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Técnicas e Sistemas de Controlo Interno na Gestão de Recursos Humanos da KITANDA-LDA
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CONSULTORIA ESTRATEGICA DE GESTAO EMPRESARIAL
João Maria Funzi Chimpolo PhD
Professor Universitário e Consultor de EmpresasPós Doutorado em Gestao dos Recursos Humanos - USA-2014
Doutor em Gestão e Organização de Empresas – USA 2013Doutor em ciências Técnicas na especialidade de Gestão dos Recursos Humanos (2014)
Mestre em Direcção e Administração de empresas ( Cuba – 2003 )Enginheiro Industrial ( Cuba -2000 )
Pos Graduação em Agregação Pedagógica – 2009Coordenador dos Cursos de Ciências Económica na Universidade de Belas de Angola 2007 –2009
Chefe do Departamento dos Recursos Humanos na Faculdade de Economia U.A.NSócio Gerente da Consultoria Estratégica de Gestão Empresarial - 2011
Director de empresa (2005 -2014 Angola)
TR B LHO INVESTIG TIVO
TEMA: Controlo interno na gestão dos Recursos Humanos da
empresa KITANDA-LDA
Luanda
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ÍNDICE
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 1
1.1-O Controlo Interno. Evolução e Principais definições. ........................................................ 8
1.2-Conceitos fundamentais na definição de controlo interno ................................................. 13
1.2.1-Características gerais do controlo interno ....................................................................... 14
1.2.2-Limitações do controlo interno ....................................................................................... 15
1.2.3- Deficiências do controlo interno .................................................................................... 17
1.2.4-Medidas para comprovar a eficiência do controlo interno .............................................. 17
1.2.5-Componentes e Normas do Controlo Interno. ................................................................. 17
1.3. A Gestão de Recursos Humanos. Evolução e principais definições. ................................ 23
CAPITULO II: CONTRIBUIÇÃO DA DIRECÇÃO DE RECURSOS HUMANOS A
IMPLEMENTACÃO DO CONTROLO INTERNO - PROPOSTA METODOLÓGICA.
.................................................................................................................................................. 31
2.1. Os Modelos do Sistema de Gestão de Recursos Humanos. .............................................. 31
2.2. Relação Sistémica entre as normas e componentes do controlo interno e as variáveis do
SGRH. ...................................................................................................................................... 37
2.3. O Controlo do SGRH - Procedimentos que se empregam (nacionais e internacionais). .. 38
2.4. O processo de controlo. ..................................................................................................... 40
Avaliações ................................................................................................................................ 41
2.5. Proposta Metodológica ...................................................................................................... 42
2.5.1. Componentes do Controlo Interno (seus elementos em relação a DRH) ....................... 44
CAPITULO III: APLICAÇÃO DA METODOLOGIA PARA A IMPLEMENTAÇÃODO CONTROLO INTERNO A PARTIR DA CONTRIBUIÇÃO DA DIRECÇÃO DOS
RECURSOS HUMANOS NA KITANDA-LDA. ................................................................. 47
3.1-Caracterização da empresa ................................................................................................. 47
Estrutura orgânica da KITANDA-LDA ................................................................................... 48
3.1.1-Estilos de direcção da KITANDA-LDA ......................................................................... 48
3.2-Funcionamento económico e financeiro da KITANDA-LDA ........................................... 50
3.3-Resultado da aplicação metodológica do controlo interno................................................. 51
Missão ....................................................................................................................................... 53
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Visão ......................................................................................................................................... 53
3.4-Políticas e práticas de Recursos Humanos ......................................................................... 55
Condições existentes para a implementação: ........................................................................... 56
3.5-Resposta aos elementos relacionados com a Direcção de Recursos Humanos por cada
componente: ............................................................................................................................. 57
CONCLUSOES ....................................................................................................................... 61
RECOMENDAÇÃO ............................................................................................................... 63
BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................... 64
INTRODUÇÃO
Na actualidade as empresas enfrentam profundas mudanças como consequência das
modificações emtorno da sua gestão e a sua tarefa básica consiste em integrar e coordenar osrecursos organizacionais, tratando de ver as inter-relações para construir um sistema único de
direcção, onde se vão incorporando coerentemente as novas soluções organizativas para
elevar desta maneira, a eficácia e a eficiência na tomada de decisões e assim alcançar os
objectivos empresariais.
Nesta etapa de mudanças, as empresas procuram elevar os índices de produtividade, obter
maior eficiência e brindar com um serviço de qualidade o que está obrigando que os gerentes
ou directores adoptem modelos de administração participativa, tomando como base central o
elemento humano, desenvolvendo o trabalho em equipa, para alcançar a competitividade e
que este responda de maneira idónea, a crescente demanda de produtos de óptima qualidade e
de serviços a todo nível, cada vez mais eficiente, rápido e de melhor qualidade. É necessário
dentro dos recursos “Humanos” que são as pessoas que ingressam, permanecem e participam
da organização com independência de qual seja o seu nível hierárquico ou tarefa,constituem o
único recurso vivo e dinâmico da organização e é o que decide o maneio de outros.
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Estudos realizados em 2005, a especialistas na matéria, aplicando uma amostragem
intencional estratificado aos peritos, comprovou-se que 100% do pessoal que trabalha nos
Departamentos de Recursos Humanos, indistintamente conhecem os subsistemas que o
integram e poucas vezes se estabelecem procedimentos para implementá-los, não se vê a
relação entre os diferentes elementos e portanto não se tratam como um sistema. Todo o
trabalho desta área recai sobre o departamento do pessoal e não como uma função da
direcção, onde eles formam uma parte importante do mesmo ponto de vista de assessoria
metodológica. Os departamentos se voltam ao controlode expedientes trabalhistas,
pagamentos de salários, absentismo e disciplina mas não como processo de gestão.
Tudo anteriormente exposto sugere a utilização de uma ferramenta para estabelecer o controlo
e avaliar o comportamento da execução e projecção dasactividades de Recursos Humanos e
que proporcione por sua vez o feedbacknecessário, que se integre ao Controlo Interno através
de seus componentes.
Justificativa do tema:
Não foi uma escolha aleatória, uma vez que o leque de Empresas a nível nacional tem vindo a
crescer substancialmente e com tecnologias mais avançadas tornando mais eficaz o trabalho a
ser desenvolvido pelos profissionais nas mais diversas áreas. Mas além de equipamentoseficazes e lindas infra-estruturas também precisa-se de profissionais dedicados, competentes e
eficientes. Diariamente deparamo-nos com situações desagradáveis nas várias Empresas e
instituições a nível nacional, o mal atendimento por parte dos funcionários, o não
cumprimentos dos horários de trabalho e prazos de entrega dos mesmos, assim como a
cobrança da famosa gasosa na prestação de serviços.
O interesse para a escolha desse tema está apoiado num conjunto de objectivos, por estar
relacionada com a eminência da humanidade, da vida social das organizações e das empresasem particular uma vez que o sistema do controlo interno constitui “a viga mestre” nas
administrações segundo Almeida, Marcelo Cavalcanti, 5◦ edição 1996.
Chegado a este ponto, define-se como problema científico para esta investigação, o seguinte:
Como contribuir ao Controlo Interno conhecendo que há insuficiências no controlo das
Técnicas e Sistemas de Gestão dos Recursos Humanos, que limita traçar as estratégias e
políticas adequadas para a tomada de decisões em matéria de Recursos Humanos da Kitanda-
Lda?
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Formulação de hipótese
Para responder ao problema científico expõe-se a seguinte hipótese:A concepção de uma
Tecnologia para a avaliação e controlo das Técnicas e Sistemas de Gestão Recursos
Humanos, permitirá traçar as estratégias e políticas para a tomada de decisões em matéria de
recursos humanos contribuindo à aplicação do Controlo Interno?
Esta hipótese ficará demonstradase:
• A tecnologia proposta tanto em sua concepção como em sua aplicação é
factível sua introdução ao objecto de estudo prático além de ser flexível e participativo.
• Permitir diagnosticar e avaliar o estado do Sistema de Gestão de Recursos
Humanos,assim como amelhoria de seus principais indicadores.
• Contribuir para melhoria do Controlo Interno.
Novidade científica:
Aperfeiçoamento da tecnologia para a avaliação e controlo do Sistema de Gestão dos
Recursos Humanos que apoiado nos enfoques de processos sistémicos e de melhoria contínua
permita traçar as estratégias e políticas adequadas para a tomada de decisões nesta esfera
contribuindo assim no desenho de acções que propiciem o melhoramento do Controlo Internoatravés da Gestão de Recursos Humanos da Kitanda-Lda.
.
• Identificação dos processos de Gestão de Recursos Humanos e sua
relaçãosistémica com os componentes e normas do Controlo Interno.
• Desenho de um instrumento de diagnóstico para a avaliação do Sistema de
Gestão de Recursos Humanos em seu vínculo com os componentes e normasdo ControloInterno.
• Desenho de um sistema de avaliação da Gestão de Recursos Humanos
comenfoque do controlo de gestão.
Objectivo geral:
Aperfeiçoar a tecnologia para o controlo das Técnicas e Sistemas de Gestão de RecursosHumanos que permita melhorar o funcionamento do pessoal e traçar as estratégias e políticas
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para a tomada de decisões em matéria de Recursos Humanos contribuindo deste modo, à
aplicação do Controlo Interno na Empresa Kitanda-Lda.
Objectivos específicos:
• Desenvolver o marco teórico referencial;
• Comparar se os conhecimentos teóricos estudados referentes a matéria
correspondem com a prática;
• Identificar e analisar se existem projectos em carteira por parte da KITANDA-
LDA para promover e modernizar os seus serviços;
• Aperfeiçoar a Tecnologia para a avaliação e controlo do Sistema de Gestão de
Recursos Humanos, que permita traçar as estratégias e politicas adequadas para a tomada de
decisões em matéria do pessoal contribuindo à aplicação do controlo interno.
• Aperfeiçoamento sobre bases científicas de um modelo que fundamente e
explique o procedimento metodológico proposto.
Objecto:
Implementação dum modelo de Controlo Interno na área dos Recursos Humanos da
KITANDA-LDA.
Campo de acção:
Controlo das Técnicas e Sistemas de Gestão dos Recursos Humanos como contribuição aoControlo Interno.
Variáveis
Depois de ter formulado as hipóteses que irão sustentar o trabalho, estabeleceu-se o controlo
das variáveis:
•
Variável Independente
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Métodos ou meios a utilizar para alcançar o objectivo preconizado (fazer um estudo sobre as
técnicas e sistemas de controlo interno do pessoal na KITANDA-LDA).
• Variável Dependente
Controlo interno do pessoal dependerá do estudo que será feito na KITANDA-LDA.
• Variáveis Intervenientes
a) Pretende-se saber como é feito o controlo interno do pessoal na KITANDA-LDA e de que
forma é aplicado.
b) Pretende-se identificar quais as técnicas e sistemas de controlo interno do pessoal na
KITANDA-LDA.
As etapas que se projectam para a realização deste trabalho são:
1. Investigação teórica sobre os aspectos relacionados com a temática objectode
estudopara a construção do marco teórico referencial da investigação;
2. Investigação de campo para o diagnóstico dos principais problemas associados
com as Técnicas e Sistemas de Gestão Recursos Humanos e o Controlo Interno na
KITANDA-LDA:
3. Aperfeiçoar a tecnologia para a avaliação e controlo das Técnicas e Sistema de
Gestão de Recursos Humanos que contribua ao Controlo Interno.
Metodologia
Para dar cumprimento aos objectivos traçados utilizou-se diferentes métodos científicos de
investigação entre os quais: análise e síntese, entrevistas, tormentas de ideias, análise de
documentos, observação directa, assim como o estudo de caso efectuado a Empresa
KITANDA-LDA. Os resultados foram processados e informatizados nos programas
Microsoft Word e PowerPoint.
Para sua apresentação este Trabalho de Diploma se estrutura da seguinte forma:
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Introdução, onde caracteriza-se a situação problemática e se fundamenta oproblema
científico a resolver bem como a hipótese, o objectivo geral e objectivos específicos, as
variáveis e a metodologia utilizada.
Capítulo I, expõem-se os elementos teóricos nos que se sustentou ainvestigação.
Capítulo II, onde descreve-se o procedimento metodológico proposto e análise da
informação recolhida através de questionários e entrevistas realizadas aos trabalhadores da
KITANDA-LDA.
Capítulo III, onde efectuou-se a aplicação da metodologia para a implementação do controlo
interno a partir da contribuição da direcção dos recursos humanos na KITANDA-LDA.
As Conclusões e as Recomendações estão em correspondência com as análises realizadas.
A bibliografia consultada serve de utilidade para a realização do mesmo.
CAPITULO I - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA DO OBJETO DE ESTUDO
1.1-O Controlo Interno. Evolução e Principais definições.
Pensa-se que a origem do Controlo Interno, surgiu com a partida dobrada, que foi uma das
medidas de controlo, mas que não foi até fins do século XIX porque oshomens de negócios se
preocuparam em formar e estabelecer sistemas adequados para o amparo de seus interesses.
A começos do século XX como consequência do processo de desenvolvimento industrial, que
suportou um aumento significativo da produção e as formas de encarar a mesma, começou-se
a perceber a crescente necessidade de efectuar um controlo sobre a gestão dos negócios, já
que o desenvolvimento das fases de produção e comercialização evoluiu de maneira maisrápida que as fases administrativas ou organizativas.
Produto deste desenvolvimento na produção e no comércio, os donos das indústrias e os
comerciantes não puderam continuar atender em forma pessoal os problemas produtivos,
comerciais e administrativo e viram-se obrigados a subdividir ou delegar funções dentro da
empresa, mas a atribuição de autoridade e responsabilidade não esteve só no processo, já que
em forma análoga, deveram-se estabelecer procedimentos que acautelassem ou diminuíssem
desvios ilícitos ou enganos, que protegessem o capital, que dessem informação confiavel e
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verificação e avaliação adoptados por uma entidade, com o fim de procurar que todas as
actividades, operações e actuações, assim como, a administração da informação e os recursos,
realizem-se de acordo com as normas constitucionais e legais vigentes dentro das políticas
traçadas pela direcção e em atenção às metas ou objectivos previstos”
Segundo Meigs, W e Larsen, G. (1994), o propósito do Controlo Interno é:
"Promover a operação, utilizar o controlo na maneira de impulsionar-se para a eficácia e
eficiência da organização".
Em termos simples pode-se expressar que o Controlo Interno compreende o plano de
organização e todos os métodos coordenados e medidas adoptadas dentro de uma empresa
para proteger seus meios, verificar a exactidão e veracidade de seus dados contáveis,
promover a eficiência das operações, fomentar a adesão á políticas administrativas prescritas,
determinar as separações e executar as medidas necessárias para as corrigir.
As actividades de controlo realizam-se a todos os níveis das operações sendo os responsáveis
pelas diferentes áreas da entidade, os responsáveis pelo cumprimento das medidas de
controlo, políticas e procedimentos, o que não exige ao dirigente máximo da organização a
responsabilidade do controlo geral da entidade.
Por isso analisou-se até o momento e pode-se notar, que embora existiam elementos comuns
nas definições de Controlo Interno, não se contava com uma definição correcta ou
mundialmente aceite ou aprovada por todos os que investigaram a questão.
Finalmente, diversos agrupamentos profissionais de alto renome a nível mundial uniram
esforços com o fim de estabelecer um marco conceptual de Controlo Interno, integrador dasdefinições e conceitos preexistentes, que permitisse às organizações públicas e privadas, às
auditorias internas e externas, aos académicos e aos legisladores contar com um modelo de
referência comum sobre o tema.
Como resultado, foi emitida a definição de Controlo Interno que aparece no Relatório “Marco
Integrado de Controlo Interno” (Internal Controle-IntegratedFramework) elaborado pelo
Comité de Organizações Patrocinadoras da Comissão Treadway (ARENA, pelas siglas em
inglês do CommitteeofSponsoringOrganizations) que o define como um processo executado
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pelo conselho de directores, a administração e o resto do pessoal na instituição, desenhado
para proporcionar segurança razoável com o objectivo da consecução dos objectivos
institucionais agrupados nos seguintes âmbitos ou categorias:
• Eficácia e eficiência das operações;
• Confiabilidade da informação financeira;
• Cumprimento de políticas, leis e normas;
• Controlo dos recursos de todo tipo a disposição da entidade.
Completam a definição alguns conceitos fundamentais:
• O controlo interno é um processo, quer dizer um meio para alcançar um fim e
não um fim em si mesmo;
• Levam-no a cabo as pessoas que actuam em todos os níveis, não se
tratasomente de manuais de organização e procedimentos;
• Só pode contribuir com um grau de segurança razoável, e não a segurança total
a condução;
• Está pensado para facilitar a consecução de objectivos em uma ou mais
categorias assinaladas as que ao mesmo tempo revistam ter pontos em comum.
«Aspectos significativos a destacar nesta última definição é que o Controlo Interno constitui
um processo onde os controlos são uma série de acções para obter os objectivos da entidade,
onde intervêm todas as pessoas, os quais devem ter consciência da necessidade de aplicá-lo e
estar em condições de responder adequadamente por eles e que sua execução é
responsabilidade do titular ou máxima autoridade da entidade; só pode adoptar um grau
razoável de segurança à entidade com relação a qual os objectivos previstos serão
alcançados».
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Não é possível que os controlos evitem todos os problemas e cubram todos os riscos, por isso
é muito importante conhecer suas limitações. Em consequência, os controlos internos são
tanto de carácter contabilísticocomo administrativo.
O controlo interno contabilístico abrange dentro da Empresa todos os sistemas, métodos e
procedimentos, nos quais são utilizados dentro dos diversos sectores, com o propósito de
salvaguardar o património da Empresa, como: bens, direitos e obrigações, como também, a
verificação de todos os registos contabilísticos da Empresa, a fim de avaliar se os mesmos se
encontram devidamente correctos. Por enquanto o controlo interno administrativo tem a sua
atenção mais voltada aos sistemas, métodos e procedimentos adoptados pela administração da
empresa, mas com o propósito diferenciado dos controles contabilísticos, pois os controlos
administrativos visam a eficiência e a eficácia das operações realizadas pela Empresa.
Podemos ainda incluir como controlo administrativo a constante procura pela obediência das
normas e directrizes da Empresa na qual visa à ordem na execução das operações realizadas
nos diversos sectores da mesma. A realização de controlos das actividades, avaliações de
desempenho e treinamento de pessoal constituem a prática do controlo administrativo.
No presente trabalho, focaremos apenas sobre o controlo interno administrativo quecompreende um plano de organização e todos os métodos e procedimentos utilizados para
proporcionar eficiência às operações e dar ênfase à política de negócios da empresa.
O Controlo Interno é a base onde descansam as actividades e operações de uma empresa, quer
dizer, que as actividades de produção, distribuição, financiamento, administração, entre outras
são regidas pelo Controlo Interno.É um instrumento de eficiência e não um plano que
proporciona um regulamento tipo policial ou de carácter tirânico, o melhor Sistema de
Controlo Interno é aquele que não danifica as relações da empresa a clientes mas sim, mantéma um nível de alta dignidade humana as relações de patrão a empregado.
A importância que está adquirindo o Controlo Interno nos últimos tempos, a causa de
numerosos problemas produzidos por sua ineficiência, fez necessário que os membros dos
conselhos de administração assumissem de forma efectiva, responsabilidades que até agora se
deixaram em mãos de próprias organizações das empresas. Por isso é necessário que a
administração tenha claro no que consiste o Controlo Interno para que possa actuar no
momento de sua implantação.
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O Controlo Interno não tem o mesmo significado para todas as pessoas, o qual causa confusão
entre empresários, profissionais, legisladores e outros. Em consequência originam-se
problemas de comunicação e diversidade de expectativas o qual dá origem a problemas dentro
das empresas.
A função do Controlo Interno é aplicável a todas as áreas de operação dos negócios; sua
efectividade implica que a administração obtenha a informação necessária para seleccionar as
alternativas que melhor convenham aos interesses da empresa. Mediante o controlo o director
deve certificar-se de que as acções dos membros da entidade levem-na a obtenção de suas
metas; quer dizer, deve registar e avaliar sistematicamente a execução das actividades da
entidade, determinar as separações com respeito aos planos, projectos, pressuposto, normas ou
regulações aos efeitos de determinar as medidas correctivas correspondentes garantindo sua
execução e a rectificação das separações.
1.2-Conceitos fundamentais na definição de controlo interno
A definição de controlo interno reflecte os seguintes conceitos fundamentais:
• O controlo interno é um processo.
É um conjunto de acções estruturadas e coordenadas dirigidas à consecução de um fim, não
um fim em si mesmo.
O controlo interno constitui uma série de acções coordenadas e integradas que se estendem
por todas as actividades de uma entidade, quer dizer, é um processo. Os processos de negócio
se coordenam em função dos processos de gestão básicos: planeamento, execução e
supervisão. O controlo interno é parte dos processos e está integrado neles, permitindo seu
funcionamento adequado e fiscalizando seu comportamento e aplicabilidade em cadamomento. Constitui uma ferramenta útil para a gestão, mas não um substituto desta.
• O controlo interno leva a cabo as pessoas (pessoas em cada nível da entidade)
São as pessoas quem estabelecem os objectivos da entidade e implantam e realizam os
mecanismos de controlo. As pessoas não actuam de igual forma. Esta realidade afecta o
controlo interno e vice-versa. Os trabalhadores devem conhecer suas responsabilidades e os
limites de sua autoridade. Tem que existir um vínculo estreito entre as funções de cada
indivíduo e sua forma de executar, assim como os objectivos da entidade.
• O controlo interno só pode contribuir com um grau razoável de segurança
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Esta segurança não é total à administração da entidade.O controlo interno por muito bem que
esteja desenhado e implantado, só pode contribuir com um grau razoável de segurança a
respeito da consecução dos objectivos da entidade. Conseguir tais objectivos vê-se afectado
por limitações que são inerentes a todos os sistemas de controlo interno, como por exemplo:
as opiniões em que se apoiam as decisões podem ser erróneas, encarregamo-los de estabelecer
controlos, têm que analisar sua relação custo/beneficio. Além disso os controlos podem
evadir-se quando dois ou mais trabalhadores o propõem. Também a Administração poderia
fazer caso omisso do sistema de controlo interno.
• O controlo interno está pensado para facilitar a consecução de objectivos em
um ou mais âmbitos independentes, mas com elementos comuns.
Cada entidade tem seus objectivos e estratégias para alcançá-los, estabelecidos para toda a
organização ou dirigidos a determinadas actividades. Muitos objectivos são específicos de
uma só entidade, outros são amplamente compartilhados, como por exemplo actuar de acordo
às leis.
1.2.1-Características gerais do controlo interno
• É um processo, quer dizer, um meio para obter um fim e não um fim em si mesmo.
• Levam-no a cabo as pessoas que actuam em todos os níveis e não se trata somente de
manuais de organização e procedimentos.
• Em cada área da organização a pessoa encarregada de dirigi-la é responsável pelo
controlo interno ante seu chefe imediato de acordo com os níveis de autoridade
estabelecidos em seu cumprimento participam todos os trabalhadores da entidade
independentemente da categoria ocupacional que tenham.
• Deve facilitar a consecução de objectivo em uma ou mais áreas ou operações na empresa.
• Contribui com um grau de segurança razoável, embora não total, em relação com o lucro
dos objectivos fixados.
• Deve inclinar ao lucro do auto controlo, liderança e fortalecimento da autoridade e
responsabilidade dos colectivos trabalhistas.
O sistema de controlo interno em entidades pequenas, estabelecimentos e unidades de basedeve ser singelo, com o uso de poucos empregados que dirijam e processam pouca
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informação, prevendo que o máximo dirigente ou alguém designado pelo que se
responsabiliza com a revisão e supervisão das operações.
1.2.2-Limitações do controlo interno
• O conceito segurança razoável está relacionado com o reconhecimento explícito da
existência de limitações inerentes ao controlo interno.
• No desempenho dos controlos podem cometer-se enganos como resultado de
interpretações erróneas de instruções, enganos de julgamento, descuido, distracção e
fadiga.
• As actividades de controlo dependentes da separação de funções, Podem ser burladas
por conluio entre empregados, quer dizer, ficar de acordo para machucar a terceiros.
• A extensão dos controlos adoptados em uma organização também esta limitada por
considerações de custo, portanto, não é factível estabelecer controlos que
proporcionam amparo absoluto da fraude e do desperdício, a não ser estabelecer os
controlos que garantam uma segurança razoável do ponto de vista dos custos.
Apesar de que o controlo interno forma parte do próprio sistema de actividades da entidade e
serve de ajuda para a consecução dos objectivos da mesma, não é em si nenhuma panaceia
que garanta esses objectivos. As limitações do sistema de controlo interno procedem dos
seguintes aspectos:
1. O sistema de controlo interno pretende, por si mesmo, oferecer uma segurança
razoável à direcção para a consecução dos objectivos e não uma segurança absoluta.Um
sistema de controlo interno que pretendesse dar uma segurança absoluta, certamente seria
antieconómico e asfixiaria a actividade da empresa. Por outra parte terá que distinguir entre os
diferentes objectivos:
No caso dos objectivos operativos, o controlo interno pretende que o sistema gere a
informação necessária para que a administração conheça, em forma adequada, em que
medida se cumprem os objectivos ou se progride em sua execução, em nenhuma
forma garante que os objectivos sejam alcançados;
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Evitar efeitos de uma decisão incorrecta, por exemplo, em relação à evolução do
mercado de produtos de uma empresa;
A situação é diferente em relação aos objectivos de informação financeira e
cumprimento, posto que neste caso, a consecução dos objectivos, em si mesmos
dependem de uma forma muito significativa dos próprios sistemas, mas sempre com o
término de “segurança razoável” por meio.
1. Disfunções: O melhor sistema de controlo interno está submetido a riscos por enganos
humanos, o que aqui denominaremos “disfunções”.
2. Omissão de controlos por parte da direcção: O objectivo das omissões pode encobrir
situações não desejadas (resultados, vendas, fatias de mercado, etc.) ou realizar ouencobrir actos fraudulentos direitos como falsificações de documentos (cheques, facturas,
pedidos, etc.), desvios de dinheiro, etc. A omissão não se tem que confundir com a
intervenção, término que se refere aos actos da direcção efectuados com finalidades
legítimas, que se desviam das políticas e procedimentos estabelecidos. A intervenção da
direcção é necessária para fazer frente a transacções ou acontecimentos pontuais e não
recorrentes que, de outra forma, não seriam processados correctamente pelo sistema de
controlo interno. As intervenções da direcção, em geral, se efectuam de forma aberta etêm seu correspondente suporte documentário, enquanto a omissão normalmente nem se
documenta nem se comunica, em um claro intento de encobrir os factos.
3. A confabulação de uma ou mais pessoas pode provocar falhas no sistema de controlo
interno: Quando as pessoas actuam de forma colectiva para cometer e encobrir um acto,
os dados financeiros e outras informações podem ver-se alterados de um modo não
identificável pelo sistema de informação.
4.
Outro aspecto muito significativo que limita a eficácia dos sistemas de controlo interno é
a relação custo-benefício: Cada entidade tem que valorar os controlos a implantar em
função dos resultados que se espera obter dos mesmos e os custos de sua implantação.
Em ocasiões podem resultar um complexo valor dos benefícios que podem obter-se da
implantação de um controlo.O benefício de um controlo se deriva fundamentalmente da
eliminação de um risco (com o que, é preciso avaliar a importância que para a entidade
tem, que o risco concreto chegue a materializar-se e a probabilidade de dita
materialização). Geralmente é mais fácil avaliar os custos relacionados com os controlos,embora quando se trata de controlos de alto nível as dificuldades são muito maiores (é
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obvio o custo do compromisso da direcção com a ética e a competência do pessoal é
dificilmente quantificado, mas as consequências da ausência deste elemento podem
chegar a ser nefastas para a entidade).
5. Dimensão da empresa: o controlo interno é de mais fácil implementação nas empresas de
maior dimensão.
1.2.3- Deficiências do controlo interno
O termo “deficiência” define-se como qualquer situação ou condição do sistema de controlo
interno digna de atenção. Com isso estão incluídos não só as possíveis insuficiências do
sistema, mas também os pontos susceptíveis de melhora. Todas as debilidades de controlo
interno que possam afectar à consecução dos objectivos de uma entidade deveriam ser
comunicados. Deve existir, portanto, uma avaliação das causas e consequências da
deficiência observada, assim como sua relação com os objectivos e riscos da entidade para
julgar sobre sua importância relativa.
1.2.4-Medidas para comprovar a eficiência do controlo interno
1. A exploração prévia: Consiste em avaliar o controlo interno antes da realização da
auditoria. A informação obtida deve ser confirmada pela observação e a inspecção
durante a auditoria.
2. O questionário de controlo interno: Consiste em um questionário sobre o controlo
interno das principais actividades da organização que nos permite conhecer a
eficiência do sistema de controlo interno.
3.
As provas que sejam necessárias: No decurso da auditoria mediante as provas e a
verificação de detalhe se verifica o controlo interno.
1.2.5-Componentes e Normas do Controlo Interno.
As características de processo, adjudicadas em conceito do controlo interno referem que seus
elementos se entregam entre si e implementar-se de forma inter-relacionada, influenciados
pelo estilo de direcção.
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Ao adaptar sistema mais avançados e rigorosos, assimiláveis pela economia das entidades,
influirá também no estilo de direcção, tendo em conta que nossas entidades não se sujeitam a
um único proprietário ou a pequenos grupos deles e que, por onde se obriga a um necessário
feedback dos sistemas do controlo interno e de disposições eregulações estabelecidas pelo
órgão e organismos do estado competentes.
O controlo interno consta de cinco componentes inter-relacionados, derivados do estilo de
direcção do negócio e integrados no processo de gestão. As definições dos componentes do
controlo interno, com um enfoque estratégico no desenvolvimento das entidades, devem
incluir normas ou procedimentos de carácter geral para ser considerados no desenho dos
sistemas do controlo interno em cada entidade, acompanhados de critérios de controlo e de
avaliação em algumas áreas da organização. Os componentes são:
I –Ambiente de controlo: O pessoal de uma entidade (seus atributos individuais, incluindo
sua integridade, seus valores éticos e profissionalizado) é o motor que a impulsiona e os
alicerces sobre o que tudo descansa.
II – Avaliação de riscos: A entidade deve estabelecer mecanismos para identificar, analisar e
tratar os riscos correspondentes.
III – Actividades de Controlo: Devem estabelecer-se e executar-se políticas e procedimentosque ajudam a alcançar uma razoável segurança de que se realizam as acções consideradas
necessárias para confrontar os riscos que existem em relação à consecução dos objectivos da
entidade.
IV – Informação e comunicação: Os sistemas de informação e comunicação que rodeiam as
actividades da entidade, permitem que seu pessoal capte e intercambie a informação requerida
para desenvolver, administrar e controlar suas operações.
V – Supervisão e monitoria: Todo o processo tem que ser fiscalizado, introduzindo-as
modificações pertinentes quando se requererem, de forma que o sistema possa reagir
agilmente e trocar de acordo às circunstâncias.
A seguir faz-se um estudo mais detalhado sobre estes componentes do controlo interno, onde
se realiza uma análise dos elementos e normas que apresenta cada um deles, e que como
objecto deste trabalho se analisarão mais detalhadamente.
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O ambiente de controlo
Reflecte o espírito ético vigente em uma entidade em relação ao comportamento dos agentes,
a responsabilidade com que encaram suas actividades, e a importância que lhe atribuem ao
controlo interno.
Serve de base dos outros componentes, já que é dentro do ambiente que reinem-se e avaliam-
se os riscos e definem-se as actividades de controlo tendentes a neutralizá-los.
Simultaneamente se capta a informação relevante e se realizam as comunicações pertinentes,
dentro de um processo fiscalizado e corrigido de acordo com as circunstâncias. Avaliação de
riscos não só influi nas actividades de controlo, mas também pode pôr de relevo a
conveniência de reconsiderar o maneio da informação e a comunicação.
Não se trata de um processo em série, no que um componente incide exclusivamente sobre o
seguinte, mas sim é interactivo.No entanto qualquer componente pode influir, e de facto o faz,
em qualquer outro.
Existe também uma relação directa entre os objectivos (Eficiência das operações,
confiabilidade da informação e cumprimento de leis e regulamentos) e os cinco componentes
catalogados, a que se manifesta permanentemente no campo da gestão: as unidades operativas
e cada agente da organização conformam sequencialmente um esquema orientado aosresultados que se buscam, e a matriz constituída por esse esquema é por sua vez cruzada pelos
componentes.
O ambiente de controlo define ao conjunto de circunstâncias que emolduram o accionar de
uma entidade na perspectiva do controlo interno e que são portanto determinantes do grau em
que os princípios deste último imperam sobre as condutas e os procedimentos
organizacionais.
O ambiente de controlo, relacionado com as atitudes e acções dos líderes, os titulares
subordinados e demais funcionários da instituição, seus valores e o ambiente no que
desempenham suas actividades dentro da instituição, servem como fundamento para a
operação bem-sucedida de outros componentes e o sistema como um todo.
As normas do ambiente de controlo são as seguintes:
• A integridade e os valores éticos;
• A competência profissional;
• A atmosfera de confiança mútua;
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• O organograma da entidade;
O modelo reflecte o dinamismo próprio dos sistemas de controlo interno;
• A atribuição de autoridade e responsabilidade;
• As políticas e práticas de pessoal;
• A criação do comité de controlo.
Avaliação de riscos
O controlo interno foi pensado essencialmente para limitar os riscos que afectam as
actividades das organizações.A avaliação de riscos, suporta à existência de um sistema de
detecção e valoração dos riscos derivados do ambiente, entendidos como os factores ousituações que poderiam afectar o lucro dos objectivos institucionais, que permita à
administração efectuar uma gestão eficaz e eficiente por meio da tomada de acções válidas e
oportunas para acautelar e enfrentar as possíveis consequências da eventual materialização
desses riscos.
As normas que caracterizam este componente são:
• A identificação do risco;
• A estimativa do risco;
• Resposta ao risco;
• A determinação dos objectivos de controlo;
• A detecção da mudança.
Actividades de controloAs actividades de controlo, compreendem todos os métodos, políticas, procedimentos e outras
medidas estabelecidas e executadas como parte das operações para assegurar se estão
aplicando as acções necessárias para dirigir e minimizar os riscos e realizar uma gestão
eficiente e eficaz.As normas que caracterizam este componente são:
• Separação de tarefas e responsabilidades;
• Coordenação entre as áreas;
• Níveis definidos de autorização;
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As normas que caracterizam este componente são:
• Avaliação do Sistema de Controlo Interno;
•
Eficácia do Sistema de Controlo Interno;
• Auditorias do Sistema de Controlo Interno;
• Validação dos supostos assumidos.
Tratamento das deficiências detectadas - A limitação desta Resolução:
• As normas dos componentes do Controlo Interno fragmentam os processos chaves da
Gestão Integrada dos Recursos humanos (GIRH) limitando seu carácter sistémico e
estratégico;
• Não refere o sistema de informação da GRH como ferramenta para o Controlo Interno;
• Só se brinda como ferramenta a lista de verificação qualitativa para o diagnóstico dos
diferentes componentes e suas normas fazem que sua implementação seja mais
complexa e se realize de forma independente em cada um dos subsistemas da
Organizaçãoos Manuais de Organização da entidade, o de Recursos humanos e outro
Procedimentos vitais para o melhor desempenho da mesma.
Os resultados obtidos demonstram a não aplicação e interpretação adequada da Resolução
sobre Controlo Interno pelo que a necessidade de expor como aplicar a mesma nas
organizações se fazem imprescindível.
1.3. A Gestão de Recursos Humanos. Evolução e principais definições.
Se o Controlo Interno contribui para obtenção das metas propostas, a Gestão dos Recursos
Humanos resulta imprescindível para o lucro das mesmas. A evolução deste conceito e as
metodologias definidas também foram diversas.
Os pioneiros do Século XVIII, no campo da direcção foram os ingleses M. Boulton e J. Watt
Jr; mas foi até os inícios do Século XX que F. Taylor, Gantt, Lilliam e Frank Gilbreth e H.
Emerson, americanos, os que com suas investigações individuais (o estudo de métodos e
outras actividades, os princípios do desenvolvimento da direcção e seu enfoque humanístico,
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O conceito de homem evoluiu no contexto empresarial à medida que a gestão evoluiu,
centrando-se em quatro términos conforme foram aparecendo, estes são: Pessoal, Recurso
humano, Capital humano e Talento humano.
Segundo o que diz o Dicionário Aristos [1987], estes se definem como:
1. Pessoal: É o conjunto de pessoas pertencentes a determinada classe, corporação ou
dependência;
2. Recurso humano: É o conjunto do capital humano que esta sob o controlo da empresa
em uma relação directa do emprego, neste caso pessoas, para resolver uma
necessidade ou levar a cabo qualquer actividade em uma empresa;
3. Capital humano: Conjunto de conhecimentos, habilidades e aptidões inerentes aos
indivíduos que formam a organização;
4. Talento humano: É a aptidão intelectual dos homens de uma organização valorada
por sua capacidade natural ou adquirida para seu desempenho.
É necessário mencionar a evolução que teve o conceito sobre o tratamento das pessoas nas
organizações. Quando surge a organização científica do trabalho, cujo pai foi F. W Taylor,
que aparece com uma obra dedicada a este tratamento, denominada “Administração do
pessoal”.
Alguns critérios de estudiosos sobre o tema se expressam a seguir:
• Pagamento da lista de nomes e cumprimento de uma série de trâmites
burocráticos em relação com o pessoal. (Martínez, 1995)
• Administrar a confecção e pagamento de folhas de pagamento, o controlo de
presenças, realizar os trâmites legais em relação com as contratações como actividades mais
importantes. (Ferriol Molina, 1996)
• Confecção dos recibos de salários, folhas de pagamento e o controlo de
presenças ao trabalho, estando esta função enquadrada, segundo o tipo de organização em que
se realiza, dentro dos diferentes órgãos de direcção da empresa. (S/A, 1996).
Os conceitos citados coincidem nos seguintes pontos: encarregava-se do controlo e
pagamento de folhas de pagamento, da tramitação legal e o controlo de presenças. Pode-se
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observar que tal administração carece de enfoque sistémico, tem carácter rotineiro e
burocrático, além de accionar sobre coisas que já ocorreram. Por último é importante reflectir
que não se aprecia uma relação entre elas e os objectivos da organização. Terá que dizer que
ainda hoje, algumas empresas apresentam este tipo de administração.
Seguidamente aparece outro conceito "Administração de Recursos humanos", o que surge à
medida que as organizações progridem e assimilam os adiantamentos científicos técnicos, o
que conclui em uma modernização da função do pessoal materializando-se na evolução do
conceito antigo ao actual.
Este conceito definido pelos distintos autores mostra um passo de avanço no tratamento das pessoas, ao aparecer, elementos cujo propósito consiste em ingressar e manter trabalhadores
nas organizações. Relacionam-se por sua vez, os objectivos empresariais e pessoais, o que
demonstra a existência de um enfoque sistémico que não estava presente no anterior conceito.
Estes conceitos aparecem relacionados da seguinte forma:
• A planificação da organização, o desenvolvimento e a coordenação e controlo de
técnicas capazes de promover o desempenho eficiente do pessoal, de uma vez que a
organização representa o meio que permita às pessoas que colaborem nelas, alcançarobjectivos relacionados directa ou indirectamente com o trabalho. (Chiavenato, 1987)
• Propósito de acautelar resultados e de controlar a coincidência entre nossas previsões
e as realizações. (Ortueta, 1987)
• Função administrativa que se ocupa do recrutamento, colocação, cadastramento e
desenvolvimento dos integrantes de uma organização. (Stoner, 1989)
•
Desenhar, estabelecer e controlar as políticas normas e procedimentos em matéria do pessoal facilitando várias funções como selecção, treinamento, classificação,
remuneração, promoção desenvolvimento, segurança, relações e comunicação. (Páez,
1991)
• Ajudar a definir os objectivos de recursos humanos, desenhar os planos que permitam
alcançá-los, levar a cabo as acções previstas nos momentos oportunos e aplicar os
controlos necessários para comprovar se estão conseguindo os resultados previstos, e
introduzir em caso contrário as modificações oportunas. (Pereda, 1995)
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• Uma série de decisões integrais que formam as relações de trabalho; sua qualidade de
influência directamente e capacidade da organização e seus empregados para obter
seus objectivos. (Milkovich, 2000)
• Aparece já por último outro conceito relacionado com as funções de
RecursosHumanos, o qual ainda não fica de manifesto na prática empresarial diária de
todas as organizações: "Gestão de Recursos Humanos".
Este conceito reflecte as acções e políticas que deve levar a cabo a Organização para
desenvolver seus recursos humanos e poder obter os objectivos, fala-se de homens motivados,
com valores, competências e estimulação.
Os primeiros dois conceitos oferecidos a seguir constituem um conceito mais avançado, cujo
enfoque estratégico e carácter proactivo possibilita actuar antes que apareçam as dificuldades,
conseguindo desenvolver os RH que se requerem, assim como os mecanismos necessários
para obter os objectivos traçados, refere-se a todas as decisões e acções directivas reactivas às
características da relação entre a organização e seus empregados. (Pereda, 1995)
Conjunto de políticas, planos, acções e programas elaborados e executados para direcção da
empresa para obter a optimização do recurso humano, mediante a aplicação das diferentes
técnicas, para a consecução dos fins empresariais. (S/A, 1996) entende-se como a actividade
que se realiza na empresa paraobter, formar, motivar, retribuir e desenvolver os recursos
humanos que a organização requer.
Desenhar e implantar a estrutura, sistemas e mecanismos organizativos, que coordenam os
esforços dos recursos para que os objectivos se consignam a forma mais eficaz possível. Criar
uma cultura de empresa que integre a todas as pessoas que a compõem em uma comunidade
de interesses e relações, com metas e valores compartilhados que dêem sentido, coerência,
motivação e dedicação. (Ferriol, 1996)
Assinala que as organizações que alcançaram este grau de desenvolvimento situam a direcção
de “Recursos humanos no nível máximo de hierarquia, onde participam da definição dos
objectivos, políticas e estratégias empresariais.
(Lage, 1998) Expressa que os rasgos fundamentais da actual GRH:
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Os “Recursos Humanos se constituíram a inícios do Século XXI no recurso
competitivo mais importante.
Os “Recursos Humanos, e em particular sua formação, são um investimento e não um
custo.
A GRH não se faz a partir do departamento, área ou parcela da organização, mas sim como
função integral da empresa; e além disso de maneira proactiva. (Costa, 1999)
Um conjunto de políticas e práticas que permitem a conciliação de expectativas entre a
Organização e as pessoas para que ambas passem a realizar suas actividades cumprido os
prazos. (Dutra, 2002).
Actividade coordenada para dirigir e controlar uma organização, que permite materializar a
política trabalhista, que se aplica com a participação activa e efectiva dos trabalhadores no
planeamento, organização, direcção, controlo e avaliação dos recursos humanos, que
determinam ou incidem no desempenho da Organização. (Morais, 2006)
A GRH procura concebê-la com carácter técnico cientista, e possui suas bases tecnológicas
nas análises e desenhos de posto e áreas de trabalho (desenho contínuo dos sistemas de
trabalho) igual aos desenhos dos sistemas logísticos, compreendidos na denominação de
tecnologia das tarefas.
Embora os autores anteriores reconhecem a GRH como uma função integradora, Dutra
(2002), investigador brasileiro explica o conceito definido por ele, partindo de que as políticas
e as práticas significam: a primeira como os princípios e directrizes que viabilizam as
decisões e as práticas como os métodos e procedimentos para implementar essas decisões e
sua relação com o ambiente externo.
A GRH eficiente superou ao taylorismo, e demanda o enriquecimento do trabalho(polivalência) assim como a participação ou implicação dos empregados em todas suas
actividades. Assim o expressa Morais (2006) no conceito que aparece na NC: Gestão
Integrada para os Recursos Humanos. Entretanto as políticas são muito importantes para
traçar as directrizes e muitas delas dependem de factores internos da organização (tecnologia,
idade da força trabalhista, nível de motivação, etc.) e não totalmente da política trabalhista
estabelecida.
O aumento da produtividade do trabalho e da satisfação trabalhista, vinculadas as condiçõesde trabalho, são objectivos imediatos fundamentalmente da GRH.
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Contribuir a sustentabilidade do desenvolvimento humano junto ao crescimento económico é
imprescindível às estratégias do GRH junto à preservação ecológica. O desafio fundamental
ou número um da GRH é obter eficácia, efectividade e eficiência nas organizações.
Estes rasgos devem evidenciar-se nos Modelos e (o) Sistemas da GRH que se decidam
implementar nas organizações, para que estes respondam às exigências do mundo
contemporâneo.
Por que se fala de Gestão dos Recursos Humanos e não de Administração?
A expressão Gestão dos Recursos Humanos está formada por elementos que segundo o
Dicionário “lhes Laureie” da língua espanhola e Aritos definem de acordo ao antes exposto se
pode definir como:
• A acção e efeito de administrar os Recursos Humanos.
Embora esta definição é um bom elemento de arranque, não deixa de ser um elemento
plausível. As mudanças vertiginosas que asseveram o mundo de hoje assim o confirmam e
levam a pensar que é mais do que se define com antecedência.
Acção e efeito, por parte da gerência empresarial, de criar as exigências adaptativas que
requerem os recursos humanos para sobreviver a curto prazo e as estratégias antecipativas para ser mais competitivos a longo prazo.
É importante assinalar que a Gestão dos Recursos Humanos é uma habilidadeque deve possuir
cada um dos directores das organizações.Deve ser um produto do trabalho em equipa no
âmbito empresarial competitivo,que permita gerar guias e (o) accione para adoptar e contar
com empregados cadavez mais competitivos. Não se pode ver a mesma de um departamento,
que por seu nome se encarregue destes. Quem toma as decisões, quem avaliao trabalho, quem
define quais são os mais competentes e como educá-los etreiná-los, são os directoresimediatos a pensar e sentir de seus empregados.Só quando se compreende a escala de
lealdades pelas que o indivíduo podeoptar livremente em uma situação corrente é quando se
começa a obter umindício da complexidade das organizações e dos patrões de conduta
quecabe dentro dela. Por esta razão, as organizações desenham sua estruturaformal, definem
departamentos e cargos, e preestabelecem, com maior ou menor volume as acções e políticas
a seguir, os requisitos necessários e asatribuições que devem ser impostos a seus membros.
É devido o papel que joga o Recurso Humano no lucro daqualidade, que se faz referência àestreita relação que existe entre estes doiselementos.A qualidade faz-se, mas controla-se e a
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fazem as pessoas quando compreendem que formam parte de uma equipe no qual são
importantes. A pessoa é capaz de conceber ideias, contribuir com melhorias e sugerir
mudanças actuando em grupo. Este possui o dom de saber, ter e querer realizar as coisas bem,
impregnando a qualidade ao produto.
Nas Normas ISO, especificamente na Norma ISO 9004:2000 se expõem os requisitos que em
matéria do pessoal que devem ser cumpridos para poder afirmar que conta-se com um
Sistema de Gestão da Qualidade.
A direcção deveria melhorar tanto a eficácia como a eficiência da organização. Para o lucro
de seus objectivos de melhoraria do desempenho, a organização deverá promover a participação e o desenvolvimento de seu pessoal no Sistema de Gestão da Qualidade,
mediante a participação e o apoio daspessoas.
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CAPITULO II: CONTRIBUIÇÃO DA DIRECÇÃO DE RECURSOS HUMANOS A
IMPLEMENTACÃO DO CONTROLO INTERNO - PROPOSTA METODOLÓGICA.
A Gestão dos Recursos Humanos é uma das áreas chaves da empresa, cuja direcção eobjectivos garantem o cumprimento bem sucedido da estratégia global, além disso define os
princípios mais gerais para o funcionamento, desenvolvimento e mobilização de todos os
integrantes da empresa, para alcançar seus objectivos de acordo à missão e visão
compartilhada.
Um bom sistema de controlo interno é uma parte integrante de toda empresa bem organizada.
Quanto maior for a empresa, maior será a necessidade de um sistema efectivo de controlo
interno.
A contribuição da Direcção de Recursos Humanos à implementação do controlo interno na
empresa é de acordo as suas características e complexidades, facilitando o processo de
controlo, avaliação e certificação da mesma.
De acordo às orientações gerais para o processo de preparação dos Sistemas de controlo
interno nas entidades angolanas, considera-se, partir da organização interna do sistema, tendo
em conta a existência de um Manual de Organização ou Administrativo, o qual constitui uma
revisão detalhada por escrito da organização formal de qualquer entidade, que se realiza
através da descrição dos objectivos, funções, autoridade e responsabilidade dos distintos
postos de trabalho que compõem sua estrutura.
2.1. Os Modelos do Sistema de Gestão de Recursos Humanos.
Diversos autores internacionais que abordam a Gestão dos Recursos Humanos (GRH)
elaboraram “Modelos” para facilitar a compreensão do Sistema de Gestão dos Recursos
Humanos: Modelo do GRH do Beer (1989), o Modelo do SGRH de a Corporação Andina de
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Fomento (CAF, 1991), Modelo do Werther e Davis (1991),Modelo Evolutivo de Planeamento
e Desenvolvimento dos Recursos Humanos do ArnolHax (1992), Modelo Funcional do GRH
do Harper e Lynch (1992), Sistema de Administração de Recursos Humanos do Chiavenato
(1993), para reflectir quem são esses elementos do Sistema de Gestão dos Recursos Humanos.
Cada um aborda o seguinte:
Beer (Harvard BussinesSchool), 1989. Integrado pelos factores da situação:características
da força trabalhista, estratégia empresarial, filosofia da direcção,mercado de trabalho,
tecnologia, as leis, valores da sociedade e os gruposde interesse: accionistas, directores,
empregados, sociedade, governo e sindicatos, são os quedefinem as Políticas dos Recursos
Humanos medindo-se seus resultados mediante os quatro "C": compromisso, congruência,
competência e custos eficazes considera-se superior. Confere-lhe um peso significativo ao
entorno e assume como reitora a estratégia empresarial e a cultura ou filosofia da empresa,
permitindo diagnosticar a GRH em sua integralidade, ao estruturar metodologicamente todas
as actividades do RH. Um elemento significativo resulta conformar as Políticas de Recurso
Humano nos quatro grupos descritos, pois mostra a dinâmica inter-relação, não só com os
factores de situação e grupos de interesse, a não ser também entre elas mesmas. Analisa as
competências como um dos elementos que indicam os resultados da Gestão dos Recursos
Humanos, combinando com o compromisso e a congruência que poderão converter-se, com
este novo enfoque, em novas competências.(ver anexo 1)
Corporação Andina de Fomento (CAF), 1991. Expõe a necessidade de trocaros enfoques
tradicionais de administração de pessoal por outros enfoques, determinados pelas
características do entorno onde operam as empresas na actualidade.
Para que o Recurso Humano contribua efectivamente ao processo de melhoramento de acordoao esquema descrito, é necessário trabalhar com trêsvariáveis das quais depende a
efectividade do mesmo: a habilidade; a motivação; e a flexibilidade ou adaptação à mudança.
Estas três variáveis têm que operar de forma simultânea, pois o contrário a efectividade do
trabalho diminui.
Ao analisar as características das principais colocações deste enfoque observa-se como
através do mesmo se tratam de eliminar parte das deficiências dos Modelos tatuais de
Administração do Pessoal. Pode-se valorar como aspecto positivo o peso que lhe outorga osubsistema de treinamento e desenvolvimento. Este constitui a via principal para obter a
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flexibilidade, polivalência e integralidade do Recurso Humano, que permita desenvolver
processos de melhoria contínua incrementando os níveis de qualidade, produtividade e
competitividade na empresa. Sistema de muitas actividades interdependentes, onde
virtualmente todas as actividades influem em uma ou outra mais. Constitui um sistema
composto de elementos claramente definidos, indica que toda actividade se relaciona
directamente com todas as demais. O Modelo está conformado pelos seguintes elementos:
fundamento e desafios; planeamento e selecção; desenvolvimento e avaliação; compensações;
serviços ao pessoal; relacionamento com o sindicato e perspectiva geral da Administração dos
Recursos humanos. Este Modelo possui carácter funcional, mostra a inter-relação de todos os
elementos do Sistema de Gestão dos Recursos humanos, outorga o papel inicial aos
fundamentos e desafios, incluindo o entorno como base para estabelecer o sistema e amostra àAuditoria como elemento de feedback e de continuidade na operação da Gestão dos Recursos
Humanos, mas separa as actividades de compensações com as de serviço ao pessoal.
ArnolHax (1992)em seu livro “Estratégia empresarial”, expõe que algumaspolíticas
organizacionais fundamentais proporcionam o contexto para considerar a condução dos
Recursos Humanos, estas políticas variam de organização emorganização e têm a limitar ou
restringir o desenho concreto de um Sistema deGestão dos Recursos Humanos.
Este expõe um Modelo evolutivo de planeamento e desenvolvimento dos Recursos Humanos
como via para aumentar a eficácia da organização. Toda aformulação deste Modelo
encaminhada ao incremento do rendimento individualpois todas as actividades dos Recursos
humanos têm uma influência fundamental sobre o mesmo, e por conseguinte sobre a
produtividade e o rendimento da organização.
Harper e Lynch (1992)expõem um Modelo fundamentado em que a organização requer RH
em determinada quantidade e qualidade, precisamente, e a Gestão dos mesmos, permite
satisfazer esta demanda, mediante a realização avaliação do potencial humano. A partir do
conhecimento dos Recursos Humanos com que conta, desenvolvem-se as restantes
actividades (análise e descrição de postos; curvas profissionais; promoção; planos de
sucessão; formação; clima e motivação; selecção de pessoal e "headhunting"; planos de
comunicação; avaliação do desempenho; retribuição e incentivos).
As actividades conjuntamente com a previsão de necessidades da organização permitem a
optimização dos RH. Todo o qual requer de um seguimento constante para verificar acoincidência entre os resultados obtidos e as exigências da organização.
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Este Modelo tem carácter descritivo pois só mostra as actividades relacionadas com a Gestão
dos Recursos Humanos para obter sua optimização, mas não em sua dinâmica e operação. Um
aspecto significativo a destacar é a importância que lhe concede à Auditoria de Recursos
Humanos como mecanismo de controlo do sistema.(ver anexo 2)
IdalbertoChiavenato (1993) expõemque está constituída por subsistemas interdependentes,
de alimentação do RH, de aplicação, de manutenção, de desenvolvimento e de controlo.
Estes estão intimamente interrelacionados e são interdependentes. Por outro lado, formam um
processo através do qual os RH são captados, aplicados, mantidos, desenvolvidos e
controlados pela organização. O processo não segue obrigatória e frequentemente a sequência
descrita anteriormente em razão da inteiração entre os subsistemas. A sequência pode variar
de acordo com a situação.
Analisa a Administração dos Recursos Humanos como um processo, formadopor subsistemas.
Mas ainda assim, esses subsistemas não são estabelecidos de forma única. São situacionais e
dependem de factores ambientais, organizacionais, humanos, tecnológicos, etc. São
extraordinariamente variáveis e o fato de que um deles troque em uma direcção não significa
que outros troquem também exactamente na mesma direcção e na mesma medida. O autor
expõe a necessidade de estabelecer para cada subsistema políticas definidas que condicionemo alcance dos objectivos e o desempenho das funções dos RH, este é sem dúvida uma de suas
principais contribuições.(ver anexo 3)
CIDEC (São Sebastián, 1994). Expõe que as políticas e objectivos dos RH se estabelecem
sobre as bases do plano estratégico e da cultura ou filosofia da empresa.
Constitui um Modelo funcional ao mostrar a GRH em sua integralidade, conjugaos objectivos
da organização com os objectivos do sistema e propícia o crescimento e desenvolvimento dos
RH porque situa à comunicação como eixocentral do sistema. Mas tem limite para obter seu
funcionamentobem-sucedido, requer de uma grande fluidez na informação e de boas
relaçõesdentro da organização e com o entorno.
Carlos Bustillo (1994). Com este Modelo o autor pretende obter uma eficiente Gestão dos
Recursos humanos e a motivação das pessoas através do posto de trabalho, seu desempenho,
reconhecimento e progresso profissional.
É um Modelo com carácter integrador pois percebe inter-relações entre os diferentes
elementos orientados à motivação, reflecte a inter-relação que deveexistir entre todas as
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actividades de Recurso Humano, desde recrutamento atéos sistemas de remuneração mas não
relaciona as actividades de Recurso Humano com outros elementos das Políticas do GRH.
Puchol (1995). Expõe um Modelo que recolhe as funções principais dos Recursos Humanos:
função de emprego, administração do pessoal, função de feedback, de direcção e
desenvolvimento dos Recursos humanos, as funções de relações trabalhistas e por último a
função de serviço social.
Este lhe confere grande importância ao estabelecimento de políticas por parte da direcção em
matéria de Recursos Humanos na definição das funções. Pode destacar-se como elemento que
entorpece sua execução, a separação do sistema de recompensa, ou seja, sua fragmentação.
Milcovich (2000). Inclui quatro fases: Diagnóstico das condições do RH, fixação dosobjectivos apoiados no diagnóstico, escola do curso de acções para a obtenção dos objectivos
e avaliação dos resultados.Oferece um Modelo para a tomada de decisões dos RH e sobre
quais factores afectam essas decisões, tanto causa como consequência. O Modelo prevê uma
contínua aprendizagem, flexibilidade e feedback. Separa o processo de administração do RH
em fases distintas, isto é constante e acções que estão interrelacionadas. Como em qualquer
outro cenário do comportamento humano, aqui cada acção afecta todas as demais.
Dutra (2002). Representa uma balança para obter o Processo de Gestão que em função de suanatureza classificam-seem: movimento (captação, internacionalização, transferências,
promoções, expatriação e recolecção), desenvolvimento (capacitação, desempenho e planos
de carreiras) e valorização (remuneração, premiação e serviços e facilidades). Em que por
uma parte estão as pessoas e em outra a Empresa, apoiado em bases estruturais ou conjunto de
compromissos mútuos estabelecidos entre as empresas e as pessoas. Estes por sua vez estão
suportados em processos de apoio: informação, comunicação, relações sindicais e relações
com a comunidade.
Expõe a necessidade de um Modelo de Gestão dos Recursos Humanos, onde deve existir um
contínuo equilíbrio entre as pessoas e a organização onde as políticas e práticas
organizacionais suportem esse equilíbrio. A base estrutural com os compromissos mútuos
entre estas duas partes traduzidos nas políticas e práticas existentes que orientam o
comportamento e os processos de apoio são os que estão ligados somente à gestão de pessoas
como a informação, comunicação, relações sindicais e relações com a comunidade). os
Recursos humanos têm como fim comum: obter a competitividade das organizações antediversos factores condicionantes do entorno. Todos eles exigem, de alguma forma, trocar os
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enfoques tradicionais de tratamento aos Recursos Humanos, lhe outorgando o significado que
por sua contribuição aos resultadosda empresa, requerem.
As características principais que os diferenciam estãono carácter estratégico com que
projectam o Sistema (Besseyre), ou a importância que concedem à Auditoria de Gestão dos
Recursos Humanos como meio de controlo (Werther e Davis, Harper e Lynch, Chiavenato) ou
a necessidade de estabelecer Políticas de Recursos Humanos adequadas (Beer, ArnolHax,
Chiavenato, Puchol) no papel que conferem ao entorno, como base para estabelecer o Sistema
de Gestão dos Recursos humanos (Beer, CAF, Werther e Davis) ou o equilíbrio das relações
entre a Organização e os empregados.
Nos últimos anos investigadores do pátio também dedicaram seu estudo ao Sistema de Gestão
de Recursos Humanos ou de seus elementos componentes, tais como Costa (1997), Velásquez
(1997), Alhama, Alonso e Covas (2001), Marrero (2002), Morais (2006), do Miguel (2007).
Todos eles lhe conferem um carácter integrador ao Sistema, tendo em conta a relação com o
entorno.
Costa (1997). O Mapa do GRH do Beer e colaboradores o modificou ao acrescentar
expressamente a Auditoria do GRH centrada na qualidade, como mecanismo de feedback ou
feedback ao sistema do GRH reflectido pelo Mapa em seuselementos essenciais. Relevânciasignificativa para os sistemas de compensação trabalhista nesse modelo funcional aprecia-se
na consideração da tecnologia (tecnologia das tarefas), tanto em sua acepção hard como soft,
posto que a tecnologia das tarefas resulta determinante na compensação trabalhista e pilar do
sistema GRH.A superioridade funcional deste modelo da GRH respeita a outros
conhecidos(Chiavenato, 1988; Werther e Davis, 1992; Harper e Lynch, 1992; Louart,
1994;CIDEC, 1994), acha-se em sua consideração da direcção estratégica e filosofiasituação e
em particular à tecnologia das tarefas igual em sua atenção aas inteirações com o entorno.
(ver anexo 4)
Velásquez (1997). Não descreve um Modelo; somente um procedimento, mas que
corresponde com o método geral de solução de problemas. Propõe sozinho um procedimento
para o SGRH apoiado na Auditoria.
Alhama, Alonso e Covas (2001). Não descreve o Modelo proposto, nem comolevá-lo a cabo.
Expõe que a organização, selecção, valoração do desempenho e as condições de trabalho
reordenam o sistema salarial. Estabelece um modelo que se sustenta na estimulação e não
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estabelece relações entre si em cada uma das partes componentes. Sustenta-se nos sistemas de
estimulação sendo a base do modelo proposto.
Marrero (2002). Parte do carácter sistémico da formação. Também interactua com o entorno
interno: a estratégia e objectivos da instalação, a tecnologia e a cultura, e o SGRH. Expõe a
concepção estratégica do processo formativo que deve adoptar um enfoque de melhora
contínua, com carácter permanente e cíclico.O Modelo se realiza para a análise da Formação e
analisa sua inter-relação com o SGRH.
Miguel (2007). Expõe um Modelo para o planeamento dos Recursos Humanos, realizando
sua inter-relação com o entorno e o SGRH.O Modelo se realiza para planear os Recursoshumanos. Propõe comorealizar o cálculo do pessoal em instalações hoteleiras, procedimento
para auditar a Gestão dos Recursos humanos, devido a que oferece as variáveis a medir, assim
como possibilita a formação de indicadores que dão como resultado uma magnitude
qualitativa e (o) quantitativa do estado em que se encontra a empresa em função da Gestão
dos Recursos Humanos.
O mesmo toma as variáveis expostas pela autora antes mencionada e lhe dá um novoenfoque
para a contribuição ao controlo interno já que seu campo de acção era limitado. A novatecnologia utiliza a técnica multivariada Análise Clúster agrupa aos indivíduos em classes
mais ou menos homogéneas segundo as respostas ou comportamentos que estes tenham ante
um conjunto de variáveis de interesse reduzindo desta forma os dados para a formação deste
Modelo não para definir variáveis a não ser para estabelecer novos indicadores que permitam
o controlo do SGRH estabelecendo padrões. Para obter o processamento desta informação é
necessário utilizar programas estatísticos como STATGRAF, STATIF, SPSS
(StatisticalProgram for Social Sciences) sendo este último o escolhido. As fases apresentamuma nova estrutura, mantendo a relação entre suas partes e abrangendo novas etapas que são
indispensáveis no lucro dos objectivos da organização com eficiência e eficácia.
2.2. Relação Sistémica entre as normas e componentes do controlo interno e as variáveis
do SGRH.
O sistema de administração dos recursos necessita padrões capazes de umacontínua avaliação
e um sistemático controlo de seu funcionamento. É por meio da comparação com o padrão
que se podem avaliar os resultados obtidos e verificar quais são os ajustes e correcções que
devem fazer-se no sistema, para que funcione melhor. Geralmente são utilizados vários
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padrões e controlos do S.G.R.H; de quantidade, de qualidade, de tempo e de custo. Permitem
a avaliação e o controlo pela comparação com os resultados e o desempenho.
Muitas das actividades de Recursos Humanos previamente planeadas e organizadas mostram
em sua execução e controlo muitas dificuldades e distorções que precisam ser diagnosticadas
e remediadas, com o propósito de evitar maiores problemas. A rapidez com que isto se faz
depende de uma permanente revisão de auditoria, capaz de proporcionar um adequado
feedback para que os aspectos positivos possam ser melhorados enquanto os aspectos
negativos se corrigem e ajustam. Este também é o objectivo do Controlo Interno. Não é
sozinho indicar os enguiços e os problemas, mas também desenvolver sugestões e soluções.
Neste sentido, o papel do Controlo Interno fundamentalmente é educativo.
As variáveis do SGRH guardam portanto uma relação estreita com os componentes do
Controlo Interno e em específico com o componente Ambiente de Controlo. Esta relação pode
ver-se estabelecendo procedimentos e indicadores de controlo para cada uma delas para lhe
dar um enfoque de processos e de melhora contínua.
2.3. O Controlo do SGRH - Procedimentos que se empregam (nacionais e
internacionais).
Segundo Certeiro e Peter P. (1997) para realizar o Controlo são necessários três passos
fundamentais: medir, comparar os resultados com os objectivos previstos ou padrões e
Adoptar as medidas necessárias. Para se medir precisa da realização de uma auditoria e de um
sistema de informação. Mas o Sistema do GRH necessita um Sistema Informativo,
Procedimentos para levá-lo a cabo e um ambiente organizacional adequado segundo se
expressa na figura 1.
Fig. 1 – Sistema de Gestão de Recursos Humanos
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FONTE: Certeiro e Peter P. (1997)
Também brindam sua contribuição a esta epígrafe pelo enfoque e características que
apresentam seus modelos. Estes investigadores utilizaram indistintamente indicadores
utilizando o Quadro de Mando Integral (CMI) como de Miguel (2007), têm proposto
diferentes indicadores e centraram os mesmos sobre a base das competências. Um pioneiro na
avaliação do sistema de gestão foi o CMI desenvolvido pelo Kaplanand Norton, que da perspectiva de clientes, finanças, eficiência operativa e capacidade estratégica permite medir a
gestão.
O Processo de aperfeiçoamento empresarial também estabeleceu um modelo, mas não expõe
nem indicadores nem procedimentos embora os avalia na hora de realizar o controlo através
de uma Guia de Avaliação mas não diz como se realizam. Outros Organismos como o
MINBAS; SIME, e CIMEX por só citar alguns exemplos também o realizam desta maneira.
Entretanto o Ministério de Trabalho e Segurança Social até a data expõe o controlo das
Organizações através de uma série de indicadores.
Dos Modelos expostos, analisam-se alguns deles que vêem o SGRH em sua totalidade com
vista a propor como realizar o seu controlo. Mas os indicadores propostos para medir o SGRH
são diversos e do ponto de vista de várias ópticas (modelos em anexo), demonstra a grande
quantidade de indicadores que se propõem e que seu controlo se faz chato. Partindo desta
informação se realiza uma análise cluster para determinar qual será o Sistema Informativo do
Sistema de Gestão dos Recursos Humanos no que se terá em conta o procedimento já
existente. Apoiando-se em todo o antes exposto se aperfeiçoa o mesmo que já se tinha para a
MEDIDAS
SistemaInformativo
GRH
MEDIR E COMPARAR
Entorno de Controlo
ADOPTAR
Procedimentosde Controlo
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Auditoria ao SGRH mas com um enfoque para a avaliação e controlo deste para contribuir ao
Controlo Interno.
2.4. O processo de controlo.
William H.Newman brinda com uma explicação muito completa dos procedimentos com que
se estabelece um sistema de controlo. Descreveremos seu enfoque nos apoiando nos cinco
princípios básicos aplicáveis a todos tipos de actividades de controlo.
• Definir os resultados desejados: Qual resultados os gerentes querem obter ou
conservar, deveriam defini-los o mais especificamente possível. A segunda redacção não só
aos gerentes uma base para encontrar as formas de estimar e implantar os procedimentos
requeridos, mas sim além disso incluem um critério com o qual mede seu êxito ou fracasso naobtenção dos objectivos.Conforme ao Newman, os resultados desejados também deverão
vincular-se à pessoa responsável por consegui-los.
• Estabelecer predictores de resultados: a finalidade dos controlos directores é
permitir aos gerentes corrigir as separações antes de terminar um conjunto de actividades.
Uma importante função é de saber quais executivos desenham o programa de controlo para
encontrar vários indicadores ou predictores confiáveis de cada uma de suas metas.Alguns
predicadores são:
Medições de entradas: uma mudança nas entradas principais indicará aos
gerentes que precisam modificar seus planos ou recorrer a alguma medida
correctiva;
Resultados dos primeiros passos:se os primeiros resultados são melhores ou
piores do previsto, possivelmente se requeira uma reavaliação e terá que
tomar medidas apropriadas;
Sintomas: são condições que parecem associar-se a resultados finais, mas
que não influem directamente neles. A dificuldade estriba em que os
sintomas se emprestam a interpretações muito erróneas ou tendenciosas:
Mudanças das condições supostas: as estimativas originais se apoiam na
hipótese de que não trocarão as condições normais. Qualquer troco
imprevisto indicará a necessidade de reavaliar as tácticas e as metas.
Quanto maior for o número de predictores confiáveis e oportunos, mais segurança terá o
gerente ao fazer predições sobre o desempenho.
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• Estabelecer normas de predictores e resultados: Se não se fizer isto, os
gerentes podem reagir em forma exagerada ante as separações menores ou não reagir quando
estas são significativas.
Um padrão tem duas finalidades básicas:
1) Motivar;
2) Servir de critério com o qual se compare o desempenho real. Um sistema de
controlo tem uma eficácia máxima quando motiva às pessoas a obter um bom desempenho.
Entretanto, os padrões difíceis em realidade fazem diminuir o desempenho, porque se este é
tão difícil que pareça impossível de alcançar, certamente não motivará.
•
Estabelecer a rede de informação e de feedback: Neste passo faz-se o
desenho de um ciclo de controlo que consiste em estabelecer os meios com que se recolherá a
informação referente aos predictores e para comparar estes com seus padrões ou pontos de
referência. Além disso devem ser os muito eficientes para devolver a tempo a informação
pertinente ao pessoal chave para que intervenha.
•
Avaliar a informação e tomar medidas correctivas: o último passo requercomparar os predictores com os padrões ou critérios, decidir que se fará e logo fazer. A
informação a respeito de uma separação em relação ao padrão que deve avaliar-se primeiro;
algumas separações devem-se a circunstâncias locais ou temporárias e não afectarão
realmente o resultado final. As acções correctivas alternativas, se necessitarem, desenvolvem-
se, avaliam-se e implantam-se neste momento.
Avaliações
É conveniente revisar, de vez em quando, avaliações da efectividade dos sistemas de controlo
interno. Geralmente não é de costume a ser necessária uma avaliação de todo o sistema de
controlo interno e o normal é que a revisão se concretize as áreas ou aspectos específicos. A
efectividade dos controlos de revisão sistemáticos e recorrentes deve incluir-se também como
parte da avaliação específica. Com frequência osdepartamentos, unidades de negócio, etc.
Devem realizar “auto exames” de controlo interno. Como se pode apreciar, muitos dos
elementos contidos nestes componentes têm uma grande relação com os processos que se
desenvolvem na Direcção de Recursos Humanos, pois suas áreas desempenham um papelfundamental no mesmo, por isso o estudo dos elementos e a resposta a eles se analisará no
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próximo capítulo, e assim ficará preciso a contribuição da DRH à implementação do controlo
interno.
2.5. Proposta Metodológica
Devido ao mundo integrado de hoje criou-se a necessidade de desenvolver metodologias e
conceitos em todos os níveis das distintas áreas existentes com o fim de ser exigentes e
responder às novas exigências empresariais.
Esta Metodologia foi desenvolvida tomando em consideração aqueles elementos do controlo
interno nos que têm incidência a Direcção de Recursos Humanos. A mesma abrange quatro
etapas as quais mostram o seguinte:
1)
Primeira etapa: Planeamento da implementação do Controlo Interno. Desempenho da
DRH.
• Preparação do pessoal que repartirá os seminários.
Determina-se por quem serão desenvolvidos ou repartidos os seminários, e de que meios
poderão auxiliar-se.
• Deve-se trabalhar na proposta de selecção dos companheiros mais idóneos por
seus conhecimentos e experiências para integrar o Comité de Controlo.
Verificar se o Comité de Controlo funciona adequadamente e contribuipara o melhoramento
contínuo do Sistema de Controlo Interno. Deve-se determinar por quem deve ser presidido e
integrado o mesmo, assim como suas funções e atribuições; deve-se destacar que o director da
Direcção de Recursos Humanos deve formar parte deste comité de controlo.
• Elaboração do cronograma de implementação do controlo interno.
Neste cronograma deve-se especificar quem são os responsáveis por cada tarefa, precisandoquais são as responsabilidades da Direcção de Recursos Humanos. Para a avaliação deste
cronograma deve-se verificar o cumprimento das tarefas que se definiram no mesmo, com
respeito aos componentes do controlo interno.
2) Segunda etapa: Organização para a implementação do Controlo Interno
• Informar a todos os implicados do Comité de Controlo, entre eles o
responsável pela Direcção de Recursos Humanos:
- Tarefas e objectivos a cumprirem por cada um dos participantes.
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• Criar as condições e canais de comunicação para o acesso dos trabalhadores à
informação actualizada.
• Actualizar e entregar por escrito aos chefes de departamento, directores, a
atribuição de suas responsabilidades e delegação de autoridade.
• Actualizar, aprovar e divulgar:
- Convénio Colectivo de Trabalho;
- Regulamento de Estimulação.
• Avaliar sistematicamente todos os meses nos Conselhos de Direcção o relatório
sobre o resultado da efectividade do Plano de Prevenção, deixando as evidências na acta.• Elaboração do expediente (o mesmo deve ter os documentos necessários
elaborados que proponha a Direcção de Recursos Humanos para a implementação).
II- Avaliação de riscos
• Elaboração do Plano de Prevenção;
•
Identificar os riscos relevantes, que deve enfrentar a entidade no lucro de seusobjectivos, originados por factores externos ou internos;
• Actualização dos objectivos e as estratégias da entidade para todas suas áreas;
• Analisar sistematicamente na reunião da área os novos riscos e aspectos
negativos na efectividade do plano de prevenção, de acordo às condições concretas de cada
área;
•
Criar o canal de comunicação entre o Conselho de Direcção e os trabalhadores para o feedback dos objectivos da entidade e os riscos que ameaçam seu cumprimento;
• Riscos associados aos objectivos da entidade;
• Identificação de riscos associados ao desempenho da direcção, maneio de
informação, operações, Recursos Humanos.
III- Actividades de controlo
•
Existência de actividades que procuram separação de tarefas e funções.
• Que existam sistemas de indicadores que retro alimentem à direcção.
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• Controlo da assistência e aproveitamento trabalhista dos trabalhadores e dirigentes,
mediante registos ou outros mecanismos de controlo devidamente passados.
• Controlo de correspondência entre os salários percebidos e os passados.
• Controlo das palmilhas passadas.
• Verificar nas actas do Conselho de Direcção, a análise dos resultados e sua
comparação com nível de referência (Plano ou ano anterior).
• Garantir as férias a cada trabalhador, segundo os dias estabelecidos.
• Controlar que cada trabalhador conte com um expediente trabalhista com sua
devida actualização.
• Garantir a definição dos requisitos de cada posto de trabalho.
• Avaliação dos postos de trabalho.
• Exige-se a existência de um plano de superação técnica aos trabalhadores.
• Garantir os meios necessários para captar e preparar a cada trabalhador de novo
ingresso.
IV – Informação e comunicação
• Actualizar o plano de segurança informática, segurança e amparo.
• Actualizar o sistema de amparo contra vírus informáticos.
• Identificar os canais de comunicação da direcção e as funções dos postos de
trabalho.
• Implantar os mecanismos que permitem aos trabalhadores participar da tomada
de decisões.
V – Supervisão e monitorização
• Cumprimento dos planos de controlos integrais.
• Cumprimento do plano de auditoria interna da entidade.
•
Verificar se entre as funções do Comité de Controlo Interno se encontra aresponsabilidade de verificar o cumprimento do cronograma.
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4) Quarta etapa: Controlo, avaliação e certificação do Controlo Interno no Sistema de
Gestão de Recursos Humanos.
• Determinar o encarregado da avaliação e certificação da implementação do
controlo interno e por meio de quem se realizará.
• Diagnóstico da situação da empresa.
CAPITULO III: APLICAÇÃO DA METODOLOGIA PARA A IMPLEMENTAÇÃO
DO CONTROLO INTERNO A PARTIR DA CONTRIBUIÇÃO DA DIRECÇÃO DOS
RECURSOS HUMANOS NA KAOMBE-LDA.
Este trabalho de diploma realizou-se na empresa KAOMBE-LDAque é uma empresa detransporte urbano de pessoas na cidade do Luanda. Joga um papel importante na transportação
de pessoas para as diversas localidades na cidade Capital.
3.1-Caracterização da empresa
A KITANDA-LDA (Transporte Rodoviário de Angola) é uma empresa constituída a 100%
por capital próprio e com fortes financiamentos do sector privado. Foi criada ao 21 de
Setembro de 2002,com uma frota inicial de 21 autocarros, e com uma capacidade por
autocarro de 140 lugares por viajem. Atingiu o máximo da sua frota em 2009 com cerca de 93
autocarros em circulação, mas a partir de 2010 em consequência dos constrangimentos do
trânsito na cidade capital aliado ao mau estado técnico das estradas e baixa tarifa fixada, os
níveis de rentabilidade baixaram substancialmente pelo que a actividade deixou de ser
lucrativa. E a solução para saída da crise dependerá das decisões dos competentes órgãos do
Estado. A sede da empresa localiza-se no Município do Cazenga. Actualmente a empresa
conta com 340 trabalhadores.
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Estrutura orgânica da KITANDA-LDA
A estrutura organizativa está constituída:
•
Assembleia de sócios
• Direcção Geral
Departamento Administrativo
Departamento de Assistência Técnica
Departamento de Recursos Humanos
Departamento de Tráfego
Os departamentos também têm as suas secções como podemos ver no organigrama (ver
anexo 5).
A estrutura organizacional da KITANDA-LDA é do tipo Hierárquico - funcional, que é uma
junção entre a estrutura Hierárquica e a funcional, caracterizada pela separação entre os
órgãos executivos e os órgãos de poder.
Os trabalhadores estão repartidos por áreas da seguinte forma:
Departamento Abreviatura Quantidade %
Direcção Geral D.G 1 0,30
Departamento Administrativo D.A 74 21,76
Departamento de Assistência Técnica D.A.T 64 18,83
Departamento de Recursos Humanos D.R.H 57 16,76
Departamento de Tráfego D.T 144 42,35
Total 340 100
3.1.1-Estilos de direcção da KITANDA-LDA
Depois de ter analisado a estrutura da empresa, surge a necessidade de garantir a execução das
tarefas adequando as actividades humanas na realização dos objectivos. A direcção refere-se a
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um conjunto de actividades que visam o exercício de uma influência positiva sobre o pessoal,
a que incumbem a execução de determinadas tarefas. Os líderes muitas vezes são encarados
como responsáveis pelo sucesso ou fracasso de uma organização.
Sendo assim, segundo Likert existe um estilo de liderança colegial em que as decisões mais
importantes são tomadas por um colégio em que o líder faz parte. A nível da KITANDA-
LDA as decisões mais importantes são tomadas por um colégio onde participam os chefes dos
diferentes departamentos. Enquadrando-se num padrão de liderança intermédio entre o
autocrático e o democrático.
Nesta empresa existe descrições formais e informais dos postos de trabalho e outras formas de
descrever as funções que compreendem os diversos cargos, bem como, analisam-se os
conhecimentos e habilidades requeridas, para realizar os trabalhos específicos, mas que as
evidências são pouco satisfatórias.
Para colmatar as deficiências dos dirigentes recorre-se a formação contínua dos mesmos por
via de cursos de pouca duração, workshops, seminários e outros.
De acordo com os conhecimentos e habilidades requeridas para realizar determinado trabalho
a direcção tem determinado mas de maneira pouco significativa.
Nesta empresa existe um meio para informar ao conselho consultivo sobre todos os
acontecimentos significativos, mas o conselho poucas vezes tem emitido directrizes a
direcção detalhando as acções específicas que hão-de ser tomadas, como também poucas
vezes supervisiona e realiza o seguimento necessário para a realização da actividade exercida
pela Empresa.
Quanto a motivação, é de realçar que um dos factores que leva o indivíduo a desenvolver uma
determinada actividade são as recompensas ou pacote de benefícios que a organização coloca
a disposição dos seus membros. A empresa KITANDA-LDA não trabalha na motivação do
homem, criando-lhe condições mais favoráveis de trabalho, medir o desempenho e
recompensa-lo por isso. Sendo assim os trabalhadores estão desmotivados pela pouca atenção
que recebem do ponto de vista material. Pois que o homem se deve motivar e mobilizar em
função dos objectivos desejados, para que participe conscientemente se ter como resultado um
trabalhador comprometido com a entidade.
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3.2-Funcionamento económico e financeiro da KITANDA-LDA
O controlo da execução de todas as categorias de planos é checado pela área económica e é
objecto de análise e estudo no Conselho de Direcção, no qual cada director deve informar o porquê das variações.
Confeccionam-se as análises económicas e financeiras, e são discutidos no conselho de
direcção como um acto formal, embora é certo que a actividade ganhou estabilidade e
controlo, podemos dizer que a análise é superficial pois não se confeccionam com as novas
ferramentas das que dispõe um economista. O trabalho do sindicato deve ser mais activo
quanto ao controlo, pois realmente participam pouco nas discussões a respeito, só intervêm
geralmente quando se penaliza um trabalhador ou sequer exonerar das responsabilidades.
Visto que a contabilidade é um veículo para exercer controlo sobre as diversas actividades da
empresa, esses activos devem ser protegidos do acesso não autorizado.
O Controlo do Fluxo de Efectivo em Caixa e Banco. No caso do efectivo, todos os dias
devem informar quanto entrou em caixa e de seguida o seu devido depósito, fazendo-se
comprovações físicas, bem como se controla a execução e se enquadra mediante a conciliação
das contas que intervêm no processo.
3.2.1-Balanço da KITANDA-LDA
ACTIVONº Cdgo Designação 2009 20101 1 IMOBILIZAÇÕES 139.678.296,58 61.678.352,472 11 Imobilizações Corpóreas 1.469.588.976,18 1.437.897.492,78
3 14 Imobilizações Em Curso - 33.987.302,404 18 Amortizações Acumuladas - 1.329.910.679,60 - 1.410.206.442,715 2 EXISTENCIAS - 8.865.086,596 27 Mercadorias em Transito - 8.865.086,597 3 TERCEIROS 197.065.122,62 243.411.297,508 31 Clientes 194.302.358,60 243.411.297,509 31.1 Clientes Correntes 152.407.829,00 200.233.831,3010 31.9 Clientes - Saldos Credores 41.894.529,60 43.177.466,2011 4 DISPONIBILIDADE 57.520.731,57 47.156.710,96
12 43 Banco 56.404.555,90 45.830.458,3613 45 Caixa 1.116.175,67 1.326.252,60
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51
TOTAL ACTIVO 394.264.150,77 361.111.447,52
PASSIVONº Cdgo Designação 2009 2010
1 5 CAPITAL E RESERVAS 340.014.276,94 310.386.266,592 51 Capital Social 722.171.222,00 722.171.222,003 55 Reservas 178.721.714,18 178.698.080,434 81 Resultado Transitado - 443.198.565,86 - 494.903.365,005 88 RLE - 117.680.093,38 - 95.579.670,846 PASSIVO N EXIGÍVEL 29.684.469,07 31.125.285,867 33 Empréstimos - 1.440.816,798 35 Entidades Participantes 29.684.469,07 29.684.469,079 PASSIVO EXIGÍVEL 24.565.404,76 19.599.895,07
10 32 Fornecedores 20.563.088,70 16.363.852,2011 32.1 Fornecedor Corrente 12.135.369,53 8.731.499,9012 32.9 Fornecedor - Saldo Devedor 8.427.719,17 7.632.352,3013 34 Estado 1.156.669,12 1.080.192,7414 34.1 Imposto Sobre Lucros 935.648,00 935.648,0015 34.3 IRT 221.021,12 144.544,7416 36 Pessoal 2.762.764,02 2.101.645,8517 36.1 Pessoal - Remunerações - 294.836,6518 36.3 Pessoal - Adiantamentos 2.762.764,02 1.806.809,2019 I.N.S.S 82.882,92 54.204,28
TOTAL PASSIVO 394.264.150,77 361.111.447,52
A empresa KITANDA-LDA em termos de resultados financeiros foram negativos
(117.680.093,38) e (95.579.670,84) nos dois últimos anos.
3.3-Resultado da aplicação metodológica do controlo interno
Este processo de implementação realizar-se-á através da análise das etapas elaboradas no segundocapítulo.
Primeira etapa: Planeamento da Implementação do Controlo Interno
Na KITANDA-LDA iniciou-se com a implementação do Controlo interno desde o momento que
a empresa iniciou a sua actividade, repartiram-se seminários a todos trabalhadores, como também
estabeleceu-se um pessoal qualificado para dar seminários de capacitação para o pessoal, que
integra na organização. Estes foram repartidos pelos companheiros seleccionados, que
previamente se prepararam com este fim, os que se auxiliaram dos meios técnicos ouconvencionais. Elaborou-se um cronograma de actividades onde especificaram os responsáveis
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por cada área. Especificaram um responsável pelo controlo interno do pessoal, aquem lhe
compete controlar as presenças, justificações de faltas, licenças, férias, contratação, saúde,
estimulação, sistemas de pagamentos, segurança no trabalho e outros aspectos relacionados com o
pessoal.
Segunda etapa: Organização para a Implementação do Controlo Interno
Quanto a organização é de realçar que: Informa-se a todos os trabalhadores quais as tarefas e
objectivos a serem atingidos por cada um e se definea data de cada acção ou tarefa por executar.
Para a confecção do expediente tiveram presente os seguintes documentos:
• A legislação laboral onde constam os direitos e deveres de cada trabalhador ou seja, as
relações entre o trabalhador e a instituição;
• Elaborou-se um esboço do desenho de cargo;
• Elaborou-se um esboço do regulamento interno onde se aborda:
1. Os objectivos e alcance do regulamento;
2. As obrigações e proibições comuns a todos trabalhadores;
3. Medidas disciplinares e sua adequação;
4. As infracções, de indisciplina, de carácter grave;
5. As obrigações da administração;
6. Procedimento para impor medidas disciplinares.
• Utilizam um aplicativo informático de gestão de pessoal que fornece as seguintes
informações e utilidades:
- Número de faltas de cada trabalhador,
- Salário dos trabalhadores;
- Estrutura dos trabalhadores (sexo e idade);
- Distribuição dos trabalhadores pelas diferentes áreas da empresa, etc.
• A estrutura é flexível. Os conhecimentos e a experiência dos principais directores são
adequados, a estrutura se modifica quando for necessário, mas sempre a proposta do
organismo superior. Seu desenho se ajusta a suas necessidades, proporcionando um marco
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de organização adequado para levar a cabo a estratégia desenhada para alcançar os
objectivos que se proponham.
• Existe um plano de capacitação, mas este plano deve ajustar-se mais as necessidades das
actividades e ao nível de desempenho do pessoal, propondo que o mesmo avalie as
insuficiências no desempenho do pessoal para incidir sobre elas preparando e capacitando
o homem como recurso da entidade.
Missão
A empresa KITANDA-LDA vela pela qualidade e quantidade de transportes colectivos
urbanos a nível da cidade do Lubango, objectivo este, que ainda está longe de ser atingido por
factores conjunturais.
Visão
A empresa ainda não tem uma visão definida. E para tal terão que ter em atenção que esta
visão deve ser como um slogan da empresa e motivadora para os trabalhadores.
Perspectivas
- Recebimento de cerca de 100 autocarros novos;
- Alteração do valor da tarifa por passageiro transportado, de forma a tornar a actividade mais
ou menos lucrativa;
- Recrutamento de mais de uma centena de motoristas e cobradores;
- Compra de sistemas modernos de controlo de veículos via VHF, controlando rotas e os
passageiros;
- Acções de formação contínua;
- Rigor na aplicação da actual legislação laboral, para que as práticas actuais de fraudes
sistemáticas sejam desestimuladas.
Valores Compartilhados
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Desenvolve-se a direcção por objectivos a partir dos valores compartilhados da organização,
partindo de uma elevada identificação de todos os trabalhadores. Esses valores devem
trabalhar como elemento de motivação e um instrumento para atingir os objectivos
planificados. Na KITANDA-LDA estão definidos da seguinte forma:
Honestidade: Não existe honestidade por parte dos motoristas e cobradores e até
mesmo pelos fiscais, pois eles não são sinceros em seus trabalhos, assim sendo não é
possível exigir de outros.
Unidade e Sentido de Pertença: Onde não há honestidade não podemos dizer que
existe unidade e sentido de pertença por parte dos motoristas e cobradores, mais
quanto as outras áreas da empresa pode-se dizer que existe o espírito de colaboração,
apreciam em alto grau o sentido de companheirismo e de partilha os recursos em áreas
onde é potencializada todo conhecimento que captam e geram. Desenvolvem uma
cultura empresarial que privilegia o trabalho integrado entre algumas áreas, existe
diálogo e debate para a identificação dos problemas e a unidade de acção na selecção
de possíveis alternativas de solução. Para criar o sentido de pertença esta empresa
deve ter presente:
•
Delegação de autoridade;
• Trabalho em equipa;
• Partilha de informação;
• Reconhecimento e possibilidade de desenvolvimento;
• Criação de sistemas de recompensa e incentivos.
Responsabilidade: Não possibilitam a criação de um clima de disciplina, promovendo
a desordem na actividade. Executam com elevada irresponsabilidade, não há
profissionalismo no desempenho de todas as missões e promovem o uso irracional dos
recursos nas actividades quotidianas.
Humanismo: Não garantem um ambiente de trabalho facilitado, participativo e de
confiança, pois que esses motoristas e cobradores não têm consciência do trabalho que
desenvolvem.
Produtividade: pode ser definida como a relação entre a produção e os factores de
produção utilizados. Na KITANDA-LDA esta produtividade pode ser demonstrada
pelo seguinte quadro:
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Designação Ano 2009 Ano 2010
Vendas 107.060.800,07kz 69.260.054,53kz
Nº de trabalhadores 346 321
Produtividade 309.424,28kz 215.763,41kz
Fig.2: Produtividade do ano de 2010 em relação ao ano 2009.
FONTE: Própria
A produtividade do ano de 2010 em relação ao ano 2009 teve uma queda de 93.660,87 kz por
trabalhador, as causas principais desta queda residem no facto de estarmos num país em quedoenças como paludismo, febre tifóide são as causas principais do absentismo, assim como as
constantes idas a funerais de parentes distantes, amigos e vizinhos. E para que a empresa
tenha produtividade é necessário que haja cumprimento da jornada de trabalho, bem como do
plano de trabalho e melhor utilização dos meios.
3.4-Políticas e práticas de Recursos Humanos
Nesta empresa as politicas e procedimentos existentes não asseguram o recrutamento das
pessoas fiéis necessárias, para suportar um sistema efectivo de controlo interno, mas prestam
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atenção ao recrutamento e formação de pessoas adequadas. E quando não existe
documentação formal das políticas e práticas, a direcção informa as respectivas existentes
sobre que tipos de pessoas há-de ser contratadas.
Se aplicam politicas adequadas de selecção, idoneidade, avaliação dos resultados,
capacitação, rotação, promoção e de sanção.
Quanto aos salários, sistemas pagamentos, estimulação, saúde, segurança no trabalho, férias,
expedientes pessoal e contratação ali aplicam-se e controlam-se correctamente todo o disposto
sobre o controlo interno da força de trabalho.
Deve-se trabalhar mais na avaliação do desempenho de cada trabalhador para elevar a
efectividade e pagar pelo rendimento real. Controla-se o subsídio de férias de formaadequada, planeando e fazendo cumprir.
Aos trabalhadores novos lhes são dados a conhecer quais são as suas responsabilidades e o
que a direcção espera deles, bem como sabem que no caso de qualquer incumprimento trará
como consequência a adopção de medidas correctivas.
Viu-se também que nas políticas de recrutamento desta empresa em parte incluem uma
investigação dos antecedentes penais dos candidatos.
E para os empregados serem promovidos são consideradas todas informações disponíveis
como também o cumprimento de normas de conduta por parte dos funcionários.
Deve-se preparar o pessoal para trabalhos em equipa, de modo que as condições
problemáticas e análises que se façam, permitam a participação de todos os especialistas e
dessa forma, diminuir o risco na tomada de decisão. Numa estrutura existem várias áreas de
trabalho, mas todas velam pelo mesmo objectivo.
Terceira etapa: Execução da implementação do Controlo Interno no Sistema de Gestão de
Recursos Humanos.
Condições existentes para a implementação:
• Experiência na aplicação dométodode direcção por objectivos e planificação
estratégica.
•
Experiência adquirida na implementação do controlo interno.
• A experiência, capacitação e instrução do pessoal da Empresa.
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• Existem actividades que procuram a separação de tarefas e funções;
• Existe um livro de ponto onde se controla todo pessoal, as presenças,
faltasapartir dai calcula-se a efectividade de cada trabalhador;
• Existe um controlo do salário de cada trabalhador de acordo as presenças e
faltas injustificadas, para os trabalhadores que justificarem as suas faltas não são descontados
e os que não apresentam justificativos lhe são descontados no salário, caso as faltas
injustificadas excedam lhe são posto um processo disciplinar;
• Os salários recebidos estão em correspondência com os aprovados na palmilha
de cargos, e devidamente conformados nos contractos determinados ou indetermináveis
segundo o caso;
• Garante-se que os trabalhadores tenham 30 dias acumulados estabelecidos
como férias, se existir alguma excepção corresponde com o estabelecido na lei do Trabalho;
• Cada posto de trabalho tem os requisitos definidos de idoneidade
correspondente para o desempenho do mesmo, tanto em seu nível cultural, como de
treinamento necessário para o mesmo;
•
Garante-se os meios necessários para preparar cada trabalhador ao ingressar naempresa;
• Cada trabalhador novo ao ingressar na organização passa antes por um
processo de selecção que inclui verificações em postos anteriores, localidade de residência;
garantindo a integridade mais adequada possível em seu novo posto e centro de trabalho.
IV- Informação e Comunicação
• Existe um programa informático especializado para a gerência do pessoal;
• Actualiza-se o sistema informático contra vírus informáticos;
• Identificaram-se os canais de comunicação da direcção e as funções dos postos
de trabalho.
V- Supervisão e Monitorização
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• Existe um pessoal responsável pela supervisão e monitorização das actividades
de cada área. Este pessoal também supervisiona os autocarros nas estradas;
• Criam-se os mecanismos de Segurança ao cumprimento das medidas de
inspecções;
• Entre as funções do responsável do controlo interno, se encontra a
responsabilidade de verificar o cumprimento do cronograma.
Quarta etapa: Controlo, avaliação e certificação do Controlo Interno no Sistema do GRH.
Existe um pessoal responsável pela avaliação e certificação do controlo interno. Pois que oresponsável recolhe todos os livros de pontos de cada área e controla as faltas e presenças e
lança no sistema,a partir daí calcula-se qual será o salário correspondente, bem como os
abonos e subsídios, contratação de pessoal, saúde, sistemas de pagamentos, segurança e
outros aspectos relacionados com o pessoal. Controla-se se os planos traçados e os seus
respectivos cronogramas estão a ser cumpridos. Se as metas traçadas estão a ser alcançadas.
A certificação da Resolução se fará por meio da Resolução do coordenador dos Recursos
Humanos:
• Onde se efectua um diagnóstico dos principais problemas detectados por áreas,
assim como o plano de acção para seu aperfeiçoamento.
O diagnóstico dos principais problemas detectados por áreas, assim como o plano de acção
para seu aperfeiçoamento se efectua pelo pessoal responsável pelo controlo interno. Pois que
ao responsável do controlo interno cabe-lhe esta missão de diagnosticar os principais
problemas existentes.
É o caso da desonestidade, a irresponsabilidade, a indisciplina, o espírito de desorganização e
desinteresse profissional tornarem-se quase lei, para os motoristas e cobradores que têm a
responsabilidade em garantir, que as receitas entrem para os cofres da empresa. E isto resulta
também do facto de que a equipa de fiscais é imediatamente corrompida pelos cobradores e
motoristas.
As tentativas efectuadas para o controlo informático e gravações de imagens, no interior dos
autocarros não foi bem sucedido, porque de má fé e de forma deliberada, as câmaras eraminutilizadas com ácido sulfúrico ou por via de colocação de objectos opacos junto das
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referidas câmaras de forma a impedir a gravação de imagens. Nesta conformidade ficaram
praticamente esgotadas as vias tecnocientíficas que permitissem o controlo da quantidade real
de passageiros transportados durante o dia.
A empresa conta com uma estrutura ou palmilhas de cargos devidamente estruturada, mas só
que não existe um manual de normas e procedimentos, não estão estabelecidos formalmente
as funções das áreas, o nível de responsabilidade e as faculdades destes e os cargos que a
integram. A actividade funciona pela experiência e entrega do colectivo. Conta com um
regulamento interno que está aprovado pela administração e o sindicato reflecte em seu
conteúdo a conduta a seguir pelo colectivo.
Não existe um regulamento de estimulação que deveria estabelecer o número de normas a
cumprir, as penalidades, as condutas que afectam a disciplina e o bom desenvolvimento da
actividade, onde poder-se-ia avaliar o desempenho e idoneidade demonstrada pelo pessoal.
Por não existir um manual de normas e procedimentos que estabelecem como se deve
proceder, que nível de responsabilidade e autoridade tem cada trabalhador ou funcionário,
nesta empresa a atribuição de autoridade e responsabilidade funciona de forma rudimentar.
Os trabalhadores têm domínio de seus direitos e deveres, mas não é completo por falta de
capacitação neste aspecto e por não existir o manual de normas e procedimentos. Pois que
tendo em falta este instrumento limita o conhecimento e o sentido de responsabilidade do
colectivo para com o controlo interno.
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Sistema de controlo Interno na Gestão de Recursos Humanos da Empresa, tem inúmeras
dificuldades com a componente de ambiente de controlo.
O estilo de direcção é flexível, com uma estrutura organizacional do tipo hierárquico
funcional em que as decisões mais importantes são tomadas por um colégio, enquadrando-se
num padrão de liderança intermédio.
A empresa não conta com um manual de normas e procedimentos, o fluxo de informação é
razoável e funciona limitando o nível de autoridade e responsabilidade.
O pessoal da Direcção está capacitado nesta actividade, atendendo que para colmatar as
deficiências dos dirigentes, se recorre a formações contínuas dos mesmos.
Não se aplica a direcção de valores, visto que, os mecanismos universais de controlo, não se
aplicam para esta actividade específica de transporte colectivo urbano, porquanto a
desonestidade, a irresponsabilidade, indisciplina, espírito de desorganização e desinteresse
profissional se tornaram lei para os cobradores, motoristas e até mesmos fiscais. Também não
existe um clima de confiança mútua e há pouco trabalho em equipa. O que leva a dizer que o
controlo interno não funciona adequadamente nesta empresa, mas que desde o seu surgimento
que implementou-se o controlo interno.
Os trabalhos dos Recursos Humanos devem aprofundar-se mais, pois não se constata
situações que têm a ver com adequada administração dos Recursos Humanos mais
importantes de uma instituição.
As políticas e procedimentos existentes não asseguram o recrutamento de pessoas fiéis
necessárias.
Quanto aos salários, sistemas de pagamentos, estimulação, saúde, segurança no trabalho,
férias, expediente do pessoal e contratação do pessoal tem um controlo eficiente.
A produtividade do ano de 2010 em relação ao ano de 2009 teve uma queda de 69% por
trabalhador devido a abstinência por motivos de várias ordens.
Quanto a situação financeira é de realçar que não é favorável, visto que durante os dois anos
em análise (2009 e 2010) a empresa só teve prejuízos.
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RECOMENDAÇÃO
A partir das deficiências na evolução do controlo interno da KITANDA-LDA recomenda-se:
• A capacitar os directores e trabalhadores na direcção de valores para que na
liderança haja um alto grau de confiança mútua, motivação e trabalho em equipa, o que
significa ter um colectivo eficiente e capaz.
• Os motoristas e cobradores que forem apanhados a defraudar os fundos da
empresa, devem ser punidos severamente (com pena de prisão) que desencoraja tais práticas,
se não a situação actual não se alterará significativamente, independentemente dosmecanismos de controlo interno que possam ser novamente ensaiados, pois que o nível de
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consciência humana acaba por ser sempre um factor determinante em relação aos mecanismos
de controlo pré-estabelecidos.
• Criar e capacitar um grupo de controlo interno que possa implementá-lo para a
integridade de uma empresa organizada.
• Definição de uma visão para empresa para que seja um slogan que cada
trabalhador possa conhecer.
• A empresa precisa criar um manual de normas e procedimentos para um
controlo eficiente.
• Que crie mecanismos de controlo da efectividade do pessoal electrónicos, pois
que os livros de ponto já não são confiáveis.
• Criação de estratégias para contornar os resultados negativos.
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