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Controle da Administrao Pblica

Exemplos de controle judicial: mandato de segurana e ao popular.Controle de Mrito:visa verificar a oportunidade e a convenincia administrativas do ato controlado. Trata-se, portanto, de uma atuao discricionria, exercida, igualmente, sobre os atos discricionrios. Compete exclusivamente ao prprio Poder que, atuando na funo de administrao pblica, editou o ato administrativamente.O controle externo, exercido pelo Tribunal de Contas da Unio, quanto aos atos praticados pela Administrao Pblica Federal, relativos a concesses de aposentadorias, caracterstico do tipo posterior.De acordo com a separao de poderes constitucionalmente estabelecida, a funo de administrar incumbe ao Poder Executivo. A Administrao pblica, no desempenho das tarefas inerentes a essa funo submete-se a controle externo exercido pelo Legislativo, com auxilio do Tribunal de Contas, que pode abranger anlise de critrios que excedem (tem mais do que) a legalidade, tal como economicidade. Art. 70. A fiscalizao contbil, financeira, oramentria,operacional e patrimonial da Unio e das entidades daadministrao direta e indireta,quanto legalidade, legitimidade,economicidade, aplicao das subvenes e renncia de receitas,ser exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo,e pelo sistema de controle interno de cada Poder.A Administrao pblica submete-se a controle interno, pelos rgos que integram sua prpria estrutura, e a controle externo, desempenhado pelo Tribunal de Contas e pelo Poder Judicirio,inclusive a anlise de qualquer aspecto discricionrio (anlise de mrito).O controle externo no vedado, h controle externo do Poder Judicirio (em que no admitido o controle de mrito, apenas de legalidade e legitimidade), e controle externo do Poder Legislativo (nesse caso, admite-se tanto o controle de legalidade, quanto o de mrito).Sobre o controle da Administrao Pblica considere:

I. Sustao, pelo Congresso Nacional, de atos normativos do Poder Executivo que exorbitam do poder regulamentar.

II. Anulao de um ato do Poder Executivo por deciso judicial.

III. A auditoria do Tribunal de Contas sobre despesas realizadas pelo Poder Executivo.

As afirmaes supra constituem, respectivamente, controle I) externo; II) externo e III)externo.Controle Concomitante ou sucessivo: aquele que acontece ao tempo em que o ato se encontra em desenvolvimento. Exemplo disso o acompanhamento feito pelos Tribunais com relao aos editais de licitao - muitos desses Tribunais acompanham as publicaes dos editais no Dirio Oficial para, se for o caso, encaminhar providncias. Esse um controle concomitante. Cite-se, ainda, o acompanhamento das obras pblicas. Controle Posterior ou corretivo ou a posteriori: principalmente corretivo, isso porque o ato j aconteceu, est concludo. O objetivo , caso necessrio, corrigir a irregularidade, anulando atos ilegais ou saneando defeitos de menor gravidade, quando isso ainda for possvel. Controle prvio ou preventivo ou a priori: ocorre antes mesmo da formao do ato em si. Quando exigido tal controle para a produo do ato, este nem mesmo integrar o mundo jurdico, caso a tarefa de controle no o preceda. Exemplos deste tipo de controle so as autorizaes, as aprovaes, a liquidao de despesas mediante prvia nota de empenho. Outro interessante exemplo quando o Senado Federal aprova a escolha do Presidente da Repblica para uma determinada nomeao, exemplos: Ministros dos Tribunais, Procurador Geral da Repblica, dirigentes de Agncias Reguladoras. E tambm quando a aludida Casa Legislativa aprova emprstimos externos por parte dos entes federativos.O Poder Judicirio, a requerimento da parte ( por provocao), poder anular um ato praticado pelo Poder Executivo, desde que eivado com manifesto vcio de legalidade. importante destacar que o poder judicirio no anula ato praticado pelo executivo de ofcio.As formas de controle interno na administrao pblica incluem o controle ministerial, exercido pelos ministrios sobre os rgos de sua estrutura interna, e a superviso ministerial, exercida por determinado ministrio sobre as entidades da administrao indireta a ele vinculadas.

CONTROLE:a)ADMINISTRATIVO-> Legalidade (mrito administrativo) -> Anulao e Revogaob)LEGISLATIVO-> Legalidade / Economicidade / Legitimidade -> Sustentaoc)JUDICIRIO-> Legalidade -> Anulao

CLASSIFICAO DAS FORMAS DE CONTROLEa) Quanto a origem:Interno, Externo e Popular. -Controle Interno-> aquele exercido dentro de um mesmo Poder, seja exercido no mbito hierrquico ou por meio de rgos especializados, sem relao de hierarquia com o rgo controlado. Ex.: O controle que o Ministrio da Previdncia e Assistncia Social pratica sobre determinados atos praticados pelo INSS. -Controle Externo-> aquele exercido por um Poder sobre os atos administrativos praticados por outro Poder. Ex.: Auditoria do Tribunal de Contas da Unio sobre as despesas realizadas pelo Poder Executivo Federal. -Controle Popular-> aquele em que os administrados podem verificar a regularidade da atuao da administrao pblica e impedirem a prtica de atos ilegtimos, lesivos aos indivduos ou coletividade. Ex.: Art. 31, 3. - CF - As contas dos Municpios ficaro, durante60 (sessenta) dias,anualmente, disposio de qualquer contribuinte, para exame e apreciao, o qual poder questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei.b) Quanto ao momento de exerccio: Prvio (preventivo ou priori), Concomitante e Posterior (subsequente ou corretivo).c) Quanto ao objeto ou ao aspecto controlado: Legalidade (legitimidade) e Mrito.d) Quanto a funo exercida: Administrativo, Legislativo e Judicial.e) Quanto a amplitude ou entidade controladora: Hierrquico e Finalstico.f) Quanto ao modo de desencadear: de Ofcio, por Provocao e Compulsrio.

Titularidade De plano, cumpre anotar que, de acordo com a doutrina, a titularidade do controle externo da Administrao Pblica, na esfera federal, o Congresso Nacional ,ou seja, no uma decorrncia da titularidade da competncia administrativa. Isso em razo do que dispe o art. 71 da CF/1988: Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, ser exercido com o auxlio do Tribunal de Contas da Unio, ao qual compete: Perceba que o Tribunal de Contas presta auxlio ao Congresso no desempenho de tal tarefa, mas no propriamente um rgo auxiliar.

O controle da economicidade implica eficincia na gesto financeira e na execuo oramentria, consubstanciada na relao custo-benefcio em contraponto discricionariedade administrativa.

Ambos so instrumentos de controle interno da Administrao Pblica. So exemplos (entre outros): direito de petio, reclamao administrativa, recurso administrativo, representao, pedido de reconsiderao, recurso hierrquico, pedido de reviso etc.Representao administrativa a denncia formal de irregularidades Administrao, feita por qualquer administrado. No se exige interesse individual direto do indivduo para efetuar a representao, que pode ser iniciada para combater ofensa a direitos coletivos ou difusos.Por fim, reclamao administrativa a oposio do interessado a atos da Administrao que afetem diretamente seus direitos. Neste caso, h uma leso ou ameaa de leso a direito pessoal do administrado.A Emenda Constitucional n 19, de 04 de junho de 1998 reforma constitucionalconhecida como Reforma Administrativa, introduziu a gesto gerencial no serviopblico, orientada predominantemente pelos valores da economicidade, eficincia,eficcia e qualidade na prestao de servios pblicos, pelo desenvolvimento de umacultura gerencial, com utilizao de tcnicas gerenciais modernas no processo deredesenho da estrutura do Estado.Esta reforma administrava tambm alterou a forma de controle dos recursospblicos de a priori para a posteriori, deslocando a nfase dos controles dosprocedimentos (meios) para os resultados (fins), que se caracterizava por formasflexveis de gesto e pela autonomia do administrador na execuo de suas tarefasrelacionadas aos aspectos materiais, financeiros e humanos (COELHO, 2000). (...)

Smula 473 do STF: A Administrao pode anular seus prprios atos, quando eivados de vcios que os tornem ilegais, porque deles no se originem direitos; ou revoga-los, por motivo de convenincia e oportunidade, respeitados os direitos adquiridos,e ressalvada, em todos os casos, a apreciao judicial. Ou seja, se tiver algum vcio de legalidade a autoridade jurisdicional poderrevigorar ato administrativo revogado. Por isso, correto afirmar que o desfazimento do ato administrativo tambm pode ser feito pelo Poder Judicirio, mediante provocao dos interessados, por motivo de legalidade, hiptese em que os efeitos da anulao retroagem data em que foi emitido o ato.A jurisprudncia do STF atualmente no sentido de que "A apreciao pelo Poder Judicirio do ato administrativo discricionrio tido porilegal e abusivono ofende o Princpioda Separao dos Poderes.".

Os atos praticados pela Administrao esto sujeitos a controle, exercido por diversos entes, em variados graus e medidas. O controle judicial possui amparo constitucional, abrangendo anlise eminentemente de legalidade, podendo, no entanto, tambm apreciar aspectos tcnicos (competncia, forma e finalidade, motivos e causas) dos atos discricionrios.O Poder Judicirio pode examinar os atos da Administrao pblica, de qualquer natureza, mas sempre sob o aspecto da conformidade ao Direito.No h invaso do mrito do ato administrativo quando o Poder Judicirio analisa os motivos alegados (H legalidade?) para a prtica do ato.No h que se falar em invaso do mrito quando o Poder Judicirio aprecia fatos precedentes e motivadores da elaborao do ato administrativo discricionrio.A fiscalizao exercida pelo Legislativo est expressamente delimitada pela Constituio Federal brasileira, incluindo o controle poltico, que abrange anlise de mrito, em algum grau e medida.Maria Helena requereu que lhe fosse concedida licena para construir em seu terreno. Observou a legislao municipal, contratou a execuo do competente projeto e apresentou Administrao pblica para aprovao. O pedido, no entanto, foi indeferido, sob o fundamento de que na mesma rua j existia uma obra em curso, o que poderia ocasionar transtornos aos demais administrados. Maria Helena, inconformada, ajuizou medida judicial para obteno da licena, no que foi atendida. A deciso judicial regular manifestao do poder de controle do ato administrativo, desde que comprovado o preenchimento dos requisitos de edio do ato vinculado. A concesso de licena no um ato discriscionrio, e sim vinculado. Dessa forma, caso o administrado preencha os requisitos previstos em lei, a licena DEVE ser concedida. Se, apesar de preenchidos os requisitos, a licena for negada, haver ilegalidade. Essa ilegalidade macula o ato administrativo, que pode ser ANULADO pelo judicirio.O Estado de Pernambuco desapropriou terreno prximo a rea de manancial para a construo de complexo penitencirio e, em face da alegada urgncia na concluso do empreendimento, decorrente da necessidade de cumprimento de ordem judicial para desocupao de cadeias pblicas, iniciou as obras antes da expedio da necessria licena ambiental. A referida conduta da Administrao Pblica passvel de controle judicial, por meio de ao popular, interposta por qualquer cidado, quando caracterizada a ilegalidade e lesividade do ato ou ao civil pblica, interposta pelo Ministrio Pblico ou por outros legalmente legitimados.Em caso de omisso do Poder Pblico, cabe a impetrao de mandado de segurana, apontando-se como coatora a autoridade que a lei indica como competente para praticar o ato.

Tribunal de contasO tribunal de Contas pode e deve avaliar a constitucionalidade dos atos adm.SMULA N347/STF -O TRIBUNAL DE CONTAS, NO EXERCCIO DE SUAS ATRIBUIES, PODE APRECIAR A CONSTITUCIONALIDADE DAS LEIS E DOS ATOS DO PODER PBLICO.Fgv q- 3

Smula Vinculante 21 inconstitucional a exigncia de depsito ou arrolamento prvios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo.Dessa forma, devemos levar para a prova que, de acordo com o STF, INCONSTITUCIONAL A EXIGNCIA DE DEPSITO DE RECURSOS FINANCEIROS OU ARROLAMENTO DE BENS PARA QUE ALGUM POSSA APRESENTAR UM RECURSO ADMINISTRATIVO. Agora, responda a seguinte indagao: seria possvel o controle do mrito das polticas pblicas, e, consequentemente, dos atos administrativos, sob esse aspecto, por parte do TC? Sim, possvel. No estranhe isso, pois o impedimento a tal anlise para o Poder Judicirio, do qual no faz parte o TC.PROCESSUAL CIVIL. MANDADO DE SEGURANA. SERVIDOR MUNICIPAL APOSENTADO. AUTORIDADE COATORA. PRESIDENTE DO INSTITUTO DE SEGURIDADE SOCIAL DO MUNICPIO. EXECUTOR DE DECISO IMPOSITIVA E VINCULANTE DO TRIBUNAL DE CONTAS ESTADUAL. LEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM DESSE LTIMO. 1. coberta de carter impositivo e vinculante para a Administrao a deciso do Tribunal de Contas que, julgando ilegal a concesso de aposentadoria, nega-lhe o registro e determina-lhe a cassao e, portanto, a parte legtima para figurar no plo passivo do mandamus a Corte de Contas e no a autoridade administrativa responsvel pela execuo do ato.Smula Vinculante 3 - Nos processos perante o Tribunal de Contas da Unio asseguram-se o contraditrio e a ampla defesa quando da deciso puder resultar anulao ou revogao de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciao da legalidade do ato de concesso inicial de aposentadoria, reforma e penso.