contextualizao e misses (2)- profª. bárbara helen burns
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evangélicoTRANSCRIPT
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Contextualizao e
Misses
Prof. Brbara Helen Burns
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Introduo a Contextualizao
A. Devocional:
Atos 14:8-18
(Eles interpretaram o que ouviram e viam conforme sua cultura o suas crenas. A
resposta de Paulo tambm foi segundo suas crenas; ele comeou onde eles estavam. No
entrou com uma polmica sobre os Patriarcas ou a lei, mas sim, sobre a natureza.
Explicou Deus em termos que eles podiam entender. Saltou "no meio do povo."
Tambm os confrontou ["crenas vs"]. Antropologia nos ajuda entender as crenas, os
valores, as estruturas sociais, os significados das coisas de um povo.).
B. Bibliografia (levar os livros e explic-los)
C. Definies (copiar e entregar para cada um)
1. Cultura: O sistema dinmico integrado de padres adquiridos de
comportamento, idias, e produtos que caracterizam uma sociedade e que a ajuda
adaptar-se ao ambiente fsica, social e ideacional. Cultura consiste em formas,
significados, e psicologia, ou pressuposies, cosmoviso, lgica e valores
(Luzbetak, p. 74).
2. Antropologia: O estudo dos seres humanos na tentativa de entender como
pensam e vivem. Responde perguntas como: Por que constroem casas, usam
roupas, falam lnguas, e organizam famlias? Como criam sociedades e culturas'?
Como estas, por sua vez, os moldam? Como e por que as pessoas e as culturas
mudam?
3. Contextualizao: indefinida at agora. H vrias definies, dependendo de
pressuposies e pano de fundo. Talvez a definio mais simples e abrangente
seja a "integrao do Evangelho na cultura". Luzbetak disse que semear, fazer
discpulos que podem baseado na interpretao correta da Palavra de Deus, construir
a sua prpria expresso de obedincia e louvor a Deus. integrao do Texto
com o contexto. Tim Carriker define como ... a expresso e realizao vita l
do Evange lho dentro de contextos (sociais, pessoais, eclesisticos,
polticos, econmicos, evangelsticos, etc.) especficos resultando em
transformaes cognitivas (entendimento), volitivas (prtica) e afetivas (motivao).
E a expresso do verdadeiro Evangelho em termos relevantes cultura
receptora. um processo dinmico de duas foras: uma cultura em mudana, e
uma mensagem ou programa de fora da cultura (Martin, p. 9). ... No tornar
o evangelho mais agradvel, mas sim, mais compreensvel" (Francisco Leonardo).
Nesta matria queremos que cada um trace uma definio bblica,
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"contextualizada" e til para ao missionria no mundo que nos cerca.
Portanto o estudo da Contextualizao no como fazer - no pragmtico.
profundamente terico e teolgico. E o por qu. a justificao (ou no)
teolgica de estratgias missionrias; envolve toda a ao e os resultados do trabalho
missionrio - a expresso do verdadeiro Evangelho em termos relevantes cultura
receptora.
4. Viso do Mundo (Cosmoviso): As proposies bsicas sobre a natureza da
realidade. A explicao do mundo e seus fenmenos. Envolve reas cognitivas,
emotivas, e motivacionais (porque fazemos alguma coisa).
5. Etnocentrismo: a tendncia (que todas as pessoas tm de uma forma
ou do outra) de julgar os costumes e valores da prpria sociedade como o mais
corretos (comida, dormida, roupa, casamento, enterro, falar com Deus, etc.) o como
inferior o comportamento e valores de outros grupos tnicos.
6. Sincretismo: A mistura de significados antigos e novos, de modo que a
natureza essencial de cada um se perde.
7. Aculturao: O aprendizado parcial, ou completo, de uma segunda cultura
(aprendizado tico).
8. Enculturao: O processo de aprendizado da prpria cultura, seja por
ensino, seja por observao (aprendizado mico).
9. Igreja Autctone: aquelas cujos membros praticam as verdades
espirituais, sociais e morais do Cristianismo Bblico de uma forma relevante s regras
culturais de sua prpria sociedade, sendo transformados conforme o poder do
Evangelho.
D. O Problemtico: as tenses de contextualizao e prtica missionria:
1. Identificao vs Confronto (ser amigo e ser profeta)
2. Irrelevncia vs sincretismo (passar por cima, ou deturpar o verdadeiro
Evangelho?).
3. Supracultural vs cultural (quais alguns exemplos ligados com costumes como
vestimenta, culto, comida, divertimento, famlia?).
4. Forma vs significado (Hiebert explica que na era colonial e cientfica, forma e
significado eram iguais imposio de formas e da cultura ocidental). Na era
positivista e modernista, os dois foram totalmente separados relativismo e
situacionalismo. Ele indica a necessidade para "Contextualizao Crtica", que
sabe distinguir quando so iguais e quando no so. Para fazer isto tem que
conhecer profundamente o texto e contexto original, e a cultural receptora. [Paul
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Hiebert, The Word Aniong Use. (P. 39 de Insights tambm)
5. O Evangelho e cultura: (a) O Evangelho vs cultura (h) O Evangelho em
cultura, (c) O Evangelho para cultura (Insights, pp.52f).
6. Joo 17: estamos no mundo, mas no somos do mundo. Ef. 4:17: 1 Joo
2:1517, etc. vs 1 Cor. 9!
Qual o critrio para decidir? (A Bblia interpretada baseada numa boa exegese
usando princpios hermenuticas coerentes com as intenes originais dos autores.).
E. Os Modelos Missionrios na Histria (Luzbetak, cap. 3)
1. O Modelo Etnocntrico
a. A intensidade de etnocentrismo de um patriotismo perdovel at a xenofobia
de Hitler.
b. Os nveis de etnocentrismo cultural, subcultural, ou familiar (s vezes o
subcultural mais forte do que cultural).
c. As formas de etnocentrismo
1) Paternalismo compaixo mal direcionada que tende a humilhar os
"beneficiados..
2) Triunfalismo levar a "civilizao" do missionrio junto com o
Evangelho (i.e., "Manifest Destiny").
3) Racismo e diviso de classes a cor ou o tamanho da casa que
inferioriza a pessoa.
2. O Modelo Acomodacional ou "indigenizado" um passo a mais de etnocentrismo,
mas ainda sem respeito para a cultura e povo receptor. impor, em vez de semear.
a. Respeita e utiliza os pontos bons da cultura.
b. Tem a tendncia de tratar os nveis superficiais da cultura.
c. Os agentes principais de mudana eram os missionrios, pessoas de fora da
cultura que no tinham condies de entender profundamente as ansiedades, os
valores, a cosmoviso da cultura.
d. Implantava estruturas do missionrio e esperava que os nacionais as levassem
para frente.
3. O Modelo Contextualizado semear, fazer discpulos que podem baseado na
interpretao correta da Palavra de Deus, construir a sua prpria expresso de obedincia e
louvor a Deus. integrao do Texto com o contexto.
A. Caractersticas principais que diferencia Contextualizao dos outros:
1) Os discpulos e as igrejas locais so os agentes principais da encarnao do
Evangelho na cultura (no os missionrios ou a igreja enviadora, apesar da
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necessidade de sempre manter o elo forte com a igreja universal).
2) O resultado enriquecimento mtuo (no o missionrio enriquecendo os
receptores).
3) A profundidade da penetrao do Evangelho bem maior do que os outros
dois modelos.
B. Tipos de modelos contextualizados (Luzbetak, p. 79f).
1) O tipo "traducional" Kraft (geralmente tem uma idia "romntica" da cultura)
2) O tipo liberacional TL
3) O tipo "dialtico" (entre o Evangelho, a Igreja universal, histrica e a cultura)
Luzbetak (RC).
4) O tipo "crtico" (criterioso, usando critrios bblicos na definio de ao
missionria), limitando a contextualizao aos parmetros bblicos Hiebort,
Conn e a maioria dos outros missilogos evanglicos (Beyerhaus, Mayers,
etc.).
F. Pr-requisitos para a Contextualizao Bblica do Evangelho:
1. Conhecer a Bblia no seu contexto
Deus criou uma cultura pela qual comunicou humanidade. A Bblia descreve
esta cultura; tambm vista hoje. AT -NT. (i.e. Ex. 23:19, Bailey, Luzbetak, p.
241) exemplo: Na tribo Tzeltal, no existe palavra para rei. Os missionrios
perceberam que o problema era fundamental. The problem was something
much deeper than dynamic equivalence' communication. Paul's question was a
fundamental one of epistemology, that is, about knowing God in context. But
Paul and I realized that the problem was ours as well. How could Westerners
whose mathematics teaches that one does not equal three conceive of a trinitarian
God? How could North Americans steeped in materilaism think about God as a 'spirit'
How could two very individualistic missionaries comprehend the 'body' image of
Pauls' ecclesiology?
[This was] the bedrock of the problem of contextualizaion a problem much
deeper than the communication of the gospel by Christians to non-Christians.
Contextualization is most fundamentally a problem of knowing God within the
limitations of culturally specific human contexts. God's selfdisclosure in the midst
of human cultures is like a square peg in a round hole, the dialectical mystery, at
once revelatory and hidden, whereby we come to know God and to understand that
we do not fully know God. The first question, then in contextualization is not the
communication of the gospel so much as the understanding of the gospel, the
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knowledge of God in context (Charles Van Engen "The New Covenant: Knowing
God in Context", in What in the World is God Doing, Dean S. Gilliland, ed., pp. 74-
75).
Paulo Hiebert (Anthropological Insights for Missionaries) diz: "Since we are all
given the right to real and interpret the Scriptures, our first task is to remain
faithful to biblical truth. This begins with careful exegesis, in which the message of
the Bible is understood within a specific cultural and historical context. Our second
tyask is to discover what the meaning of the biblical message is for us in our
particular cultural and historical setting and then determine what our response should
be. This is hermeneutics. Although the message of the bible is supracultural above
all cultures it must be understood by people living within their own heritage and
time frame" (p. 19).
2. Conhecer voc e o seu contexto
Quais os pontos que nos ajudaro ou impediro no campo missionrio'? Quais
aspectos culturais so tomados como bblicos e infalveis? i.e. casar de vestido
branco cultura? Bblica? De onde veio? Pregar num plpito? Por que fazemos?
Resultados de fatalismo? (Cita livros que podem ajudar)
3. Conhecer a cultura receptora
Quais os significados ligados com as formas? Como comunicar em termos inteligveis?
Como contextualizar a igreja no novo contexto'? i.e. culto estilo do Oeste'? horrios
de culto? usar cruz no pescoo anti-cristo? Esprita? As danas so demonacas?
folclore? sensual? (Antropologia necessria.).
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Contextua li zao e a Bblia
2 Aula
Devocional: Joo 7:14-24
I. Objetivos
A. Que o aluno possa discernir entre princpios bblicos e cultura
B. Que o aluno tenha oportunidade de praticar a separao entre os dois.
II. Introduo
Timothy Warner de Trinity Evangelical Divinity School diz,
Teologia o fundamento da prpria vida e certamente de todos os t ipos
de ministrio cristo... Missiologia especialmente precisa de uma base
teolgica. As cincias sociais so valorosas nas suas contribuies tarefa
missionria, mas no podemos permitir que dominem. Teologia ainda o
fundamento para nossa disciplina. No entanto temos que entender que o
fundamento teolgico histrico bom no providenciou uma superestrutura
completa; est sempre sendo construda. O estudo da revelao de Deus na Bblia
sempre acontece dentro da cultura; e, desde que culturas so dinmicas e em
constante mudana, a aplicao de verdade bblica sempre precisa ser
responsiva ao processo de mudana. (Trinity World Forum, Fali 1988).
III. Discusso da leitura (O Evangelho e a Cultura)
A. Toda cultura manchada/reflete a imagem de Deus (p. 8)
B. Definies: Cultura (p. 10), cosmoviso (p. 9, 10-11), identificao (eu),
C. Lugar do Esprito Santo? (P. 11, 14)
D. Entendimento da Palavra importante (p. 13)
na sua cultura original
-Reconhecendo nossas pressuposies (, "culos culturais", tradio, medo da Bblia
contradiz o que cremos).
Em obedincia (Mt. 18-20).
Em comunidade: histrica e presente, exortando uns aos outros.
E. A cultura julgada pela Bblia, no vice versa (p. 19).
F. Forma e Significado (p. 12) (desenhar vela na lousa e pedir os alunos descrever os
significados)
Forma e significado so separados (geralmente ns confundimos os dois, pensando que
forma significado). Uma forma em uma cultura no significa a mesma coisa numa
outra cultura (i.e. danas [religio, social, folclore, sensual], cabelo cumprido
[espiritual, vaidade, louco, sem higiene, hippie], msicas [drogas, religiosa, sexo, ritos
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satnicos, folclore, comunidade, romance, amor, etc.]). Para ajudar distinguir a Eugene
Nida usou dois termos:
"Correspondncia Formal"--traduo literal da forma (sem significado)
"Equivalncia Dinmica" --a forma muda, conservando o significado.
Exemplos:
1. Paulo Hiebert, (Missiological Insights for Missionaries) diz: "A associao de
um significado, emoo, ou valor especfico com certo comportamento ou produto
chamado 'smbolo"' (p. 37). Alguns exemplos:
Linguagem
Dinheiro
Cheiros (ex. perfume)
Vestimenta (uniformes, mulheres, homens de negcio, etc.).
O missionrio deve discernir quando a forma e o significado so inseparveis (como
Meca para os Muulmanos ou a cruz para Cristos, dolos) o quando no so (linguagem,
simples esttuas, fotos, ritos religiosos [cp. Ceia batista e catlica, indo a igreja para
louvar ou indo a igreja louvar].) Pessoas de culturas industrializadas tendem separar
forma e significado, quanto pessoas de culturas em outras culturas tendem a no separ-los.
2. Minha me e minha cunhada:
G. Soluo (p. 21)
IV. Exerccio prtico: Ler Ex. 23:19 e explicar o sentido do mandamento que Deus deu
sobre leite de cabrito.
A. O versculo e o mandamento no tm qualquer sentido para ns. (Inclusive por
muitos anos ningum sabia de nada do seu significado.).
B. Mas quando estudamos a cultura bblica podemos entender e discernir que h um
princpio por trs da forma exterior. (Descobriu nos anos de 1930 o pano de
fundo desta ordem). Na poca havia um rito de fertilidade entre as tribos canaanitas.
Levavam uma sopa feita com o leite da cabra e o cabrito e aspergiam nos campos de
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plantao para que produzissem mais.
C. Qual o princpio? (Idolatria, ritos pagos, imitao do mundo ao redor).
D. Aplicao: Preencher o quadro
Ex. 23:19
A Forma:
Cabrito cozido no leite
da sua me
O Princpio:
No misturar os ritos pagos
com a vida cr ist. No
confiar em outros
poderes.
Brasil
A figa
Centro Esprita
Horscopo
Guardar a Bblia ao lado
da cama, etc.
Idem
Outras Culturas
Cruz embaixo da cama
Danas de chuva
Pular na roa para fazer
crescer o trigo
Navajo--ir aos "ways" etc.
Idem
O cabrito cozido no leite da sua me tinha sentido para os judeus porque entendiam
o princpio. Mas no tem sentido para ns porque nossa cultura diferente. Temos que
descobrir o princpio fundamental para poder fazer a aplicao em nossa cultura sem ser
uma forma vazia de sentido. Nossa tendncia levar formas reconhecidas por ns alem
da nossa cultura. O que podemos fazer para evitar isto?
G. Avaliao (Discusso em conjunto)
Como podemos avaliar uma cultura na luz de princpios bblicos? Que
pecado e que no ? De acordo com a Bblia:
1. Quais so pecados declarados? (adultrio, mentira, roubo, idolatria, acepo
de pessoas, ira, inveja, maledicncia, doutrinas falsas, orgulho,
bebedice, glutonaria, etc.).
2. Quais os provveis pecados, mas que no esto claramente decifrados? Por
que voc acha que pecado? (Poligamia, fumar, cabelo, vu, caf, acar em
excesso, coca-cola, etc.).
3. Quais os pontos neutros? (Roupas, comida, casas, as cerimnias de
casamento, etc.).
4. Quais os mandamentos? (Unidade de famlia, justia, paz, amor, ordem
social, humildade, longanimidade, idade, etc.).
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Cultura (muda de lugar para lugar)
Roupa (Luzbetak p. 76)
Brasil agora
Brasil em 1950
A praia
Os ndios
A Turquia
China
Esccia 15 Sculos atrs
Princpios Bblicos (no mudam)
Vaidade Sensualidade Orgulho Gasto demais de $
No usar a roupa do sexo oposto
Comida:
Brasil
USA
Inglaterra
Mxico
frica
Frana
Bangladesh (nada)
Gluteria
Vcio
Prejudicial ao corpo
Trabalho:
Profisses
Pedreiros
Mdico
Homem de negcios
Pode julgar o status pelo salrio
Motivos--dinheiro, status, forma,
satisfao
Orgulho
Algum quer subir, abaixar o outro.
Desonestidade
Famlia:
Extensa
Nuclear
Cls
Tribos
Envolvimento de outros
Poligamia
Desunio
Desobedincia
Falta de oportunidade
Desamor
Deslealdade
Ritos Religiosos:
Culto srio-quieto
Culto pentecostal
Culto comprido
Outras religies
Orgulho
Formas Vazias
Insinceridade
Idolatria
Governos:
Parlamentar
Democracia
Ditadura
Socialismo
Comunismo
Presbiterianismo
Congregacionalismo
Injustia
Opresso
Falta de liberdade religiosa
-
Concluso:
Analisar no fcil. Os smbolos culturais variam de cultura para cultura,
de lugar para lugar, e de poca para poca. Aqui estamos na mesma cultura mas mesmo
assim no concordamos em
muitos pontos. Temos reaes emocionais que foram
programadas pela nossa cultura e ambiente. Muitas vezes cremos que este
condicionamento cultural bblico quando de fato no . Se ns temos tanto problema
no prprio Brasil, o que acontecer em uma outra cultura, com condicionamento, filosofia
bsica, e experincias totalmente diferentes? Vamos impor o que nossa cultura dita s
nossas emoes? Ou vamos avaliar e agir baseados nos princpios bblicos fundamentais.
Mais uma vez, temos que evitar isto:
3. Conhecendo a Bblia
3. Conhecendo a nossa cultura
3. Conhecendo a outra cultura receptora
-No falando logo
-Analisando, olhando, perguntando, ouvindo .
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Contextualizao no Antigo Testamento
A. Objetivos: Que os alunos:
1. Possam perceber que contextualizao um conceito bblico e histrico;
2. Comecem a fazer perguntas sobre o modo de viver e comunicar em outras culturas
bblicas;
3. Comecem a avaliar mtodos especficos de contextualizao com seus respectivos
resultados positivos e negativos-,
4. Comecem a valorizar as Escrituras como o meio principal de resolver problemas da
vida cotidiana, especialmente os que so relacionados s situaes transculturais.
B. Devocional: Joo 12:42-43. Perseguio razo para no pregar o verdadeiro
Evangelho'? (ie., batismo entre os muulmanos?) Quem cria ia mudar de vida, de
prtica, por isso seriam expulsos.
C. Plano de Aula:
1. Introduo: Profetas e contextualizao. Ez 3:15-27
2. Em grupos pequenos os alunos respondero as seguintes perguntas em relao a
Jos ou Daniel:
a. Quais foram os princpios bblicos (ou que Deus deu a eles, mesmo antes da lei)
que seguiram, apesar de diferenas culturais?
b. Quais foram os traos culturais que adotaram?
c. Como eles manifestaram a presena e o poder de Deus'?
d. Quais foram os resultados'?
3. Depois de terminar, todos juntos preenchem as seguintes categorias:
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Categorias Jos Daniel e seus amigos
Princpios bblicos que no modificaram (ou que No
Transgrediram)
Moralidade no adulterou, soube que queria pecar Contra
Deus (39.9-10). (Nem permitiu
flirtaes) Temor a Deus (39.9; 42.18)
Compaixo (39.31)
Confiana no Senhor (soberania
de Deus) Perdo irmos, a mulher, o copeiro; no uma pessoa
amargurada Perseverana
Sempre deu crdito a Deus
(40.8; 41.6,25)
Obedeceram regulamentos de comida (1.8-14)
No louvaram as imagens
(3.12-18) (Pergunta: Por que no podiam louv-los? Quais as
implicaes para umas alas de
contextualizao hoje?)
Continuaram orando (6.10) Foram humildes
Dependiam de Deus (2.27-28)
Jejuavam (10.12) Confrontou o erro
(4.25,27;5.22-25)
Aproveitaram oportunidades de explicar o Deus verdadeiro
(2.27-30)
No aceitou crdito (2.37)
Traos culturais que aprenderam e adotaram:
Identificao com a cultura
Roupa - os irmos no o conheceram
Tirou a barba (Egito)
Lngua (42:23) (Era fluente para presos e reis. Inspirava
confiana)
A explicao do gado (46:31-
34) Separou na refeio (45:22,
42:23)
Esqueceu da famlia (41:51). Participava da vida ali
(39:22) Usou roupa de linho (Egito)
(no l Israel)
Notou quando eram tristes
(40.6-7)
Lngua e cultura (1.4,17) tica do corte real
Nome (no usado
constantemente, talvez porque eram nomes em honra de deuses
[Life Application Bible, p
1475])
Deus deu profundo conhecimento dos escritos e
cincia dos Babilnicos.
Gostou dos outros, protegeu os sbios, etc.
Maneiras que manifestavam o
poder de Deus (como a
realidade do seu Deus se tornava relevante aos egpcios
ou babilnicos?) O ministrio
deles no meio do povo
Interpretao de sonhos
Sabedoria
Sade (1.15)
Sabedoria (1.20)
Inteligncia e o poder de interpretar vises e sonhos
(2.28-30, 37,45;3.12,18)
O 4 homem salvos do forno A loucura de Nabucodonossor Interpretao do escrito
Vs. 1.17 mostra que Deus deu
tanto habilidade cultural como poder espiritual.
Os resultados naquelas culturas Priso
Liberdade e elevao para ser
pai de Fara e chefe de toda a terra (45.8-9)
Deus o usou para conservar a
famlia durante a fome e a nao (45.5,7)
A cova dos lees
O Rei Nabucodossor
reconheceu o poder de Deus (2.47-49), honrou Daniel e seus
amigos, glorificou a Deus
(3.28-30), e fez a declarao (4.1-34, 37). Eram uma beno
para o rei (1.20)
Drio fez seu decreto (6.25-28)
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Concluses:
1. Jos e Daniel mantinham suas prprias convices baseadas no conhecimento de Deus.
2. Eles se identificavam com muitos costumes do povo. Entravam na vida do povo em
tudo o que seria permitido por Deus.
3. Faziam uma grande contribuio para o bem das culturas onde se achavam
serviam as naes como homens de Deus, com amor e discernimento.
4. Manifestavam o poder de Deus em milagres, interpretaes de sonhos e escritos, e tinham
sabedoria e poder. Eles escapavam aos perigos milagrosamente; eram sinais que
o povo
podia ver e entender.
5. Eram autnt icos servos de Deus, se firmando nesta posio e vocao
mesmo com conseqncias de sofrimento. Viviam com amor no meio das tribulaes
para serem teis a Deus e ao povo.
6. Concluso: Contextualizao tem que ter a sua base em princpios bblicos!
Agora fazer uma comparao com Abro. Como foi que ele agiu numa cultura
estranha'? (Gen. 12:10-20)
Princpios divinos que no guardou No adulterar
No mentir
Trao cultural que aceitou Deixou sua esposa ser parte das mulheres
do Fara
Poder de Deus manifesto Pragas na casa de Fara
Resultados Fara devolveu Sara
Concluso e Comparao com Jos e Daniel
Abrao tinha medo e fez compromissos, com Deus e com Sara. Os resultados
foram maus. Abrao foi bem tratado naquele momento (o oposto dos outros dois), mas Fara
foi prejudicado e a nao toda!
Aplicao:
1. Contextualizao tem que ter sua base em princpios bblicos e divinos.
2. Quando Contextualizao excede os limites bblicos, os resultados so negativos,
mesmo sem efeitos que parecem ser negativos no incio. (Pode ser mais fcil no incio no
obedecer a Bblia.)
3. Contextualizao de valor em todos os nveis da vida se feito conforme princpios
bblicos.
Ns, como missionrios transculturais, somos os servos de Deus neste mundo, enviados
para viver e comunicar duma maneira significante e poderosa aos que so necessitados.
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C o n t e x t u a l i z a o n a V i d a e n o E n s i n o d e J e s u s
Filipenses 2:1-11
A. Objetivos: Que o aluno:
Aprenda que Jesus foi o exemplo principal de contextualizao em misses:
Possa relacionar os acontecimentos especficos de contextualizao na vida de Jesus
ao texto de Fp 2:1-11;
Possa definir especificamente como Jesus foi o modelo de contextualizao;
Possa aplicar estes princpios sua vida agora de maneiras especficas:
Possa ver o equilbrio entre ao social e o Evangelho nestes versculos.
B. Aula:
1. Em discusso geral, ou em grupos pequenos responder as seguintes perguntas:
a. Qual o objetivo principal de Fp 2:1-11 ? (Amor/humildade/servio aos outros,
unidade do corpo [cp com Rm 15])
b. Como Jesus exemplificou isto na sua vida? O que Ele fez de concreto
(Encarnao/Servo/Obedincia a/Identificao/sofrimento at a morte)
1. Abriu mo dos seus direitos
2. Limitou-se voluntariamente
3. Identificou com o homem
4. Participava de tudo na vida humana.
5. Vivia com seus discpulos, e com os pecadores.
6. Falou, usando termos e analogias entendidas sobre a terra, pesca, templo,
7. Tornou gua em vinho--uma necessidade especfica.
8. Cumpriu a vontade de Deus; glorificou a Deus Pai.
C. Qual a aplicao missionria? (Identificao/servio/encontro com os
outros/contextualizao com os limites do pecado/confronto) Ler Willowbank, pp. 26-27.
1) Renncia de status, independncia, imunidade, invulnerabilidade.
2) Identificao com as pessoas nos seus contextos
2. Em discusso compartilha as respostas. Perguntar para o grupo "Podemos
mandar missionrios arrogantes? Auto-suficientes"?
3. Em discusso ainda, relacionar Mt 20:20-28 e 23:1-12 com o assunto. Perguntar:
a. Como Jesus Contextualizou no seu ensinamento nestes textos? (Identificao
com a cultura [contexto religioso, poltico], confronto, descontextualizao,
transformao! [cp com 2 Cor 3:l ss])
b. Qual a ligao com Fp 2?
c. Como aplic-los no Brasil? (No seguir hierarquias culturais que contrape
-
princpios bblicos. Humildade dos lderes e todos. Investimento no
desenvolvimento dos outros.)
4. Palestra relacionando tudo no ministrio de Jesus.
a. Joo 4:5-26: Atingiu uma necessidade, comeando com a realidade da mulher.
Quebrou srios costumes (falou com uma mulher no poo era pedir relaes
sexuais), confronto, aplicao da verdade, transformao de vida. Outro
exemplo Lucas 9.
b. Lucas 14:15-24:
1) 1-6: chocou com sua ao, explicou com lgica--confrontou a religio
2) 7-14: chocou com seu ensinamento direto--confronto de egocentrismo
3) 15-24: chocou com as suas parbolas--confronto do etnocentrismo judaico
(13:29-30)
c. Resumindo: Jesus curava, libertava, falava atravs de pregao, dilogo,
perguntas, fazia discpulos com ensinamento profundo e contnuo, baseava os
ensinamentos no AT, servia--lavando os ps, dando comida, compartilhando,
enviando para que eles pudessem adquirir experincia, dando sua vida!
5. Concluso
a. Jesus investia sua vida em outros.
b. No havia algo humilde demais para ele fazer.
c. Dois fatores na vida e ministrio de Jesus so importantes: o processo e o
contedo. O processo inclui a maneira de atingir necessidades, comeando
onde a pessoa esta, identificando com, e muitas vezes, quebrando costumes,
confrontando, explicando, transformando. O contedo o mesmo --toda a
Palavra de Deus.
d. Jesus vivia, ensinava, e ministrava dentro de parmetros claros. Ele atingia
profundamente os homens na sua cultura, fazendo que fatores supraculturais os
transformasse.
Supracultural Teologia Revelado
Cultural Interpretao cultural
Teologias no so assim:
Mas assim:
O Centro o mesmo. Devemos estar indo na direo do centro.
-
c. Como podamos aplicar tudo isto?
1) Trabalhando numa favela (vamos morar l? Adotar o que? Como comunicar?)
2) Guetos minoritrios
3) Vizinhos
Lucas 14:15-24
Isaas 44:12-20--o que tem haver com contextualizao? Etnoteologia? Perguntas para
grupos/grupo
1. Qual o contexto da histria que Jesus conta? (Acontecimentos anteriores, cosmoviso,
pessoas, aes, conversas, reaes, banquete numa casa de ricos [reclinando]. Is 25:6 -9
fala de todos os povos num banquete!)
2. Dentro do contexto, como voc encara o jogo/colocao/pergunta de vs. 15?
3. Como voc entende o tom da resposta de Jesus?
4. Qual o contedo da resposta?
5. Qual a resposta da audincia, em sua opinio?
6. Como o estudo do contexto cultural em Bailey ajudou seu entendimento desta cena?
7. Que tipo de contextualizao fez Jesus aqui? (contextualizao existencial?
Dogmtica? Usou etnoteologia?)
8. Como podamos aplicar tudo isto para ns, na realidade brasileira? (Transportando
princpios bblicos/tem que conhecer as 2 realidades.)
Nas pregaes/evangelismo, exortando para no rejeitar Jesus
Em convidar os pobres/outras naes/povos receptores.
-
As B as es B b l i ca s de M is se s
A V i d a d o A p s t o l o P a u l o
Atos 13 e 17
A. Orao
B. Discusso da leitura (Michael Green em A Misso da Igreja no Mundo de Hoje, capitulo
3 (especialmente pp.63-64.)) Ler p. 68.
C. Trabalho em grupos: Preencher o desenho conforme suas descobertas no texto,
comentrios e dicionrios bblicos:
D. As concluses
1. Quais foram os resultados nos dois lugares? (Alguns creram, zombaria, cimes,
perseguies).
2. Contextualizao bblica significa que todos vo aceitar a mensagem?
Nos seguintes textos temos o contedo de duas mensagens, para judeus e para
gentios. Temos que lembrar que Lucas tem o objetivo de provar para Tefolis que o
Cristianismo para gentios tambm, assim ele traz detalhadamente o contedo da mensagem
em Atenas.
Perguntas para os grupos:
1. Quais os pontos de contato?
2. Quais os pontos de confronto?
3. O que diferente nas duas mensagens? (o pano de fundo e o caminho de chegar)
Perguntas depois de preencher o quadro:
1. O que semelhante? (mensagem, objetivos)
2. Qual o objetivo dos dois grupos?
-
Atos 13.14-52 (17.1-6) Atos 17.18-31
O Lugar Sinagoga em Tessalonia (17.1) Atos 13. Antioquia da Psidia: na
sinagoga
Arepagos em Atenas o lugar dos intelectuais se reunirem para discutir
suas filosofias, religio e poltica. No
p do Paterno e com viso ampla da cidade cheia de templos e dolos.
Os pontos de identificao
(pontos de contato)
As Escrituras (17.2)
Exegese do A.T. (13) juntos;
Deus de Israel pas; hx; vitrias; poder de Deus; Davi;
descendente de Davi Jesus; filhos de Abrao; para ns chegou a mensagem
Estava junto; observava; falava; A
religio deles/templos/arte. Um altar
ao deus desconhecido / a cultura deles: o mundo, a natureza, o homem
Deus Criador e sustentador. Todos tm os mesmos pais. Citou poeta deles.
Os mtodos da comunicao
(canal)
Discusso
Palestra, explicao, exposio,
demonstrando com o A.T. (17.2,3)
Discusso, dilogo, repostas e
perguntas, disputa, contenda, usa
processos de raciocionio.
Contedo da mensagem At. 17: A morte e a ressurreio
de Jesus o Messias. At. 13 (refere s outras
categorias)
Analise da:
- Religiosidade do povo - A natureza
- A existncia de Deus
- O amor de Deus
- O Representante de Deus na Terra Aplicao:
- A identidade do Deus Desconhecido
-A fidelidade e grandeza de Deus nas Suas obras; Ele a fonte da vida e o
Dirigente da vida humana (vs 26). A
humanidade deve buscar este Deus
(274). - A morte e ressurreio de Seu
Representante
- O juzo A necessidade de arrependimento
O confronto At. 17: Jesus = Messias
Ressurreio dos mortos
At. 13: Arrependimento (vs24); ressurreio (30); verdade sobre o
povo e lideres judeus (27-8);
perdo do pecado (38); no h justificao na lei de Moiss (39);
aviso (40-41)
- No feito com mos - No habita em templos - No ouro nem prata
No servido por mos
- Deus no agrada com imagens - A ressurreio (que para os gregos
no existia)
- Chamam-os de ignorantes
- Questiona a cosmoviso dos estoicos e epicureus; eles tambm
so responsveis diante de Deus e
portanto necessitam de arrependimento.
- juzo de Deus
- Ressurreio (o que os epicureus no aceitavam)
O Objetivo Jesus Morto, ressureto. Jesus Morto, ressureto.
Resultados Conflito, alguns judeus
acreditam, muitos tementes a Deus
Conflito, alguns judeus acreditam,
uma mulher e vrios outros.
-
Notas:
Os Epicureus (fundado por Epicurus [342-270 B.C.].) creram que a realidade
consiste em tomos de material. Assim os homens no tm alma e no h ressurreio.
No h interao com os deuses. Assim Paulo diz que Deus no est distante. pecado
e rebelio que afasta Deus e corrupta contato com Deus.
Os Estoicos, fundado por Zeno (336-263 B.C.) tambm eram materialistas, mas
acreditaram em um "logos" divino, ou Razo, que controla o universo. A tarefa da
humanidade obedecer esta razo dentre de cada um, e assim se demonstra filhos dos
deuses (Aratas, o poeta citado acreditava nisso como Estoico; Paulo usa como ponto de
contato, refinando a definio). O mundo para eles cclico, Periodicamente o
universo se queima e depois comea de novo. No h conceito de ressurreio. Aceitavam
idolatria como meio de nutrir a chama divino dentro de cada um. Paulo, consciente disso,
manteve a integridade da sua mensagem, separando-a da crena dos ouvintes. No havia
sincretismo, mas era compreensvel pelos ouvintes, tanto que reagiram violentamente. Os
ouvintes sabiam que estavam ouvindo algo de substncia.
Paulo pede mudana no centro da religio. Por isso enfatiza a unidade da humanidade
que transpe a relativa diversidade de culturas. Temos uma natureza em comum. A morte
e ressurreio de Cristo so relevantes a todos os homens (Larkin, 1988:319-21).
(Tambm, referncia a Atos 14: Em Listra houve um mito que Zeus e Hermes
chegaram como homens pobres e foram rejeitados pela maioria. Quem os ajudou foi
honrado. Por isso o povo no queria errar de novo. Tambm falavam uma o utra lngua,
por isso Paulo e Barnab provavelmente no entenderam tudo. Quando entenderam,
contextualizaram sua mensagem (HesselGrave o Rommen, 1989:9).)
The apostles didn't understand the local Lycaonian language and ouly belatedly
perceived that the mob was about to make animal sacrifice to them as gods. This was
the most extremem cross-cultural situation the apostles had faced. But in each of the
towns of that area, pagans turned to Christ and churches were founded, even where
there were no synagogues. Timothy was a half-Jewish young man won during that tour.
So the apostles proved that cross-cultural evanglism among the most extreme idolaters
was not only possible but greatly successful. When they reported back to the Antioch
church, they all rejoiced how "He had opened a door of faith to the Gentiles" (Gordon Olson,
What in the World is God Doing?, p. 68).
Anotaes do Bertil: "A Importncia e o Perigo de Contextualizao na
Interpretao das Escrituras" (Trabalho para o Mestrado da FTBSP, 1993).
Apesar do tumulto, o resultado foi unia igreja e Timteo era dessa cidade (vs 21-22
-
e 16.1-2). Zeus (Jpiter) deus chefe e Hermes (Mercrio) era o porta-voz dos deuses.
Que Deus permitiu que os povos andassem nos seus prprios caminhos mostra que
o agente, o que controla. Controla a natureza tambm. Bertil conclui:
1. A cura do homem paraltico mostra que o evangelho de Deus integral, alcana as
necessidades.
2. O claro rechao s homenagens previniu um sincretismo mais tarde.
3. A mensagem no ora s milagre, mas confrontou com a situao pecaminosa dos
habitantes e chamou de volta da idolatria para o caminho de Deus.
4. Usou natureza e no as Escrituras para sua comunicao, mostrando-se sensvel ao
conhecimento prvio do povo.
-
As B ases B b l icas da cont ext ua l i zao
Os Ensinamentos do Apstolo Paulo
1 C o r n t i o s 8 - 1 0
Prof Brbara Helen Burns
A. Isaas 42:1-12
B. Orao
C. Objetivos: Que o aluno
1. Aprenda por limites na contextualizao, baseados na Bblia
2. Tenha oportunidades de praticar o processo de fazer decises baseadas na Bblia
3. Chegue ao ponto de poder aplicar estes mesmos princpios bblicos de
contextualizao numa cultura diferente.
D. Aula
1. Em grupos pequenos preencher o desenho na pgina seguinte.
2. Numa discusso geral, responder as seguintes perguntas:
a. Citar pelo menos cinco razes pelas quais deve identificar-se numa cultura
(objetivos/razes para contextualizao bblica).
(1) No causa ao outro tropeo (8:9-13-, 10:32)
(2) Ganh-los (9:19-23; 10:33)
(3) No pecar contra o Senhor (8:12; 10:14-24)
(4) Para manifestar a glria de Deus (10:31)
(5) Para a edificao de outros (10:23)
(6) Permitir que Jesus atue atravs de ns--humildade (8:1-7)
b. O limite de contextualizao em 10:14-24 idolatria.
c. Os dois captulos no se contradizem porque tratam de situaes diferentes.
(1) dolo no nada (8:4) vs dolo demnio (10:20)
(2) Pode comer (8:10:23-33) vs no pode participar (10:14-22) (Como encaixa
em Atos 15:29'?)
E. Palestra
Quem pode decidir?
O que idolatria?
O que pode fazer/no pode fazer?
Paulo dava princpios
No ser escndalo
No idolatra
No ter orgulho
-
Amar
O dolo no nada! (mas o demnio (no pode ter comunho com ele)).
Paulo conhecia bem a cultura - e por isso podia dar diretrizes
Mas a pessoa mesmo tinha que escolher em situaes especficas -Na casa dos
outros
Na compra
No lugar
Tinha que discernir o significado para ele e para os outros ao seu redor! No era
regrinhas; lista de leis
Temos liberdade--mas se no edificar ... (Rm. 14-, GI. 5:13,14; 1 Cor. 10:23)
Para chegar forma numa igreja, evangelizando e ensinando duma forma
contextualizada, Paulo identificava (I Cor. 9:16-27). O missionrio que no se
identifica:
No edifica (escndalo, ningum entende, interpretao errada).
No humilde
No tem direito de confronto ou de levar transformao
Perguntas: Como foi mesmo que Paulo fez em I Cor. 9:16-27? Ele estava
preocupado com qu? (sincretismo/obedincia)
Obedecia a lei
No obedecia a lei
Circuncidou Timteo (At. 16:1-3).
No circuncidou Tito (Gl. 2:1-5)
Fez voto no Templo (At. 21:23-26)
Que significa no Brasil? No exterior? fcil? ("Esmurrando o corpo")
F. Comparao dom a leitura de Nicholls, cap. 4:
1. H verdades supraculturais, imutveis (p. 50).
2. A partir da supracultural h diferenas de expresso (51).
3. Se o centro Deus Criador e Salvador (45), idolatria excluda (47).
4. Aplicao no Brasil (47): manipulao de palavras sagradas, legalismo, etc.
5. H necessidade de confronto, desculturao (48).
6. Paulo conhecia o problema em Corinto (48)--a cultura.
7. Sempre h tenso na interpretao do supracultural e cultural (50).
-
. . . . .......
I Corntios 8 I Corntios 10:14-22 I Corntios 10:23-33
O Assunto Tratado - Se podiam comer carne oferecidas
aos dolos (8:1,4) - Se podiam ir s festas sociais
ligadas com o templo (8:10) (Morris,
p. 103)
- Se podiam participar das festas
idlatras (10:14-22)
- Se podiam comprar ou comer carne
oferecida aos dolos.
Os atos permitidos - Ao comer os cristos tinham liberdade porque no era nada (8:4-8)
- Comprar carne no aougue (10:25) - Comer carne servido numa casa
particular (10:27)
- Comer carne se ningum importa
As proibies - Ser escndalo (8:9-13) - Ser orgulhoso na liberdade e
conhecimento que tinham (8:1-3, 14-
21)
- Participar de idolatria associar com os demnios (10:14-21)
- (Morris, p.119)
- Participar daquilo que no edifica (10:23)
- Buscar seu prprio interesse (10:24)
- Comer carne se algum disser que sacrificada aos dolos (10:28)
- Comer carne se vai atingir a
conscincia do outro (10:29)
- Ser tropeo (10:32)
Os princpios tirados - Comida no tem nada. No existem
outros deuses (8:4-6) - Pecar contra o irmo pecar contra Cristo (8:12)
- Deus vive nos fracos tambm; no
podemos desprezar ningum.
- Todas as coisas so de Deus - Zelo para o irmo em Cristo
- Cuidar da aparncia
- Fugir da idolatria e tudo que est
ligado com ela
- Buscar os interesses dos outros
- Do Senhor a terra e sua plenitude
(10:26) (as coisas que Ele fez so boas. Comparar com Rm 2:14-14)
- Fazer tudo para a Glria de Deus
(10:31)
- No ser tropeo - Ganhar muitos
- Agradar muitos (10:33)
Aplicao no Brasil
-
A H i s t r i a d a C o n t e x t u a l i z a o
Brbara Helen Burns
I. Devocional: Dt 18:9-13
II. Discusso de Nicholls, pp. 7-20
III. Pergunta:
Como ir daqui Para c?
Como comunicar o Evangelho da minha cultura para
aquela cultura ?
Como comunicar com pessoas onde eles pensam que esto e no onde voc pensa
que devem estar?
No uma nova pergunta: os apologistas lutaram com este problema. Como comunicar
com os judeus? Romanos? Gregos?
Muitos tipos de modelos de Contextualizao na histria existiam s vezes totalmente
contraditrios durante a mesma poca. Um exemplo na poca das Redues de
Paraguai quando no norte alguns padres decidiram caminhar junto com tribos nmades,
ou morar nas suas vilas (Luzbetak, 1988:96). Por isso no podemos fazer
generalizaes histricas. "Muito menos podemos culpar o passado, pois no podemos
julgar eles na luz do nosso conhecimento e contexto social e cultural, esquecendo que
daqui um pouco ser nossa vez de receber a condenao" (Luzbetak, 1988:84).
IV. Um Pouco da Histria do Desafio de Contextualizao
A. Gregrio o Grande (590-604) escreveu para Agostinho na Inglaterra no
Sculo VII. (Ler Conn, p. ix-x em Kraft e Wisely, 1979, Luzbetak, p. 89)
Mandou conservar os templos, mas destruir os dolos. (Mais tarde, no entanto, o
prprio povo pediu para os templos serem destrudos) Agost inho fez
"adaptao" - mudou o sentido das formas. No mesmo tempo Gregrio usava
"persuaso" atravs de altos alugueis, tortura, priso para levar a converso (em
Sardnia, no Inglaterra) (Bosch, 1988:223). Agostinho de Hippo realmente
comeou esta tendncia quando concordou no uso de multas e confisco de
propriedade para levar a converso (Ibid).
B. Bonifcio (672-755) - Confronto ("Encontro de Poder"). Cortou a rvore em
Geissmar, Alemanha. Quando as pessoas aceitaram o poder de Deus, cada uma
tinha que fazer uma renncia dos seus dolos, louvor as rvores, prtica aminista,
-
etc. Cada um tinha que responder as seguintes perguntas (Tippett, 1987:260-63):
"Renuncia o diabo?"
"Renuncio"
"E todo salrio do diabo'?"
"E todas as obras do diabo'!"
"Acredita em Deus o Pai Todo Poderoso?"
"Acredita em Cristo o Filho de Deus'?"
"Acredita no Esprito Santo'?"
Bonifcio estava pondo em prtica xodo 34:13.
C. Outros exemplos de confronto:
Ansgar de Hamburgo foi para Dinamarca e Sucia em 831. O primeiro ato missionrio
foi declarar que os deuses do povo no tinham poder para livr-los dos inimigos.
Ele disse:
Your vows and sacrificas to idols are accursed by God. How long will ye serve
devils and injure and impoverish yourselves by your useless vows? You have
made many offerings and more vows and have given a hundred pounds of silver.
What benefit has it been to you? ... If you desire to make vows, vow and perform your vows to the Lord God omnipontent, who reigns in heaven, and whom I serve...
If ye seek His help with your whole heart, ye shall perceive that His omnipotent
power will not fail you (Charles Robinson, Anskar; Apostle of lhe North, trans. from Rimbert's Vita Anskarii [London SPG, 19211, 39, cited in Rommen and
Hesselgrave, 1989:22).
O que aconteceu? O povo aceitou e foram libertos de um ataque iminente. Depois
os missionrios continuaram:
Alas, wretched people,... ye now understand that it is useless to seek for help from
demons who cannot succor those who are in trouble. Accept the faith of my Lord Jesus Christ, whom ye have proved to be the true God and who in His compassion has
brought solace to you who have no refuge from sorrow... Worship the true God who
rides all things in heaven and carth, submit yourselves to Him, adore His almighty power (ibid.).
Constantino de Tessalnica tambm demonstra sabedoria no confronto com Islamismo
em 870 a.C. Foi enviado para os muulmanos para defender a f. Uma das conversas
foi assim:
Speak no such despicable blasphemy. How well have we learned from the prophets, fathers and teachers to glorify the Trinity, the Father, the Word and the
Spirit, three hypostases in one being. And the Word became flesh in the Virgin and
was born for the sake of our salvation, as your prophet Mohammed bore witness when he wrote the following: 'We sent our spirit to lhe Virgin, having consented the
She give birth.' For this reason I make the Trinity known to you (Ibid., 24).
Confronto e utilizao do conhecimento profundo das escrituras e pensamento do
-
outro foram importantes mtodos missionrios.
D. Cirlio (827-869) e Metdicas (815-885) - dois irmos da Igreja Ortodoxa
que foram para Morvia em 862 ao convite do rei (j existia Cristianismo l, mas sem
instruo [Luzbetak, p. 90]). Eles traduziram a Bblia, tinham cultos na lngua
comum (contra os princpios de Roma), estabeleceram escolas e ordenaram um clero
nacional. (Metdicas foi preso por vrios anos pelos bispos de Alemanha por causa
disto [Cirlio j tinha morrido].)
E. Islndia - no Sculo XI os islandeses fizeram sacrifcios humanos para se livrarem dos
missionrios que tinham chegados ilha. Os missionrios decidiram mostrar que
tambm eram dedicados ao seu Deus, e os dois lderes se jogaram no mar (e a
morte) dizendo que era como "uma ddiva de vitria ao Senhor Jesus Cristo"!
(Conn em Kraft e Wisley, 1979:xi).)
F. As Cruzadas - no meio do desastre das cruzadas, Raimundo Lull (1232-1316),
no esprito de Francisco de Assis, iniciou escolas para treinar missionrios para os
muulmanos. Tinham que aprender a lngua e os pensamentos/doutrina. Os missionrios
celtas, Las Casas e outros so exemplos contra o uso da fora. (Destruio [que incluiu
St Bernardo de Clairvaux que considerou matar um muulmano a morte de um "mal",
no de uma pessoa] vs comunicao. Usava o paradigma de Lc 14:23 nesta poca!)
G. Mateus Ricci (1552-1610) - foi para China. Usou a forma de Confucio nismo. Se
apresentou como um homem sbio do Oeste, como um banze da alta classe ou
mandarim. Associou-se com a elite. Aceitou como social os ritos aos ancestrais
(respeito famlia). Concertou relgios (realmente era dar corda...) que ele trouxe para
l. Em 10 anos comeou uma igreja em que traduziu Deus como "Senhor do
Cu" e continuou usando o termo "Shery" (Venervel) para Confcio porque referiu
a qualquer objeto respeitvel. (Identificao/engano'?/Contextualizao sem limites'?)
H. Roberto Nobili (1577-1616) - nasceu na Roma de uma famlia nobre, entrou na
ordem dos Jesutas com 17 anos. Foi para ndia e Goa, onde descobriu quais foram
os costumes que faziam barreiras entre o povo e os missionrios. No incio
trabalhou com as castas inferiores, mas no entendeu porque s eles aceitavam.
Depois foi para os de altas castas. Em Goa (Portugus) tinha que ter permisso do rei, s
falar Portugus, e ir num navio de Portugal. Trabalhou entre paraivas (intocveis).
Descobriu que eles chamavam os portugueses de "Parangi" - no era
"Portugus" como ele pensava, mas "aqueles que comem carne, bebem, no tomam
banho, usam sapatos de couro, ignoram regras sociais"! Os missionrios, tambm, eram
Parangi!
-
Depois disso ele se tornou um "homem religioso" indiano e adotou a maneira de
viver e vestir deles, andando na rua, no comia carne, no usava sandlias de couro,
aprendeu bem a lngua, e ganhou milhares de seguidores. Deixou-os manter casta se
no interferisse com o Cristianismo (exemplo de Unidade Homognea). No criticou
nenhum trao cultural - nem casta, nem saci [comp. com Carey!].
I. Misses Protestantes em maior parte comearam no fim do Sculo XVIII. Os
missionrios no incio no havia dificuldades de identificao, de posicionar-se contra
empresas coloniais (eram at rejeitados por elas). Carey, por exemplo, ou Bartolomeu
Ziegenbalg [1682-1719], o l missionrio para ndia com a Misso Halle-Dinamarqusa,
estudou Hindusmo e levou seus conhecimentos para Europa. Ali foi informado que o
trabalho dele era erradicar Hindusmo, e no trazer superstio pag para Europa
(Conn, 1984:77). Zinzendorf tambm tentou adaptar a mensagem para as culturas:
instruiu seus missionrios a usarem termos do local e falou que se a maior necessidade
dele era uma agulha, chamaria o Senhor de agulha! (Hesselgrave e Rommen, 1989:26),
1
William Carey outro exemplo, que organizou uma igreja na ndia, no uma
misso. Ele tinha como alvo principal o treinamento de lderes nacionais para dirigir as
igrejas. Preocupava-se com justia social, igualdade, amor. O Grupo Serampore disse:
"Another part of our work is the forming of our native brethren to usefulness, fostering
every kind of genius, and cherishing every gift and grace in them; in this respect we can
scarcely be too lavish of our attention to their improvement. It is only by means of native
preachers we can hope for the universal spread of the Gospel through this immense
continent" (Wilbert R. Shenk, Internacional Bulletin Jan., 1990).
As idias de Carey repercutiram em muitos lugares. Uma revista missionria em
Londres em 1817 publicou o seguinte:
The Christian church must give the impulse, and must long continue to send forth her
missionaries to maintain and extend that impulse; but, both with respect to Funds and
Teachers, a vast portion of the work will doubtless be found ultimately to arise from among the heathen themselves; who, by the gracious influence which accompanies the
Gospel, will he brought gladly to support, as the Christian Church has ever done, those
Evangelists whom God, by His Spirit, will call forth from among them (Shenk, Ibid.).
Mas aps o Iluminismo, tudo se confundiu. A Era da Razo teve sua repercusso em
misses:
Confundiram amor com paternalismo. Povos so crianas, os "coitados"
(resultado do evolucionismo, iluminismo, industrializao).
Confundiram Cristianismo com a cultura anglo-saxo ou germnica (como os
-
missionrios catlicos confundiram com cultura ibrica), levando a cultura junto ao
Evangelho. No apreciaram os valores positivos nas outras culturas co mo ordem,
famlia, lealdade, comunidade.
-Eram muitas vezes simples, sem muito preparo (apesar do fato que nas igrejas e
lares a Bblia era mais ensinada do que hoje)
Construram colnias missionrias - como exemplos de vida crist - e protegidas
pelos poderes governamentais.
-Julgaram pobreza=pecado (at hoje tem este problema nas igrejas?)
"Cultura" = m ("primitiva" - muito ligado com as idias antropolgicas da poca:
"primitivo" era "inferior")
Tinham motivos mistos (evangelizar, melhorar a sociedade, comrcio, plantar
igrejas, amor e compaixo, obedincia).
O "Manifest Destiny", que teve seu ponto mais forte nos anos de 1880-1920 aconteceu
em todas as naes ocidentais (Bosch, 1988:299). Alguns resultados disso eram:
- Aldeias crists (Eliott, 1604-90. - Seu modelo foi levado para outros lugares [ler
Mendona, p. 103, com uma crtica do livro])
- Os convertidos tinham que aprender Ingls
- Todos os aspectos das suas culturas eram repudiados.
- Muitas vezes o missionrio controlava tudo, pagava tudo, construa tudo,
dirigia tudo, decidia tudo. (Mesmo quando tinha lderes nacionais, geralmente os
missionrios se reuniam separadamente e tomaram as decises principais).
- Ficaram nos lugares mais confortveis - o litoral, ou em centros protegidos pelos
seus governos.
- No tinham o benefcio de missiologia, histria, etc. Fizeram geralmente o melhor que
sabiam. No meio da sociedade daquela poca, eram considerados radicais!
Abriram novas fronteiras, levaram o Evangelho no mundo inteiro (geograficamente).
Deixaram exemplos de grandes homens e mulheres de Deus que at agora so modelos
para ns (Carey, Paton, Judson, Nevius, etc.)
Robert Speer disse: "No podemos ir ao mundo no cristo diferente do que somos
e com nada mais do que temos. Mesmo quando temos nos esforado ao mximo de
desentang le a verdade univer sa l da fo r ma oc identa l. . . sabe mos que no
conseguimos" (Bosch, 1988:297, citando Hutchison 1987:121).
V. A Histria da Discusso
No Sculo XIX, no meio desta ligao entre "Cristianismo," "civilizao," e
"Milenianismo" (no "pr" ou "ps", mas a esperana que os propsitos de Deus logo
-
iam ser cumpridos atravs do Oeste), vrios estratgias estavam sendo desenvolvidas
para melhorar a situao.
A. A "Igreja Indgena" - se tomou o "mais reconhecido conceito de emergir do
movimento missionrio moderno do Sculo X^X.- (Wilbert R. Shenk, International Bulletin
Jan., 1990).
1 . James, pastor congregacionalista pregou sobre o assunto em 1826: "Leu it be a
great object with us, to render our missions self-supporting, and selfpropagating" Shenk
explicou a mensagem dele dizendo,
...sugeriu que este princpio fora baseado numa observao cuidadosa da natureza humana e a
dinmica cultural. To somente algum indgena cultura realmente pode entender os costumes,
idioma e cosmoviso do seu povo. O futuro da evangelizao e desenvolvimento da igreja tem que estar nas mos daqueles nativos a uma cultural particular. Ento, a prioridade no
trabalho missionrio tem que estar no treinamento da liderana indgena (Shenk, Ibid.).
2. Henry Venn (1796-1873) - Sc. Ex. da CMS (Inglaterra) de 1841-1872, e
Rufus Anderson (1796-1880) - Sec. Ex. do American Board of Cortmissioners for
Foreign Missions (Congregacional/USA) de 1826-1866.
Foram os primeiros a consolidar as teorias quanto a situao geral de "imperialismo"
ocidental ligado com Cristianismo. Legaram que a Igreja deve: auto propagar, auto
sustentar, e auto governar (estas idias j foram propostas pelo prprio missionrio
William Carey!). Depois de conseguir isto, os missionrios deveriam ir para outros
lugares e comear de novo. Para esta finalidade eles queriam treinar lderes nacionais
(no usar escolas como meio de evangelismo). O resultado deste sistema chegou ser
chamado da A "Igreja Indgena". Mas houve problemas:
Para preparar os "ministros nativos," Anderson acreditou que os candidatos tinham
que se separar das suas culturas com a menor idade possvel, e morar na misso. Devia
durar de 8 a 12 anos. (Anderson acreditou, como os demais, que a cultural Ocidental era
"Crist.")
Quando uma misso tentou pr as suas idias em prtica em Serra Leoa, no funcionou por
ser cedo demais (Stephen Neill). Os seguintes problemas aconteceram:
a. Focalizou na estrutura da igreja. Os lderes nacionais tinham que aprender as
estruturas dos missionrios.
b. Isto causou Institucionalismo - uma preocupao com detalhes de organizao,
ordem burocrtica, administrao. Apagou a centralidade da natureza da igreja e
elevou assuntos como se a igreja paga salrios, etc.
c. Levou ao profissionalismo - clero profissional, pago - elevado e separado.
d. Isto por sua vez criou secularismo - cultivou costumes do Ocidente como
-
competio, e outros modelos ocidentais. Luzbetak disse,
Contextualization should be more concerned about worshipping, rather than worship.
Contextualization should be concerned more about creating a genuinely prayerful "God-is-
with-us" and "He-is-risen" atmosphere than about rules governing art, however important
such rules may be for himilies, singing, organ playing, or arrangement of candles and flowers. There is something not quite right when the preacher, clioir, or others are more
concerned about performing well than they are about worshipping well (p. 383).
e. Assim assumiu uma idia esttica de cultura - uma cultura s (do missionrio)
para sempre e para todos!
3. Dr. John Nevius (1829-1893) - uns bons passos a mais!
Um missionrio Presbiteriano de Chefoo, China que conhecia as idias de Venn e
Anderson, mas as levou adiante. Tornou-se cada vez mais descontente com as estratgias
da sua igreja (que ele nomeou o "Velho Plano") de contratar e pagar evangelistas e obreiros,
criando dependncia. Construiu umas novas idias (que chamava do "Novo Plano") que
dispensava esta primeira etapa dos missionrios construrem e formar a igreja para depois
colocar liderana local. Resumindo, Nevius construiu seu plano baseado em dois princpios
- estudo sistemtico e profundo da Bblia (que levaria ao louvor, evangelismo e
avivamento) e independncia econmica. Publicou o livro Planting and Development of
Missionary Churches in 1885. Visitou Coria em 1890 e deixou suas idias que se
tornaram base para um crescimento fenomenal:
a. Cada crente um mestre e um aprendiz - os missionrios tambm!
b. Cada crente funciona de acordo com os seus dons.
"Laos" no N.T. "Povo de Deus"--todos (pp. 290-299 de Eternal
Word)
c. O missionrio nunca deve ser um pastor, mas com itinerncia ajudar outros serem
pastores.
d. Cada crente deve permanecer onde est - no seu trabalho, etc. (sem aldeias) e
testemunhar. Cada crente um missionrio.
e. Mtodos e estruturas eclesisticas devem ser desenvolvidos apenas a medida que
-
as pessoas do lugar podem tomar responsabilidade do mesmo. Eles tinham que se
governar.
f. A prpria igreja deve chamar aqueles dos seus qualificados para a liderana, quem
a igreja podia sustentar.
g. As igrejas tinham que ter arquitetura coreana - feito pelos coreanos dos seus
prprios recursos. Cada igreja era independente da misso. (exemplos aqui
Cianorte, ISBEL, etc.)
h. Tinham que fazer muitos estudos, cursos intensivos (TODOS)
E Coria hoje? ' Por isso est crescendo! Discpulos de Jesus foram formados,
homens e mulheres de orao! No oraram para ver crescimento da igreja, mas
oraram pela seu relacionamento com Deus, e a igreja cresceu. Ns queremos imitar, mas
os motivos so diferentes (p/ no falar egostas e manipuladoras) e no funciona.
4. Roland Allen (1868-1947 11895-1903 na China])
Qualquer interesse nos "trs autos" de 1850 foi esquecido no incio do Sculo XX.
Roland Allen, reconhecendo isso, enfatizou o Esprito Santo em vez de dependncia em
dinheiro, a misso, etc. Ele foi o primeiro a falar contra a dependncia das igrejas fundadas
por missionrios. Ele diz, "Paulo comeava igrejas, ns comeamos misses" (Bosch,
1988:379). Os missionrios iam com toda a sua mudana, recursos, $, etc. (Ex. 6
missionrios da LMS levaram 868 carregadores para entra na frica Central no incio do
trabalho! [Missiology Oct.'861) Allen sentiu a necessidade de ensinar as pessoas a
depender de Deus, no dos missionr ios, nem em termos financeiros, nem
espir ituais. Paulo no construiu edifcios (hoje constroem em primeiro lugar, depois
vidas...) mas fazia verdadeiros discpulos.
Allen notou trs sintomas de problemas: 1) Nenhuma igreja estava independente ainda,
2) As prprias misses eram dependentes - ainda pedindo dinhe iro e recursos
humanos para os mesmos pro jetos de 50 anos, 3) Os resultados em um lugar
parece como em qualquer outro lugar. Ele disse: "Nossas misses esto trabalhando em
pases diversos e no meio de povos diferentes, mas todos se aparecem.. . No h
revelao nova. No h nenhuma descoberta nova de aspectos novos do Evangelho,
nenhum desenvolvimento de novas formas da vida crist" (Shenk, ibid.). Financiamento
pelos missionrios causa muitos problemas:
a. Intrometimento estrangeiro: domnio de fora
b. Envolvimento em coisas materiais
c. Representao errada da razo da existncia da misso
d. Pauperizao dos nacionais, desde que no tem as mesmas condies. (O missionrio
-
deve viver no nvel mais perto possvel do povo).
e. Dependncia e controle
f. Restrio do trabalho em apenas um lugar
g. Levanta a pergunta: "de quem a construo'?" (exemplos no Rio, etc.)
h. Novos convertidos tm que ser to bem ensinados que eles possam com facilidade pr as
lies em prtica.
i. Organizao eclesistica tem que ser lgica e sustentvel dentro da prpria cultura.
j. A base econmica da igreja tem que encaixar na realidade local, e no depender do
exterior.
k. Os Cristos tem que aprender disciplina e responsabilidade mtua.
1. A nova igreja deve logo exercer seus dons espirituais para servir e crescer
espiritualmente.
(Se o pastor/missionrio/professor domina a igreja/campo/sala de aula, os seus
discpulos vo querer ter o mesmo poder. Seguimos nossos modelos - aquilo que
vemos, muito mais daquilo que ouvimos!)
Allen estava preocupado com os ensinamentos da Palavra de Deus quanto mtodos
missionrios (no com tradies) ( o mesmo problema de hoje -ficamos
impressionados e influenciados facilmente pelas novidades e no mesmo tempo presos s
tradies, sem levar a Bblia a srio.)
Allen negou a relevncia de argumentos baseados em sociologia e antropologia
(como os de Warneck que dizia que os "nativos" eram inferiores, etc.). Para Allen a
Igreja cheia do Esprito Santo e reforada pelos sacramentos, portanto o perigo da
autonomia da Igreja no era em heresias ou o carter dos cristos, mas no paternalismo dos
missionrios. Por essa razo ele encorajou os missionrios dar plena autoridade
eclesistica, inclusive o direito de administrar os sacramentos e a Palavra e de ordenar
novos ministros (Beyerhaus em Kraft e Wisley, 1979:18).
A maioria no acreditava nas idias de Allen! (Hoje, sim!)
5. Outros: No mesmo tempo houve muitos missionrios fazendo trabalhos marcantes
como Frazer, Isabel Kuhn, H. Taylor, Sophie Mueller, Mary Slessor, Amy Carmichael, etc.
B. A invocao para "indigenizao" - umas pessoas do movimento conciliar no
aceitaram mais as idias de "igrejas indgenas." Mudou para "indigenizao" em
Willingen, Alemanha, 1952.
-
Resumo do desenvolvimento das igrejas conciliares/evanglicas:
Eles tinham perdido a China - perdido muitos recursos, hospitais, escolas, etc. Por
isso em Willingen houve muito pessimismo. Sentiram que tinham que reformar o
mandato missionrio da igreja. Por isso rejeitaram nesta reunio a importncia da
evangelizao. A nfase foi para a ajuda dada s igrejas existentes, sem pensar em criar
mais igrejas. Tinham medo de perder de novo. Tambm comearam a unir com a CMI;
se tornaram "igreja-centrado" - no centrado no mundo, mas preocupado consigo
mesmo. No meio disto tambm reconheceram que tinham que preparar as igr e jas par a
fazer a obr a soz inhas. Defin iram, ent o, " ind igene idade" ou "indigenizao"
como:
Relacionamento com a terra - razes
Capacidade de fazer elementos da cultura local cativo a Cristo
Ministrio treinado para o local (e do local)
Rejeio de colonialismo (j estava passando mesmo)
Com isto comearam o FET (Fundo de Educao Teolgico) em 1958-59 em Gana
com o intuito de ajudar instituies de educao teolgica no mundo inteiro. Shokie Coe
(Taiwan) e Aharon Sapsezian (Brasileiro de Minas Gerais) eram os diretores.
C. O termo "Contextualizao" (para mais detalhes verifica Rommen e Hesselgrave,
Contextualizao, cap. 2.)
Em 1972 o FET usou pela primeira vez a palavra "contextualizao." Para eles era
algo "autntico, sempre perfeito, surgindo entre o encontro da Palavra de Deus e seu
mundo..."---> praxis (Coe). Mas para eles a "Palavra" no a Bblia; a interao
contnua, contempornea de Deus, sem razes objetivas. As idias sobre inspirao e
interpretao bblica nesta poca foram informadas em grande parte pela co nfe rnc ia
de F e Ordem e m Louva m ( B lg ica) . Para e les o contexto contemporneo
determina o significado do texto. A Bblia demonstra sua autoridade em submeter-se a
um questionamento recproco entre si e o contexto contemporneo.
-
(Veja Asian Christian Theology, Douglas J. Elwood, ed. [Philadelphia: Westminster,
1976:48-55. Tambm Missiology, XI, 1 January 1982:95-111 e XIII, 2 April 1985:185-202.)
A influncia do Evangelho Social (o Modernismo, que veio da Alemanha) j estava
fortemente instalada no IMC desde o incio (Cp Bosch, pp. 319-327 para um resumo deste
desenvolvimento, junto com Mendona e Valdir Steurnagel).
Para FET contextualizao vai alm da indigenizao em que o contexto se toma a
fonte de verdade teolgica. A igreja necessita prestar ateno para os "sinais" dos
tempos, que a maneira de Deus falar conosco. A Bblia apenas faz parte da dialtica
no processo; faz a Palavra de Deus audvel e inspira a f (Hesselgrave, 1994:115).
Outras diferenas so (refere pginas 17-20 de Nicholls):
Indigenizao - focalizou nos traos externos da cultura, i.e., msica, smbolos,
arquitetura, estruturas organizacionais, etc.
Contextualizao - inclui problemas sociais, economia, privilgio vs opresso.
Indigenizao - cultura definida em termos estticos, imveis, tradicionais, sem
mudana.
Contextualizao - aprecia a flexibilidade das culturas. As culturas so dinmicas,
mveis.
Indigenizao - sistemas scio-culturais so fechados. Quando foram formulados
eles estavam pensando em tribos e cls isolados, como a idia da "unidade homognea."
Contextualizao - focaliza no nas unidades menores, mas nos sistemas
econmicos e culturais globais.
Indigenizao - acontece no campo missionrio. Tem uma idia romntica das
culturas - otimismo, "a selvagem nobre..
Contextualizao - v a mo de Deus e de Satans em todas as culturas. Pecado e
sincretismo existem em nossas culturas tambm.
Indigenizao - enfatizou problemas mais superficiais. Era no nvel de "como
fazer" - como comunicar.
Contextualizao - estuda a natureza, da comunicao, no s como fazer, mas quais
so os efeitos de comunicao. Como que a comunicao reflete e muda a cosmoviso
de um povo?
Indigenizao - queria dar autoridade para os nacionais, mas da maneira do missionrio.
E era s nas igrejas, no nas outras instituies da misso (hospitais, escolas, etc.)
Contextualizao - inclui outras estruturas tambm. Queria ser nacional nas bases.
(Veja (i transparncia (de Luzbetak comparando os dois.)
Ento os movimentos conciliares no usam mais a palavra contextualizao. "Dilogo"
-
usado pela maioria, significando ajudar os no cristos serem melhor nos seus prprios
contextos - culturas, religies, e estruturas polticas. "Dilogo" significa que Deus est
na frente preparando o caminho em outras religies. Ambos, pluralismo ou extremo
holismo so a base para "dilogo" (Bosch, 1988:486).
D. O uso de "contextualizao" pelos Evanglicos
1. Os Evanglicos tinham como pano de fundo a influncia de Eugene Nida e
Wycliffe. Nida ensinava que a lngua expressa o corao.
Superfcie lngua
Nvel mais profundo-
-Corao
Ex., na Coria no usa o pronome pessoal porque Budismo no aceita o conceito de
pessoas como indivduos. Tudo um.
Ento Nida distinguiu entre forma e significado, criando os dois ternos:
"Equivalncia Dinmica": "Correspondncia Formal":
-Traduz o sentido -Traduz a forma, sem preocupar com o
sentido
(Veja a transparncia sobre traduo da Bblia baseado em Nida.)
Nesta altura o conceito era limitado lngua, traduo da Bblia para s tribos
indgenas. (Mais tarde Charles Kraft leva as implicaes para toda e esfera de vida
transcultural.)
Desafios novos influncia ocidental nos campos missionrios, levou a maior
reflexo na rea de contextualizao (a Teologia de Libertao). A "Nova
Hermenutica" tambm teve sua influncia: qual a influncia da cultura na
compreenso da Bblia? Nos escr itores bbl icos? Os evang licos comearam
perceber os problemas de desconfiana, separao entre teologia e misses, falta de
reconhecimento que a prpria teologia do missionrio estava contextualizada (no verdade
absoluta) com influncias histricas e culturais. Chegaram a concluso: na igreja ocidental
tambm existe sincretismo!
2. Em 1974 em Lausanne I Byang Kato (lder evanglico africano) usou a palavra pela
1 vez entre evanglicos, enfatizando a transmisso do Evangelho em termos relevantes
cultura receptora, no mesmo tempo cuidando a no fazer sincretismo. Kato estava
preocupado com a probabilidade que contextualizao levaria a distoro do evangelho e
-
da teologia. Ele construiu 10 fundamentos para fazer contextualizao na frica.
a. Permanecer com os pressupostos fundamentais de Cristianismo histrico.
b. Expressar Cristianismo no contexto africano, deixando que o Julgue. No permite
que a cultura tenha precedncia sobre Cristianismo.
c. Ensinar as Escrituras e as lnguas originais para os homens, para que eles possam
fazer uma exegese correta da Palavra de Deus.
d. Estudar as religies no crists, lembrando que secundria, como foi para os
evangelistas do Novo Testamento.
e. Fazer evangelismo agressivo, no repetindo os erros dos lderes da igreja africana do
3 Sculo quando se envolveram demais em discusses doutrinrias.
f. Formar organizaes baseadas naquilo em que concordam. No deve ser "unity
at any cosi".
g. Definir termos teolgicos para evitar sincretismo.
h. Com cuidado combater os sistemas no bblicos que esto entrando nas igrejas.
i. Se envolver em ao social, mas no custa da evangelizao. Converses
verdadeiras resultam em Cristos que revolucionizam as suas sociedades.
j. Saber que frica precisa dos seus Policrpios, Athanasius, e Martinho Luteros
que esto prontos a defender a f seja que for o preo.
(citado em Hesselgrave e Rommen, 1989:110-11)
Kato criticou John S. Mbiti (que defende uma contextualizao baseada na
cultura) teologicamente e antropologicamente. Ele acusou Mbiti de no pesquisar as culturas
africanas suficientemente e de estar fazendo declaraes no verdadeiras (veja pp. 109-110 de
Hesselgrave e Rommen).
O grupo em Lausanne que tratou do assunto de contextualizao chegou concluso
que formas com significados profundos no podiam ser mudadas (ex. cordeiro, sangue,
cruz), mas formas literrias superficiais no teriam problema. (Veja a transparncia sobre
traduo.)
3. Ren Padilla
Em Lausanne I reclamou que Amrica Latina est sem teologia por causa da
dependncia na Amrica do Norte. Recebeu de 2' mo, por isso no h comprometimento com
teologia. ativista, sem reflexo. Disse Padilla que se precisa de lderes profundamente
arraigados na Palavra de Deus e na sua cultura (justamente o objetivo principal de um curso
de misses!), sorri ignorar o valor do trabalho de telogos do Ocidente.
Padilla enfatiza a necessidade de arraigara hermenutica no mtodo histrico-gramatical
para saber a inteno e significado do escritor original.
-
Contextualizao comea com uma exegese profunda do contexto contemporneo.
Depois levanta perguntas para apresentar ao texto bblico. O profundo conhecimento do texto
bblico ajuda responder corretamente e por sua vez fazer perguntas ao contexto
contemporneo. O interprete enfrenta os pressupostos da sua prpria atitude sobre Deus,
sua tradio eclesistica o sua cultura, mas deve procurar adquirir a perspectiva dos
escritores bblicos (do homem em comunho com Deus) o mais possvel.
Se a Igreja vai revelar Cristo dentro de cultura, deve primeiro experimentar a realidade da morte de Cristo em relao a cultura , . , Morrendo com Cristo, morremos para nossa prpria cultura e
ento somos capazes de reconhecer com maior objetividade as maneiras em que somos
condicionados por ela e tambm podemos apreciar os valores em outras culturas diferentes (em
Kraft. 1979:307).
4. Orlando Costas (Liberating News: A Theology of Contextual Evangelization,
1989).
Sofreu como membro de um grupo minoritrio (Costa Rica) nos Estados Unidos
quando criana e adolescente. Afirma a necessidade de teologia, colocando como base
principal dela as Escrituras, e depois a tradio e a experincia. O conhecimento de Deus
depende da f, da comunho com Ele e do Esprito Santo que revela Jesus Cristo.
Apesar de afirmar uma declarao evanglica sobre a inspirao bblica, aumenta
bastante a dimenso humana e cultural do condicionamento das Escrituras. "Isto
significa que para entender, proclamar e ensinar as Escrituras. temos que fazer o mesmo
exame como qualquer outro documento. Temos que analisar criticamente o
condicionamento histricos em que a Bblia surgiu para interpretar e comunicar
adequadamente sua mensagem" (p. 17). Nisto Costas demonstra que ainda filho da Era da
Razo. Com que instrumento vamos criticar a Bblia? Como vamos decidir o que
condicionado culturalmente e que no ? Que parte vou aceitar como autoridade, e que
parte somente para aquela poca?
A contextualizao de Costas o tipo liberacional e cultural. Est preocupado com
justia social como manifestao de uma f verdadeira crist. Sem dvida importante,
especialmente num contexto em que as necessidades so agudas e a igreja parece estar
cega quanto isso, mas s vezes se torna uma posio esotrica, s para um elite com
capacidade de oratrio, e no uma responsabilidade de cada membro de cada comunidade
crist. Aceita que Deus tem "preferncia" para os pobres, como a posio dos da TL.
Interpreta Isaas 53 como para os cativos de Babilnia, a expiao feita para os pecados
de Israel (pp. 92-93).
por isso que Costas crit ica severamente vrios missilogos evanglicos. Eles
no confrontam suficientemente pecados de opresso social. Ele fala em uma nota de
-
roda p,
Estes modelos (de Kraft, Dayton, Fraser e Hesselgrave) poderiam oferecer alguma ajuda cultural-
antropolgica, mas so social e teologicamente deficientes. Pois o reino de Deus uma realidade
compreensiva e tratisformadora; no nada menos que o poder da nova criao (veja 1 Cor. 4:20;
2 cor. 5:17). Uma evangelizao que est interessada em apenas descobrir as necessidades sentidas pelo povo para fazer o evan
gelho relevante (Kraft) ... uma contextualizao superficial
e profeticamente acrlica. De fato, reflete um escapismo em vista cia realidade do nosso planeta
m, sob a liderana de principalidades e poderes demonacos presentes em quase todas as situaes humanas (p. 168-69).
Costas exibe romanticismo e relativismo quanto a relao com a cultura em
contextualizao. Por exemplo, cita uma orao das missas de quilombos no Brasil: -... O
Deus de todos os nomes, - Yahweh, Obatala, Olorum, Oio... (p. 25). "Este Deus de
muitos Nomes, conhecido aos Africanos e Judeus e feito conhecido aos Cristos por
Jesus,... (p. 26). O sincretismo catlico-africano no Brasil considerado uma positiva
expresso de contextualizao.
Em contraste o autor enfatiza em captulo 6 que a mensagem da cruz no pode ser
compreendida em outras culturas, que sempre uma "vergonha" e impossvel a explicar
racionalmente. "Deus recusa de sujeitar o mistrio da cruz - de verdade sua estratgia
para a salvao da humanidade - ao julgamento de sabedoria humana" (p. 105). Assim
Costas mantm algumas das suas razes evanglicas.
5. Don Richardson - apresentou a idia da "analgia da redeno." H restos da
revelao e conhecimento de Deus em todas as tribos. Talvez ele exagera um pouco
em dizer em O Fator Melquisedeque que todas a tribos tem uma crena num deus
criador, e que podemos utilizar estas crenas, usando os nomes dos seus deuses na
traduo de Deus (temos que ver o contedo do conceito destes deuses V. No A.T.
Deus no permitiu que fosse chamado de Baal, Moloque, Dagom, etc.). Arthur
Glasser no concorda com Richardson:
It has frequently been noted that it never seemed to occur to the writers of the Old
Testament to make any positive estimates of the polytheistic religions of their neighbors...
Heinz R. Schlette speaks of their regard for other religions as 'extremely negativo' (Towards
a Theology of Religions [New York: Herder and Herder, 1966], 25] and quotes in
support such texts as 1 Kings 11:1-13; Jer. 2:26-28; 10:1-16; Is 40:18-20; 44:9-20;
46:1-7.. Indeed, the gulf between the God of Israel and the gods of the nations is immense.
Emil Brunner dismisses as wholly untenable the popular opinion that the biblical record of
repeated acts of divine disclosure has its parallels in other religions.
...the O.T. contains no serious reflection on what might be called "authentic
paganism. ' Its writers felt no constraint to mount any polemic against the essence of
polytheism or belief in other gods, much less any repudiation of the pagan myths that
clustered around these gods. They merely denigrated with vehemence any thought of divinity
-
attributed to lhe fetiches representing these alleged nonentities (i.e. Isa 44:9-20)...
... Wilhelm Schmidt produced six volumes (1926-35), Der Ursprung der
Goddesidee, to establish the thesis that monotheism, or the belief in High Gods, can be
found in the legends of many primitive peoples. At first scholars were impressed with the
vast amount of data...
... Conservative Bible students were likewise excited. All could now contend that the
existence of poytheistic and animistic religions throughout the world was lhe result of
widespread devolution from the biblical monotheism extant at the very beginning of the
human race, record in Genesis.
On closer examination, however, it became apparent that Schmidt's 'High Gods,'
although characterized by a sort of solitariness, were far removed from approximating
biblical monotheism in any recognizable form. It is rather unfortunate that this
particular application of Schmidt's thesis hs been recently revived and promoted by
Don Richardson... What he unfortunately overlooks is that all alleged evidente for
this on Prime Cause of all is so shrouded in mythology, so dependent on the world
[rather than its Source], and so manipulatable by external forces that no common
ground exists with the biblical God who is supreme over all (Art Glasser The Word
Among us, Dean Gilliland, ed., pp 36-38).
6. Charles Kraft - "Etnoteologia"
Kraft no usa a palavra "contextualizao" no seu livro, talvez porque no concorda com
a maior parte das definies dos primeiros a usarem a palavra.
O que ele aceita deles que a Bblia pode falar diretamente para qualquer um se
esteja despida das suas formas histricas. Realidade depende da cosmoviso da pessoa e
uma realidade absoluta no pode ser aproximada. O sentido totalmente separado da
forma (Hesselgrave e Rommen, 1989:59-60). Etnoteologia aceita que h uma teologia
absoluta (supracultural), mas o homem no tem condies de conhec-la a no ser em termos
especficos culturais. Conhecimento de Deus "culture-bound". Qualquer cultura aceitvel a
Deus como meio de comunicao. (Considera Lv 18.3-4 e 24-25, 30,)
Assim Kraft d demasiada nfase cultura. A cultura interpreta a Bblia, no vice
versa, sem a Bblia transformara cultura. (Veja a transparncia do modelo de Loureno
Rega.) Ele tem uma viso romntica e relativista das culturas (cultura=boa). Don Prive
reclama que sua etnoteologia est sem critrios e limites externos, correndo srio risco de
sincretismo ("Epistemologia e Contextualizao: Implicaes para o Currculo" [apostila no
publicada]).
Para Kraft a Bblia um "livro de casos" inspirado que mostra o processo de Deus
na comunicao, sempre modificando conforme as culturas. O processo comea com
este livro, porm apenas possvel "olhadinhos" para uma Teologia no livro de casos.
-
A Bblia um ponto importante na revelao de Deus (manifesto no fato que ainda
existe), mas incompreensvel hoje por causa da distncia cultural entre o escritor e leitor. A
revelao de Deus continua hoje atravs das culturas e suficiente para salvao sem a
Bblia (pergunta: porque Cornlio tinha que ouvir a mensagem de Pedro, ento?). Por causa
da comum humanidade, da
imutabilidade de Deus, o do Esprito Santo (as "pontes
hermenuticas"), a Bblia como livro de casos capaz de trazer compreenso suficiente
para salvao e sant ificao. Esta salvao para Kraft envolve submisso a Deus,
ou como Abrao (para povos mais ligados a cultura do A.T.) ou como os Cristos aps
Cristo (Larkin, 1988:141, 43-44, 146-47). No precisa introduzir Cristo para ser salvo.
(Refere a experincia na Colmbia.)
Kraft extrapola do modelo de traduo da Bblia em que "as expresses culturais, como
as palavras em uma traduo, devem ser locais e no as da cultura bblica ou da igreja
enviados ou da Igreja universal" (Luzbetak, 1988:80). A Bblia uma rgua pelo qual
medimos o sentido cultural no contexto; se equivalente aos casos bblicos aceitos ou
tolerados por Deus, aceitvel hoje.
On the divine level, this... context in which God discolsed himself to them.
The Old Testarnent contains the record of his 'mighty acts' over more than a thousand years
of history coupled with specific revelations of their meaning. All this took place in the same
ancient world in which the gods of the peoples round about were likewise allegedly at
work on behalf of their devotees. But here the similar ity ends, because God's
might acts consistently reflected his character - his holiness and is grace - and they
were always positive, redemptive, and powerful. He never followed the pagan gods
in accomodating hinself to the politically powerful among their devotees, nor to any
'natural' power that may have been latent within his own people. God's exercise of power
was radical, for it was always conditioned on the premise that he had separated his people
from the nations round about and was detemimed to work on their behalf - not primarily
for their sake but in order to magnify his own name among the nations.... [Dt. 4:33, 341]
As a result, our interpretation of biblical texts is built upon the certainty that the
events recoreded in the Old Teatment acutally happened and bear particular
relationwhip to Israel alone. God was concerned with other peoples and acted on their
behalf, but not in the same revelatory sense (e.g., Amos 9:7). Martin Noth contends
that the things that happened in Israel "simply never happened elsewhere" (The
History of Israel, trans. Stanley Godman [New York: Hareper and Row, 1958]: 333-
38]... His contention is that "the central elements of Biblical faith are so unique and
sui generis that they cannot have developed by any natural evolutionary process from
the pagan world im which they appeared [The Old Testament Against Its Environment
{London: SCM Press, 1968, p. 7}] e art Glasser "Old Testament Contexualization:
-
Revelation and Its Environment," in The Word Among Us: Contextualizaing Theology for
Mission Today, Dean S. Gilliland, ed.Dallas: Word Pub. 19891 p. 35).
H uma separao essencial entre o A.T. e N.T. Apesar do fato que Kraft ajudou
ajuntar teologia, antropologia e misses, as suas contribuies tm sido prejudicadas pela sua
posio radical quanto a "equivalncia dinmica" em relao toda a ao missiolgica, no
apenas na comunicao. (Ler Mirialil Adeney [apostila], Nichols, p. 12, e Conn [Eternal
Word] pp. 168ff, e Robert Ramseyer [apostila].) " interessante observar que os escritores
do Novo Testamento no modificam a mensagem do Velho para agradar os Gregos e
Romanos" (Taylor e Nuflez, 1989:322).
Para Kraft no h confronto entre teo