contribuiÇÃo da educaÇÃo fÍsica na produÇÃo de conhecimento sobre a prÁtica de atletismo na...

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Educação Física em Revista ISSN: 1983-6643 Vol.5 Nº1 jan/fev/mar/abr - 2011 CONTRIBUIÇÃO DA EDUCAÇÃO FÍSICA NA PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO SOBRE A PRÁTICA DE ATLETISMO NA INFÂNCIA E NA ADOLESCÊNCIA DISPONÍVEL EM BASES VIRTUAIS Profa. Dra. Raimunda Hermelinda Maia Macena* RESUMO Este estudo exploratório-descritivo, pautado na abordagem quantitativa documental e de base terciária, teve como objetivo mapear a produção científica relacionada á prática de atletismo na infância e adolescência com foco na contribuição da educação física no período de 1975 á 2010. Os dados coletados foram obtidos através das bases virtuais contidas na biblioteca virtual em saúde BIREME, sendo extraídas das bases MEDLINE e LILACS. Para identificar as publicações foram empregados os descritores “atletismo-infancia”, “atletismo-criança”, “atletismo-adolescente” e “atletismo- adolescência”, além das modalidades específicas com cada faixa etária. Foram encontrados 20.542 artigos publicados durante o período que abrange os anos de 1975 á 2010, após leitura crítica ficaram 162, sendo que no final da triagem restaram (22). O idioma mais freqüente foi o inglês (90,91%), a prática de atletismo abordada foi a corrida (22) e a área de maior publicação foi a fisiologia (72,73%). No entanto, a contribuição da Educação Física nas publicações se mostrou escassa (22). É preciso ressaltar que podem existir publicações sobre o atletismo na infância e adolescência não cadastradas em bases virtuais ou disponíveis em bases de menor relevância na área da saúde. Se faz necessária a unificação das bibliotecas virtuais em saúde, facilitando o acesso á todas as publicações cientificas existentes sobre o assunto. *Possui doutorado em Ciências Médicas pela Universidade Federal do Ceará (2009), mestrado em saúde coletiva pela Universidade de Fortaleza (2001) e graduação em Enfermagem pela Universidade Estadual do Ceará (1995)). Atualmente é professora do curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará. Tem experiência na área de Saúde Coletiva, com ênfase em Saúde Pública, atuando principalmente nos seguintes temas: fisioterapia, educação física, assistência, prevenção das DST/aids, promoção da saúde e HIV/aids.

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A autora Macena mapeia a produção científica relacionada à prática de atletismo na infância e adolescência com foco na contribuição da educação física no período de 1975 á 2010.

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  • Educao Fsica em Revista ISSN: 1983-6643 Vol.5 N1 jan/fev/mar/abr - 2011

    CONTRIBUIO DA EDUCAO FSICA NA PRODUO DE CONHECIMENTO SOBRE A

    PRTICA DE ATLETISMO NA INFNCIA E NA ADOLESCNCIA DISPONVEL EM BASES

    VIRTUAIS

    Profa. Dra. Raimunda Hermelinda Maia Macena*

    RESUMO

    Este estudo exploratrio-descritivo, pautado na abordagem quantitativa documental e de base terciria,

    teve como objetivo mapear a produo cientfica relacionada prtica de atletismo na infncia e

    adolescncia com foco na contribuio da educao fsica no perodo de 1975 2010. Os dados coletados

    foram obtidos atravs das bases virtuais contidas na biblioteca virtual em sade BIREME, sendo extradas

    das bases MEDLINE e LILACS. Para identificar as publicaes foram empregados os descritores

    atletismo-infancia, atletismo-criana, atletismo-adolescente e atletismo- adolescncia, alm das

    modalidades especficas com cada faixa etria. Foram encontrados 20.542 artigos publicados durante o

    perodo que abrange os anos de 1975 2010, aps leitura crtica ficaram 162, sendo que no final da

    triagem restaram (22). O idioma mais freqente foi o ingls (90,91%), a prtica de atletismo abordada foi

    a corrida (22) e a rea de maior publicao foi a fisiologia (72,73%). No entanto, a contribuio da

    Educao Fsica nas publicaes se mostrou escassa (22). preciso ressaltar que podem existir

    publicaes sobre o atletismo na infncia e adolescncia no cadastradas em bases virtuais ou disponveis

    em bases de menor relevncia na rea da sade. Se faz necessria a unificao das bibliotecas virtuais em

    sade, facilitando o acesso todas as publicaes cientificas existentes sobre o assunto.

    *Possui doutorado em Cincias Mdicas pela Universidade Federal do Cear (2009), mestrado em sade coletiva

    pela Universidade de Fortaleza (2001) e graduao em Enfermagem pela Universidade Estadual do Cear (1995)).

    Atualmente professora do curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Cear. Tem experincia na rea de

    Sade Coletiva, com nfase em Sade Pblica, atuando principalmente nos seguintes temas: fisioterapia, educao

    fsica, assistncia, preveno das DST/aids, promoo da sade e HIV/aids.

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    Educao Fsica em Revista ISSN: 1983-6643 Vol.5 N1 jan/fev/mar/abr - 2011

    INTRODUO

    No sentido etimolgico, a palavra atletismo tem a sua origem na raiz grega athlon, que

    significa combate. Arquivos histricos apontam a Grcia como precursora da prtica, pela sua cultura e

    filosofia como o bero do Atletismo, sendo praticado desde 1929 a.C. (TEIXEIRA, 1973).

    importante observar que no somente os homens praticavam o Atletismo, mas tambm

    mulheres e crianas. Esse fato, ocorrido em pocas to remotas, refora a tese de que o esporte tem boa

    aceitao por parte das crianas e adolescentes onde sua prtica ocorre naturalmente, devendo preocupar-

    se somente com a forma pela qual esta acontece (NASCIMENTO, 2005).

    O mundo contemporneo tem mostrado novas facetas no que diz respeito informao e dentre

    elas podemos citar a internet. Atravs do seu surgimento no ano de 1969, nos Estados Unidos, vem

    facilitando a divulgao da informao cientfica entre os profissionais da rea da sade, proporcionando

    pesquisas bibliogrficas gratuitas ou de baixo custo, facilitando a aquisio de equipamentos de sade e

    tambm de materiais didticos (TURATTI, 2000).

    Com a democratizao da informao virtual crescente o nmero de artigos cientfico de sade

    disponvel nas bibliotecas virtuais. Nas ltimas dcadas do sc. XX a internet alm de alterar a dinmica

    do fluxo da comunicao cientfica interferiu tambm no modo de fazer cincia e consequentemente em

    outros setores da sociedade (CASTRO, 2006).

    Fazendo um paralelo sobre o crescente estmulo de acesso e propagao do conhecimento

    virtual, faz-se necessrio citar a atual democratizao da educao fsica como cincia da sade e a

    crescente contribuio da mesma na contribuio cientfica mundial. Atravs da base de dados virtuais

    disponvel na BIREME, foram pesquisadas publicaes cientficas acerca da prtica de atletismo na

    infncia e adolescncia.

    Assim, este estudo busca descrever a produo cientfica, sobre a prtica de atletismo na infncia

    e na adolescncia disponvel na principal base virtual de sade, a BIREME, com foco na contribuio da

    educao fsica. Identificou-se: a base de dados disponvel; o idioma mais utilizado nas publicaes; o

    tipo, pas e ano de publicao; a rea de conhecimento; os objetos, tipo e sujeitos do estudo. Foram

    encontradas publicaes no perodo de 1975 2010.

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    Educao Fsica em Revista ISSN: 1983-6643 Vol.5 N1 jan/fev/mar/abr - 2011

    CONHECENDO AS BASES VIRTUAIS

    No ano de 1969, na Califrnia, durante o perodo da Guerra Mundial Fria que ocorria entre EUA

    (Estados Unidos da Amrica) e URSS (Unio Sovitica), foi criada pela ARPA Agencia de Projetos e

    Pesquisas Avanadas do Departamento de Defesa dos EUA uma rede militar de computadores

    denominada ARPANET. O objetivo principal da construo dessa rede de computadores era que a mesma

    fosse resistente a um ataque nuclear, permitindo que as decises militares no fossem prejudicadas, pois

    no se encontrariam em um nico lugar especfico (TURATTI, 2000).

    No Brasil o acesso internet de forma ilimitada ainda algo restrito s camadas sociais um

    pouco mais abastadas. A incluso digital geralmente definida num pas pela relao entre a porcentagem

    de pessoas com acesso a computador e/ou Internet no domiclio e o total da populao e para que haja

    acesso informao de maneira digital necessrio um conhecimento prvio de leitura e escrita (SORJ,

    GUEDES, 2005).

    Em pouco menos de dez anos, no se poderia predizer o impacto fenomenal da

    interconectividade global que, aliado ao poder dos microcomputadores, modificaria o gerenciamento das

    bibliotecas. Pela primeira vez em uma centena de anos estas enfrentam o grande e difcil desafio de rever

    e redesenhar seus servios. Alm disso, mais e mais documentos esto sendo publicado nos formatos

    eletrnicos o que exige redimensionamentos de espao e mecanismo de busca e disseminao desses

    materiais (OHIRA; PRADO, 2002).

    Biblioteca virtual aquela que no existe fisicamente, se constituindo numa aplicao universal

    de avanada tecnologia atravs de um software prprio acoplado a computadores de alta velocidade,

    simulando o ambiente de uma biblioteca em duas ou trs dimenses. Assim possvel entrar em uma

    biblioteca virtual, circular entre salas, selecionar livros, abri-lo e l-lo. Porm isso ainda no uma

    realidade para todos por ser caro e grande consumidor de memria (MARCHIORI, 1997; OHIRA;

    PRADO, 2002).

    H trs elementos necessrios para que o conceito de biblioteca virtual funcione de forma

    efetiva: o usurio, a informao em formato digital e as redes computadorizadas. A BVS o produto da

    evoluo de trs dcadas do programa de cooperao tcnica em informao cientfica na America Latina

    e Caribe. Sob a liderana da OPAS/OMS Organizao Panamericana de Sade/ Organizao Mundial

    de Sade, o programa coordenado e implantado pela BIREME Biblioteca Virtual em Medicina

    nomenclatura inicial (GOLDBAUM, 2000).

    Em 1982 a BIREME passou a ser denominada Centro Latino Americano e do Caribe de

    Informao em Cincias da Sade, persistindo at os dias atuais a sigla BIREME (SILVA; FERLA;

    GALLIAN, 2006).

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    O ATLETISMO

    A histria do Atletismo comea com os primrdios de nossa civilizao. O homem das cavernas,

    de forma natural, praticava uma srie de movimentos, seja nas atividades de caa ou em sua defesa

    prpria. Ele saltava, corria, lanava, enfim desenvolvia uma srie de habilidades atualmente relacionadas

    com as diversas provas de uma competio de atletismo. (NETTO, 2004).

    O esporte olmpico Atletismo, que serve como base para a maioria das demais modalidades,

    uma atividade natural por excelncia (NASCIMENTO, 2005).

    Desde os primrdios at os dias de hoje, o atletismo sofreu algumas modificaes como, por

    exemplo, as regras de competio.

    No incio dos tempos, essa prtica era realizada, visando conservao e preservao da

    espcie e foi sendo incorporada cultura humana. Assim comeou o Atletismo, chamado esporte de base,

    por no apresentar grande dificuldade em sua prtica, ser de fcil assimilao, e por utilizar as formas

    bsicas do movimento: andar, correr, saltar, lanar, arremessar (BRANDT, 2002).

    Esse esporte se faz diferenciado dos demais, pois composto de diversas especialidades

    diferentes entre si, o que o torna uma modalidade com uma complexidade que explora as diversas faces

    do talento fsico do homem (NASCIMENTO, 2005).

    A CRIANA E O ADOLESCENTE

    No Brasil, os direitos fundamentais infncia e adolescncia encontram-se assegurados no

    Estatuto da Criana e do Adolescente ECA (1990) que constitui uma avanada legislao. No Art. 71. -

    A criana e o adolescente tm direito a informao, cultura, lazer, esportes, diverses, espetculos e

    produtos e servios que respeitem sua condio peculiar de pessoa em desenvolvimento (MINISTRIO

    DA SADE, 2010).

    Neste contexto a prtica de atividade fsica entre essa populao torna-se imprescindvel, onde as

    crianas e jovens utilizaro o tempo livre para algo em prol de seu beneficio atravs do esporte.

    A IMPORTNCIA DA ATIVIDADE FSICA SOBRE O DESENVOLVIMENTO

    Nveis de prtica de atividade fsica habitual em segmentos da populao jovem tm-se tornado

    importante tema de interesse e preocupao constante entre especialistas da rea, em razo de sua estreita

    associao com aspectos relacionados sade (GUEDES et al., 2001).

    Em um recente posicionamento do American College of Sports Medicine (ACSM), evidenciou-

    se que a prtica de atividade fsica na infncia melhora a sade ssea, tanto em curto quanto em longo

    prazo. Os mecanismos que estabelecem essa associao relacionam-se aos incrementos no tamanho

    sseo, no contedo mineral e no pico de massa ssea que podem ser percebidos ao comparar adolescentes

    ativos com sedentrios. Alm disso, a prtica de atividade fsica na adolescncia aumenta a probabilidade

    de praticar atividade fsica na vida adulta o que, por sua vez, est associado com menores incidncias de

    diversas doenas crnicas na vida adulta, (SIQUEIRA et al. 2009). Portanto evidente a necessidade da

    contribuio da Educao Fsica na produo de conhecimento sobre a prtica esportiva nessa faixa

    etria.

    Info-pcRealce

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    METODOLOGIA

    Tipo de Estudo: Trata-se de um estudo bibliogrfico exploratrio-descritivo, pautado na abordagem

    quantitativa documental e de base terciria, realizado atravs de um levantamento de publicaes

    cientficas nacionais e internacionais relacionadas prtica do atletismo na infncia e adolescncia no

    perodo entre 1975 2010, contidas na principal biblioteca virtual em sade, na seguinte base de dados:

    site do Centro Latino-Americano e do Caribe de Informao em Cincias da Sade (BIREME, 2010).

    Populao e Amostra: A escolha por tal base deveu-se ao fato de a BIREME ser um centro

    especializado da Organizao Pan-Americana da Sade (OPAS), que objetiva contribuir para o

    desenvolvimento da sade, fortalecendo e ampliando o fluxo de informao em cincias da sade

    atendendo 31 pases (BIREME, 2010).

    A biblioteca supracitada alberga 17 bases de dados no total, dentre elas (5) de Sade em Geral

    (LILACS, IBECS, MEDLINE, Biblioteca Cochrane, SciELO; 10 em reas especializadas (ADOLEC,

    BBO, BDENF, CidSade, DESASTRES, HISA, HOMEOINDEX, LEYES, MEDCARIB, REPIDISCA)

    e 2 Organismos Internacionais WHOLIS e PAHO. As bases utilizadas neste estudo foram LILACS

    (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Cincias da Sade) e MEDLINE (Literatura Internacional

    em Cincias da Sade). A WHOLIS o Sistema de Informao da Biblioteca da OMS, os quais

    abrangem publicaes vinculadas BIREME em peridicos, documentos oficiais, alguns livros e teses

    acadmicas.

    Coleta de dados: A fase de coleta de dados ocorreu de janeiro maro de 2010. Identificaram-se 162

    resumos, aps leitura crtica foram selecionados 22 que contemplavam o objetivo do estudo. Foram

    realizadas leituras flutuantes dos textos, pois este momento constituiu em buscar contedos acerca da

    prtica de atletismo na infncia e adolescncia.

    Os critrios para a seleo das dissertaes, teses e artigos foram: apresentar em seus resumos os

    termos atletismo na infncia e na adolescncia utilizando como estratgia de busca os descritores:

    Atletismo; Corrida; Corrida-Infncia; Corrida-Criana; Corrida-Adolescncia; Corrida-

    Adolescente; Salto(s); Saltos-Criana; Salto(s)-Infncia; Salto(s)-Adolescente; Salto(s)-

    Adolescncia; Arremesso(s); Arremesso(s)-Criana; Arremesso(s)-Infncia; Arremesso(s)

    Adolescente; Arremesso(s)-Adolescncia; Lanamento(s); Lanamento(s)-Criana;

    Lanamento(s)-Infncia; Lanamento(s)-Adolescente e Lanamento(s)-Adolescncia encontradas

    nos idiomas portugus, ingls ou espanhol.

    Os qualificadores utilizados na busca foram Esporte na primeira etapa (atletismo e

    modalidades) e Educao Fsica e Treinamento, na segunda (modalidade e segmento etrio).

    Em um segundo momento, durante a organizao do material, os trabalhos foram separados e

    selecionados levando em conta o contedo do texto. As informaes coletadas foram classificadas e

    analisadas em forma de categorias separadas por cores. As publicaes que versavam sobre o tema

    proposto foram classificadas pela cor amarela (22), as que abordavam o tema atletismo, porm sem o

    assunto criana/adolescente foram representados pela cor branca (50), os resumos que limitavam o

    esporte no geral vermelho (50) e artigos que se repetiam cor verde (40).

    Aspectos ticos: No desenvolvimento deste artigo foram cumpridas as normas da Resoluo CSN n

    196/96 e regimento interno do Comit de tica em Pesquisa da FIC. A coleta de dados assegurou os

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    aspectos ticos, respeitando as normas do Cdigo de tica da Educao Fsica Resoluo

    CONFEF/056/2003 (Conselho Federal de Educao Fsica), alm dos preceitos ticos relativos

    utilizao de dados secundrios e tercirios conforme previsto na Resoluo CSN n 196/96

    Anlise e interpretao de dados: Os dados foram analisados considerando as variveis: palavras-

    chave; base disponvel; ano de publicao; idioma utilizado; tipo de publicao; rea de conhecimento;

    pas de publicao; objeto, tipo e sujeitos do estudo. Os dados quantitativos obtidos foram processados e

    analisados eletronicamente utilizando-se a Microsoft Office Excel (verso 2003 for Windows), atravs de

    estatstica descritiva apresentado sob a forma de grficos e tabelas.

    RESULTADOS

    A seguir sero descritos os resultados. Para os elementos descritores do estudo foi elaborada uma

    tabela e para a representao dos achados em termos quantitativos foram elaboradas figuras explicativas.

    Para apresentao dos objetos de estudos, optou-se pela criao de um quadro demonstrativo.

    A partir da pesquisa realizada, foi encontrado um total de 162 publicaes cientficas sendo que

    apenas 22 tratam especificamente da temtica: atletismo na infncia e adolescncia. A maioria dos artigos

    foi encontrada no MEDLINE (90,91%), foram escritos em ingls (90,91%) e estruturados sob o formato

    de caso-controle (50%).

    Os estudos tiveram incio no ano de 1982 (4,55%) mantendo produes at o ano de 2007

    (9,09%), tendo seu pico de produo em 2006 (13,64%). Com relao aos sujeitos de pesquisa (45,46%)

    adolescentes foram estudados, embora (22,73%) adolescentes sem considerar a prtica de atividade fsica

    e (22,73%) adolescentes atletas de corrida, entre as crianas encontrou-se (36,36%) artigos. A rea de

    pesquisa de maior interesse no assunto foi fisiologia (72,73%), quando comparada s reas de

    psicologia, treinamento desportivo e educao fsica com (9,09%) cada uma (TABELA 01).

    TABELA 01 Descrio dos estudos sobre atletismo registrados na BIREME no perodo de 1975 a

    2010. Fortaleza, Ce, 2010.

    VARIVEIS DOS ESTUDOS Fa F%

    BASE

    MEDLINE 20 90,91

    LILACS 2 9,09

    IDIOMA

    Ingls 20 90,91

    Portugus 2 9,09

    TIPO DE ESTUDO

    Caso-Controle 11 50,00

    Descritivo 5 22,73

    Bibliogrfico 4 18,18

    Ensaio Controle 2 9,09

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    ANO

    1982 1 4,55

    1985 1 4,55

    1987 1 4,55

    1988 2 9,09

    1989 1 4,55

    1990 2 9,09

    1995 1 4,55

    1997 1 4,55

    2000 1 4,55

    2002 2 9,09

    2003 2 9,09

    2004 2 9,09

    2006 3 13,64

    2007 2 9,09

    SUJEITO

    Crianas 8 36,36

    Adolescentes 5 22,73

    Adolescentes Atletas de Corrida 5 22,73

    Reviso Sistemtica 4 18,18

    REA

    Fisiologia 16 72,73

    Psicologia 2 9,09

    Treinamento Desportivo 2 9,09

    Educao Fsica 2 9,09

    OBJETO

    Aspectos psicolgicos 2 9,09

    Treinamento Desportivo 4 18,18

    Variveis fisiolgicas 16 72,73

    Quando utilizamos o descritor atletismo, encontramos 20.542 publicaes, porm quando

    utilizamos o qualificador esporte, encontramos 14.601. Tal fato ocorre, pois o atletismo considerado

    pela base virtual da BIREME como esporte em geral, ou seja, quando se utiliza esse descritor o resultado

    da busca so os esportes no geral.

    Neste estudo, ao se utilizar o descritor atletismo corrida encontrou-se (11.380) publicaes,

    com o qualificador educao fsica e treinamento esse nmero decresce para (568). Em relao

    modalidade dos saltos, com o descritor salto obteve-se (135) publicaes onde com o mesmo

    qualificador de corrida o resultado foi para (6) publicaes disponveis. Nas modalidades de arremessos e

    lanamentos as publicaes foram mais escassas, onde com o descritor arremesso obteve-se (18)

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    Educao Fsica em Revista ISSN: 1983-6643 Vol.5 N1 jan/fev/mar/abr - 2011

    publicaes e apenas (1) no qualificador educao fsica e treinamento, j no descritor lanamento

    (182) publicaes onde no qualificador educao fsica e treinamento (0) e esportes (1) (FIGURA

    01).

    FIGURA 01 Descrio dos estudos sobre atletismo registrados na

    BIREME no perodo de 1975 a 2010. Fortaleza, Ce, 2010.

    Ao analisar a figura 2 podemos observar que ao separarmos o atletismo por segmento etrio,

    obtemos mais publicaes na faixa pr-pbere e pbere (8.146) do que na faixa infantil (1.860). Nesta

    faixa etria, com o descritor atletismo criana encontrou-se 2805 publicaes onde com o qualificador

    esporte obteve-se 1.827. J com o descritor atletismo - infncia encontrou-se 53 publicaes e 33 no

    qualificador esporte.

    Com relao faixa pr-pbere e pbere obteve-se o mesmo nmero de publicaes entre os

    descritores atletismo-adolescente e atletismo-adolescncia 5.885 para ambos, a diferena foi no

    qualificador esporte, pois no primeiro se obteve 4.078 publicaes e no segundo 4.068, uma diferena

    pequena, porm existente. Nesta figura observa-se a escassez de pesquisas cientficas relacionadas ao

    atletismo na infncia (FIGURA 02) embora seja do conhecimento geral que a atividade fsica tem efeitos

    benficos sobre o desenvolvimento da criana e do adolescente, porm necessrio um trabalho

    profissional, respeitando as caractersticas individuais para que tal atividade no prejudique esses

    indivduos.

    Atletismo (20.542)

    Atletismo com assunto especfico de esporte (14.601)

    Decs:Corrida

    (11.380)

    Assunto:

    Educao fsica e treinamento

    (568)

    Decs: Saltos(136)

    Salto(692)

    Assunto:

    Educao fsica e treinamento

    (6)

    (10)

    Decs: Arremesso(18)

    Arremessos (12)

    Assunto:

    Educao fsica e treinamento

    (1)

    Esportes (3)

    Decs:Lanamento(182)

    Assunto:

    Educao fsica e treinamento

    (0)

    Esportes (2)

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    Educao Fsica em Revista ISSN: 1983-6643 Vol.5 N1 jan/fev/mar/abr - 2011

    FIGURA 02 Descrio dos estudos sobre atletismo por

    modalidade de prtica e segmento etrio registrados na BIREME no

    perodo de 1975 a 2010. Fortaleza, Ce, 2010.

    Na figura 3, classificaram-se cada modalidade do atletismo, diferenciando as faixas etrias por

    cada prtica. Com relao modalidade de corrida de (14.601) encontrou-se (11.380) publicaes, destas

    (491) eram na faixa etria infantil e apenas (7) no descritor infncia. Em relao ao qualificador

    educao fsica e treinamento este nmero decresceu para (31) publicaes (30 - crianas e 1 infncia).

    Na faixa etria pr-pbere e pbere o nmero de publicaes foi maior em relao faixa infantil (1716

    em relao a 491) com os descritores Corrida Adolescente e Corrida Adolescncia, com a

    diferena mnima entre os dois pelo fato de Corrida-Adolescncia apresentar (1) artigo mais, embora

    no qualificador educao fsica e treinamento tenham sido encontradas as mesmas publicaes (115).

    Na modalidade dos saltos o nmero de publicaes foi to escasso quanto s outras modalidades.

    Embora quando o descritor salto apresentou (692) publicaes, dessas (50) foram classificadas com o

    descritor salto-criana e salto-infncia e (73) para salto-adolescente e salto-adolescncia. Com

    relao ao qualificador educao fsica e treinamento esse nmero decresceu (1, 0, 2 e 2). Para o

    descritor saltos foram 135 publicaes, saltos-criana (9), saltos-infncia (0) e saltos-adolescente

    e saltos-adolescncia (16). Nos qualificadores obteve-se o mesmo nmero de publicaes, com a

    diferena que em saltos o qualificador foi esportes pelo fato de no ter nenhum resultado no

    qualificador educao fsica e treinamento.

    Em relao s modalidades do arremesso foram encontradas (18) publicaes com o descritor

    arremesso e (12) com arremessos. Destas (18) publicaes, (3) tratavam de assuntos diretamente

    relacionados s crianas e nenhuma relacionada infncia, onde no se obteve nenhuma publicao

    quando colocados os qualificadores educao fsica e treinamento ou esportes. No foi encontrada

    nenhuma publicao com os qualificadores citados com o descritor arremesso em nenhuma das faixas

    etrias pesquisadas, encontrou-se apenas (1) publicao com o descritor arremessos-adolescente e

    arremessos-adolescncia com o qualificador esportes.

    Atletismo/esporte por segmento etrio

    Faixa infantil

    (1.860 de 2.858)

    Decs: Criana

    (2.805)

    Assunto:Esporte

    (1.827)

    Decs: Infncia

    (53)

    Assunto:Esporte

    (33)

    Faixa pr-pbere e pbere

    (8.146 de 11.760)

    Decs: Adolescente

    (5.885)

    Assunto:Esporte

    (4.078)

    Decs: Adolescncia

    (5.875)

    Assunto:Esporte

    (4.068)

  • 10

    Educao Fsica em Revista ISSN: 1983-6643 Vol.5 N1 jan/fev/mar/abr - 2011

    Nos lanamentos os nmeros revelam escassez em publicaes sobre o tema. Quando utilizado o

    descritor lanamento obteve-se (182) publicaes e (0) para lanamentos. Partindo para as faixas

    etrias o nmero de publicaes continuou demonstrando que a produo cientfica relacionada prtica

    de atletismo na infncia e adolescncia mnima, principalmente na infncia. Com os descritores

    lanamento criana obteve-se (4) publicaes, lanamento-infncia (0), lanamento adolescente

    (6) e lanamento adolescncia (5). Embora para cada descritor tenha encontrado 1 publicao no

    qualificador esportes, para lanamento infncia no foi encontrada nenhuma publicao.

    FIGURA 03 Descrio dos estudos sobre atletismo por modalidade de prtica e

    segmento etrio considerando o qualificador educao fsica e treinamento

    registrados na BIREME no perodo de 1975 a 2010. Fortaleza, Ce, 2010.

    Atletismo por modalidade e segmento etrio

    Decs: Corrida(11.380 de 14.601)

    Criana (484)

    Assunto: Educao fsica e

    treinamento

    (30)

    Infncia (7)

    Assunto: Educao fsica e

    treinamento

    (1)

    Adolescente (1716)

    Assunto: Educao fsica e

    treinamento

    (115)

    Adolescncia (1717)

    Assunto: Educao fsica e

    treinamento

    (115)

    Atletismo por modalidade e segmento etrio

    Decs: Saltos (135)

    Salto (692)

    Criana

    (9)

    (50)

    Assunto: Educao fsica e

    treinamento

    (1)

    (1)

    Infncia

    (0)

    (3)

    Assunto: Educao fsica e

    treinamento

    (0)

    (0)

    Adolescente (16)

    (73)

    Assunto: Educao fsica e treinamento(0)

    Esportes (2)

    Ef e t.(2)

    Adolescncia (16)

    (73)

    Assunto: Educao fsica e treinamento(0)

    Esporte(2)

    Ef e t.(2)

    Atletismo por modalidade e segmento etrio

    Decs: Arremessos (12)

    Arremesso (18)

    Criana

    (3)

    (6)

    Assunto: Educao fsica e

    treinamento

    (0)

    Infncia

    (0)

    (1)

    Assunto: Educao fsica e

    treinamento

    (0)

    Adolescente (3)

    (5)

    Assunto: Educao fsica e

    treinamento

    (0) (1 esportes)

    Adolescncia (3)

    (5)

    Assunto: Educao fsica e

    treinamento

    (0) (1 esporte)

    Atletismo por modalidade e segmento etrio

    Decs: Lanamento (182)

    Criana (4)

    Assunto: Educao fsica e treinamento (0)

    Esportes(1)

    Infncia (0)

    Assunto: Educao fsica e

    treinamento

    (0)

    Adolescente (6)

    Assunto: Educao fsica e treinamento(0)

    Esportes(1)

    Adolescncia (5)

    Assunto: Educao fsica e treinamento(0)

    Esporte(1)

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    Educao Fsica em Revista ISSN: 1983-6643 Vol.5 N1 jan/fev/mar/abr - 2011

    Em relao s especialidades da rea da sade, obtiveram-se trs categorias que pesquisaram

    sobre o tema proposto. Sendo que a fisiologia publicou o maior nmero de estudos (16 dos 22, ou seja,

    72,73%) (QUADRO 01).

    ASPECTOS

    FISIOLGICOS

    Aptido fsica de jovens atletas do sexo feminino

    em relao aos estgios de maturao sexual.

    Bojikian, Luciana Perez; Luguetti, Carla

    Nascimento; Bhme, Maria Tereza Silveira. (2006)

    A velocidade crtica como preditor de

    desempenho aerbio em crianas/ Critical speed

    as a predictor of aerobic performance in

    children.

    Vasconcelos, Italo Quenni Araujo de;

    Mascarenhas, Lus Paulo Gomes; Ulbrich,

    Anderson Zampier; et al.(2007)

    Aerobic responses of prepubertal boys to two

    modes of training. Williams CA; Armstrong N; Powell J (2000)

    Biochemical and histochemical adaptation to

    sprint training in young athletes. J. Cadefau, J. Casademont1, J. M. Grau1,J.

    Fernndez1, A.,et al(1990)

    Cardiac volume and work capacity in young

    athletes as dependent on the direction of the

    training process.

    Il'nitskii (1982)

    Effect of a 12-week training programme on

    Maximal Aerobic Speed (MAS) and running time

    to exhaustion at 100% of MAS for students aged

    14 to 17 years.

    Berthoin S, Mantca F, Gerbeaux M, Lensel-

    Corbeil G. (1995)

    Effect of gender on mechanical power output

    during repeated bouts of maximal running in

    trained teenagers.

    Yanagiya T; Kanehisa H; Kouzaki M; et al. (2003)

    Effects of different running programmes on body

    fat and blood pressure in schoolboys aged 13-17

    years.

    Adeniran SA; Toriola AL (1988)

    Effects of high intensity intermittent training on

    peak VO (2) in prepubertal children.

    Baquet ,G; Berthoin .S; Dupont ,G; et al. (2002)

    Physiological correlates with endurance running

    performance in trained adolescents.

    Ali Almarwaey O; Mark Jones A; Tolfrey K (2003)

    Physiological performance capacity in different

    prepubescent athletic groups. Mero ,A; Kauhanen, H; Peltola, E; et al. (1990)

    Predicting anaerobic capabilities in 11-13-year-

    old boys.

    Mastrangelo, MA; Chaloupka, EC; Kang J; et al.

    (2004)

    Running velocity at blood lactate threshold of

    boys aged 6-15 years compared with untrained

    and trained young males.

    Tanaka H; Shindo M (1985)

    Serum Testoterone response to training in

    adolescents runners.

    Rowland, TW; Morris, AH; Kelleher JF; Haag BL;

    et al (1987)

    The ratio HLa: RPE as a tool to appreciate

    overreaching in young high-level middle-

    distance runners.

    Garcin M; Fleury A; Billat V (2002)

    QUADRO 1 Descria dos estudos relacionados aos aspectos fisiolgicos, segundo ttulo, autor e ano de

    estudos registrados na BIREME durante o perodo de 1975 2010.

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    Educao Fsica em Revista ISSN: 1983-6643 Vol.5 N1 jan/fev/mar/abr - 2011

    Faz-se necessria maior contribuio da educao fsica na produo de

    conhecimento com relao ao treinamento desportivo com crianas e adolescentes, pois, foram

    indexados apenas (5 dos 22) artigos com a temtica em questo, ou seja, (18,18%) (QUADRO

    2). Destes, todos abordavam o treinamento da modalidade de corrida (contnuo, intervalado,

    velocidade, resistncia, efeitos da pliometria) onde apenas um sobre os efeitos do treinamento de

    pliometria sobre o salto vertical. A primeira produo se deu no ano de 1988 cessando em 2007.

    TREINAMENTO

    DESPORTIVO

    Effect of plyometric training on running performance and

    vertical jumping in prepubertal boys. Kotzamanidis C (2006)

    Effects of a short-term interval training program on

    physical fitness in prepubertal children.

    Baquet G, Guinhouya C,

    Dupont G, et al. (2004)

    Effects of continuous and interval running programmes on

    aerobic and anaerobic capacities in schoolgirls aged 13 to

    17 years.

    Adeniran SA; Toriola AL

    (1988)

    Training the prepubertal and pubertal athlete. Logsdon VK (2007)

    Specificity of endurance, sprint and strength training on

    physical performance capacity in young athletes

    K Hakkinen, A Mero, H

    Kauhanen (1989)

    QUADRO 02 - Descrio dos estudos relacionados ao treinamento fsico segundo ttulo, autor e ano de

    estudo registrados na BIREME no perodo de 1975 2010. Fortaleza, Ce, 2010.

    Essa relao dos aspectos psicolgicos pouco explorada por parte dos pesquisadores da rea da

    sade e principalmente da educao fsica. O (QUADRO 3) mostra uma realidade, onde apenas 2 dos 22

    artigos publicados tratavam deste assunto, ou seja, (9,09%). Pode-se observar neste quadro que a temtica

    abordada em ambos os artigos foi relao entre a prtica da modalidade da corrida na escola com

    aspectos psicolgicos como motivao e autocontrole num perodo de dez anos entre uma publicao e

    outra.

    ASPECTOS

    PSICOLGICOS

    Fourth-grade students motivational changes in an

    elementary physical education running program

    Xiang P, McBride RE,

    Bruene A. (2006)

    Scores on emotional self-control of elementary school

    children after a five-week running program.

    Pargman D, Abry D

    (1997)

    QUADRO 03 Descrio dos estudos relacionados aos aspectos psicolgicos segundo ttulo, autor e ano

    de estudo registrados na BIREME no perodo de 1975 2010. Fortaleza, Ce, 2010.

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    Educao Fsica em Revista ISSN: 1983-6643 Vol.5 N1 jan/fev/mar/abr - 2011

    DISCUSSO

    Este estudo investigou a contribuio da educao fsica na produo de conhecimento sobre a

    prtica de atletismo na infncia e na adolescncia disponvel em bases virtuais.

    Com relao descrio dos estudos sobre a prtica de atletismo registrados na BIREME no

    perodo de 1975 a 2010, apesar da criao da Federao Internacional de Atletismo Amador (IAAF) ter

    ocorrido em 1912 e, a partir da ter ocorrido a expanso do atletismo, ainda so escassos os estudos sobre

    este tema, alm do atletismo ser considerado pela base virtual supracitada como esporte em geral. Tal fato

    pde ser observado no presente trabalho onde, das 20.542 publicaes utilizando o descritor atletismo,

    apenas 14.601 tratavam do atletismo como assunto especfico de esporte. Isto provavelmente se deve

    ao fato que o atletismo um esporte olmpico que serve como base para a maioria das demais

    modalidades (NASCIMENTO, 2005).

    Para Brandt, 2002, o atletismo pode ser chamado esporte de base, por no apresentar grande

    dificuldade em sua prtica, ser de fcil assimilao, e por utilizar as formas bsicas do movimento: andar,

    correr, saltar, lanar, arremessar. Contudo, no devemos consider-lo como esporte em geral posto que

    este tipo de esporte se faz diferenciado dos demais, pois composto de diversas especialidades diferentes

    entre si, o que o torna uma modalidade com uma complexidade que explora as diversas faces do talento

    fsico do homem (NASCIMENTO, 2005).

    O conceito moderno de atletismo o divide basicamente em provas de pista (track) e de campo (field),

    separando-se as corridas das provas de salto e arremesso. Mas existe uma segunda diviso, mais detalhada

    em oito tipos de provas de velocidade (100m, 200m e 400m, 110m com barreiras, 400m com barreiras e

    revezamentos 4x 100m e 4x400m), meio fundo (800m e 1500m), fundo (3.000 com obstculos, 5000m,

    10.000m e maratona), marcha atltica (20 km e 50 km), saltos (em distncia, em altura, triplo e com

    vara), lanamentos (dardo, disco e martelo), arremesso de peso e provas combinadas (declato e heptatlo)

    (VIEIRA,2007).

    Ao se avaliar a questo do atletismo na infncia podemos afirmar que na infncia e adolescncia,

    as peculiaridades biopsicossociais relacionadas ao processo de crescimento, desenvolvimento pessoal

    (maturidade emocional e intelectual) e insero social caracterizam estes grupos como de alta

    vulnerabilidade aos agravos sociais envolvendo diferentes demandas que compreendem famlia, grupo

    social e os sistemas de ateno (pedaggico, sade, assistncia social, trabalho, lazer, esporte, outros),

    (COSTA; BIGRAS, 2007).

    Supe-se que, apesar de muitos dos responsveis pelo envolvimento das crianas e jovens nas

    prticas de atividades fsicas, pais, dirigentes, professores e treinadores, acreditarem que quanto mais

    cedo s crianas comearem prtica de uma modalidade esportiva automaticamente maiores sero as

    chances de sucesso naquele determinado esporte, a produo da efetividade de tal prtica neste pblico

    ainda pequena (VIEIRA, 1999), o que refletido na descrio dos estudos sobre atletismo por

    modalidade de prtica e segmento etrio registrados na BIREME no perodo de 1975 2010, que

    apresenta um maior nmero de publicaes relacionadas adolescncia quando comparada infncia.

    Sabe-se que a atividade fsica tem efeitos benficos sobre o desenvolvimento da criana e do

    adolescente, porm necessrio um trabalho profissional, respeitando as caractersticas individuais para

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    Educao Fsica em Revista ISSN: 1983-6643 Vol.5 N1 jan/fev/mar/abr - 2011

    que tal atividade no prejudique esses indivduos. A prtica de atividade fsica leve a moderada tem efeito

    benfico sobre o crescimento estatural e o desenvolvimento sseo, enquanto a atividade fsica intensa

    atenua o crescimento, podendo causar atraso puberal e diminuio da mineralizao esqueltica (ALVES;

    LIMA 2008).

    A corrida uma das prticas mais corriqueiras no cotidiano da educao fsica escolar, no

    obstante de ser consenso que a intensidade e a durao do treinamento fsico so os fatores mais

    importantes do que o prprio esporte praticado a fim de se evitar comprometimentos no crescimento de

    pr-pberes e pberes (SILVA et al.,2004). A popularidade desta modalidade foi relatada no presente

    estudo, como mostra a figura 03, onde encontrou-se o maior nmero de publicaes em relao as outras

    modalidades. Destas a maioria foi na faixa etria pr-pbere e pbere.

    As primeiras experincias com o esporte so elementos crticos para a continuidade no

    desenvolvimento do atleta onde ressalta Bompa, 1995 que se a experincia positiva, a criana ir

    continuar participando, se a experincia for negativa, o jovem participante desistir ou perder o interesse

    na atividade fsica. Nesse sentido, um dos princpios mais importantes para o treinamento com crianas e

    jovens o desenvolvimento multilateral, que necessrio para atletas desenvolverem uma base slida

    antes da especializao em um esporte particular, portanto, a prtica das outras modalidades do atletismo

    como saltos, arremessos e lanamentos so de fundamental importncia pela diversidade de movimentos.

    Nas modalidades dos saltos, lanamentos e arremessos, o nmero de publicaes foi bastante escasso,

    apresentando um maior nmero de publicaes referentes a pratica de atletismo na adolescncia quando

    comparada na infncia.

    Para Silva, 2004, a atividade fsica regular durante a infncia e adolescncia pode atuar na

    preveno de distrbios sseos, como a osteoporose. O treinamento de fora com impacto (por exemplo,

    corrida, ginstica, dana, basquetebol, atletismo) proporciona maior incremento da densidade mineral

    ssea comparado ao de resistncia aerbica, como ocorre na natao e no plo aqutico. Os saltos so

    considerados atividades de impacto, ou seja, inclui-se nos exerccios que podem contribuir esta

    preveno. Contudo, a produo cientifica dessa modalidade escassa.

    A importncia da realizao de diversos movimentos realizados pelas crianas e adolescentes

    vem sendo ressaltadas por diversos autores. Para Fonseca apud. Molinari e Sens, 2008, a relao entre as

    estruturas psicomotoras e os componentes predominantemente motores traduzida pelos esquemas

    posturais e de movimentos, como os atos de andar, correr, saltar, lanar e outros movimentos que se

    relacionam com os movimentos da cabea, pescoo, mos e ps. Esses movimentos baseiam-se nos

    diversos estgios do desenvolvimento motor, assumindo caractersticas qualitativas e quantitativas

    diversas. Embora os lanamentos sejam movimentos que requerem refinamento motor, so mnimos os

    estudos biomecnicos para tal prtica.

    As experincias com atividades motoras variadas so aspectos predominantes nessa fase, as

    quais parecem ser fundamentais para a construo do plano motor dos atletas e para a formao motora

    geral, um dos mais importantes princpios para o treinamento com crianas e jovens (BOMPA, 1995).

    O atletismo tem importante contribuio no desenvolvimento corporal e psicolgico de quem o

    pratica, principalmente crianas e adolescentes, que esto em fase de desenvolvimento e crescimento, a

    qual se faz necessria a diversidade de movimentos. Por tais caractersticas, evidencia-se a contribuio

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    Educao Fsica em Revista ISSN: 1983-6643 Vol.5 N1 jan/fev/mar/abr - 2011

    desse esporte em funo de suas aes motoras estarem presentes em diversas modalidades esportivas,

    corroborando para a difuso esportiva em mbito global e fortalecendo a relao do atletismo como

    esporte de base (NASCIMENTO, 2005).

    No presente estudo evidenciaram-se trs categorias que pesquisaram sobre o tema proposto. As

    especialidades foram: Fisiologia, Treinamento Desportivo e Psicologia. Tratando-se dos objetos de

    estudo, obteve-se um maior nmero de publicaes na especialidade da fisiologia, provavelmente este

    fato ocorre devido medicina esportiva ter grande interesse neste tipo de estudo, assim como outras reas

    afins.

    Crianas no so adultos em miniatura; elas crescem, e, como tal, as respostas fisiolgicas e

    metablicas ao esforo variam de acordo e medida que se desenvolvem ao longo da infncia e

    adolescncia (PRADO, 2010). Portanto uma rea de grande interesse por parte dos pesquisadores.

    As mais visveis transformaes que ocorrem na fase da puberdade so o crescimento estatural e

    o desenvolvimento dos caracteres sexuais secundrios. Tambm deve ser considerada a possibilidade da

    fecundidade, as alteraes corporais e dos mais variados sistemas, tais como o neuroendcrino, o

    muscular, o esqueltico e o cardiovascular, alm da mineralizao ssea (SILVA, 2004). Da os

    resultados dos inmeros estudos com crianas e adolescentes tm demonstrado o benefcio da atividade

    fsica no estmulo ao crescimento e desenvolvimento.

    Segundo Alves e Lima 2008, os efeitos benficos da atividade fsica so evidenciados os mais

    variados rgos e sistemas: cardiovascular (aumento do consumo de oxignio, manuteno de boa

    freqncia cardaca e volume de ejeo), respiratrio (aumento dos parmetros ventilatrios funcionais),

    muscular (aumento de massa, fora e resistncia), esqueltico (aumento do contedo de clcio e

    mineralizao ssea), cartilaginoso (aumento da espessura da cartilagem, com maior proteo articular) e

    endcrino (aumento da sensibilidade insulnica, melhora do perfil lipdico).

    Para Bergmann 2009, tanto as caractersticas genticas quanto as caractersticas ambientais

    apresentam influncia no crescimento de crianas e jovens. O treinamento desportivo tem influncia

    direta nesse processo, podendo ser benfico quando trabalhado de maneira adequada ou malfico quando

    realizado atravs do conhecimento emprico. Constatou-se no Quadro 02 que se faz necessria uma maior

    contribuio da Educao Fsica na produo de conhecimento com relao ao treinamento desportivo,

    pois foram indexados (5 dos 22) artigos com a temtica em questo.

    Contudo, poucos pesquisadores relataram e controlaram a intensidade do treinamento

    (sobrecarga, nmero de repeties, aspectos biomecnicos e o nvel de dificuldade das habilidades), o que

    dificulta sobremaneira a compreenso da relao causa-efeito do treinamento sobre o crescimento. Assim,

    tem sido sugerido que o mximo de treinamento fsico semanal seja de 15 a 18 horas, quando se trabalha

    com pr-pberes e pberes, para evitar comprometimentos no crescimento (SILVA et al.,2004).

    A intensidade e a durao do treinamento fsico so os fatores mais importantes do que o prprio

    esporte praticado. Enquanto o exerccio fsico moderado estimula o crescimento, o treinamento fsico

    extenuante representa um estresse capaz de atenuar o crescimento fsico, sendo esse efeito resultante mais

    da intensidade e durao do treino do que propriamente do tipo de exerccio praticado (SILVA et al.,

    2004). Lembrando sempre da questo de que devemos respeitar um dos principais princpios do

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    Educao Fsica em Revista ISSN: 1983-6643 Vol.5 N1 jan/fev/mar/abr - 2011

    treinamento desportivo que o da individualidade biolgica. Visto essa escassez de produo,

    percebemos a necessidade de uma maior contribuio por parte dos profissionais da educao fsica.

    A contribuio do atletismo no somente no aspecto fsico, se d tambm nos aspectos

    psicolgico e social (NASCIMENTO, 2005). Porm constatou-se apenas (2 dos 22 artigos) tendo como

    objeto de estudo os aspectos psicolgicos. Embora seja uma prtica individual, os treinamentos com

    jovens e crianas geralmente ocorrem em grupos. O aspecto social est diretamente ligado ao fato do

    atletismo ser um esporte de fcil acesso econmico, portanto, sua prtica atinge todas as classes sociais.

    Para Neto 2004, o fato da criana explorar o ambiente por meio de atividades motoras como o exerccio

    fsico e o jogo ou pelo desempenho de habilidades motoras, resultaria em modificaes com relao ao

    seu desenvolvimento fsico, perceptivo-motor, moral e afetivo. Porm tratando-se do atletismo

    competitivo, exigncias excessivas podem causar danos tanto fsicos como psquicos.

    Segundo o autor Nascimento 2005, a competio faz parte da formao da criana, e est

    constantemente presente no esporte, mas a presso de ganhar torna-se uma carga psicolgica

    desnecessria e negativa. Sendo que a incerteza da competio gera tenso sendo indispensvel

    conscincia de que, essa ao tem significncia na vida esportiva de uma criana e de um jovem. Faz-se

    necessria maior produo neste aspecto por ser um fator determinante na continuidade da prtica de

    atividade fsica principalmente quando se trata de crianas e adolescentes.

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    Educao Fsica em Revista ISSN: 1983-6643 Vol.5 N1 jan/fev/mar/abr - 2011

    CONCLUSO

    Sabe-se que o atletismo considerado como esporte de base e vem sendo utilizado nas diversas

    reas da Educao Fsica, seja ela escolar, esporte-rendimento e lazer. Alm disso, com a vinda das

    Olimpadas para o Brasil, os profissionais da rea esto cada vez mais buscando novos talentos com o

    objetivo de desenvolv-los at 2016, ano da Olimpada no Rio de Janeiro, atravs de novos centros

    esportivos ou centros j existentes. Diante dessa realidade, foi despertado o interesse em se buscar o

    volume e o perfil da produo cientfica pertinente sua prtica na infncia e adolescncia.

    Atravs da investigao das publicaes contidas nas bases de dados da principal biblioteca

    virtual em sade, BIREME, constatou-se em apenas 2 das 17 bases artigos que abordavam sobre o

    assunto proposto. Dentro dessas bases obteve-se 22 artigos especficos da prtica de atletismo na infncia

    e adolescncia, sendo discreto o nmero de produes. Observamos uma predominncia da fisiologia na

    contribuio bibliogrfica sobre o tema, 16 dos 22 artigos. Esse fato pode se explicar pelo atletismo ser

    considerado como esporte base para os outros esportes. Provavelmente estes estudos no so realizados

    com o nico objetivo de contribuir apenas para o prprio atletismo.

    Na busca pelas produes, constatou-se que o atletismo classificado como esporte no geral,

    devido este fato quando o utilizamos como descritor, a base de dados nos apresenta produes de outros

    esportes, principalmente do futebol. Com relao ao idioma mais utilizado foi o ingls e em segundo o

    portugus. De acordo com o encontrado, as comunidades cientficas despertaram para o estudo em

    questo no ano de 1982 mantendo-se at 2007 cessando no perodo destes ltimos trs anos. A corrida foi

    a nica modalidade com publicaes sobre a prtica do atletismo na infncia e adolescncia.

    A contribuio cientfica da educao fsica sobre o tema proposto escassa, portanto fica

    demonstrada a necessidade de um maior investimento em pesquisas nessa rea. preciso ressaltar que

    podem existir publicaes sobre o atletismo na infncia e adolescncia no cadastradas em bases virtuais

    ou disponveis em bases de menor relevncia na rea da sade.

    Seria interessante que houvesse uma unificao das bibliotecas virtuais em sade, facilitando o

    acesso todas as publicaes cientificas existentes sobre o assunto. Assim, o acesso s publicaes por

    parte dos profissionais, estudantes e demais interessados se tornaria mais rpido, direto e completo.

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