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Controle Externo da Atividade Policial
Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul
Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Institucionais
1. Introdução
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Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Institucionais
A busca da responsabilidade constitucional tinha objetivos:
Verificar a regularidade e adequação dos atos de polícia judiciária civil e militar;
Corrigir ou prevenir ilegalidades ou abusos de poder ou autoridade;
Aperfeiçoar a atividade de polícia judiciária;
Racionalizar o trabalho pré-processual para obter celeridade no exercício da persecução penal;
Receber instrumentos de persecução penal hígidos para aperfeiçoamento do exercício da ação penal.
2. Dificuldades para implantação.
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Durante 13 anos não houve condições políticas para discussão de Lei Complementar estadual;
Corporativismo policial extremamente organizado que não aceitava a idéia de Controle Externo;
Inexistência de instrumento jurídico que garantisse efetividade às medidas eventualmente definidas como necessárias em sede de controle externo;
Falta de confiança nos propósitos declarados pelo Ministério Público para exercer o controle externo.
3. A autorização legal
A Lei Complementar Estadual nº 11.578/01, art 1, III, prevê:
“requisitar à autoridade competente a adoção de providências para sanar omissão indevida, fato ilícito penal ocorridos no exercício da atividade policial, prevenir ou corrigir ilegalidade ou abuso de poder, podendo acompanhá-los;”
Previu também regulamentação pelo Ministério Público.O que ocorreu pelo Provimento PGJ nº 08/01 – Procuradoria-Geral de Justiça:
Acolheu-se a doutrina da não-hierarquização das instituições estabeleceu-se o limite do controle externo em qualquer atividade policial que mantenha a mínima relação com persecução penal, mesmo que indireta. Atividade administrativa é de controle interno.
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4. A oposição às normas.
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A ASDEP ajuizou ação ordinária anulatória do Provimento 08/01 do Procurador-Geral de Justiça, alegando-o ilegal e inconstitucional por ter ofendido o princípio da hierarquia das leis, regulamentado em excesso e fora da autorização legal;
A ASDEP pregava a oposição física e o descumprimento das obrigações de controle externo estabelecidas por lei, pelo simples entendimento de que era inconstitucional.
A ASDEP difundia que queríamos mandar nos Delegados de Polícia e que não tínhamos direito a ingressar nas Delegacias de Polícia.
5. Diretrizes Institucionais
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Aproximação interinstitucional. Estabelecimento de reuniões para discussão da implantação e agenda de cortesias;
Tolerância com o órgão de classe e com os delegados de polícia em face do que consistia uma intromissão, inclusive com agendamento dos atos de controle externo;
Fazer a implantação possível, paulatina, esperando que o tempo demonstrasse a sinceridade de propósitos, demonstrando respeito e tratando com fidalguia.
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6. Sistema de solução de problemas.
Estabelecimento de atribuição institucional em lugar de promotor natural.
Surgindo dificuldade para exercer a atividade o Promotor de Justiça faz contato com a Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Institucionais, que assume. O Promotor de Justiça não se desgasta no local.
Instauração de expediente interno para solucionar problemas encontrados com as parcerias da Corregedoria da Polícia e da Chefia de Polícia.
Unidade técnica de atuação. Cerca de 300 Promotores de Justiça praticam o mesmo entendimento de controle externo.
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7. Resultados
Depois de 3 anos e 3.500 atos de controle externo, em todas as Delegacias de Polícia evoluíram:
a) A ordenação formal dos procedimentos investigatórios (Portaria “ab initio”, autuação cronológica, numeração;
b) Quantificação dos procedimentos policiais mais próxima da realidade;
c) Criação conjunta de estratégias para enfrentamento do passivo e demanda atual;
d) Controle ordinário dos atos de atividade de polícia judiciária estabelecido como rotina para as Polícias e Ministério Público.
8. Previsões de desenvolvimento
Aumentar a aproximação institucional a partir do relatório de controle externo que aponta as seguintes necessidades:
Realizar pesquisa que materialize as carências das instituições policiais, com vistas a formar um planejamento estratégico de recuperação do aparelhamento;
Parceria na legitimação social das instituições políciais, direcionada à institucionalização do serviço público policial, com obediência aos princípios da obrigatoriedade, formalidade, disciplina e hierarquia;
Parceria na modificação da cultura administrativa informal na persecução penal.
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Em 1-7-04 transitou em julgado no STF a decisão que julgou improcedente a ação da ASDEP, definindo como correto todo o Provimento 08/01 PGJ, o que implica no fim dos pontos de atritos.
Limites, vista de livros, obrigatoriedade de cumprir requisição e comunicar prisões, sob pena de responsabilidade por improbidade, que se comunica ao superior hierárquico.
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A política de segurança pública é responsabilidade de todos, mas essencialmente do titular da ação penal e do responsável pela formação primeira da prova.
Há necessidade de legitimação social para que uma instituição sobreviva e atraia atenção para seus problemas. Esta legitimação decorre da sociedade e das parcerias satisfeitas e aceitas.
O planejamento de um orçamento apropriado passa necessariamente por indicadores e metas claros que só são possíveis mediante dados quantificados com exatidão.
9. Indicadores e metas
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TOTALIZAÇÃO GERAL ANUAL DOS PROCEDIMENTOS POLICIAIS EM CADA REGIONAL POLICIAL CIVIL DO INTERIOR
4441
28118
3945
2551225252
19140
12833
9649
3947
6574
90697058
-1500
3500
8500
13500
18500
23500
28500
1ª REGIONAL 0 0 0 23 115 111 146 197 505 673 1015 950 1366 1451 4441 2456 3881 5820 7718 28118
2ª REGIONAL 0 1 3 5 52 3 109 409 457 405 462 1717 883 2133 1234 3945 4006 4922 11236 25512
3ª REGIONAL 0 0 0 0 0 0 7 4 0 7 7 4 19 221 1190 2830 3576 6762 11076 25252
4ª REGIONAL 0 0 0 0 0 1 6 0 6 0 9 7 312 592 257 806 1187 2706 4691 19140
5ª REGIONAL 0 0 0 0 0 7 2 71 52 133 142 271 288 296 314 1076 1596 4651 8519 12833
6ª REGIONAL 0 0 0 0 0 55 0 16 63 61 63 274 426 431 788 1880 2392 5229 5808 9649
7ª REGIONAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 204 165 152 155 400 470 707 2010 3947
8ª REGIONAL 0 0 0 0 0 0 1 0 6 9 16 212 220 425 795 2312 3661 4129 4540 6574
11ª REGIONAL 0 0 0 0 0 5 107 0 0 2 23 59 234 2314 2670 2699 3402 3518 7062 9069
12ª REGIONAL 0 0 0 0 0 10 14 44 7 2 5 60 98 1626 1608 2784 3480 5363 6144 7058
ANO 1981 1982 1983 1984 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1997 1998 1999 2000 2001
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TOTALIZAÇÃO GERAL ANUAL DE PERÍCIAS PENDENTES EM CADA REGIONAL POLICIAL CIVIL DO INTERIOR
62
90
71
252
70
50
100
150
200
250
1ª REGIONAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 39
2ª REGIONAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2 9 62
3ª REGIONAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 2 4 27 44
4ª REGIONAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 5 13 10 90
5ª REGIONAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 2 3 28 71
6ª REGIONAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 2 12 14 42
7ª REGIONAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 6 4 48
8ª REGIONAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 0 1 0 0 5 1 6 14 44
11ª REGIONAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 3 252
12ª REGIONAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 7
ANO 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001