contributos para a reforma do ensino superior em portugal, 2010
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Rui Teixeira Santos
Memorando sobre a A3ES
Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino
Superior
Lisboa, 2012
Objetivos
O presente memorando visa avaliar o cumprimento dos objectivos definidos à A3ES tendo em vista a redefinição da política pública de avaliação e acreditação dos cursos do Ensino Superior em Portugal, volvidos quarto anos sobre a criação da Agencia de Acredidtação e Avaliação do Ensino Superior em Portugal. Reconhecendo o papel central das universidades no desenvolvimento das dimensões culturais portuguesas e a necessidade de criar um espaço europeu de ensino superior como uma forma fundamental para promover a mobilidade e a empregabilidade dos cidadãos e promover o desenvolvimento global do nosso continente, desde 2007 a A3es foi responsavel para implementação de um modelo de ensino superior assente em dois tuipos de instituições do ensino superior (Polítecnicos e Universidades), em universidades polivalentes com professores simultaneamente orientados para a investigação e para o ensino, apostando na tuteria (conforme exigencia de bolonha) sem verdadeiramente o assumer (nem financeira nem operacionalmente). Volvidos cinco anos importa fazer uma avaliação do modelo e da defibição da avaliação que vem sendo feita pela A3ES. Os resultados estão à vista: mais verbas para ensino public, mais alunios e mais cursos para as Universidade publicas, menor empregailidade dos estudantes e continuação do dominio do PCP sobre o licenciamento de cursos e instituições, que passou da esfera do executive (DGES) para a A3ES. A realização de uma maior compatibilidade e comparabilidade entre os diferentes sistemas de ensino superior, no entanto, requer politicas concretas e contínuas, a fim de evitar o sequestro do governo e do Estado pelos interesses instalados no Ensino Superior e sobretudo para que o espirito de Bolonha seja plenamente realizado. Precisamos por isso de apoiá-‐la através da promoção de medidas concretas de modo a alcançar progressos tangíveis. Finalmente a criaçao de um Mercado externo para o ensino superior, como garate da sua qualidade e aformação cultural e a progressive liberalização do Mercado do ensino superior a nvel global (com as Universidade Portugueses especialmente orientadas para o Estapaço Lusofono) obriga a pensar os cursos não apenas em função do país em crise mas do diversifcado Mercado global olhado o ensino como um service transacionável.
Se por um lado, devemos assegurar que o sistema europeu de ensino superior em todo o mundo tenha uma atração igual ao das nossas extraordinárias tradições culturais e científicas, como se escreve na Declaração de Bolonha, no caso portugues não podemos deixar de assumir especiais responsabilidades na formação académica e universitária orientada para o Espaço Lusófono e a enorme atratividade que as nossas universidades exercem na Lusofonia, atualmente um verdadeiro mercado de mais de 250 milhões de habitantes, com enormes potencialidades na captação de potenciais estudantes para os cursos e diplomas portugueses.
Recomendações
Recomenda ao Governo que adopte:
1. O Princípio Geral de não discriminação entre o ensino superior publico e privado ou entre universitário e politécnico, salva a função diferente a manter-‐se a dierenciação (neste particular somos de opinião que deveria ser extinto o ensino politecnico e haver apenas o ensinho universitario).
2. Promover a integração dos reitores da Universidade Privadas e coperativas no CRUP – Conselho de Reitores portugueses.
3. A adequação, no essencial, da estrutura actual da A3ES aos propósitos que decorrem dos acordos sujacentes ao processo de Bolonha. Nomeadamente no que respeita à independencia do Conselho de Curadores onde deve existir maior equilíbrio entre o Ensíno Público e o Privado/Social.
4. Considerando o perfil a escolher para a liderança da A3ES, os estatutos deveriam prever a possibilidade de dividir o cargo de presidente em dois: um Chairman (remunerado com senhas de presença) e um Presidente Executivo (mais operacional).
5. O principio que nos procedimentos da A3ES se aplica o Código do Procedimento Administrativo
6. Que das decisões do Conselho de Administração da A3ES cabe impugnação contenciosa nos termos gerais do Direito, mas a lei orgânica da A3ES deve dizer em que casos é que os recursos administrativos para a “Comissão de Recursos” são “necessarios”, em termos de fazer diferir a Impugnação Contenciosa.
7. Rever a lei e os Estatutos da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior, instituída pelo Estado através do Decreto-‐Lei nº 369/2007, de 5 de Novembro, estabelecendo criterios legais de avaliação da qualidade, e incluindo a avaliação da eficiencia e da sustetabilidade do
Ensino Superior em Portugal 8. Exigir que a A3Es seja admitida como membro permanente da Agencia Europeia de Qualidade do Ensino Superior, devendo para isso o Governo alterar a forma de designação dos membros do Conselho de Curadores, verdadeiro poder da A3ES e que deverá escolher o Conselho de Administração da A3ES.
9. Acabar, como referido, com a distição entre Ensino Universitario e Politécnico, criando apenas um unico tipo de instituição do ensino superior em Portugal. Os atuais politécnicos seriam privatizados, integrados nas universidades públicas atuais, como polos universitários ou encerrados.
10. Devolver à Direção Geral do Ensino Superior todas as competencias executivas referentes à Acreditação dos Novos Cursos do Ensino Superior em Portugal, bem como licenciamento de Insttuições, ficando a A3ES com os processos de avaliação de qualidade, eficácia e sustentabilidade do Ensino Superior em Portugal.
Introdução
Numa perspectiva de politica educativa, o chamado Processo de Bolonha iniciou-‐se informalmente em Maio 1998, com a declaração de Sorbonne, e arrancou oficialmente com a Declaração de Bolonha em Junho de 1999, a qual define um conjunto de etapas e de passos a dar pelos sistemas de ensino superior europeus no sentido de construir, até ao final da presente década, um espaço europeu de ensino superior globalmente harmonizado.
A ideia base é de, salvaguardadas as especificidades nacionais, dever ser possível a um estudante de qualquer estabelecimento de ensino superior, iniciar a sua formação académica, continuar os seus estudos, concluir a sua formação superior e obter um diploma europeu reconhecido em qualquer universidade de qualquer Estado-‐membro. Tal pressupõe que as instituições de ensino superior passem a funcionar de modo integrado, num espaço aberto antecipadamente delineado, e regido por mecanismos de formação e reconhecimento de graus académicos homogeneizados à partida. É neste contexto que a Declaração de Bolonha de 19991 aponta como obrigação dos Estados a criação de uma Agencia de Acreditação e Avaliação do Ensino Superior independente dos poder politico. A forte resistencia ao Processo de Bolonha das Universidades públicas portuguesas, fortemenete controladas por celulas do Partido Comunista, só terminou com um pacto entre Sampaistas e Comunistas, em 2007, medidante o qual se interrompia a contestação publica e anacronica ao Processo de Bolonha, mas em contrapartida se criaria uma Agencia de Acreditação e Avaliação da qualidade do Ensino Superior em Portugal, controlada pela CRUP – Conselho dos Reitores das Universidades Portuguesas – um verdadeiro orgão do gonçalvismo, onde os reitores normalemente eleitos com o apoio ou a concertação das celulas do Partido Comunista Português, sempre acttivas dentro das universidades publicas garantiriam a desifgualdade sistemática entre o ensino public estatal e o ensino privado ou confessional. Mais tarde, viria a ser reconhecido tambem o character Publico à Universidade Católica Portuguesa pois a sua tutela deixou de estar no Patriarcado de Lisboa e passou para o Estado do Vaticano.
1 http://www.mes.tn/tempus/tempus05/990719_Bologna_Declaration-‐Fr.pdf
Em Portugal essa agência – a A3ES -‐ foi criada em 20072. Até hoje a CRUP controla a A3ES e deste modo o partido comunista continua a garantir idologica e sectariamente a supermacia publican a divisão do orçamento da educação e no modelo financeiro do ensinoi superior em Portugal. Aliás, face às criticas generalizadas a este modelo que levou inclusivamente à perda do reconhecimento europeu da A3ES, as celulas do Partido Comunista Portugues têm vindo a fazendo uso da alegada “autonomia universitária” a defender a fusão entre a Universidade de Lisboa e a Universidade Tecnica de Lisboa, para criar um verdadeiro monstro administrativo que possa squestrar o orçamento de Estado para o ensino superior e sobretudo os fundos para a Investigação. Com base numa petição do reitor da Universidade Lusofona, a Comissão Parlamentar de Educação apreciou se era legitimo o recurso a outras Agencias de acreditação e avaliação da qualidade do ensino superior reconhecidas do Espaço Europeu (onde a A3ES não é reconhecida) e relativamente à desiganação do Conselho de Curadores e do Conselho de Administração da A3ES. O Parlamento, controlado pelo Partido Socialista e Comunista tomou nota das diversas argumentações que se reproduzem em anexo dando conta da argumentação dominante e da retórica habitual sobre o assunto, bem como identificando os interesses instalados que permitem que a a A3ES não tenha mostrado até hoje (mesmo na actual avaliação que termina em Janeiro próximo) nem isenção nem transparência e que os interesses instalados do ensino publico continuem a sequestrar a decisão governamental.
2 http://www.a3es.pt/sites/default/files/L_38-‐2007_RJAES.pdf
Capitulo I
A Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior A acreditação e a avaliação de um ciclo de estudos consiste na verificação do preenchimento dos requisitos exigidos para a sua criação e funcionamento. Em Portugal, este processo realiza-‐se no quadro do sistema europeu de Garantia da Qualidade no ensino superior, e é da competência da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES), que desde 2009 não é reconhecida devido à forma como são nomeados os seus orgãos.
(Instituída pelo Estado através do Decreto-‐Lei nº 369/2007, de 5 de Novembro, a Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES), é uma fundação de direito privado, constituída por tempo indeterminado, dotada de personalidade jurídica e reconhecida como de utilidade pública. É independente no exercício das suas competências, sem prejuízo dos princípios orientadores fixados legalmente pelo Estado.)
São requisitos gerais para a acreditação e/ou avaliação de um ciclo de estudos:
-‐ Um projecto educativo, científico e cultural próprio, adequado aos objectivos fixados para esse ciclo de estudos;
-‐ Um corpo docente próprio, qualificado na área em causa, e adequado em número;
-‐ Os recursos humanos e materiais indispensáveis para garantir o nível e a qualidade da formação, designadamente espaços lectivos, equipamentos, bibliotecas e laboratórios adequados.
-‐ Garantia do cumprimento dos requisites gerais e especificos aprovados.
O Quadro Normativo da Avaliação e Acreditação do Ensino Superior é o seguinte:
Regulamento nº 504/2009, da A3ES (divulgado inicialmente como Regulamento nº 1/2009), publicado no DR, 2ª Série, de 18 de
Dezembro, que aprova o Regime dos Procedimentos de Avaliação e Acreditação das Instituições de Ensino Superior e dos seus Ciclos de Estudos.
Regulamento nº 869/2010, da A3ES, publicado no DR, 2ª Série, de 2 de Dezembro de 2010, que aprova o regime de organização e funcionamento do Conselho de Revisão da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior, bem como o regime dos procedimentos de revisão de decisões relativas à avaliação e à acreditação das instituições de ensino superior e dos seus ciclos de estudos.
Deliberação nº 808/2010, da A3ES, publicada no DR, 2ª Série, de 3 de Maio de 2010, que fixa o montante da taxa a cobrar às Instituições de Ensino Superior pelo recurso de decisão do Conselho de Administração em matéria de avaliação e acreditação de ciclos de estudos.
Deliberação nº 1097/2011, da A3ES, publicada em DR, IIª Série nº 85, de 3 de Maio de 2011, que fixa o prazo para a apresentação de pedidos de acreditação prévia de novos ciclos de estudos a iniciar no ano lectivo de 2012-‐2013.
Deliberação nº 1435/2011, da A3ES, publicada em DR, IIª Série nº 153, de 10 de Agosto de 2011, que fixa a taxa a cobrar pelos procedimentos de acreditação prévia de novos ciclos de estudos e de avaliação/acreditação de ciclos de estudos em funcionamento.
São os seguintes os diplomas legislativos que devem ser tidos em consideração para efeitos de análise global do quadro normativo aplicável à avaliação e acreditação das instituições de ensino superior e dos seus ciclos de estudos:
• Lei nº 38/2007, de 16 de Agosto, que aprovou o regime jurídico da avaliação da qualidade do ensino superior;
• Decreto-‐Lei nº 74/2006, de 24 de Março, alterado pelo Decreto-‐Lei nº 107/2008, de 25 de Junho, que aprovou os requisitos para acreditação de ciclos de estudos;
• Lei nº 62/2007, de 10 de Setembro, que estabelece o regime jurídico das instituições de ensino superior;
Decreto-‐Lei nº 369/2007, de 5 de Novembro, que institui a A3es e aprova os seus Estatutos.
Capitulo II
Para que serve a A3ES?
Destaque: «A agenda da A3ES percebe-‐se bem diante do desespero do fracasso do modelo público no ensino superior. Fragilizar, descapitalizar e sobretudo, dividir e desacreditar o ensino superior privado para dificultar a privatização do sector que, por decisão política dos portugueses ou por imposição dos credores internacionais, mais tarde ou mais cedo vai ter que ser feita». A Administração Independente do Estado tem uma história pouco recomendável. Até à crise financeira de 1907, os prejuízos dos «crash» financeiros provocados pelos excessos dos Bancos eram assumidos pelo sistema financeiro. Mas na sequência do «grande crash de 1907» e, para proteger os seus bancos, os dois banqueiros mais ricos da América, Morgan e Rockfeler, reuniram na casa do primeiro, em Nova York, os aflitos banqueiros da praça e propuseram acções concertadas para contrariar o pânico que se instalou na bolsa e levou centenas de instituições financeiras à falência. Este mecanismo de salvamento dos bancos e dos seus accionistas seria, depois de 1910, institucionalizado numa organização privada de banqueiros que viria a dar origem à actual Federal Reserve. Só que em 1929, a dimensão da crise era tal que a criação de moeda não podia ser assegurada pelo mecanismo de criação de crédito bancário privado (que aliás estava de novo na origem do excesso do mercado de capitais secundário, em face da realidade económica das empresas) onde alegadamente se assumiriam as perdas que o sistema financeiro, no seu conjunto, deveria pagar posteriormente. E o negócio foi o seguinte: o governo dos EUA socializava os prejuízos dos bancos e emitia moeda pontualmente e apenas para corrigir o desequilíbrio do mercado através da Federal Reserva Federal entretanto nacionalizada e os bancos limitavam a sua actividade a um conjunto de instrumentos regulamentados e sujeitos a autorização. A Lei Glass-‐Steagall é o nome por que se conhece geralmente o Banking Act dos Estados Unidos. Esta lei, promulgada em 1933 pela administração Franklin D. Roosevelt para evitar que se voltasse a produzir uma situação como a do «Grande Crash de 1929», define a
separação entre a banca de depósito (bancos comerciais) e a banca de investimento (com carteira de títulos própria). Fortemente criticado desde mediados dos anos 70, foi finalmente revogada em 12 de Novembro de 1999, pelo Financial Services Modernization Act, mais conhecido como Gramm-‐Leach-‐Bliley Act, para permitir a constituição do Citigroup, a desregulamentação veio a justificar o «Grande Crash de 2008», na sequencia da crise do Subprime de 2007. Opacidade é a regra das decisões São estes os primeiros antecedentes e os pressupostos da Administração independente do Estado: os interesses a regular são aparentemente públicos, mas efectivamente tratou-‐se da socialização dos prejuízos da banca, de tal modo que depois da nacionalização bancos centrais dificilmente os bancos vão à falência (na crise de 2007/2009 foram apenas 300 bancos à falência nos EUA) tratando-‐se sempre de decisões politicas não assumidas pela Administração Publica; em segundo lugar a gestão da Administração Pública independente é normalmente confiada a poderes fácticos que se autoregulam, sendo ate inamovíveis depois dos anos 80 durante os seus mandatos, constituindo assim o novíssimo aparelho ideológico do Estado Moderno, o principal instrumento do soft power, substituindo as grandes instituições sociais burguesas que começaram a entrar em crise desde os anos 60 do século XX – como o Exército, a Universidade, a Família, o Casamento ou a Igreja; em terceiro lugar, a construção política pós musgraviana é assegurada pela ideia sedutora do Estado Mínimo com Nozick, sedutora iniciativa para garantir a manutenção do Estado Social quando já era óbvia a sua insustentabilidade (o Estado Social tinha sido criado pelos americanos na Europa destruída pela Grande Guerra para assegurar casa, habitação, saúde e educação às populações dos estados destruídos no pós-‐guerrra, mas o sua manutenção em Estados ricos depois da crise petrolífera mostrou-‐se problemática e nem as soluções de F. Hayek e da Escola de Chicago, adoptadas pela senhora M. Tatcher e o presidente R. Reagan, na linha de von Mises da Escola de Viena foram capazes de reformar); Em quarto lugar, para além da opacidade das decisões, a possibilidade de criação de verdadeira legislação regulatória, sem controlo politico e ao abrigo da capacidade administrativa das entidades reguladoras, nascida logo, da possibilidade de aprovarem regulamentos próprios para gestão dos processos de licenciamento, regulação e avaliação das
instituições dos diversos sectores económicos dos Países (o mecanismo de implementação e fiscalização do Direito Público Económico, cujo estudo sistematizado reintroduzi em Portugal, em 2009, com a criação da pós-‐graduação em Administração Pública e Direito Público Económico), no novíssimo Estado Regulador Pós-‐Social ou Pós-‐Estado de Providência. Este procedimento legal, mas não democrático, acentuou a opacidade da Administração Pública Independente, como sempre aconteceu com a gestão dos bancos centrais, quando se generalizou, a partir da crise de 2007, a necessidade de introduzir mecanismos próprios do «Estado Garante»; em quinto lugar, os bancos centrais vão assumir funções, que antes pertenciam ao Tesouro ou ao Ministério das Finanças, cujo controlo democrático e parlamentar era um incómodo para os interesses em jogo, assumindo a Administração Independente do Estado, gerida por alegados técnicos idóneos (normalmente idosos que teimam em não se reformar ou que acumulam salários e reformas) deixando ao executivo apenas as funções populares (que dêem votos) e a exclusiva função de assegurarem a sua reeleição (políticos de plástico e marketing ideológico): e finalmente, em sexto lugar, esta opacidade e falta de controlo político da Administração Pública cria o espaço fértil para a corrupção, a negociação e flexibilização da lei. O modelo do governo dos banqueiros vai ser o modelo da Administração Independente do Estado É neste contexto que o modelo dos banqueiros de Nova Iorque – que conseguiram colocar o contribuinte a pagar os seus excessos – vai servir de modelo para a desresponsabilização da classe política, que por pressão dos médias e de opiniões públicas mais exigentes (os novos médias são aqui decisivos) depois da revolução democrática global, a partir da queda do «muro de Berlim» e do colapso da URSS, precisava de afastar do conteúdo da governação os «negócios» e a regulação da Economia, afinal a maior das novas competências do estado moderno musgraviano. Criou-‐se portanto, uma resposta institucional ao desagrado político dos excessos da tecnocracia, agora totalmente opaca e longe do escrutínio democrático, que a OCDE vai «vender» na Europa Ocidental, como modelo de governo da Economia, criando uma espécie de governo europeu, à margem modo escrutínio popular e da análise do Conselho Europeu, articulada pela Comissão Europeia, segundo ditado alemão, que vai massificar procedimentos, modelos e
harmonizar sistemas e regimes, facilitando a Integração Europeia à margem da democracia. É neste contexto que surge em Portugal a «Agencia de Acreditação e Avaliação do Ensino Superior», conhecida por A3ES, como antes aconteceu com a criação do Ministério Público (só nós e os italianos fomos tão longe), da CMVM, do ISP, da Autoridade da Concorrência, da Autoridade Reguladora do Sector da Energia ou da das Águas ou da das Telecomunicações, do AICEP, do Instituto do Turismo ou ainda da tão inútil Autoridade Reguladora da Comunicação Social, duplicando sempre funções da Administração Pública (das antigas direcções-‐gerais e aumentando, sem controlo politico transparente, a burocracia tecnocrata, a despesa pública, o desperdício do Estado e os impostos e taxas para sustentar todas a mordomias) e sem prejuízo da respeitabilidade de alguns responsáveis, tornando muito pouco transparentes as mais importantes decisões políticas com influência na economia e nos negócios do Estado em Portugal. Instituída em 2007, na sequencia da aprovação do novo regime jurídico dos graus e diplomas académicas (o chamado Processo de Bolonha) e e dos princípios gerais da acreditação do ensino superior e dos seus ciclos de estudos (DL nº 74/2006, de 24 de Março, corrigido pelo DL nº 107/2008, de 25 de Junho). Seguindo o figurino do resto da Europa, comprado como sempre à OCDE, a Lei 38/2007, de 16 de Agosto, aprovou o regime jurídico da avaliação do ensino superior e a Lei 62/2007,de 10 de Setembro, e a Lei 62/2007 aprovou o regime jurídico das instituições de ensino particular. A Agencia de Acreditação e Avaliação do Ensino Superior foi instituída pelo governo Sócrates no DL 369/2007, de 5 de Novembro, que no seu numero 5 do artigo 7º determina que os procedimentos tendo em vista a avaliação e acreditação do fossem aprovadas pelo próprio conselho de Administração da A3ES. Foi o culminar de uma guerra contra o Processo de Bolonha, que o Governo Santana Lopes não conseguiu resolver e que ficou solucionado pelo acordo entre comunistas e sapaistas que condiziram ao domunio do Conselho dos Reitores das Universidade Portuguesas sobre a agencia, assegurando deste modo o controlo das células comunistas e a primazia do sector publico. Nomeado por decisão do ex-‐ministro Mariano Gago, para presidente da A3ES, Alberto Amaral, um sampaísta próximo do PCP, um defensor publico do do Sector Público na área do Ensino Superior – sempre à medida de alguns lobbies de professores e nunca orientado para os interesses dos alunos, como agora pareceria exigir o chamado «Processo de Bolonha» e contra o qual o PCP sempre lutou.
Uma agenda sectária do Governo Sócrates Ficou logo à partida comprometido o processo e ainda por cima, toda a agenda sectária do ex-‐ministro Mariano Gago, poderia agora sem implementada, não pelo primeiro-‐ministro – que nunca ponderou muito o assunto – mas por uma instituição opaca, controlada ideologicamente pelo PCP, que poderia, sem fiscalização parlamentar ou escrutínio democrático, gerir os negócios do ensino superior em favor de um grupo pré-‐determinado ou de uma modelo ideológico falhado e que já provou que o ensino superior público em Portugal é um dos principais entraves à competitividade externa do país e que tudo fez para impedir não só a internacionalização mas também a tratividade do ensino superior português por estudantes estrangeiros. E diferentemente do que se passa noutros países, em Portugal retirou-‐se da ireção Geral do Ensini Superior todos os poderes, inculindo os de acreditaçãoo dos cursos e deu-‐se essa competência ao órgão de avaliaçãoo, que assim deixa de ser uma instituiçãoo de fiscalização, como deve ser a Administração Independente do Estado, para se transformar num verdadeiro órgão executivo sem escrutínio parlamentar. Foi aliás este o preço que o Governo Socrates pagou para acabar com a polemica à volta do Processod e Bolonha que colocava em causa o ensino orientado para a proteçãoo dos interesses corporativos dos professores em vez de se focar nos interesses dos seus destinatários e stakeholders (no papel cultural das Universidades no País e na Lusofonia). Basicamenete este modelo da A3ES foi construído como moedad e troca política para silenciar interesses que viram os seus propósitos penamente satisfeitos ao returar poder ao governo e ao passa-‐lo para uma agencia opaca e ideológica, onde a manutenção do tual ensino publico era o único propósito. E a questão não é menor só por isso, até porque a incapacidade do País para honrar os excessos provocados pela insustentabilidade da despesa pública obrigarão a curto/médio prazo à privatização parcial do ensino superior público, como aconteceu já em 2011 em Itália. E portanto a agenda da A3ES e das células do PCP nas Universidades Públicas percebe-‐se bem diante do desespero face ao fracasso deste modelo público do ensino superior. Fragilizar, descapitalizar e sobretudo, dividir e desacreditar o ensino superior privado para dificultar a privatização do sector que, por decisão política dos
portugueses ou por imposição dos credores internacionais, mais tarde ou mais cedo, vai ter que ser feita. E como ultimo movimento estratégico, a proposta de fusão entre as universidades de Lisboa e a técnica de Lisboa, visa criar um estado dentro do estado imune à mudança, que a A3ES, sem a conivência de um ministro da Educação sequestrado, já não garatirá. E para isso, no pouco tempo de existência da A3ES já vimos muito: o critério discricionário do licenciamento de cursos, a decisão política contrária a comissões de avaliação técnica de nomeação internacional, a imposição de taxas inconstitucionais e usurárias, as ameaças publicas de retirada de licenciamentos e autorizações de cursos, trazendo instabilidade administrativa, financeira e social ao ensino superior, provocando burocraticamente o aumento das propinas, o que constitui uma verdadeira agenda política não democrática e que coloca a Universidade em crise. Ou seja, abuso do poder, usurpação de funções, criação de impostos inconstitucionalmente e bloqueio ao processo de Bolonha. Chegou portanto, o momento de discutir o ensino superior em Portugal, assumir, finalmente, para que serve a A3Es, em Portugal, e quem se esconde por detrás dela. Mas, tendo presente que o processo agora em curso é mais sofisticado. Com a vitoria do PSD e a conhecida opção na área da Educação do novo primeiro ministro e do PSD, o PCP esta a organizar, como disse, a fusão entre a Universidade de Lisboa e a Universidade Tecnica de Lisboa de modo a desvalorizar o papel do ministro e da A3ES caso ela mude. Em concreto, a proposta de vir a fundir a Universidade de Lisboa com a Universidade Tecnica de Lisboa pode ser também incrito nessa estrategia de criar um Estado dentro do próprio Estado, acima do proprio Ministerio da Educação e Ciencia, que possa controlar o Orçamento e sobretudo, garantir a repartição das verbas da investigação, sem que possa existir controlo político e científico. Aliás, essa possibilidade além de afetar gravemente os equilibrios de poder na Administração Pública, deixará numa situação desesperante a Universidade Nova de Lisboa. (Neste particular sugerimos a eventual privatização das diversas Escolas ou Faculdades da Universidade Técnica, integrado na UL eventalmente apenas o Instituto Superior Técnico.) Como sugestão ainda propõe-se o regresso das competencias de licenciamento de novos cursos à Dierção Geral de Ensino Superior, ficando a A3ES apenas com as competências de avaliação e fiscalização.
Capitulo III
Objecto da avaliação 1 — A avaliação tem por objecto a qualidade do desempenho dos estabelecimentos de ensino superior, medindo o grau de cumprimento da sua missão através de parâmetros de desempenho relacionados com a respectiva actuação e com os resultados dela decorrentes. 2 — A avaliação tem em especial consideração, na definição e aplicação dos parâmetros de desempenho, a diferença de objectivos entre o ensino universitário e o ensino politécnico. 3 — A avaliação tem por referencial as boas práticas internacionais na matéria. Comentário: Neste particular a A3ES tem estabelecido os seus proprios criterios sem nenhum fundamento legal, violando o principio da Legalidade proprio do Estado de Direito. De jure constituendo, uma parte dos critérios têm que resultar da Constituição e das leis, outra tem que resultar do program de cada governo e e só o restante deve resultar do criterio autonomo da Agência. É aliás, este o sentido da autonomia da A3ES. Teria sempre que ser uma autonomia limitada, como é próprio da Administração Independente do Estado. Até porque se assim não fosse, estariamos perante uma verdadeira isntituição soberana e esta, a soberania ainda pertence apenas aos Estados.
Capitulo IV
Parâmetros de avaliação da qualidade 1 — São parâmetros de avaliação da qualidade relacionados com a actuação dos estabelecimentos de ensino superior, designadamente: a) O ensino ministrado, nomeadamente o seu nível científico, as metodologias de ensino e de aprendizagem e os processos de avaliação dos estudantes; b) A qualificação do corpo docente e a sua adequação à missão da instituição; c) A estratégia adoptada para garantir a qualidade do ensino e a forma como a mesma é concretizada; d) A actividade científica, tecnológica e artística devidamente avaliada e reconhecida, adequada à missão da instituição; e) A cooperação internacional; f) A colaboração interdisciplinar, interdepartamental e interinstitucional; g) A eficiência de organização e de gestão; h) As instalações e o equipamento didáctico e científico; i) Os mecanismos de acção social. 2 — São parâmetros de avaliação da qualidade relacionados com os resultados decorrentes da actividade dos estabelecimentos de ensino superior, designadamente: a) A adequação do ensino ministrado em cada ciclo de estudos às competências cuja aquisição aqueles devem assegurar; b) A realização de ciclos de estudos em conjunto com outras instituições, nacionais ou estrangeiras; c) A evolução da procura e o alargamento da base social de recrutamento dos estudantes; d) A capacidade de promover com sucesso a integração dos estudantes; e) O sucesso escolar; f) A inserção dos diplomados no mercado de trabalho; g) A produção científica, tecnológica e artística adequada à missão da instituição; h) O contacto dos estudantes com actividades de investigação desde os primeiros anos; i) A valorização económica das actividades de investigação e de desenvolvimento tecnológico adequadas à missão da instituição;
j) A integração em projectos e parcerias nacionais e internacionais; l) A prestação de serviços à comunidade; m) O contributo para o desenvolvimento regional e nacional adequado à missão da instituição; n) A acção cultural, desportiva, artística e, designada-‐ mente, o contributo para a promoção da cultura científica; o) A captação de receitas próprias através da actividade desenvolvida; p) A informação sobre a instituição e sobre o ensino nela ministrado. Comentário: Esta articulação acaba porn ão definer criterios nenhuns, mas anates os aspectos a avaliar. Por isso a A3ES hage discricionaria e ilegalmente quando avalia. Falata, por outro lado, a obrigação da agencia de avaliar a missão cultural das universidade (criar cidadãos cultos e capazes de intervir na sociedade).
Capitulo V
Avaliação da Qualidade
Objectivos da avaliação da qualidade São objectivos da avaliação da qualidade: a) Proporcionar a melhoria da qualidade das instituições de ensino superior; b) A prestação de informação fundamentada à sociedade sobre o desempenho das instituições de ensino superior; c) O desenvolvimento de uma cultura institucional interna de garantia de qualidade.
Avaliação da qualidade e acreditação
1 — A acreditação visa a garantia de cumprimento dos requisitos mínimos que conduzem ao reconhecimento ofi-‐ cial dos estabelecimentos de ensino superior e dos seus ciclos de estudo. 2 — A acreditação dos estabelecimentos de ensino superior e dos seus ciclos de estudos no quadro do sistema de garantia da qualidade do ensino superior é realizada com base na avaliação da qualidade.
Princípios da avaliação da qualidade
A avaliação da qualidade dos estabelecimentos de ensino superior obedece aos seguintes princípios: a) Obrigatoriedade e periodicidade; b) Intervenção de docentes, de estudantes e de entidades externas; c) Existência de um sistema de avaliação externa carac-‐ terizado pela independência orgânico-‐funcional do avalia-‐ dor face à entidade avaliada; d) Internacionalização; e) Participação das entidades avaliadas nos processos de avaliação externa, incluindo o contraditório; f) Recorribilidade das decisões.
Obrigatoriedade A avaliação da qualidade é obrigatória e realiza-‐se no quadro do sistema europeu de garantia da qualidade no ensino superior.
Incidência
1 — A avaliação da qualidade incide sobre:
a) Os estabelecimentos de ensino superior e as suas unidades orgânicas; b) Os ciclos de estudos. 2 — A avaliação da qualidade pode incidir transversalmente sobre parâmetros relevantes do desempenho de conjuntos de estabelecimentos de ensino superior ou de ciclos de estudos. Comentário: A Avaliação da qualidade esta sujeita ao principio da legalidade. Deste modo deveria ser definida na lei. A Avaliação da qualidade deve incluir ainda a avaliação da eficiência e sustentabilidade das Universidade e das outras instituiçães de ensino superior e tornou-‐se uma moda na Europa. Algumas instituições responderam com a criação de gabinetes de controlo de qualidade mas não é uma acção generalizada. A própria ideia e critério para a definição da qualidade (e acrescentaria da eficiencia e sustentabilidade) deveria ter o minimo de adesão legal, pois esse é o principio do Estado de Direito, acabando por deixar tudo ao arbítrio da A3ES. A solução a perconizar será a criação, junto da A3ES, de uma comissão de Avaliação da Qualidade e da Eficiencia das Universidades (seguindo alias o exemplo francês que tem junto do Tribunal Constitucional uma Comissão de Avaliação da Qualidade e da eficiencia na da Administração Pública ou do governo brasileiro que tem uma Comissão de Qualidade no Ministério da Educação). Por outro lado, entre as exigência de que a acreditação visa a garantia de cumprimento de requisitos mínimos (como decorre da lei), e os requisitos máximos, que são exigidos pela A3ES, a lei deveria estabelecer requisitos objectivos ou médios, conhecidos pelos proponentes dos novos ciclos a acreditar pela A3ES. Aliás em nosso entender a acreditação deveria ser competencia directa do executive pois expressa uma politica publica sofragada em eleições e pore la deve ser diretamente resposnavel o Ministro, que serapoliicamente avaliado nas eleiçães seguintes, devendo a A3ES reduzir a sua atividade à avaliação. Esta avaluação deve ser para alem da avaliação da qualidade, com criterios objectivs, uma avaliação da eficácia (utilização de recursos e resultados) e sobretudo, da sustentabilidade (deve ser negociado com a A3ES os numeros mínimos e máximos de alunos para o funcionamento dos cursos, depois de licenciados, tendo em atenção a especficidade do curso mas também o número de docentes).
Neste particular, o modelo brasileiro de uma grelha que tem que ser cumprida pelos condidatos ou avaliadores parece ser o mais rigoroso de modo a afaster o risco de nepotismo e a corrupção. No caso brasileiro, por exemplo na recente Portaria Nº 1.741 de 12 de Dezembro de 2011 o Ministro de Estado da Educação brasileiro aprova os indicadores do instrument de avaliação de cursos de graduação nos raus tecnologicos de licenciatura e bacharelato para as modalidades presencial e distancia do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior – SINAES. (Anexo 1). No que respeita à Internacionalização das Universidades portuguesas o processo tem que ser avaliado não só pela sua presença ni Estrangeiro, mas tambem pela sua atratividade para estudantes estrangeiros se deslocarem e estudarem em Portugal mas ainda a capacidade dos estudantes circularem não apenas atravez do programa Erasmos mas com politicas especificas orientadas para esse propósito. Neste particular e de estar atento ao programa do Governo Russeff referente à COOPERAÇÃO E MOBILIDADE INTERNACIONAL. PÓS-‐GRADUAÇÃO E PESQUISA. BOLSA DE ESTUDOS. PROGRAMA CIÊNCIA SEM FRONTEIRAS. (DECRETO Nº 7.642, DE 13 DE DEZEMBRO DE 2011) que institui o Programa Ciência sem Fronteiras,com o objetivo de propiciar a formação e capacitação de pessoas com elevada qualificação em universidades, instituições de educação profissional e tecnológica, e centros de pesquisa estrangeiros de excelência, além de atrair para o país jovens talentos e pesquisadores estrangeiros de elevada qualificação, em áreas de conhecimento definidas como prioritárias. (Anexo I). A Avaliação das instituições implica igualmete uma clara definição do que são instituições do Ensino Superior em Portugal. Num país com enormes dificuldades e pequeno não faz sentido haver a distinção entre ensino politecnico e ensino universitário. Ao contrario do inicialmente previsto, não existe nenhuma diferenciação entre o ensino e apenas serve o proposito de dividir para reinar e sobretudo para introduzir diferenças que a prazo e dentro do processo ideologico comunista acarinhado pela A3ES, deveria levar ao fim das Universidade privadas converdendo-‐os em politecnicos e ficando as Universidades apenas para o Ensino Público. Aliás a tentative de não autorizar novos doutoramentos e sobretudo de tentar tirara as acreditações anterioremnete atribuidas às Universidades privadas (que tem de ter pelo menos tres doutoramentos licenciados para o ser) só foi travado por causa da derrota do Partido Socialista e o consequente fim do consulado (13 anos) de Mariano Gago.
Acredito que se o PSD não tivesse ganho as eleições nesta altura estariamos a discutir a redução das Universidades privadas a institutos universidtarios e destes (desde que privados) a politecnicos e a anunciar o encerramento dos politecnicos privados. A estrategia estava em curso e inclusivemente as declarações públicas dos resposaveis da A3Es contra o ensino privado ía nesse sentido. Ha que evitar esta tentação ideological estalinista, bem como a segmentaçao entre ensino superior de primeira e de segunda classes. Em suma, em nosso entender, os Estabelecimentos de Ensino Superior Politécnico deveriam ser extintos e integrados, como Polos Universitários, nas Universidades públicas, privatizados ou simplesmente encerrados. Assim, passaria a haver em Portugal apenas um unico tipo de ensino superior, com todas as suas vaiedades e economizava-‐se recursos, sem prejudicar as populaces e a necessaria ligação das Universidades à comunidade.
Capitulo VI
Formas de Avaliação
Formas A avaliação da qualidade reveste as formas de: a) Auto-‐avaliação; b) Avaliação externa.
Agentes da avaliação
1 — A auto-‐avaliação é realizada por cada estabelecimento de ensino superior. 2 — A avaliação externa que serve de base aos processos de acreditação é realizada pela agência de avaliação e acreditação para a garantia da qualidade do ensino superior, adiante designada por agência.
Participação dos estudantes
O sistema de avaliação de qualidade assegura a parti-‐ cipação dos estudantes através: a) Da sua integração nos processos de auto-‐avaliação, designadamente através do envolvimento obrigatório dos conselhos pedagógicos e das associações de estudantes; b) Da sua participação nos inquéritos pedagógicos anó-‐ nimos ao corpo docente e às disciplinas, obrigatoriamente integrados no processo de auto-‐avaliação; c) Da sua audição nos processos de avaliação externa; d) Da nomeação de representantes das suas associações em órgão da agência.
Participação de entidades externas
1 — O sistema de avaliação da qualidade inclui neces-‐ sariamente a contribuição de entidades externas relevan-‐ tes para o processo, designadamente das ordens e outras associações públicas profissionais, bem como de outras entidades científicas, culturais e económicas. 2 — O sistema de avaliação pode integrar os resultados de avaliações de estabelecimentos de ensino ou de ciclos de estudos realizadas por instituições nacionais, estrangeiras ou internacionais que desenvolvam actividade de avaliação dentro dos princípios adoptados pelo sistema europeu de garantia da qualidade do ensino
superior. Comentário: Não se deveria nunca considerar a avaliação externa como tal, mas apenas a avaliação da A3ES, pois esse é o entendimento de todos os diplomas nacionais Dentro de um principio de separação de poderes nunca deveriamos permitir que a A3ES elaborasse o Processo de Acreditação e depois fizesse a avaliação. Bem pelo contrário, este modelo que só existe para garantir o controlo das células comunistas no Ensino Superior a todo o processo (que seu se verifica desde o Gonçalvismo) e foi instituido por Mariano Gago para acabar com a polémica públca alimentada pelos comunistas e outros professores (nomeadamente de Direito) agarrados aos modelos públicos do século passado (curiosamente apenas acompanhados pelos alemães, fortemente inspirados pelos modelos comunistas ainda dominantes na sociedade alemã e cujos estudos não têm atratividade alguma para grandes massas de estudantes estrangeiros). Finalmente, a definição do tipo de instituição universitaria se quer para o País deve ser defenida na constituição ou por acordo politico alargado numa Lei de Bases do Ensino Superior. Na ausencia de uma definição pública a A3Es definiu como modelo para as universidades portuguesas o tipo de Universidades simultanemente de ensino e investigação. Ora, este modelo está longe de ter provado e bem pelo contrário, tem nos países anglo-‐saxónicos com a divisão entre teaching-oriented universities e Research-‐oriented Universities a prova de que ha alternativas. Existe mesmo na Europa uma liga das universidade de investigação onde este principio é afirmado3. Ha que ter conscuencia que a polivalencia dos professores (ensino, avaliação, investigação e burocracia estatal e universitária) é verdeiramente irrealista e pesa nas estruuras publicas e privadas de ensino sem necessidade. Aliás as dificuldades que por exemplo a Universidade Católica tem tido para fazer investigação é a prova disso. Universidades privadas com doutramentos e mestrados têm feito investigaçao no ambito das teses, mas a grande maioria dos seus
3 http://www.leru.org/index.php/public/home/
professores tem dificuldade em regularmente elebarora artigos, livros ou conferencias, apesar de terem boas competencias pedagógicas. Aliás, a valorização dos professores que publicam ou fazem conferências e têm investigação própria não é especialmente valorizada e o sequestro das verbas públicas para investigação por grupos específicos e habituais é um forte desincentivo para que novos investigadores surgjam for a dos labratórios habituais… (Há fortes suspeitas de corrupção na avaliação de Centros e na atribuição de bolsas de investigação pela FCT). Em nosso entender, a manter-‐se o atual sistema universitário deveria haver uma avaliação positive dos professores com investigação (divulgada em livros, papers e conferências) que beneficiaria globalmente os cursos onde ministram as aulas. Em suma, em nosso entender a eventual extinção do Ensino politécnico deveria ser acompanhado pelo licenciamento de Universidades orientadas para ensino e Universidades orientadas para a investigação, exigindo às primeiras competencias pedagógicas e às segundas em investigação. Outro preconceito da A3ES é que as Univrersidades devem ter todos os ciclos de ensino (1º, 2º e 3º). Ora nos rankings internacionais nenhuma universidade com 1º ciclo esta entre as primeiras 10 Universidades. A licenciatura normalmente está nos Colleges (Universidades orientadas para o ensino), enquando Harvard ou LSE ou o Insead são sobretudo, orientados para o ensino pós-‐graduado (Mestrados, doutoramentos e post-‐docs) e investigação. A definição desta orientação, repito, deve pertencer à Lei de Base e/ou ao programa de Governo e nunca à A3ES.
Capitulo VII
Relações Internacionais da A3ES
1 — A avaliação externa integra obrigatoriamente a participação de peritos de instituições estrangeiras ou internacionais nos painéis para ela competentes, em número significativo. 2 — A agência pode promover a avaliação dos estabelecimentos de ensino e ciclos de estudos em conjunto com instituições estrangeiras dotadas de atribuições similares, designadamente com o objectivo de promover a comparação dos níveis de desempenho à escala internacional de instituições ou cursos congéneres. Comentário: 1. Dentro da larqueza Socrática a A3ES está mandatada para fazer incluir nas avaliaçães um numero significativo de peritos estrangeiros. Obviamente esta matéria deve implicar moderação tendo em consideração a situação do País, pelo que é urgente a revisão da lei que institui a A3ES 2. Por outro lado deveria ser eliminada a possibilidade de avaliaç\ao conjunta de duas agencias. È um descrédito para a A3ES e a avaliação do Estado Português. 3. As Relações Internacionais da A3ES implicam o seu reconhecimento europeu o que apenas aconteceu para o ano de 2009, segundo informação do site da A3ES. Em 2010 a A3ES perdeu esse reconhecimento.
Hoje a A3ES é apenas uma afiliada que paga 2500 euros de quota e nem sequer tem o estatuto de candidate a membro permanete da ENQA.
Com efeito a legislação que regula a actuação da Agência impõe diversas medidas que promovem a sua internacionalização:
a) A avaliação externa integra obrigatoriamente a participação de peritos de instituições estrangeiras ou internacionais, em número significativo;
b) O conselho de revisão integra pessoas com experiência em organismos estrangeiros congéneres;
c) Uma das competências da Agência é o desempenho das funções inerentes à inserção de Portugal no sistema europeu de garantia da qualidade do ensino superior;
d) A Agência deve integrar o registo criado no âmbito do sistema europeu de garantia da qualidade do ensino superior.
Para responder a esta ênfase posta na internacionalização pelo legislador, a A3es decidiu criar um Conselho Científico, constituído por peritos de reconhecida competência internacional, que no final de cada ano civil promoverão uma discussão do progresso anual e apresentarão um relatório com críticas e sugestões para melhoria de procedimentos. A composição desse Conselho é a seguinte:
1. David Dill, Professor de Políticas Públicas, Universidade da Carolina do Norte, em Chapel Hill, EUA
2. Don Westerheijden, Investigador Sénior, CHEPS, Holanda 3. Bjorn Stensaker, Professor Investigador, Universidade de Oslo, NIFU-‐STEP
4. Mary Henkel, Professora, Universidade de Brunel, Reino Unido
5. Guy Neave, Investigador no CIPES, Consultor do Banco Mundial, OCDE, UE, Academia Sueca
6. José Ginés-‐Mora, Universidade de Valência e Instituto de Educação da Universidade de Londres
Após diligências junto do secretariado da ENQA, a A3ES foi aceite como membro associado para o ano de 2009. Mas a falta de credibilidade da agencia portuguesa e o fracasso da actual administração justificam que Portugal esteja excluido atualmente a ENQA, mantendo apenas o estatuto de afiliado. Para comparação vale a pena verificar os membros, afiliados e
condidatos à ENQA. São “full members” da ENQA em Dezembro de 2011 as seguintes agencias: National agencies and organisations Austria AAC -‐ Austrian Accreditation Council, Vienna AQA -‐ Austrian Agency for Quality Assurance, Vienna FHR -‐ Fachhochschulrat, Vienna Belgium AEQES -‐ Agence pour l’Evaluation de la Qualité de l’Enseignement Supérieur organisé ou subventionné par la Communauté française, Bruxelles VLHORA -‐ Council of Flemish Institutions of Higher Education, Brussels VLIR -‐ QAU -‐ Flemish Interuniversity Council Quality Assurance Unit, Brussels Bulgaria NEAA -‐ National Evaluation and Accreditation Agency, Sofia Croatia ASHE -‐ Agency for Science and Higher Education, Zagreb The Czech Republic Accreditation Commission Czech Republic, Prague 1 Denmark EVA -‐ Danish Evaluation Institute, Copenhagen The Accreditation Institution, Copenhagen K Finland FINHEEC -‐ Finnish Higher Education Evaluation Council, Helsinki France AERES -‐ Evaluation Agency for Research and Higher Education, Paris CTI -‐ Commission des Titres d'Ingénieur, Neuilly-‐sur-‐Seine Germany ACQUIN -‐ Accreditation, Certification and Quality Assurance Institute, Bayreuth AHPGS -‐ Accreditation Agency for Study Programmes in Health and Social Sciences, Freiburg AQAS -‐ Agentur für Qualitätssicherung durch Akkreditierung von Studiengängen, Bonn ASIIN -‐ Accreditation Agency Specialised in Accrediting Degree Programmes in Engineering, Informatics, the Natural Sciences and Mathematics, Duesseldorf
EVALAG -‐ Stiftung Evaluationsagentur Baden-‐Wuerttemberg, Mannheim FIBAA -‐ Foundation for International Business Administration Accreditation, Bonn GAC -‐ German Accreditation Council, Bonn ZEvA -‐ Central Evaluation and Accreditation Agency Hannover, Hannover Hungary HAC -‐ Hungarian Accreditation Committee, Budapest Ireland HETAC -‐ Higher Education and Training Awards Council, Dublin 2 IUQB -‐ Irish Universities Quality Board, Dublin 2 NQAI -‐ National Qualifications Authority of Ireland, Dublin 1 The Netherlands NVAO -‐ Accreditation Organisation of the Netherlands and Flanders, The Hague QANU -‐ Quality Assurance Netherlands Universities, Utrecht Norway NOKUT -‐ Norwegian Agency for Quality Assurance in Education, Oslo Poland PKA -‐ The Polish Accreditation Committee, Warsaw Romania ARACIS -‐ Agency for Quality Assurance in Higher Education, Bucharest Russia NAA -‐ National Accreditation Agency of the Russian Federation, Yoshkar-‐Ola Spain ACSUCYL -‐ Quality Assurance Agency for the University System in Castilla y León, Valladolid ACSUG -‐ Agency for Quality Assurance in the Galician University System, Santiago de Compostela AGAE -‐ Agency for Quality Assurance in Higher Education and Research of Andalusia, Córdoba ANECA -‐ National Agency for Quality Assessment and Accreditation of Spain, Madrid AQU -‐ Catalan University Quality Assurance Agency, Barcelona Sweden NAHE -‐ National Agency for Higher Education, Stockholm Switzerland OAQ -‐ Swiss Center of Accreditation and Quality Assurance in Higher Education, Bern
UK QAA -‐ Quality Assurance Agency for Higher Education, Gloucester European agencies and organisations EUA -‐ Institutional Evaluation Programme ECCE -‐ The European Council on Chiropractic Education Como Portugal nao cumpriu os requesitos de membro pleno tem o estatuto de affiliado. http://www.enqa.eu/affil.lasso O Estatuto de affiliates da ENQA é o seguinte (retirado do site): Bodies that do not wish to, or for whatever reason are unable to, apply to become members of ENQA may request affiliate status within ENQA. Affiliate bodies are bona fide organisations or agencies with a demonstrable interest in the quality assurance of higher education. Affiliates are entitled to receive ENQA publications and attend seminars and workshops, and are given access to the password protected parts of the ENQA website. However, they are not entitled to call themselves ‘members’ of ENQA and have no voting rights. The affiliate fee is 2,250 € per annum. Applicants for affiliation do not have to pay application fees. More information about the application procedure for affiliation with ENQA can be found from the document on Procedure for the admission of affiliates and from the ENQA Statutes (please see Title III). Affiliates -‐ regional CEENQA -‐ Central and Eastern European Network of Quality Assurance Agencies in Higher Education Affiliates -‐ national Click for details. Albania PAAHE -‐ Public Accreditation Agency for Higher Education, Tirana Armenia ANQA -‐ National Centre for Professional Education Quality Assurance Foundation, Yerevan Bosnia and Herzegovina HEA -‐ Agency for Development of Higher Education and Quality
Assurance -‐ Bosnia and Herzegovina, Banja Luka Cyprus YÖDAK -‐ The Higher Education Planning, Evaluation, Accreditation and Coordination Council, Nicosia France IGAENR -‐ General Inspectorate of Education and Research, Paris Germany HRK -‐ Hochschulrektorenkonferenz, Bonn Greece HQAA -‐ Hellenic Quality Assurance Agency for Higher Education, Athens Holy See AVEPRO -‐ Agency for the Evaluation and Promotion of Quality in Ecclesiastical Faculties, Rome Iceland Office of Evaluation and Analysis of the Icelandic Ministry of Education, Science and Culture, Reykjavik Israel CHE -‐ Council for Higher Education, Jerusalem Italy ASFOR -‐ The Italian Association for Management Development , Milan Kazakhstan IQAA -‐ Independent Kazakhstan Quality Assurance Agency in Education, Astana Kazakhstan NAC -‐ National Accreditation Center / ENIC-‐Kazakhstan, Astana Kosovo KAA -‐ Kosovo Accreditation Agency, Pristina Republic of Macedonia HEAEB -‐ Higher Education Accreditation and Evaluation Board, Skopje The Netherlands Inspectorate of Higher Education in the Netherlands, Utrecht Portugal A3ES -‐ Agency for Evaluation and Accreditation of Higher Education, Lisbon Romania AIEQA -‐ Autonomic Institute for Educational Quality Assurance, Arad Russia AKKORK -‐ Agency for Higher Education Quality Assurance and Career Development, Moscow
NCPA -‐ National Centre of Public Accreditation, Yoshkar-‐Ola Spain ACECAU -‐ Agencia Canaria de Evaluación de la Calidad y Acreditación Universitaria, Santa Cruz de Tenerife, Canary Islands AQUIB -‐ Agency for the Quality of the University in the Balearic Islands, Palma de Mallorca, Balearic Islands Turkey CoHE – Council of Higher Education, Ankara United Kingdom BAC -‐ British Accreditation Council, London Affiliates -‐ European EMTRAIN -‐ European Medicines Research Training Network ECBE -‐ European Council for Business Education EFMD -‐ European Foundation for Management Development EAALS-‐ European Accreditation Agency for the Life Sciences EEAA -‐ European Evangelical Accrediting Association AEC -‐ European Association of Conservatoires ECA -‐ European Consortium for Accreditation Affiliates -‐ non-‐European Association of MBAs AACSB International -‐ The Association to Advance Collegiate Schools of Business ACBSP -‐ Accreditation Council for Business Schools and Programs Estão actualmente a ser acreditados para membros de pleno direito, com o estatuto de Candidatos (maximo por dois anos) as seguintes agencias (das quais a A3ES não esta incluida): National agencies and organisations Cyprus CEEA -‐ Council of Educational Evaluation-‐Accreditation, Nicosia Estonia EKKA -‐ Estonian Higher Education Quality Agency, Tallinn Ireland HEA -‐ Higher Education Authority, Dublin 4 Italy ANVUR -‐ National Agency for the Evaluation of Universities and Research Institutes, Rome
Latvia HEQEC -‐ Higher Education Quality Evaluation Centre, Riga Lithuania SKVC -‐ Centre for Quality Assessment in Higher Education, Vilnius The Netherlands NQA -‐ Netherlands Quality Agency, Utrecht Serbia CAQA -‐ Commission for Accreditation and Quality Assessment, New Belgrade The Slovak Republic Accreditation Commission of the Slovak Republic, Bratislava European agencies and organisations EAPAA -‐ European Association for Public Administration Accreditation
Capitulo VIII
Resultados da avaliação externa 1 — Os resultados da avaliação externa devem: a) Conter recomendações expressas acerca da decisão a tomar quanto à acreditação ou reacreditação do objecto da avaliação; b) Expressar-‐se através de uma classificação qualitativa atribuída, quer a cada um dos parâmetros considerados na avaliação, quer em relação à avaliação global, numa escala que permita ordenar e comparar o objecto da avaliação; c) Conter recomendações sobre aspectos concretos, tendo em vista a melhoria da qualidade do desempenho dos estabelecimentos de ensino superior. 2 — Os resultados da avaliação externa: a) Fundamentam, obrigatoriamente, as decisões sobre a acreditação dos estabelecimentos de ensino superior e seus ciclos de estudos; b) Informam, obrigatoriamente, os processos de contra-‐ tualização entre o Estado e os estabelecimentos de ensino superior que visem o financiamento destes. Comentário: Este artigo da lei esta mal redigido. Em primeiro lugar existe a avaliação, depois a analise e só no fim a recomendação.
Capitulo IX
Publicidade 1 — Os resultados da avaliação são públicos. 2 — Os estabelecimentos de ensino superior devem assegurar especial publicidade aos documentos produzi-‐ dos no âmbito do processo de auto-‐avaliação, quer no seu interior, quer para o exterior. 3 — Os relatórios de avaliação externa são divulgados publicamente, nomeadamente nos sítios da Internet do ministério da tutela e da instituição avaliada. Comentário: Alem dos resultados devem ser publicos os criterios e o nome dos avaliadores, bem como o fundamento da decisão do Conselho da administração com publicação da Acta, nos termos do Codigo do Procedimento Administrativo, que a A3Es não respeita. Não relatorios, não ha actas do Conselhod e Administração e as decisões de acreditar ou não, muitas vezes contrarias aos relatorios, tomadas discricionariamenete pelo Conselho de Administração carecem de fundamento.
Capitulo X
Formas de avaliação
Garantia interna da qualidade
1 — Os estabelecimentos de ensino superior devem: a) Adoptar, em função da respectiva missão, uma política de garantia da qualidade dos seus ciclos de estudos, bem como os procedimentos adequados à sua prossecução; b) Empenhar-‐se, através de medidas concretas, no desen-‐ volvimento de uma cultura da qualidade e da garantia da qualidade na sua actividade; c) Desenvolver e pôr em prática uma estratégia para a melhoria contínua da qualidade. 2 — A estratégia, a política e os procedimentos a que se refere o número anterior devem: a) Ser aprovados formalmente pelo órgão legal e estatutariamente competente do estabelecimento de ensino superior e divulgados publicamente; b) Assegurar a participação dos estudantes e de outros interessados no processo. Comentário: 1. Em particular há que entender que o ensino superior portugues pode ser um dos produtores de bens transacionaveis de mais sucesso nomeadamenet no espaço lusofono, onde a faltaa de medicos, engenheiros, professores, quadros da Administração Pública e Social e gestores e empreendedores é particularmente relevante. A A3ES continua a avalaiar as universidades em função do Mercado nacional e vez de deixar que o Mercado decida por si se os cursos das universidade portuguesas podem ou não atrair estudantes de Angola, Moçambique, Guiné, Cabo Verde, Macau ou Brasil. 2. A Agencia por outro lado, nos termos do numero 2 e dentro dos limites fixados no numero anterior, deve definir a politica de qulidade e eficiencia à qual devem obedercer as Universidade.
Capitulo XI
Auto-‐avaliação No âmbito da respectiva auto-‐avaliação, os estabelecimentos de ensino superior devem: a) Definir procedimentos formais para a aprovação, acompanhamento e avaliação periódica dos seus ciclos de estudos, os quais integram, obrigatoriamente: i) A participação dos conselhos pedagógicos e a apre-‐ ciação dos estudantes, designadamente através daqueles conselhos e das associações destes; ii) A participação dos centros de investigação que cola-‐ boram na organização e funcionamento de ciclos de estudos; iii) A participação de entidades consultivas externas que colaborem com a instituição; b) Adoptar os procedimentos adequados para se assegu-‐ rarem de que o pessoal docente possui a qualificação e a competência necessárias ao desempenho das suas funções, os quais devem ser disponibilizados aos responsáveis pelos processos de avaliação externa e ser objecto de apreciação nos relatórios de avaliação; c) Certificar-‐se de que os recursos didácticos disponíveis são adequados e apropriados para cada um dos ciclos de estudos que ministram; d) Certificar-‐se de que recolhem, analisam e usam a informação relevante para a gestão eficaz dos seus ciclos de estudos e de outras actividades; e) Publicar, regularmente, informação quantitativa e qualitativa, actualizada, imparcial e objectiva acerca: i) Dos ciclos de estudos que ministram e graus e diplomas que conferem; ii) Da monitorização do trajecto dos seus diplomados por um período razoável de tempo, na perspectiva da empregabilidade. Comentário: As exigencies são tão exigentes que acabam por não ter exigencia nenhuma. Deveria haver dois out res criterios apenas e esses depois serem avaliados, retirando discriciobnaliedade à avaliação da A3Es e introduzindo previsibilidade na avaliação.
Capitulo XII
Avaliação Externa 1 — Os procedimentos de avaliação externa da quali-‐ dade devem ter em conta a eficácia dos procedimentos de garantia interna da qualidade enunciados no artigo anterior. 2 — Os fins e objectivos dos processos de avaliação externa devem ser fixados e tornados públicos antes da sua implementação e aplicação, mediante descrição dos procedimentos a adoptar. 3 — As decisões formais tomadas em consequência da avaliação externa da qualidade devem ser baseadas em critérios objectivos, divulgados pública e antecipadamente, e aplicados de forma sistemática e consistente. 4 — Os processos de avaliação externa da qualidade devem ser concebidos de forma a mostrarem-‐se adequados aos fins e objectivos previamente fixados. 5 — Os processos de avaliação externa da qualidade realizam-‐se através de painéis de avaliação integrados por peritos independentes, sem relação com o estabelecimento de ensino superior avaliado, e incluem visitas ao estabele-‐ cimento de ensino e a audição dos representantes dos seus corpos, bem como de entidades externas, designadamente associações profissionais e outras. 6 — Os processos de avaliação externa devem suscitar de forma aberta os contributos de todos os interessados e considerá-‐los no seu âmbito. 7 — Os processos de avaliação externa da qualidade estão sujeitos a contraditório. 8 — Os processos de avaliação externa da qualidade que contenham recomendações para a prática de uma acção concreta, ou que exijam um plano de acção subsequente, obrigam à definição de um processo de acompanhamento previamente determinado e à sua concretização de forma consistente. 9 — A avaliação externa da qualidade dos estabeleci-‐ mentos de ensino superior e dos seus ciclos de estudos deve ser realizada periodicamente. 10 — A duração do ciclo de avaliação e os procedi-‐ mentos a utilizar devem ser definidos de forma clara e divulgados pública e antecipadamente.
Recusa de sujeição a avaliação externa A recusa, por parte de um estabelecimento de ensino superior ou sua unidade orgânica, de sujeição a avaliação externa, determina: a) O cancelamento da acreditação dos seus ciclos de estudos; b) A abertura de um processo de averiguação das condi-‐ ções de funcionamento institucional com as subsequentes consequências legais. Comentário: A Avaliação não é externa. A Avaliação é da A3ES pelo que a lei deve ser revista.
Capitulo XIII
Relatório da Avaliação externa
1 — Os resultados da avaliação externa são apresenta-‐ dos sob a forma de um relatório elaborado pelo painel de avaliação respectivo e aprovado pelo órgão competente da agência. 2 — Com os relatórios de avaliação externa é sempre obrigatória e conjuntamente publicada a resposta do esta-‐ belecimento de ensino superior elaborada no âmbito do processo de contraditório.
Comparação
A avaliação externa pode conduzir à comparação entre estabelecimentos de ensino superior, unidades orgânicas, ciclos de estudos e à sua hierarquização relativa (rankings) em função de parâmetros a fixar pela agência. Comentário: O relatorio, uma vez aprovado é definitivo, só podendo a sua homologação pelo Conselho de Administração ser recusada com fundamento é vícios de procedimento ou omissões de requisitps legais. Bem pelo contrario a A3Es recusou Acreditações de Novos Ciclos de Estudos contriando a recomendação das Comissões Técnicas, sem nenhum fundamento e apenas dentro da agenda politica do Governo Sócrates/Mariano Gago. Exmplo disso aconteceu com o nosso Mestrado em Administração Publica e Direito Publico Economico que foi recusado apesar do parecer favorávld a Comissão de Avaliaçõo tecnica presidida pela Professora Doutora Maria da Glória. Houve caoss em que a recusa se deu nas Comissões Técnicas a pedido do proprio president da A3es, quando deveriam ter sido aprovados ainda que condicionalmente. O artigo esta mal redigido. Finalmente, deveria ser extinta a possibilidade de comparação prevista na lei. A A3ES não deve fazer rankings. Bolonha implica que os cursos sejam equivalents, embora diversos.
Capitulo XIV
Outras avaliações internacionais
Periodicamente, o Governo promove a avaliação internacional: a) Do sistema de avaliação da qualidade do ensino supe-‐ rior a que se refere a presente lei e da agência; b) Do sistema de ensino superior. Comentário: Nos teros do processo de Bolonha e dos acordos informais entre as instituições Portugal participará nos processos de avaliação internacional pelo que este artigo na lei não faz sentido.
Capitulo XV Sobre a inconstitucionalidade da Taxa de Avaliação do Ensino
Superior deliberada pela A3ES RESUMO O Conselho de Administração da Agência de Acreditação do Ensino Superior (A3ES) estabeleceu os montantes da taxa a cobrar às instituições de ensino superior pelo procedimento de avaliação de ciclos de estudos em funcionamento com valores manifestamente desproporcionais face aos custos da prestação em Portugal e para a dimensão do mercado nacional. Trata-‐se de uma taxa usurária. E uma taxa usurária não é uma taxa, mas antes um imposto. Ora os impostos têm que ser aprovados pela Assembleia da República. Por isso a deliberação da A3ES é inconstitucional. A A3ES ao estabelecer taxas desproporcionadas, usurárias, que podem ser de 9500 euros para avaliar um curso de licenciatura do ensino superior, quando o salário máximo de um professor catedrático com duas diuturnidades no Ensino Superior Público não ultrapassa os 3.500 euros por mês, quando se está num período de crise e numa altura em que o Estado deveria estar a emagrecer, está «inventar» receitas públicas (de natureza fiscal) não controladas pela Assembleia da República, consignadas expressamente ao pagamento das «mordomias» de uma entidade reguladora (numa clara violação do «Principio para-‐constitucional da Não-‐ Consignação» das receitas fiscais, o que em nosso entender incorre num vício de inconstitucionalidade indirecta). Estas taxas são muito superiores ao custo da prestação efectiva da contrapartida, ou seja, não cumprem os requisitos do instituto jurídico das taxas (que em princípio, são moderadoras ou pagam o serviço prestado pela entidade pública), nem as exigências de proporcionalidade (sempre exigível, mesmo quando o preço ou taxa ultrapassa o custo), o que na doutrina do Tribunal Constitucional é claramente uma inconstitucionalidade material. Mas é de considerar ainda que a tentativa de financiar outras despesas públicas com recurso à aplicação de taxas usurárias – o que é necessariamente um imposto pois o preço não é para pagar o serviço prestado mas outras despesas da Agência – é uma verdadeira
usurpação de competências por parte da A3ES, configurando portanto a figura da inconstitucionalidade orgânica, pois que a criação de impostos não pode ser feita por deliberação do Conselho de Administração de uma entidade reguladora, mas por Lei da Assembleia da República, no âmbito das suas competências legislativas constitucionais [artigo 165o, no1, alínea i)] (vício de inconstitucionalidade formal). Finalmente a questão da Legalidade. Ao contrário do regime para os impostos, com a revisão constitucional de 1997, passou a ser da exclusiva competência da Assembleia da República legislar sobre o regime geral de taxas [artigo 165o,no1, alínea i)]. Decorridos 13 anos sobre esta revisão constitucional «continua a não existir qualquer regime geral de criação de taxas», o que configura uma clara inconstitucionalidade por omissão e permite colocar a questão da legitimidade da recusa do pagamento da pretendida taxa de avaliação dos cursos por parte da A3ES, por manifesta inconstitucionalidade. O artigo defende que todas as taxas criadas pelo Estado depois da Revisão Constitucional de 1997 são inconstitucionais por omissão. Da apreciação da eventual inconstitucionalidade da Deliberação no 2284/2010 do Conselho de Administração da Agência de Acreditação do Ensino Superior que estabelece os montantes da taxa a cobrar às instituições de ensino superior pelo procedimento de avaliação de ciclos de estudos em funcionamento: O Conselho de Administração da Agência de Acreditação do Ensino Superior (A3ES) estabeleceu os montantes da taxa a cobrar às instituições de ensino superior pelo procedimento de avaliação de ciclos de estudos em funcionamento, com valores manifestamente desproporcionais face aos custos da prestação em Portugal e para a dimensão do mercado nacional. Trata-‐se uma Taxa usurária. E uma taxa usurária não é uma taxa, mas antes um imposto. Ora os impostos têm que ser aprovados pela Assembleia da República. Por isso a deliberação da A3ES é inconstitucional. Mas comecemos por analisar então a questão da legalidade. Relativamente à legalidade das taxas e ao contrário dos impostos, com a revisão constitucional de 1997, passou a ser da exclusiva competência da Assembleia da República legislar sobre o regime
geral de taxas [artigo 165o,no1, alínea i)]. Como lembra Jorge Miranda e Rui Medeiros4 «a actual solução (...) parece representar um compromisso equilibrado, restringindo a intervenção da Assembleia à definição legal do regime de taxas, na medida em que até então as taxas tinham ficado excluídas totalmente do princípio da legalidade e o Tribunal Constitucional considerara como inconstitucionais as tentativas de obrigar à criação de taxas por lei – Acórdãos nos 205/87 e 461/87». Decorridos 13 anos sobre esta revisão constitucional «continua a não existir qualquer regime geral de criação de taxas», o que configura uma clara inconstitucionalidade por omissão e permite colocar a questão da legitimidade da recusa do pagamento da actual taxa de avaliação dos cursos por parte da A3ES, por manifesta inconstitucionalidade. É inaceitável que numa área de tão poucas garantias para os contribuintes, as taxas possam ser criadas e aplicadas sem sujeição ao Princípio da Legalidade a que a Constituição da República Portuguesa obriga, apesar do recurso sistemático a esta figura tributária para pagar serviços fornecidos pelo Estado aos cidadãos e da enorme facilidade com que a jurisprudência tem aceite esta receita pública, sobretudo por parte das autarquias e das entidades reguladoras. E se já é controversa a fixação de taxas pelas autarquias, no que respeita às taxas criadas pela Administração Independente do Estado, a questão é muito mais grave, devido à opacidade da gestão pública independente, à sua enorme arrogância e deriva totalitária, fazendo lembrar a velha Administração Pública napoleónica anterior ao nosso moderno Estado de Direito e sobretudo, devido à falta de controlo político claro por parte dos cidadãos ou seus representantes, sendo os titulares inclusivamente inamovíveis durante os mandatos, quando se limitam a cumprir funções executivas que sempre pertenceram às direcções-‐gerais dos Ministérios e cuja responsabilidade política era do Governo. E não deixa de ser relevante os termos particularmente amplos com que a nossa Constituição de 1976 admite o «direito de resistência». O segundo aspecto tem que ver com a própria natureza da taxa e dos elementos que a constituem.
4 Jorge Miranda e Rui Medeiros, Constituição Portuguesa Anotada, Tomo II, Coimbra Editora, 2006, pp 218
Em primeiro lugar a taxa é uma contrapartida de um serviço prestado pela Administração Pública. A questão que se coloca é se a fixação da taxa pode ser feita pelo organismo administrativo independentemente da lei ou do despacho que a criou. Em nosso entender, já não por causa do Princípio (formal) da Legalidade, mas porque uma taxa é sempre uma transferência de recursos dos cidadãos para gastos do Estado, teremos sempre que atender ao princípio do controlo democrático das Receitas Públicas (no taxation without representation) na fixação de taxas. E daí decorre que, em nosso entender, as taxas administrativas, apesar da sua enorme diversidade, só poderão de jure constituendo ser emanadas por decisão governamental, devendo nessa decisão estar estipulada expressamente a taxa e não apenas o critério para o seu cálculo, ou quando muito justificada a especificidade da taxa e a sua variação no tempo dando uma margem estreita para a fixação por parte da entidade administrativa. Aliás outra não poderia ser a opção por analogia com a doutrina consagrada relativa à lei ou ao decreto-‐lei do Governo por autorização legislativa da Assembleia, em matéria de taxa ou do imposto. Porém e violando claramente a coerência do sistema legislativo português, não tem sido esse o entendimento da Administração Independente do Estado e em particular, do Ministério do Ensino Superior relativamente à Agencia de Acreditação e Avaliação do Ensino Superior (A3ES). De acordo com artigo 38o no1 do Regulamento no 419/2009, a decisão sobre a avaliação é da competência do Conselho de Administração da A3ES que expressamente só pode «manifestar a concordância parcial ou total com as propostas contidas no relatório de avaliação» (estando portanto excluído o juízo político ou de oportunidade). O relatório de avaliação é elaborado por uma Comissão constituída nos termos do artigo 30o do mesmo regulamento e que pode usar os meios previstos no artigo 32o. A Comissão elabora um relatório preliminar com a recomendação da avaliação qualitativa devendo incluir recomendações consideradas necessárias ou úteis e o modo de a instituição as implementar [artigo 35o no 1 alínea b)], sujeito a audiência prévia (artigo 36o) e concluída a audiência da instituição de ensino superior, a Comissão de Avaliação Externa elabora o relatório final (artigo 37o) com o qual o Conselho de Administração pode concordar total ou parcialmente (artigo 38o no2).
Note-‐se portanto que é ilegal o artigo 21o do regulamento que estabelece o regime de acreditação dos procedimentos de avaliação e acreditação das instituições de ensino superior e dos seus ciclos (Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior, deliberação do Conselho de Administração, Regulamento no 504/2009, divulgado inicialmente como Regulamento no 1/2009), pois que mesmo cumprindo as recomendações da CAE, uma instituição de ensino superior pode ver revogada a acreditação. (Outra discussão oportuna seria o próprio monopólio legal dado à A3ES, no território português, para avaliação da conformidade europeia dos nossos ciclos de Estudos Superiores, quando a mesma nem sequer está acreditada para tal efeito conforme previsto na legislação europeia). Das decisões conclusivas do Conselho de Administração cabe recurso para o Conselho de Revisão (artigo 41o). Em nosso entender a lei, decreto ou regulamento de autorização para a fixação da taxa não se reduz a uma mera formalidade. Ela possui o conteúdo correspondente ao sentido a que fica obrigada a entidade reguladora a fixar a taxa nos precisos termos que são definidos, porque se assim não fosse, ofender-‐se-‐ia a própria ideia de reserva da Assembleia da República em matéria de definição geral das taxas a favor dos entes públicos (artigo 165o da CRP) e do Governo na direcção central da Administração Pública, apesar de tudo com poderes legislativos controlados politicamente, no nosso ordenamento jurídico. A criação de uma taxa é da competência genérica da Assembleia da República e concreta do Governo. E embora o Decreto-‐Lei n.o 369/2007, de 5 de Novembro que estatui a A3ES não chegue ao utente no que respeita às taxas referentes à prestação de serviços de avaliação, ela manifesta-‐se na dinâmica global do ordenamento e por isso tem que ser clara e precisa nos termos, o que não é. O mesmo se passa no que respeita ao Código do Procedimento Administrativo e às exigências de utilização eficiente de recursos, bem como à transparência nas decisões da Administração Pública, mesmo da Administração Independente do Estado, a que obriga a Lei de enquadramento Orçamental. Mas ainda ultrapassando esta óbvia dificuldade e comparando a decisão do próprio regulamento da A3ES com a deliberação do Conselho de Administração da A3ES no 3348/2009 (divulgada inicialmente como Deliberação 2/2009) que fixa os montantes das taxas a cobrar pelos procedimentos de acreditação prévia de novos ciclos de estudos e de acreditação preliminar de ciclos de estudos em
funcionamento, bem como da Deliberação no 2284/2010 que fixa os montantes da taxa a cobrar pelo procedimento de avaliação de ciclos de estudos em funcionamento, podemos concluir que a própria A3ES não só não cumpre o que antes determina em regulamento, como usurpando poderes fiscais impõe às entidades do ensino superior um imposto que não tem competência para determinar ou sequer cobrar cometendo uma inconstitucionalidade formal, orgânica e material. Com efeito, nos termos do n.o 4 do artigo 7.o do Decreto-‐Lei n.o 369/2007, de 5 de Novembro, da alínea e) do n.o 2 do artigo 11.o dos Estatutos da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior, aprovados pelo mesmo Decreto-‐Lei, e do n.o 3 do artigo 24.o do Regulamento n.o 1/2009, da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior, que aprovou o regime dos procedimentos de avaliação e acreditação das instituições de ensino superior e dos seus ciclos de estudos, o seu Conselho de Administração determina o montante das taxas o que é contraditório, em nosso entender. No regulamento 504/209 estabelece-‐se um regime de taxas no artigo 24o, nos seguintes termos: 1 – Por cada procedimento de acreditação, reapreciação, renovação e revisão da acreditação são devidas taxas. 2 – Com a entrega do pedido de acreditação deve ser entregue o comprovativo do pagamento da taxa que for devida. 3 – As taxas a que se refere o número 1 são fixadas por deliberação do Conselho de Administração, tendo em conta os custos médios dos serviços prestados, segundo critérios de economia, eficiência e eficácia, bem como das melhores práticas internacionais na matéria. Porém, na Deliberação do Conselho de Administração da A3ES no 3348/2009 (divulgada inicialmente como deliberação 2/2009) que fixa os montantes das taxas a cobrar pelos procedimentos de acreditação prévia de novos ciclos de estudos e de acreditação preliminar de ciclos de estudos em funcionamento estabelece que (1) o montante da taxa a cobrar às instituições de ensino superior pelo procedimento de acreditação prévia de novos ciclos de estudos é fixado em € 2.300,00 (dois mil e trezentos euros) e que (2) o montante da taxa a cobrar às instituições de ensino superior pelo procedimento de acreditação preliminar de ciclos de estudos em funcionamento é fixado em € 600,00 (seiscentos euros). Do mesmo modo que na Deliberação no 2284/2010 do Conselho de Administração da A3ES se estabelece os montantes da taxa a cobrar às instituições de ensino superior pelo procedimento de avaliação de ciclos de estudos em funcionamento, nos seguintes termos:
1 – Quando se tratar de 1 ciclo de estudos, isoladamente, €9500,00 (nove mil e quinhentos euros); 2 – Quando se tratar de 2 ciclos de estudos, da mesma área científica, conjuntamente, €13000,00 (treze mil euros); 3 – Quando se tratar de 3 ciclos de estudos, da mesma área científica, conjuntamente, €18000,00 (dezoito mil euros); 4 – Quando se tratar de 4 ciclos de estudos, da mesma área científica, conjuntamente, €22000,00 (vinte e dois mil euros); 5 – Quando de tratar de mais de quatro ciclos de estudos, da mesma área científica: +€3000,00 (três mil euros) por cada um que acresça. Ou seja, a A3ES que tinha que na Deliberação do Conselho de Administração sobre as taxas, tomar em consideração os custos médios dos serviços prestados, segundo critérios de economia, eficiência e eficácia, bem como das melhores práticas internacionais na matéria, optou por fixar preços muito acima daqueles que são praticados no mercado nacional, não justificando segundo os critérios a que antes se obrigara e que respeitam naturalmente o Código do Procedimento Administrativo. Na falta de regra geral definida pela Assembleia (inconstitucionalidade por omissão já o dissemos) ao menos era de esperar que as taxas fixadas não colocassem em causa a solvabilidade das instituições em primeiro lugar, como refere a Direcção da APESP em carta enviada ao Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior em 15 de Dezembro de 2010, sendo razoáveis e atendendo ao custo real do serviço prestado. Essa é a natureza da própria taxa, havendo doutrina do Tribunal de Contas e do Tribunal Constitucional sobre a matéria que a A3ES não tomou em consideração. Com efeito refere o Tribunal de Contas (Acórdão n.o 15/2008 -‐ 21.Out.2008 -‐ 1aS/PL) a propósito da lei reguladora do regime geral das taxas das autarquias locais (Lei 53-‐ E/2006 de 29-‐12) que «estabelece que o valor das taxas deve ter em consideração um conjunto de factores, tais como “os custos directos e indirectos, os encargos financeiros, as amortizações e investimentos realizados ou a realizar pela autarquia local”. Deve portanto concluir-‐se que na composição do “preço do custo”, referido na norma do no 4 do artigo 62o do DL 59/99, há que atender aos diferentes factores previstos na al. c) do no 2 do artigo 8o da Lei 53-‐E/2006» para salientar adiante que a Comissão de Acesso aos Documentos Administrativos (CADA), no parecer no 125/2007, de 16 de Maio de 2007, no Processo no 125/2007, diz que as taxas cobradas pela reprodução de documentos não podem ultrapassar significativa e injustificadamente, em violação
do princípio da proporcionalidade o custo dos materiais usados e do serviço prestado; (...) Nesse sentido, como bem refere o acórdão, também se orienta o ponto 4.1.3 do Plano Oficial de Contabilidade das Autarquias Locais (POCAL), ao estabelecer que se considera como custo de produção de um bem, a soma dos custos das matérias-‐primas e outros materiais directos consumidos, da mão-‐de-‐obra directa e de outros gastos gerais de fabrico, necessariamente suportados para o produzir», e conclui criticando que «Parece pois estar sobretudo “em crise” a aplicação desta percentagem de 10%, relativa a custos administrativos». Por analogia deveremos concluir que o mesmo se aplica a serviços das entidades reguladoras. Os custos das taxas não podem exceder os custos locais para os referidos trabalhos tendo em atenção o pagamento feito no mercado aos professores universitários que fazem a avaliação. Se um professor catedrático ganha pouco mais de 3000 euros por mês e os custos administrativos não devem fazer parte do custo do serviço mas são despesas da administração pública que devem ser pagas com impostos, no cumprimento das regras da não consignação estabelecida na Lei de Enquadramento Orçamental artigo 7o da (Lei n.o 91/2001, de 20 de Agosto, republicada com a terceira alteração pela Lei n.o 48/2004, de 24 de Agosto) no cumprimento do mandato artigo 115º da Constituição da República Portuguesa e de em nosso entender dada a para-‐constitucionalidade da referida lei, estarmos perante uma inconstitucionalidade indirecta5. Ora, se o montante ultrapassa o custo do serviço prestado estamos na presença de um acto usurário do Estado. E uma taxa usurária não é já taxa, pois já não se destina a pagar o serviço prestado ao utente, mas antes a pagar outras despesas públicas e nesse particular, em nosso entender, apenas e para isso servem os impostos e não as taxas. Ou seja, nos precisos termos da deliberação da A3ES há que discutir se esta taxa é um ‘imposto’ ou uma ‘taxa’ -‐ para efeitos de saber se deveria ter sido submetido ou não à ‘credencial parlamentar’, ou seja, ao regime específico dos impostos. Estaríamos portanto perante uma inconstitucionalidade formal nos termos do artigo 103o no 3 e do artigo 165o no1 alínea i). Poder-‐se-‐ia ainda argumentar que mesmo como taxa, esta podia ser
5 No mesmo sentido, Guilherme Waldemar D'Oliveira Martins, Guilherme d'Oliveira Martins, Maria d'Oliveira Martins, A Lei de Enquadramento Orçamental -‐ Anotada e Comentada, Almedina, 2009, 2.a Edição, Lisboa, ISBN 9789724040448
uma ‘taxa’ livre e isenta de critérios de proporcionalidade, em vez de uma tributação materialmente desproporcionada, sendo ainda uma ‘taxa’ e não imposto. E se assim (livremente desligada de limites materiais) ser editada por mera deliberação do Conselho de Administração, como imposição coactiva genérica de serviços obrigatórios e (por ora) em monopólio, ou se (nos termos da CRP) o deverá ser por norma de fonte superior: envolvendo, ainda que não o Parlamento, sim o Ministro e mesmo o Primeiro-‐Ministro e o Presidente da República. O Tribunal Constitucional debruçou-‐se sobre a temática da "desproporção entre a quantia a pagar e o valor do serviço prestado, sendo o "crivo da proporcionalidade" um parâmetro a que largamente se ateve o acórdão no 113/2002 . Há, pois, apenas que remeter para a leitura desse acórdão. Por consequência, e para encurtar razões, esta taxa não pode ser considerada como tal quanto à "questão de saber se, mesmo como taxa, é ‘taxa’ livre e isenta de critérios de proporcionalidade, ou se antes é, no caso (muito diferente nos montantes), uma tributação materialmente desproporcionada, ainda que ‘taxa’ e não imposto". E mesmo que fosse considerado como taxa e não o é em nosso entender, e porque é ao Governo, considerado singularmente (ministros) ou colegialmente (Conselho de Ministros), que cabe o poder regulamentar, à luz da competência administrative definida no artigo 199o, da Constituição, é relevante que as taxas em causa tenham tido a sua fonte numa deliberação do Conselho de Administração de uma entidade reguladora, como foi o caso. Não havendo obstáculo a que as taxas sejam criadas e reguladas em actos normativos de cariz regulamentar, não se impõe uma fonte normativa de grau superior mas tem que estar na área dos actos do Governo e não meros actos administrativos da Administração Pública Independente. Em suma a chamada taxa de avaliação mais não é do que um “imposto", cabendo a fixação do respectivo montante, que é um elemento essencial do mesmo, à Assembleia da República pelo que a deliberação do CA da A3ES é formalmente inconstitucional e não produz quaisquer efeitos. Para clarificar importa estabelecer a distinção entre taxa e imposto. «A taxa distingue-‐se do imposto pelo seu carácter bilateral ou sinalagmático, em contraste com o carácter unilateral deste». «O imposto é, na verdade, uma "prestação pecuniária, coactiva e unilateral, sem o carácter de sanção, exigida pelo Estado com vista à
realização de fins públicos"6» . «A taxa -‐ diz o mesmo autor -‐ é a "quantia coactivamente paga pela utilização individualizada de bens semipúblicos" (ou seja, de bens que "satisfazem, além de necessidades colectivas, necessidades individuais, isto é, necessidades de satisfação activa, necessidades cuja satisfação exige a procura das coisas pelo consumidor") "ou como o preço autoritariamente fixado de tal utilização". No entanto, nem sempre é precisa a efectiva utilização dos bens para serem devidas taxas. Casos há (o caso das propinas, por exemplo), em que o pagamento das taxas precede a utilização dos bens. As taxas são, então, devidas pela simples possibilidade dessa utilização. Por isso, se os bens não vierem a ser utilizados, não haverá lugar à restituição das quantias pagas. Mas, mesmo nestes casos em que o pagamento precede a utilização, "a exigência das taxas continua [...] exclusivamente relacionada com a utilização dos bens", já que são "conveniências da cobrança" que justificam que as taxas sejam pagas em momento anterior ao da efectiva utilização dos bens». «Dado que a obrigação de as pagar não é negocialmente assumida, as taxas são sempre receitas coactivas -‐ e, portanto, receitas de direito público. As receitas patrimoniais, ao contrário, são negocialmente assumidas (e, assim, pagas voluntariamente), pelo que constituem receitas de direito privado». «As utilizações dos bens por que se pagam taxas, "essas podem ser voluntárias ou obrigatórias. E as utilizações obrigatórias, por seu turno, ainda podem ser ou não solicitadas" (é deste último tipo a taxa de justiça paga pelo réu condenado no processo)». Geralmente, porém, a utilização dos bens semipúblicos é voluntária. «As taxas7 são normalmente inferiores ao custo dos bens. Mas há taxas iguais a esse custo e, até, superiores a ele. Mas, ainda neste último caso, em que nos encontramos perante "preços lucrativos", as taxas não se "transmudam em receitas patrimoniais, visto continuarem coactivas, nem constituem impostos na parte excedente ao custo, visto manterem o seu carácter bilateral"8 ». 6 José Joaquim Teixeira Ribeiro, Lições de Finanças Públicas, Coimbra, 1977, páginas 262 e 267. 7 De acordo com o Acórdão no 354/98 da 2a Secção do Tribunal Constitucional (Processo no 32/97, relator: Conselheiro Messias Bento) de 12 de Maio de 1998. (http://w3.tribunalconstitucional.pt/Acordaos/Acordaos98/301-‐400/35498.htm ) 8 Revista de Legislação e Jurisprudência, ano 117o, páginas 289 e ss, Noção Jurídica de Taxa.
Por isso -‐ sublinhou-‐se no acórdão no 640/95 do Tribunal Constitucional e repetiu-‐se no acórdão no 1140/96 (publicados no Diário da República, II série, de 20 de Janeiro de 1996 e de 10 de Fevereiro de 1997, respectivamente) -‐, em princípio, são insindicáveis por este Tribunal as opções que o legislador (ou a Administração) fizerem na fixação dos montantes das taxas. «Este Tribunal só deve caçar tais opções, "se, entre o montante do tributo e o custo do bem ou serviço prestado, houver uma desproporção intolerável -‐ se a taxa for de montante manifestamente excessivo", diz o Tribunal Constitucional. [Sobre os conceitos de taxa e de imposto, cf., na jurisprudência deste Tribunal, entre outros, o acórdão no 497/89 (publicado nos Acórdãos do Tribunal Constitucional, 14o volume, páginas 227 e seguintes), e, por último, o acórdão no 1140/96, no qual se indica muita outra doutrina]. Dito isto, pergunta-‐se, então: a taxa de avaliação será uma taxa ou um imposto? Com efeito a taxa de avaliação constitui, é certo, receita da A3ES, e esta presta um serviço público (o serviço de avaliação e acreditação do Ensino Superior) que pode ser individualmente utilizado por todas a entidades de ensino superior. Simplesmente, a taxa nos termos fixados é absolutamente desproporcional relativamente ao preço das propinas e ao preço do trabalho de um professor universitário no ensino superior público ou no ensino superior privado9. Nestes termos a taxa de avaliação do A3ES é, pois, um imposto. «A reserva da lei, quando tenha por objecto a criação de impostos -‐ artigo 168o, no 1, alínea i), da Constituição -‐ abarca "a criação e a definição dos elementos essenciais daquelas receitas, unilateralmente impostas, que hão-‐de custear o financiamento em geral das despesas públicas (dir-‐se-‐á: das 'despesas gerais') e que hão-‐de ser repartidas pela 'generalidade' dos contribuintes de harmonia com os critérios genericamente apontados nos artigos 106o e 107o da Constituição da República Portuguesa" [cf. os acórdãos nos 205/87, 461/87 (publicados nos Acórdãos do Tribunal 9 E não se diga que há que contratar especialistas estrangeiros pois isso não se justifica a não ser em alguma área nova onde não existe em Portugal especialistas reconhecidos. O resto é despesismo e provincianismo. E será sempre uma violação do principio constitucional da utilização eficiente dos recursos a que está obrigada a Administração Publica na elaboração, execução e fiscalização dos seus consumos, programas e orçamentos.
Constitucional, 9o volume, páginas 209 e seguintes, e 10o volume, páginas 181 e seguintes, respectivamente) e 497/89]. E, por isso, apenas uma lei parlamentar (ou um decreto-‐ lei parlamentarmente autorizado) pode criar impostos, determinar-‐lhes a incidência e a taxa, e estabelecer os benefícios fiscais e as garantias dos contribuintes [cf., entre outros, os acórdãos nos 321/89 e 231/92 (publicados nos Acórdãos do Tribunal Constitucional, volumes 9o e 23o, páginas 209 e seguintes, e 357 e seguintes, respectivamente)]. Essa lei (formal) já não tem, porém, que versar sobre o lançamento, a liquidação e a cobrança dos impostos: tais matérias podem, com efeito, ser reguladas por decreto-‐lei (reserva de lei material): [cf., entre outros, os citados acórdãos nos 205/87 e 461/87]» escreve o Tribunal Constitucional». «A matéria da criação de impostos é, de facto, muito sensível: pelo seu relevo e melindre político, tem que ser submetida à regra da maioria e ao debate parlamentar, ao menos para o efeito de a Assembleia da República definir "o objecto, o sentido, a extensão e a duração da autorização" de intervenção por parte do Governo-‐legislador (...)». «É certo que alguma doutrina sustenta que é constitucionalmente admissível que o legislador delegue na Administração a "actualização (mormente anual) dos elementos quantitativos dos impostos de modo a manter estes actualizados face ao fenómeno inflacionário que, desde há décadas, vem constituindo um fenómeno normal das economias desenvolvidas [...]. Com efeito, a actualização de tais elementos com base na taxa de inflação não configura qualquer alteração (real) dos mesmos, não constituindo por isso qualquer violação ao princípio da reserva de lei"10». «Sem discutir uma tal tese, a verdade é que, no caso, o que o legislador delegou na Administração não foi a actualização do montante da taxa, mas a fixação da mesma. Ao que acresce que não se está em presença de simples actualização decorrente da inflação». Conclusão: a Deliberação no 3348/2009 da Agência de Acreditação e Avaliação do Ensino Superior é inconstitucional pois viola o artigo 103o no3 e o artigo 165o no1, alínea i), bem como a Lei de Enquadramento Orçamental. Bibliografia 10 JOSÉ CASALTA NABAIS, Contratos Fiscais, página 247
Acórdãos do Tribunal Constitucional, 14o volume, Lisboa Martins, Guilherme Waldemar D'Oliveira, Guilherme d'Oliveira Martins, Maria d'Oliveira Martins, A Lei de Enquadramento Orçamental -‐ Anotada e Comentada, Almedina, Coimbra, 2009, 2.a Edição Nabais, José Casalta, Contratos Fiscais, Coimbra, 1994 Ribeiro, José Joaquim Teixeira, Lições de Finanças Públicas, Coimbra, 1977 Revista de Legislação e Jurisprudência, ano 117o, Lisboa http://w3.tribunalconstitucional.pt/Acordaos/Acordaos98/301-‐400/35498.htm
Anexo I
PORTARIA No 1.741, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2011 Aprova, em extrato, os indicadores do Instrumento de Avaliação de Cursos de Graduação nos graus de tecnólogo, de licenciatura e de bacharelado para as modalidades: presencial e a distância, do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior - SINAES. O MINISTRO DE ESTADO DA EDUCAÇÃO, no uso de suas atribuições legais, tendo em vista a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, a Lei no 10.861, de 14 de abril de 2004, e o Decreto no 5.773, de 9 de maio de 2006, resolve: Art. 1o Aprovar, em extrato, os indicadores do Instrumento de Avaliação de Cursos de Graduação nos graus de tecnólogo, de licenciatura e de bacharelado para as modalidades: presencial e a distância, anexo a esta Portaria. Art. 2° O Instrumento de Avaliação de Cursos de Graduação a que se refere o art. 1o será utilizado para acompanhamento da qualidade da oferta, aplicado pelas comissões in loco, e será disponibilizado na íntegra, na página eletrônica do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - INEP/MEC. Art. 3o Os indicadores das dimensões do Instrumento de Avaliação de Cursos de Graduação poderão ser excluídos, alterados e inseridos novos, sempre que houver necessidade de atualização, justificado por análise técnica dos seus resultados e em consonância com os objetivos do Sinaes. Art. 4o Revogam-se as Portarias relacionadas abaixo, ressalvados os efeitos jurídicos já produzidos: Portaria no 928 de 25 de setembro de 2007; Portaria no 1.051 de 7 de novembro de 2007; Portaria no 91 de 17 de janeiro de 2008; Portaria no 474 de 14 de abril de 2008; Portaria no 840 de 4 de julho de 2008; Portaria no 1.081 de 29 de agosto de 2008; Portaria no 1 de 5 de janeiro de 2009; Portaria no 2 de 5 de janeiro de 2009; Portaria no 3 de 5 de janeiro de 2009; Portaria no 505 de 3 de junho de 2009; Portaria no 459 de 13 de abril de 2010; Portaria no 808 de 18 de junho de 2010; Portaria no 1.326 de 18 de novembro de 2010. Art. 5o Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. FERNANDO HADDAD
ANEXO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA - INEP INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO DE CURSOS DE GRADUAÇÃO - BACHARELADOS, LICENCIATURAS E CURSOS SUPERIORES DE TECNOLOGIA (PRESENCIAL E A DISTÂNCIA) QUADRO DOS PESOS DAS DIMENSÕES PARA O ATO DE AUTORIZAÇÃO
DIMENSÃO/PESO 1. ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA/40 2. CORPO DOCENTE E TUTORIAL/30 3. INFRAESTRUTURA/30 NºDIMENSÃO / INDICADOR 1 Dimensão 1: ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA 1.1Contexto educacional 1.2Políticas institucionais no âmbito do curso 1.3Objetivos do curso 1.4Perfil profissional do egresso 1.5Estrutura curricular 1.6Conteúdos curriculares 1.7Metodologia 1.8Estágio curricular supervisionado 1.9Atividades complementares 1.10Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) 1 .11Apoio ao discente 1.12Ações decorrentes dos processos de avaliação do curso 1.13Atividades de tutoria 1.14Tecnologias de Informação e Comunicação TIC-no processo ensino-aprendizagem 1.15Material didático institucional 1.16Mecanismos de interação entre docentes, tutores e estudantes. 1.17Procedimentos de avaliação dos processos de ensino-aprendizagem. 1.18Número de vagas 1.19Integração com as redes públicas de ensino 1.20Integração com o sistema local e regional de saúde e o SUS 1.21Ensino na área de saúde 1.22Atividades práticas de ensino 2Dimensão 2: CORPO DOCENTE E TUTORIAL 2.1Atuação do Núcleo Docente Estruturante - NDE 2.2Atuação do (a) coordenador (a) 2.3Experiência do (a) coordenador (a) do curso em cursos a distância 2.4Experiência profissional, de magistério superior e de gestão acadêmica do (a) coordenador (a) 2.5Regime de trabalho do (a) coordenador (a) do curso 2.6Carga horária de coordenação de curso 2.7Titulação do corpo docente do curso
2.8Titulação do corpo docente do curso - percentual de doutores 2.9Regime de trabalho do corpo docente do curso 2.10Experiência profissional do corpo docente 2.11Experiência no exercício da docência na educação básica 2.12Experiência de magistério superior do corpo docente 2.13Relação entre o número de docentes e o número de estudantes 2.14Funcionamento do colegiado de curso ou equivalente 2.15Produção científica, cultural, artística ou tecnológica 2.16Titulação e formação do corpo de tutores do curso 2.17Experiência do corpo de tutores em educação a distância 2.18Relação docentes e tutores - presenciais e a distância por estudante 2.19Responsabilidade docente pela supervisão da assistência médica 2.20Núcleo de apoio pedagógico e experiência docente 3Dimensão 3: INFRAESTRUTURA 3.1Gabinetes de trabalho para professores Tempo Integral - TI 3.2Espaço de trabalho para coordenação do curso e serviços acadêmicos 3.3Sala de professores 3.4Salas de aula 3.5Acesso dos alunos a equipamentos de informática 3.6Bibliografia básica 3.7Bibliografia complementar 3.8Periódicos especializados 3.9Laboratórios didáticos especializados: quantidade 3.10Laboratórios didáticos especializados: qualidade 3.11Laboratórios didáticos especializados: serviços 3.12Sistema de controle de produção e distribuição de material didático (logística) 3.13Núcleo de Práticas Jurídicas: atividades básicas 3.14Núcleo de Práticas Jurídicas: atividades de arbitragem, negociação e mediação 3.15Unidades hospitalares de ensino e complexo assistencial 3.16Sistema de referência e contrarreferência 3.17Biotérios 3.18Laboratórios de ensino 3.19Laboratórios de habilidades 3.20Protocolos de experimentos 3.21Comitê de ética em pesquisa
Anexo II
COOPERAÇÃO E MOBILIDADE INTERNACIONAL. PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA. BOLSA DE ESTUDOS. PROGRAMA
CIÊNCIA SEM FRONTEIRAS. DECRETO Nº 7.642, DE 13 DE DEZEMBRO DE 2011. Institui o Programa Ciência sem Fronteiras. A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, alínea "a", da Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, DECRETA: Art. 1º Fica instituído o Programa Ciência sem Fronteiras, com o objetivo de propiciar a formação e capacitação de pessoas com elevada qualificação em universidades, instituições de educação profissional e tecnológica, e centros de pesquisa estrangeiros de excelência, além de atrair para o Brasil jovens talentos e pesquisadores estrangeiros de elevada qualificação, em áreas de conhecimento definidas como prioritárias. Parágrafo único. As ações empreendidas no âmbito do Programa Ciência sem Fronteiras serão complementares às atividades de cooperação internacional e de concessão de bolsas no exterior desenvolvidas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES, do Ministério da Educação, e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Art. 2º São objetivos do Programa Ciência sem Fronteiras: I - promover, por meio da concessão de bolsas de estudos, a formação de estudantes brasileiros, conferindo-lhes a oportunidade de novas experiências educacionais e profissionais voltadas para a qualidade, o empreendedorismo, a competitividade e a inovação em áreas prioritárias e estratégicas para o Brasil; II - ampliar a participação e a mobilidade internacional de estudantes de cursos técnicos, graduação e pós-graduação, docentes, pesquisadores, especialistas, técnicos, tecnólogos e engenheiros, pessoal técnico científico de empresas e centros de pesquisa e de inovação tecnológica brasileiros, para o desenvolvimento de projetos de pesquisa, estudos, treinamentos e capacitação em instituições de excelência no exterior;
III - criar oportunidade de cooperação entre grupos de pesquisa brasileiros e estrangeiros de universidades, instituições de educação profissional e tecnológica e centros de pesquisa de reconhecido padrão internacional; IV - promover a cooperação técnico científica entre pesquisadores brasileiros e pesquisadores de reconhecida liderança científica residentes no exterior por meio de projetos de cooperação bilateral e programas para fixação no País, na condição de pesquisadores visitantes ou em caráter permanente; V - promover a cooperação internacional na área de ciência, tecnologia e inovação; VI - contribuir para o processo de internacionalização das instituições de ensino superior e dos centros de pesquisa brasileiros; VII - propiciar maior visibilidade internacional à pesquisa acadêmica e científica realizada no Brasil; VIII - contribuir para o aumento da competitividade das empresas brasileiras; e IX - estimular e aperfeiçoar as pesquisas aplicadas no País, visando ao desenvolvimento científico e tecnológico e à inovação. Art. 3º Para a execução do Programa Ciência sem Fronteiras poderão ser firmados convênios, acordos de cooperação, ajustes ou outros instrumentos congêneres, com órgãos e entidades da administração pública federal, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como com entidades privadas. Art. 4º Fica criado o Comitê de Acompanhamento e Assessoramento do Programa Ciência sem Fronteiras, que será composto pelos seguintes membros: I - um representante da Casa Civil da Presidência da República; II - um representante do Ministério da Educação; III - um representante do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação; IV - um representante do Ministério das Relações Exteriores; V - um representante do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior; VI - um representante do Ministério da Fazenda; VII - um representante do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão; e VIII - quatro representantes de entidades privadas que participem do financiamento do Programa. § 1º Os membros serão indicados pelos titulares dos órgãos e entidades que representam e designados em ato conjunto dos Ministros de Estado da Educação e da Ciência, Tecnologia e Inovação. § 2º Poderão ser convidados para as reuniões do Comitê de Acompanhamento e Assessoramento representantes de órgãos e entidades públicas e privadas, bem como especialistas, para emitir pareceres ou fornecer subsídios para o desempenho de suas atribuições. § 3º A presidência do Comitê de Acompanhamento e Assessoramento caberá, a cada doze meses, alternadamente, aos representantes do Ministério da Educação e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Art. 5º São atribuições do Comitê de Acompanhamento e Assessoramento do Programa Ciência sem Fronteiras: I - propor, aos Ministros de Estado da Educação e da Ciência, Tecnologia e Inovação, os atos complementares necessários à implementação do Programa; II - acompanhar e avaliar o desenvolvimento do Programa; III - propor, aos Ministros de Estado da Educação e da Ciência, Tecnologia e Inovação: a - ações para o bom desenvolvimento do Programa; b - metas e indicadores de desempenho do Programa; e c - áreas prioritárias de atuação do Programa; IV - manifestar-se sobre as ações desenvolvidas para o cumprimento das metas do Programa; e
V - divulgar, periodicamente, os resultados do Programa. Art. 6º Fica criado o Comitê Executivo do Programa Ciência sem Fronteiras, que será composto pelos seguintes membros: I - um representante da Casa Civil da Presidência da República; II - um representante do Ministério da Educação; III - um representante do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação; IV - um representante do Ministério das Relações Exteriores; V - o presidente do CNPq; e VI - o presidente da CAPES. § 1º Os membros serão indicados pelos titulares dos órgãos e entidades que representam e designados em ato conjunto dos Ministros de Estado da Educação e da Ciência, Tecnologia e Inovação. § 2º O funcionamento do Comitê Executivo será disciplinado em ato conjunto dos Ministros de Estado da Educação e da Ciência, Tecnologia e Inovação. § 3º A coordenação do Comitê Executivo caberá, a cada doze meses, alternadamente, aos representantes do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e do Ministério da Educação. Art. 7º São atribuições do Comitê Executivo do Programa Ciência sem Fronteiras: I - estabelecer: a)o cronograma de execução do Programa; b)os critérios de seleção de bolsistas beneficiários do Programa; c)os critérios de seleção de instituições participantes do Programa; e d)os valores das bolsas e apoio a projetos, bem como os períodos a serem praticados em cada caso, de modo a adaptar o programa às condições e exigências das instituições e países de destino dos bolsistas; e II - identificar centros e lideranças no exterior de interesse prioritário ou
estratégico para o Brasil, em áreas e setores selecionados para estabelecimento de cooperação e treinamento. Art. 8º Para atender aos objetivos do Programa Ciência sem Fronteiras, a CAPES e o CNPq concederão: I - bolsas de estudos em instituições de excelência no exterior, nas seguintes modalidades: a)graduação sanduíche; b)educação profissional e tecnológica; c)doutorado sanduíche; d)doutorado pleno; e e)pós-doutorado; e II - bolsas no País, nas seguintes modalidades: a)para pesquisadores visitantes estrangeiros; e b)para jovens talentos. § 1º As bolsas de graduação sanduíche têm como público alvo estudantes de graduação das áreas de conhecimento prioritárias, matriculados em instituições de ensino superior no País, considerando, entre outros critérios de seleção, o melhor desempenho acadêmico. § 2º As bolsas de educação profissional e tecnológica têm como público alvo docentes, pesquisadores e estudantes de melhor desempenho acadêmico de cursos técnicos e superiores oferecidos por institutos de formação profissional e tecnológica participantes do Programa Ciência sem Fronteiras, nas áreas de conhecimento prioritárias. § 3º As bolsas de doutorado sanduíche têm como público alvo estudantes de doutorado das áreas de conhecimento prioritárias, matriculados em instituições de ensino e pesquisa no País. § 4º As bolsas de doutorado pleno têm como público alvo candidatos à formação plena no exterior nas áreas de conhecimento prioritárias, em instituições de excelência no exterior. § 5º As bolsas de pós-doutorado têm como público alvo candidatos
detentores do título de doutor obtido em cursos de pós-graduação no Brasil ou reconhecido por instituições participantes do Programa Ciência sem Fronteiras, interessados em cursos nas áreas de conhecimento prioritárias. § 6º As bolsas para pesquisadores visitantes estrangeiros têm como objetivo atrair lideranças internacionais, estrangeiros ou brasileiros, com expressiva atuação no exterior, nas áreas de conhecimento prioritárias. § 7º As bolsas para jovens talentos têm como objetivo atrair jovens cientistas de talento, estrangeiros ou brasileiros, com destacada produção científica ou tecnológica nas áreas de conhecimento prioritárias. § 8º Ouvido o Comitê Executivo do Programa Ciência sem Fronteiras, a CAPES e o CNPq poderão criar outras modalidades de bolsas de estudo visando atender aos objetivos do Programa. § 9º As modalidades previstas no caput poderão ser adaptadas de acordo com as peculiaridades e necessidades dos setores produtivo e de serviços, ouvido o Comitê Executivo do Programa Ciência sem Fronteiras. Art. 9º A CAPES e o CNPq promoverão chamadas públicas, conjuntamente, para divulgação do processo de concessão das bolsas referidas no art. 8º e promoverão a seleção dos beneficiários, levando em conta o mérito dos candidatos e dos projetos, respeitadas as especificidades de cada entidade executora. Parágrafo único. As chamadas públicas terão divulgação nacional ou, quando for o caso, internacional. Art. 10. Cabe ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação: I - disponibilizar recursos financeiros para bolsas e fomento à pesquisa, destinados à execução do Programa Ciência sem Fronteiras pelo CNPq, que poderá repassar recursos a instituições ou organismos internacionais de fomento e de intercâmbio acadêmico; II - promover e incentivar a participação dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia no Programa; e III - firmar parcerias e acordos com instituições internacionais. Art. 11. Cabe ao Ministério da Educação:
I - disponibilizar recursos financeiros para bolsas e fomento à pesquisa, destinados à execução do Programa Ciência sem Fronteiras pela CAPES, que poderá repassar recursos a instituições ou organismos internacionais de fomento e de intercâmbio acadêmico; II - promover e incentivar a participação das universidades, institutos tecnológicos e cursos de pós-graduação no Programa; III - promover o ensino e a aprendizagem de idiomas estrangeiros; e IV - firmar parcerias e acordos com instituições internacionais. Art. 12. Cabe à instituição cujos candidatos forem contemplados por ações do Programa Ciência sem Fronteiras o reconhecimento dos créditos ou das atividades de treinamento obtidos no exterior, de acordo com o plano de atividades previamente aprovado. Art. 13. Os Ministros de Estado da Educação e da Ciência, Tecnologia e Inovação editarão ato conjunto, mediante proposta do Comitê de Acompanhamento e Assessoramento, dispondo sobre: I - áreas prioritárias de atuação do Programa; II - instituições brasileiras e estrangeiras participantes do Programa; III - benefícios auferidos em cada uma das modalidades de bolsas do Programa; IV - metas e indicadores de desempenho do Programa; e V - demais regras para a implementação do Programa. Art. 14. O Programa Ciência sem Fronteiras será custeado por: I - dotações orçamentárias da União consignadas anualmente aos órgãos e entidades envolvidos no Programa, observados os limites de movimentação, de empenho e de pagamento fixados anualmente; e II - outras fontes de recursos, provenientes de entidades públicas e privadas. Art. 15. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 13 de dezembro de 2011; 190º da Independência e 123º da República. Dilma Rousseff
Anexo III Links para outras organizações de controlo de qualidade
European QA Networks CEENQA -‐ Central and Eastern European Network of Quality Assurance Agencies in Higher Education ECA -‐ European Consortium for Accreditation NOQA -‐ Nordic Quality Assurance Network in Higher Education Virtual Community on Quality in Vocational Education and Training European Foundation for Quality in E-‐Learning, Brussels, Belgium European QA Organisations University Accreditation Commission, Poznan, Poland National Council for Academic Assessment and Accreditation, Bucharest, Romania Quality Assessment Commission of Slovenia, Maribor, Slovenia Key Stakeholders EUA -‐ European University Association, Brussels, Belgium EURASHE -‐ European Association of Institutions in Higher Education, Brussels, Belgium ESU -‐ European Students' Union, Brussels, Belgium BusinessEurope, Brussels, Belgium Education International, Brussels, Belgium ENIC -‐ European Network of Information Centres & NARIC -‐ National Academic Recognition Information Centres The European Commission -‐ Directorate General of Education and Culture, Brussels, Belgium The Education, Audiovisual and Culture Executive Agency (EACEA), Brussels, Belgium Higher Education and Research Division of the Council of Europe Organisations with keen interest in higher education QA INQAAHE -‐ International Network for Quality Assurance Agencies in Higher Education, Dublin, Ireland U.S. Council for Higher Education Accreditation, Washington, D.C., The United States Eurydice -‐ The Information Network on Education in Europe UNESCO, Paris, France World Bank, Washington, D.C., USA ACA -‐ The Academic Cooperation Association, Brussels, Belgium
CERI -‐ The OECD Centre for Educational Research and Innovation, Paris, France IMHE -‐ The OECD Programme on Institutional Management in Higher Education EAIR -‐ A European Higher Education Society, Amsterdam, The Netherlands
Anexo IV Déclaration de Bologne, 19 juin 1999 L’espace européen de l’enseignement supérieur La Déclaration de Bologne du 19 juin 1999 Déclaration commune des ministres européens de l'éducation La construction européenne, grâce aux réalisations extraordinaires de ces dernières années, devient une réalité de plus en plus concrète et pertinente pour l’Union et ses citoyens. Les perspectives d’élargissement, ainsi que les liens de plus en plus étroits qui se tissent avec d’autres pays européens, enrichissent encore cette réalité de dimensions nouvelles. En même temps, nous assistons à une prise de conscience grandissante, dans l’opinion publique comme dans les milieux politiques et universitaires, de la nécessité de construire une Europe plus complète et plus ambitieuse, s’appuyant notamment sur le renforcement de ses dimensions intellectuelles, culturelles, sociales, scientifiques et technologiques. Il est aujourd’hui largement reconnu qu’une Europe de la Connaissance est un facteur irremplaçable du développement social et humain, qu’elle est indispensable pour consolider et enrichir la citoyenneté européenne, pour donner aux citoyens les compétences nécessaires pour répondre aux défis du nouveau millénaire, et pour renforcer le sens des valeurs partagées et de leur appartenance à un espace social et culturel commun. L’importance primordiale de l’éducation et de la coopération dans l’enseignement pour développer et renforcer la stabilité, la paix et la démocratie des sociétés est universellement reconnue, et d’autant plus aujourd’hui au vu de la situation en Europe du sud-‐est. La Déclaration de la Sorbonne du 25 mai 1998, qui reposait sur ces mêmes considérations, mettait en exergue le rôle central des universités dans le développement des dimensions culturelles européennes. Elle insistait sur la nécessité de créer un espace européen de l’enseignement supérieur, comme moyen privilégié pour favoriser la mobilité et l’employabilité des citoyens et promouvoir le développement global de notre continent. Plusieurs pays européens ont accepté l’invitation qui leur a été faite de s’engager à réaliser les objectifs énoncés dans la déclaration, en la signant ou en exprimant leur accord de principe. Les orientations de plusieurs réformes de l’enseignement supérieur entreprises depuis lors en Europe témoignent de la volonté d’agir de nombreux
gouvernements. Les établissements d’enseignement supérieur en Europe ont, pour leur part, relevé le défi en jouant un rôle clé dans la construction de l’espace européen de l’enseignement supérieur, suivant aussi les principes fondamentaux énoncés en 1988 dans la Magna Charta Universitatum de Bologne. Ce point est d’une importance capitale, puisque l’indépendance et l’autonomie des universités sont garantes des capacités des systèmes d’enseignement supérieur et de recherche à s’adapter en permanence à l’évolution des besoins, aux attentes de la société et aux progrès des connaissances scientifiques. Les orientations ont été définies dans la bonne direction avec des objectifs significatifs. La réalisation d’une plus grande compatibilité et comparabilité entre les différents systèmes d’enseignement supérieur exige néanmoins une dynamique soutenue pour être pleinement accomplie. Nous devons soutenir cette dynamique à travers la promotion de mesures concrètes permettant d’accomplir des progrès tangibles. La réunion du 18 juin a rassemblé des experts et des universitaires reconnus de tous nos pays, et nous a apporté des idées très utiles sur les initiatives à prendre. Nous devons en particulier rechercher une meilleure compétitivité du système européen d’enseignement supérieur. La vitalité et l’efficacité de toutes les civilisations se mesurent à l’aune de leur rayonnement culturel vers les autres pays. Nous devons faire en sorte que le système européen d’enseignement supérieur exerce dans le monde entier un attrait à la hauteur de ses extraordinaires traditions culturelles et scientifiques. En affirmant notre adhésion aux principes généraux établis par la Déclaration de la Sorbonne, nous nous engageons à coordonner nos politiques pour atteindre, à court terme et en tout cas avant la fin de la première décennie du troisième millénaire, les objectifs suivants, qui sont pour nous d’un intérêt primordial pour la création de l’espace européen de l’enseignement supérieur et la promotion de ce système européen à l’échelon mondial : • Adoption d’un système de diplômes facilement lisibles et comparables, entre autres par la mise en œuvre du "Supplément au diplôme", pour favoriser l’employabilité des citoyens européens et améliorer la compétitivité du système européen d’enseignement supérieur à l’échelon mondial. • Adoption d’un système fondé essentiellement sur deux cycles principaux, avant et après la licence. L’accès au deuxième cycle nécessitera d’avoir achevé avec succès le premier cycle, d’une durée minimale de trois ans. Le diplôme délivré au terme du premier cycle
correspondra à un niveau de qualification approprié pour l’insertion sur le marché du travail européen. Le second cycle devrait conduire au master et / ou au doctorat comme dans beaucoup de pays européens. • Mise en place d’un système de crédits – comme celui du système ECTS – comme moyen approprié pour promouvoir la mobilité des étudiants le plus largement possible. Les crédits pourraient également être acquis en dehors du système de l’enseignement supérieur, y compris par l’éducation et la formation tout au long de la vie, dans la mesure où ceux-‐ci sont reconnus par les universités d’accueil concernées. • Promotion de la mobilité en surmontant les obstacles à la réelle libre circulation, en portant une attention particulière à : -‐ pour les étudiants, l’accès aux études, aux possibilités de formation et aux services qui leur sont liés, -‐ pour les enseignants, les chercheurs et les personnels administratifs, la reconnaissance et la valorisation des périodes de recherche, d’enseignement et de formation dans un contexte européen, sans préjudice pour leurs droits statutaires. • Promotion de la coopération européenne en matière de garantie de la qualité, dans la perspective de l’élaboration de critères et de méthodologies comparables. • Promotion de la nécessaire dimension européenne dans l’enseignement supérieur, notamment en ce qui concerne l’élaboration de programmes d’études, la coopération entre établissements, les programmes de mobilité et les programmes intégrés d’études, de formation et de recherche. Par la présente déclaration, nous nous engageons à réaliser ces objectifs -‐ dans le cadre de nos compétences institutionnelles et en respectant pleinement la diversité des cultures, des langues, des systèmes éducatifs nationaux et l’autonomie des universités – afin de consolider l’espace européen de l’enseignement supérieur. A cette fin, nous poursuivrons dans la voie de la coopération inter gouvernementale, ainsi que dans celle des organisations non gouvernementales européennes compétentes dans le domaine de l’enseignement supérieur. Nous comptons à nouveau sur la réponse prompte et positive des établissements d’enseignement supérieur et sur leur contribution active au succès de nos efforts. Convaincus que la création réussie d’un espace européen de l’enseignement supérieur nécessite des efforts permanents de soutien, de suivi et d’adaptation pour répondre à des besoins en évolution constante, nous avons décidé de nous réunir à nouveau
d’ici deux ans pour évaluer les progrès accomplis et les nouvelles mesures à mettre en place. Signataires : Caspar EINEM Ministre de la science et des transports (Autriche) Jan ADE Directeur général Ministère de la Communauté flamande Direction de l’éducation (Belgique) Gérard SCHMIT Directeur général Ministère de l’enseignement supérieur et de la recherche de la Communauté française (Belgique) Eduard ZEMAN Ministre de l’éducation, de la jeunesse et des sports (République tchèque) Anna Mmia TOTOMANOVA Vice-‐Ministre de l’éducation et de la science (Bulgarie) Tonis LUKAS Ministre de l’éducation (Estonie) Margrethe VESTAGER Ministre de l’éducation (Danemark) Claude ALLEGRE Ministre de l’éducation nationale, de la recherche et de la technologie (France) Maija RASK Ministre de l’éducation et de la science (Finlande) Ute ERDSIEK-‐RAVE Ministre de l’éducation, de la science, de la recherche et de la culture du Land Scheswig-‐Holstein (Conférence permanente des Ministres de la culture des Länders allemands) Wolf-‐Michael CATENHUSEN Secrétaire d’Etat Ministère fédéral de l’éducation et de la recherche (Allemagne) Adam KISS Vice-‐Secrétaire d’Etat de l’enseignement supérieur et de la science (Hongrie) Gherassimos ARSENIS Ministre de l’éducation publique et des affaires religieuses (Grèce) Pat DOWLING Directeur Ministère de l’éducation et de la science (Irlande) Gudridur SIGURDARDOTTIR Secrétaire général Ministère de l’éducation, de la science et de la culture (Islande) Tatiana KOKEK Ministre d’Etat de l’enseignement supérieur et de la recherche (Lettonie) Ortensio ZECCHINO Ministre de l’université et de la recherche scientifique et technique (Italie) Erna HENNICOT-‐SCHOEPGES Ministre de l’éducation nationale et de la formation professionnelle (Luxembourg) Kornelijus PLATELIS Ministre de l’éducation et de la science (Lituanie) Loek HERMANS Ministre de l’éducation, de la culture et de la science (Pays-‐Bas) Louis GALEA Ministre de l’éducation (Malte)
Wilibad WINKLER Sous-‐Secrétaire d’Etat de l’éducation nationale (Pologne) Jon LILLETUN Ministre de l’éducation, de la recherche et des affaires d’église (Norvège) Andrei MARGA Ministre de l’éducation nationale (Roumanie) Eduardo Marçal GRILO Ministre de l’éducation (Portugal) Pavel ZGAGA Secrétaire d’Etat de l’enseignement supérieur (Slovénie) Milan FTACNIK Ministre de l’éducation (République slovaque) Agneta BLADH Secrétaire d’Etat de l’éducation et de la science (Suède) D. Jorge FERNANDEZ DIAZ Secrétaire d’Etat de l’éducation, des universités, de la recherche et du développement (Espagne) Baronne Tessa BLACKSTONE du Stoke Newington Ministre d’Etat de l’éducation et de l’emploi (Royaume-‐Uni) Charles KLEIBER Secrétaire d’Etat de la science et de la recherche (Confédération helvétique)
Anexo VI
Carta de Petição sobre o Ensino Superior à AR:
Lisboa, 21 de Março de 2011 Senhor Presidente da Assembleia da República Excelência, No exercício do direito de petição constitucionalmente consagrado e com base
no disposto na Lei nº 43/90, de 10 de Agosto, alterada pela Lei nº 6/93, de 1 de Março, que regula o exercício deste direito, os abaixo assinados vêm junto da Assembleia da República, apresentar a seguinte petição colectiva para defesa dos direitos dos cidadãos e do interesse nacional em geral e do direito das universidades públicas não estatais em particular, de modo a usufruírem plenamente dos benefícios decorrentes de processos avaliação, acreditação e garantia da qualidade do ensino superior consistentes e transparentes, com pleno reconhecimento internacional, nos termos e com os seguintes fundamentos:
Reconhecemos, como necessário a existência de processos de avaliação da
qualidade, sistemáticos da maior exigência e de total transparência que ajudem as Universidades a melhorar permanentemente o seu desempenho de modo a participarem plenamente no desenvolvimento do País.
Reconhecemos a inegável necessidade de implementar uma política de avaliação do Sistema de Ensino Superior em Portugal facto que tem conduzido nos últimos anos, à tomada de medidas de diferente natureza, tanto a nível do Governo como das próprias instituições Universitárias, assim como ao aprofundamento do debate na sociedade civil sobre esta complexa questão.
Salientamos em particular, a publicação da Lei n.º 38/2007, de 16 de Agosto que aprovou o Regime Jurídico da Avaliação do Ensino Superior, na qual se previa a existência de uma agência de avaliação e acreditação para a garantia da qualidade do ensino superior (nº2, do Artigo 11º), e na qual foram definidos os princípios da avaliação da qualidade nos seguintes termos, os quais nos merecem total aprovação:
a) Obrigatoriedade e periodicidade; b) Intervenção de docentes, de estudantes e de entidades externas; c) Existência de um sistema de avaliação externa caracterizado pela independência orgânico -‐funcional do avaliador face à entidade avaliada; d) Internacionalização; e) Participação das entidades avaliadas nos processos de avaliação externa, incluindo o contraditório;
f) Recorribilidade das decisões.
Ora entendem os subscritores que aplicação daquilo que está consagrado em particular nas alíneas c) e d) (independência e internacionalização) não estão devidamente assegurados na actuação do MCTES e da A3ES e que tal facto provoca prejuízos extraordinários para as instituições, para os alunos e para os seus familiares, para docentes e funcionários, para o Ensino superior em Portugal e em ultima instância para o País
Nestes termos Primeira questão Relativamente à alínea c) consideramos que tal não veio a acontecer na
medida em que contrariamente ao pretendido, a A3ES não pode ser considerada como um organismo independente face ao poder político e às entidades avaliadas tendo em consideração as regras de designação, de composição e de funcionamento do Conselho de Administração, enquanto respectivo órgão principal, pois dependem de um Conselho de Curadores designado politicamente pelo próprio Governo.
É pertinente ter e como evidência da ausência de independência (entre outros) o estipulado nos próprios Estatutos da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior Anexo ao Decreto-‐Lei n.º 369/2007 de 5 de Novembro, nomeadamente:
Artigo 8.º Composição e funcionamento 1 — O conselho de curadores é composto por cinco membros, designados por resolução do Conselho de Ministros, sob proposta do ministro responsável pela área do ensino superior, de entre personalidades de reconhecido mérito e experiência. Artigo 9.º Competência Compete ao conselho de curadores: a) Designar os membros do conselho de administração e do conselho de revisão; Artigo 10.º Composição do conselho de administração 1 — O conselho de administração, enquanto órgão responsável pela definição da actuação da Agência e pela prática dos actos ordenados à prossecução dos respectivos fins, é composto por um número máximo de quatro membros executivos e de três membros não executivos, perfazendo um total máximo de sete membros, designados pelo conselho de curadores, com um mandato de quatro anos, renovável, de entre personalidades de mérito científico e profissional reconhecido e relevante para as atribuições da Agência. 2 — Um dos membros executivos é nomeado pelo conselho de curadores na qualidade de presidente do conselho de administração.
Também os critérios de admissão como full member na ENQA são extremamente exigentes sobre esta matéria designadamente o critério 5 dos Regulations of the European Association for Quality Assurance in Higher Education (ENQA) que se transcreve:
ENQA Criterion 5 – Independence (ESG 3.6) Agencies should be independent to the extent both that they have autonomous responsibility for their operations and that the conclusions and recommendations made in their reports cannot be influenced by third parties such as higher education institutions, ministries or other stakeholders. An agency will need to demonstrate its independence through measures, such as: • its operational independence from higher education institutions and governments is guaranteed in official documentation (e.g. instruments of governance or legislative acts); • the definition and operation of its procedures and methods, the nomination and appointment of external experts and the determination of the outcomes of its quality assurance processes are undertaken autonomously and independently from governments, higher education institutions, and organs of political influence; • while relevant stakeholders in higher education, particularly students/learners, are consulted in the course of quality assurance processes, the final outcomes of the quality assurance processes remain the responsibility of the agency.
Segunda questão Relativamente à internacionalização é estabelecido no nº 6 do Artigo 7º
alínea b) que “Podem integrar os resultados de avaliações de estabelecimentos de ensino ou de ciclos de estudos realizadas por instituições nacionais, estrangeiras ou internacionais que desenvolvam actividade de avaliação dentro dos princípios adoptados pelo sistema europeu de garantia da qualidade do ensino superior”
Ora a formula é demasiado vaga, pois tempestivamente permite á A3ES a exclusão ou a não consideração de avaliações efectuadas, em particular por entidades que sejam membros de pleno direito da European Association for Quality Assurance in Higher Education (ENQA).
Ora não basta a possibilidade de integrar resultados de avaliação, nem tão pouco a A3ES deveria poder substituir-‐se às avaliações efectuadas por outras agências europeias que são membros de pleno direito da ENQA e tendo anos de experiencia acumulada, o que não é o caso da A3ES.
Por outro lado não se sustenta que o MCTES não reconheça os resultados de avaliações efectuadas por Agências reconhecidas como membros de pleno direito pela ENQA tanto mais que invoca o modelo e os Os Standards and Guidelines for Quality Assurance in the European Higher Education Area, constantes do relatório, de Fevereiro de 2005, preparado pela European Association for Quality Assurance in Higher Education (ENQA) a pedido dos ministros signatários da Declaração de Bolonha; e da ENQA e expressamente referidos no Decreto-‐Lei n.º 369/2007 de 5 de Novembro.
Neste quadro os cidadãos subscritores desta Petição solicitam: 1-‐ que as regras de designação, de composição e de funcionamento do
Conselho de Curadores e do Conselho de Administração, enquanto respectivo órgão principal da A3ES, sejam revistas de forma a que seja assegurado com plena transparência o princípio de independência estabelecido no Decreto-‐Lei n.º 369/2007 de 5 de Novembro e no estabelecido sobre esta matéria pelo organismo europeu de referência, reconhecido pelo próprio Governo e que é a European Association for Quality Assurance in Higher Education (ENQA) relativamente a third parties such as higher education institutions, ministries or other stakeholders.
2-‐ Que sejam criadas as condições legais que permitam a criação em
Portugal de uma Agência de Avaliação e Acreditação para a Garantia da Qualidade do Ensino Superior “A3ES+GQ” que nasça oferecendo objectivamente ao País, na forma e no espírito, plena garantia de isenção, transparência e independência em conjugação com o respeito pelo enquadramento oferecido pela ENQA.
3-‐ que as instituições de Ensino Superior possam recorrer livremente
para a avaliação institucional e/ou de ciclos de estudo, a qualquer Instituição de Avaliação Europeia, que seja reconhecida como membro de pleno direito da European Association for Quality Assurance in Higher Education (ENQA) sendo os resultados e suas consequências obrigatóriamente reconhecidos integralmente para todos os efeitos, tanto pelo MCTES com pelas Instituições de Ensino que entendam recorrer à referida avaliação internacional. Anexos: Decreto-‐Lei n.º 369/2007 de 5 de Novembro Lei n.º 38/2007, de 16 de Agosto Lista dos membros de pleno direito da ENQA Regulations of the European Association for Quality Assurance in Higher Education (ENQA)
Assinam a Petição:
Nome BI Assinatura
Anexo VII
Parecer da Comissão Parlamentar: AR_CECC_Relatório Final_PETIÇÃO