustr~al e capitalista e zelOSQ membro d'a Igreja EvangeUca Fluminense, do Rio, que entã:o, a passeio oua negocio, s'e achava na sua terr.a. AlI começou pIle a aprender a língua de Camões e com ,tal app1icação e inteligencia o fez, qU'B dentro de 30 dias se punha a ·escrever o seu primeiro tra1:lad'0 evangelico, ao qual deu o titulo ,. S. Pedro nunca foi papa", que elIe mesmo sahiu velldendo pelas ruas, mal sabendo dizer algumas palavras em português! Vend-eu com extraordinaria felicidade, e breve corriam entre o povo 3.000 exemplares desse folheto.

Acabada a v'enda, esereveu o -segundo, ao qual intitulou "Religião de trapos, 'Ossos e farinha" Este provocou a reacção dos jesuitas, os quaes, gozand,o do privileglo de r~ligião Ido Estado, lhe moveram acerba perseguição e procuraram por tod'Os os meios enreda-lo em complicada trama.

'Para evitJ8.r a sanha je~mit.ica, resolveu .apressar a sua vinda ao Brasil. chegando ao Ri.o de Janeiro a ;10 de junho de 1890, tendo feito a vIagem l'm companhia d'O mui conhecido irmão ,'" \Vright.

Veill para trabalhar com os con'gregaciona.listas e por isso filiou-se logo á Igreja Evangeliea FI'uminense, da qual 'Bra pastor o venerando irmão .João M. G. do~ Santos.

Um dia, contra a espectativa geral, fez no antigo Campo de Sant'Anna, hoje Praça orla Republlca, a sua primeira prégação ao ar livre, ante' com­pacta assistencia. Essa prégaçfl.o, se não estamos~ enganado, começou dum modo interessante, por um impulso directo do Espirito Santo, que talvez nà'o fosse previsto pelo irmão. Ia elle pela Praça, creio que ,sózinho, quando, mettelldo a mão na algibeira, tirou o SNl companheiro inseparavel, () Novo Testamento, e poz-se a ler t'm voz alta. O povo, estranhando aquillo. foi se amontoando curios!l..mente e. dahi a }!Ouco.densa massa popular pscutavi- com toda a attenção o Evangelho, que, pela primeira. vez'~ era onnunciado na importante Praça d3 Repliblica,onde a 15 de novembro ele 1889 tinha sido proclamado o governo do povo pt'lo pOYO, sob a fórma l'ermblicana.

Entre os congl'egncionalistas, no Rio e em Nictheroy, au..~iliou o sr. Wright na campanha evangt>listica então encetada, sendo mais tarde wlllovido para Recife. onde continuou trabalhando ,com essa denominação.

Em Recife estudou elIe as nossas doutrinas, isto é as doutrinas oa­ptistas, para combate-Ias. Ainda me lemhro quand-o, em conversa, elle me contou que uma 'Occasião, tendo, não sei por ,que razão, uma lanterna magica na qual se apresentava a'lguma coisa da vida d'e Christo, quando apparecia a scena do baptismo, ene dizia que havia entre nós duas qua­lidades de mentira: mentira t'alada e mentira pintada. E' que aquella, apresentando o Baptista immergilldo os candidatos, era uma das mentiras jlintadas! ...

Sincero como era e desejand,o refutar o que elIe julgava digno de l'pfutação, estuodou, com muita oração e humildade, essas doutrinas. con­\'Pllceu-se da verdade e anci'Osamellt e desejou .obedecer ao Senhor J esna, fiend·o baptizado da mesma fÓJ1ma pela qual o fôra o Mestre.

Mudou-se para a Bahia, onde se apresentou, foi baptizado e, no do: mingo' seguinte a:o do s'eu bapüsmo, oonsagra.do a,o santo m.Í1lÍ:s.terio, que lüo dedicadamente honrou.

Em 1892 voltou a Pernambuco pa~a, segund:o 'O seu Jll'Ü'prio testemu­nho, baptizar aquelles a quem elle tmha aspergi.d'o .ou rantizado, e um apenas, disse e11e, não baptizei, porque se havia mudado 'tie Pernamlhuco (> não me foi possivel encontra-lo, em;bora eu espere que ainda o faça.

Em fins de 1892 ou principios de 1893 veiu a.{) Rio ~ teve um debate publico com o ,seu ex~pastor congregacionalista e outros ·pa,stores sobre

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CONVENCÃO BAPTISTA' BRASILEIRA

a questão . .10 :baptismo, e o resultado' foi que algumas famiUas congregacio­nalisotas. que haviam arranjado o debate, passaram-sepâra os baptistas. Se ainda a minha memoria não me tráe, presidiu essa reunião o rev. Tucker. Não fui assistir a 'esse debate, mas n€lssa' occasião eu,crente pres})yte­nano, ou melhor, neophito 'presbyteriano: achava-me em 'Nictheroy-'e ainda,...me lem:bro do alvoroço produzido nos arraiaes evangelioos por esse acontecimento.

Trabalhou na Bahia alguns annos, mas por muito t~lPO teve o seu quartel .. general em Recife e ali teve que s'ustelltar tremenda luta com .'1)

celebre frade Oelestino, ao mesmo tempo que pastoreava a Primeira Igreja, escrevia topicos para as Uniões da Mocidade, collaborav&· na imprensa secular, fazia serviço de colportageru e muitos outros que não me é dado lEmbrar Espirita activo e eXlpansivo, nunca soube e nunca pôde circumscrever o seu tralDalho a uma 'só especie oua uma só esphera. Ao mesmo tempo que pastoreava uma igt~eja, trabalhava em um Estado, ou então pastoreava,prégava e escrevia ao mesmo tempo. Viajei' oom elIe algumas vezes, e, antes de clarear o dia, ás 4 horas da manhã, á luz de electricidade ou de ker.ozene, estava elIe escrevendo ~ aproV'eitando o seu tempo. Disso fui t~stenlUnha ocular por mais de uma vez. Ainda mais, o seu espirito não se eontentava com uma cla3se. Aqui no Rio ,buscou ene associar-se com 'os da imprensa e ali dava um testemunho ooiiicante.

Em.8. Paulo muitas vezes encaminhei-o á sociedade chamada alta, ao nosso alcance, e o seu testemunho brilhou corajosamente. Comprehendeu bem o espirito d'o sol de justiça, buscando fazer com que OS seus raios salu­tares brilhassem na cabana dos pobres e no palacio dos ricos, nas baixas grotás e nos altos montes.

O seu trabalho perdura e as suas obra,; o seguem. E' ditficil encon· trar na geração actual .do no!)so país quem não tenha uma lembrança do dr. Salomão, e esta lembrança está gravada no intimo de -muitos e talvez com eterna gratidão. •

Os bellos hymnos que compõem o nosso Cantor, que não foram sacri­legamente mntilados, ahi estão testemunhando a sua espiritualidade, o seu cultivo e o seu zelo pela causa do Mestre.

Vae longe este memorial, mas não posso deixar 'de mencionar mais algumas das persegUições de que foi victima O nüsso herÓe. Algumas digo, porque, para mencionar todas, faltam-IlOs dados e tempo.

Em Victoria, num domingo de carnaval, aproveitando a multidão, prégou eUe corajosamente ao ar livre, Era a primeira vez que se fazia semelhante tra·balho nas ruas daquella capital. O resultado não se fez esperar: . grande perseguição por parte daquelles que, embriagados pelo ether dos lança-perfumes ou loucos nos desenfreados prazeres da carne e na orgia legalizada, queriam mata-lo. O chefe de policia, que estava presenté, tomou-'O. pel'O braço e, escoltado, o levou at!9 ao hotel.

Em Pernambuco. além da perseguição promovida pelD frade CeIes· tino, teve muitas outras, mas o Senhor o livrou de todas.

No Estado do Rio foi uma vez preso e dé outra, se não fosse o g()­verno liberal e energico de Nilo Peçanha, talvez fosse morto.

Não quero me prolDngar, mas parece que podemos dizer a respeitn deste saudDso irmão o que dizem a Bíblia e a historia a respeito dos nDSSOS martyres. Felizmente estamos em tempos de labaredas apapdas pela crystalina fonte do EvangelhD, mas 'O jesuitismo não dorme e, quando vê que o zelo do Senhor se apodera dos seus servos, arreganha os denteh e mostra-lhes as unhas, mas o nosso Deus corta-lhes os paSSDS.

O nosso irmão era a.paixonado pela imprensa e pela cOlpDrtagem. Fun· dou dlver80sjornaes, escreveu folhetDS e distribuiu grandes quanti.dades dtO livros entre 'O povó brasileiro, . principalmente o livro por excellencia -a Blblia.

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~R1BUTO DE SAUDADE

As lagrimas 'vinham aos Iseus olhos ea palavra lhe 'era 'embargada pelos s'oluços, quando falava sobre a neces,sidade da "evangelização dos nossos indios e tatnbem da urgente neceilsidade de ~nphanatos e' hospi­taes. A evangelização. dOSi nossos selvicolas o i~pressionava extraordi-nariamente. '

Ao caboclo abraçava C'omo' se tivessem sido creados rio mesmo lugar. Era iudio() com os indios, civili'zado -com os civilizados. O seu carinho para com as creanças não se póde des.crever. Emfim, o seu" am'or' para com a humanidade fez com -que, talvez sem saber, eUe puzess~em pratica o que Paulo poz na sua . vida: "Fiz-'IDe tudo para todos para salvar a muitos. H

Ultimamente os seus olhosestayam vüItadospara o Estado de" Goyaz, e os frutos da sua f'xperiencia estav·a:m' se revelando na· -conversão. de veccadores. na organização de igrejas e até na proxlma or·ganização de. uma desejada Convenção estadual. Cremos que o ultilmo jornal por eUe fundado foi em prol do trabalho deste Estado e a esse jornal 'deu ene o nome de Bandeirante Baptista.

Tendo !lixado reside-n-cia na capital do nosso Estad'o (São Paulo), auxiliava incansavelmente a todas as: igreja,s do Estado, sem e·squecer {) seu campo goyano./ e, ·como pastor da igreja do Braz, de -que eUe era membro, cabe-me o· privilegio de dizer que essa igreja nunca o esquecerá.

fi'mãos conveneionaes: Salomão Luiz Ginsburg deixou entre os ba­ptistas um vácuo impreenchivel. Sempre estive i'dentificado com lOS meUrs irmãos e creio poder dizer com sinceridade que na n'Ossa família baptista. eu .choro com os que choram e alegro-mecd'ill os que se alegram, mas a respeito de Sal'omão <f meu sentimen~'Ü talvez seja maior que o v().sso, porque El'U penso, sem offender aos· meus queri·dos irmãos e amigoS, que podemos dizer que a Causa Blliptista nã'O teve, não tem e não sei se terá tã·o cedo quem seja para o Brasil o que foi o 'nosso pranteado irmão Salomão Luiz Ginsburg.

Em terras' /brasileiras, ao lado de F.M. Edwards, no cemit-erio do Salvador, em S. Paulo, -repouSa. €st~ homem, e os seus feitos estão repe­tindo aos nossos ouvidos a voz do Senhor Jesus: "Vae tu e faze o mes­mo." Sirva a ·sua vida de e.stimulo a todos nós que mourejamps na vinha d'o Senhor e que o seu exemplo seja séguido, não como obrigação, mas romo a expressão do nosso amOr para com o Bemdi~ Salvador, que deu. a sua vida por nós e q'Ue tem levantado servos deste quila.te para o tra,balho em prol da grande obra da evangelização do' mundo. Am:en.

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DA

CONVENÇÃO BAPTISTA BRASILEIRA

PREAMBULO - Est.a Convenção tem por fim exe(:·ular a vontadf' das igrejas, cooperando com ella:; n ()sl~lltido de PXl\Cutm' u vontade de Christo na terra, com o especial fim de levar uyante as causas de evangelização e educação, e estreitar as rela(:.ões das igrejas represen­tadas, como tambem anima-las no trabalho saerosanto do divino Mes­tre, terido para o seu governo os seguintes artigos:

Ar1. 1c • - Esta Convenção denominal'-sl'-á CO'\VENÇÃO R\PTISTA

BRASILEIRA.

Art. 2°. - O fim desta Convenção :;(ll'á o de t1'afal' 110:-: inl.t~l·t'S:;P:-i

geraes do reino de Chl'isto na terra (' especialment.e da evangelização e educação christã.

Paragrapho unico. _. A rehíção de~ta Conyen~ão para com as igrejas representadas nella será puramente de -conselho, (" em senlido algum legislativo, nem executivo, a não :-;er no sentido de executar a vontade das igrejas. A Convenção, portantú, poderá fazer reeommen­dações ás igrejas e dellas pedir auxilio, porém não obriga-las em coisa alguma. Assim fica intacta a soberania de ca'ela igreja. Em l'(~­

sumo, a- Convenção é a serva das igrejas, nella re.presentadas.

ArL 3". - A Convenção se eomporá de mensageiros eleitos por igrejas baptistas regulares.

§ 1° - Igrejas Baptistas regulares são as que acceitam a5 Sa­gradas Escripturas como' sua unica regra de fé e de pral ica, l'ccoQhc­cem como fiel a exposição de doutrjnas, intitulada: De{.:lm'ação de Ft: das Igrejas Baptista.~ do Brasü, e estão em harmonia com as demai:, igrejas que adoptam a mesma regra de fé e de pratica.

§ 2°. - Cada igreja que coopere com esta Convencão poderá ser representada por tres mensageiros, e mai:; um na proporcão de cada 25 membros.

§ 3", - A eleicão de cada mensageiro á Convencão lhe .será offi­cíalmenta communicada por carta credencial da igreja que o eleger.

§ 4". -- A· Convencão terá o direito de regular a fórma cias car­tas credenciaes.

§ 5°. - Uma igreja, a que se refere o art. 3°, poderá eleger men­sageiros de qualquer sexo.

§ 6°. - Nenhum mensageiro poderá. representar mais de uma igreja.

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-ESTÁTUTOS 9

Art. 4°, - A directoria da Con"enção se comporá dos membros seguintes: 1 President-e, 3 Vice-presidentes, "1 Thesoul'eiru e 2 Secre­tarios (lo e 2°),

§ 1° ... - Esta directoria tem o mandato de uma Convenção á outra. § 2"; - O presidente da COIlvpnçãu (~ membro, ex-oflicio, de cada

Junta sob a direcção da Convenção. Art. 5°. - A Convenção elegerá as seguintes Juntas: Missões Es­

trangeiras, Missões Nacionaes, Ese6las Dominicaes e Mocidade Ba­pUsta, Educação, Collegio e Seminario do Rio, Collegio e Seminario de Pernambuco, Collegio Baptista Brasileiro em ~. Paulo, e tanlas outras quantas forem consideradas neces~at'ias ao desenvolvimentu do seu trabalho.

§ 1°. - A Convenção, para 1I0a ord('1\l do,,; :-:ell~ ll'aballlOS, poueJ'á nomear para as Juntas, irmãos ilUsentes.

§ 2() - Cada Junta eleita pela COllvenc;ão con:-:I.ará de 9 ll1crnJ)J'u5, no minimo, podendo esse numero sel' augmentaoo pela Convenção sc~

gundo as necessidades do trabalho aos cuidados das mesmas .Juntas. sendo renovadas pelo lel'(;O, pela Cunv('lll;ão, em suas a;-;srmhIPH:-: l't'gu­lal'es.

§ 3" - Cada Junta terá a sua propria directoria, eleita p01' si mesma, na sua primeira reunião.

§ 4°. - Um terço dos memul'OS activos de qualquer Junta for­mará o quorum para sessão legal.

§ 5°. - .A cada uma d{,s~(t~ tJlInta~ :-:t'l'iÍ enlt't'guf>, dUI'ante o inter­,"alIo da Convenção, a completa direcção de todos os seU5 neg'ocios, dos quaes estiver enc-a.rregada,direcção essa que obedecerá á Constitui­tão da Conven~\ão.

§ 6° - Cada JunLa Lerá o direito de eleger dentre os seus vo­gaes, alguns ou todos, para substituirem quaesquer vagas que se de­['em na sua directoria activa.

§ 70 - Estas Juntas deverão formular as regras inlernas de seu governo, de accordo com a presente Constituição.

§ 8°. - O Thesoureiro de cada Junta prestará contas fielmente de todo o dinheiro recebido e gasto, li mesma Junta, em suas ~essões. uu sempre quo a mesma Junta uesejar.

§ 9° - Qualquer das Juntas poderá, quando as cil'cumstancias o requeiram., so tornar pessõa juridica.

§ 10. - As Juntas publicarão anI1ualmente o seu relalorio espi-ritual e financeiro. •

§ 11. - Cada Junt.a fixará o salúio dos seus empregados. não podendo nenhum de seus membros OCCUpUl' cars'o de remunerat;:ão na direotoria ou no trabalho da Junta.

Art. 6°. - Esta Convenção deelara manter relações cooperati"as com a Junta Baptista de Richmond.

Art. 7" - A ConveJH:ão ,elegerá em sessão uma Commi5são de Exame de Contas, que examinará as contas da Lhesouraria da COllYen­<;ão, bem como das Junt.as, e dará parecer numa das sessõl'~ da mesma

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10 CONVENÇÃO BAPT!STA ,BRASlLEInA

Conven.ção, isto' é, do mesmo .anllo. . Pal'a este exame . não se faz·' he­cessaria a documentação das. entradas e sahidas' de' dinheiro, ba:~laIido qué. os fhesOllreil'os apresentem balanceies verificados por especialis­tas o~ ao menos, pr.ofissionaes competentes. _

Art.. S". - O Thesoureiro da Convençãu pre~t.:li·á contas· á 'pri­meira Convenção que se reunir depois do fim do anuo financeiro.

Art. 9°. - Os ThesoUl'eiros da qonvenção e das Juntas não pode­. rão fazer'Uso do dinheiro confiado á sua guarda nem mesmo tempo-o rariamente,e só o poderão despendC'l' por ol'(!.'m e para os fins que li

Convenção e as Juntas se ac~am ('.onstituidas. .

Arf.. 10. - Os Secretarios Geraes. das Juntas manterão relações por c.orrespondencia com iodas as I!essõas e organizações, segundo o interesse das nw~ma:-: Juntas, f' guardarão cópias de taes correspon­dencias .

. -\.rL 11. - Os Sf'eret.ariús de Registro da COI1\'enção e das suas Juntas furãu regi~lro de tudu que ~e dér durante as ~essões, lavrando actas de tudo, a:-;. quaes serão lidas e consideradas nu ~e~são seguinte.

Art. 12. - .As igrejas representadas nesta ConYcnl;ão e cooperan­do com ella terão li direito de espocificar fi=' fins pal'a os quaes as suas contribui~ões devem f'er applicadas; não haY(~Ildo, porém, .especHica­Cão alguma, a Convenção dará á::: contribuições o destino que lhe pa­recer melhor.

Ar1. 13. - E:;La COllyenção reunir-se-á de anuo em anno. § 10. - O PI'eside1l1e, com approvação dI' .3 Juntas, poderá, em

qualquer occaôião, convocaI' uma reunião extraul'Jinaria; ou, a pe­dido de 3 Juntas. devcl'á !'1I1 qualquer uccasião convocar uma sessão enraordinaria.

§ 2" - Para tran~acçãll (ie negocio~ na Convenção, será necessa­rio pelo rnen05 a 1)l'pSelll;a de um tprço dos mensageiros enviados.

§ 30 - A directoria da Convenção poderá, a pedido de 3 Jun-

las, transferir o tempo e mudar o lugar da reunião da mesma Conven­ção, quando fór inconvenienle, por força maior, realizar-se nu lugar e tempo já antes determinados.

Art. H. - .A Convencão poderá negar o direito de votar ou to­mar parle nas suas deliberações, a qualquer mensageiro que não obe ... decer ao seu regulamento, ou que se tornar impedimento ao seu tra-balho. •

Al'L 15. - Qualquer emenda á pI'e~Ante COllstituicão que se jul­gar necessaria, poderá ser feíta, porém com a approvacão de dois ter­ços dos mensageiros pl'pscntes na oooasião da votação, salvo depois do penulLímo dia da Convenção, quando IH-mbumu emenda poderá ser feita.

Art. 16. - A vontade da maioría dos mensageiros presentes e vo­l~ndo será considerada a vontade da. Convenção.

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JUNTAS. DA CONVENÇÃO JUNTA DE BENEFICENOIA, RIO DE JA~EIH.O. S. L. \Vatson,

Joaquim Rosa, ManoeI Avelino de Souza, F. F SOl'en, Salvador Fa­rina Filh;o, Antonio '~lesquiLa, Viclorino Moreira, S. A. de Souza e O. P. Maddox. o

JUN'rA DE MISSüES ~ACIONA.ESJ IUO DE JANEIRO. Por 3 annos: José de Miranda Pinlo, Antonio Ernesto da SHva, Leobino da Hocha Guimarães, R .. J. Inke, p .J. Souza Marques. Pur Z annos: E. A. Ingram, S. A. dp Souza, Almi1' 8. (iunçalves, E. o\.. Jaúkson e .Tuvenil de Mello. l~or 1 anno: Mnngllha Sob1'inhu, L. M. Brawher, F li' Sore-n, Manoel :\ veliIlO de Souza e Ismail Gonçalves.

JUNTA DE MISSõES ESTRA~(3EIR.\:;;. BAHIA. PU}' 3 annos: Ghrispiniano Dal'io, L. L .• Jollll:'illI, ~e\"el'O M jgLl~ Pazo, Casimiro G. de Oliveira e José G1'PSenbl'l'g. p()f' :! anILas: .1. G. Bice, H. E. Cockell, .JllS(~ AUl'eliauu Alves, .João :\laia e }Ianoel Ignaeiu ~am!Jaio. Por 1 aunu: José Menezes, 1\'1 G. \Vhile, Theodoru H. Teixeira.L. M.Reno e Thomaz L. da Co:;la.

JU~T.\ DE E.D E ,\I0t:lIJ.\l>E. HiO DE J:\:\EIRO. PUf' 3 amws: _\. B. DeLer, ,'\. B. Langst.on, o·L Chl·i: .. ;\ie~ \1. G. \Vhile e \V C. Taylor Por;2 annos: Emilin \\" Kt'1'l', Paulo C. Furte!', H.H. Jluir­heal'd, Hieardo Pitro\Ysk~' e \\' C. Harl'i:5oÍl. 1J U1' 1 anno: O. P o

Maddox, J o J. Gowsert, F F ~lI],f'lI, H. H. St.anLoll e Leobino da Ho-• cha Guimarães.

JU~TA DO GOLLEGIO E ~E\I I :\AIUO BAPTISTA DO RIO. P01' 3 lInnos: F F :-;01'1'11, \Y E. Entzmillger, Paulo C. Porler, A. B. OhrisUe f~ H. E. CQ(·keIl. Por:! annos: \V B. Baguy, Theodoro R. 'J\~ixcil'a, Fernando nl'llmIllOnd, :\. B. l>p!eI' t' E. 0\' J acksoll. Por 1 a'll:1W: J. H. ;\l1en, L.. \1 apllO, O P \Iatldllx. \Y B. Shel'\yood-e \V \V EneLe.

Jli~T:\. DO CULLE(j}o HAPTI~T:\ BRASILEIRO DE S P~ULO. IJ'tf~' 3 amws: A. B. Delnl', Alltonio l~l'llesl() da Silva p O. P: ~laddox. Por 2 anuas: T B. StOYf'l'. Paulo C. PI)I'1t'l' p Decio Parada. Par 1 ann.o: O. T Piers, TC. Bag'hy pR. B. Slantün.

JUN1'A DE EDUCAÇÃO. Po]' J 11llnos: :\. B. LangsLon, W H. Berry, R. B. Sf.antnl1, Carlos Bal'boza (\ ~. L .\V.atson. Por 2 annos: F F Sorcn, H. H. M \I i l'IlI'ad, L. L. J olll1son, L. M. Reno e Albe.r­to Port.ella. pQ'I' 1 lInuu: .J. \V :-;hf'lHll'd~ \Y C. Taylor, E. A. ln­gram, M. G. White e :\. L. Dun:..;tan.

~ JUNTA DO COLLEGIO E 8E~IINARIO DO RECIFE. Por 3 armos: W C. Taylor, John Mein p Paulo L. Cost.a. Por 2 annos: L. L. Johnson,.II. A. ZimmeI'maUll e Oelavio Lima. Por 1 anno: A. L. H u.ye s, Mis~ Fullar e August.o Santiago.

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DIAS ESPECIAES

De Acção .de Graças - 10 de Janeiro

Missões N acionaes - 10 Domingo de Março

.Dia do Rumo - 1 (\ Domingo de Abril

.... -'.'::~, .. ~. ,

Dia d'''Q Jornal Baptista" - 30 Domingo de Julho Dia de Missões Estrangeiras-1° Domingo de Setembro

Dia de Educação -; 3° Domingo de Novembro

Dia da Bíblia - 10 Domingo: de Dezembro

COMMlSSõES TRANSI'f.ORIAS

PARA FORMULAR O REGIMENTO INTERNO

W. E. Entzminaer

L. M. Bratcher

J. Souza Marques.

COMMISS.ÃO DE PROGRAMMA DA ·PROXIMA CONVENÇÃO, NA BAHIA

M. (G. White

Thoma%l L. da Costa Chrispiniano Dario

W. C. Taylor Carlos Vieira

COMMISSÁO 'DE INDICAÇOES

O. P. Maddox

M. G. White

F. F. Soren.

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ROL DOS MENSAGEIROS

PARA'

Prilneira Igreja de Belém - ~mi1io R. Gamma.

MARANHÃO

Igreja de Caxias - Theophilo Dantas. Segunda Igreja - Anacleto Martins Velloso.

PERNAMBCCO

Igreja da Rua Imperial - Antonio Mesquita e Severino Seraphim do Monte.

Igreja de Capunga - Felilllu P. de Souza. Santo A ma1'O - H. A. Zimmcl'mann.

ALAGÔAS

Pri IJIcira IgreJa Baptista de Maceió - John Bice. -BAHIA

Cru; do Cosme - 1\1. G. \Vhite e C. Dario. Dois de Julho - José AUl'cliano Alyes, Lupel'cia JJ\'e~ e Gerson

Aureliano Alves. Plataforma - José Ricardo da Cruz. Lage de G-ll1ulú --o Emygdio Antonio de ~I i l'anda. jaguaquara - F. W Taylor e John A. Tumblill. Nazareth - Paulo Alves da Silya. Castro Alves - João Izidro l\lil'anda. ltãpagipe - Thomaz L. Costa e João GuUemberg.

E:::;PIIlITO :-;.\:-\TO

Igl'eja di' SltlJino I)c~sôa - -:\gar Barbo:"\ü e Alzira Barbosa.

[grf'ja ri,· \"il'loria --- L. ~1 Ht'llll .. \. l\l Reno. Peail Biglp~. Hc­l'acledina Goncalve:"\, l\lul'ia ~lilrcal, .\Imerinda Ribeiro. Benedicto Peçanha e Cantidio Moreira.

Suá, \' icloria - Hpl'aeledina L. Gonral\"l\~.

Penha - Vi('!orillo MOl'(\il'<l e JacyntIlO Cnlixto. Ca~hoeiro do ltapemirím -: Sl'bastião Faria de Souza. Rio Novo - Alfredo Migllac: Ped7'a d' Agua - Fprnando Dl'ummond.

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14 : -~~.:~- :~T::~-' -

CONVENÇÃO BAPTISTA BRASILEIRA

S, PAULO

Primeira Igreja - Edgard .. \, lngram. EIIla Ginsburg, Biagio Tu­ranto e ~\rthul' Za]\.sdrenes,

19'1"cja de Sautlls -' Miguel Dallliani. }l~h'il'a Damasio, lIoràcio Cardiru, Jorge Botelho, Maria Rolc!hlJ, Amplia Silvn, :\I'nnldo Fernan­des Pinto, Horaeio Leill'. ~enhorinhu Leilt'. l\lanocl de Oli\'eit'u Bispo, Ant.onio A1>.ol do Nascimento e Sidonio :\"Pl'Y dl' Carvalho,

Brtl.z --- Angelo Fadna, Antonio Carmo dos ~all'o~, Manuel Joa-quim e Esther Trigueiro Dias.

ViUa .llarü,ma - TI~{"; Baghy. XOl'a Odessa _. C:ado~ Iüaul. Juudiohll --- AhI'uhão dI' fHi\"f:'ira. Pennapou's --- ~al\'ador F'al'ina. p:-;po:-,a f' filha .• Joaquilll Co~ta I~

p::;pusa, Agua Limpll --- .\xeJ FI'cdf'rico _\ntl(~l':,(ln, Lt';InLina di' CaryaHlU

Anderson~ Anna Parra }lf'l'Po; f'. Lf>flpolctina .1. Cal'valhu, ('n.mpioos - Paulo C. p(lrf l':o', Luiz cip .b:,i:, c Hcynaldu Pintu Ca­

margo.

H 10 GIL\:\ j) E DO ~ t" L

Jgl'cjlj B(~}Jtistn d(l FlfJt'csfl/ - .lllilll Henrique f' .. \!ice Baghy Smith.

l'apeUa lJaptistf/ R. E. Pe! LigI'f'" f' Hf'l't lia Ppf tigr(~\\",

LH~Tn/l:T() FEDEH.\L

}ar .. ".lréIJllgruÍ - \Valfl'iflo ~llllllf'irn. Lp,"y .J. :\tlll'êtf':-'. Pl·(.lXedl'~ :\1-\P:O: Co:-;ta e AlIlcriro.\ ~anlll:'.

("I!/llillll!} _. HI"/l"dú'llI J"..;/" _\I\'t':-: .• João (Jllinla:o: .. \,'111111' Hiheiro }{tI..;al!lI. Amelia lJuinl a:o:. HitIta :\1<1 r" i ll:O:, .\lipio Xa\ if'1' .\~:-;urnp~ão,. Eli7.a àe .\lell.c31' f' ~eba:,1 iana da ~il\'('iJ'a.

Campo (;rfLndc _ .. \ntunío Baptisla, Georgina Bapl i:.;la, .Jn;-;t" Joa­quim Ferreira, Maria (Ia ~il\"a F~l'reira Il !y" dp .\z(',·pdo.

Bom.successo - Da\ iii dr> Can'allw !\lnUJ'a, Cy I'l'iano d,,:, ~:lI1t ()~.

Antonio Hodrigues Bal'bo:-lt. Al\'aro de .Arau,jo Braga I' '1m'ia .. \l'aujn do ~a:,('jlJJento.

Penha - Florentino da :"\ih·a. Emilia 'J'I"igupir'lI da 8ilva, João I-'el'nandes Uf\ FI,(-ita:-, (' :\lanocl Rego.

Realengo - Mat hpu:-: Paulo (~tJl'd .. :o: •• loão C~'III'iaJII) dt ' Allm({ucr­que, lfal'Ía de Souza Lima n 1.11 :za l;ordeil'lJ.

Tiju(:a -. \V '" Enefe, Joaquilll \larialllJ. .\l'i . .;11'1l Amorim, CínÍra GonH~, .\nLcmi" .\1 anJl 11':-;, .Janllaria Costa, Pedl'u Jlodl'igU(~:; c Uaud ío Méllo,

S. Christovão - Sebastião de ~ouzu, ~l. d,' Mirallua Pinfo, Iber(\ Masson, A, B. Lang:-stoJl, Fon Langslon e Manuel .TII:oH~ Lopes,

Pilares - Cunha .Juniol', Waldcmar Nunes, Paulino dus Santos,

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ROL - DOS MEMBROS 15·

Raul' Portugal, Silvfno Sanfos, JuÜela Santos, Olga -Lima da Cunha, . Multes Lima da· Cunha,Corina Portugal e. Eurydes da Silveü;a.

Pl'inieira Igreja - F.F. Soren, Theodoro H. Teixeira, R. J. Inke, L. M. Bratcher, F d.e Miranda Pinto, .João Galdino Monteiro, Hermc­negildode Sant'Anna, JoS(' An10niü Villaca, Almibal 80are8, Victor Stawiarski, João A. de l\1l:!galhães, Huth Randall, Minnic Landrufi', He­lena Edwards, João Dorea, Maria Florcs Teixeira, José de Miranda Pinto, Delciú Costa, Miss Bratcher, Henriqueta Trigueira de Maga­lhães e Hidualpo Gomes Leal.

Engenho (le Dent1'o -'-' Ricardo Pitrow::;ky, Julião Magalhães Pas­sos, Angelo Manzolillo, Demetrio CoutinhoCarvalhaes, Joaquim da Silva, Carlos dn Carvalho, Nest.o}' de Carv,dho, :luliQ de Moraes, Do­mingos Ferreira do .·\mparo, GladsLone da Paixão, Maria Passos, All­nunc·iala de ~igrisA Emilia Gome:-: Novo.

Oswaldo Crnz -- 80uza Marque~, José Luciano Lopes, Genesio Pereira de Azevedo, ·Custodio HOlllualdo ria :4ilya, 'LeQPôldin_a Au­relia de Souza :VIa ['ques, Bl'igída Hamôa o :-;emil'amis Mello.

Meyer-Hurrison. S. L. \Va! ~Oll, José Ferreira SeImlveda, Theo­dolo Nunes, Carlos Vieira e ~eutel Bastos.

Lqranjeil'llS - Fl'anci:-ico .:\'a~eimellto, .\merico Tholllaz de ~ol1za,

,Joaquim Machado dt\ AzeH'do, Pl'lHlencio Francisco da Silva, ~Iareelli­

no Meira, Leocadia \luehado, Balbina Cordeiro f' :\lal'gal'ida Saboya.

Joe/tey ClulJ - Flavio de ~ouza, Antonio de C,\l'\"alho, Antonio de FI'eif.as, Juvenal Ferreira, Jo~(> dI' Farias, K<lle de Souza, Hermelillda de Carvalho, Ruth MaLtos e Lucinda Soares.

Ma.dureira - AgosLillho Hi(,tll'do Gonçaht):i, Bl'anoina Lyra (ion­talves, Pedro Lino Brasil, l\laria Brasil, Perminio Alyes de Salles, }1~smeralda Ah'(~:-; de Salles, Eulropio Hug'o dI' :\nd.l'ade, Isaura de .\n­drndc, Conradu Lopes ESlllera, Bibiana NoglH'ira Lopo:i. Malloel Paez, .\mparo Paez, Fi'unciscu Paez, J uão 1..01)0:-;, ~\.ugu.-;ta Lopes e Alvaro de Castilho Barbusa.

Ricardo de Allnu.JuerlJue - \'ieenlt' .\. dI' Lilllu,A.nselmo Paschoa, Daniel Gonc~Uvps, Fclidalla Silva. Gabriel P. de Souza e .Francigcn .Julio da Silva.

ESTADO DO RIO

Vieira Braga - Lilmuio Barbosa. Danirl de SÜ. Gil dE:' ~á e Bene­dila Barbosa.

Alto ~t{1,f:abú - Evaristo ])olllillg'OS Bahia, Balbino Rodrigue~ da :-;i!va f) Cyriaco José Freire,

l.'mnpos _. Fjdeli~ MoraJt·:-; Hittcnüourt. ,J!lào dA Souza, Zelia Lo­hato de 8ouza, Anna Martins de Oliveira, Inclio do Brasil e l\farljn~

Barroso. Conceição de Macabú - Celina Carvalho de Brito e Manoel de

Brito.

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CONVENÇÃO BAPTISTA BRASILEIRA

Bpa Espet'ança - Theophilo Silva, Venancio Gonçalves Pires e Hor,acio Firme.

Caclwei1'os de JJ(/ca/u? - José Luiz Carvalho, Francisco Lopes Gonçalves e José· Lniz de Carvalho.

Cachoeüaa de JIacacú - Candido Iguacio da S·ilya . • Yopa Fribw'(1o - Antonio Charles, C~nnon Charh's, Antonio

.cunha, Bcned.ict.a Martins e Manoel Duarte da :-;ilvR Junior. llfllCUCO - Joaquim Coelho dos Santos, Emercntina dos Santos c

F'randsco Van-Erven. Xatividade do Ca.rangola - Achilles BaI'bosa, Cesario Thcophilo

Maria: José Abrahão do :\asei1lll'nto, Fralll'i:-:co PimenLel, Antonio Jos(' ~une5. João Ferreira- J05é Nogueil'a, :\nlonio' .\ngelo e ·Jo:-:t' Baptista.

Boa l"entura - Virgilio Faria, .lerunymu Yenallcio Riheiro, Lima :;'\[endoncu Ribeiró t' Bosa Moura dI' Faria .

• 4.guas Clara.s - .\ntonio Elias Pereira, l\1al'lholino da Silva e Bc-nedicto da Silva .

.-lral'u-ama - ~Ianoel JnSf' dos Reis e :\ilo Luiz Vieira. Tmbaltr'l - ~""Icides de Oliv('i1'a Quinfanilha . .Yot'a IgttassLÍ - Antonio Gon]('." dI' Cal'valho, Jes\li!1o .\nLoniu

Lopes, Antonio de QliYeira, .\ntonio BO<lVcntUl'U e Bapti:-:la ~all1ucl dt' Caryalho.

En/re Rios - Manoel .\nfonÍo e Luiz de ?\Iedciros . .1/0(1(: - João Barreto l' Silya I' Mano!'! ;-';oliva . .YictILeroy - bmail Gonc;al\'es, Bernardino Loul'eiro, Dionysi/l

Loureiro, Fm'lunalo do:" Santos, JU\t~njl Lessa, .João :\1ourn, Oso1'i.1 Cunha, Eduino Mart ins, T~enl Í . ..;toclc:o' !I(' Queiroz, Eva de Souza e Ma­noel Avelino de Souza.

S. G{Jn~~al0 - Lcobino GuiJllal'ii('~. Evodio Queil'oz p babel de Ayellar.

Ban'l' do /ta}Jll}Jomw - FrancÍ:-:eo Benlo ~il\'a.

I'i>! ropolis -.\ B, Cltl'i:o'l ic, T B. Slo\'('I'. \V E. Enfzmingel' e c\lbc['lo R. de Olin~il'a.

Porlellll - Pedro Mariano de Souza. Rethel - Leopoldo .\lYl·~ F'ei/o:-:il. I1ol'~lt'i{t Ca!'lu~ de Jesus, Al'i~­

tidf'~ Vieira da Co:"la, Tiburcio .I 11:;/', Gorll/~s, :\1 arlfJf' I Jfl~(~ ~/,)I1Za, .\n­lonio José Pacheco, Gracina GOfJ)f>:;;, Josephina da Sil\'a f' EI\'Íra Ui! Silyeira.

T(L(jua.russú - .Ju:-;(; Lola .'a=-eímento f' :\ll'xiHHll'ina Vieira, JIurundú - .\ntonio ~lol,ltI/':-: Hittencourl., :\nlonio .Joaquim e ~\n­

tonío ,Joaquim de :\1 att ü:-:,

Juiz d{~ FÚl'll -- \lanuel GOHl(l:; Olí\f~jl'a (' Eulal'ína c, Oliveira. Cl.lpara.ó - EI·I1I~:.;f{) Gomes de Ahr'eu Lima, Agenor' Pinheiro,

.Juscelino Affonso df~ Oliveira, José Luíz da Silva (\ AI'Y de Abreu Limil' Manltumirirn.:-- .. \.1berlo Vaz Lessa.

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/'

ROL DOS MEMBROS 17 Sarandy - Sebastião Teixeira, Antonio Silveira e Romeu Tavares. Barro. Preto .7-" J ennie Lu Swearingen. A raguary ;..::...: J R. Allen. . Ribeirão Preto - Antonio de Oliveira .

. Primeira 19l'eja de Bello Horizonte - Ephigenia Maddox e O. p. Maddox.

Mirahy - José Martins Monteiro, Antonio M. ViLlas Boas, Alda Villas Boas, Pacifico José Ferreira, Saint Clair de Oliveira, Adriano Martins Monteiro e Ubaldino Faria -de Souza. .

Espera -Feliz - Emygdio· A. Moura.

MATTO GROSSO

Tres Lagôas -João Gregorio Urbieta.

PARANA'

Curit1lba - Djalma Cunha e A. B. Deter.

Resumo: Estados representados i3, igrejas 85, representantes 342.

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11: Reunião ~a [onven[ão lapti~a Bra!ileira

ACTAS E PARECERES

"-Aos 11 dias do mez de Janl~iI'o de 1928, ás 19.30, no salão da Pri-

meira Igreja Baptista do Districto Federal, reuniram-se para a de­cima set.ima Convenção Baptista Brasileira, mensageiros das diversas igrejas baptistas do Brasil.

O presidente, irmão Antonio Ernesto da Silva, dá a palavra ao Dr ~ A. B. Langston para dirigir o culto devocional, o qual }c:mdo uma parte do capitulo 6° do E"angelho Segundo o apostolo João, fez uma beIla exposição do t.recho lido.

Após uma fervorosa oração pelo pastor F F Soren, e um hymno de louvor cantado .pela congregação, o presidente declur~ abertA a ta -sessão da 17& Convenção Baptista Nacional.

E' dada a palavra ao pastor Soren o qual ·num vibra.nte discurso deu aos mensageiros as boas vindas.

Não estando present2 o irmão pas! or C. C. nuclerc, a Crmunissão de ProgramI~aescolbeu para responder :to I!; ;.;curso de bOUH vindas, \) pastor M. G. White.

Após o arrolamento de 213 Illl'llsagl' !'I)~ procede-se á eleição da directoria a qual ficou assim constituidcl: Presidente, pastor ManoeI Avelino de Souza; 1° vice-presidente, pa"Lor- Antonio Ernesto da Sil­va; 2° e 3°., respectivamente, pastores F F Soren e J.f:.ouza ~lal'ques.

Para 1° secretario, pastor Achillp:-; Barbosa; 2° see!'(·tarjo. Capi­tão José Aureliano Alves; e thesoureiro, pastor Victorino :\1ol'eíra.

O presidente dá posse á nova directoria, ouvindo-se após a oração de posse um beBo hymno cantado pelo éOro polyphonico do DisLrícLo Federal.

Antonio Charles, 10 SecretarIo.

Proseguindo-se nos trabalhos, após a eleição e posse da nova ai­ractoria, o irmão presidente agradeceu á assembléa a sua eleição. Foi proposto e apoiado que se lançasse em act? um voto de louvor á directoria passada pela maneira correcf.a com 4ue se desempenhou do seu mandato. Pelo presidente, foi apresentado á Convenção o

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ACTAS E PARECERES 19

irmão Torr.es, pastor da 1 a, Igreja Baptista de Lisbôa, Portugal, oomo illustre visitante a esta Convenção. Em palavras commovidas, então, eUe saudou .a mesma. Disse que aqüella hora era memorável para a sua fé, por lhe conoeder o Senhor o pri"ilegio deeonheoer' a de;'-. nominação ,baptista .do Brasil, reunida ,em magna assembléa conven­cional. Em nome dos portuguezes, agradeoe aos 'brasileiros os seus esforços em pr61 do Evangelho em Portugál.A Convenção Baptista Portuguêsa .encarregou-.o de falar a n6s das necessidades delIa, p que fará em tempo opportuno. A necessidade maior que apresenta é a oonstrucção de um templo digno da Gausa em Lisbôs, capital do seu

-',paiz. A seguir foi dada a palavra ao irmão pastor Djalma Cunha, orador official, para proferir .o sermão offiúal o que fez baseado na passagem de Actos 20 :28, da qual extrae o assumpto: "O preço do Ideal" Propõe o coronel Antonio Ernesto da Silva, que o mesmo se publique n"'Q Jornal Baptista", -e em folhetos, para que toda a deno­minação apreoie ,t.ão lídima obra orat6ria e 'edificante. O tlresidente nomeou a seguinte commissão de indicações: O. P - Maddox, F F. Soren, A. Mesquita e Antonio Ernesto da Silva. Leram-se 4: tele­grammas de saudações, entre os quaes um do grande estadista inglez, nosso irmão de crença, Lloyd George. Foi lido o programma para a proxima sessão, que foi approvado. Suspenderam-se os trnbalfios até ás 8 112 da manhã de 12.

AchiUes __ BarbosfL, 10 secretario.

Ats oito e trinta do dia 12 de Janeiro, tiveram inicio os traba­lhos convenciona€s oom o culto devocional dirigido pelo irmão J. R. Allen. Neste exercioio espiri,tual preparatorio cantou-se o hymno 9 do Cantor, ouviu-se a leitur:a de Lucas, cap. 9 :27-36, sobre a qual foram feitas salutares considerações. Enoerrou ... se o culto oom ora­ção, impetrada pelo irmão Anacleto Martins Velloso, de São Luiz do_ :\faranhão. Em seguida é .approvada s' acta anterior. Por voto una­nime da assembléa, foi considerado mensageiro de honra o pastor Pau­lo IrwiI1 Torres. Elegeram-se directores -da mU$ica durante os dias de convenção, os irmãos Ricardo Inke e Egydio Gioia. O presidente desculpa-se, como, relator da Commissão, por não ser possivel, ainda desta 'vez, apresen( ar regimento interno da Convenção e espera que, na futur·a l'eunião,a lacuna se preencha. Para que se não enoontre, então, -em identica difficuldade, sob proposta do irmão Ingram, no­meia-se a seguinte outra oqmmissão, para o organizar: Drs. W.· E. Entzminger, L. M. Bratcher e J. Souza Marques. Teve, então a pa­lavra '0 irmão S. L. Watson para -encaminhar a disoussão referente ao arrimo aos pastores invalidos necessitados e ás suas famílias. O orad~r pede a leitura do parecer sobre o assumpto, apresentado á re­unjão convenoional passada. Em se tratando de tão importante phase

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20 CONVENÇÃO BAPTISTA BRAS1LEmA

do trabalho, vieram á baila os nomes dos pastDres- Z;eferino G. Netto e Jose Drummondque, por motivo de enfermidade, estão necessitando do auxilio' da Denominação. Destas considerações, chegou-se á conclu­são da urgencia de chegar-se á parle pr&tica da questão., Por se rião 'haver feito ainda adeqüada discussão do parecer acima, volta-se, no­vamente ao assumpto, sendo o mesmo discutido pon~ por ponto. Depois de de.morada discussão, foram acceitos os tre8 primeiros pon­tos, considerando-se os ou tros como corQllários dós primeiros. Por proposta apoiada, .criou-se uma Junta Bep.eficiente de nove membros, com séde no Dist,ricto '"'Federal, para dirlgir estes negocios. A Com­missão de Indicações apresentou o seu parecer que continha as sug­gestões da directoria do Departamento de Estatistica e Historia, que foi approavd'o -e vae appensu. O irmão· ~\. Mesquita, leu, a pedido de D. Rosalee Appleby. um parecer de Historia e Estatist.ica, o qual após 8er discutido ponto por ponto, foi acceit.o na totalidade dos itens, em­bora çom .algumas modificações já incluípas no proprio parecer, que vae junto. Lido o programma da tarde, que foi approvado, e feitos di­versos annuncios, suspenderam-se os trabalhos até ás 13,30.

M anoel A velinlJ de Souza, presidente. Achilles Barbosa, 10 secretario.

Relatorio da Commissão de Apontamentos

A Commissão suggere as seguintes Commi~sõe~:

~HSSõES ESTR.\XGEIRAS: Francisco Nascimento; relator, O. P. Maddox e José Aureliano Alves.

MISSõES NACIONAES: J. Souza Marques, relator, Djalma Cunha e S. A. de Souza.

ESCOLAS DOMI~ICAES E ~fOCIDADE: Ricardo Pitrowsky, relator, M. G. White e Abrahão de Olive:J'a.

COLLEGIO E SEMINARIO DO RIO: L. \1. Brateher, relator, R. J. lnke e Leobino da Rocha Gu irnarãl'i .

COLLEGIO E SEMINARIO DO RECIFE: .lnwnio Mesquila, relat{)r, F \V Taylor e J. R. Allen.

COLLEGIO BAPTISTA BRASILEIRO DE SÃO PAULO: Palllo C. Por­ter, relator, A. B. Deter e V ictorine Moreira.

EDU CAÇÁ{) : A. B. Langston, relator, H. A. Zimmermaull c Fidelis Morales Bentancour.

LUGAR, TEMPO E ORADOR DA PROXIMA CONVENÇÃO: Florentino Ferreira, relator, Paulo Alyes da Silva e Salvador Farina Filho.

ASSlJlIPTOS ESPEClAES: Thoodoro R. Teixeira, relator, Antonio Ernesto da Silva e Delcio Gosta.

EXAME DE CONTAS: Isn;18il Gonçalves, relator, Americo Sen~a {) H. A. Gomes Leal. .

RENOVAÇÃO DAS JUNTAS: S. L. Watson, relator, Antonio Mesquita, Paul O. Porter, F F Soren e L. M. Reno.

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AcT.AlS E PARECERES 21

JUNTA DE BENEFICENCIA, RIO: S. L. watSon,Joaquim Rosa,-Ma­noel Avelino de Souza, F. F. Soren, Salvªdor Farina Filho, Antonio Mesquita, Victoríno·Moreira, S. A. 'de Souza, O. P~ Maddox.

Rio, 12-1-1928. ~ Commissão:

O. P. Maddox, relator. F. F. Soren. M. G. White. A. N. Mesquita. A. Ernesto.

Parecer da commissão de Historia e Estatistica

RECOMMENDAÇõES:

1 Que o anno convencional, para fins de Estatística e Historia, comprehenda de Outubro a Setembro do anno seguinte, e não de Ja­neiro a Dezembro, emquanto a Convenção se reunir em Janeiro.

2. Que as formulas de relatorio usadas este anno, sejam adopta­das -em todos os campos do Brasil, e que sejam redigidas de aecordo com as exigencias do governo da Republica Brasileira.

3. Que as despezas do Historiador Estadual c,orram por conta da J unta do respectivo campo.

4. Que a organização da Commissão continue como está, com tres membros da Junta de E. D. M., eleitos pela mesma Junta e u.m mem­bro de cada campo, eleito pela Junta respectiva.

5. Que qualquer vaga na Commissão seja preenchida :pelas Jun­tas respectivas.

Pela Commissão: RQsalee Appleby.

A's 13,30 do dia 12 dê Janeiro de 1928, dil'igiu o culto devocio­n~ o irmão Erodice Queiroz. Cantou-.se o hymno 135; o irmão Or­lando Alves fez oraçãô' e {) dirigente leu o Psalmo 139. A acta ante­rior foi lida e approvada. O irmão Watson apresentou o parecer de renovação' das Juntas, que foi approvado e se acha appenso a esta acta. O mesmo orador fez o historico dos trabalhos. em prol do Con­gresso Baptista Latino-Americano, que deve realizar-se no Rio, em 1930. Aecentúa o inform1llIlte que baptistas eminent.es de diversos pai­zes já adherir.am ao m1ovimento, mas ainda se faz mister muita :propa­garida, afim de se alcançar rxito completo. Seguindo ainda com a pala­vra, o Dr. Watson ap/l'esent.a o relatorio da Junta de Escolas Dominicaes e Mocidade, o qual vae na secção final. O Dr. Entzminger apr..esenta o relawrio d~ Secção de Livros e fala sobre Q valor da pagina impres­sa . Salientou, com a maestria que lhe é propria, o inestimavel va­lor da imprensa, que, infellzmente, tem servido de instrumento de destruição nas ~ãos,satanicas; cumprindo-nos, por isso, proporcio­nar ao povo literatura sã e eonstructiva e levá-lo a adquirir o habito salutar da leitura. F·ala, em seguida, {) irmão Theodoro R. Teixeira

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22

sobr.e "O Jornal Baptist.a" o orgão da Convenção. Em synthese nota­veI, salienta o seu valor e concita os ouvintes a darem-lhe entrada franca e acolhedorá nos lares dos crentes e dos amigos da Causa. Ter­mina as suas considerações co.m a leitura de um bem lançado artigo da lavra do irmão Munguba Subrinho. O irmão Carlos Vieira, em primoroso e opportuno discurso, discorre so.bre o desenvolvimento da Causa levado a effeito pelos diversos periodicos, os quaes não estan­do ainda ã altura das nossas necessidades, são, c o.mt.udo, já relevante realização. O Dr\Vatson fala sobre a razão de ser da C~sa Publi­cadora Baptista. Salienta o Director da referida Casa que seria in­calculavel a perda de tal instituição. Todos os seus diversos depar­tamentos são indispensayeis. O plano que t.em posto. em pratica, como dirigent.e della, é deixar que os seus auxiliares appareçam e cada um assuma a responsabilidade do que lhe está affecto. Vem após o Dr Stover que apresenta o assumpto da União da Mocidade Baptis­ta (U .~LB.) Lamenta o ter decrescido o numero. de pessoas que re­ceberam diploma e seIlos do curso normal. Appella então para os obreiros, afim de que se esforcem para incentivarem o preparo de professores da E. Dominical, pois, essa o.bra depende, em especial, delles e é de vital importancia para a Causa. Apresentou a Escola Po­pular Baptista o seu director, SI' \V \V Enete. Espera realizar este anno 20 escolas por todo o Brasil, para que se não perca a opportuni­dade g-lo.riosa de levar muitas crianças á graça de Christo. O irmão Ricardo Pitrowsky apresenta o parecer sobre a Junta de E. Domini­ca-es e Mocidade, o qual,' depois de discutido, ponlo por ponto, foi ap­provado e,'vae appenso. Por estar adiantada a hora, foram suspensos os trabalhos até ás 19 horas.

Manoel Avelino de So:uza, presidente.

AchiUes Barbosa, 10 secretario.

Parecer da Commissão de Renovação das Juntas

Jc~TA DE BENEFICENCIA, RIO DE JANEIRO. S. L. Watson, Joaquim Rosa, Afanoel Avelino de Souza, F F Soren, Salvador Fa­ri na Filho, Antonio ~lesquita, Vict.orino Moreira, S. A. de Souza e O. P. Maadox.

JlJl\TA DE 'HSSõES I'\ACIO~AES, RIO DE JANEIRO. Por 3 annos: JO'ié flp Miranda pjnto, Antonio Ernesto da Silva, Leohino da R(JCha GuimarEes, fi'. J. Inke, e J Souza Marques. Por 3 onn{)$: E. A. lngram. S. A. de Souza. Almir S. GCllçaJyeS, E. A. Jackson e .Juvenil ne 'fell0. Por t ~nrw: Munguba SObrinhfl, L. M. Bratcher, F F Sorrn, Manoel Avelino de Souza e Ismail GJnçalves.

JU~TA DE :\fISSõES ESTRANGEIRAS, BÁHIA. Por 3 annos: Chrispiniano Dario, L. L. Johnson, Severo Miguez Pazo, Casimiro G. de Oliveira e José Gresenberg. Por 2 romos: J. C. Bice, H. E. Cockell, José Aureliano Alves, João Maia e ManDeI Ignacio Sampaio. POT 1 anno: José Menezes, M. G. White, Theodoro R. Teixeira, L. M. Reno e Thomaz L. -da Costa.

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Aé'l'AS E PARECERES 23

""" JUNTA DE··E.D. E MOCIDADE, RIO DE JANEIRO. Por 3 ann08: A. B. Deter, A. B. Langston, A .. OhrisUe, M. G. \White -e W. O. Taylor. Por 2 annos: Emilio W Kerr, Paulo C. Porter, H. H .. Muir­head, Ricardo Pitrowsky e "1 C. Harrison. Por 1 anno: O. P. Maddox, J .. J Cowsert, F F Soren, R. B. Stanton e Leobino da Ro­cha Guimarães.

JUNTA DO COLLEGIO E SEMINARIO BAPTISTA DO RIO. Por 3 annas; F. F. Soren, W E. Entzminger, Paulo C. Porter, A. B. OhrisUe e H. E. Cockell. Por 2 annos: W B. Bagby, Theodoro R. Teixeira, F·ernando Drummond, A. B. Deter e E. A. Jackson. Por 1 anno: J. R. Allen, L. M. Reno, ,O. P _ Maddox, W B. Sherwood e W W. Enete.

JUNTA DO COLLEGIO BAPTISTA BRASILEIRO DE S. PAULO. P.ar 3 ann08: A. B. Deter, Antonio Ernesto da Silva e O. p, Maddox. Por 2 'annas: T. B. Stover. Paulo C. Porter e Decio Parada. Por 1 rmnn; O. T Piel':-;, T. C. Bagbv e R. B. Stanton.

JUNTA DE EDUCAÇÃO. 'p"'-or 3 annos: A. B. Langston, W H. Berry, R. B. Stan'ton, Carlos Barboza f' S. L. Watson. Por 2 annos: F F. Saren, H. H. MUirhead, L. L. Johnson, L. M. Reno e Alber­to PortelIa . Por 1 anno: J. W Shepard, WC. Taylor, E. A. Ingram, M. G. Whit.e e A. L. Dunstan.

Je~T:\ DO OOLLEGIO E SE:\IIX;\HIO DO RECIFE. Por 3 anrws: \V C. Taylor, John Mein e Paulo L. crIsta. PO.r 2 annos: L. L . .Tolmson, H. A. Zimmermann p Octa\'io Lima. Por 1 anno: A. L. Hayes, Miss Fuller e Augusto Santiago.

Parecer da Com missão sobre a Junta de Escolas Dominicaes e Mocidade

A Commissão, depois de estudar devidamente o relatorio desta Junta, vem fazer á Convenc,ão as segu infes recommenda­ções:

ia. Quo exprimamos a no:-;sn .;;;afü-;fação pelO interesse que por toda a parte se está notando pela Convenção Baptista Latino­Americana a realizar-se neste templo em 1930, e que seja votada uma moção de gratidão á Commissão de,ta Junta que está promo­vendo esta obra e a todos os demais que têm patenteado o seu in­teresse e dado apoio a este emprehendimenlo.

2ft• Que approyemos a:-; sugg-estões desta Junt.a para a creação

de um fundo para a distribuição gratuit.a de literatura evange­lica, cujas fontes de renda serão as seguintes: a) Dois por cento da receita bruta desta Junta; h) Offertas "01 untarias das igrejas, levantadas por meio de col­

lootas, ou por uma quota mensal incluida nos seus orça­mentos;

c) Contribuições ou legados de pessôas interessadas no assumpto. 3n. Que a. .Tunta proyidencie um meio que promova uma pro­

paganda mais intensa e systt'matica em todos os campos do país, quanto á distribuição ou venda da literatura em geral da Casa Publicadora, visto haver em stock na casa 19.9~7.168 exemplares de livros e folhetos, no valor de 223 :000$000 .

. ,.,. QUfI o po"o - individuo:" e igrejas - em todos os cam­pos, tome mais cuidado em satisfazer os seus compromissos para com a Casa.

58 Que registremos uma apréciação (' reconhecimento ao veterano -irmão dr. W E. Enizminger pelo seu valioso trabalho no seu Departamento de Livros.

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24 CONVENÇÃO BAPTISTA BRASILEIRA

6". Que continuemos a apoiar O JOrtlal Baptista, procurandQ. fazer propaganda delle e auxiliando-o para que cada vez mais se torne um factor efficaz na causa do Senhor.

7- Que a Junta de Escolas Dominicaes e Mocidade considere se vale a pena continuar a publicação do Mensario Dominical Ba­ptista, vi5t.o ter apenas uma tiragem de 500 exemplares e sempre apr~entar deficit. A commissão julga que, caso. fosse desconti­nuado, os Pontos" Salientes poderiam preencher a lacuna em grande parte.

S-. Que registremos um reconhecimento á Sra. D. Rosalina Appleby, directora do Depart.amento de Esta~istica e Historia, pelo bom trabalho que está fazendo. Não recommendamos aqui mais coisa alguma por já ter sido tratado este assumpto hoje de manhã.

Rio de Janeiro, 12 de janeiro de f928. R. PitrowskV, relator. M. G. ll'hite. Abrahão de Oliveira.

A':.; 19.30 do mesmo dia empolgou o audilorio ti irmão Yictorino ~Ioreira com advertencia~ t iradas do capitulo quat.orze de Juão. Foi seu t11ema: "Ag obras - credenciaes da fl'" Leu-~e e foi approvada a acta anterior com uma emenda na parte que H ' refere ao parecer de Escolas Dominicaes e ~Iocidade, que não foi approvado na tutalidade, a sim ficou a questão (ro Jornal Baptista para discussão posterior. O irmão Antonio Erne:-:to apresentou á Con\"encão os irmãos Farina e Damiani, como novos oLreil'u!"Õ que se cunsagram á Causa. O il"mão L. ~I" Bratcher falou sobre missó(':, nacionacs. Âpresentou as op­portunidades que se nos deparam entre os indius e lembrou a grandl' I!cce:"'~idade fie cuidarmo:". com urgencia, do trabalho enlrl' os immi­granles. O irmão ~lanoel Avelino fala da "Significação de ~lissõe:,

Nacionaes'", O seu discurso foi elucidativo e precisu, cheio de incell­tivos. Recordou que o irmão Salomão L. Ginsburg foi denouado cam­peão desse movimento. Por elle foi enconh'ado o irmão missionario Manoel Gomes dos Santos, que v~w conquislando terreno, palmo a palmo, enlre us de~prezados indigenas. A questão de Missões Na­cionaes é de maxima importancia, porquanto não se estende só aos in­ãios, mas a todos os brasileiros que estão na perdicão, em especial uquelles que vêm de outras partes do mundo. Após um hymno inspi­rador, ouviram-se palavras tocanles do irmão Antonio Erneslo sobre (J

mesmo assumpto. O irmão Soren apresentou o parecer de nomeação da Junta de Benefieencia. Ficou assim constituida: S. L. Watson, Joaquim Rosa, Manoel Avelino, F F Soren, Salvador Farina Filho, A. Mesquita, Yiclorino Moreira, Sebastião A. de Souza e O. p. Mad­dox. Foi apresentado o parecer de missões nacionaes, o qual foi ac­cei to para ser discutido ponto por ponto. Depois de largamente dis­cutidos, foram todos acceitos na integra, com excepçAo do primeiro, que foi ligeiramente modificado. Este parecer vae appenso. Foi apre-

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AcTAS E PARECERES 25 sentado. á . assembléa o illustre irmão .Dr· João Henrique, advogado e ex-padre' da igreja rom'ana. SegUlidQ . a apresentação do irmão Antô,;. llio Ernesto, eBe deixou vantagens materiaes para ser perseguido com o povo de Deus. O referido irmão falou da sua profunda convicção e firme esperança de aJcançar, pela cruz sangrenta de Jesus, Senhor nosso, a gloria dos céus, inaccessivel para os grandes do mundo. A1>óS um hymno pelo cÔro da Igreja do Engenho de Dentro, suspenderam­se os trabalhos.

Presidente, Manoel Avelino de Souza. 10 Secretario, AchiUes Barbosa.

Parecer sobre Missões Naclonaes SI'. presidente: Constituídos em commissão para organizar o pa­

recer sobre Missões Nacionaes, procurámos immediatamente estudar o assumpto com todo o carinho e a grande sympathia, que o mesmo nos merece, desejosos de apresentar algumas recommendacões uteis a esta magna assembléa, capazes de bem orienta-la no seu pr~muncia­mento sobre tão importante quão gloriosa phase de trabalho desta Convenção.

Depois de cuidadoso exame ,do relatorio da Junta competente, so­bre as realizações do anno preteri to, accordámos em submetter á es­clarecida e criteriosa apreciação dos S1'S· mensageiros o parec-er que passo a ler:

.i. Considerando que o trabalho ha alguns annos iniciado no vas­to campo do .Amazonas está reclamando maiores actividades, conforme se conclue do relatorio da Junta, e sei entes de que um moeo do Seminario de Recife acaba de offerecer-se para cooperar nesta obra, recommendamos: a) que a Con...-encão Baptista Brasileira continue com o tra­

balho que vem mantendo no Amazonas; b) que a Junta de Missões Nacionaes se interesse a contratar

mais esse obreiro que se offerece afim de desenvolv~r maior actividade nesse campo.

A l'ecommendacão desta alinea é autorizada pelas informa­ÇÕI'S fidedignas do candidato em questão tanto sobre a sua idoneidade como {'apacidade para o serviço.

2. Que o trabalho em Goyaz continue a merecer particular at­tenção da Junta de Missões Nacionaes, que manterá sua actual organização.

3. Em relacão ao trabalho entre os immigrant.es recommenda­mos: a) que a Junta continue no esforco que vem desenvolvendo

no sentido de inicia-lo, no mais breve espaco de tempo possivel;

b) que a Junta das Missões Nacionaes procure estabelecer r~·­lacões fraternaes com os baptistas e igrejas baptistas de outras nacionalidades no Brasil, como os bartistas lettos, e allemães, afim de incorpora-los á C. B. B.

4. Que o "Dia de Missões Nacionaes" seja observado festiva ou solemnemente em nossas igrejas, levantando-se collectas eB­pecfaes, destinadas á evangelização dos nossos selvicolas.

5. AUendendo a que as igrejas de todos os campos se têm mani­festado liberalmente em favor desta causa, como comprovam a boa vontade e sympathia com que receberam o augmento volado em S. Paulo, dado o seu interesse pela evangelização'

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26 CONVENÇÃO BAPTISTA BRASILEIRA

dos verdadeiros brasileiros ~ attendendo ainda a que o grande avanço desta obra estará na razão directa dos recursos que lhe consagrar a denominaçãe, recommendamos que o orçamento de Missões Nacionaes para '1928 seja fixado em 40 :000$ (qua­renta contos de réis).

6. Finalmente que seja consignado em acta um voto de aprecia­ção aos bons trabalhos prestados pelo D. D. Secretario-Cor­respondente da Junta de MissQes Nacionaes, o dedicado irmão dr. L. 1\1. Bratcher. Sala das Com missões, 12 de janeiro de 1928.

J. Souza Marques, relator. S. A. de Souza. Djalrna Cunha.

ACTA sa A's 9.15 do dia 13 tiveram inicio os trabalhos da 5" sessão desta

Convenção, com o culto devocional dirigido pelo irmão Carlos Kraul. F'oi cantado o hymno 154 do Cantor; foram lidos os versiculos 24 a 27 do capitulo 7 de Mat-heus, sendo depois apresentados, pelo irmão di­rector do culto, sabios conselhos, tomando 'por base o assumpto se­guinte: "Dois fundamentos" Mostrou então as vantagens e desvan­tagens desses fundamentos, sendo encerrado o exercicio espirit.ual com duas supplicas ao nosso Deus e um hymno. Em seguida o irmão An­tonio Ernesto, 10 vice-presidente, por não estar presente o irmão pre­sidente, declarou aberta a ~. sessão, havendo tomado assento na mesa o 20 secretario, no impedimento do 1 P dito. Lida a aCLa da sessão an­terior, foi elIa approvada com a seguinte emenda: onde se lê, na parte que trata do relatorio das Juntas de Escolas Dominicaes e Mo .. cidade, "ficou a questão d'O Jornal Baptista para diseussão ulterior", leia-se: "ficando acceito o parecer respectivo até onde se trata d'O Jornal Baptista"; e, como tenha ficado na acta ant.erior este ponto para discussão, o irmão presidente franqueou a palavra, depois de lido o 60 item, usandü da mesma o irmão Inke, que mostrou as vanta­gens de serem conservadas as gravuras nas paginas d'O Jornal Baptis­ta. Com a palavra, o irmão M. G. White demonstrou a grande neces--~sidade de ser lido por todos os baptistas o Jornal Baptista; depois pe­diram a palavra va~ios outros irmãos, manifestando-se todos favora­velmente ao nosso jornal de publicidade. Encerrada a discussão c posto o assumpto á votação, foi, por unanimidade, acceito o referido 60 item, como está redigido. Passou-se ao 7°; foi apresentado pelo irmão PC. Portel' o substitutivo sf.>guint.c: ".que fi Conyenção recom­mende á Junta para continuar cOPl a publicação do Mensario Domini­cal Baptista, o qual, depois de grande discussão, foi aeceito por una­nimidade de votos. O ultimo item (80

), foi acceitü sem debate. . -

o irmão presidente consulta a assembléa se deveriamos ouvir, antes de outro assumpto, Miss Strout, visto se fazer assim necessa­rio. Foi então proposto e approvado que se lhe concedessem os 10 minutos. Com a palavra, Miss Strout, servindo o irmão Soran de in~

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ACTAS E PARECERES 27 terprete, proferiu um beBo discurso, tendo como thema "Temperan­ça n. Mostrou então os males que-produzem no christão .os -_ vicios -do alcpol, do fumo e outros; aconselhou que todo o p~vo de Deus aband<l­nasse semelhantes vicios e que se alistasse na Liga Pró-Temperança. Foi uma verdadeira peca ora to ria .. a. dissertação de Miss Str.Out, c muito perdeu aquelle que não assistiu a tã.O abnegada senhora falar Logo em seguida foi c.Oncedida a palavra a.O irmão sec.retario corres­pondente da Junta de Educação, para as devida-s considerações. O mesmo apreseptou desculpas por não ter podido apr~sentar .O seu re­latorio, visto não s6 a falta de tempo, como porque o seu estado phy­sico não permittira elabora-lo. Em seguida o irmão A. B. Langston deu· 'O relatorio do Collegio e Seminario do Rio, o qual, posto em vo­tação pelo irmãQ presidente, foi unanimemente acceito. Então a Com­missão de Parecer, nomeada pela Convenção, pelo seu respectivo rela­tor, deu 'O parecer sobre .O- Collegio e Seminario do Rio, que foi aooeito com a condição de serem discutidos os seus itens separadamente, os quaes, postos em discussão, foram acceitos na sua integra. O dito parecer vae junto. Por proposta do irmão M. G. White, foi acceito o relatorio da Junta de Escolas Dominicaes e Mocidade Baptista, á excepção da parte financeira. O irmão Antonio Mesquita apresentou o l'elatorio do Collegio e Seminario de Recife, em lugar do irmão H. H. Muirhead, o qual, depois de bem elucidado -pelo referido irmão, foi é!.coeit.O. Deu então o irmão presidente êl palavra ao relator d{) pare­cer sobre o mesmo Collegio e Seminario, o qual foi, depois de lidos sem haver discussão e englobadamenLe todos os itens precedidos de proposta, apoiado e acceito por todos os convencionaes. Chamado o irmão E. A. Ingram 'para dar o seu relatori.O sobre o Collegio Baptista Brasileiro -de S. Paulo, foi .O mesmo, por proposta feita e apOiada, ac­ceito: Solicitado pelo irmã.O presidente Q relator da Cúmmissão do Collegio Baptista Bras.ileiro de S. Paulo para dar o respectivo pare­cer, declarou o mesmo relator não estar prompto o relatorio, pelo que pedia -fosse o tempo transferido para a sessão da noite, o que foi con­cedido. Deu então o irmã.O presidente a palavra ao irmão A. B. De­ter para discursar sobre o assumpto constante do programma: "A in­fluencia baptista no c{)mbate ao anulphabetismo", com que nos incen­tivou a fazermos desapparecer do nosso meio o analphabetismo. Foi pena, pelo adiantado da. hora, não lermos ouvido todo o disc,urso deste abencoado servo do Senhor. Com a palavra, o irmão F F Soren de­u lara que a Commissão d,e Indicações foi forçada a fazer uma modi­ticaCão nos nomes dos membros da Junta do Collegio Baptista Brasi­leiro de S -. Paulo, retirando algun!:' por nã.O poderem fazer parte, uma vez que ncam incompatíveis por já -exercerem outros cargos, apre­sentando nova lista de nomes para compõrem aquella Junta, que são: por 1 anno O. E. T Piül's, T C. Bagby, R. B. Stanton; por 2 annos, T B. St_o~-er, P. C. PUI'Il'l' e Dl\ Decio Parada, e por 3 annos A. Er­nesto, A. B. Deter e O. p. Maddox; foi aooeita esta indicação. Lido (l programma para a sessão d~ noite, foi approvado com a !uppressão

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28 CONVENCÃO BAPTISTA BRASlLEIRA

do. discurso pelo irmão John Mein, 'por não 'haver comparecido áCon­Yencão~

A's 12 horas fOI encerrada a sessão com ocantico de um hymno e oração pelo irmão Sebastião A.' de Souza. . ,

O 2° Secretario, José 4ureli4noAlves~

Parecer da CoDJlllissão sobre O Collegio e Seminario Baptista do Rio de Janeiro

Considerando o trabalho que "em prestando o CollegioeSe­minario do Rio de Janeiro ás igrejas DO"preparo do seu ministe­rio em'agisterio,e á causa na disseminação, pelo ensino, dos principios salutares do Evangelho, esta' commissão, depois de oral' e pensar, recommendã o seguinte: . f. Que as relações entre as igrejas e o CoUegio e Seminario se

estreitem mais, em fervorosas. oracões ·pelos .que estão ensi­naIldo e aprendendo e pelo trabalho que a instituição vem fa­zendo.

2. Que as igrejas orem sinceramente pela chamada de moços ao ministerio e magisterioe que, depois de os provarem, os en­'\iem ao Collegio 6' Seminario, com a devida garantia do seu sustento.

3. Que o Seminario introduza no seu programma de ensino a musica como materia obrigatoria.

4. <Jue se despert.e. n~s igrejas um interesse maior pela Escola deVerão como factor importante no preparo dos seus obrei­ros; e

5. Que as igrejas .cooperem com o Collegio e Seminario no com­pletar o edificio da Escola Normal, eujas obras estão paradas ba já bastante tempo.

A Commissão: L. M. Bratcher. R. I. lnke. Leobino Gttinwrães.

Parecer da Commissão sobre o CoDegio e Seminario B. do Recife

A vossa Commissão, após' estudar as condições do educanda­rio no Recife e vérifJcar o trabalho que está prestando á deno­minação, resolve recommendar o seguinte: f Que seja dado um voto. de louvor ao seu presidente, por haveI'

conseguido um corpo docente composto na sua quasi totali­dade de crentes baptistas, e que este ideal seja mantido;

2. Que se continue a manter a atmosphera evangelistica que actualmente domina a instítuio~o.

3. Que seja mantida a actual organização dos cursos,v~sto ter provado ser de resultados efficientes' no desenvolvimento dos alumnos e da instituição; .

4. Que se peca ás igrejas manter mais intercessão a Deus para que maior numerada jovens seja chamado ao santo ministe­rio e que elIas exerçam séria vigilancia para que não' sejam recommendadas pessôas sem o chama.iia divino.

A Gommissão: A. N. MeBquita. F. W Taylor." J. R. Allen.

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ACTAS E PARECERES 29

ACTA 6a

Acta da6a - sessão da 17& . Reunião Annual da Oonvenção Baptis~' i a Brasileira, realizada na dia '13 ás 19 horas e 15 minuto3. 'Inicia­r~fJl-se os trabalhos com um 'culto de louvór sob a dirooçã~ do irmão Iti(!ardo Pitrowsky'o qual após a leitur-a da Palavra de Deus eha­mou a ~ttençã~ para o facto de qúe -Deus manda os missionariQs a prégarem o Seu Evangelho. Depois de haver o irmão president.e de­r.l~radoaberta a sessão, -foi lida ,a acta da sessão anterior que foi ap­provada, após ligeiras eorrigendas.· Teve então a Gonvenção a gra­ta e immensa satisfação de ouvir os .b~nos e importantes numeros executados p,ela Escola·' Popular Baptista, sob a direcção do iMIlão W W Enete. Depois de um trech-o musica.1 executado por úm grupo de irmãos da Igreja Baptista de Engenho de Dentro, f'Üi dada a palavra ào irmão Thomaz L. da Gosta, secretario da Junta de M.Estranjei­afim de apresentar o relatorio do ·trabalho da Junta em Portugal. Este irmão depois de fazer largos commentarios a respeito, frisou bem o "defieit"que o citado relatorio accusa na imporLancia de 12 :135$740, fazendo suggestivo appello para que incentivemos as contribuições para tãó imp'ortanw- emprehendimenw, declarando depois que 5e sen­tia satisfeito por que a· despeito de difficuld&deso trabalho em Por­tugal está sendo grandement.e abençoado; em seguida pediu as sym­patbias de todas as igrejas para cor.J esta grande obra do Senh'Ür. Pediu logo após a palavra Q_ Íl'mão Achilles Barbosa, para .dizer algo sobre a parte que diz. respeito á sua pessôa, sendo em synthese, mais ou menos o seguinte: "Reconhece o irmão Achilles que o relatario oaoousa, a .elIe e a sua esposa, D. Djanira S. Barbosa, de falta de caracter e incompetenci'a para o trabalho. Da primeira não se defen­de, porquanto são a resposta o seu passado e presente, no Brasil. :\Ienos é uecessario faze-lo quanto á sua esposa, 9ue é mais -conhe­cida no meio -evangelico, onde foi criada e educada, sempre distin­g'uida com a amizade dos seus mestres e collegas. Quanto ao dize­,'em que é incapaz. confessa que sentiu a necessidade imprescindivel de um patricia, que o apoiassp e com elIe cooperasse. Solicitou-o da Junta. Não sendo attendi-d'Ü, veiu ao Brasil explicar a razão da sua aLtitude. Depois de ·{)uvidas aecusações e defesa, foi julgado obreiro il igno e 'assim . recommendado á denomiriação, que () acolheu" . Em: ·''seguida foi fl'anque'ada a palavra' ao irmã'Ü relatpr do ~arecer da mesma Junta, sendo feita proposta e apoiada para discussão do lllesm'o. Sendo lidos todos 'Os pontos, postos em votação depois de 111'0postos e apoiados, foram acccitos na sua integra. Foi proposto iHD vot-C! de louvor. ao irmão T L. Costa; secretario correspondente rIa :runta de M. ,Estrangeiras,' sendo aeceito por unanimidade. Pelo adiantado' da. hora' .e havendo no programma dois discursos ·a serem prOferidos, foi proposto e apoiado que' se.' ouvisse pelos menos o dis­curso do irmão PQl'tuguez, Paulo' I. Torres; ante o exposto o irmão

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30 CONVENC40. BAPTISTA BRASILE}1RA

presidente deu a palav.ra a.o irmão em apreço que começou o seu discurso agradecendo as grandes manifestações de am·or pelos irmãos brasileiros aos seus patricios, que . acabara de apreciar durante a discussão do parecer da Junta de M. Estrangeiras, depois fez consi­derações varias sobre o cafh'Olicismo cuItuado pelo portuguez, e ter­minou o seu discurso fazendo um grande appello pela intensificação do trabalh'O nas terras Lusitanas, esperando para a continuação des­te abenç'Oado t.rabalho a cooperação sincera e leal de seus irmãos brasileiros. Antes porém, foi ca·ntado um hymno pelo côro da Igreja Baptist.a de Xictheroy Foi pr'Opost'O e apoiad'O que a Junta de Bene­fi.cericia apresente, na proxima sessão, o orçamento para 'O anno de 1928. Proposta para que seja .ou\'ido amanhã o discurso d'O irmão Sebastião.A. de S'Ouza. LIdo 'O pr'Ogramma para a manhã do dia 14 f'Oi acceito. Encerraram-se os trabalhos deste dia com um hymno can­tado pelo côro da Igreja Baptista da Tijuca, e 'Oração pelo irmão F F Soren.

.José Aurel.iano A.lves, <)u secretario.

Parecer de Missões Estrangeiras

Em primeiro lagar, devemos render graças a Deus pelas vicLorias alcançadas durante 'O anno find'O, em nossas igrejas e nas terras de P'Ortugal. Bemdigam'Os o Seu. Santo Nome por nos ter abençoado tão mara,,~ilhosamente e 'pelas 54 almas que ali se conyerteram em 1927.

Por outro lado, verifica-se com tristeza, do relataria do thesou­reiro em nossas mãos, que, ao fechar-se o caixa no fim do anno, exis­tia um "deficiL" de 10 :573$040.

Considerando que a Junta de :\lissões Estrangeiras se está es­forçando na medida de suas forças para bem se desempenhar da mis­são que lhe foi -confiada por esta Convenção;

Considerando que é necessario. incentivar em nossas igrejas o es­pírito missionario e levar por diante o trabalho iniciado em Portugal;

Considerando que é dever das igrejas baptistas do Brasil. contri­buir liberalniente -e com alegria para uma causa tão glorlOsa em obediencia ao Salvador;

Considerando as necessidades mais urgentes do nosso Campo ~a­quella nação e as possibilidades de nossas igrejas, a vossa commlS­são vem respeitosamente suhmef.tcl' á apreciação desta magna assem­bléa os segu intes itens:

1° - Que seja continuádo e amparado c'Om a mais viva sympa­thia o nosso trabalho em terras lusitanas.

2° - Que as igreja:; continuem a observar como até aqui. o "Dia das Missões Estrangeiras": 1° Domin{J() de Setembro, aproveItando-o para despertar e informar CJ povo de Deu:; das necessidades reaes do nosso Campo Missionaria, levantando-se nessa occasiã'O collectas extraordinarias e de yerdadeiro sacrifício, a favor da sacrosanta obra de Missões. . •

aO-Que a Junta seja autol'izada a eleger o máis depressa po~­sível um novo missÍonarío que HC sinta chamado por Deus para <h­dirigir o Seminario Baptista PortuguêS, que em 23 de outubro p. pas­sadó foi reorganizado .e installado em um predío proprío.

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ACTAS E PARECERES 31

. '4° - Que seja agoptado por esta '"convenção e suggerido ás, igre­Jas o. orçamento mlDlmo de 60 ;000$000 (sessenta contos de réi'8) para o anno -de 1928. .-

5° - Que .os encarregados nos variós campos da Denominação, de r-eceber os fundos para as Missões Estrangeiras; os aenviem men­salmente ~o Sec.-Thesoureiro ~~ respectiya Junta, para que possam SeT remet.tIdos a tempo, os auxIlIas de cooperação e os honorarios dos f~eis e esforçados obreir0'8 que esta Convenção, pelas igrejas do Bra­SIl, sustentª no velho Portugal.

.6° - Que a Junta fique autorizada a abrir um credito até 15 :0,00$000 (quinze contos' de ~éis) para em caso de necessidade, fi­car apparelhada ~ satisfazer os compromissos mensaes, contrahidos com o trabalho geral do Campo Português. .

7° - Que a Convenção recommende ás Igrejas por todo o nrasil o Irmão Paulo Irvin Torres, pastor da Primeira Igreja de Lisbôa; e que a Junta fique autorizada a combinar oQom os lideres dos varias campos brasileiros, o meio mais viavel pelo qual será permittido áquelle irmão percorr.er em missão de propaganda as igrejas mais centraes, tendo em vista despertar interesse e angariar fundos para as' missões, falar da necessidade que ha de erigir-se em Lisbôa um templo .que honre os baptistas e que engrandeça o nome do Senhor

(A) - Todas as offertas que o irmão pastor Torres recolher por onde quer que fôr em serviço das missões, deverão passar pelas mãos do Secretario-Thesoureiro da Junta de Missões Estrangeiras da Cçmvenção Baptista Brasjleira, que as incluirá no relataria por ene pu·blicado, mensalmente, no "O Jornal Baptista", orgam official da C. B. Brasileira, no "Correio Dou trinal" e nos jornaes estaduaes quo o queiram publicar

A Commissão Francisco Nasc~nto. Aureliano ALves. O. P. Maddox.

A's 8,30 horas do dia 14 de Janeiro de 1928, iniciaram-se os trabalhos convencionaes pelo culto devocional dirigido pelo irmão 'Flo­rentino Ferreira. Leu eIle a passagem: II Cor- 5: 11-21 e:sooordi­nou as suas considerações ao seguinte .thema: "A dedicação incondi­cional do crente a Christo imposta pela lei do Amor" Cantou-se o hymno 354 e encerrou-se o exerciGio espil'itual por uma oração, que elevou ao t.hrono da graça -o irmão Souza Marques. Leu o secreta­rio a acta anterior, que foi approvada com as duas emendas seguin­tes: Que se mencione que a E. Popular, cuja demonstração se pre­senciou, t-8\'·e lugar com a igreja em São Chl'istovão, desta cidade; que sejam archivadas as palavras do irmão Achilles Barbosa em explica­~ão á parte no que lhe diz l'espeito, no relatorio do Spc. Cor. de Mis­SOf!!'i 'Estrangeiras. O irmão Vi'Ct.ol'ino Moreira aprespntou o parecer do Coll('giu Baptista Brasileiro de São Paulo. Foi o mesmo approvado para ser discutido .ponto por ponto. Ap6s larga discussão foram ac­Ct\itos o 1°. e '1" itens do referido párecer, sendo os demais conside­rados assumptos atinentes á Junta e não á Gonvenç.ão. Este parecer vae appenso. Vem -em seguida o parecer de assumptos e.speciaes. Re-

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32 CONVENCÃO BAPTISTA BRASILEIRA

lata-o o irmão Theodpro R ..reixeira. Cada ,ponto, em separado, me­rece discussão, 'O que se faz por proposta una~imeapprovada. Dis­cutindo o primeiro, exulta em extremo o pastor Florentino Ferreira por ver attenaido o pedido dos mineiros, isto é, que se não introdu­zam nas revistas da Escola Dominical os pseudos santos aa igreja romana, pratica esta. Iloch-a' e fertil em escandalos sem óonta. Outros irmãos falaram para refórçar a opportuna recomniendação. ,Este iten, o 2°. e o 3°. do. parecer foram accêitos, send{) que este ultimo 80f­

frau., ligeira modificação. Ao invés do" saldo do dinheiro destinado á lápi'de" do' miss ionario Z. C. Taylor ser revertido para ,a lápide a ser construida no tumulo' do missionario Salomão L. Ginsburg, fique pQ.ra a Junta de' Beneficencia'. Os irmãos Antonio Ernesto eM. G. White

, ,,'Ütaram contra o substitutiYo. Foram adopt.ados o 1° ',e 48• itens'.

Sobre a questão do escoleirismo, na igreja, alguns irmãos 'Se manifes-! tam contra, aHegando que a instituição viola a guarda do domingo e

é um trabalho estranho ás jWtividades' das igrejas. ,Os irmãos Anto­nio Ernesto da Silva e Manoel Avelino de Souza são de opinião que seria conveniente que as igrejas patrooinassem o' escoteirism07 por­quanto é christãoo seu escopo e' por' tal meio alguns poderiam ser ganhos par& a Causa. O irmão Paulo Silva propõe o encerramento da discussão.. Submettida a Ilroposta á votação, foi o ref-erido ponto re­jei1adopor màioria de votos. Coneede-se a palavra ao capitão Hen­rique 'GonçaIYes para tratar de assumpio especial, a saber, 'Ocaso da la. Igreja "de S. Paulo,-que tem um pastor-que, segundo uma no­ticia transcripta de outro jornal no "O Jornal Baptista"7 não coopera com esta Convenção. Solicita-se ao irmão Antonio Ernesto que dê á assembléa explicações sobre a ques·tão. Eselareceentão elIe que a referida igreja agiu livre e espo~taneamente, que o Campo e· a Jun­ta Executiva não tiveram interfereneia algwna no -caS{). Diz mais que, havendo assignado às bases de cooperaçãó, a ~ua palavraoon­linua firme, mas nem p0I:'. _ isso poderia influir nas igrejas. Int-erroga o irmão Sebastião A .de Souza se o irmão A. O. Bernardo não faz

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tambem parte do Lyceude S. Paul'O, O irmão Paulo Silv·a recrimi-na a assembléa PW levantar uma questão f6ra da sua-o--co'mpetencia e, em .cerlo sentido, violadora da autonomia das igrejas. O irmãoTC. Bagby, numa aI. titude conciliadora, aconselha que não d,evemos j ul­gar os outros, pois que todos nós temos as n{)ssas fraquezas. E com isso, pOz-se termo ao debate suscitaçlo pelo irmão Gap. Henrique Gonçalves. ResOlveu-se prorogaro tempo até finalizar-se o program­ma. O Dr Entzminger av.resentou os dois visitantes H. C~ Tucker e C. H. C. Sergel, os quaes saudaram, em ligeiras palavras, a Con­venção. O irmão Florentino Ferreira apresentou o parecer de tem­po, lugar e orador da ,proxima Convenção, o qual foi·aooeito para dis­cussão parcelada. Diseutidoó topico primeiro, dividem-se as opi­niões, querendo uns que seja na Bahia, e out,ros no Rio Grande dr Sul, a. proxima Conve-nção. Ambas as facções apresentam argumento~

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ACTAS E PARECERES 33

valiosos para a realização neste ou n~ outr.o lugar - Pela 1& hypo­these se manif.estam Manoel Avelino de Souza, Thomaz L. Costa, etc.; pela 2&., Ricardo Pitrowsky, Antonio Ernesto, e~. Submettido, po­rém, -á votação, ficou resolvido, por 53 votos contra 42, que a reunião se realize na Bahia. A Exma. Sra. D. Alice Bagby diz concordar com a decisão, que, sem duvida, foi inspirada pelo Espirita Santo, mas ped'9 que a reunião de 1930 seja no Rio Grande do Sul. Os 2°e 30

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topieos foram adoptados na integra. O par~r vae appenso. PDr commum assentimento, fica .o discurso do irmão CeI. Antonio Ernes­to da Silva para o doming.o á tarde. O irmão presidente ManoeI Ave­lino de Souza apresenta á assembléa o irmão Antonio Marques, presi­dente da União das Igrejas Congregacionaes do Brasil e Portugal, o qual em palavras calorosas e enthusiastas, dirigiu vibrante saudação á Convenção, fazendo votos pela prosperidade' da Causa que repre­sentamos; e aproveitou o ensejo para fazer conhecida a sua these em favor da transferencia do dia de acção de graças para 10 de Janei­ro, já recommendada pelos Obreiros Evange] icos do Districto Federal. a qual foi entregue á commissão de assumptos especiaes. Foram en­tão suspensos os trábalhos até ás 19 horas, despedindo a assembléa com fervorosa oração o irmão Dr Entzminger

AckiUes Barbosa. 10 secretario.

Parecer da Commissão de Assumptos Especiaes

I .... Esta Commissão recebeu da Conyenção Baptista l'.1ineira um

protesto, approvado em sua reunião de 1 a 4 de dezembro p. p., contra a inserção, "nas nossas revistas dominicaes, de estampas representando pessõas, como ultimamente tf>m "indo de Moysés, Elias, Amós, etc., que são tidas como sant.os pela Igreja Roma­na", etc.

A Commissão está informada de que. t.endo ha alguns annos a Convenção Baptista do Campo Paraná-Santa Catharína vot.ado, mesmo na presença; de um representante da Junta de Escolas Do­minicaes e Mocidade, uma resolução semelhante, a mesma Junta preveniu aos seus redac,tores que evitassem a inserção das dit.as gravuras, tendo elIes procurado obedecer a esta det.erminação. Não pensavam elIes,. entretanto, que a objecção attingisse até os santos do Velho Testamento, cujas imagens, geralmente, 05 pro­prios catholicos não adoram.

Comquanto a Commissão ache nisso um zelo um tanto ex­tremado; não veja perigo algum no uso de tues grayuras nas nos.­sas revistas, no meio do nosso DaHl baptista, assiduamente l'IISi­

nado contra toda a especie de idolatria; e. finalmente, a falta das gravuras prive as revistas de muito da sua attracção e de ensina­mento objectivo, é de opinião que se attenda aos escrupulos dos irmãos que lavraram o protesto, e que se pera. á Junta de Escolas Dominicaes e Mocidade que não illustrem as revistas com retra­tos· (suppostos) dos santos do Novo ou do Yelho Testamento.

II

Pelo irmão S. Farina Filho foi apresent.ada u suggestão da nec·essidade de lembrar aos irmãos o cumprimento do~ seus deve-

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34 CONVENÇÃO BAPTISTA BRASlLEmA

res civicos, habilitando-se, os que ainda não se encontram ha­bilitados, a exercerem o sagrado direito de voto.

A Commissão apoia plenamente a suggestão e frisa que é de facto um privilegio e lambem um dever do crente, em condições de fazê-lo, habilitar-se a ser eleitor e votar para os postos de re­presentação, quer nas assembléas municipaes, estadoaes ou fe­deraes, nos homens que julgarem mais dignos e capazes de exer­cerem os cargos a que se propõem. Isto quer dizer que, embora possa filiar-se a qualquer partido politico, não deve escravizar­se a elIe, mas ant.es votar de modo independente, de accordo com os ditames da sua propria cúnsciencia.

m A Junta de Escolas Dominicaes e Mocidade, por seu Director­

Geral, pede a esta Convenção que determine o emprego a dar a dois saldos em dinheiro existentes na caixa da mesma Junta, ou da Casa Publicadora Baptista, a saber: 1) Saldo restante da sub­scripção feita para a erecção de uma lapide sobre a sepultura do saudoso missionario Dr Z. C. Taylor, de 389$310, inclusos os juros; 2) saldo de uma subscripção para os famintos na Europa, que por qualquer circ·umstancia não foi enviada ao destino, de 900$400. A Commissão suggere que o primeiro saldo mencionado reyerta para a subscripção que está sendo feit.a para a collocação de uma lapide sobre a sepultura do pranteado missionario DI' Salomão L. Ginsburg; e que o segundo reverta para o fundo da nova Junta Beneficente.

IV Foi lembrada á Commissão a necessidade desta Convenção

filiar-se á Convenção Baptist.a Mundial, e.stabelecendo ella uma quota annual razoa,el e mandando, quando possivel, men:::.ageiros á reunião quaLriennal do Congresso Baptista Mundial.

A Commissão approYa tJ alYitre e suggere: 1) Que se peça ás Juntas da Convenção possuidoras de receita que estabeleçam por si mesmas uma annunidade, não inferior.a 50$000, para a Convenção Baptista ~fundial. 2) Que a Convenção se faca rept'e­sentar nos congressos baptistas mundiaes, quando haja irmãoi'i que possam de si mesmos dispôr de dinheiro e tempo par<l assi::;­tirem a esses gloriosos congres:-:,os. 3) Que se reitere a eleição, da reunião anterior convencional, do irmão pastor Antonio Er­nesto da Silva como seu representante ao Congresso BapLista Mundial, a realizar-se em Toronto, Canadá. em junho p,' fut.uro. e que Miss Mínnie Landrum, que pretende tambem ir ao Con­gresso, e qualquer outro irmão que possa ir, sejam considerados romo representantes da Convenção Baptista Brasileira ao allu­dido Congresso.

V

Urna commissão oomposLa dos Srs. Roque Policiallo Cruz e Benjamin Moraes Filho veiu apresentar á Convenção a utilidadr do escoteirismo em nossas igrejas e pedir que esta Convenção re­commende ás igrejas a implantação do escoteirismo no seu meio.

A Commissão reconhece este movimento - o escoteirismo -como de grande utilidade, e uma ve~dadeira cs~ola pr~ti.c~ para a Mocidade, e recommenda que se crIe onde haJa posslbllldade de levá-la adiante.

Rio de Janeiro, 14. de janeiro de 1928. A Commissão:

Theodoro R. Tei:ceira, relator. Antonio Ernesto,

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ACTAS E PARECERES 35

Parecer sobre o Collegio Baptista Bra$ileiro de S. Páulo

Nj)desemp(mho da tarefa de que foi incumbida aCommissão abai­xo, . apresentaos~eguintes topicos deste' parecer:

1. .considerando as vantagep.s offerecidas pelo Colleglo Baptista Brasile-iro ás alumnas matriculadas na Escola de Trabalhadoras Ba­ptistas.vindas das igrejas do Sul, a Commissão recommenda que os Campos do Sul entrem numa cooperação financeira mais franca e li­beral collocando o Collegio no orçamento financeiro de cada campo.

2. Recommenda-se que a Junta· Administrativa do Gollegio :soli­oite da prefeitura looal Juna reducção no imposto de .calçamento, h"em oomo prazo mais longo nas devidas prestações de pagamento, visto ter o Governo Estadual isentado de impostos pr-ediaes o Collegio em virtude de abrigar em seu seio numero superior a 100 analphabetos.

3. Recommenda-se n'a moção de apoio á Junta Administrativa do mesmo ColIegio, no seuappello á J de Richmond por uma verba destinada á amortização do imposto de calçamento, além da verba de manutenção.

4. Em'VÍsía de serem approvados pela Junta do Collegio ·os seus Estatutos, a. Commissão é de parecer que .sejam adoptados por esta Convenção.

5. Reeommenda-se que a Junta Administrativa dirija á Prefei­tura um reconhecimento pela presteza eomque attendeu o pedido de oalçamento, proporcionando dest.arte grandes vantagens ao· Collegio.

Sala das Commissões. t 3 de Janeira de 1928"

A Oommissão: P c; Porter. A. B. Deter. Victorino Moreira.

Parecer da Commissão de Lugar, Tempo e Orador para a proxima Convenção .

Considerando o convite dos mensageiros das igrejas: Dois de Julho, Cruz do Cosme, Hapagipe e Plataforma, na cidade de São Sal­vador, Babia, para que a Convenção se reuna ali na sua proxima futura reunião;

Considerand() o -convite dos mensageiros .das igr.ejas de Nativi­dade do Carangola, E. do Rio, ·para que a Convenção se reuna no seu templo em 1. 929 ;

E finalmente considera.ndo o eonvitr directo 'das igrejas: Porto Alegre Capella Baptista, Floresta, S. João, BeIla Vista- e da Missão Sueca '.para que em 1929 a Convenção se reuna com elIas na cida~e de Porto Alegr~, Ri'Ü Grande do Sul, a Commissão achou por he~ deI­xar 'C,om a propria, Convenção para que a mesma 'resolva acceItar o convite e lugar que melhor lhe parecer.

2. Quanto ao Tempo :' Considerando que o tempo da l'euniãoem que a Qonvenção se está reunindo é .o melhor! para bem poder usar o vaJoroso cOD'Curso dos nossospTofessores e dJ.reotores dos nosSOs col­legios e.seminarios, a Qommissão~ de parecer que a Convenção con­tinue a reunir-se no mesmo perlOdo de agora, que. é no mez de Jan~iro.

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36 . CONVENÇÃO BAPTISTA BRASILEIRA

3. Oradores. A Commissão é" de parecer· que. se nomeie para ora­dor da futura reunião da Convenção,· o Dr. Orlando Falcão, e em sua falta ü Dr. Axel Anderson.

A Commissão :

ACTA 8&

Florentino Ferreira. Paulo Alves da Süva. S. Farina Filho.

A's 19.3(} do dia 14 de janeiro de 1928, sob a presidencia do irmão Manoel Avelino de Souza, pastor da Igreja· em Nictheroy, iniciaram-se os trabalhos com o (mlto devocional, cujo dirigente foi o pastor João Isidro. Cantou-se o bymno 301 e fez oração o irmão R. Pitrowsky. Sobre o Psalmo 103 teceu considerações espirituaes· o mentor d(\ exercicio devocional. I Com o cantico de mais o hymno 62 encerrou­se ~staparte dos trabalhos com oração. Foi lida e approvada· a acta antecedente, com uma addenda, isto é, mencionando-se que, por oc-­casião da escolha do local da proxima Convenção~ o irmão presidente ManoeI Avelino de Souza convidára o irmão F F' Soren a levar o caso perante Deus em oração, o que se realizára com o contentamento de todos. Segue-se com a palavra o irmão H. C. Tucker, veterano da Sociedade Bíblica Americana, da qual é agente no Brasil ha 40 annos. Discorre sobre "A Biblia no Brasil" Historiando tão aben­çoado movimento, diz que, no primeiro anno da sua gestão, não con­seguira vender sete mil bíblias e que, no anno passado, quasi duzen­tas mil foram entregues ao povo. Maior plano, porém, tem para o exercício vigente, a saber: a distribuição de um milhão de novos tes­tamentos, para cujo emprehendimento solicita a cooperação de todos os evangelicos. Lembra mais a necessida.de de auxiliarmos a Socie­dade, que offerece o seu producto por preço insignificante, em virtude das oUertas que são feitas pelo povo de Deus. Terminado o seu elo­quente discurso, o irmão Antonio Ernesto pede que, de pé, testemu­nhemos a nossa solidariedade com a Sociedade Bíblica Americana, di­rigindo o mesmo uma oração em favor della. A Commissão de As­sumptos Especiaes volta a apresentar novo parecer, tratando da ques­tão do dia de acção de Sracas . para 10 de janeiro. O referido parecer foi aooeito sem modificação e será incluso no fim desta acta. A Com­missão de Exame de Contas, da qual é relator o irmão Ismail S. Gon­calves, apresentou o seu parecer, que, sendo acceito, será,/archivado na integra. A Exula. Sra. Almir S. Gonçalves apresentou o relatorio das Soeiedades de Senhoras, que foi apreciado péla maneira clara por que Joi proferido e pelo progressor.evelado nessa phase do trabalho do Senbor. O irmão Thomaz L. da Costa apresentou a distribuição dos 60 :0001000 do orçamento de Missões Estrangeiras entre os diverso~ campos, parecer este que será arehivado. O irmão F, F. Soren apre­sentou o parecer da Junta. de Beneficencia, propondo um ,orçamento de doze contos annuàes, . o qual foi aceeito e segue junto a' esta. O ir-

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ACTAS E ,pARECERES 37

mão Antonio Mesquita falou sobre o palpitante assumpto "Evangelis­mo", expendendo substanciosos conceitos sobre o mesmo. Segundo eIle, ás igrejas cumpre evangelizarem e educarem os seus membros. Só diminuta parte da população da terra está sendo evangelizada. .A quem compete evang,elizar a outra? Aos Buddhistas, Mahometanos, Romanistas? Não I Aos Baptistas, os quaes têm o germen de evange­lismo no sangue. Resolveu-se que o seu discurso seja publicado. Eis i:l Commissão de Programma da Convenção Bahiana: M. G. White, '11 L. Costa, C. Dario, WC. Taylor e Carlos Vieira. A Commissãú de Indicação é a seguinte: O. P Maddox, M. G. White e F F So­ren. O irmão Maddox falou sobre a evangelização no interior. Disse que o Evangelho é o mesmo em todos os lugares, os mesmos o corac,ão e o Salvador. Contou experiencias do seu trabalho no interior, pin­tando de vivas côres o seu discurso. O presidente leu o programma para domingo, que foi acceito. A's 22.4.0 foi encerrada a sessão ,por 'lm3 oração dirigida pelo irmão M - G. White.

Presidente, Manoel Avelino de Souza. Secretario, AchiUes Barbosa.

Pareoer sobre o Dia de Acção de Graças

)I a setima sessão, isto é, na sessão da manhã, achando-se na congregação o rev Antonio Marques, presidente da União das Igre­jas Congregacionaes do Brasil e Portugal, o Presidente apresentou-o á congregação e deu-lhe opporLullidade de dar uma palavra ao au­ditaria. ElIe usando da palavra, saudou a Convenção, e apresentou um parecer por elIe escripto a pedido dos Obreiros Evangelicos do Rio de Janeiro sobre um dia de Acção de Graças para todos os evan­gelicos do Brasil; e depois de historiar o Dia de Acção de Graças na Inglaterra e EsLados Unidos e as tentativas officiaes que aqui se têm feito, inutilmente para implantar um dia nacional de acção de graças, termionu julgando isso impossivel, e .opinando por um dia de gl'aça:-:. Í,pl'Dlinou julgando i:-;~o impo~:-:i\"eL e opinando por um dia de sendo esse o primeiro de Janeiro.

Nós Baptistas temos tido o nosso Dia de Acção de Graças, porém, variando de datas. A ultima dala escolhida foi 25 de Dezembro. Mas esta data não satisfez a uma fort.e corrente, que estaya determi­nada a propor a volta á data primitiva de 13 de Maio, escolhida em uma convenção anterior A apresentação do parecer do rev. Antonio Marques veiu agitar uma questão que estava para ser agitada na

'- . mesma occaSlao. A escolha do dia 10 de Janeiro, não parece á Commissão o me­

l!Jo.!'; preferia () 13 dI' Maio, data cell'bre na historia do Hra~il, com a fraternização de todos os brasileiros, ou o 21 de Abril, data certa do descobrimento do Brasil.

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cONVENCÃO BAPTISTA BRASILEIRA

Porém, como os obreiros evang.elieos já acceitaram o Tõ de Ja­neiro~ e já vem sendo feita propaganda a favor dene, por amor da harmonia geral nesie assumpto, opina que se aeeeit.e este dia.

RIO de Janeiro, 14 de Janeiro de 1928.

A Commissão: Theodol'O R. Teixeira. relator. A. Ernesto.

Parecer da Commissão de Exame de Contas

.:\ Commissão abaixo assignada, 'vem perante esta Convenção de­clarar que ('xamino~l O~ IÍ\Tos das thesourarias das Juntas de Missões Xacionaes e Estrangeiras e us encontrou e:,eripturados em ordem e certas a5 suas conta:" pelo que pedt' que as nwsmas sejam approyadas.

lUa de Janeiro, 14 de Janeiro de 1928.

A C')mmis:3ão: IS11wil S. Gonçalves, relator Hidual,po A,. Gomes Leal.

Orçamento da Junta de Missões Estrangeiras para 1928

Campos:

Amazonen~e

Paraense Maranhensp f-;r'l'fanejo Paraltybano Pernambucano _\lagoano Sergipano Bahiano Victoriense Fluminense Federal Mineiro Goyano 'Jatto Grossense Paulistano Paraná-Santa Galharina Sul Rio Grandense Even!uaes

3:000$000 600$000 800$000

1:000$000 1:200$000 5:000$000 1:200$000 1:000$000 6:000$000 6:000$000 7:000$000 9:000$000 3:000$000

500$000 1:000$000 8:000$000 3:000$000 1:000$000 1:700$000

60:000$000

Thomaz L. da C08ta.

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Campos:

Federal Paulista'no Fluminense Victoriense Bahiano

Ac'r.AIS E P AREC:ERE.S

Junta de Beneficencia

ORÇAMENTO

Rio. Grandense Paraná-Santa Catharina Mineiro Pernambucano Paraense Amazonense l\faranhense SertanBjo Parahybano Sergipano Alagoano Goyano Matto Grossense

1:500$000 1:500$000 1:500$000 1:500$000 1:000$000

750$000 750$000 750$000

1:500$000 100$000 250$000 100$000 100$000 500$000 400$000 500$000 250$000 250$000

13:200$000

39

:yota: Esta distribuição, que foi approvada pela Junta, é de mais 1 :200$000 que a quantia approvada na Convenção, pela difficuldade encontrada de distribuir com exactidão em base certa a quantia de 12: 000$000. Oaugmento, todavia, es'tá dentro do espirito da Con­venção, pois em geral se considerava a quantia pedida eXigua, e só foi votada corno um começo.

ACTA 9a

A's :15 horas do dia 15 de janeiro de 1928 o irmão T. C. Bagby dirigiu o culto devoeional, que iniciou com o cantico do hymno de louvor 117, lendo a seguir e commentando o versiculo 3 do 10 c.apitulo da epistola aos Ephesios. Tres irmãos dirigiram-nos em oração. Fi­nalizou-se esta parte dos trabalhos com o. cantico do hymno 251. Foi approvada a acta anterior com o seguinte accrescimo: mencionar o i'acto de l~aver a Convenção adoptado o orçamento de doze contos para a Junta de Beneficencia. Em seguida teve a palavra o irmão coronel Antonio Ernesto da Silva para fazer o discurso funebre sobre o mis­sionarioS. L. Ginsburg.. Antes de falar convidou o auditorio a en­toar~ a meia voz, a estancia primeira do hymno 571. O seu discurso

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40 CONVENÇÃÓ BAPTISTA BRASILEIRA

foi tocante e repleto de interessantes dados biographicos do illustre irmão fallecido. Findo o discurso, cantou-se a ultima quadra' do hy­mno acima referido, fazendo oração o irmão presidente Manoel Ave­lino de Souza. O irmão F 1\1. Pinto, após as escusas proprias da sua conhecida modestia, discorreu agradabilissimamente sobre a "mordo­mia christã", Cita João 10: 10. Existem, diz, estreitas rélacóes entre a mordomia e a vida abundante. Jesus veiu salvar o mordomo de Deus, por isso o assumpto não deve restringir-se apenas ao dinheiro. Diz mais que a mordomia não é doutrina, mas um principio funda­mental. Foi instituida no Jardim do Eden. Divide em 3 pontos o seu discurso: 1) Por que somos mordomos de Deus. 2) Em que consiste a mordomia? 3) Correlação com a vida de Deus. O seu discurso foi sobremaneira instructivo e de extremo proveito para o povo de Deus. O irmão Florentino pediu que o mesmo fosse publicado n'O Joml1l Bapti.sta. Ouviu-se bello hymno cantado pelo côro de Catumby. O irmão Theodoro R. Teixeira pediu a palavra para referir-se ao as­.sumpto especial que não foi tratado pela commlssao respectiva de que elle era relator, mas que, entretanto, deve ser resolvido pela Con­venção. O assumpto é o seguinte: A Convenção já ha tempos decidiu ter o seu trabalho de Escolas Dominicaes inteiramente separado da União Geral de Escolas Dominicaes do Brasil. Em vista disto a nossa Junta de Escolas Dominic.aes pediu á União Geral para não estender a sua propaganda ás nossas igrejas. ElIa aceedeu, depois de muito ins­tada. Mas ultimamente, devido ao plano de distribuição de um mi­lhão de 1\ovos Testamentos por intermedio das escolas dominicaes, elIa tentou revÍ\-er a sua propaganda em nossas igrejas, por interme­dio d'O Jornal Baptista (o que lhe tem sido negado), allegando que não se tratava de eoncordancia de trabalho com elIa, mas sim de uma associação momentanea para adiffusão da Palavra de Deus, em que rós tambem estamos empenhados. O trabalho é nobre, mas devemos taze-Io em cooperação com a União, em face da resolução da Conven­ção ha muito tomada? Este é o problema a solver. Acabou aconse­lhando que se désse a palavra ao dr. \Vatson, que melhor poderia fa­lar sobre o assumpto. O dr. Watson então, tomando a palavra, disse com emphase que não havia motivo algum para que, desprezando o já votado pela Convenção, entrassemos em cooperação com a União Ge­ral de Escolas Dominicaes. Aquillo que ella faz, nós poderemos fazer lambem independentemente, por meio do nosso jornal e em harmonia com as agencias locaes das sociedades bíblicas. Depois de breve dis­cussão e enUmsiastico apoio ás palavras do orador, a Convenção ap­provou a proposta do irmão Florentino Ferreira, que a nossa Junta de Escolas Dominicaes fizesse a propaganda da diffusão de um mi­lhão de :\ÚYOS Testamentos em relação directa com as sociedades bi­blicas, com exelusão da União. E' proposto e apoiado que uma pagina das actas traga o retrato do irmão Salomão e que seja publicado o discurso do irmão Antonio Ernesto sobre o ·mesmo irmão. Os c6r08 de Laranjeiras, Pilares e Bom Successo, reunidos, cantaram o hymno

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ÁCTÂJS E P AREOERES 41 "Emmanuel". O côro da Primeira Igreja·tambem nos brindou com hy­mno esplendido do seu selecto repertorio. O irmão Thomaz L. da Cos­ta pede que todas as igrejas façam oração para que Deus levante um obreiro para auxiliar os que já trabalham em Portugal. Diz tamberv que os que acharem mais conveniente enviem as suas offertas desti­nadas ás Missões Estrangeiras para a Casa Publicadora Baptista, Cai­xa 352, Rio. Por fim diz o irmão presidente, Manoel Avelino de Sou­za, que volvamos com alegria para as nossas casas e campos de acção e envidemos que as nossas igrejas ponham em pratica as deliberações desta Convenção. O irmão Florentino Ferreira prDpõe que se agra­deça á Junta de Richmond a dadiva do templo da Primeira Igreja. O irmão F F Soreu alvitra que o irmão presidente transmitta á Junta de Ricbmond a notic·ia da optima Convenção que tivemos. O thesou­reiro apresenta o seu relatorio,. que vae junto. Propõe-se que se iance um voto de agradecimento á Primeira Igreja pela maneira chris­tã e amiga como recebeu os mensageiros e hospedou a Convencão . .A's 5.45 da tarde o irmão Soren, a pedido do presidente, encerrou os trabalhos com uma oração. Esta acLa foi lida e approvada .e eu. Achilles Barbosa, 10 secretario, que a escrevi, disto dou fé.

Presidente, Manoel Avelino de Souza. Secretario, AchiUes BarboslL.

Relatorio da Thesouraria da Convenção Baptista Brasileira Recebimentos conforme o total de recibos Recebimentos para o mausoléo de S. L. G. Recebimentos para o pastor Zeferino N etto

Samma . Despezas conforme nota annexa

SaldO - Seiscentos e dezeseis mil réis -

582$000 27$000 27$000

636$000 20$000

616$000

Victorino Moreira, thesoureir.o.

RECEBIDO DAS IGREJAS Boa Esperança, E. do Rio Alto Macabú, E. do Rio Nova Odessa, S. Paulo Lins, S. Pau lo . Promissão, S. Paulo Castro Alves, Bahia Plataforma, Bahia Ganduzinho, Bahia Braço do Norte, Ba·hia Campos, E. do Rio Petropolis, E. do Rio Jaguaquara, Bahia .Santos, S. Paulo

Transport.e

10$000 10$000 10$000 10$000 10$000 tO$OOO tO$OOO 20$000 20$000 20$000 15$000 60$OQO 20$000

225$000

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42 CÓNVENÇÃO 'BAPTUlTA BRASILEIR.Á.

Transport.e Madureira, D. F . . Natividade de Carangola, E. do Rio Sant.o Amaro, Pernambuco 2a

. de Maranhão ltapagipe. Bahia . Ent.re Rios, E. do Rio Itaperuna, E. do Rio . Bôa Ventura, E. do Rio Aguas Claras, São PaulD Imbahú. E. do Rio . ta. Igreja, Districto Federal Dois de Julho, Bahia Maricá; E. do Rio . " Cachoeira de Macacú. E. do Rio Murunciú, E. do Rio . . Cachoeiras de Macahé. E. do Rio Cardoso Moreira. E. do Rio ta de S. Paulo; S. Paulo Irmão João Dorea

Sornma

225$000 20$000 20$000 25$000 10$000 25$000 10$000 5$000

10$000 20$000 5$000

100$000 50$000

5$000 5$000 5$000 5$000

15$000 20$000

2$000

582$000

V. Moreira.

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2.A PARTE

RELATORIOS E ESTATISTICA

RELATORIO DA JUNTA DE ESCOLAS DOMINICAES E MOCIDADE BAPTISTA

I

S. L. W A TSO N, Secretario Geral Tendo os trabalhos desta Junta corrido, durante o anno de 1927,

eom a regularidade de ~empl'e, deixámos os directores dos diversos departamentos apresentarem os seus relaLol'io~, não precisando por isto de nenhum commentario Jl(li't a;.; palavras de introducção.

Rendemos muitas graças ao ~\ltissimo pelas Suas innumeras ben­çans.

A Convenção Baptista Brasileira, na sua ultima reunião em São Paulo, em janeiro de 1927, recommendou que esta Junta continuasse a sua propaganda a favor da COllvenção Baptista Latino-Americana. E' com prazer que aqui registamos a adherencia de diversas agremiações baptistas a este movimento. Quasi todos que me escrevem sobre o as­sumpto são unanimes no seu apoio á idéa da realização desta assem­bléa baptista latino-americana.

Em todo o mundo não ha um grupo de nações mais homogeneas do que os Estados do MexicD.. e as Americas Central e do Sul, e os ba­ptistas devem saber valer-se deste facto na extensão do reino de Deus.

Lembramos a esta Convenção que seria. de grande vantagem, na propaganda que vamos fazendo, VOLar-BP uma moção de gratidão aos que têm patenteado o seu interesse e apoio neste emprehendimento, e de regosijo na antecipação de ter a honra de hospedar, no templo da Primeira Igreja Baptista do Rio, em 1930, a primeira Convenção Ba­ptista Latino-Americana.

Outro assumpto recommendado pela ultima Convenção ao nosso nstudo foi a maneira de crear-se um fundo e um movimento para dis­tribuição de literatura gratuita.

Procurando obedecer a esta indicação, colhemos dados sobre identicas organizações já existentes, chegando á conclusão de que taes movimentos dependem de offertas o doações ou legados por parte de ]Jessôas intimamente interessadas em tal movimento.

As organizações ligadas ás diversas denominações evangelicas são sustentadas pelas contribuicões respectivas, como, por exemplo, a Casa Publicadora Baptista. Suggel'imos, pois, as seguintes fontes para constituição do fundo para distribuição de literatura gratuita:

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CONVENÇÃO BAPTISTA BRASILEffiA

1°. A Junta de Escolas Dominicaes e Mocidade, da sua receita brut.a do anno ent.rante. separar 2 % para isto.

2°. As igrejas incluirem nos seus orçamentos uma quota mensal e, não fazendo isto, ao menos tirarem collectas para o dito fim.

3°. Pessôas interessadas especialmente no assumpto fazerem as suas contribuições para o mesmo.

Pedimos á Convenção pronunciar-se sobre este plano apresen­tado.

DEPARTAMENTO DE LIVROS W E. ENTZMINGER, Director

o incumbido deste departamento esteve fóra do país desde 12 de maio de 1926 até 31 de maio de 1927. Durante sua ausencia no es·· trangeiro. substituiu-o nesta ~eeçãu o Dir-ecl 01' Geral de nossa ('mpr-eza de publicações. Segundo a nota fornecida pelo mesmo encarregado, os livros que publicámos durante o anuo de 1926 foram os seguintes. cios quaes alguns foram reedit.ados, como Lendas Hebraicas, Sete Leis do Ensino e Mythowgia Dupla. Eis à lista:

Livro do Secretario Lendas Hebraicas Sete Leis do Ensino Evangelina Manual das Escolas Populares Baptistas Livro Departamento de Juniores Livro Departamento de Principiantes. Livro Departamento de Primarios Mythologia Dupla Pontos Salientes para 1927

500 1.000 1.000 1.000

200 200 200 200

1.000 1.300

Apesar da grande crise financeira que d.esde tempos a esta parte assoberba o país inteiro, e especialmente o nosso trabalho bapLista. ameaçando paralysar a nossa obra bernfazeja, alegra-nos podermos relatar que durante o anno findo a nOS3a Casa, não obstante ter a sua actividade restringida, continuou a movimentar-se, produzindo uma farta messe de literatura, em relação aos seus recursos, tanto de li­vros como de folheios de propaganda, o que se \"(~ do catalogo a seguir:

LIVROS

49 CollecCÕes d'O Jornal Baptista, ene. 530 Estudo sobre Modo de Ganhar Almas, broco 415 Notas sobre Ethica Pratiea, enc. 605 Idem idem idem, brocho

1.935 Pontos de Nossa Historia, ene. 450 Novo Manual da U. M. B., broco

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RELATORI-ODA JUNTA DE E. D. E MOCIPl,ADE 45

405 Idem idem idem,cart. 95 Idem idem idem, ene.

i .020 Crenças Baptistas, broco 2.060 Cadernetas 6 Pontos, broco 1 170 Noites Festivas, broco 1 . 000 SabbaUsmo Um Systema Falso, broco

507 ,Theologia Systematica, broco 496 Idem idem, ene.

1.050 Pessôa de Christo, broco 1.205 Pontos Salientes para 1927, enc. i . 100 Cadernetas do Professor, broco

FOLHETOS

10.000 Atbeu Convertido. 10.000 Não Deve Beber. 10.000 Não é Tarde de Mais.-10.000 Estou Bem Assim. 10.000 Bilhete do Trem. 10 . 000 Confiar em ChrisLo. 10 . 000 O Essencial. 10 . 000 -A Bíblia. 10 .000 Porque Certas Pessôas. 10.000 Salvação? 10.000 Vou Começar. 10.000 Será uma Grande. 10.000 V êde.s Aquelle Homem? 10.000 Dois Inimigos do Brasil. 10.000 Ultimos Cinco Minutos. iO.OOO Atirem Agora. 10.000 Com Estes Posso Entrar. 10.000 Mais Tarde. 10.000 Alegria do Curado. 10.000 Misericordia e Graça. 10.000 Meu Passaporte para o Céu. 10.000 Fé que Salva. 10.000 Porque Todo Catholico Deve Ler. 16.700 O Carnaval. 5.000 A Viagem. 5 .000 Como Deus Fala aos Catbolieos. 5.000 Depois da Morte. 5.000 O Jovem Tambor. 5.000 Luz do Mundo. 5 .000 Agora. Agora. 5.000 Religião Evangelica Perante o Publico. 4: .850 Haverá- Certeza Absoluta de Salvação para Mim? 4.950 O Que os Catholicos Acbarão quando lerem suas pro-

prias Biblias.

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46 CONVENÇÃO BAPTIE\.T A BRASILEIRA

2.000 Horario do Trem para o Céu. 1.000 Thermomet.ro Espiritual.

"1.950 Tres Razões Por que Deixei a Egreja de Roma. 5.000 Que é Arrependimento. 5.000 PUl'gatorio.

Tempo já houve em que o nosso maior pl'oblellla foi o de crea:­uma literatura adequada á:-; neccssidade:-; do 110SS0 povo baptista c d(l Gossa propaganda evangelica. Entretanto, este problema, no princi­pio tão seria, já teve, sob as brnçams do Senhor da seara, uma feliz solução. Hoje nos é den~J':l~ grato apontar a nossa bem mont.ada li­vraria, á rua S. José. 22. onde se encontra um grande sortimento de li\TOS evangelicus de todas as qualidades. no valor mais ou menos de :?25 contos de réis. .\cfualmente nos defronta um outro problema ainda mais serio do que (/ 6upra mencionado. a saber: C01\'IO DAR SA­HIDA AOS LIVROS QUE .LY TEMOS EM TelO GRA\'DE ABUNDA1\'­elA. Hoje temos mais livl'oS do que ledorgs! :\as pl'atelpil'as. em que ficam aguardando quem os busque, elles são muito mais procul'ado~

pelas tral.:a5 que os destrôem do que pelos homens que os poderiam aproveitar com immensa vantagem para todos.

Urge, PO\'o de Deus, encetar uma rampanha porfiada em prol da literatura de livros, do norte ao sul c entrc lwquenos e gTundes. Agi­tem-se os arraiaes baptistas eomo qlle para uma guerra snnlta. Sacuda o nosso povo de sobre si a pecha que o rebaixa diante do mundo, de amar mais á~ trevas do que á luz. Pl'éguemo!=' a tempo (-' fóra de tem­po o evangelho salutar do grande r.astro _\ I H'S :

"Oh! bemdito o que ;.;('mpia Livros. livros á mão cheia, E manda o povo pen~al'.

O livro, cahindo na alma, E' germen que faz a palma, E' chuva que faz o mar."

DEPARTAMENTO DE LITERATURA PERIODICA

T R. TEIXEI RA, Director

"O JORNAL BAPTISTA" Podemos mai~ uma vez render muitas graças a Deu;.;, pOl'qUf\ O

Jornal Baptista venceu mais uma etapa na sua já extensa e luminosa frajectoria. E s6 a eternidade poderá revela)' os beneficios que elle vem prestando á causa, ao povo de Deus e á Oonvencão Baptista Brasileira, de que é or~am. Apraz-nos consignar que o nosso jornal

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RELATORIO DA JUNTA DE E. 'D; E MOCIDADE 41

continua tendo o mais sympathi.co acqlhimento e acceitação po.r parte do nosso povo em toda a parte, se bem que o augmento de as­signaturas não seja o que podia e devia ser. A edição, que era em 1926 de 4.400 exemplares, subiu no anno findo a 4.600'. Póde-se, po­i'ém, dizer que não augmentou, porque tal augmento não é augmento, mas apenas equilíbrio. Quatro causas, entre outras, porém, podem ser apontadas. Primeira, o analphabetismo do nosso povo. Muitos dos .que se convertem, não sabem lêr, e não podem assignar jornal (a'inda que entre estes ha creaturas zelosas e dedicadas, que assígnam o jornal pedindo a alguem que lh'o leia, ou que assignam o jornal para outros). Segunda, a desaffeição geral á leitura, que é um de­feito nacional. Terceira, a' depressão financeira da nação e do povo, a mai,oria do qual se julga muito feliz quando consegue o sustento material proprio e da família. Quarta, o não poder a nossa Junta mandar regularmente um representante aos campos para promover os interesses, não sómente d'O Jornal Ba.ptista, mas das outras publi­cações e negocios da casa. Financeiramente, O Jornal Baptista, como sempre, figura com o deficit bem respeitayel, até fim de novembro, visto que dezembro ainda não póde ser contado, de 15 :711$360. Este deficit teve que ser coberto com o lucro de outras publicações. E' certo, porém, que, se fosse estabelecido preço para os serviços que o jornal presta aos trabalhos da Junta, aos seus variQs departamentos e demais publicações, por meio da propaganda (não falando mesmo no trabalho prestado á causa em geral), é claro que O JOl'1lal Baptista enc·erraria os annos sem deficit.

Quanto á parto redaccional, o nos~o orgam conUnúa gozando da hoa vontade o cooperação dos nossos irmãos em toda a parte do Bra­~il. Os redactores encarregados das varias secções continuam pres-1 ando-nos leal e amigavelmente o seu inestimavel concurso. Afóra isso temos sempre collaboradores ('spontaneos, alguns dos quaes pro~ porcionam aos lln~S()S leitores trabalhos de valor. Emfim, com a gra­~a de Deus, a sympaLhia, boa vont.ade e cooperação dos irmãos, nosso jornal avança sempre.

O JORNAL BAPTISTA NAS CADEL\S: - O nosso jornal attinge a todas as camadas da sociedade, desde as mais altas ás mais baixas. Ha um serviço que de uma maneira particular toca os corações: E' o :-icrvico prestado aos presos nas cadeias. Actualmente o jornal visita 1j53 cadeias, com 509 exemplares de cada edição. A cada passo rece­bemos testemunhos valiosos e cartas de apreciação que não temos eollooion'ado. Por acaso' ou, melhor, por providencia, o irm'ão pastor Almir S. Goncalves, da V ictoria, mandou-nos o testemunho que, com prazer, transcrevemos a seguir:

"No momento em que escrev~ C'slas linhas acha-se em meu escri­plorio o irmão ManoeI Eloy de Oliveira, ex-spntenciado da cadeia de :\ffonso Claudio, no interior dest.e Estado. Eis, em resumo, a histo­ria da sua conversão:

Annos atrás um companheiro seu, que possuía llm Novo Testa,-

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48 CONVENÇÃO BAPTISTA BRASILEIRA

mento, quís jogar fóra o livro. o irmão Eloy pediu-lhe que não o fi­zesse, e guardou o Noyo Testamento .. Começou a lê-lo, mas, não o en­tendendo, pô-lo de lado. Mais tarde, por falta commettida, foi preso a sentenciado a um anno de cadeia. Ahi costumava, uma vez por ou­t.ra, passara vista 110 Novo Testamento. Disseram-lhe, então, que eram os Baptistas que tinham aquelle livro, chegando mesmo um dos seus companheiros de desventura a informá-lo de que existia a Bí­blia inteira, a qual elle devia procurar obter. Mas o irmão Eloy não sabia como fazê-lo, pois lhe disseram que em Affonso Claudio não se vendiam Biblias. Assim passou-se algum tempo.

Um dia achava-se o irmão Eloy dei1 ado no seu cat.re quando um §.eU collega de cubículo, que recebera da rua um pão embrulhado, jo­gou o jornal ao chão. Era um exemplar d'O JonwL Baptista. Sem mais demora pegou o jornal e começou a lê-lo. Encontrou ahí uma lista de membros da Igreja de Yictoria, que se demissoriavam para a organização da Igreja de Suá. Lembrou-se de eserever a um destes. - o irmão Fortunato Rangel, - pedindo-lhe uma Biblia, que lhe foi l'emettida sem demora com alguns folhetos e Po'rções Escolhidas. Em resumo: o irmão Eloy }pu-a, creu em Jesus. eonYerfeu-se. Sahiu da cadeia no dia 8 de julho de 1927 e logo procurou a casa de culto da Igreja Baptista de S. Luíz de Boa Sorte, município de Affonso Clau­dio. ~o terceiro domingo em que as~i:-:tiu ao culto, no dia 21 de agos­to, foi baptizado pelo pastor 'lanoel Balbino Lannes, e agora se ale­gra na sua salvação."

UTERA TURA DA ESCOLA DOMINICAL

Com grande prazer podemo;, informar aos irmãos que a nossa li­teratura de Ei'cola Dominical continúa gozando da mais franca accei­tação por parte dos nOS;;;05 irmãos p igrejas pm foda a parte, e é uma das poucas especies de literatura que deixam lucro, embora modico, á Casa Publicadora Baptista, que ajuda a solver o deficit deixado por outras publicacões; havendo apenas uma exeepcão.

Isto é devido em grande parte ao cu írJado e compelencia dos re­dactores. São os seguintes O~ redaclores: Jovens e Adultos: Do 10

trimestre do anno foi redactor o irmão dr. J .I CowserL Tendo elIe que se retirar para os Estados Unidos nflS fins de 1926, recorremos ao dr. R. B. Stanton, d~ S. Paulo, que chegára dos Estados Unidos e que já executára este serviço com proficiencia, o qual de boa vontade ac­ceitou a incumbencia (~ redigiu o!' tres ultimos trimestres_de 1927 e 10 de 1928. Infelizmente acabou de pedir demissão, apresentando mo­UyOS Justos que tivemos que acatar. Mas Deus nos deparará um substituto capaz de proseguÍr na obra. Continuam firmes na bre­cha: o pastor Almir S. Gonçalves, redactor da Revista Intermediaria,; D. Alice Reno, redactora da Revista de Juniores; D. Rosalee Appleby, redactora de loias de Christo; e dr. T 13. Stover, redactor da Revista

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REL4TORIO pA JUNTA DE E. D. E MOCIDAlDE 49

d.a Mocidade e do Mensario Dominical Baptista. A redacção da Revista àe Senhoras está a cargo da União Geral. O Pontos Salientes é litera­tura da E. D., mas em fórma de livro, melhor ficando classificado na secção de livros.

Dissemos nós que a literatura da Escola Dominical era uma das poucas que deixam algum lucro á Casa Publicadora Baptista, com uma unica excepção. Essa é o Mensario Dom.inical Baptista. A razão é o emprego necessario de bom papel e clichés, e a edição ser pequena. O nosso povo ainda não se capacitou da utilidade e necessidade dessa boa revista; de outro modo a edição seria muito maior.

Uma tabella comparativa das edições de cada trimestre dos nossos periodicos, nos dois ultimos annos, será bastante elucidativa para os irmãos. Ei-Ia:

1926 1927 Revista de Adultos e Jovens 11.500 13.000 Revista de Intermed iari os 3·400 3.650 Revista de Juniores 4.100 4.150 Revista da Mocidade 1.550 1.800 Joias de Christo 3·200 3.700 Jornal Baptista 4.400 4.600 Mensario Dominical Baptista 470 500

Terminamos, agradecendo primeiramente ao nosso bondoso Pae Celestial por nos permittir tomar parte no trabalho do Seu Reino; de­pois aos prezados irmãos redactores e collaboradores; e finalmente aos irmãos e igrejas em geral.

DEPARTAMENTO DE E. D. E MOCIDADE BAPTISTA

T B STOVER, Director o trabalho do Departamento de Escola~ Dominicaes e Mocidade

Baptista é tão lento e inostensivo que muitos nem sabem que está i'unceionando. O seu dever é preparar o fermento e levedar foda a massa bapt Í;:.;La eom o desejo ardente de desenvolver tudo que diz res­peito á Eseola Dominical e á União da Mocidade. O fermento é toda a qualidade de literatura, quer livros, quer revistas ou folhetos que sirvam para ajudar qualquer obreiro a desempenhar o seu trabalho nestas dua.s p hases de actividade da igreja. A propaganda que o De­partamento faz é levar todos a se aproveitarem do fermento, pois a "massa baptista" deve-se levantar e cada vez mais tornar-se activa.

Demos primeiramente aUenção ao trabalho entre as

ESCOLAS DOMINICAES CURSO NORMAL. Toda empreza moderna e progressista exige

obreiros intelligentes e dextros. A causa do Senhor não póde ficar na

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50 CONVENCÃO BAPTISTA BRASILEIRA

retaguarda quanto a esse ponto. Para evitar iss'o no tocante a Escolas Oominicaes, a Junta continúa a fazer propaganda para a rea.lização do bem elaborado curso de estudos destes ultimos cinco annos, composto dos seguintes livros: "No.vo. Manupl No.rmal", "Coração do. Velho. Tes­tamento", "Estudos no Novo. Testlhnento.'\ "O Que Crêm o.s Baptistas", '".4.8 Sete Leis de Ensino.". "Co.mo. Ganhar Vidas para Ch;1'isto.". "Pales­tras co.m a Classe No.rmal", "Breve Historia dos Baptistas" ou "Igrejas do. No.vo. Testamento."

O mappa que acompanha este relatorio mostra como os obreiros Qí:tão aproveitando esse curso. E' lastimavel notar que ha um de­crescimo de 18 % no total de diplomas e -seIlos em comparacão com o que foi concedido no anno anterior. No decurso de 1928 é preciso que os superintendentes e pastores façam uma campanha extensiva para organizarem classes e institutos nessa materia.

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:SeN05 e Oipromél5 conferkJ05 pelo oepart. de E. D. e Moc\dade .---~.--~~~--~~.~ .... __ .~-~._~._~.~.~ .. ~~.~_.~-~-~-~_.~.-.~--~_.~. ~--~~~~~~~~~~~~~

Como Oa- Palestras 19rejas do N.

Estados

Alagoas .....

Amazonas ..

Hahia ..... .

D. federal..

E. do Rio ..

E. Santo ••.

Maranhão ..

Minas ......

Pará •....•. Parahyba ...

Paraná .•..•

Pernambuco

Piauhy ..••.

R. O. Norte

S. Paulo •.••

Sergip~ •••.

Manual Coração do Estudos no O Que Crêm Normal Velho Novo os

Testamento Testamento Baptistas

As Sete Leis

do Ensino

nhar Vidas com Testam.ento

para a Classe Breve °:iistorlà Christo Normal dos Baptistas

--~~----II----~----J-----~----II----~----I----~----·I----~----I----~----I · Antes 1927

58

5 52

113

13

70 1

37'-2

5

11

100

4

2

23 16

1927

5

13

14

512 32

Antes 1927

2

67 6

13

9

1

33

15

1927

2

3

9

Antes 1927

9

7

87 2

20

18

1

1

26

15

1927

2

11

147 14 186 13

Antes 1927

13

9

48

2

11

14

1

2

44

12

1927

8

14

5

5

10

156 42

AntêS 1927

27 1

2

89 2

20

20

1

1

51

12 1

1927

25

AntE's 1927

13 1

1

78

12 41

9

1

1

25

14

1927

3

2

4

Antes 19'1.7 Antes 1927 1~27

4

76 3

12

14

1

1

40

13

4P' 15

-f': -I

2

22 23

1

15

12

3 25

6 13

1927

5

5

227 1~9 i9"6T-9 I 28 k 35 I 107 I 10 TOTAES .. �----~---I---~---I---~----I·--~~--I--~ I--~~--I----~--

544 161 I 199.198 256 205 63 117

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52 CONVENÇÃO BAPTISTA BRASILEIRA

INSTITUTOS. O~umero de institutos, durante o anno._ agora findo, Lambem diminuiJl em relação ao do anno precedente. Por falta de recursos, só foi possivel a. este departamento cooperar directamente em dois institutos: um no Campo Bahiano, na cidade de Jaguaquara, f' outro no Campo Fluminense, na cidade de 'Valença. O primeiro foi de natureza geral, onde os obreiros estudaram durante uma semana e che~ram a completar algumas materias. O segundo teve um caracter mais loeal e durou apenas tres dias. O periodo foi muito curto, de f6rma que não foi posisvel completar Os estudos dos livros, o que era necessario para os alumnos poderem fazer os respectivos exames. Di­versos campos estão fazendo uma zelosa semeadura em prol dos insti­tutos. Organizam um programma para dois ou tres dias, no qual são leccionadas algumas materias do curso com prelecções dirigidas por pessôas idoneas. Num futuro bem proximo haveremos de colher os frutos.

O MEXSARIO. Continúa a ser editado por este departamento o Men~ario Dondnical Bapti.sta.. Devido ao deficit que sempre apresen­tou, a Junta cogitou em suspende-lo. Mas, attendendo ao claro que vem preenchendo e a que os seus amigos e assignantes lhe auguram um futuro prospero, foi-lhe poupada a vida. Uma melhor cooperação dos obreiros baptistas em prol dessa revista ba de torná-la mais effi­ciente na sua esphera.

MATRICULA !\AS ESCOLAS. Os melhores dados que pudemos obter a esse respeito, mostram-nos que nas ·WO € t.antas escolas ha para mais de 20.000 alumnos arrolados.

UNIÃO DA MOCIDADE BAPTISTA Os jovens componentes das U. M. B. estão se compenetrando cada

yez mais dos seus deveres para com Deus e para com a sua denomi­nação. Reconhecem que a ignorancia e a inhabilidade são deshonro­sas e inexcusaveis. ElIes procuram sempre avançar.

CURSO DE ESTUDOS. O Curso de Estudos ainda se acha in­completo. A. falta de verba. obrigou-nos a desistir do nosso intento, que era pelo menos publicar agora mais um livro. Temos apenas os seguintes: "Novo Manual da U. M. B.", "Treinamento dos Membros da Igreja", "Treinamento na Mordomia"

O quadro a seguir nos mostra que houve um accrescimo de 54. % sobre o que foí feito no anno passado. E' por issO b~stan~ i\nimador.

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RlDLATORIO DA jÚNTA DE E.D. E MOCIDADE

u. M. B. SELLOS E DIPLOMAS 'CONFERIDOS

Novo Manual Treinamento Treinamento u. M. B. Membros Igr. na MordGmla

Antes Antes Antes Estados de 1927 de 1927 de 1927

19~7 1927 1927

Alagoas. 28 9 17 Bahia. 26 1 26 D. Fedeval 83 27 21 36 10 H. S'anto. 36 E. do Rio 53 Minas. 47 3 Pernambuco 43 7 13 Rio G. do Sul. 7 Sergipe. 11 S. Paulo 16 1'5 Paraná. 14

Totaes 350 75 52 60 10

425 112

Estudaram o Manual (2& vez) 7 Estudaram o Manual (3& vez) li

DEPARTAMENTO DE ESTATISTICA E HISTORIA

ROSALEE APPLEBY, Directora

A Convenção de 192i resolveu confiar os dois trabalhos, Estatis­tica e Historia, á Junta de Escolas Dominicaes, que é a fonte de pu­blicidade da denominação, e pela natureza do seu trabalho pode ga­rantir mais estabilidade para esta tarefa do que Dut.ros planos ex­perimentados.

Assim, no dia 11 de Março do anno recem-findo, 1927, a Junta de Escolas Dominicaes r ~Iocidade reuniu-se e foi resolvido crear den­tro da Junta mais um departament.o, designado de - Estatistiea e Historia. Foi resolvido tambem tratar desde já de escrever a histo­ria baptista dos primeiros 50 annos.

ORGANIZAÇÃO O Depart~mento terá um archivo permanente e bibliothooa his­

toriea em que serão guardados todos os dados estat.ístieos e histori­cos. Haverá uma divisão para cada campo ou Estado contendo todas as actas das convenções desdç a primeira; os jornaes estadup.es, his-

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CONVENOÃO BAPTISTA BRASILEIRA

torias das igrejas e biographias dos o.breil'os. Esperamos ter uma historia do trabalho baptist.a de cada campo. Estamos collecionanqo tambem os livros que dão o movimento da Alliança Mundial, os B;i"­ptistas' da America do Norte que têm referencia. ao trabalho no Bra­sil; as actas da Convenção Baptista Brasileira e O JOr'fUÚ Baptista. Já temos 30 volumes destes livros (' Actas, incluindo a biographia do Dr. Z. C. Taylor, Dr- W" B. Bagby; e o Dr Entzminger está pu­blicando seus apontament05 historicos no jornal. Temos -em mão mais ou menos 20 biographias de obreiros. Diversos jornaes baptis­tas dos Estados já publicaram mais de cem historias das igrejas l'

recebemos mais 9 nos ultimos mezes. O trabalho é organizado com uma commissão de tres membro~

da Junt.a de E.D. e Mocidade eleitos por esta mesma Junta e um membro de cada campo eleito p",la Junta estadual. A Junta estadual será responsavel pelo progresso do trabalho do seu Estado, reeleger o historiador quando fór preciso por qualquer razão; tambt'ffi pagar qualquer despeza feita pelo mesmo. E' bom, sendo possivel, que ca­da campo publique a historia do trabalho- baptista no seu Estado quan­do estiver prompLa. Guardaremos um exemplar da historia de cada campo na bibliotheca historiea, propriedade da denominação.

A organização até agora é a seguinte:

COMMISSÁO DA JUNTA DE ESCOLAS DOMINICAES E MOCIDADE:

1. A. B. Christie. 2. Ricardo Pitrowsky. 3. J. J. Cowsert.

HISTORIADORES ELEITOS PELOS .CAMPOS:

t. Pernambuco: A. ~. Mesquita, Caixa 178, Recife. 2. Bahia-Severo Miguez Pazo, Rua Dr. Seabra 191, Bahia. 3. Pará-Nina Ayres, Rua de Cametá n. 25 E, Belém. 4. Amazonas - Antonio Lopes Barroso, Caixa 84A, Manáos . 5. Sergipe - C. C. Duclerc, Rua do Siriry, Aracajú. 6. Minas Geraes - Herval Rangel, Pouso Alegre 605, B. Horizonte. 7 Rio - Joaquim Lessa, Campos. 8. Paraná-Djalma Cunha e AoB. Deter, Curityba. 9. Victoria - Almir S. Gonçalves, Ca ixa 3803, Victoria.

tO. Districto Federal - W W Enete, Caixa 352, Rio. 11 o Rio Grande do Sul - Harley Smith, Caixa 118, Porto Alegre. 12. Matto Grosso - W oB. Sherwood, Caixa 78, Campo Grande.

Alguns dos historiadores estão preslandogrande e· mesmo optimo serviço á .denominação, e merecem a apreciação e honra dos Baptis­tas. Pedimos aos outros campos para elegerem um historiador, si ti­verem pessoas competentes e que disponha de tempo .para fazer o trabalho. E' preferível não eleger pessoa alguma, a eleger uma que não tenha tempo para executar o trabalho; porque é mais fseil ter

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RELATORIO DA JUNTÁ DE E. D. E MOCIDADE 55

relações directamente com as igrejas do .que por meio dum historia­doI' que não esLeja fazendo o serviço. Urna das primeiras coisas fei­las foi conseguir e submetLer os secretarios estaduaes a um padrãe uniforme de estatistica. Resolveremos sobre este ou outro padrão durante a Convenção.

uma viagem foi fei:a a Pernambuco e Alagoas em procura de da­dos hü;toricos. Os historiadores dos Estados de Mina~, Alagoas, Per­nambuco, Paraná, informaram que já .começaram a historia dos campos respectivos.

EMFIM ESTAMOS TRABALHANDO PARA REALIZAR EM CINCO ANNOS O SEGUINTE:

1. Um systema de estatísticas completas e certas, guardando-as de anno em anno.

2. Uma historia dos Baptistas durante os primeiros 50 annos. 3. Uma bibliotheca historiea com uma secção para cada campo. 4. Uma historia de todas as igrejas. 5. Um volume de biographias dos obreiros.

SUGGESTOES AOS OBREIROS: a - Enviar ao Departamento .photographias das igrejas, Escolas

Dominicaes e instituições Baptist.as, especialmente retratos de coisas de valor historieo.

b - Contribuir com a collecção e remessa de documentos histori­cos, livros, actas das convenções, cartas ou qualquer outra coisa de in:eresse para a bibliotheca historica. .

c - Escrever suas biographias, contendo a narração de todos os factos interessantes de sua vida, os quaes de algum modo te­nham contribuido para a sua conversão ou dedicação ao trabalho.

2. AS JUNTAS ESTADUAES: a - Fornecer logo no começo do anno ao Departamento Histori­

co as actas das convenções, todos os jornaes estaduaes do pre­sente e passado que seja possivel adquirir.

b - Verificar si o jornal baptista de seu Estado es'á em condi­ção de ser bem impresso e em bom papel, para poder ser lido daqui a cincoenta annos.

c - Pagar qualquer despeza necessaria do historiador estadual, anirnando-o e ajudando-o a consegu ir os dados para a nar­ração. completa de todo trabalho em seu campo.

3. A'S IGREJAS: a - Tomar mais cuidado com as actas, escrevendo-as a tinta ni­

tidamente, sem emendas ou rasuras. b - Eleger uma pessoa competente para preparar a historia

da igreja para o anniversario, mandando urna copia ao De­partamento.

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56 CONVENCÃO BAPTISTA BRASILEIRA

RECOMMENDAÇOES f. Que o anno para estatisticas seja de setembro até o fim de

outubro seguinte, e que cada secretario correspondente estadual seja solicitado a auxiliar, a obter e remettel-as ant.es do fim de cada dezembro.

2. Que a J'ormula feita e usada este anno para estatísticas seja adoptada para todo o Brasil.

S. Que o maior criterio seja empregado para dar toda'8 as infol'­mações cert.as e completas.

4. Que a commissão historica fique como está; composta de tres membros da Junta -de E.D. oe Mocidade, eleitos pela mesma e um membro de cada campo eleito pela Junta estadual e que qualquer vaga seja oc~upada por pessoa eleita por estas Jun­tas respectivas.

5. Que as Juntas estaduaes forneçam a este Departamento com as 'actas das eOllvenções do passado e no fim de cada anno tam­bem qualquer outro documento historico.

6. Que cada junta estadual paooue a despeza do seu historiador estadual.

'i Que publiquemos cada anno uma historia de alguma institui­ção {lU pessoa nas Actas da Convenção Brasileira.

RELATORIO DO DEPARTAMENTO DAS ESCOLAS POPULARES

W W ENETE, Director.

No primeiro anno das nossas escolas tivemos uma só escola. a qual foi assistida por 57 alumnos e 14 professores.

No segundo anno funccionaram 3 escolas com 307 alumnos e 42 professores.

No terceiro anno realizaram-se 8 escolas com o tot.al de 448 alu­mnos e 99 professores.

A primeira edição da nossa literatura vae se esgotando rapida­mente, porque outras denominações estão aproveitando os livros du nosso departamento.

A Escola Popular Baptista é uma força attractiva para a igreja e para o Evangelho. Nesta novel organização até hoje matricularam­se 337 filhos de bapUstas ou alumnos das Escolas Dominicaes, e 27'( catholicos. Além destes, tivemos nas escolas populares muitos de ou­tras denominações e alguns estranhos a qualquer organização.

Quarenta e oito pessõas já estudaram o Manual da E. P. B. e, tendo prestado exame, foram approvadas com a nota de 75 em diante.

Esperamos que os nossos pastores vão aproveitando as escola:; populares baptistas para augmentar a Escola Dominical e para abril'

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RELATORIO DA JUNTA DE E. D. E MOCIDADE 51

as portas, até hoje fechadas, ao Evangelho, -para a prégação da Palavra de Deus.

A Escola Popular Baptista dá uma opportunidade singular, por­que, tendo os alumnos nas aulas tres horas por dia, em 15 dias, no curso de tres semanas, é passiveI ensinar muitas verdades biblicas,1 que .só se poderiam ensinar durante um anno na Escola Dominical. Além disso, na Escola Popular os alumnos aprendem lições de patrio­tismo, de hygiene e de obediencia. Os professores têm a opportuni­dade de usar methodos na Escola Popular que não poderiam usar na Escola Dominical, porque na Escola Popular os alumnos aprendem brincando.

Os pastores estão já aproveitando a nossa literatura e dirigindo c:scolas nas suas igrejas. Neste anno o director dirigiu quatro escolas, o os pastores mesmos dirigiram tres escolas sem auxilio do director do departamento.

No primeiro anno hOUY8 uma escola, no segundo tres, no terceiro sete. Esforcemo-nos por ter pelo menos yinle escolas este anno. Para fazer isto o director está promplo a yisilar, animar e ajudar em qual­quer coisa passiveI.

Como as estatísticas dos primeiro::: annos não foram impressas, acha-se a seguir uma tabella demonstrativa do desenvolvimento do trabalho desde o inicio até ao presente.

III o III III III

Pc I 2l o S %peja Estado 'S ; ...: i ~ ~ o s:I

g &: o CD :I ~ E4 )(

1924 - 25 Catumby D.F 20 9 28 14 71 30 27

1925 26 Meyer. D.F 12 18 21 15 66 20 31 Primeira S. Paulo 9 21 44 14 88 23 51 Beno Horizonte. Minas 50 50 82 13 195 81 101

TOTAL - 20 ANNO 7\1 89 147 42 349 124 183

1926 . 27 Petropolis. Rio 6 14 22 8 60 1~ 27 Jockey Olub. D.F, 7 26 17 11 51 12 28 Campinas S. Paulo 14 26 31 16 87 35 36 Engenho de Dentro D.F 18 29 51 22 120 30 68 Santos . S. ~ulo 16 29 50 15 110 54 41 Petropolis Rio 17 15 25 15 72 23 34 São Christovam. D.F 16 29 12 57 26 19

TOTAL - 3° ANNO 78 155 225 99 647 95 253

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58 CONVENÇÃO BAPTISTA BRASILEIRA.

RELATORIO DA CASA PUBLICADORA BAPTISTA

ISMAIL S. GONÇAL VES, Gerente

Sejam as nossas primeiras palavras de louvor e gratidão a Deus pelas provas constantes do seu amor para comnosco. ~ão fôra a sua misericordia, auxiliando-11os na tarefa que nos foi entregue, e nada teríamos realizado. Rendamos-Lhe, pois, muitas graças pelo Seu dom ineffavel.

As linhas que se seguem não exprimem Ludo o que se tem feito no decorrer do anno findo. Tocamos simplesmente nos pontos que julgamos de mais interesse á denominação. '

BALANÇO: - Deixamos de incluir o balanço referente ao anno findo, por não se achar ainda prompto quando preparámos este rela­torio, o que esperamos fazer por occasião da impressão das actas. Por isto alguns dos algarismos que aqui apparecem representam ap­proximadamente o estado real; só o balanço é que poderá dar a ultima palavra.

OFFICINAS: - Este departam~nto ~devidamente apparelhado e dirigido pelo incansavel irmão Flavio de Souza, muito se tem desen­,-olvido, tornando-se um facLor poderoso no conceito de que já goza a nossa Casa por part~ dos f'reguezes, que a têm distinguido com as suas sempre acatadas ordens, confeccionando com esmero os traba­lhos graphicos que lhes são confiados. A producção bruta das offi­cinas elevou-se, no anno findo, a mais de 320 :000$000, excluindo os trabalhos em andamento, que montam em 5: 343$330. Publicaram-se,. entre innumeros trabalhos de fóra e os periodicos denominacionaes, livros e folhetos com u,ma tiragem, respectivamente, de 13.592 e 319.450. O stock de papel eleva-se á somma de 70 :688$890.

LIVRARLI\.: - O movimento de vendas á vista e a credito neste anno attingiu a uns 100 :000$000. Muitas são as obras que adquiri­mos em Portugal, nesta praça e em S. Paulo e t ambem as que foram publieadas nas nossas offícinas. Possuimos 6m stock para mais de f9.937.168 volumes de fivros. Incluindo folhetos, bandejas, calices, organs, etc., eHe se eleva a mais de 223 :000$000. Apesar de propa­garmos, tanto quanto nos permitie o tempo, as ohT~as que temos á venda, notamos um certo retrahimento da parte dos nossos freguezes. Consequencia da carestia da vida, sem duvidaI E' uma necessidade imperiosa darmos sahida ao grande stock de livros que possuímos presentemente. Pará que isso aconteça é mistér intensificar entre os crentes o habito de ler sua propria literatura.

ESCRIPTORIO: - A organização deste departamento, comquanto não tenha attingido o ideal, tem, corntudo, contribuído efficazmenie para o bom desempenho da nossa missão.

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RELATORIO DA JUNTA DE E. D. E MOCIDl!.DE 59

Desde o guarda-livros ao funccionario de mais baixa categoria, lodos se esforçam para cumprirem satisfatoriamente as suas 'obriga­ções. E' justo que nestas linhas deixemos consignado ó nosso agra­deoimento aos bons auxiliares do escriptorio.

CONTAS: - Gontinúa a nos preoccupar bastante o elevado nu­mero de contas devedoras. Temos restringido ao maximo as vendas a ~redito, especialmente de livros, evitando de abrir novas contas afim de que elIas não augmentem. Presentemente sobe a mais ou menos 100 :000$000 o debito em C/correntes, apesar dos clamores constantes manifestos nas circulares de cobrança, que periodicamente enviamos aos freguezes. O aviso mensal mandado a cada assignante d'O- Jornal Baptista, logo que sua assignatura termina, tem surtido bom effeito, apesar de haver ainda muitos atrazados, elevando-se o debito a mais de 25 :000$000. E' nossa opinião que algumas medidas devem ser to­madas para salvaguardar os interesses da Casa em relação ás vendas a credito. Nisto todos os irmãos podiam ajudar-nos, fazendo sempre os ~eus pedidos acompanhados da importancia respectiva.

PROPAGANDA: - Est.a phase de trabalho nã<;> tem tido o desen­volvimento que seria de esperar. ~o anno p. p. enviámos gratis a alguns campos, folhetos mais ou menos no valor de uns 7 :000$000. Sem duvida a escassez de colportores, no~ diversos campos, tem sido, em parte, a razão de não termos distribuído maior numero de folhe­tos. Um bom contingente delles, activos e adestrados, não sómente fariam um magnifico trabalho de evangelização, distribuindo larga­mente folhetos, como seriam utilizados para a venda dos nossos li­vros, disseminando desta fórma a sã literatura e alliviando as prate­leiras da nossa Livraria.

OS NOSSOS FREGUEZES: - Uma das nossas grandes preoc­cupações tem sido servil' bem a todos os freguezes sem prejudicar os mteresses da Casa. Neste proposito é passiveI que tenhamos dado motivo a alguma pequena magua áquelles que têm tido relações COffi­

merciaes comnosco. Se assim tem acontecido, uma palavra de des­culpa cabe neste relato ao nosso trabalho. Estamos. porém, conYictos de que em geral os nossos freguezes têm a melhor disposição para co­operarem com os nossos fracos esforços. E' nosso desejo servi-los cada vez melhor.

EXAMES: - Segundo o que está estabelecido 11a alguns annos, continuam os nossos livros de escripturacão a i'Cl' examinados mensal­mente pelo guarda-livros, irmão Americo Senna, que tem constatado a oxactidão das contas, como ~e póde vêr pela sua declaração referente ao mês de novembro, que a seguir transcrevemos:

"O .abaixo assignado, guarda-livros, declara que verificou, da Casa Publicadora Baptista, ,a escripta do mês de novembro de 1927~ nos seguintes livros:' Borrador, Diario, Caixa., C/Correntes, Vales e Recibos e achou em perfeita re1ca.çio as entradas e sah1-da.s. Rio de Janeiro, 24 de Dezembro de 1927. - A. L. 8enn •• "

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(;0 bONVENÇÃO BAPTISTA BRASILEIRA

o FUTURO DA CASA: - Cada anno que se passa verificamos o progresso sempre crescente da Casa. A perspectiva que ella tem di­ante de si é a mais brilhante. Grandes coisas serão emprehendidas se um bom numero dos seus freguezes não olvidar os seus compromissos para com e11a. O successo ou insuccesso da Casa, no futuro, irá de­pender em grande parte da cooperação dos seus innumero5 f'reguezes íigrejas e indivíduos) E' de esperar-se a melhor boa yontade da parte de todos, para o bom exito dos seus planos.

Concluindo, desejamos que os prezados irmãos nos continuem a dispensar a sua sympathia e cooperação pelo tempo que por Deus no=­fôr permittido estar á frente deste glorioso, porém arduo trabalho.

Balanço da Casa Publicadora Baptista, em 31 de D~embro de 1927

ACTIVO PASSIVO Lil..'rruia ({a.pi.tal

Valor do s t.ock exis- Valor desta conta 9i9 :402$290 tente conforme in- Contas Correntes ventario 227 :824$100 Saldos credores das

lm.m.oveis existentes 10:127$320 Valor dos que pos-suimos 243:7288680

JJa.chinismos \ Valor dos existentes 134:909$4iO

Typos e CavaUetes Idem c.omo acima 29:940$640

Moveis e Ftensilios Idem como acima 32:375$890

Constrtlcção Valor desta conta 87:374$100

Material. em Deposito Valor do stock con-forme inventari{) 70:688$890

Contracto da Casa Valor desta conta 4:953'650

SeUos Valor dos existentes 844$140

Contas Correntes Sal dos devedores das existentes 140:976$170

C(Jj,xa Dinheiro em cofre 15:913$880

989:529$610 989:529$610

1111111111111

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RELATORIO DA JUNTA- DE E. D. E MOCIDADE- 61

Demonstração da Cpnta de' Lucros e Perdas

Machinismos . . Typos e Cavalletes Moveis e Utensílios Contracto da Casa Juros e Descontos Viagens Bibliotheca '. . . "Jornal Baptista" Dep. Escolar Despezas Geraes Escriptorio Dep. de LivrDs . Redacção de Periodicos Automovel Propaganda Dep. de Esc. Dom. e Mocidade Dep. de ~statistica "Mensario Baptista" Livraria (Lançamento no correr do anno) Contas Correntes (idem como acima) Officinas Livraria Material em Deposiw Litteratura Junta Americana (Subvençã6 Estrangeira) Caixa (Lançamentos no correr do anno) C~it~ . -Differença da subvenção estrangeira rece-

bida da Junta Americana que passou para esta conta

Declaração

Debito Credito 14:98g$940 3:326$740 3:597$320

15:492$000 7:111$100

190$000 29$300

17:318$860 1:539$050 7:602$460

16:804$080 6:207$000

16:877$900 8:975$330 8 :511$700 6:5-10$100

814$800 4: 108$500

56$750 294$800

15 :079$4801

54:244$990 33:874$120

6:233$890 17:532$570 43:549$040

2$600

155:437$210 155:437$210

A. L. Senna, guarda-livros, dec·lara que verifieou a escripta­mercantil do m(~~ de Dezembro de 1927, da Casa Publicadora Baptista, nos livros Borrador, Diario. Caixa p Contas Correntes e bem assim ~otas, Vales, Recibos e o Balanço Annual, e achou em harmonia as entradas e sahidas conforme os respectivos livros.

Rio de J(lueiro, 4 de fevereiro de 1928. A. L. Senoo.

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Relatorio da Junta de Millões Ba[ionae! da [onvenÍ!

laDtina Bralileira. relativo ao anno de 1 ~ll ~o principio deste relalorio queremos render graças a Deus pelas

muitas bençams derramadas sobre o trabalho da Junla de Missões Na­cionaes, durant.e o anno de 1927. Temos tido as maiores provas da presença do Espirito Santo nesta eausa tão santa e por isso olhamos para o futuro com toda a confiança e fé. "Si Deus é por nós quem será contra nós?H

O fim deste relatorio é mostrar aos irmãos estas provas e dar uma visão daquilIo que devemos fazer no futuro, para que a nossa querida patria possa receber as bencams do Evangelho em todos os seus cantos, ainda que sejam muito distantes.

I. As recommendações da Convenção pu.da Sendo a Junta a serva da Convenção, deve obedecer á voz daquella

que a creou. Por isso a Junta tentou cumprir as condições estabele­cidas pela Convenção de S. Paulo. Não podia cumprir todas por di­versas e boas· razões.

Os dois primeiros pontos do parecer são geraes e por isso deixa­mos de mencioná-Jos. Basta dizer que o "Dia de Missões Nacionaes" foi observado em quasi todos os campos com os melhores resultados.

Em" relação ao terceiro ponto, foi impossivel a visita do Secreta­rio-Correspondente ao Campo Amazonense, devido á ausencia do di­rector effectivo do Collegio Baptista do Rio. A Junta reconheceu a impossibilidade desta visita, durante o anno de 1927; porém espera que a viagem possa ser feita em tempo muito proximo.

Os outros pontüs do parecer serão mencionados na parte deste re­latorio que se refere ao trabalho do anno e por isso desistimos de mencioná-los aqui.

Com esta breve exposição, os irmãos podem comprehender que a Junta tomou a serio as recommendacões, da Convenção e tentou. cum­pri-las com toda a lealdade.

II. Cooperaçio. :São ba denominação cujo futuro e trabalho dependam tanto de

cooperação como os baptistas. ElIes precisam duma grande tarefa para que fiquem unidos no espírito. No Brasil esta tarefa são as Missões Nacionaes. Podemos ter o nosso ponto de vista em outros as­sumptos, porém somos todos unidos no trabalho da evangelizaQão da, nossa querida patria.

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~RELATORIO DA JUNTA DE MISSÕES NACIONAES 63

A Junta recebeu durante o anno de 1927 as prova,s do mais franco e leal apoio de todos os baptistas brasileiros.

Mesmo nas proprias reuniões da Junta não houve a .menor dif­ferença no modo de encarar o trabalho e nos planos do seu desenvol­vimento. Os membros da Junta não pouparam esforços no cumpri­mento dos seus deveres.

De todas as partes do Brasil chegaram ao Secretario-Correspon­dente pedidos de informação sobre o trabalho da Junta. O povo ba­ptista revelou o seu desejo ardente de alistar-se séria e intelligente­mente nesta cruzada santa. Não houve criticas, porém um desejo sin­cero de se conhecer melhor o trabalho.

A contribuição é uma prova verdadeira de interesse e coopera­Cão. Por isso podemos dizer que a cooperação do povo para com a Junta é verdadeira porque a contribuição para Missões Nacionaes do anno de 1927 foi de 22 :720$820, um augmento de 77 °1°. Esta con­tribuição foi espontanea e regular. A Junta achou melhor não fazer nenhum orçamento para os campos, simplesmente confiando na libe­ralidade e amor dos irmãos.

lU. O trabalho do anno.

1. Du SECRETARIO-CORRESPONDENTE.

O trabalho do Secretario-Correspondente se divide em duas pha­ses: artigos e visitas. Preparou elte a lição da Revista de Jovens e Adultos, da Escola Dominical, para o "Dia de Missões Nacionaes", do anno passado, e a da Revista da U. M. B. para o segundo trimestre de 1928. Além disso, O Jornal Baptista e a Revista das Senhoras trou­xeram artigos de muito valor para o trabalho. Taes artigos não foram escriptos pelo Secretario-Correspondente, mas pelos amigos da causa e pelos nossos missionarios. Os artigos dos missionarios têm desper­Lado o mais vivo interesse e são novas paginas na historia do movi­mento missionaria através dos seculos.

Numa das reuniões da .Tunta foi apresentada a idéa de mostrar a nossa cooperação com os campos por meio de visitas do 8ecretario­Correspondente. EUe não pôde visitar todos os campos, porém a idéa foi bem recebida e em todos os lugares por onde andou, o povo mos­trou-se muito interessado na causa.

Visitou os Campos do Districlo Federal, do Estado do Rio, São I

Paulo e Paraná-Santa Catharina. Ha nestes e em outros Campos um ycrdadeiro enthusiasmo pelas Missões Naeionaps. O Secretario-Cor­respondente deve dar mais tempo a este trabalho, porque onde ha co­nhecimento ha enthusiasmo. O Campo Pernambucano ~ prova disso. Os irmãos l~ estão informando o povo e este está contribuindo.

Além deste trabalho, o Secretario-:Correspondente se tem esfor­~ado no cumprimento dos artigos 4, 5 e 6 do parecer do anno passado. Estes artigos se relacionam com a questão dos immigrantes e o Ma­nual de Missões. CoUocou-se em contacto com os' baptistas dó Japão,

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64 CONVENÇÃO BAPTISTA BRASILEÍRA

Halia, Argentina e de outros países. Destes diversos lugares obteve ~nformações para o trabalho.

Logo que as finanças permittirem, será possivel fornecer Bi­blias, Novos Testamentos, folhetos. li~~ões da Escola Dominical, etc., em hespanhol, italiano, allemão, leito, japonês, chinês e noutras lin­guas. Muito disto já existe e será po~siYel produzir o resto. Não eollocamos um trabalhador entre os immigrantes, simplesmente por­que as offertas não deram para este fim. A porta está aberta e deve­mos entrar.

O material para o Manual de Missões :,e está preparando e no fu­turo esperamos yêr este livro de tão grande necessidade nas mãos do nosso povo.

2. O TRABALHO DOS NOSSOS MISSIONARIOS

(1) ;\'0 Amazonas.

O moyimento neste campo de trabalho tem sido maior do que em qualquer outro anno. O nosso missionario l\lanoel Gomes dos Santos tem sido incansa\'el no cumprimento do seu dever. Tem feito tres \-iagens durante o anno e permaneceu a maior parte do anno no campo de trabalho. Lealmente elle tem cumprido as ordens da Junta. Si hou\'er qualquer razão para critica, não será devido á falta de dedica­ção e consagração do míssionario nem de iniciatiya da Junta, porém á falta do conhecimento do Campo.

O trabalho do missionario Santos tem sido de um pioneiro. Elle está abrindo o caminho e nós precísamos de outros obreiros para en­Lrarem e possuírem a terra. Já temos visto alguns resultados do tra­balho lá, no baptismo de dois novos crentes, um do~ quae:" abriu logo uma escola para índios.

Em Itanuahú, no Juapery, ,já temos duas barracas, que :;~rvem

para moradia dos índios e ponto de contacto com os indio.:;. Lá o missionario mantém culto e trabalho religioso. Será no futuro o cen­tro do nosso trabalho de evangelização da zona.

~a sua ultima carta, diz o nosso missionario: "As opporlunida­des dos baptistas são optimas e, si não estamos fazendo mais este ~nno, é por falta de recursos. A yerba que temos para este glorioso trabalho é exígua e não satisfaz ás despezas exigidas pelo mesmo. To­davia, contentamo-nos com o que temos e, com as bençams de Deus, estamos fazendo o melhor que podemos, tendo esperança de que Deus dará as chuvas e o calor 'para germinar a semente espalhada."

(2) No Tocantins.

O trabalho entre os Kraós, dirigido pelos nossos missionarios Zacharias Campello, sua senhora e sua irmã, tem recebido as maiores bencams de Deus. Estes missionarios não têm medido sacrifícios nem pensado nos seus proprios interesses ou na sua saúde. Têm elles dado

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REL~ TORIO DA JUNTA DE MISSOESNACIONAES 61)

pagi"nas novas e gloriosas na grande causa missionaria. Si a causa baptista no Brasil não tivesse produzido outros frutos, este casal seria razão bastante para justificar a sua exisLencia.

Não podemos relatar todo o trabalho feito, porqúe não temos es­paço. Tambem não ha razão para isso, porque tudO. já foi publicada n'O Jornal Baptista. Basta dizer que existem quatro escolas, sendo duas diarias e as outras dominicaes. Ha, no lugar denominado Krao­nopolis, um collegio diario com uns 50 alumnos e uma Escola Domi­nical. O outro collegio existe na aldeia de Pedra Branca, com o mes­mo numero de alumnos mais ou menos, onde ha tambem uma Escola Dominical.

Os methodos adoptados pelos nosso;; missionarias sã 'o os meiho­res e hão de dar resultados no futuro, si fizermos a nossa parte.

O collegio em Pedra Branca- (~ dirigido por um moço crente que não recebe ordenado da Junta. Por isso ha quatro trabalhadores na­quella zona.

IV. O futuro. " "...l.:".

( 1 ) 1VO A m.azonas .

Parece que Deus est á provando a fé e a paciencia dos bapÚstas JiI'asileiros no trabalho nesta região; porém não devemos desanimar, porque a historia das missões é cheia de exemplos semelhantes. O trabalho novo sempre vae devagar.

A' Junta parece que o tempo já chegou para avançar ~aquella

zona. 'Recommendamos que fosse collocado lá um outro obreiro para estabelecer o trabalho já aberto. O missionaria' Gomes deve continuar o seu trabalho de exploração.

Parec'6 que Deus está fornecendo mais um outro missionaria, porque agora mesmo a Junta recebeu uma cornmunicação de um dos estudantes mais distinctos do Seminario do Norte, offerecendo-se para a tarefa da evangelização dos indios. Devemos dar graças a Deus por esta dadiva e continuar a orar por outros obreiros.

(2). No Tocantins.

Cada vez mais este trabalho se está espalhando. Devemos desde ,;á,colIocar outros obreiros lá e augmentar a verba ',para o seu ~us­tento. Portas se estão abrindo e a prova disso é ctU8 o bispo catholico daquella região já está em acção. Não podia haver maior prova de dficiencia do trabalho do nosso missionario.

Ha pouco veiu um chefe de uma outra aldeia com uma éommis­:::ão para pedir que o nosso missionario abrisse uni collegio entre os !lleninos da sua aldeia. Depois de fazer conhecido o fim da sua mis­,;;0, disse elle: "Já muitas vezes pedi auxilio dos civilizados, Venho !Jela ultima vez fazer este pedido. Si não fÓr attendido, jamais pedi­rei coisa al~uma. dos civi'liz!ldosr"

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CONVEN~ÃO . B.A.PT1ST Á BRASlLEIltA

. Irmãos, vamos ou não attender a este pedido? Para o futuro cteste trabalho precisamos evangelizar os civilizados nas cidades e villas proximas, para que assim possamos de perto ajudar os esforços dos nossos missionarios. Devemos pensar em collocar um trabalha­dor em Carolina, onde já existe uma igreja baptista, que votou a sua cooperação com a Convenção Baptista Brasileira.

(3). Entre ,os immi(J1-antes.

A Junta acha que' deve continuar os seus estudos deste problema e, além disso,. preparar durante este anno a literatura necessaria para o trabalho. Por isso pede que o orçamento seja feito com o fim de designar uma somma r~gular para este fim.

Na sua ultima reunião a Junta recebeu uma communicação dos hungaros da Igreja da Lapa, em S. Paulo, pedindo que um trabalha­dor fosse collocado entre elIes para cuidar dus seus interesses espiri­tuaes. Disseram ~lles que ha no Estado de S. Paulo uns 70.000 hun­~aros, muitos dos quaes são baptistas e que estão negligenciando a sua vida espiritual. A Junta. recommenda que o assumpto seja estudado e uma -solução favorayel seja dada a este appello.

v. A. necessidades da Junta e do seu trabalho.

1. Or~ão.

A maior necessidade no trabalho do Senhor Jesus Christo é a ora­~ão. Temos tido evidencias durante o anuo de que o povo baptista está orando, em favor da Junta e dos nossos missionarios. Queremos suggerir que cada lar ,no seu culto domestico, se lembre dos llQSSOS

missionarios pelo nome.

2· Cooperação.

Estamos mais e mais recebendo testemunhos da. cooperação leal dos 'nossos irmãos baptistas; porém temos de conseguir ainda uma co­operação maior. E isso será por meio de informações fornecidas 'ás igrejas pela Junta. Chamamos a attenção dos irmãos para ,a resolu­ção da Junta, offerecendo mandar o seu Secretario-.Correspondente visitar os campos com o fim de dar esta informação.

3. Um auumento, no seu orçamento.

A Junta teve de pedir da Convenção um augmento do seu' orça­mento. Não queremos fazer uma comparação, mas simplesmente de­sejamos chamar a attenção da Convenção -para o facto que o orça­mento, para as Missões É$trangeiras é duas vezes maior que o orça­mento das ~lissões Nacionaes. A Junta de Missões ~acionaes tem de sustentar seis trabalhadores, emquanto a Junta de Missões Estrangei­ras p'ossue dois missionarios. ·Não devemos diminuir a verba de Mis­sões Estràngeiras, porém devemos augmentar a verba das Missões

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,RELATORlO DA JUNTA, -DE -MISSõES NACIONAES 61 Naeionaes: Reeommendamos, portanto, que o orçamento seja. de- qua­renta contos de réis, que será a mesma proporção do a'ugmento deste anno.

4. Que o "Dia de Missões Nacionaes" seja observado em tqdas as igrejas.

A Junta pede que o "Dia de Missões Nacionaes", dia 4 de ~aréo, peja observado em todas as igrejas, baptistas como um dia de infQr­mação e de animação pela causa de Missões Nacionaes~ O Jornai- Ba­ptista, do dia 26 de janeiro, trará toda a informação necessÇlria para um bom programma para aquelle dia. Esperamos que seja- tirada uma boa offerta para o trabalho neste dia.

5. Contribuições systematicas.

A Junta tem as suas despezas mensaes fixas. Tem de pagar os :-:eus missionarios com toda a regularidade. Por isso pede que todos os campos sigam a regra dos de S. Paulo, Distrícto Federal, Espirito Santo e -Pernambuco, rsto é, de mandarem mensalmente a sua offerta ao thesour,eiro da Junta, o irmão Ismail Gonçalves.

O rel~.torio está perante nós. Deus está abençoando o trabalho da junta e' os planos dos baptistas brasileiros nos seus esforços de evan­gelizar -ó povo mais abandonado no mundo inteiro - o .índio brasileiro. Com a cooperacãodos irmãos e as bençams de Deus, veremos num fu­turo proxlmo a luz do Evangelho brilhando entre este povo com um l'splendor cada vez mais glorioso.

Pela .Tunta, L. M. Bratcher. Secretario-Correspondente.

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q8 CONVENCXO' " BAPTISTA BRASILEffiA

Relatorio . Financeiro da Junta de Missões Nacionaes

CORRESPONDENTE AO ANNO DE 1927

. Com a graça de Deus e cooperação dos irmãos poude esta Junta satis. faZer . pontualmen.te os seus -compromissos e terminar o rumo com um regular saldo em caim.

ApeIJar da apregoada crise, as eJ;1tradas têm sido satis!aetorias, não obst&:Íltoe a lrregu]laridade de alguns. campos. .

Esperamos que neste novo rumo todos os campos sejam pontuaes nas suas remessas, afim de que a nossa Junta estenda as suas estacas.

, Deixamos de dar um relatorio minucioso por sahlrem mensalmente publicados no Jornal Baptista.

ENTRADAS: CaJnpo PenNUnbuoano__ __ __ __ __ __ __ __ __ __

" "

~ulistano __ __ __ __ __ __ __ __ __ _~ ___ _ Vietoriense__ __ __ __ __ __ __ __ __ __ Federal__ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ Amazonense__ __ __ Fluzoinense __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ Babiano __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ ~tneiro__ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ Pvanâ·S. Catharina __ __ __ __ __ __ __ .Mattogrossenstl _______________ _ R. G. do SuL~' __ __ __ __ __ __ __ __ Sergipano__ __' __ __ __ __ __ __ __ __ AJagoano__ __ __ __ __ __ __ __ _ __ _ SUl Bahiano__ __ __ __ __ __ __ __ __ __ Piaubyense__ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ Maranhense __ ' ___________________ _ Parah~o__ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ Goyano __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __

União G. de Senhoras _____________________ _ A~sos__ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __

SAHIDAS: Pagamentos aos missionarios __ __ __ __ __ __ __ ])esp. com remessas ________ •• ' ___________ _ Telegr.anunas__ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __

Impressos, incluindo' conta antiga na Casa Publica-dona __ __ __ _~ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ SeI~s __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ _ ________ _

Viagens do sec. corr~ a diversas convenções

RESUMO: Saldo do anno de 1926 __ __ __ __ Entradas durante es~e ann-o _____ _

Sabidas, Idem, Idem . _____ _

971$740 23:033$120

Saldo para o anno de '.l.928 __ .. ____________ _

Rio, 9111928. o Thesourelro

3:896$900 3:542$400 3:309$500 3:298$290 1:768$650 1:221$900 1:063$9'10

600$1l)0 600$000 400$000 277$800 238$200 109$400 100$000 100$000 72$800 69$000 23$500

875$000 1:476$000

23:033$120

21:010$000 444$600

89$ÓOÓ

826$000 17$200

344$400

22:730$100

24:004$860

22:730$100

1:274:f160

.amall 8. Gonçalv ....

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RELATORIO DA JUNTA DE MISSÕES ESTRANGEIRAS

DA

CONVENÇÃO BAPTISTA BRASILEIRA APRESENTADO A' DECIMA SETIMA REUNIÃO, NA CAPITAL FEO'ERAL,

NO MEZ DE JANEIRO DE 1928

Prezados irmãos:

Findou o anno convencional de 1927 e a vossa Junta. vem trazer­vos o relato dos trabalhos effecLuados e prestar suas contas dos di­nheiros recebidos e gastos nos seus doze mêses.

Apresentamos em primeiro lugar o relataria da

COMMISS~O ESPECIAL A PORTUGAL Conforme foi votado na ultima Convenção, a commissão composta

dos irmãos pastores O. P Maddox e Manoel Avelino de Souza, des­empenhou-se do seu trabalho muito bem, tendo sido uma bençam para a causa do Senhor em Portugal, não sómente confortando o povo de Deus, como despertando o povo descrente com a Palavra de Deus por onde andaram.

~a sua volta, a commissão apresentou á Junta em sessão o rela­faria seguinte:

RELA TORI'O DO TRABALHO DA COMMISSÃO A PORTUGAL

(Relatorio minucioso do trabalho baptista em Portugal, dado á .Junta de Missões Estrangeiras da Convenção Baptista Brasileira pela commissão que foi nomeada na reunião da Convenção de janeiro deste anno, em S. Paulo.)

A commissão. demorou-se em Portugal de 26 de fevereiro a 2 de abril, percorrendo o país de nortr a sul e est.udando todas as phases do trabalho, aprovei lando a occasião para prégar o Evangelho e ensi­nar as Escripturas ás igrejas. Foi seu companheiro em todas essas viagens', o. nosso missionario Antonio Mauricio.

o relatorio da commissão constará "dos pontos como se seg~em,

que foram estudados por ella eom o maximo criterio e desejo de achar Li verdade dos factos, mediante esfDrco e constante oração, pedi~do a Deus a direcção do Espirita Santo. A commissão não 'p6de negar' qu~,

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70 CONVENÇÃO BAPTISTA BRASILEIRA

apesar de sentir a grande responsabilidade da tarefa que J he foi in­cumbida, sentiu tambem, com gratidão, as orações dos irmãos em todo

-o Brasil e cm Portugal a seu favor. Senão, leria de falhar, pois se \·iu á frente de serios embaraços para apur~r a verdade ou ao menõs o que lhe parecia a verdade. E o que relata, fa-Io diante de Deus, com imparCialidade, apenas dizendo as coisas como as viu.

Em primeiro lugar a commissão fez um estudo geral daquillo que relata em conjunto com a Junta Executiva da Convenção Baptista Por­tuguêsa, durante tres dias inteiros, de 28 de fevereiro a 2 de março. E estudou a questão, constante da desavença entre os irmãos Achilles e Mauricio, recorrendo a todas a~ fontes de informações pró e contra a r:ada um delles, com o maior interesse. A commissão consultou priIl~

cipalmente D. Djanira repetidas vezes e foi ás pessõas que ella indi­cou como conhecedoras dos factos. E chegou ao resultado de que am­bos têm alguma razão e alguma culpa tambem. A commissão deixa PS irmãos e a Junta fazerem o juizo que acharem justo do seu tra­balho.

ACCUSAÇÕES CONTRA O IRMÃO ACHILLES i - E' accusado de não consultar áo missionario Antonio Mauricio,

desde que chegou a Portugal, a não ser em uma ou duas occasiões. 2. E' aecusado de seguir a orientação do irmão J J Oliveira. a,

ponto de defender publica e particularmente as suas idéas, causando com isto grande desgosto a muitos irmãos.

3. -POI" desobedecer á quinta Convenção Portuguêsa e de não pres­tar o relatorio do Collegio e Seminario, como era de seu dc"eI'.

4. Por concordar e depois discordar com a convocação da quinta Convenção, levando a Igreja em MaUozinhos a tomar seu lado contra essa Convenção e os interesses da Junta Brasileira e em favor da de Texas.

5. De fazer-se amigo intimo de crentes de outras denominações e de membros excluidos da Igreja ,Baptista do Porto e de afastar-se do convi~-io dos outros baptistas do Porto, approximando-se s6mente dos da Igreja de Mattozinhos.

6. Outrosim, depois de declarar por carta e verbalmentp que en­tregaria a igreja que pastoreava aos cuidados do irmão Mauricio, quando regressasse ao Brasil, entregou-a, porém, ao irmão João Fi­dalgo, trabalhador da Junta de Texas.

A commissão acha que as accusações sobreditas exprimem a ver­dade. Quanto á primeira, parece ser real, pois que D. Djanira affir­mou.lhe que não era necessario consulta-lo, quando elle lhe foi falar a respeito do artigo "Modos de Vêr"; tambem quando a commissão consultou o irmão Delfim Vieira, por indicação do irq-tão Oliveira, eIle d~se que de facto o irmão Mauricio e elIe sentiraJIl -que o irmão Aehil1es guardava silencio com o irmão Mauricio e se excusava de lhe pedir qualquer informaelo.

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RELA rORIO DA .TUNTA DE MISSõES ESTRANGEIRAS 71

Quanto á segunda accusacão, a comm:issão, em· tudo que obser.:.. vou, pareceu-lhe que ha razão para elIa. Apesar de crêr na boa ín~

tencão do irmãó AC11illes, viu que elIe não deixou de ser influenciado pelo irmão Oliveira, talvez iÍnpercebidamente. Mesmo em S. Paulo elle deu provas disto. Todavia, elIe não se tem convencido do facto, nem tão pouco a sua senhora, pois ella affirma que isto é uma infa~ mia e, para provar o contrario,. ia guardar sóment(:\ a correspondenci~ do irmão Oliveira, a qual levava comsigo. ..

Quanto á terceira e quarta accusacões, é a verdade, pois a com­missão viu uma carta do irmão. Achilles ao presidente da ConvenC~Q~ co.ncordando com a convocação da mesma. E até mesmo achava ur­gentes certos assumptos que deviam ser tratados. Depois discordou e usou a sua influencia para que a Igreja f'm Mattozinhos não se fizesse representar. E não apJ'esentou o. relatorio do Collegio e Seminario. Outro facto que prova a quarta accusação é a decisão clara' da igreja, em presença da commissão, de cooperar com a Junta de Texas. Na \ i~ita da commissão á Igreja de :\lattozinhos ella achou que o irmão Achilles deixou como seu substituto o irmão João Fidalgo, vindo' de Lisboa para este fim, onde o.ecupava o cargo de evangelista da Tercei­ra Igreja, que não concordou com a quinta Convenção. Este irmão lf"o.u a igreja a demiti ir o proprio pastor Achilles do pa'storado, antes dene o pedir, e fez-se eleger past.o.r, Ainda que o irmão Achilles pro­meU esse ao irmão. i\lauricio. po.r carta que a commissão leu, que clle entregaria a igreja quando. se ausentnssf' para o. Brasil, o evangelista levo.u-a a cooperar com Tt~xas, por voto geral da igreja, na presença (h commissão e de D, Djanira. A commissão. porém, achou por bem reconhecer o. di!eito da igreja de o fazer e recommendou no :1'11:5.0 Mauricio que deixasse a mobilia com ella, co.mo estava. E tambem aconselhou a igreja a re~peHar o direito dos membros que discordas­~('m, oando-Ihes carta para a Igreja do Porto. E ena concordou.

Quanto á quinta êlcru:,a(:ã(). é verdade observada pela commissãc. com muito espanto. A commissão firou muito triste e admirada como D. Djanira psi ava rodpada dp pess(,as exe1uidas da Igreja do Porto e de C1'entes de outras ou de nenhuma denominação!! Taes como o Sr. Mi­l'anda, que escreveu um pamp'hleto contra o irmão Ma'uricio, e màis ~m seu cunhado, lambem excluido; D. Isabel Martins, amiga intima da familia Barbosa, excluida da igreja e contraria ao irmão Mauricio; (, Sr. Tavares, IDPthodista; o Sr, Rev, Eduardo Moreira, pastor pres­brteriano, ambos ex-professores do Collegio Baptista; o Sr, Conceição, .. flue não faz parte de qualquer igreja, :\ commissão promptificol,l-se <1 arranjar o dinheiro da passagem de D. Djanira para o Brasil, e,~elia (, recusou para toma-lo dos Srs. 'Costa e Correia, p~ssôas da~ua ami~_, zade e oonfiànca'. No 'Porto ella só se despediu dessas pessôa.s e ,do Sr. 'Vright, indo á casádelles.' Não communicou aos outro~ baptistas, o , rkt da 'Sua partida, razão por que o Ch'ristão Baptista di'sse "q4~ ao-' s~~ pmbarque s6 vieram despedir"':se dálla' algu~~s dessas ,'pe~sôas.; .-\lé,Jll disto a 'éóIÍlmissáo nbtou

A

que eila riãá assistiu à' nenhuma' conferencia

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72 CONVENÇA,O B~PTISTA BRASILEIRA

que a mesma commissão realizou na Igreja do Porto, apesar do convite que lhe fez.

Quando. D. Djaniraembarcou a bordo do Almanz01'a, a commissão eonsegUiu um encon1ro de D. Djanira com o irmão Mauricio, encontro .que eBa não se a~hou dispost.a a ter no Porto. A commissão fez isso para vêr se clH~gava a uma reconciliação dos dois e tambem ouvi-los face a face. :Ma;; o resultado foi negativo. Não. houve reconciliação. D. Djauira ficou muito neryosa e accusou o irmão Mauricio forte­mente, chamando-o- de bypocrila e verdadeiro enganador e que usou todos os meios para destruir a influencia' do seu marido. Que ene, Mauricio, queri'a o dinbeiro dos brasileiros,' mas não queria os brasi­leiros. Disse mais que voltava para o Brasil para fazer a vontade do irmão Mauricio e não a de Deus, razão por que o irmão Mauricio de­via estar satisfeitissimo por alcançar o seu desejo. Não podemos deixar de dizer que o irmão Mauricio se portou com cavalheirismo cbrislão.

Quanto á sexta accusação, já está respondida mais ou menos na terceira e quarta.

A respeito do caracter do irmão Achilles e seus motivos em todas essas questões, a commissão achou que foi por engano da parte delIe f\ por habilidade do irmão Oliveira. Infelizmente, o irmão Achilles, ao chegar a Portugal, já achou os irmãos Oliveira e Mauricio em di­yergencia. E que o irmão Oliveira tentava tirar o pennacho do irmão Mauricio, conforme expressão sua, e sem duvida usou para este fim o irmão Achille:s, sem que elIe o pudesse comprehender. E a Junta Executiva, inclusive os irmãos Mauricio e Torres, é tambem desta mesma opinião. E a opinião geral de gregos e troyanos é que o irmão Achilles é um homem bem intencionado em ludo e de bom caracter, mas uma victima involunlaria. Uns dizem que elIe era uma victima do irmão Oliveira e outros dizem que ~ era do irmão Mauricio. Tam­bem todos eram accordes em dizer, directa ou indirectamente, que elle não tinha exi>.eriencia para dirigir o Collegio e Seminario. Pessoal­mente todos o amam e estimam e lamentam que elle houvesse voltado para o Brasil. E' convicção da' commissão que, se elIe não tivesse es­cripto o ultimatum que escreveu á Junta. e se não tivesse embarcado para o Brasil sem o consentimento della, não teria sido demittido. D. Djanira e Achiíles dizem que havia qualquer combinação entre os irmãos Thomaz da Costa, Theodoro Teixeira. Francisco do Nascimen­to e Mauricio -contra Achilles. E que elle não podia dizer nada em sua defesa porque em Portugal estava o Mauricio e no Brasil os tres por­tuguêses contra elle.

Nesta conjuntura a commissão acha que a ordem do irmão Tho­maz ao irmão Mauricio para não pa,ar o casal Barbosa senão mediante o seu pedido, depois da carta do irmão Achilles, prejudicou grande­mente. Tambem causou ,muito desgosto e confusão o .telegramma do ir~ão Thomaz ao irmãa Mauricio, enviado.de S. Paulo, durante a Convenção,' IÍestas palavras: "Deus victorioso, AchiUes demittido,

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RELÀTORIO DA JUNTA DE MISS'õES ESTRANGEIRAS 13

pague· D. Djanira, Nov. Dez. e Jan." O telegrammaparece gloriar-se da 'demissão do irmão Achilles pela Junta e confirmada pela Conven­ção. Todavia o,irmão Thomaz,póde explicar-se, mas o telegramma, em face das coisas, não foi conveniente.

ACCUSAÇÕES CONTRA O IRMÃO MAURICIO Assim como a commissão não poupou esforço, tempo e dinheiro

afim de apurar a verdade das accusações feitas ao irmão .. Achilles, assim o fez parado mesmo modo achar a verdade das aecusações fei­tas ao irmão Mauricio. E vêr se elle devia continuar a merecer a con­fiança dos baptistas brasileiros. Eis as accusações que lhe são feitas:

1 E' accusado de ter trabalhado contra o irmão Achilles no Se­minario, por insuflar os seminaristas contra a administração e contra o proprio Achilles.

2· E t accusado de não andar correctamente nas suas contas, e que desde fevereiro de 1926 não prestou .contas á Junta Executiva; tam­bem de ter dado· um desfalque; e mais, de não applicar direito o di­nheiro que sobrava do aluguel da casa da Igreja de Mattozinhos e da casa de Requezende.

3. De ter andado em Mattozinhos.;je casa em casa entre os cren­tes, fazendo propaganda contra o irmão :A..chilles.

4. De ficar desgostoso por o pastor Achilles ter sido escolhido di­rector interino do Collegio e Seminario, quando elIe esperava ser o es­colhido.

5. De ter causado escandalo, grande confusão e desrespeito numa sessão na Igreja de Mattozinhos, ao ponto de dois brasileiros se pus­tarem á porta da casa e esperarem pelo resultado, afim de defender o pastor Achilles no caso de aggressão.

6. De não pagar o salario do casal Barbosa em tempo, uma ou duas vezes, pergunt.ando-Ihes se precisavam de dinheiro, quando o de­ver era pagar-lhes, sem perguntar nada.

7 De manter, com seus companheiros, idéas de nacionalismo muito forte. De modo que, quando foi ao Brasil, foi perguntar ao ir­mão Oliveira qual das duas coisas elIe preferia que viesse do ~rasil, o dinheiro brasileiro ou homens brasileiros.

8. De ser muito hypocrita e jesuita e tentar o mandonismo.

Respostas :

A primeira e a quarta são respondidas juntamente, visto como trátam do Seminario. A primeira é uma decorrencia da quarta ae­cusação. O irmão Mauricio declarou á com missão que havia uma combinação entre elle e o irmão Luper para elle ficar na direcção do Seminario na ausencia do irmão Luper, visto como elIe, Mauricio, deixára o seu trabalho entregue ao irmão Luper, quando foi ao 'Brasil. Na sua volta, porém, do Bra~il, o Sr. Luper nada; mais lhe disse sobre o assumpto- e mais tarde tomou dedsão differente, parecendo querer

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74 -CONVENÇÃO BAPTISTA BRASILEIRA

QUe o irmão Oliveira ti substituísse. Elle não sabe a _ razão di'sto.·E numa reunião dos dois, antes de ser resolvido entregar ao irmão Oli­\~eira, o irmão Luper disse~lhe que um seu irmão viri.a substitui-lo e que seu desejo era que o irmão Mauricio ficasse sob a direcção do seu -irmão. Mauricio, achando que lhe era um pouco deprimente elle ficar com a responsabilidade real e o outro, que nada sabia da- lingua e dós costumes do povo, como director, recusou-se a acceitar nesta base o lugar. Antes que o irmão Achilles chegasse, foi eleito Secreta­rio-Correspondente da Junta da Convenção Baptista portuguêsa. Mas, numa reunião da Junta Executiva em que se devia tratar definitiva­mente do caso do Collekio, o irmão Aehilles foi eleito, com oração, -e por voto secreto e unanime, director do Collegio, facto que, como af':' firma D. Djanira, -.agradou immensamente ao irmão Luper, pois elle não queria nem o Mauricio nem o Oliveira. Mas que Deus deparára o homem que devia occupar o seu lugar.

O irmão Mauric-io declara que de facto ficou sentido por causa da combinação feita entre ene e o Luper, e não porque o Achilles fosse eleito; pelo contrario, elle gostou muito e votou a favor. Mas nunca fez qualquer aeção contra o irmão Achilles por causa disto, mesmo porque eBa ~ão t~nha qualquer culpa no caso.

Era natural que se fizessa.supposição de que o irmão Mauricio, uma vez resentido, insuflasse, de qualquer maneira, os seminaristas contra o irmão Achilles. Isto, porém, não se funda nem se confirma em factos, apenas na supposição, pois, tanto o Mauricio nega absoluta­mente tê-lo feito, como tambem os seminaristas o negam com insis­tenc:~ia. Entre elles o Sr. Delfim Vieira, que nesse tempo estava em sérias difficuldades com o irmão AChilles, devido á sua senhora ser directora interna e D. Djanira pretendei' o lugar. Hoje, porém, GSse jrmão está ligado ao trabalho de Texas, adverso ao Mauricio, e que nos foi indieado pelo irmão Ol~veira como testemunha do facto, mas elle tambem negou-o absolutamente, dizendo que o irmão Mauricio nunca agira de tal maneira. E' bom dizer, em connéxão com estas accusa­ções, que tanto D. Djanira como o irmão Oliveira dis'seram á cornmis­são que o irmão Mauricio não cooperaYa com o frmão Achilles; ~endo professor do Seminario, não se incommodava com a instituição. Ora, o irmão Mauricio allega nunca ter sido procurado para nada. E como prova cita o caso de uns cartazes que foram feitos para a abertura do Collegio pelo irmão Achilles e tal"ez o Sr. Moreira. E havia nelle,; uma sentença prejudicial ao Collegio e offensiva aos outros colleglos. Assim _foram pregados em lugares publicos. E, vendo-os, elIe chamou a attenção do irmão Achilles para o facto. O irmão Achilles .0 reco­nheceu, mas já -não podia dar -geita.. Noutra occasiãó; por qualquer incidente, -o irmão Achilles foi chamado á' policia e então appellou para o irmão Mauricio, mas felizmente o caso não tinha importancía .

.A segunda &cousação deve ser respondida por partes. Na primeira parte _ era' costume' do' irmão Mauricio dar ao irmão

Oliveira, 'como . Secretario-Correspondente . da Convenção, u"ma nota

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·RELATORIODA JUNTA DE MISS:õES ESTRANGEIRAS -'lI)

dos pagamentos feitos como thesóüreiro da Junta Brasileira. • Mas, havendo -tantas maguas e cont.rariedades entre elIes, no fogo da ques ... tão, elIe achou por bem não pres/tar contas a mais ninguem senão li Junta de que era representante e guardava para apresenta-lo á Con­venção, como o fez. Na'segunda parte, a commissão fez tudo para achar base nesta acausação, que corria com largo boaterio. Para isto foi. aos Srs. Eduardo Moreira, Tavares, H. Wright e mais aos irmãos J. Jones, Alfred() da Silva, D. Maria Mattos, no Porto; aos irmãos Al­meida, pastor Araujo, Armindo Moreira, em Viseu. Foi mais aos ir..., mãos Oliveira e Parreira. Todos, que não são baptistas, affirmaram que nada sabiam de positivo que depuzesse coIitra o caracter do irmão Mauricio. Disseram que apenas ouviram dizer que elIe não dava con­tas certas e que havia dado um desfalque. Os irmãos em Viseu, me­nos o irmão Armindo Moreira, que o aecusam, só o fazem baseados em boatos, pois não têm prova nenhuma. Os irmãos no Porto acima mencionados acham que estas accusações são injurias feitas ao irmão Mauricio. O irmão Parreira declarou á commissão que foi embolsado integralmente da importancia que emprestára ao irmão Mauricio. Quanto ao aluguel da casa de Requezende e ela Igreja de MaUozi-nhos, não padece duvida, pois está tudo em ordem nos seus livros de tbe­souraria. A commissão acha por bem declarar o que disse o irmão Oliveira em tesposta ás suas perguntas a respei to do caracter do ir­mão Mauricio. Disse que elle, como ministro do Evan.gelho, não podia apanhar qualquer coisa contra o caracter desse irmão, mas um advo­gado podia fazê-lo. O mais são boatos por toda a parte. Ninguem tem factos nem provas a apresentar.

Além de tu~o a commissão examinou os livros da thesouraria do missionario Antonio Mauricio desde que foi nomeado missionario,an­tes de ser thesoureiro, até o dia 28 de fevereiro do corrente anno, e achou todas as contas certas e bem feitas e terminou por fazer esta declaração no proprio livro.

Quanto ao desfalque acima referido, trata-se do emprestimo de dez mil escudos que o irmão Mauricio tomou do irmão Parreira, di­zendo que a Junta BrasHeira lhe devia tres' .mil escudos, que a Junta Portuglllêsa lhe devia outro tanto e o restante em seu nome, e que lbe pagaria tudo quando recebesse das Juntas. A accusação estava no facto de ter tomado dinheiro sem a autorização das respectivas Juntas e usado o nome dellas. De facto a ·Junta Brasileira nesse tempo res­tava ao irmão Mauricio mais ou menos essa importancia. E em suas contas oom '0 dr. Luper, durante o seu tempo no Brasil, havia um de­bito a seu favor de quasi tres mil escudos, que o irmão Oliveira, insis,;. tm com a Junta Portuguêsa que não lhe pagasse porque não entendia as contas do irmão Mauricio, mas -finalmente chegaram a um accordo na Junta ;Executiva que eUe, Mauricio, ~e cobrasse nas differenças das despezas missjonarias.

·.A teroeira accusação foi feita pela propria. D. Djanira, ainda que elIa mesma não .soubesse, mas ouvia falar. A commissão, porém; di,;.

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76 CONVENÇÃO BAPTISTA BRASILEIRA

ante lia igreja em sessão, coma presenç:), de D. Djanira, verificou que era simples boato, sem fundamento, pois' todos os membros presentes negaram que elIe o tivesse feit;e o proprio Mauricio affirma que nunca o fez.

A quinta aecusação. Quanto a esta aecusação, na parte que se refere ao caso dos brasileiros quererem defender '0 irmão Achilles, tambem não se confirmou. A commissão perguntou á igreja, na mes­ma occasião, e ninguem ouvira falar de tal coisa. Ficaram até admi­rados de se propagar uma tal noticia. Quanto ao escandak:> que houve na sessão, não 11a duvida que houvesse exaltação de parte a parte e as noticias e informações foram tão contraditorias que era difficil apurar quem estava com a razão. O irmão Mauricio fôra convidado pelo irmão AChilles, conforme a carta em seu poder, p'ara ir á sessão da igreja. E, conforme a sua declaração, foi na crença de lhe ser entregue a igreja, como promettera o irmão Achilles tambem por carta. Mas, tanto D. Djanira como a propria carta referida, dizem que eIle foi convidado para apresentar as queixas que tinha contra ü

irmão Achilles. O irmão Mauricio pediu que o caso fosse entregue a uma commissão de quatro, dois de cada lado, visto como não se tra­tava de um caso de disciplina da igreja, nem do dominio dos irmãos Mas o irmão Achilles não quiz assim; preferiu que fosse feito perante a igreja. E é nessa occasião que houve grande confusão. . Accusam-no de ter dito que podia, se quizesse, pô-los fóra da casa. E que os ir­mãos Barbosa deviam arrumar as mala::; para ir-se embora. Não foi possivel achar a confirmação verdadeira. desta accusação. Os mem­bros da igreja, na sessão que a commissão assistiu, não sabiam real­mente dizer o que houve.

A sexta accusação foi feita tambem por D. Djanira. Mas a com­missão verificou que todos os pagamentos foram feitos regularmente, excepto no mês de novembro, quando o irmão Mauricio foi perguntar­lhes se queriam ou precisavam de dinheiro. ElIa acha que o dever era pagar e não perguntar coisa nenhuma, pois não tinham sido ainda dispensados da Junta. O irmão Mauricio explicou a razão de assim ter procedido, que foi por entender uma phrase na carta do irmão Achilles a elle, dizendo: "Apesar de não ~er mais missionario da sua Junta" e tambem na circular que fazia a defesa da sua volta para o Brasil e mais ainda pela carta que escreveu a diversos leaders no sul do Bra­sil, em que elIe pedia meios para o seu regresso á Patria. Que elIe concluiu que o irmão Achilles já se havia desligado da Junta Brasi­leira e, portanto, sem o direito de receber o salario. (D. Djanira, po­rém, . diz que o irmão Achilles citava esta phrase e não era uma de­cl~racão que fazia.) E em segundo lugar porque elIe estava de posse de uma ordem do irmão Tbomaz da Costa, autorizando-o que só pa­gasse ao· casal Barbosa daquella data em diante se lhe fosse solicitado.

Diante dessa ordem elle fez a pergunta que tanto escandalizou o casal Barbosa. Não explicou, porém, que assim procedia por ordem do Secretario-Correspondente da Junta. Talvez nío Josse o melhor

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,RELATORIO DA-JUNTÁ fiE MISSÕES E8TltANGEiRAs 7·7

caminho a seguir .ter deixado de p,agar -o missionario antes dene ter sido ex,merado do cargo. Isto perturbou bastante 'Jls relações dos missionarios, já estremecidas. E depois da ordem de pagamento em janeiro, dos tres mêses atrazados, D. Djanira queixa-se amargamente do irmão Mauricio por ter mandado um estudante quafquer, á meia noite, bater...:lhe á porta quando já se achava recolhida aos seus apo­sentos, levar-lhe o dinheiro. Ella .achou uma coisa indigna mandar alguem á casa de urna senhora, na ausenci'a do marido, em hora tão avançada da noite, e por isso o -recusou de receber.

No dia seguinte ella foi consultar alguem da sua confiança o que devia fazer neste caso, E esse alguem disse que ena não devia receber senão da propria mão do irmão Mauricio. Novamente o rapaz lhe vem t.razer o dinheiro e elIa de novo o recusa, mandando dizer ao irmão Mauricio que só o receberia da sua mão, como era de costume. EUe, porém, não a attendeu immediatamente. ElIa, então, resolve ir á sua casa, acompanhada do Sr. Eduardo Moreira, para receber o dinheiro. O irmão Mauricio mostrou a elIe o telegramma do irmão Thomaz cúmo a explicação de ainda não ter pago. E não era corno D. Djanira af­firmava que elie não pagava porque não queria, pois que devia ter o dinheiro comsigo. Foi durante esses mêses que D. Djanira escreveu aos irmãos em S. Paulo, dizendo que eslava passando necessidades, e que eUes lhe mandaram 900$000. Elia .poz a culpa no irmão Mauricio, mas parece que a falta estava com a Junta, que suspendeu os paga­mentos.

A setima accusacão: Quanto ao nacionalismo do irmão Mauricio, não tem fundamento, pois a commissão examinou tudo e achou que era falsa.

A oitava accusação é, na opinião da commissão, igualmente gratui­ta -e falsa. Em resumo, a .commissão conclue que tudo isto parte da di­vergtmcia entre os missionarios Mauricio e Oliv-eira. E dá graças a Deus que o irmão Mauricio deve ser recommendado aos irmãos brasileiros como digno do seu amor e confiança. E' tambem justo dizer que ene tem feito sempre pé firme para defender os interesses da Junta Bra­sileira corno seu representante, com todo zelo e fidelidade. A commis­são achou no irmão Mauricio o espirito de humildade. ~ o declara diante de Deus, sem qualquer particula de parcialidade. ElIa obser­vou tambem o respeito e amor, a consideração e prestigio que elIe goza entre todos os irmãos e igrejas por onde a commlssao andou. Todos o amam e <> respeitam. Viu mais o amor que eUe consagra ao trabalho do Mestre e ás almas perdidas e o desejo que tem de levar avante a Causa de Deus. Apreciou tambem a sua vida intima como chefe de familia, paee esposo extremoso, que mantem a sua vida re­ligiosa no seio da familia em nivel elevado. Sempre amaveI e cortez para com todos, sempre serviçal e amigo, prompto para aprender e desejoso de acertar o caminho melhor. E' seu conselheiro para todos os ~ffeitos o mui digno irmão e diacono, o ancião J. J ones .

Estas são as observações 6 considerações da commissão.

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78 êóNV'EN'ÇÃÓ BAPTISTA BRASILtlllRA

II P4RTE ·1

PROPRIEDADES

Outro assumpto que a commissão havia de examinar era a res­peito das propriedades pertencentes â Junta Br.asileira.

PORTO: Ha nesta cidade o Tabernaculo Baptista, que é o predio onde funcciona a Primefra Igreja Baptista organizada em Portugal e [' residencia do missionario Antonio Mauricio. Esta propriedade, com o terreno, está paga e registrada em nome da Junta de Missões Estran­geiras de Richmond, Estados Unidos. Portanto, sem nenhum emba­raço. Foi feito assim por or.dem da Convenção Baptista Brasileira, como reza a acta da reunião dos missionarios em Portugal, a 19 de julho. de 1922. Ha mais uma casa na rua de Requezenden. 194, tam­bem nas mesmas condições. do Tabernaculo, em nome da Junta de Richmo.nd. Mas pesa so.bre esta pro.priedade uma divida de 2.603.620 escudo.s, ao irmão. Parreira. Não ha documentos além da acta da Con­venção que o. autorizou a levantar o dinheiro. O missio.narioMauri­cio reconhece que ha esta divida. O irmão Parreira não quer juros desta importancia, ma,s espera que lhe seja embo.lsada no prazo mais pro.ximo.. Esta casa de Requezende não está muito bem situada e não ~estâ prestando qualquer serviço á Causa, além de ser occupado. o. pa-vimento terreo. po.r irmãos po.bres e po.r preço reduzido, e ha um salão. no primeiro. andar, o.nde os irmãos peTlsam o.rganizar uma enferma­ria. A casa vae precisar de retoques; po.rtanto, de despezas. A com­pra foi boa, mas talvez seja melhor vendê-la pelo preço que vale actualmente. E assim pagar a divida e empregar o restante do. dinheiro. num o.utro. lugar que pro.mette mais.

TONDELA: Ha nesta cidade um -terreno muito bo.m '6 bem situa­do. O terreno está passado em nom~ da Associação Evangelica Ba­ptista do Rio e está pago.. Ha com o irmão Oliveira 600 escudo.s per­tencentes á Igreja de To.ndela que a commissão com o irmão Ma~ricio, de accordo com, o. irmão. Oliveira, resolveu que fo.ssem dados em pa­gamento. do. aluguel da casa que o.ccupa a Igreja de Morelena. Pois a Jun~ de Texas tem pago. adiantado o. aluguel por seis annos mais ou meno.s, e com esta combinação ficaram quites. Este dinheiro a Junta ter4 de pagar á igreja, uma vez que foi empregado e!ll despezas de evangeliz.ação.. E' necessario construir um salão no térreno, que não ficará muito caro. .

LEIRIA: O terreno que pertencia á Junta Brasileira nesta oida ... de foi dado pelo. irmão Parreira. O unico documento que havia era um titulo de venda. Este titulo estava co.m o irmão Mauricio, mas o ir­mão Parreira, querendo desfazer-se do terreno, por não achá-lo pro­prio. para o que .se destinava, obteve de no.vo o titulo. Diz, porém, que o terre~o não..é nem dos brasileiro.s nem da Junta de Texai, mas de Christo. EUa guarda comsigoo .dQcumento para dar ... lhe o destino que

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lha parecer melhor. O· irmão Parreira é membro. da Primeira Igreja de Lisboa.

VISEU: A commissão visitou esta cidade, onde. ha uma igreja., e para cujo fundo do templo o Brasil tem contribuido com mais de nov.a mil escudos. O terreno, que a igreja comprou antes da separa­ção. do trabalho das Juntas, custou 17 mil e tantos escudos e está transferido em nome do irmão José Augusto de Almeida, membro. da igreja. Ella já começou a construü,ção do templo. A igreja coopera (',om a Junta de Texas ea commissão acha que é melhor não rehaver essa importancia della, para- não trazer q·ualquer perturbação entre os crentes.

Ha, em connexão com a Igreja em Viseu, uma offertade 150$000 feita pela Junta Brasileira, "mas _cuja entrega .foi suspensa pela Junta e estão com o irmão Mauricio. A igreja espera que lhe sejam entre­gues. Visto que essa importancia já foi ,destinada para a construcção da Igr~ja em Viseu, a commissão é de opinião que lhe seja entregue; todavia a Junta fica ~oIÍl a liberdade de resolver o. caso como lhe ;pa­recer melhor.

III PARTE

EDUCAÇÃO

Com á quint.a Convenção Baptista Portuguêsa, o Seminario foi virtualmente desorganizado, pois nove estudantes resolveram esponta­nea e voluntariame'nLe cooperar com a Convenção e ipso -facto com a .Junta Brasileira, dando assim lugar a um novo arranjo, que é o se­guinte: A Convenção, diante disto, prometteu ajudá-los emquanto pudesse. Foram assim distribuidos: 5 'delles estão no Porto, dois to­mam refeições em casa do irmão Mauri<~io e 3 em casas particulares ou em suas proprias casas. E 4 estão em Lisboa, hospedados nos fundos do salão de cultos da Primeira Igreja.

" Quanto ás despezas, ha o seguinte orçamento mensal para manu­tenção a ensino:

Ensino 1,000 escudos Sustento 1,020 escudos

Total 2,020 escudos yerba da Junta e auxilio das Igre-

,jas do.P<?rto. e Lisboa

Deficit mensal

: ',E isto não incluindo o auxilio que o ticularmente, que 'já não p6de continuar. da"abril'de 2,300 escudos' mais ou menos. Seminario . é criticá ':.e urge providencias.

1,325 escudos

695 escudos

irmão Mauricio presta par­Ha um deficit até ao 'fim Como. se vê, a sftuação ~o

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8Ó CÓNVENOÃóDAP"rlSTA BRASILEIRA

Quanto aos cursos dos seminaristas, são os seguintes: O curso preparatoriQ está sendo feito com professores-particula­

res tt exames prestados nos lyceus ó·fficiaes. Portanto, satisfator'io. Quanto ao curso theologico, realmente não ha, pois as aul~s que

os irmãos Mauricio e Torres estão dando não correspondem ás exi­gencia~ de um curso efficiente, porque as aulas são muito irregti~

lares. Para a solução do problema do Seminario é necessario tomar um

destes caminhos: 1.0, Ou continuar como está, a Junta Brasileira cobrindo este de ..

ficit mensal e pagando a divida existente; 2°. Ou mandar alguns desses estudante~ para os Seminarios no

Brasil, cogitando-se um plano que satisfaça as despezas; 3°. Ou a Junta Brasileira mandar um missionario com os meios

"mfficientes para fundar e dirigir o Seminario Baptista Português. De wdas as condições, ~sta é a mais propria e sátisfatoria e que dará o melhor resultado. E deve ser feito quanto antes.

Não é facil fundar um Collegio, porque as leis do pãís são muito exigentes a este respeito. Seria necessario que houvesse um homem diplomado nas escolas officiaes portuguêsas para ser direct.or E' melhor, então, não pensar em fundar collegio e deixar que o curso li­terario seja feito na mesma base que se faz agora, isto é, de estudar ou nos lyeeus, ou sómente prestar os exames officiaes, o que parece menos dispendioso.

Mas é possivel fundar o Seminario, porque a lei não se envolve com instituição religiosa.

IV PARTE

EVANGELIZAÇÃO

Ha actualmente cinco igrejas, que formam a Convenção Baptista Portuguêsa e que cooperam com a Junta de Missões Estrangeiras da Convenção Baptista Brasileira. São eUas '" do p,orto, a de Tondela e a de Leomil, no Norte. Essas igrejas estão aos cuidados pastoraes do irmão Mauricio. A do Porto tem um bom templo e conta actualmente de 120 a 130 membros. A dE} Leomil é uma pequena igreja, na aldeia do mesmo nome, com nove membros apenas, mas muito animada; tem alguns interessados. Está numa zona promeUedora. Reune-se em casa dos irmãos Martins e, parece, até agora não tem tido despezas c<?m o aluguel da casa. Mas os irmãos querem alugar casa mais propria para a igreja. A Igreja de Tondela conta apenas sete membros, e estes mesmos espalhados, S6 tres ou quatro moràm na séde. A causa de enfraquecer e quasi paralysar o trabalho dessa igreja foi a propa­ganda do pentecostismo, que lhe levou uma boa parte dos membros e dêsanimou todo o enthusiasmo que havia na igreja. Gracas a Deus, a causa delles está virtualmente 'morta e algumas pessOas vencidas por

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RELATORIO DA JUNTA DE MISS'õES ESTRANGEIRAS 81

elles estão agora querendo voltar á igreja. De modo que esses cren­tes, com alguns interet?sados que se preparam para o baptismo, refor­çarão, em breve, consideravelmente a igreja. O que lhes falta é um obreiro. _.,

Essas tres Igrejas têm âlguns pontos de prégação. Na Foz, subur­bio do Porto, ha uma congregação que pertence ao Tabernaculo; funcciona num bom salão, alugado para este fim. Está aos cuidados do pastor Raul Pinto e é o unico trabalho evangelistico que eUe faz. lIa mais um bom salão alugado no centro da cidade, inaugurado no dia 24' do corrente. E é de muita esperança.

A Igreja de Leomil tem uma congregação pequena em Escurque­la, A commissão não pôde visitá-la, por ficar fóra de mão. Mas ha alguns interessados a serem baptizados.

Essas duas igrejas, Tondela e Leomil, têm um campo vasto e promettedor, pois a população no Norte é muito densa. Um obreiro activo podia desenvolver grandemente essas duas igre'jas. Esta é uma urgente necessidade a attender. A commissão fez conferencias nessas duas igrejas e viu que o povo está sequioso pela mensagem da vida. O unico obreiro disponivel neste momento é o 'pastor Raul Pinto de Carvalho, que está no Porto sem trapalho definido, recebendo 300$000 da Junta. Mas elle recusa tomar trabalho fóra do Porto ou "Lisboa, porque defend-e á theoria de que é inutil evangelizar ~s provincias. E' perder tempo e Deus não quer por ora tal trabalho, idéa que tem de­fendido até em discursos perante Convenções, e o fez na reunião da Junta na presença da commissão, o que muito a contrariou e contris­tou, deixando pairar duvida sobre sua chamada divina. A commissão é de opinião que elle não deve receber o ordenado que recebe da Junta. Esta importancia deve ser empregada num-obreiro para estas duas igrejas. Além dessas difficuldades, e!Stá excluido da Igreja em Viseu. Em parte, talvez, a igreja usasse de rigor; em parte elle é culpado, pois não cooperava com eUa e recusava tirar a -carta demissoria. De­pois de excluido, em vez de procurar rehabilitar-se dignamente, es­creveu uma circular aos membros da igreja, cuja linguagem é incom­pativel com um simples crente e muito menos com um ministro do Evangelho. A carta augmentou sua culpa e confirmou a exclusão. O esforço que a ·comm i~8ã() fez para rehabilitá-Io, foi inutil. Com tris­teza a commissão faz esta deelaracão a respeito do irmão Raul, por­que sente que é seu dever.

Ha ainda uma congregação esperançosa na cidade de Valença DO estremo Norte do paiz. A Commissão tentou visita-la e os irmãos e amigos ali esperavam com grande desejo pela visita, porém, o des­carrilamento dó comboio um pouco antes de chegar impediu-a de o fazer.

No Sul do país ha sómente duas Igrejas que fazem parte da Convenção: A Prime~ra de Lisboa ,e a de Morelena. Ambas sob os cuida'Clos pastoraes do pastor Paulo Torres,

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82 CONVENCÃÓ BAPTISTA BRASILEIRA.

Ha na Primeira' Igreja' uns 75 membros e na de Morelena, 8. Mas ha em ambas unLbom numero de interessados. Alguns delles já pro'­fassados epromptos para o baptismo. A Primeira I~Teja funcci~na numa casa alugada em pa"im'ento ao rez do cbão, um bom salão e commodos nos fundos. As suas despezas mensaes são:

Despesa: Sala rio pastoral Despezas correntes Aluguel Evangelista. Auxilio aos seminari'slas Organista

Total

Receita: Contribuição dos m~mbros Do Brasil

Total

1 .382 escudos 100 900

40 100

30

2.552

770 esc~dos 1.782

2.552

Os irmãos acham que é nooessario um auxilio mensal de mais 400$000. :\la5 a Commissão ac,ha Que se houver um esforço maior para melhorar a contribuição poderia quasi . dispensar -este auxilio. A Primeira. Igreja tem possibilidades de fazer mais do que realmente está fazendo, pois. sua contribuição mensal regula 300$000. Se· os irmãos da Igreja fossem dizimistas estaria resolvido o problema.

Uma das maiores necessidades da Igreja é um templo digno da Capital do, paí:-. ElIa tem actualmente para o fundo de construcção 3 :200$000, mais ou menos. .-\ Igreja espera que a nossa Junta ajude eom uma boa part.e para este fim. A Commissão aconselhou-a Que nomeasse uma. commissão que descobrisse um predio ,que pudesse :;:('r comprado em prestações -e usa-lo por alguns annos. O dinheiro que ,elles pagam de aluguel e com mais um esforço poderiam pagar dois mil escudos mensalmente. Basta ver que a Igreja nestes tres annos ·passados já: pagou 43 contos portuguezes de aluguel.

Além dessas duas Igrejag ha no extremo sul do país, na .cidade de Tavira, um bom trabalho começado, na Provincia do Algarve, qUf' aCommissão yisjf.ou i Ha grande necessidade de haver um obreiro nessa parte do país. Para desenvolver o trabalho que já está ,eo": ,meçadoem Tavira e abrir tão· cedo quanto possivel na. cidade de Faro, capital da Província. E' bom dizer que a C01nmissã,o visitou algu­mas cídad,es no Sul e ficou muito impressionada com as gr·andes op-

"_eortu~id~des. para o Evangelho. q povo está com ,-o ~oração aberto e mUlto mclInado ao Evangel~(). Gente de idéas liberaes epouço in­~luenciada pelo clero.

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RELA TORJO DA JUNTA DE MISS'õES ESTRANGEIRAS 83

Ha 'outras cidades importantes no país visitadas pelaCommis­são que. de-yem ter trabalho começado quanto antes. Por exemplo, Vianna do Castello, Coimbra, Aveiro, e outras.

v PAR1fE

PUBLICAÇÕES

Em publicações ha por ora só. ".o Semeador Baptista" Este jor-' nal é novo, mas já conquistou um lugar inolvidavel em Portugal. E' bem editado, e de aspec! o agradavel e aUrahenLe. q nome foi dado pelo velho batalhador, Joseph Jones com muita adaptação. E' o 01'­

gam da "Convenção Baptista Portugue~a, e está com as Igrejas que co­operam com a Convenção Baptista Brasileira. Merece a acceitação e acolhimento dos Baptista.s do Brasil, pois que os informará de tudo que se passa no trabalho em Portugal. A assignaiura cusfa 12 es­cudos ou sejam 5$500 a 6$000 por anno. E' impresso em typogra­phia da praça e não fica dispéndioso, preferível a ter fypographia propria.

A Casa Publicadora Portuguêsa ficou ao lado .da Junta de ,Texas e não era de esperar outr.a coisa, pois que a ella pertencia. A LHera­tura da Escola Dominical usada nas Igrejas Poriuguêsas vên) da Casa Publicadora Baptista do Rio, E as Revistas são bem acceítaveis por ellas e dão bom resultado. Não é pra! ico, nem necessario, fundar uma Casa Publicadora em Portugal agora, em facr das condições finan­ceiras da nossa Junta e pela muita despeza que acarretaria. Mais tarde a denominação Portuguêsa deve ter sua propria literatura, por emquanto é melhor ficar como está, usando a literatura brasileira. Esta é a o.pinião da Commissão e dos irmãos portuguêses. Quanto aos Cantores e ou tras publicações de propaganda, é menos dispendioso err.' Portugal do que no Brasil.

VI PARTE

CONSELHOS E SUGGESTÕES

I. Relações entre as Igrejas.

i ." A Commissão aconselhou que cessase a hostilidade entre ir­mãos, seja por carta, seja por palavra ou pela imprensa, para ,0 bem da Causa de Christo· em Portugal.

2. Aconselhou, tambem, que deixem, duma vez para sem.pre, de aeceitar, á primeira vista, os boatos que se levantam em torno dest.as coisas e contra os in~Hvidl).os que tanto mal têm tl'azido a Causa de Deus.

3. Quanto á relação de cooperação enlre as Igrejas das duas Jun­tas, aconselhou tanto a umas como a outras que todos os obreiros e Jgrejas façam justiça e respeif.em os direito~ indiyiduaes dos crentes de poderem retirar suas cartas demissorias para outras igrejas sem coacção ou vexames. Todos prollletteram assim proceder.

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84 CONVENÇXO - BAPTISTA BRASILEIRA

n. Quanto ao progresso dÓ T.rabalho. i. Que se faça.m appello.s do .pulpito e pela imprensa aos irmãos

em Portugal e no Brasil, que peçam ao Senhor da· Seára para enviar obreiros que attendam á chamada divina para a vinha de Christo em Portugal. Po~que'a necessidade é grande e urgente.

2. Que a Junt.a Brasileira mande o mais cedo que seja passi­veI um homem para fundar. e dirigir um Seminario em Portúgal, no Porto ou .em Lisboa, orl~ for mais conveniente. E se ísto não for passiveI já, que alguns dos actuaes estudantes sejam enviados aos Sem-inarios no Brasil, do Recife e do Rio.

3. Ha grande conveniencia que o missionaria Antonio Mauricio deixe o pastorado do Tabernaculo co~ alguém que seja realmente com­petente e da escolha da Igreja, para attender as muitas portas aber­tas -e chamadas de toda a parte do país. A Igreja pode convidar um pastor, português ou mesmo' brasileiro, como se tem feito entre as Igrejas da Inglaterra e da America do :\orte com um bom resultado, porque a língua é a mesma.

4. Que se faça um institut.o de oito dias em cada igreja, ao me­nos ~a vez por anno, para inst.rucção das mesmas e dos obreiros, cujo programma deye ser o Curso da Escola Dominical, livros e the­mas1!iblícos. E se fosse possiyel a alguns missionarios que vão / á America passarem por Por~ugal e ahí se demorarem uns dias e aju­darem as igrejas ne::;te trabalho de instituto, seria de grande alcance e aproveitamento.

5. Que os obreiros e igrejas façam campanha c'errada afim de que todos .se tornem dizimistas. Este assumpto deve ter muita em­phase nos institutos, e o livro "Mordomia Ghristã e o Dizimo" deve ser usado.

6. Que se appelle ao coração bondoso de alg'unJ ou de alguns ir­mãos para doarem ós meios para fundação do. Seminario Ba.ptista em Portugal.

7 Que sé faça propaganda da necessidade de crear-se um Fun­do de Auxilio que ajude aos estudantes para o Ministerio, por meio de emprestimos sem juros.

8. Que se -eogit.e da organização -de uma Junta Constructora. para ajudar as Igrejas na construcção das suas casas d'e culto, e assim se evite tanto dinheiro gasto com alugueis. Ha irmãos baptistas que podiam facilmente fazer doações para este fim tão santo.

9. A Commissão suggeriu, como já foi 4Íto, á Primeira Igreja de Lisboa, que a melh{)f maneira de agir por em quanto, é comprar' um predio, em prestações ou com dinheiro a juros e 'adapta-Io ao ser­viço da Igreja. Que Deus mova o coração de algum irmão ou am.igo para e!pprestar a esta Igreja a importancia necessaria para esta compra.

iO. Que o auxilio da Junta seja dado directamente ás Igrejas e não aos obreiros como tae8. Que a Igreja chame o pastor ouevange~ liStf).4 e com eIleacerte o ordenado e se não puder pagar tudo, . veja

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ItELA1.\ORIO DA. Ju.NTÀ DE MISS'õES ÉÉTRANGEIRAS 85

o que .pode fazer e então peça aos representantes da Junta o restan­te, de aecordo com os fundos para este fim. Assim, ficam ambos, pas­t.or e igreja, livres para agir e sentir a responsabilidade mutua. Isto cultivará o principio do sustento proprio. Porque a responsabilida­de ficará com a igreja onde, de direito, deve estar E será um meio de evitar malentendidos ·entre os obreiros e os repre.sentantes da Junta.

Bahia, 27 de Abril de 1927 A Commissão,

O. P. Maddox.

M anoel Avelino de Souza.

o TRABALHO E COOPERAÇÃO Podemos dizer com Nehemias: "O Deus dos .céos é o que nos fará

prosperar; e nós seus servos nos levantaremos e edificaremos. Pelo relatorio da Commissão Especial que foi examinar as con­

dições do trabalho em Portugal, pOdeis ver que foi uma benção a vol­ta do mesmo a ser feito sómente pela Janta desta Convenção, sem cooperação ou sociedade com qualquer outra junta.

Durant.e este anno até Setembro,eff.ectuaram-se 54 baptismos, sendo 37 na Igreja do Porto, 12 nade Lisboa, 3 na de Leomíl e 2 na de ~lattosinhos, havendo outros candidatos em prova para serem ba­ptizados ainda est.e amlO.

Podemos dizer que se gastou mais tempu em sustentar posições e assentar trabalhos do que em avançar na evangelização. Muito con­tribuiu para est.a falta de avanço a impontualidade das nossas obri­gações; que impediram os obreiros de se locomoverem afim de atten­der a chamados para evangelizar, e a doutrinar nos pontos já esta­belecidos por falta de meios.

O Relatorio do Secretario Correspondente, apresentado á Conven­ção Baptista Porlugueza, menciona os 54 baptismos acima relata­dos e um total de 264 baptistas, membros das 6 Igrejas de que se com­põe a mesma Convenção .

.A esta data já deve ter-se organizado a Segunda Igreja Baptista no Porto, á rua Formosa n. 260 A, no centro do Commercio. Dando a informaçã(}, diz o missionario A. Mauricio:

"Confiamos no Senhor que esfa vae ser uma das igrejas mais am­madas de P,ortugal, visto que é a melhor congregação que temos em todas_as igrejas baptisf as. JiJ' constituida por irmãos situados no commer.cio, e está situada na parte mais central do Porto, pelo que é de esperar que venha a tornar-se. uma igreja poderosa"

Do mesmo relatorio consta que as Igrejas arrecadaram de re­ceita: Esc. 43 :422$16 para seus orçamentos infernos e Esc. 9 :911$72 para () Templo da. Primeira Igreja· Baptista de Lisboa. Total: Esc. 53: 333$88.

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S6 CÓNVENÇÃO. BAPTISTA BRASILEIRÁ

IGREJAS.

Continuam a cooperar com esta Convenção, a Primeira Igreja do Porto, a Primeira de Lisboa, a de Tondela, a de .. Morelena, a de Leo­mil e de Maio para cá a de MaUosinhos. Ao todo seis igrejas que formam aConvençãô Bapfista Portugueza.

SEMINARIO

Graças ao Senhor, podemos informar-vos que as novas installa­ções .do Seminario foram um grande passo dado para uma grande obra na ('yangelização de Portugal. Foi inaugurailo no dia 23 de Outu­bro, sendo as obras de adaptação e o mObiliario,custeados pelos ir­mãos portuguezes, que o fizeram -com alegria e presteza.

Este estabelecimento de preparo dos seminaristas, installado na nossa propriedade de Requezende, para isso adaptada, conta 7 estu­dantes e um candidato, e está sob a direcção interina do missiona­rio A. Mauricio.

Para attender ao n°. 2 do II Ponto dos "Conselhos e Suggestões ,­da Commissão Especial, a Junta reputa de grande urgencia a ida de um irmão competente para dirigir a educação dos futuros evan­gelistas do pOYO necessitado do Evangelho, alliviando a carga dos hombros do nosso missionaria, que abnegadamente está manejando todo:-: os depart.am~ntos do trabalho.

REPATRL\ÇAO DO CASAL BARBOZA

A demora em satisfazer a ordem da Convenção na repatriação deste casal já foi explicada no Relatorio de Setembro, que a seguir transcrevemos:

~. HEPATRIAÇÁO DO CASAL ACHILLES BARBOZA - Devido ás cpndições financeiras com que tem lutado a Junta este anno, não foi possivel executar promptamente as ordens da Convenção, no tocan­te a "que se ponha á sua disposição desde já, a importancia corres­pondente á voUa deUe e de sua esposa, pa:ra o Brasil", porque a Jun­ta não foi attendida no appello feito á mesma Convenção, e poste­riormente as contribuições entradas"'" foram diminutas e morosas, de modo que foi necessario attender com eUas ao· trabalho em andamen­to .. em primeiro logar, "isto ser um compromisso mais antigo e inadlaveI.

03 que têm acompanhado f) movimento da Junta, pelos rela­torios mensalmente publica.dos~ hão de ter visto que até 31 .de Maio entraram numa media Rs. 1 :550$000, sendo ·a despeza forçaciá de Rs. 2: 660$000, além das extraordina1'ias votadas pela Convenção em S. Paulo. A Junta, porém, pediu ao Campo Victoriense, para ·entre­gar ao Uev. Aehilles Barboza, ·dos dinheiros contribuídos naquelle Campo para M.E. a importancia de Rs. 2:947$500, eorrespondente a duas passagens de 28 cla~se nos vapores da Mala Real Ingleza, de

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RELATÓRIO DA jU~TÁ DE MISS"õÉS ESTRANGEIRAS 8'7

t 35 112 libras ·cada uma, ou sejam L 71 as duas, reduzidas ao cam­bio d~ 5 23/32, Rs. 41$513 cada libra.

A Junta foi· attendida pelos irmãos do Campo VicLoriense, e o disposto pela Convenção já foi satisfeito.

Com à cooperação dos outros Campos a Junta tem attendido ao ,trabalho em andamento e resgatado parte da. divida contráhida na C. P - Baptista, que a nosso pedido emprestou o dinheiro necessario para a Commissão Especial desempenhar-se do imcargo que lhe foi ou t.orgado pela Convenção.

A Junta explica ás igrejas deste modo, a razão ·da demora em sa­tisfazer este pagamento."

As despezas com a Commissão Especial a Portugal foram Rs. 7 :878$600 e as feitas com a repatriação com o casal AclIilles Barbo­zafaram Rs. 2:947el500 fazendo um total de Rs. 10:826$100.

PROPAGANDA

Por motivos independentes da nossa vont.ade, a propaganda este anno foi diminuta, limitando-se quasi á dos relatorios mensaes, sal­vo abellissima serie de artigos escriptos pelo past.or Manoel A:velino de Souza, sobre a viagem da Comm issão Especial a Portugal, -e a serie de conferencias feitas pelo pastor Maddox na Chautauqua, que foram muito apreciados. Tambem alguns irmãos escreveram bons artigos sobre as Missões Estrangeiras, ·que de um modo ou outro sem­pre auxiliam na propaganda.

"O Jornal Baptista", "Correio Doutrinal" "O Escudeiro Baptista" e outros jornaes da d-enominaç.ão merecem a gratidão da Junta pelo auxilio prestado ás Missões Estrangeiras.

Temos recebido coUectas mensaes de Igrejas, que expontanea­mente O fazem, além de contribuirem para o Orçamento do seu Es­tado. Outras leyantam collectas occasionaes e as remettem á Junta. Irmãos possuídos -cio espírito missionario levantam entre seus ami­g'os offertas "oluntarias para. Missões. Estràngeiras; outros volunta­riamente tornam-se contribuint.es melli'3eS e mandam suas offerLas. Mas, são poüeo~ os que isto fazem.

Todos estes auxiliam na propaganda a favor do trabalho em Port.ugal.

Convem notar o espirito de abnegação de muitos contribuintes pobres, que dos seus parcos recursos, contribuem com goso para esta santa causa das Missões Estrangeiras. De . yiuvas pobres temos re­('pbido alguns mil réis, de pri"ações pessoaes para cooperarem no Irabalho em Portugal. Ainda outros com desejo de auxiliar a evan­gelização e não tendo dinheiro, t iram de si· joias e as ~l1tregam para serem vendidas a favor do trabalho do. 110SS0 Mestre .

. Irmãos! Que responsabilidade pesa sobre. nós, do modo de URar estê cdtnhe"iro offertado com tanto sacrificio?!!

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88 CONVENÇÃO BAPTisT À BMSILElílA

FINANÇAS

Mensalmente tem a Junta trazido ao conhecimento das Igrejas da Conyenção, publicando n'''.o Jornal Baptista" e "Correio Doutrinal" 9 movimento .de tooos os dinheiros recebidos e pagos, descrimi­nadamente.

O Orçamento approvado na Convenção de S. Paulo para o anno ora findante foi o seguinte:

Campos

Axnazonense__ __ __ __ __ Paraense__ __ __ __ __ __ ~aranhense __ __ __ __ __ Sertanejo__ __ __ __ __ __ Parahybano__ __ ~_ __ __ __ __ __ Pernambucano __ __ __ __ __ __ __ Alagoano __ __ __ __ __ __ __ __ Sergipano __ _ _______ . ___ _ Babdano__ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ Victoriense__ __ __ __ __ __ __ __ _ __ _ Fluminense __ __ __ __ __ __ __ __ __ Federal__ __ __ __ __ __ __ __ __ __ ~tnerro__ __ __ __ __ __ __ __ __ __ -_ Goyano__ __ __ __ __ __ __ __ __ __ ~attogrossense __ __ __ __ __ __ __ Paulistano ___________________ _ Paranâ-Santa Catharina __ __ __ __ -_ Sul-Rio Grandense __ -- -- -- -- -- -_ Eventuaes__ __ __ __ __ __ __ __ __ Sul Bahiano__ __ __ __ __ __ __ __ -_

Orçam'ento

2:000$000 1:000$000

500$000 1:000$000 1:000$00Q 3:000$000 1:000$000

500$000 5:000$000 8:000$000 5:000$000 8:000$000 4:000$000

250$000 250$000

6:000$000 2:000$000

500'000 1:000$000

$

60:000$000

Recebido

2:236$480 274$000 304$000 327$400 706$200

3:226$600 903$500 683$300

5:422$230 3:657$900 2:752$600 7:749$400 2:160$400

77$500 760$000

4:280$500 1:249$000

447$400 1:907$500

116$000

39:141$810

Diante deste demonstrativo, a Junta pede que a Commissão de Parecer sobre ~ste Relatorio, no seu parecer, apresente o Orçamento para o anno de 1928, depois de consultar os dirigentes dos respecti­vos Campos, presentes.

Ha muita necessidade de alargar as estacas do nosso trabalho no campo de acção. O nos~o trabalho é Missões, porém presentemente não podemos fazer grande trabal ho sem aliar Educação á Missões. por isso o nosso Seminario já est,á funooionando e aguar<la o Director promettido e fundos para custear as despezas respectivas, pois está installad() em propriedade nossa.

As entradas este Janeiro Fevereiro. ~arço. Abril. Maio. Junho.

anno foram as seguintes: 709$800 Julho.

1: 278$650 Agosto. 1:842$280 Sete~bro

-1:875$350 Outubro 2:048$160 NoveD1bro 4-:481'320 Dezembro.

6:148$300 3:870$800 6:416$600 3:804$920 3:687$840 4:078'900

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RELATÓRIO DA JUNTA DÊ MISSÕES ESTRANGEIRAS 89

Apresentamos este quadro para mostrar a esta Assembléa que este .cri teria, no modo das Igrejas cooperarem, não pode conti­nuar, a não ser que a Junta tenha um fundo ou capital para .suprir a nossa responsabilidade mensalmente e os nossos obreiros .estejam confiantes de que o dinheiro est.ará em sua mão no dia 5 de cada mez, afim de satisfazer os seus contractos até o dia 8, segundo as l~is portuguezas.

A despeza é a mesma todos os mezes e tem de ser remettida pela mala entre o dia 15 e 20 de caDa mez afim de estar em mão dos mis­sionarias até o dia 5 do mez seguinte. Assim os irmãos podem' ver a necessidade de remetterem mensalmente sem falta as suas offertas ao Thesoureiro da Junta.

MOVIMENTO DO CAIXA

Entradas

Saldo de 1926 _____________________ _ Recebido de olfertas _____________________ ~ _____ _ Emprestado pelo Thesoureiro ___________________ _

Total ___ _ _ _______ RS" o

Sahidas

Remettido a PortugaL ______ o, _____________ _ Despezas com estas remessas__ __ __ __ __ __ __ __ Despems com a impressão de Relatorios e Actas __ Des'pezas com o Expediente__ __ __ __ __ __ __ __ __ Viagens do Secretario Correspondente _________ _ Retorno do casal Achilles BaI1bosa ___________ _ Despezas com a viagem da Commissão Especial a Portugal

T,otal __ ______ Rs.

A SITUA CÃO Debito total:

Dinheiro tomado por emprestimo __ ,.._ __ _ ________ _ Devemos ao trabalho em Portugal as ruppropriaçôes de

Dezembro e de Janeiro _________________ _

18$490 39:141$810 4:773$040

43:933$340

31:195$500 428$500 220$000 298$940 964~00

2:947$500 7:878$600

43:933$340

4:773$040

5:8'00$000

Total do deficit __ __ __ __ __ __ __ 10:673$040

Rio, 10 de Janeiro de 1928. - Thomaz L. Costa, Secr. Cor. e Thes.

Declaração do ProflssionaJ Competente: "Declaro que examinei o() relatorio do Seco-Thes,. da Junta de Missões

EstJrangeiras e o encontrei de accordo cornos lançamentos do livro Caixa. RiO. 10!1j1928. - (Assignado) Ismai! S. Gonçalves, Guarda-livros. H

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Relatorio do Collegio Baptista Brasileiro em S. Paulo Prezados irmãos mensageiros á Convenção Baptista Brwsileira.

Mui cordiaei' saudações no Senhor Venho apre3entar-Yos -o relat.orio do trabalho feit.o peloCollegio

Baptista Bra~i1eiro, em S. Paulo, durante o anno de 1927. Vida religiosa. Continuou o seu glorioso curso a vida religiosa,

mfluenciada pelo grupo de Trabal hadoras Baptistas, comprovandlJ assim o yalor beneficodo convivio dessa~ moças no Internato, e ainda o valioso auxilio do corpo docente, composto na sua quasi totali .. dade de crentes fervorosos no Senhor Jesus.

Essas trinta e uma moças ganharam no departament.o de Traba­lhadoras Baptistas 14 diplomas e 2,5sellos no curso de Escolas Do­minicaes.

'- ~a "semana de. cultos" dirigidos os canticos pelo dedicado irmão Têcê e a prégação pelo bem-amado irmão pastor Antonio Ernesto, houve umas tr-inta e tres decisões ao lado de Christo e um avivamento entre os crentes que só lá no eéu podemos saber quanto era o' seu _ valor.

Durante o anno funccionou uma escola dominical, que teve uma inédia geral de cento e quarent.a presentes. TeY(' a escola uma boa in­fluencia com a vizinhança.

Calçamento. Conforme autorizou esla Convencão na sua ultima reunião em :-\. Paulo, solicitámo:; da Prefeitura a a'ttenção para o cal­çamento das ruas ao redor' .do Collegio. Nesl e sentido a Municipa­lidade voltára as vistas_ em consideração á tal necessidade para todo o nosso districto, providenciando para o calçamento, o que está sendo levado a effeito, Lendo já terminado nas ruas' lateraes e quasi conclui­do na da frente; e iniciado na dos fundo:.;.

~ão épossÍ\-el calcular a vantagem que a vossa instituição gozará desta tão boa obra e recommendamos que a Prefeitura de S. Paulo seja devidamente agradecida pela Convenção Baptista Brasileira.

Prograrn1tl1l de ensino. A Junta Administrativa do Collegio re­sol"eu adoptar' o programma official do Gymnasio D. Pedro II, pro­gramma que por muito tempo vinham os, mais ou menos, seguindo. Justifica essa resolução da Junta o fact.o de, em ~. Paulo, vario:;; outros collegios terem sido officializados, o que nos collocaria em posição de inferioridade senão tomassemos esta deliberação.

O governo do E;:;lado de S. Paulo acaba de sanccionar uma lei cl'eando Escola;.; NOI'maes Livres, o que nos "ae favorecer com o en­sejo de \"ermos figurar IlIJ:"iconcursos offíciaes as 'nossas professo­randas.

Corpo docente. Nunca (jvemo~ um melhor grupo de professores: homens, senhora~ e moças, isso pelo fac lo da consagração e fidelidade de quasi todos áCausa Bemdita do Mestre.

Para compensaI' -a ppJ'da da directorü, D. Virgínia Bec,k, qu~ se retir'àparaos Estado:.; Unidos, em gozo 'dI' í'f~l'Ías, teremos em 1928'0 valioso concurso d{~ D. Helena Bagby e _D. Olga Strehlneek, e ainda a dedicação de todo o seu t,empo ao serviço do Collegio, do bem-conhe­cido irmão 1>1'. Pedro Gomes de MeHo, romo director dos Cursos Se-cundarios. ' . Conservatúriú. Funccionou duronte iodo o anno de 1927 esse departamento, sob a direccão do conceituado maestro Manfridini.

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RELATORIO DO CÓLLEGIÓ B. BRASILEIRO DE S. PAULO· 91

Para 1928 contamos c'om o auxilio. de mais tres professores, ele­vando.assim.a .set6 .. 0 'numero dos que lencionam nesse depar-tamento, que muito tem contribuido para o bom conceitó que gozamos em todo o Estado de S. Paulo e além das suas fronteiras.

Matricula. Curso Primario;

(a) Masculinos 65 (b) Femininos 176

Curso Secundaria: (a) Masculinos O (b) Femininos 73

Escola Gratuita 281

Total Nacionalidades:

(a) Brasileiros (b) Estrangeiros (c) Filhos de brasileiros (d) Filhos de estrangeiros

FOl'madas em noyembro de 1927 Professorrs

595

293 21

293 188

3 32

o governo do Est.ado de S. Paulo concedeu isenção de impostos prediaes pelo facto de nossa escola gratuita ter feito o seu "alioso trabalho contra o analphabeLismo.

Finanças. Saldo de 1926 Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Balanço

Mêses

Contas a receber Contas a pagar:'

Debito

8:691$100 52:521$800 47:538$300 24:927$000 14 :921$000 20:136~~00 30 : 2,55$000 76:340$300 14:5298700

*80:333$500 27:208$200 37:490$700 8: 126$900

443:019$900

(a) Professores e empregados (Dez.) (b) .A Diversos

*** (c) A' Junta Patrimonial --- (d) Emprestimo "City Bank"

Total

Credito

43:177$900 39:9658700 35:4578700 27:069$700 20: 108$400 29:452$900 41:229$000 46:284$300 30 ~ 4'57$2'00

**78:753$200 38:964$200 8-:254$600 3:845$100

443:019$900

7:626$000

8:025$000 6:804$700

1'1 :769$700 20.:000$000

49~599$400

• Foi vendida a propriedade na Rua J'oão Ramalho, :!O, por 7:l:00U,UOU . •• Foi saldada a divida do Collegio com a Jun ta Patrimonial,

••• Foi tomado novo emprestimo da J unta Patrimonial para pagar 'DS impostos de calçamento das ruas ao redor do Collegio. Taes impoliltos vilo pes~r sobre o Collegl0 em mesma quantia em 1928 e 1929. Esperamos ser reem­bolsados pela Junta em Rlchmond.

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92 CONVENÇÃO BAPTISTA BRAf::nLÉIRA

ESTATUTOS DA JUNTA ADMINISTRATIVA DO COLLEGIO BA­PTISTA BRASILEIRO

Art. I. A Junt.a Administrativa do Collegio Baptista Brasileiro, de S. Paulo, será composta de nove membros residentes no Brasil, sendo que todos eUes devem fazer part e e se achar em plena commu­nhão com qualquer das igrejas baptistas no país. Os membros serão eleitos pela Convenção Baptista Brasileira e approvados pela Junta de Richmond (eleitos em terças),

§ fO. Se, por qualquer motivo, um dos membros fór impedido de servir até o fim do seu mandato, a Junta elegerá um successor, que o substituirá até a proxima reunião da Convenção Baptista Brasileira. De igual modo, a Junt.a escolherá um substituto para qualquer mem­bro que se ausente do país, o qual servirá até o regresso daquelle.

§ 2°. Qualquer membro dà' Junta, cujos serviços forem aprovei­os seus deveres ou. que, por qualquer motivo justo, elle deve dei­deixará ipso (acto de ser membro da Junta. Exceptuam-se os casos de mis~o especial de caracter provisório. Se qualquer membro da immediata familia de um membro da Junta receber remuneração dos cofres do Collegio, será considerado como se elle proprio t.ivesse rece.., bido.

§ 3°. Haverá annualmcnte duas reuniões da Junta, ,uma por se­mestre. Na primeira de:-;sas reuniões a Junta escolherá, por ,"otos dos seus membros, tres dentre elIes para constituir uma Commissão Lo­cal. Essa commissão reunir-se-á mensalmente e a pedido do direc·tor geral do Collegio ou do presidente da Junta Administrativa. Terá plenos poderes para tratar de todos os negocios que necessitem ser tratados no intervallo das reuniões regulares da Junta. Qualquer membro da Junta, estando na cidade na occasião de uma reunião da Commissão Local, será avisado da mesma e terá todos os direitos e privilegios de um membro da Commissão' Local.

§ 4°. A Commissão Local sr:fvirá como commIssao especial da Junta em aju~ar o director gel'al a apromptar as suas nomeações com os respectivos vencimentos dos membros do corpo docente do Collegio, para a reunião semi-annual da Junta.

Art. II. A Junta, em cooperação com o director geral do ColIegio, deve zelar pelo bom nome do Collegio como instituição de educação christã e baptista.

§ iO, A Junta deve exigi!' do direetor geral do CoUegio relatorios mensaes do movimento financeiro do Collegio e quaesquer outros re­latorios que ena julgue necessarios,

§ 2°. Se a Junta achar que o director geral não está cumprindo com os seus deveres ou que, por qualquer motivo justo, elIe deve dei­xar D seu cargo, elIa deve immediatamente communicar esse facto á Junta de Richmond e pedir outro director ~ral.

§ 3°, E' dever da Junta attender a qualquer reclamação feita' con­tra a administração do Collegio.

Art. TIl. O director geral é eleito pela Junta de Missões Estran­geiras da "Southern Baptist Convention" (a Junta de Richmond) e approvado pela Junta Executiva ·e é responsavel a Junta Administra",,: tiva do Collegio pela administração interna do Collegio, -isto é, pela organização e execução do programma de ensino, manuLenção de uma boa disciplina e administração das finanças. '

§ 1°. O director geral deve assistir a todas as reuniões da Junta. § ~. O director geral .deve apresentar á Junta ou á Commissão

Local o seu' orçamento e relatorio financeiro mensal e semi-annual e não póde fazer qualquer transacção fóra desse orçamento sem a ap-provação da Junta ou Commissão Lo~al. )

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RELATaRIa DO COLLEGIO B. BRASILEIRO DE S. PAULO 93

. § 3°. o director geral deve exigir documentação de todas as trans­acções financeiras do Collegio, que devem ser certificadas por conta­dor official.

§ 4°. O director geral deve submetter á Junta, 'Para approvar ou rejeitar, a lista de directores, prof.essores e auxiliares, com seus respe­ctivos vencimentos, e com a Commissão Local pó'de suspender ou de­mittir do cargo qualquer membro do corpo docente do Collegio, quan-do elles julgarem necessario. .

§ 5°. Cabe ao director geral suggerir os planos de programma e os precos de ensino, pensão, etc., do Collegio; elle, porém, não poderá al­terar radicalmente os mesmus sem prévia approvacão da Junta ou Commissão Local. .

§ 6°. O director geral submetterá á Junta ou Commissão Local, no primeiro periodo de cada semestre, uma lista de todos os alumnos que gozam abatimentos e aquântia de~abatimento e o motivo de o conceder, o total do abatimento, não podendo passar o limite fixadu pela Junta.

Art. IV Qualquer emenda ou ampliação a serem feitas nestes estatutos só poderão ser admittidas quando approvadas em reunião regular da Junta e por dois terços de seus membros.

REGIMENTO INTERNO DO COLLEGIO BAPTISTA BRASILEIRO DE S. PAULO

Art. I. A Junta Administrativa dePosita loda a autoridade e responsabilidade ao director geral pela administraç,ão interna do C01-legio como especificada nos estatutos da Junta.

§ 1°. O director geral deve ter como auxiliares uma directora do Internato, director dos Cursos Secundarios, director dos Cursos Ele­mentares, director do ConservaLorio, director da Vida Religiosa e qualquer outro que a Junta Administrativa achar conveniente no­mear. (Directora de Gymnastica, Jogos e Reereio.)

§ 2°. Esses directores depul'tamentaes :-;ão l'csponsa, e i.:' ao dire­ctor geral pela execução do trabalho concernente aos 5eus respectivos departamentos. O directol' geral não tem o direito de intervir nos respectivos departamentos sem consultar o respectivo director do mesmo.

§ 3°. Os auxiliares do Escriptorio, Livraria e Bibliotheca são res-ponsaveis. e dirigidos directamente pelo director geral.

Art. II. A directora do Internato tem responsabilidade sobre: 1 Tudo em geral no Internato e na Enfermaria. 2· A formulação de regulamentos espec'iaes sobre a:; internas no

dormitorio, no refeitorio e nos terrenos do Collegio, elc., e de marcar suas aulas de estudo fóra de aulas, sendo todos os regulamentos su­jeitos á approvação do director geral.

3. A disciplina de internas fóra das aulas. 4. A limpeza do predio e da enfermaria. 5. A preparação e o servir das refeições, as compras de toda a

manutencão sendo feitas pelo director geral ou quem rôr designado por este.

6. Poder, em conjunto com o director geral, contratar e despedir os empregados necessarios para o s·erviço do internato.

7. A autoridade· sobl'e os empregados na eXl'cução dos ~erviços' no internato (direcção). A fiscalização do trabalho das "Trabalhado­ras Baptistas" lhe será confiada pela directora da Vida Religiosa.

9. Recepção de visitas ás internas, como Lambem de todas as sa­hidas dessas e sua corre~pondencia.

10. A direcção e fis'calizacão do trabalho de professoras internas pelo pagamento da sua pensão. .

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94 CONVENÇÃO ~APTISTA BRASILEIRA

Art. III. Os directores dos Cursos Secundarias, dos Cursos Ele­mentares e do Conservatorio são responsaveis ao director geral pela execução do programma de ensino. melhodos e fidelidade dos profej3-sore~ no desempenho dos seus cargos, c disciplina de alumnos no seu departamenlo (promoç,ão de altimnos), s~ndo que, em casos especiaes~ den"-se apresentar a commissão de disciplina composta de todos os di­rectores, com o director geral.

.-\.l't. IV A directora da Yida Religiosa tem como seu dever: 1 Formular em conjunto com o rlirector geral os cursos bibli­

co~ e com os seus auxiliares ensinar os mesmos. 2. Em conjunto com a directora do Internato arranjar horas de

culto para as internas. 3'. Designar as Trabalhadoras Baptistas aos diversos departa­

mentos para os ~eus sCl'\'iç.os especiaes. recebendo do director gel~al o numero de horas marcadas para cada uma.

4. Respollsabilizar-~e especialmente pela conducta e actividade religiosa das Trabalhadoras Baptistas.

5. Cuidar da disciplina de alurnna~ nas Yiagen:5 dos auto-omnibus do Collegio, nas yiagens á~ aulas.

6. Zelar pela-s or~anizações ~'plig1iosas como Escola Dominical, t- jl B '. séries de confel'encias eVaIlí-!l' IisUcas e ! udo em geral para promoyel' a vida religiosa da instituição.

7 Em conjunto com o direct.or geral ter a responsabilidade so­bre o culto dia rio para lodos os alumnos e professores e auxiliares do Collegio .

• -\.1't, IV .-\ directora de Gymnastica. Jogos e Recreio ficará re8-ponsaye} sobre:-

1 Organização e exec!]cão de exercicios apropriados com jogos e festas sportivas.

2· Diseiplina no recreio. Art. Y O corpo rloeen! e, com!,osto de todos os directores e pro­

!e~sores e auxiliare>; do Cnllegio, lerá a responsabilidade de: 1 Formular regras de notas, f'xames, faltas, etc., de alumnos e

fazer recommendações a respeito de horarios de aulas. =!. Recommendat' alumno:- á Junta Administrativa para tirarem

certifieados ou diplomas. 3. Promoyer festa:" literarias, patrioticas, etc., e exposições de

vario:, as!wclos dos cursos do' Collegio. 4. Assistir á reunião mensal. 5. Fazer quaesquer recommenda<.;ões que julgue serem para o

bem-estar e progresso do Collegio. ArL "I .. \ Escola Gratis ficará sob a direc(,;ã'o e responsabilidade

do director do~ Cursos Elementares.

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COLLEGIO E SEMINf\I\IO DE PEI\Nf\MB~CO

PELO, PRESIDEN'J'E. H. H. MUIRHEAD

Apesar de nao . haver funcciolladõ'--a, Escola Nocturna, frequen",:, tada no anno proximo pa'ssado por 59 alumnos, a nossa matricula1

este anno, é· superior ao ultimo anno em 55, ou sejam 508 em lugar de 453, o (lu e, evidencía continuar a Instituição a gozar da confiança o cooperação dos nortistas. "

Temos crescido não sómente em numero, mas em efficiencia. Este anno organizámos melhor os nossos cursos e gbtivemos franca coope~ação dos corpos docente e ctisc'ente. Durante todo o anno o presidente' da Instítuição, teve apenas de intervir eI}) dois ou tres easos de disciplina. Numa collectividade como esta, onde ha diffe­rentes tempera,mentos. e diversos' gráus de educação, est.e fa<!to bem demonstra que pouco a pouco se vae enraizando O espirita de co11e­guismo e respeito mutuo entre os prop'rios alumnos. A frequencia média tem sido superior aos annos anteriores.

As estatísticas adiante devem ser interessantes e instructivas áquelles que acompanham os movimentos escolares.

Porém, não são sómente os numeras que constituem um collegio .. Ha annos passados a nossa matricula subiu a 900 alumnos; no en­tanto descobrin10s' que, sendo a maioria destes e· um bom numero de professores incredulos, a efficiencia da Instituição deixuya muito a desejar. Começámos, então, a diminuir a frequencia atr 'podermos conseguir um corpo docente crent.e e pelo menos 50 °1° dos alumnos, de familias evang'elicas. Agora, podemo8 dizer que todos os 36 pro­fessores são crentes, sendo 34 membros activos de igrejas, dos quaes 32 são membros de igrejas bapti~ta~ desta cidade.. Dos 508 alumnos deste anno, 258 são evangelicos, sendo 227 baptist.as, 17 presbyteria­nos, 8 congregacionalistas, 3 lutheranos e 3 anglicanos. Dos 250 res­tantes, 192 são catholicos, i6 judeus, 8 espiritistas e 34 indifferentes. A Instituição atravessa excellenLe phasé espiritual, tendo a série de conferencias dirigida pelo irmão J R. Allen despertado ainda mais a '\;da espiritual da Instituição. Durante duas semanas eIle prégou no salão nobre do Collegio, no periodo da licção e "'á noite, na Igreja de Capunga, que é bem proxima do Collegio. Uma média de 80,°1° d~s alumnos frequenta, COIP assiduidade, as aulas biblicas no Colleg'io e na Escola Dominical da Igreja de Capunga e muitos são activos nos trabalhos "da U .. M.. B.

Durante o anno o C011e~io auxiliou seminaristas, etecistas, nor­malistas e alguns leigos, dando a uns ensino gratuito e a outros fa-

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96 CONVENÇÃO .BAPTISTA BRASILEIRÀ

zendo abatimento na pensão, na importancia de Rs. 54 :202$500, que é talvez a contribuição de menos valia que a Instituição tem feito á de­nominação, pois não se p6de calcular em mil réis o effeito da educa­ção que 22 normalistas, 8 etecistas, 24 seminaristas e um bom nu­mero de leigos têm recebido á custa da Instituição.

Afip.al, podemos dizer que todo o corpo docente da Institl).ição é o producto de si mesma, pois, exceptuados os missionarios que vêm de f6ra, todos os professores receberam o seu preparo nesta casa.

~o meiado do anno proximo p·assado o Collegio fez uma combi-.nação com a '·The Pernambuco Tramways & -Power Co., Ltd.", pela qual a referida empreza entregou ao Collegio a direcção da sua Es­cola de Arte Culinaria, encarregando-se ainda de montar uma cozinha moderna á sua propria custa, fornecer gaz gratuitamente, fazer a pro­paganda e Dfferecer dois fogõe::; allnualmente, como premio de appli­cação ás alumnas. Ao mesmo tempo a "The Singer Sewing Machine Co." nos forneceu tres machinas decoslura, pondo-nos assim em con­dições de offerecer ás moças ec:iucacão completa e inicial' a Escola Domestica, que tem funccionado, este anno, com 42 alUll111aS e 3 pro­fessoras.

Foi organizado no principio deste anno um Tiro de Guerra no Collegio, com um alistamento de 52 rapazes. Esta nova organização vem, de certo modo, creando entre os alumnos o desejo de melhor aprender a servir á Patria.

Os alumnos do Collegio sempre têm sahido bem nos exames offi­ciaes e este anno melhor do que nunca. ~os exames de admissão, em março, não houve nenhuma reprovação entre os nossos alumnos e nos exames finaes de dezembro tivemos a maior·"Porcentagem de approva­cões que qualquer Collegio particular ou official nesta cidade.

ORGANIZAÇÃO

O pl'ogl'amma da inetituicão abrange as seguintes escolas:

J . Collegio Americano Baptist~.

1. Cursos elementares - 6 annos. ( 1 ) Jardim da Infancia. (2) Primario. (3) Complementar.

2. Gymnasio - 6 annos. 3. Escola Commereial - 6 annos. 4. Escola Normal - 3 annos. 5. Escola Domestica - 3 annos. 6. Escola de Musica.

II. Seminario Theologico Baptista do N01'te do Brasil.

1. Collegio da Bíblia - 2 annos. 2. Escola de Trabalhadoras Christãe - 2 annoe. 3. Seminario - 6 annos.

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RELATORIO DO COLLEGIO E SEMINARIO DE PERNAMBUCO 91

Ao abrir das aulas no principio de, fevereiro sentimos profunda­mente~ ausencia dos PFofessores W C. Taylor, É. G. Wilcox e Miss Essie 'Fuller, que tinham seguido no fim do anno anterior para a America do Norte, em gozo cte férias. Lógo que se àbriram os tra­balhos <lo novo anno, tornou-se manifesto que a familia Jünes teria de a.fastar-se do trabalho por algum tempo por causa da alteração_ da saude do Dr. Jones, nosso operoso vice-presidente. ElIe nos' deixou tristes e cheios de saudades em abril. Mas, graças ao nosso bom Deus, todos estes que nos deixaram êm busca de saude, já se acham resta­belecidos. A familia J ones estará de volta no meiado do anno e os outros em, tempo para tomarem conta das suas respectivas cadeiras na abertura das ~ulas, em fevereiro.

A sahida de tantos professores importaria numa derrota para a instituição se não fosse a perícia e boa vontade dos professores brasi­leiros, que souberam preencher os claros.

Na ausencia do Dr. WC. Taylor, o Dr. Antonio Neves de Mes­quita dirigiu com efficienciã o Collegio da Biblia e o Seminario. Este distincto irmão e obreiro. incansavel soube ganhar e manter a sympa­thia e cooperação dos corpos docente e discente. Da mesma maneira os professores Fernando Wanderley e Manoel Lyra, além das outras responsabilidades suas, substituiram ao Dr. Jones na direcção do Gy­mnásio, Academia de Commerc~o e Curso Complementar. Estes ir­mãos demonstr-aram que, além de muitos outros dotes, possuem o de a~ministrar, dote aliás bem raro.

No principio do anno o governo estado ai nomeou como director do Ensino Normal e da Escola Normal official o nosso disLincto pro­fessor Dr. Alfredo Freyre, e mais tarde, por decisão do Conselho Su­perior do Ensino no Rio de Janeiro, conferiu-lhe a Faculdade de Di­reito do Recife o gráu de doutor etn sciencias juridicas e sociaes e le­vou-o á livre docencia na mesma Faculdade. O Dr. Freyre acceitou estas honras sómente depois de saber que estas novas funcções em nada perturbariam as suas relações com o nosso Collegio. Ha poucos dias certo frade, que consagra o seu tempo ao ensino, deu os para­bens ao Sr. Governador do Estado pelo modo sabio por que está sendo dirigida a Escola Normal, ao que o governador respondeu: "Acceito os parabens, pois são justos. A Escola Normal é a instituição melhor dirigida nessa terra porque eu fui ao Collegio Americano Baptista es­colher o director."

Dia a dia o Collegio e Seminario do Recife estão conquistando a confiança e o respeito de todos os nortistas.

Na sua edição de 27 de marco do corrente annoo' Jornal do Re­cife - um dos jornaes de maior circulação no norte do Brasil - pu­blicou o relatorio de um dos seus reporters por eIle enviado afim de fazer uma visita á instituição, sob o 'titulo "Uma Instituição que nos Honra ", em que fez as melhores referencias ao Collegio., Ha dez annos

,passados, este mesmo jornal promovera perseguição tremenda contra

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98 CONVENÇÃO" BAPTISTA BR,ASILEIRA

o, Collegio. Eis mais uma proyu de que a instituição vae conquistando a confiança do publico.

ESTATISTICA DE 1927.

Matr. Masc. Fem. Ext. Int. COLLEGIO:

Jardim da Infancia. 11 7 4 11

Primario. 84 52 32 73 11 Oomplementar 91 65 2ü 61 30 Gymnasial 79 71 8, 36 43 Commercial. 11.04 80 24" 69 35 Normal 21 21 6 15 Domestico 42 42 6 36 Musica. 51 20 31 15 36

Total COLLEGIO 483 295 188 277 206

SEl\UNARIO: Collegio da Biblia. 60 4~ 17 52 8

Escola de Trabalhadoras Christãs 8 8 3 5 Seminario 18 18 4 14

Total SEMINARIO 86 61 25 59 27

Total Geral. 569 356 213 336 233

Duplicatas 61 14 47 4 57

TOTAL LIQUIDO 508 342 186 332 176

DE O:r-.rnE VIERAM:

Do Brasil: -

Pernambuco. 346 Parabyba do Norte. 34 Alagõas 22 Rio Grande do Norte 15 Babia. 12 Rio de Janeiro 11

Ceará. 6 Pará 5 Piauby 4 Maranhão 4 Amazonas 3 Sergipe. 3 São Paulo 2 Minas Geraes 1 Santa Catbarina 1 469

A transportar. 469

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RELATORIO DO. COLLEGIO E SEMINARIO DE PERNA,MBUCO 99

Transporte 469 Do Extrangeiro: -

America do Norte. 14 Russia. '1 Allema.n.ha 4: Polonia. 3 Portugal 3

Argentina 2 Egypto 2 Inglaterra 2 Italia . 1 Turquia 1 39

508 ESTATISTICA RELIGIOSA

Evangelicos: -

Cathollcos

Outros: -

BapUstas. Pres byterianos CongregaclonaJistas . Lutheranos. Anglicanos

Judeus Espiritistas Indifferentes

TOTAL GERAL.

FINANÇAS

Saldo devedor em 30 de Novembro de 1926 Receitas de Dez. de 1926 a Nov. de 1927 Despezas de Dez. de 1926 a Nov. de 1927. Conta de emprestimo.

Saldo devedor.

227 17

8 3 3

16 8

34

258

192

58

508

29:097$453

437:284$437 74:451$649

540:833$539

517:340$507

23:493$032

540:833$539

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UNIÃO GERAL DAS SO.CIEDADES DE SENHORAS Auxiliar á Co.nvenção Baptista Brasileira

Relatorio'Correspondente ao Anno Convencional 1927 - 1928

o anno proximo passado foi o de maiores bençams espirituaes e inateriaes para a União Geral das Sociedades de Senhoras .. As vi ce­presidentes e secretaria~ têm cooperado, na medida de suas forças, na execução dos planos da Commissão Central da União, e as socieda­des, por ~ua y-ez, têm se mo;;trado desejosas e promptas para andar de mãos dadas com as suas offieiaes estadoaes e aUender aos pedidos feitos pela r.ommissão a favor da causa em g'eral. As sociedades têm cooperado de . modo 10uvaveI no sentido financeiro, contribuindo com quasi ires contos de réi~ para as despezas da União Geral e para o sustento de ·D. Constancia Campello. a professora dos Indios em Goyaz. Apesar destas offerias, as sociedades em toda parte fôm prestado um "ali050 serviço, auxiliando suas proprias igrejas em todo o trabalho. E' verdade que. quando as senhoras se unem num só proposito, conse­guem coisas admiraveis em· prol da diffusão do conhecimento do seu melhor Amigo.

Temos recebido boas noticias' do progresso espiritual das socie­dades de quasi todos os Estados, desde o Amazonas até o Rio Granrle do Sul, sendo esta espiritualidade manifesta por meio das reuniões de oração, das de consagração e de estudo. Tambem outro meio efficaz no desen"olvimento espiritual é o das visitas e conYf'l'Sl\S evangelisti­cas - trabalho individual - que têm sido feitas pelas Sociedades de Senhoras, Durante o anno proximo passado foram relatadas .332.281 visitas e conversas realizadas pelos membors das Sociedades de Se­nhoras.

Durante o anno findo a União Geral continuou os seus esforços, propondo-s.e a fornecer uma "literatura adequada ás neeessidades do trabalho.

A Revista das Senhoras foi pubhcada trimestralmente e a pagina no Jornal Qaptísta duas vezes por mês. Os folhetos usados na obser­vaneia das Épocas de Oração, relativo,:; aos mêses de maio, agosto e novembro de 1927 e fevereiro de 1928, foram preparados e enviados aos campos, onde cbegaram no tempo opportuno. Preparou-se um programma para o Dia das Creanças, exemplares do mesmo e enve­loppes para offerta foram despachados para os diversos campos.

A Convenção em S" Paulo pediu que se harmonizassem as fórmu­las dos relatorios, trabalho que já está feito, e os novos relatorios pessoaes, mensaes e annuaes já estão em uso.

Um livro de registro para uso das sociedades, o qual facilite a preparação de relatarias, está no prelo. Para uso das senhoras nos seus estudos arranjaram-se na Casa Publicadora onvas tiragens dos livros Modos de Ganhar Almas para Ckristo e Crenças Bap tú tas. Um manual para acompanhar Cr'en(~as Bllptútas e que deve sahir do prelo brevemente, foi escripto por D. Alice Reno. \

Foram preparados e impressos os seguintes folhetos: Dois folhetos da série "O Lar", para uso em reuniõej das mães,

um sobre relatarias, explicando o seu valor e o modo de preparar os mesmos, outro apresentando uma des0ripcão da literatura e material

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':\

UNIÃO 'GERAL DAS SÓCIEnJADES DESENHÓRAS' iôi

fornecido pela União Geral; Foi publicada tambem uma. lista de fo­lhetos classificados ,e á venda na Casa Publicadora.

Completando-se em 1928 o vigesimoanniversario da União Ge­ral l a Commissão. Ce:q.tral apresentou .ás irmãs, na sua reunião annual, os s.eguintes ideaes como alvo durante 1928, os quaes foram acceitos:

-1. Que, em cada oampo, haja um augmento de 20 % no numero de sociedades, fazendo um estudo definido.

2. Que cada campo tenha um augmento de 20 % no numero de novas sociedades. organizádas, abrangendo as de senhoras, de mocas e de creancas.

3. Que cada sociedade se esforce afim de que haja um augmento de 20 % no numero de visitas de evangelização.

4. Que todas as senhoras e moças, membros das igrejas, estejam alistadas nas actividades das Bociedades e que o maior numero passi-veI de creancas esteja arregimentado nas sociedades juvenis. .

. 5. Que, em cada campo, haja um augmento de 20 % de dizimis­tas, sendo comprehendido que devem entrega"r o dizimo ás igrejas e" além disso, fazer oíferLas voluntarias pelas sociedades.

6. Que, em todas as sociedades, se ponha emphase sobre o desen­volvimento espiritual das irmãs, lembrando-lhes a necessidade do culto particular - a oração e a leiLura diaria da Biblia.

7· Que cada s.ociedade se interesse nas reuniões das mães, estu­dando e distribuindo a literatura fornecida pela União Geral para este fim.

8. Que em fadas as sociedadfls haja, por parte das irmãs, maior actividade em prol das missões.

9. Que cada sociedade sinta as suas responsabilidades e privile­gias como uma parte da União Geral e que coopere cada "ez mais nos planos suggeridos para o bom adiantamento do trabalho das Senhoras Baptistas.

Minnie Landrum, Sec.-Corr.

la A C t a

Acta da 1 a sessão -da União Geral de Senhoras, auxiliar á CotJ.~ venção Baptista Brasileira, realizada aos doze de Janeiro de 1928.

Dirigiu o culto devocional. a irmã D. Eva de Souza, depois do qUàl, a presidente declarou abeda a sessão.

Estando al1:;;-entes as 1" -e 2" secretarias, foi ·eleita provisoria­mente a irmã D. Luiza Cordeiro.

Num ligeiro e excellente discurso, deu as bôas vindas a senho­rita Alice Miranda Pinto.

Agradeceu as bôas vindas a irmã D. Izabel Avellar. A irmã presidente proferiu um bellissimo discurso de incentivu

e animação aos nossos corações. Depoi.s de ouvirmo_s um solo pela irmã D. Anna Watson, foi

concedida a palavra a Miss Flora Strout que mo~trou claramente o perigo em ·que vive o nosso povo e a necessidade urg-eute de nos alistarmos na Liga Pró-Temperanç<:L Brasileira, para con:bater os grandes males -causados pelas bebidas alcoolicas e p.elo fumo.

As irmãs DD. Ephigenia Maddox e Jane Soren falaram do tra­balho progressivo da União Geral desde 1908 até os nossos dias.

Feita a chamada dos Campos deu o seguinte resultado: Bahia, 1 mensag.eira; Districto Fede.ral, 47; Espiri to Santo, 5; Minas Geraes, 3; Estado do Rjo, 15; Rio Grande do Sul, 2; S. Paulo, 3. Total de men­sageiras, 76.

A Secretaria Correspondente leu o relataria annuaI, cujo resul­tado vae annex-O.

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10.2 CONVENCÃO BAPTISTA BRASILEIRA

Muito agradou á Assembléa uma representação feita· por um grupo de moças do Collegio Baptis4:a do Rio.

Com uma oração pela presidente foi encerrada a sessão. Luisa Cor4eiro, Secretaria.

Com um culto devocional, começou os trabàlhos a irmã D. Hera­cledina Gonçalve~, ás t3 112 dÓ dia 13 de Janeiro de 1928.

A presidente declarou aberta a sessão e em seguida ~0Í' lida a acta anterior ficando' approvada sem emendas.

A thesoureira deu. o .relatorio annual, sendo pela Assembléa ap-provado como segue. .

A -irmã redactora da literatura distribuiu amostras de toda a li­terat.ura aos campos representados.

Falou n. Minnie Landrum sobre o trabalho ide moças e creançás e da necessidade de serem· .escolhidas e' eleitas duas superintendentes para desenvolver esta phase do trabalho.

A presidente nomeou a commissão de nomeações composta das irmãs: D. Minp.i-e Landrum, D. Maria Marçal, D. Ephigenia Maddox, D. Alice Smith, D. Amelia Gama, 8ra, Alves e Mrs, Ginsburg.

Por D. Anna Watson e D. Sophia lnke foi cantado um be110 dueto. A secretaria leu duas· cartas de incentivo, enviadas pelas irmãs:

D. Fl.o-ripes Alencar e D. Mari~ Augusta da Silva. Sob a direcção da irmã D. Anna Watson foram bem discutidos os

1° a 6° pontos dos "Ideaés para 1928" Concedida a palavra ao Dr Bratcher, este agradooeu em nome da

Junta a. cooperação da U. Geral no trabalho de Missões Nacionaes e falou acerca do trabalho da nossa irmã D. Constancia Campello no Collegio Indiano e.pl' Goyaz. A presidente agradeceu 68 palavras do ir­'mão Dr. Bratcher,

Por estar esgotada a hora, foi proposto, apoiado e aeceito que os ultimas pontos dos "Ideaes" ficassem sobre a mesa para ser reence­tada a discussão no dia seguinte.

Foi encernda a sessão com uma oração. Luísa Cordeiro, Secretaria.

3a Acta A irmã D. Prosperina Solivar dirigiu o culto devooional. Aberta a sessão, foi lida a acta anterior, sendo approvada sem

em~ndas. Proseguiu a discussão sobre oos "Ideaes para 1928" Após breve ~

intelligente discussão, foram aeceitos como haviam :sido recommendados. Em seguida, a Assembléa votou um orçamento de 4: 000$000 para

est~ anno. A Assembléa deliberou enviar, do saldo ~xistente em cai­xa, 500$000 para auxiliar o -Seminario Baptista fortuguez.

Falaram diversas irmãs sobre os -beneficios recebidos pelas so­ciedades.

A Assembléa nomeou como nossas .representantes na Alliança Mun­dial, a realisar-se em Toronto, Canadá, em Junho proxim:o, as irmãs D. Minnie Landrum e D. Maríetta Mendonça."

D. Ruth Randall expoz a iinportancia dos nossos relatorios. D. Minnie Landrum falou sobre a necessidade de uma conselheira para as sociedades de Moças Baptistas.

Depois -de cantado o hymno 529, a irmã D. Anna OhrisUe falou sobre o trabalho de Sociedades Juvenis, Dias das Creanças ·e Padrão de Excellencia. Após, a Assembléa votou que seja observado o f6. do-

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UNIÃO GERAL DAS SOÇI1lIDAlDES DE-SENlIORAS' 103 I

mingo- de Agosto para o dia das~ Creanças e que os diversos campos estudem.i() dia melhor para o este trabalho e ·escrevam para a Commis­são Central afim de ser por esta resolvida a questão no proximo an­no de 1929, visto haver diffi.culdades nalguns campos.

A Commissão de Nomeações reeomIr..'endou o seguinte: Presiden­te, DO. Alice Reno; P Secretaria Arehivista, D. Luisa Cordeir,o; 2& Secretaria Archivista, D. Eva de Souza; Secretaria Correspondente e Thesoureira, D. Anna Watson; Redactora da Literatura, D. Ruth llandall; Superintendente <lo trabalho de Moças, D. Artie Bratcher; Su-

o per intendente do trabalho de Creanças, D. Rosalee Appleby; Trabalha­dora Itinerante, D. Minnie Landrum; ·e membros loca.es da Commis­são Central: D. Henri'queia Magalhães, D. Jane Soren, D. Emília Tri­gueira da Silva, D. Maria Gesteira e D . Maria Daltro Santos. A União Geral elegeu e empossou a nova Directoria recommendada pela Com­missão de nomeações. Foi proposto um voto de agradecimento pelo bom trabalho feito pela irmã D. Minnie Landrum e outro pelo traba­lho feito com efficiencia da irmã D. Fioe D. Langston.

Lida e approvada a acta, seguiu-se uma verdadeira hora de con­sagração dirigida pela irmã D. Jane Soren. Todos os corações pre­sentes .pul,saram de alegria espiritual, neste festim dirigido pelO Es­pirito Santo.

Luisa Cordeiro, Secretaria.

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RELATORIO ANNUAL DAS SENHORAS

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• ~ ~ R ln i;~ i :: i ~ ln = :à ! o .a 1 t1 ~ P1 ~.!_ ~ I~ o ::t !.9 tJ I:i t e

DIPLOMAS

~ I Sellos

Despez a. da União Geral e sustento

da profe. Bora ao. l,ndios

"o~ ~ g .$ ~ ~ ~ o .,. í4 ~ ~ C, ti IÕ:a ;;~ = P1 I I E"

J4 M,Q ~ ~ l ~ a!! ~ ~ !~GI ~~' ~~ ~# ~ til ~ I =~ o .! ~ !! ,:j l.. ~ '" o ~ ~ ln Q; a a ... P Pt ~ GI ~ P 'd :g CI a Il i '8~ , ... E-t-= .. C" '" OH s:I a1,:i N'; iii 41'" 'tI1Q ~ = 1- ~ ~ A- " .;

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, 1 I 'I I I I . I I I I I 2831 854/ 4381 645117j 1511171 02718.612 1.544 7,lS6123.9171 2801 91 81/61 4118111:470$3001 800$1 822$200

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1 -- I --- 1 -- 1--1 --I --I -- I -- -- I ! -- -- I --I __ 1\ __ 1\ ti j I # 1661 3851 ltl81 -- \ 51 4\ __ I 186 1 3 ,311 4,7711 1 2341 761 -_I 46 -- 11111:056$3001 150$1 184nOO

-- I -- 1 -- I ----I -- --I -- I -- -- 1 I -- ! -- I -- 1 --1--1 1--1 I 30$1 30$000 -- 1 -- 1 -- 1 -- 1--1 --I --I -- I -- --! I -- I -- I --- f 2 1 __ 1 ==1--1 30$1 o

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Paranâ.-S. Ga.tharina Pernambuco -- I -- -- 18 18 -- -- 23 25 67 863 17 320 Pilluhy I I I Estado do Rio r

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S. Paulo, -- -- 13 -- 22 I -- , -- I 20 1 1 I 10 164 478 -- I 585 90'000 Sergipe .. I I , .1 I

Tota~s -- -- 45 70 ! 81 -- -- 97 3 4 121 432 1363 17 959 1.32'000 ~----- __ o

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RELATORIO ANNUAL DAS ORIANÇAS

III Q)

10

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Alagoas Amazona.'õ Bahia. I 107 16 Ceará. . I D. Federa] I 34 549 411 131 E. Santo " Goyaz. '.

Maranhão. I Mafto Grosso Minas Gernp!'l I 108 ParA. I

I I I

PaÍ'8ihyba I I I

255

Pa):'anA.-S. Catharin" I 1 I I

I Pernambuco I I J ! I Pi'auhy I 1 I Estado do Rio -- I -- I -- I -- I 94 I 12 -- I ,-- I 1

Rio G. do Norte I I I I I I

I I Rio G. do ~", -- I -- I -- r -- I 48 1 24 2 I 242

I 1

S. Paulo, -- -- I --\

-- I 158

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I 32 II

Sergipe. I I I Totaes -- -- I -- I -- 1.073 I 226 66 I 947 1 15

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38$600 2964100

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'RELf\TORIO PtNNUf\L RELf\TIVO 110 f\NNO .. DE 1927

RELATORIO DAS IGREJAS ESCOLA PúMINICAL J.;, U.-M. ~. Soeied. de Horn.

. II OBREIROS ii Trabalbos CONTRIBUIÇÕES GERAES ESCOLA.S

IGREJAS

Alagoas ••.•...

Amazonas ......... o ••••

Babia .. o •••••• o ••••••••

Ceará .••......•. o •• : .....

I 650 94:500$000 2 I 912311

75 23' 191

81 371 25' 577 15

9 - 29 - - -I - - 443-

123:072$000 - 37 78 188 192 25 30 101 61 2.139 - 1.340

D. federal .... o. o • •• 2.643·()()()$OOO 7

E:' Santo ., o ••••• o • • • • • • 947:120$000 35

18 28 211 127 46 32 184 159 2~22~ 17 2.4M 358 761. 906

3819~ 436 259 73 23 226 191 3.58Ç 89 3.682 528 462.~917 Goyaz.......... ........ 9:~- 3 8 10 1 - - 8 6 82 3 - - - -

Maranhão ..•. o •••••••••

M.Grosso .........••••.

Minas o o • o ••.•••••• ~ •• • • 496:480$000 21 80 218 134 25 20: 109! 130' 1.304 38 -

~o' 1.155

14

Pará....................... -- 3 - - - - -i -I - 184

Parahyba o • o • • • • • • • • • • • . ' 28:000$000 - 7 19 75 9 17 31 46! 17 275 I

39i Paraná S. Catbarina .. o 395:200$000 7 24 49 165 28 27 10: 46 1.197 28 1. 384

Pernambuco .. o. o....... 278:700s000 - 32 - 341 24Z 27 21: 801 224 1. 716 1. 612

3 337 10 250

342 9.764 146 9.485 Piauhy .. o .• o . o •••.•• o • • '13:500$000 - 9 30 71 3 2 3! 2(

E. do Rio o o •••••••••• _ •• 737:700$000 - 81 259 662 340 113 56! 310;

213' - 1.012

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Rio G. Norte .... * .. .. ... .. • -

Rio G. SuL........... .. 182:300$000 =: 15 ~6 79 ; 31 41 291 31 61~1 16 628 ~ 32 666

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*** Total 15.995:572$OÕol 67 1312j80~12.66511.41014211213j1.20711.33~j~4. 704/478122.84812.372119217.8641

*** As totalidades é do que se pôde apurar: por que ha campos que não deram esta.tistica. e outros que as deram muito imcompletas. Não slo dadas as totalidades referentes ás escolas.

- -I--

IIJ I ~ ~ ~ IIJ Missiona- Brasioll I o e N ·ã ~ ~~' rios leiros.h II> ~ • Ul

Jardim da

Infaneia

Esc. Primaria 1 ... annos de

estudo

Estola media 5-8 annos de

estudo

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- -: - I -

10 3:669$086[ 18:014$093' 21:683$179

I I I * Estes algarismos comprehel1dem alumnos de todas as edades.

** Estes numeros abrangem os dois sexos.