contos de natal
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Cntos e lendas de natal
terça-feira, 27 de Novembro de 2012
PEQUENOS CONTOS E LENDAS NATALÍ CÍAS.
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Cntos e lendas de natal
terça-feira, 27 de Novembro de 2012
ra o primeiro Natal da Rita Ratinha. O céu rasgava-se de rosas e dourados e o ar era frio. Algo cintilava através da janela de uma casa, brilhando na escuridão da noite.
— O que é aquilo, mamã? — Guinchou a Rita. — Chama-se árvore de Natal — respondeu a mãe. — As pessoas enchem-na de bolas brilhantes, luzes e estrelas. — Quem me dera ter uma árvore de Natal — suspirou a Rita. — E se fôssemos à floresta procurar uma? — Sugeriu a mãe. — Podes pô-la tão bonita como aquela que se vê na janela. A Rita achou a ideia maravilhosa. Chamou os irmãos e as irmãs, e lá foram todos à procura. Pelo caminho, encontraram um celeiro e os ratinhos aventuraram-se lá dentro, à procura de alguma coisa para colocar na sua árvore. Debaixo de um enorme monte de palha, a Rita encontrou uma boneca. — É igual à que está no cimo da árvore de Natal que se vê à janela — comentou. — É perfeita para a nossa árvore! Mas a boneca já tinha dono. — Grrrrr! — Rosnou o velho cão da quinta. — Essa boneca é minha! — Não corras atrás de nós — pediu a Rita. — Só pensei que a boneca ficaria bem na nossa árvore de Natal. O velho cão bocejou. É verdade que, por vezes, corria atrás de ratinhos. Mas, talvez por ser Natal, ou por se lembrar da altura em que brincava com as crianças, junto da árvore de Natal da quinta, o cão disse aos ratinhos que podiam levar o brinquedo emprestado. Os ratos saíram da quinta, levando consigo a boneca, e chegaram ao outro lado da floresta. — Vejam! Encontrei outra coisa para colocarmos na nossa árvore! — Exclamou a Rita. Era uma fita dourada, que pendia de um ramo de um carvalho. A Rita trepou pelo tronco acima, agarrou a fita e puxou… Mas a fita pertencia a uma gralha, que queria usá-la para forrar o seu ninho. — Por favor, não te zangues — pediu a Rita. — Só a queria para enfeitar a nossa árvore de Natal. Ora, normalmente, as gralhas perseguem ratinhos. Mas, talvez por ser Natal, ou por também ter ficado a admirar a árvore de Natal que se via à janela, ela largou a fita e a Rita levou-a consigo. Ao longe, a Rita viu umas coisinhas vermelhas a brilhar, caídas no chão. Eram muito parecidas com as bolas penduradas na árvore de Natal que se via à janela.
— É mesmo disto que precisamos! — Exclamou a Rita, correndo para apanhar uma delas. — Agora, já temos uma boneca, uma fita dourada e uma bola brilhante! Mas as bolas brilhantes pertenciam a uma raposa. — Essas maçãs são minhas — resmungou. — Estou a guardá-las para ter o que comer no Inverno frio. — Nós só achamos que uma ficaria bem na nossa árvore de Natal — disse a Rita, tremendo de medo. A raposa cheirou-a. Já correra atrás de muitos ratinhos. Mas, talvez por ser Natal, voltou para o interior da floresta, deixando que a Rita escolhesse uma maçã e a levasse com ela.
E
Cntos e lendas de natal
terça-feira, 27 de Novembro de 2012
O sol começava a pôr-se, à medida que os ratinhos avançavam cada vez mais para o interior da floresta. Por fim, numa clareira, encontraram uma árvore verde muito grande. — A nossa árvore de Natal! — Gritou a Rita. E, nos seus ramos, penduraram a boneca, a fita e a maçã. — Oh — disse a Rita, quando terminaram. — Não se parece nada com a árvore de Natal que eu vi. Tristes, os ratinhos voltaram as costas e, desiludidos, caminharam de regresso a casa, para se deitarem.
A meio da noite, a Senhora Rato acordou os seus pequenotes. — Venham comigo — sussurrou. — Quero mostrar-vos uma coisa. Os ratinhos apressaram-se para junto da mãe, seguindo-a em direcção à floresta. Pelo caminho, viam alguns animais que passavam por eles, cheios de pressa. Por fim, os ratinhos chegaram à clareira. A Rita parou de repente e os seus olhos começaram a ficar mais e mais redondos e brilhantes. — Oh, vejam aquilo! — Exclamou.
Durante a noite, os animais da floresta tinham acrescentado mais enfeites à árvore e a neve começara a cair, cobrindo tudo com o seu brilho. A pequena árvore piscava sem parar na escuridão. — A nossa árvore é ainda melhor do que a que se vê à janela. — Sussurrou a Rita, muito feliz. E, talvez por ser Natal, todos os animais se sentaram à volta da árvore, tranquilos e em paz. Christine Leeson Um Natal muito especial V. N. Gaia, Edições Gailivro, 2006
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terça-feira, 27 de Novembro de 2012
A menina dos fósforos A menina dos fósforos
stava tanto frio! A neve não parava de cair e a noite aproximava-se. Aquela
era a última noite de Dezembro, véspera do dia de Ano Novo. Perdida no
meio do frio intenso e da escuridão, uma pobre rapariguinha seguia pela rua
fora, com a cabeça descoberta e os pés descalços. É certo que ao sair de casa trazia um par
de chinelos, mas não duraram muito tempo, porque eram uns chinelos que já tinham
pertencido à mãe, e ficavam-lhe tão grandes, que a menina os perdeu quando teve de
atravessar a rua a correr para fugir de um trem. Um dos chinelos desapareceu no meio da
neve, e o outro foi apanhado por um garoto que o levou, pensando fazer dele um berço para
a irmã mais nova brincar.
Por isso, a rapariguinha seguia
com os pés descalços e já roxos de frio;
levava no avental uma quantidade de
fósforos, e estendia um maço deles a
toda a gente que passava, apregoando:
— Quem compra fósforos bons e
baratos? — Mas o dia tinha-lhe corrido
mal. Ninguém comprara os fósforos, e,
portanto, ela ainda não conseguira
ganhar um tostão. Sentia fome e frio, e
estava com a cara pálida e as faces
encovadas. Pobre rapariguinha! Os
flocos de neve caíam-lhe sobre os
cabelos compridos e loiros, que se encaracolavam graciosamente em volta do pescoço
magrinho; mas ela nem pensava nos seus cabelos encaracolados. Através das janelas, as
luzes vivas e o cheiro da carne assada chegavam à rua, porque era véspera de Ano Novo.
Nisso, sim, é que ela pensava.
Sentou-se no chão e encolheu-se no canto de um portal. Sentia cada vez mais frio, mas
não tinha coragem de voltar para casa, porque não vendera um único maço de fósforos, e
não podia apresentar nem uma moeda, e o pai era capaz de lhe bater. E afinal, em casa
também não havia calor. A família morava numa água-furtada, e o vento metia-se pelos
buracos das telhas, apesar de terem tapado com farrapos e palha as fendas maiores. Tinha as
E
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terça-feira, 27 de Novembro de 2012
mãos quase paralisadas com o frio. Ah, como o calorzinho de um fósforo aceso lhe faria
bem! Se ela tirasse um, um só, do maço, e o acendesse na parede para aquecer os dedos!
Pegou num fósforo e: Fcht!, a chama espirrou e o fósforo começou a arder! Parecia a chama
quente e viva de uma candeia, quando a menina a tapou com a mão. Mas, que luz era
aquela? A menina julgou que estava sentada em frente de um fogão de sala cheio de ferros
rendilhados, com um guarda-fogo de cobre reluzente. O lume ardia com uma chama tão
intensa, e dava um calor tão bom! Mas, o que se passava? A menina estendia já os pés para
se aquecer, quando a chama se apagou e o fogão desapareceu. E viu que estava sentada
sobre a neve, com a ponta do fósforo queimado na mão.
Riscou outro
fósforo, que se acendeu
e brilhou, e o lugar em
que a luz batia na
parede tornou-se
transparente como tule.
E a rapariguinha viu o
interior de uma sala de
jantar onde a mesa
estava coberta por uma
toalha branca,
resplandecente de loiças
finas, e mesmo no meio
da mesa havia um ganso
assado, com recheio de
ameixas e puré de
batata, que fumegava,
espalhando um cheiro
apetitoso. Mas, que
surpresa e que alegria!
De repente, o ganso
saltou da travessa e
rolou para o chão,
com o garfo e a faca
espetados nas costas,
até junto da
rapariguinha. O
fósforo apagou-se, e a
pobre menina só viu
na sua frente a parede
negra e fria
.
E acendeu um terceiro fósforo. Imediatamente se encontrou ajoelhada debaixo de uma
enorme árvore de Natal. Era ainda maior e mais rica do que outra que tinha visto no último
Natal, através da porta envidraçada, em casa de um rico comerciante. Milhares de velinhas
ardiam nos ramos verdes, e figuras de todas as cores, como as que enfeitam as montras das
lojas, pareciam sorrir para ela. A menina levantou ambas as mãos para a árvore, mas o
fósforo apagou-se, e todas as velas de Natal começaram a subir, a subir, e ela percebeu
então que eram apenas as estrelas a brilhar no céu. Uma estrela maior do que as outras
desceu em direcção à terra, deixando atrás de si um comprido rasto de luz.
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terça-feira, 27 de Novembro de 2012
«Foi alguém que morreu», pensou para consigo a menina; porque a avó, a única pessoa
que tinha sido boa para ela, mas que já não era viva, dizia-lhe muita vez: «Quando vires
uma estrela cadente, é uma alma que vai a caminho do céu.»
Esfregou ainda mais outro fósforo na parede: fez-se uma grande luz, e no meio
apareceu a avó, de pé, com uma expressão muito suave, cheia de felicidade!
— Avó! — gritou a menina — leva-me contigo! Quando este fósforo se apagar, eu sei
que já não estarás aqui. Vais desaparecer como o fogão de sala, como o ganso assado, e
como a árvore de Natal, tão linda.
Riscou imediatamente o punhado de fósforos que restava daquele maço, porque queria
que a avó continuasse junto dela, e os fósforos espalharam em redor uma luz tão brilhante
como se fosse dia. Nunca a avó lhe parecera
tão alta nem tão bonita. Tomou a neta nos
braços e, soltando os pés da terra, no meio
daquele resplendor, voaram ambas tão alto,
tão alto, que já não podiam sentir frio, nem
fome, nem desgostos, porque tinham chegado
ao reino de Deus.
Mas ali, naquele canto, junto do portal, quando rompeu a manhã gelada, estava caída
uma rapariguinha, com as faces roxas, um sorriso nos lábios… mor ta de frio, na última
noite do ano.
O dia de Ano Novo nasceu, indiferente ao pequenino cadáver, que ainda tinha no
regaço um punhado de fósforos. — Coitadinha, parece que tentou aquecer-se! — exclamou
alguém. Mas nunca ninguém soube quantas coisas lindas a menina viu à luz dos fósforos,
nem o brilho com que entrou, na companhia da avó, no Ano Novo.
Hans Christian Andersen
Os melhores contos de Andersen
Editora Verbo, s/d
http://contadoresdestorias.wordpress.com/2007/11/07/a-menina-dos-fosforos
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terça-feira, 27 de Novembro de 2012
Todos os anos, como já é costume, o Pai Natal vai a uma
pequena aldeia levar os presentes às crianças. Mas este ano
aconteceu uma desgraça: O Pai Natal atrasou-se, e as crianças da
aldeia ficaram preocupadas, pois ainda não receberam os
presentes.
- Onde está o Pai Natal? – Perguntou uma das crianças da
aldeia aos seus amigos.
- Não sabemos – disseram todos em coro – O Pai Natal ainda não foi à nossa casa!
- O Pai Natal atrasou-se?! – Perguntou uma das crianças.
- Que estranho, o Pai Natal nunca se atrasa! – Disse a outra.
- Vamos ter com ele ao Pólo Norte! – falou entusiasmada uma criança.
- Boa ideia Disseram todos – Vamos à casa dele!
Assim o disseram, assim o fizeram! Foram todos à casa do Pai Natal, e quando lá chegaram bateram à porta e disseram:
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terça-feira, 27 de Novembro de 2012
- Pai Natal! Somos nós, as crianças da aldeia.
O Pai Natal foi abrir a porta e disse:
- Entrem crianças, entrem. Desculpem-me eu tenho uma rena doente e tive de arranjar outra, ia agora mesmo para a aldeia…
- Pai Natal, nós não sabíamos o que tinha acontecido e ficámos preocupados, mas agora já estamos mais descansadas. –
Interromperam as crianças.
- Agora podemos ir todos no meu trenó para a aldeia! – Sugeriu o Pai Natal.
- Sim! Nós íamos adorar.
- Então vamos!
Foram todos para a aldeia, mas quando lá chegaram encontraram as mães muito preocupadas com o desaparecimento dos seus filhos, e com o atraso do Pai Natal.
- Ai, ai, esquecemo-nos de avisar as nossas mães, e elas agora estão preocupadas.
- Olhem – disse uma das mães – não são os nossos filhos e o Pai Natal?
- São! Mas como é que os nossos filhos estão com o Pai Natal?
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terça-feira, 27 de Novembro de 2012
- Pois não sabemos!
Já era muito tarde, e já passava muito da hora de abrir os presentes.
- Fomos ver o Pai Natal, porque ele estava atrasado e esquecemo-nos de vos avisar, desculpem! – Disseram todas as crianças, envergonhadas.
Uma das mães respondeu:
- Não faz mal, o que importa é que todos estão bem. Vamos abrir as prendas?
O Pai Natal deu então os presentes às crianças e prometeu nuca mais se atrasar.
[Enviado em Dezembro de 2011 por Luísa Silva]
http://natal.com.pt/contos-o-atraso-do-pai-natal
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terça-feira, 27 de Novembro de 2012
O Pai Natal estava a sonhar um lindo sonho, do qual não queria acordar. Era véspera de Natal e todos estavam felizes!
Ninguém estava sozinho! Todos tinham família, e uma casa onde estar, com a mesa pronta para a ceia de natal e com comida para todos. Não havia pobreza, nem ódio, nem guerras. Todos eram amigos, não havia brigas, palavrões nem má educação, e o Pai Natal via como todos eram carinhosos uns com os outros. As pessoas que se encontravam nas ruas, a caminho de casa, cantarolavam alegremente músicas de natal, levando as últimas prendas para colocar debaixo do pinheiro. Nem cão nem gato estavam sozinhos nesta noite frios. Todos tinham um lugar aconchegado onde ficar.
E o Pai Natal não conseguia deixar de sorrir, de tanta felicidade ao ver o mundo cheio de paz, amor e harmonia!
Mas o Pai Natal acordou e viu que tudo não passara de um sonho maravilhoso, e ficou triste. Só algumas pessoas no mundo eram felizes, capazes de celebrar o natal em alegria, paz e comunhão com os seus, de terem um lar, comida, roupa e amor.
Então o Pai Natal pensou: Terei de continuar a ajudar crianças e adultos a ter um Natal Feliz!
Vou preparar as renas e o meu trenó, para enchê-lo com prendas e distribui-las esta noite, de modo a que, pelo menos uma vez por ano, haja alegria no coração de todos nós!
E assim o Pai Natal continua, ano após ano, a cumprir a sua tarefa, até que um dia possa ver o seu lindo sonho concretizado.
Ho, Ho, Ho! Feliz Natal a todos!
~
http://natal.com.pt/contos-sonho-do-pai-natal
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terça-feira, 27 de Novembro de 2012
Diz a lenda, que uma menina chamada Pepita, sendo pobre, não podia oferecer um presente merecedor ao menino Jesus, na missa de Natal. Muito triste, contou o facto ao seu primo Pedro, que ia com ela a caminho da igreja. Este disse-lhe que ela não tinha que estar triste, pois o que mais importa quando oferecemos algo a alguém, é o amor com que oferecemos, especialmente aos olhos de Jesus.Pepita lembrou-se então de ir recolhendo alguns ramos secos que ia encontrando pelo caminho, para Lhe oferecer.
Quando chegou à igreja, Pepita olha para os ramos que colheu e começa a chorar, pois acha esta oferenda muito pobre. Mesmo assim, decide oferecê-las com todo o seu amor. Entra na igreja e, quando deposita os ramos em frente da imagem do menino Jesus, estes adquirem uma cor vermelha brilhante, perante o espanto de toda a congregação presente. Este facto foi considerado por todos o milagre daquele Natal.
http://natal.com.pt/lendas-
milagre-flor-de-natal
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terça-feira, 27 de Novembro de 2012
a noite em que o menino Jesus nasceu, uma pequena pastora, que no monte guardava o seu rebanho, viu passar alguns pastores e três Reis Magos, que se dirigiam
para o estábulo onde Jesus estava, em palhas deitado, junto de Maria e José. Os pastores levavam presentes e, os três reis magos, levavam ricas ofertas de ouro, incenso e mirra!
A pequena pastora ficou triste, pois não tinha nada para oferecer ao menino Jesus, e começou a chorar. Um anjo, que por ali passava, ao ver tamanha tristeza, passou junto da menina e, quando as suas lágrimas caíram na terra gelada, transformou-as em lindas rosas brancas, que a menina com o coração carregado de felicidade, rapidamente apanhou e levou como oferta ao menino Jesus.
http://natal.com.pt/lendas-a-rosa-de-natal
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terça-feira, 27 de Novembro de 2012
Uma Prenda de Natal
vento gelado acordou o Pequeno Ouriço-Cacheiro do seu
profundo sono de Inverno.
À sua volta, as folhas esvoaçavam pelo
ar e um imenso manto de neve cobria a
clareira.
Cheio de frio, tentou adormecer
novamente, mas em vão.
Subitamente, algo caiu do céu...
BUMM!
…e aterrou mesmo à sua frente. Era uma linda prenda! E tinha o
seu nome escrito na etiqueta!
O Pequeno Ouriço-Cacheiro abriu com entusiasmo o embrulho.
Que surpresa! Um lindo gorro de lã vermelho... mesmo do seu
tamanho!
Enfiou-o logo na cabeça. Puxou-o para trás. Puxou-o para a
frente. Puxou-o para um lado; e depois, para o outro…
Que estranho! O pompom ficava sempre virado para o lado
errado. Talvez, o gorro fosse demasiado grande para um ouriço-
cacheiro ainda tão pequenino.
Tirou-o e decidiu guardá-lo.
Até que teve uma brilhante ideia...
Embrulhou novamente o gorro e fez um bonito laço.
O
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terça-feira, 27 de Novembro de 2012
Rasgou uma parte da etiqueta e escreveu na outra umas palavras
misteriosas.
De seguida, dirigiu-se a casa do seu amigo Coelhinho.
Como ele não estava, deixou a prenda à frente da sua porta.
Um forte nevão começou a cair.
O Pequeno Ouriço-Cacheiro tentou encontrar o caminho de
regresso à sua casa.
Os flocos de neve caíam cada vez mais. Perdido, já não sabia por
onde ir.
— Oh, meu Deus! Eu não devia ter saído com este tempo tão frio!
— murmurou. — Mas, tenho a certeza que o meu amigo Coelhinho
vai ficar muito feliz com o lindo gorro de lã que lhe ofereci.
— Que mau tempo! — resmungou o Coelhinho de regresso a
casa.
Viu a prenda pousada na soleira da porta e ficou radiante.
— O que será? — exclamou. Abriu o embrulho e gritou: — Um
gorro de lã! Para MIM!
Entusiasmado, experimentou-o. Primeiro, com as orelhas dentro e
depois com elas de fora. Puxou-o para um lado, para o outro...
De todas as maneiras, as suas grandes orelhas ficavam sempre
MAL!
O gorro estava agora muito maior. Tornara-se demasiado grande
para um coelho tão pequeno.
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terça-feira, 27 de Novembro de 2012
Por isso... o Coelhinho voltou a embrulhar o gorro e escreveu algo
no canto da etiqueta.
Depois, saiu e dirigiu-se a casa do seu amigo Texugo. Com o frio,
este ficava muito resmungão.
— Feliz Natal, amigo! — exclamou o Coelhinho, alegremente.
— Quem está aí? — perguntou, intrigado, o Texugo.
— Feliz Natal! — repetiu o Coelhinho. E, com carinho, entregou o
misterioso embrulho ao seu amigo.
— Uma prenda de Natal? — exclamou o Texugo, muito admirado.
— Para MIM?
Feliz, o Texugo colocou o gorro na cabeça, mas as suas orelhas
ficaram completamente tapadas.
— Que tal? Fica-me BEM? — perguntou, olhando-se ao espelho.
— Muito bem! — respondeu o seu amigo.
— Como? Que disseste? — perguntou o Texugo.
— Muito bem! — gritou o Coelhinho, saindo aos saltos.
— Não gostas dele? — perguntou o Texugo, voltando-se para
trás.
Contudo, o Coelhinho já tinha partido.
— Este gorro não me serve! — disse ele, tirando-o. — Não
consigo ouvir nada. Que pena! Tem uma cor tão bonita!
O texugo tornou a embrulhar o gorro, sem se preocupar com a
etiqueta.
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terça-feira, 27 de Novembro de 2012
Dirigiu-se a casa da sua amiga Raposa.
A Raposa estava a sair para o seu passeio habitual.
— Que bom, estás aqui! — disse o Texugo. — Tenho uma prenda
de Natal para ti.
— Uma prenda de Natal? — perguntou a Raposa, intrigada.
— Sim de Natal! — confirmou o Texugo. — É uma época muito
especial que nos lembra que devemos ser todos amigos! —
respondeu, afastando-se.
— Um gorro? — exclamou a Raposa, sorrindo. — Para que
preciso eu de um gorro?
Pensativa, observou-o de novo.
Fez dois buracos para as suas orelhas e enfiou-o.
Feliz, prosseguiu o seu caminho.
As planícies esbranquiçadas brilhavam sob a luz do luar.
A Raposa farejava à sua volta, quando de repente, descobriu um
pequeno trilho. Seguiu-o por um lado, depois por outro...
De súbito, parou.
Alguma coisa estava debaixo da neve!
A Raposa começou a escavar, a escavar... até que encontrou um
pequeno ouriço--cacheiro.
Ele estava gelado e não se mexia.
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terça-feira, 27 de Novembro de 2012
— Pobrezinho! — exclamou a Raposa.
Colocou o pequenino dentro do gorro de lã e levou-o, com
cuidado, até à casa do Coelhinho.
Ele e o seu amigo Texugo estavam a lanchar.
— Vejam o que eu encontrei na neve! — exclamou a Raposa.
Ambos espreitaram para dentro do gorro.
— Um ouriço-cacheiro? Como é possível teres encontrado um
ouriço-cacheiro com este frio? — perguntou o Texugo. — Ele tem
de ser reanimado imediatamente!
— É o meu amigo, o Pequeno — gritou o Coelhinho. — Talvez se
tenha perdido quando tentava regressar a casa.
O Pequeno Ouriço-Cacheiro abriu os olhos.
— Olá! — balbuciou, sonolento. — Que bom! Este cobertor é tão
quentinho!
Os amigos olharam uns para os outros.
O Coelhinho riu-se e a raposa abanou a cabeça.
— Hummm! — disse o Texugo.— Penso que este gorro de lã é
mesmo perfeito para o nosso Pequeno Ouriço-Cacheiro!
— Feliz Natal, amigo! — gritaram todos... mas o Pequeno Ouriço-
Cacheiro, feliz, já caíra num profundo sono.
M. Christina Butler
Uma Prenda de Natal
Vila Nova de Gaia, Editora Educação Nacional, 2007
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Cntos e lendas de natal
terça-feira, 27 de Novembro de 2012
corda, pequeno rei! Estremunhado, o pequeno rei esfrega os olhos e senta-se na cama. Nisto bate com o nariz num lenço atado na ponta
de um fio que pende do tecto. — Ah, o lenço! De que é que não me queria esquecer? Tu querias abrir a porta, pequeno rei. O pequeno rei desliza descalço até à porta do quarto. — Está bem assim? — pergunta, abrindo a porta. Não, não é uma porta qualquer. É uma especial, a última! Pensa, pequeno rei! — Já sei! — Corre para a biblioteca e pára em frente de um quadro. Até que enfim! Estás no local certo. O pequeno rei abre a última portinha do calendário do Advento, a do número 24. Bate palmas entusiasmado, e já está completamente acordado. — Oh, que maravilha! Então hoje é Noite de Natal! Será que a árvore já está feita? Vamos lá ver. Aos saltos de contente, dirige-se à porta da sala e tenta rodar a maçaneta da porta. Está fechada à chave. O pequeno rei espreita pelo buraco da fechadura. Nada de espiar, pequeno rei! Esta porta só se abre quando o sino tocar. — Então ainda tenho de esperar muito tempo! Tempo de mais, até! O pequeno rei dá meia volta e corre em direcção à porta da entrada.
A
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terça-feira, 27 de Novembro de 2012
Ei! Onde é que tu vais? Ainda estás em pijama! — Está bem, pronto, eu visto-me primeiro. Após alguns minutos, já está lá fora a esbracejar. — Estão aqui rastos de trenó! Ah, apanhei-o! Está aqui! O Pai Natal está aqui, na minha sala! É possível. De certeza que está a preparar tudo para a Noite de Natal. — Oh, tenho de ver isso! — exclama o pequeno rei, correndo para a janela. — Talvez consiga ver alguma coisa pelo lado de fora. Tem paciência, pequeno rei. — Ora, deixa-me em paz! Eu quero saber tudo, tudinho! Com cuidado, o pequeno rei põe-se em bicos de pés para chegar ao parapeito exterior da janela. Mais acima! Mais um bocadinho… Zum! A persiana desce. Aí está! Tem mesmo de ser uma surpresa. Agora, o pequeno rei sente-se ofendido. — Assim não, querido Pai Natal! Eu não deixo que me ponham de fora! Sai dali a correr e desaparece na arrecadação. Em que é que estás a pensar desta vez? Acalma-te. Até à distribuição dos presentes, o tempo passa depressa. O pequeno rei não responde. Em vez disso, sai da arrecadação, arrastando pela neve uma escada enorme, que encosta contra o muro do palácio. Pára com isso imediatamente! Sobe para o telhado e senta-se diante da chaminé. Também tem
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terça-feira, 27 de Novembro de 2012
uma cana de pesca com ele. — Agora, vou pescar algumas bolachas de Natal. No meu palácio, eu faço o que quero. E deixa cair o fio de pesca pela chaminé abaixo. Depois, dá à manivela e volta a puxar. — Hurra! Uma estrela de canela! humm, destas é que eu gosto. Vamos lá repetir de novo. O pequeno rei pesca mais bolachas de Natal. — Oh, uma bolachinha de baunilha! Que maravilha! Que delícia! Este lugarzinho é mesmo um esconderijo calmo e escondido. Um lugarzinho com muitas bolachinhas, ah,ah,ah! Felicíssimo, o pequeno rei põe-se a dar saltos e a rir. Isso não tem graça nenhuma, pequeno rei. E não andes assim aos saltos, presta atenção. Cuidado! Oh, não! Escorregou, já não o consigo ver! O pequeno rei escorrega do telhado, cai ruidosamente sobre um monte de neve e, em seguida aterra-lhe em cima neve do telhado. Já não se vê mais nada dele. Onde estás, pequeno rei? Ainda estás vivo? Responde! Mas ninguém responde. Em frente do palácio só está um boneco de neve. Ei, boneco de neve, sabes onde está o pequeno rei? — Enterrado — responde o boneco de neve. E grita depois: — Ajuda-me, Grete! Vem aí o cavalo preferido do pequeno rei. Fareja o boneco de neve e empurra-o ligeiramente: — Hiiii!! Oh! Dentro do boneco de neve está escondido o pequeno rei!
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terça-feira, 27 de Novembro de 2012
Grete, ele está a bater os dentes! Vai enregelar cá fora na neve. — Eest… está mm… mui…to fffrio. Grete agarra o pequeno rei pela ponta das calças e leva-o para o estábulo. Deita o amigo com cuidado na manjedoura e cobre-o com palha. — Ah, Grete, que amorosa que tu és – suspira satisfeito o pequeno rei. Olha, vem aí mais alguém. O esquilo Arbustinho trouxe-te uma noz. — É muito boa. E o cão Au-Au dá-te o seu osso preferido. O pequeno rei arregala os olhos. — Bem, talvez mais tarde, para a sopa. O gato trouxe-te um cobertor e o Piu Piu vai cantar-te uma canção. — Que simpático! E é tão natalício! Muito bonito, até parece um presépio de Natal: palha na manjedoura, o boi e o burro ao lado... — Como? – o pequeno rei e a Grete fazem uma cara de indignados. Bem… não: o rei e o cavalo. Ainda tens frio? — Está melhor. É quentinho e faz coceguinhas boas. É agradável. Dlim-dlão! Grete e o pequeno rei esticam os pescoços. O sino de Natal está a chamar para a distribuição das prendas. Dlim-dlão.
Cntos e lendas de natal
terça-feira, 27 de Novembro de 2012
Com um salto, o pequeno rei sai da manjedoura. — Ah, até que enfim! Agora vai começar. Com mais calma, pequeno rei. Corre para o palácio direito à árvore de Natal. Que bonita está! Ainda mais do que no ano passado. Todas as velas ardem, a grinalda reluz, e nos ramos estão penduradas figurinhas de madeira e bolachinhas redondas. — E aqui estão as prendas. Há também um prato com bolachas em cima da mesa posta. Hum, que bem que cheira o assado de Natal. O pequeno rei mete à boca uma bolacha e abre a primeira caixa. — Estou tão nervoso. O que haverá lá dentro? Oh, um jogo de xadrez novo. Ei, alguém bate à porta. Ora vê quem está à janela: os teus amigos do estábulo. Eles também estão curiosos. O pequeno rei abre outra prenda sem prestar atenção ao que lhe dizem. — Ah, deixa-me em paz, tenho de desembrulhar as prendas. O que haverá dentro desta caixa? Oh, um lenço com um nó! — Mas isto não é nenhuma prenda a sério! Será que me tornei a esquecer de alguma coisa? Com certeza! Afinal querias abrir uma porta! A porta mais importante do Natal. Tu já sabes... O pequeno rei ri: — Claro, um rei sabe sempre tudo! Corre para a porta principal e abre-a. Todos os animais estão na entrada e olham-no com expectativa. Pouco tempo depois, já todos
Cntos e lendas de natal
terça-feira, 27 de Novembro de 2012
estão sentados a comer debaixo da árvore de Natal. — Ora prova lá esta bolacha com açúcar! — Hiiii. — Miaauuu. — Claro que podes comer as da árvore! Todos riem, estão felizes e dividem entre si as bolachas e o assado. Bom, então um feliz Natal a todos! Hedwig Munck Der kleine König: neue Geschichten mit der kleinen Prinzessin Plauen, Junge Welt, 2002
http://www.portaldacrianca.com.pt/ler1historiap.php?id=56
Trabalho realizado por :Pedro Cunha