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_______________________________________________________________________________________ Mini curriculum Advogado militante especializado em Direito Civil e Processo Civil, Professor em Pós Graduação e Cursos Preparatórios para o Exame de Ordem dos Advogados do Brasil 1ª e 2ª Fases da OAB/FGV. Contatos: E‐mail: [email protected] Facebook: fb.com/custodio.nogueira 2ª FASE OAB GRÁTIS (site do Legale) www.custodionogueira.com.br Instagram - prof.custodionogueira _______________________________________________________________________________ DECLARAÇÃO DE POBREZA Andamento ADIN 5766: http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=5250582 JUSTIÇA GRATUITA – Declaração de Pobreza Redação Anterior Art. 790, § 3 o É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior ao dobro do mínimo legal , OU declararem, sob as penas da lei, que não estão em condições de pagar as custas do processo sem prejuízo do sustento próprio ou de sua família. Nova Redação Art. 790, § 3º É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social. § 4º O benefício da justiça gratuita será concedido à parte que COMPROVAR insuficiência de recursos para o pagamento das custas do processo. JUSTIÇA GRATUITA ≠ ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA, instituição que dá às pessoas pobres os meios de pleitear em juízo. Art. 5º, LXXIV, CF - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos; JUSTIÇA GRATUITA, prevista no art. 98 e 99 do CPC, refere-se à isenção do recolhimento de custas e despesas processuais.

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_______________________________________________________________________________________

Mini curriculum Advogado militante especializado em Direito Civil e Processo Civil, Professor em Pós Graduação e Cursos Preparatórios para o Exame de Ordem dos Advogados do Brasil 1ª e 2ª Fases da OAB/FGV.

Contatos: E‐mail: [email protected]

Facebook: fb.com/custodio.nogueira

2ª FASE OAB GRÁTIS (site do Legale) www.custodionogueira.com.br

Instagram - prof.custodionogueira _______________________________________________________________________________

DECLARAÇÃO DE POBREZA

Andamento ADIN 5766: http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=5250582 JUSTIÇA GRATUITA – Declaração de Pobreza Redação Anterior

Art. 790, § 3o É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior ao dobro do mínimo legal, OU declararem, sob as penas da lei, que não estão em condições de pagar as custas do processo sem prejuízo do sustento próprio ou de sua família.

Nova Redação Art. 790, § 3º É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social.

§ 4º O benefício da justiça gratuita será concedido à parte que COMPROVAR insuficiência de recursos para o pagamento das custas do processo.

JUSTIÇA GRATUITA ≠ ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA

ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA, instituição que dá às pessoas pobres os meios de pleitear em juízo.

Art. 5º, LXXIV, CF - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos;

JUSTIÇA GRATUITA, prevista no art. 98 e 99 do CPC, refere-se à isenção do recolhimento de custas e despesas processuais.

Podemos entender que a Assistência Jurídica prevista na CF é gênero que engloba a espécie Justiça Gratuita. As fLs. 10 da petição inicial da PGR na ADIN 5766, temos:

Segundo a PGR, é possível entender que, aquele que receba até 40% teto (INSS) tem garantido a JG por simples pedido e quem receba + 40% teto INSS deverá comprovar.

REFORMA TRABALHISTA

Da Exigência de Comprovação do Estado de Pobreza àqueles que percebam SALÁRIO superior a 40% do teto dos benefícios do INSS

NOVA REDAÇÃO

Art. 790, § 4º O benefício da justiça gratuita será concedido à parte que COMPROVAR insuficiência de recursos para o pagamento das CUSTAS DO PROCESSO.

TESE PRINCIPAL Requerer aplicação da norma (790, §4º da CLT) conforme a CF (art. 5º, caput e LXXIV e art. 7º caput CF). Qual é a Norma mais Favorável ao empregado? Art 99, § 3º do CPC e Art. 4º, §1º da Lei 7.510/86 O direito Material do Trabalho é marcado pela desigualdade entre as partes, daí o princípio protetivo na vertente NORMA MAIS FAVORÁVEL, servir para equilibrar a relação de Direito Material.

O CPC NÃO EXIGE A COMPROVAÇÃO DO ESTADO DE POBREZA!

Art. 99 – CPC - O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição inicial, na contestação, na petição para ingresso de terceiro no processo ou em recurso. § 3o Presume-se verdadeira a alegação de insuficiência deduzida exclusivamente por pessoa natural. § 4o A assistência do requerente por advogado particular não impede a concessão de gratuidade da justiça.

Art. 4º da Lei 7.510/86 - A parte gozará dos benefícios da assistência judiciária, mediante simples afirmação, na própria petição inicial, de que não está em condições de pagar as custas do processo e os honorários de advogado, sem prejuízo próprio ou de sua família. § 1º Presume-se pobre, até prova em contrário, quem afirmar essa condição nos termos desta lei, sob pena de pagamento até o décuplo das custas judiciais.

Art. 790, § 4º da CLT

VERSUS Art. 99, § 3º do CPC e Art. 4º, §1º da Lei 7.510/86

Jurisprudência recente TST:

A C Ó R D Ã O SDI-1 RECURSO DE EMBARGOS EM RECURSO DE REVISTA. INTERPOSIÇÃO SOB A ÉGIDE DA LEI 13.015/2014. JUSTIÇA GRATUITA. DECLARAÇÃO DE POBREZA. PRESUNÇÃO RELATIVA DE VERACIDADE NÃO ELIDIDA POR PROVA EM SENTIDO CONTRÁRIO. O deferimento da gratuidade da justiça depende de simples declaração de pobreza, a teor do art. 790, § 3º, da CLT e nos moldes da OJ 304/SDI-I/TST (“Atendidos os requisitos da Lei nº 5.584/70 (art. 14, § 2º), para a concessão da assistência judiciária, basta a simples afirmação do declarante ou de seu advogado, na petição inicial, para se considerar configurada a sua situação econômica (art. 4º, § 1º, da Lei nº 7.510/86, que deu nova redação à Lei nº 1.060/50). E a referida declaração, apresentada pelo reclamante, goza de presunção relativa de veracidade, não restando elidida, no caso, por prova em sentido contrário. Com efeito, a percepção de remuneração superior a R$ 40.000,00 (quarenta mil reais) não é suficiente a demonstrar que o reclamante está em situação econômica que lhe permite demandar sem prejuízo do próprio sustento ou da respectiva família. Recurso de embargos conhecido e provido. PROCESSO Nº TST-E-ARR-464-35.2015.5.03.0181

1ª TESE SUBSIDIÁRIA, pedir aplicação da Súmula 463 do c. TST.

Súmula nº 463 do TST ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. COMPROVAÇÃO (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 304 da SBDI-1, com alterações decorrentes do CPC de 2015) - Res. 219/2017, DEJT divulgado em 28, 29 e 30.06.2017 – republicada - DEJT divulgado em 12, 13 e 14.07.2017 I – A partir de 26.06.2017, para a concessão da assistência judiciária gratuita à pessoa natural, basta a declaração de hipossuficiência econômica firmada pela parte ou por seu advogado, desde que munido de procuração com poderes específicos para esse fim (art. 105 do CPC de 2015); II – No caso de pessoa jurídica, não basta a mera declaração: é necessária a demonstração cabal de impossibilidade de a parte arcar com as despesas do processo.

2ª TESE SUBSIDIÁRIA, pedir o controle de constitucionalidade na via difusa.

Controle de Constitucionalidade na Via Difusa

Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida: a) contrariar dispositivo desta Constituição; b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição. d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal.

DECLARAÇÃO DE POBREZA

Eu, _____________________________________________________________________, Portador do RG nº __________________________ e CPF nº ________________________, Declaro “SOB AS PENAS DA LEI”, que não tenho condições financeiras de arcar com eventuais custas ou despesas, seja ela de que natureza for, relativas ao Processo Trabalhista ora proposto perante a Justiça do Trabalho, sem prejuízo do meu sustento e de minha família, razão pela qual necessito que seja-me concedido do benefício da justiça gratuita, da gratuidade processual/justiça com fundamento no art. 5º, LXXIV da CF/88, art. 14, § 1º do Lei 5584/70, art. 99, §3º do CPC, Art. 4º da Lei 7.510/86; art. 1º da lei 7.115/83 e Súmula 457 do c. TST e artigo 6º da instrução normativa nº 27 do TST e art. 98 e seguintes do CPC. Por expressão da verdade, firmo a presente declaração em uma única via para que produza seus efeitos legais e jurídicos, sob as penas da lei.

________________, ____ de ___________ de 20____.

Assinatura: ___________________________________________________ Nome: ___________________________________________________ RG: _____________________________

JUSTIÇA GRATUITA – Tese Peça Inicial (salário até 40% do teto do INSS)

Tendo em vista ser o Reclamante pessoa pobre na acepção

jurídica do termo, conforme declaração que ora juntamos aos autos e a teor do disposto nas Leis 7.115/83, 7.510/86 e Lei 10.537 de 27/08/2002 e o art. 99, § 3º do CPC, vem requerer – sob as penas da lei - seja deferida a concessão dos benefícios da justiça gratuita, nos termos do § 3º do art. 790 da CLT, isentando-o do recolhimento de todas e quaisquer custas e emolumentos dispostos em qualquer legislação aplicável nesta Justiça Especializada, para tanto junta declaração de pobreza (doc. 02).

Nos termos do art. 790, § 3º da CLT:

Art. 790, § 3º É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social.

Verifica-se que o legislador garantiu os benefícios ora requeridos aos que percebem salário igual ou inferior a 40% do teto dos benefícios do INSS. Referido percentual corresponde ao valor de R$ 2.258,00. Por sua vez, o incluso demonstrativo de pagamento do obreiro, comprova o salário em R$ 1.500,00 (doc. 08), veja:

Resta demonstrado o caráter de pobreza na acepção jurídica apontada na norma laboral, requerendo seja concedida as benesses da justiça gratuita e seus efeitos ao Reclamante.

JUSTIÇA GRATUITA – Tese Peça Inicial (salário MAIOR que 40% do teto do INSS)

Entende o Reclamante que o art. 99, 3º do CPC e art. 4º da Lei 7.510/86 são mais favoráveis ao obreiro, pois não exigem a comprovação do estado de pobreza, enquanto o art. 790, §4º da CLT exige a comprovação de insuficiência de recursos para o pagamento das custas do processo.

Portanto, como fundamento no caput e no inciso LXXIV do

art. 5º e caput do art. 7º ambos da CF e no princípio protetivo na vertente norma mais favorável, requer aplicação do art. 790, §4º da CLT conforme os artigos da CF apontados, concedendo as benesses em tela, posto que o fundamento legal referenciado trata do mesmo tema, qual seja, dos requisitos para concessão da justiça gratuita e, notadamente, são mais favoráveis ao trabalhador.

Cabe mencionar que o Colendo Tribunal Superior do

Trabalho, proferiu decisão recente que basta a declaração de pobreza para ser deferido a justiça gratuita e que só pode ser elidida por prova em contrário:

RECURSO DE EMBARGOS EM RECURSO DE REVISTA. INTERPOSIÇÃO SOB A ÉGIDE DA LEI 13.015/2014. JUSTIÇA GRATUITA. DECLARAÇÃO DE POBREZA. PRESUNÇÃO RELATIVA DE VERACIDADE NÃO ELIDIDA POR PROVA EM SENTIDO CONTRÁRIO. 1. O deferimento da gratuidade da justiça depende de simples declaração de pobreza, a teor do art. 790, § 3º, da CLT e nos moldes da OJ 304/SDI-I/TST ("Atendidos os requisitos da Lei nº 5.584/70 (art. 14, § 2º), para a concessão da assistência judiciária, basta a simples afirmação do declarante ou de seu advogado, na petição inicial, para se considerar configurada a sua situação econômica (art. 4º, § 1º, da Lei nº 7.510/86, que deu nova redação à Lei nº 1.060/50)"). 2. E a referida declaração, apresentada pelo reclamante, goza de presunção relativa de veracidade, não restando elidida, no caso, por prova em sentido contrário. 3. Com efeito, a percepção de remuneração superior a R$ 40.000,00 (quarenta mil reais) não é suficiente a demonstrar que o reclamante está em situação econômica que lhe permite demandar sem prejuízo do próprio sustento ou da respectiva família. Recurso de embargos conhecido e provido. (Processo: E-ARR - 464-35.2015.5.03.0181 - Data de Julgamento: 08/02/2018, Relator Ministro: Hugo Carlos Scheuermann, Subseção I Especializada em Dissídios Individuais, Data de Publicação: DEJT 16/02/2018)

Esclarece e fundamenta que, o Estado NÃO presta assistência jurídica integral e gratuita no âmbito desta Especializada, restringindo-se a previsão constitucional à prestação estatal da gratuidade de custas, despesas processuais, honorários etc exatamente como defende a PGR (Procuradoria Geral da República) na ADI 5766, a qual ensina as fls. 42 da referida ADI:

E mais, o Reclamante é pessoa pobre na acepção jurídica do termo, não podendo inclusive suportar os custos da contratação deste i. causídico, conforme declaração, DE PRÓPRIO PUNHO (doc 02), que ora juntamos aos autos e a teor do disposto nas Leis 7.115/83, 7.510/86 e Lei 10.537 de 27/08/2002, vem requerer – sob as penas da lei - seja deferida a concessão dos benefícios da justiça gratuita, nos termos do § 3º do artigo 790 da CLT, isentando-o do recolhimento de todas e quaisquer custas, emolumentos, despesas, honorários etc dispostos em qualquer legislação aplicável nesta Justiça Especializada. Por cautela, junta certidão de regularidade do CPF demonstrando que está isento de declarar imposto de renda (doc. 03) e CTPS atestando estar desempregado (doc. 04).

Requer pois, a concessão das benesses pleiteadas. PRIMEIRA TESE SUBSIDIÁRIA, caso afastada a tese acima

apresentada, requer seja aplicada a Súmula 463 do c. TST, a qual garante ao empregado:

Súmula nº 463 do TST ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. COMPROVAÇÃO (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 304 da SBDI-1, com alterações decorrentes do CPC de 2015) - Res. 219/2017, DEJT divulgado em 28, 29 e 30.06.2017 – republicada - DEJT divulgado em 12, 13 e 14.07.2017 I – A partir de 26.06.2017, para a concessão da assistência judiciária gratuita à pessoa natural, basta a declaração de hipossuficiência econômica firmada pela parte ou por seu advogado, desde que munido de procuração com poderes específicos para esse fim (art. 105 do CPC de 2015); II – No caso de pessoa jurídica, não basta a mera declaração: é necessária a demonstração cabal de impossibilidade de a parte arcar com as despesas do processo.

Requer pois, aplicação da Súmula em tela, garantindo ao

Reclamante as benesses da justiça gratuita. Contudo, caso afastada, requer expressa manifestação deste d. juízo.

SEGUNDA TESE SUBSIDIÁRIA, caso afastadas as teses

apresentadas, requer Declaração Expressa no Controle de Constitucionalidade na Via Difusa do artigo celetista em tela face ao inciso LXXIV do art. 5º da CF, consoante anteriormente exposto ao fundamento do art. 102, III, letras “a” e “b” da CF para que este D. Juízo declare a constitucionalidade ou não da parte final do §3º do art. 790 da CLT, ou seja, se é constitucional a limitação aos benefícios da gratuidade de justiça em 40% do teto do limite máximo dos benefícios do INSS.

REFORMA TRABALHISTA – SUCUMBÊNCIA NA PERÍCIA

COMO ERA:

Art. 790-B. A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte sucumbente na pretensão objeto da perícia, SALVO se beneficiária de justiça gratuita.

NOVA REDAÇÃO:

Art. 790-B. A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte sucumbente na pretensão objeto da perícia, AINDA que beneficiária da justiça gratuita.

IN 41 do TST – Art. 5º - O art. 790-B, caput e §§ 1º a 4º, da CLT, não se aplica aos processos iniciados antes de 11 de novembro de 2017 (Lei nº 13.467/2017).

Art. 790-B, § 4º - Somente no caso em que o beneficiário da justiça gratuita não tenha obtido em juízo créditos capazes de suportar a despesa referida no caput, ainda que em outro processo, a União responderá pelo encargo.

Art. 98 CPC, § 3o - Vencido o beneficiário, as obrigações decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser executadas se, nos 5 (cinco) anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se, passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário.

As fLs. 13 da petição inicial da PGR na ADIN 5766, temos:

O §4º do art. 790-B da CLT - Desconsidera a condição de insuficiência de recursos que justificou o benefício.

Art. 790-B, § 4º da CLT versus

Art. 98, § 3º do CPC TESE PRINCIPAL, pedir aplicação da norma (art. 790-B, § 4º da CLT) conforme a CF, requerendo a aplicação da norma mais favorável, art. 98 § 3º da CLT. Qual é a Norma mais Favorável ao empregado? Art 98, § 3º do CPC.

Art. 5º CF - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: Art. 5º, XXXV, CF - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos; Art. 7º - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:

O direito Material do Trabalho é marcado pela desigualdade entre as partes, daí o princípio protetivo na vertente NORMA MAIS FAVORÁVEL, servir para equilibrar a relação de Direito Material. 1ª TESE SUBSIDIÁRIA, pedir aplicação da norma (art. 790-B, § 4º da CLT) conforme a CF, requerendo a aplicação da norma mais favorável, art. 98, § 1º, V e VI do CPC.

CPC NORMA MAIS FAVORÁVEL

Art. 98 - CPC - A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei. § 1o A gratuidade da justiça compreende: V - as despesas com a realização de exame de código genético - DNA e de outros exames considerados essenciais; VI - os honorários do advogado e do perito e a remuneração do intérprete ou do tradutor nomeado para apresentação de versão em português de documento redigido em língua estrangeira;

2ª TESE SUBSIDIÁRIA, pedir o controle de constitucionalidade na via difusa.

Controle de Constitucionalidade na Via Difusa

Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida: a) contrariar dispositivo desta Constituição; b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição. d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal.

Ainda quanto aos Honorários Periciais:

Art. 790-B da CLT, § 1o Ao fixar o valor dos honorários periciais, o juízo deverá respeitar o limite máximo estabelecido pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho. § 2o O juízo poderá deferir parcelamento dos honorários periciais.

RESOLUÇÃO Nº 66/2010 do CSJT - Regulamenta, no âmbito da Justiça do Trabalho de primeiro e segundo graus, a responsabilidade pelo pagamento e antecipação de honorários do perito, do tradutor e do intérprete, no caso de concessão à parte do benefício de justiça gratuita. Art. 3º Em caso de concessão do benefício da justiça gratuita, o valor dos honorários periciais, observado o limite de R$ 1.000,00 (um mil reais), será fixado pelo juiz, atendidos:

Art. 790-B da CLT, § 3o O juízo não poderá exigir adiantamento de valores para realização de perícias.

OJ 98 da SBDI-2 - MANDADO DE SEGURANÇA. CABÍVEL PARA ATACAR EXIGÊNCIA DE DEPÓSITO PRÉVIO DE HONORÁRIOS PERICIAIS. É ilegal a exigência de depósito prévio para custeio dos honorários periciais, dada a incompatibilidade com o processo do trabalho, sendo cabível o mandado de segurança visando à realização da perícia, independentemente do depósito.

REFORMA TRABALHISTA - HONORÁRIOS SUCUMBÊNCIA NOVIDADE NA CLT

Art. 791-A. Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa. Art. 791-A, § 4º, CLT - Vencido o beneficiário da justiça gratuita, desde que não tenha obtido em juízo, ainda que em outro processo, créditos capazes de suportar a despesa, as obrigações decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser executadas se, nos dois anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se, passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário.

Art. 98 CPC - § 3o Vencido o beneficiário, as obrigações decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser executadas se, nos 5 (cinco) anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se, passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário.

As fLs. 19 da petição inicial da PGR na ADIN 5766, temos:

O §4º do art. 791-A da CLT desconsidera a condição de insuficiência de recursos que justificou o benefício.

Art. 791-A, § 4º da CLT versus

Art. 98, § 3º do CPC TESE PRINCIPAL, pedir aplicação da norma (art. 791-A, § 4º da CLT) conforme a CF, conforme a CF, requerendo a aplicação da norma mais favorável, art. 98 § 3º da CLT.. Qual é a Norma Mais Favorável ao empregado? Art. 98, §3º do CPC.

Art. 5º CF - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: Art. 5º, XXXV, CF - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos; Art. 7º - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:

O direito Material do Trabalho é marcado pela desigualdade entre as partes, daí o princípio protetivo na vertente NORMA MAIS FAVORÁVEL, servir para equilibrar a relação de Direito Material. 1ª TESE SUBSIDIÁRIA, pedir aplicação da norma (art. 790-B, § 4º da CLT) conforme a CF, requerendo a aplicação da norma mais favorável, art. 98, § 1º, V e VI do CPC.

CPC NORMA MAIS FAVORÁVEL

Art. 98 - CPC - A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei. § 1o A gratuidade da justiça compreende: V - as despesas com a realização de exame de código genético - DNA e de outros exames considerados essenciais; VI - os honorários do advogado e do perito e a remuneração do intérprete ou do tradutor nomeado para apresentação de versão em português de documento redigido em língua estrangeira;

2ª TESE SUBSIDIÁRIA, pedir o controle de constitucionalidade na via difusa.

Controle de Constitucionalidade na Via Difusa

Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida: a) contrariar dispositivo desta Constituição; b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição. d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal.

Procedência Parcial do Pedido OU Procedência Parcial da Ação?

Art. 791-A, § 3º, CLT - Na hipótese de procedência parcial (do que?), o juízo arbitrará honorários de sucumbência recíproca, vedada a compensação entre os honorários.

Orientação Anamatra:

HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. PROCEDÊNCIA PARCIAL. SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA. SOMENTE OCORRE SUCUMBÊNCIA PELO RECLAMANTE QUANDO O PEDIDO POR ELE FORMULADO É REJEITADO. O ACOLHIMENTO DO PEDIDO, COM QUANTIFICAÇÃO INFERIOR AO POSTULADO NÃO CARACTERIZA SUCUMBÊNCIA PARCIAL, POIS A VERBA POSTULADA RESTOU ACOLHIDA. Assim, quando o legislador mencionou “sucumbência parcial”, referiu-se ao acolhimento de parte dos pedidos formulados na inicial, o que não se confunde com acolhimento de pedido, porém em quantificação inferior ao que se postulou.

Súmula nº 326 do STJ:

Na ação de indenização por dano moral, a condenação em montante inferior ao postulado na inicial não implica sucumbência recíproca.

E os Processos que estão em andamento?

IN 41 do TST – Art. 6º - Na Justiça do Trabalho, a condenação em honorários advocatícios sucumbenciais, prevista no art. 791-A, e parágrafos, da CLT, será aplicável apenas às ações propostas após 11 de novembro de 2017 (Lei nº 13.467/2017). Nas ações propostas anteriormente, subsistem as diretrizes do art. 14 da Lei nº 5.584/1970 e das Súmulas nºs. 219 e 329 do TST.

Jurisprudência:

"AGRAVO INTERNO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS NO PROCESSO DO TRABALHO. ART. 791-A DA CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO, INTRODUZIDO PELA LEI 13.467/2017. INAPLICABILIDADE A PROCESSO JÁ SENTENCIADO. 1. A parte vencedora pede a fixação de honorários advocatícios na causa com base em direito superveniente – a lei 13.467/2017, que promoveu a cognominada “Reforma Trabalhista". 2. O direito aos honorários advocatícios sucumbenciais surge no instante da prolação da sentença. Se tal crédito não era previsto no ordenamento jurídico nesse momento processual, não cabe sua estipulação com base em lei posterior, sob pena de ofensa ao princípio da irretroatividade da lei. 3. Agravo interno a que se nega provimento. (STF, 1ª Turma, ARE 1014675 AGR / MG, rel. Min. Alexandre de Moraes, j. 23.03.2018, negaram provimento, v.u.)

Orientação Anamatra:

HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA. INAPLICABILIDADE AOS PROCESSOS EM CURSO. PRINCÍPIOS DA CAUSALIDADE, DA VEDAÇÃO DA DECISÃO SURPRESA E DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA. Não se pode aplicar a teoria do isolamento dos atos processuais quanto à condenação em honorários de sucumbência no processo do trabalho, por conta da sucumbência recíproca e principalmente pela possibilidade de “compensação” do crédito do trabalhador. Deve ser aplicado o princípio da causalidade, segundo o qual quem deu causa ao processo deve arcar com os honorários de sucumbência. Contudo, o momento de a parte sopesar os riscos do processo é o do ajuizamento da ação. Observância, ainda, do princípio da vedação da decisão surpresa, da garantia inerente ao mínimo existencial e do princípio da dignidade humana. APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL. GARANTIA DE NÃO SURPRESA. Em razão da natureza híbrida dos honorários advocatícios (material e processual), a condenação à verba sucumbencial só poderá ser imposta nos processos iniciados após a entrada em vigor da Lei nº 13.467/2017, haja vista a garantia de não surpresa, corolário do princípio constitucional da segurança jurídica;

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA

DOS FATOS: deverá expor os fatos (art. 840, § 1º da CLT), sintetizando os mesmos sempre dividindo por tópicos.

INICIAL TRABALHISTA - § 1º art. 840 CLT

X INICIAL CÍVEL art. 319 CPC

Art. 840 - A reclamação poderá ser escrita ou verbal. § 1º Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do juízo, a qualificação das partes, a breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, que deverá ser certo, determinado e com indicação de seu valor, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante.

BREVE EXPOSIÇÃO DOS FATOS - art. 840, § 1º da CLT X

CAUSA DE PEDIR - art. 319 do CPC Art. 319. NCPC - A petição inicial indicará: I - o juízo a que é dirigida; II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu; III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido; IV - o pedido com as suas especificações; V - o valor da causa; VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;

A exposição dos fatos DEVE ser simples e sintética, enquanto a causa de pedir é acoplada à formulação da pretensão, da exigência de algum direito e da motivação. O adjetivo “breve” do § 1º do art. 840 da CLT, não foi lançado a esmo pelo legislador e objetiva realmente desonerar o empregado de maiores detalhamentos técnicos. DICA: Sessão da Tarde – Prof. Joseval Martins Viana e Custódio Nogueira. https://www.youtube.com/watch?v=SBR2BgfFDqw&t=120s

DO PEDIDO Trata-se do objeto da Reclamação Trabalhista, sempre com base em cada fato relatado, formulando os pedidos de forma clara e separadamente. A decorrência lógica da narrativa fática deve desaguar no pedido. NOVA REDAÇÃO DO § 1º DO ART. 840 DA CLT No Rito Ordinário, artigo 840, §1º da CLT indica que a inicial deve conter “o pedido”:

Art. 840 - A reclamação poderá ser escrita ou verbal. § 1º Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do juízo, a qualificação das partes, a breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, que deverá ser certo, determinado e com INDICAÇÃO DE SEU VALOR, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante.

§ 3º Os pedidos que não atendam ao disposto no § 1º deste artigo serão julgados extintos sem resolução do mérito.

IN 41 TST – ART. 12, § 2º - Para fim do que dispõe o art. 840, §§ 1º e 2º, da CLT, o valor da causa será estimado, observando-se, no que couber, o disposto nos arts. 291 a 293 do Código de Processo Civil.

No Rito Sumaríssimo, os pedidos também devem ser liquidados.

Art. 852-B. Nas reclamações enquadradas no procedimento sumaríssimo: I - o pedido deverá ser certo OU determinado e INDICARÁ O VALOR CORRESPONDENTE;

O que significa pedido CERTO, DETERMINADO e COM INDICAÇÃO DE SEU VALOR?

* CERTO – De forma expressa, com precisão, de conteúdo explícito. (bem da vida); * DETERMINADO (aspectos qualitativos e quantitativos). * INDICAÇÃO DO VALOR (R$ ....,..)

INDICAÇÃO DO VALOR DO PEDIDO

VERSUS

LIQUIDAÇÃO DO VALOR DO PEDIDO Jurisprudência:

A impetrante redigiu o pedido da seguinte maneira: "A condenação da reclamada ao pagamento das diferenças salariais de todas as verbas compreendidas no "Recibo II", considerando os reajustes dos anos 2010 a 2013 (prescrição parcial conforme Súmula 294 do C. TST), bem como dos reflexos em 13º salário, férias, 1/3 de férias, FGTS (8% e 40%), horas extras, INSS, aviso prévio indenizado de 51 dias (Lei 12.506/11), saldo de salário e demais verbas rescisórias, conforme fundamentação no Tópico;.................... R$ 50.000,00" Transcrevo a decisão impugnada (ID c60e1c5): No mais, nos termos do parágrafo 1º, do art. 840 da CLT, necessário quea autora faça pedido certo, com indicação de valor. Assim, o pedido de letra C da sua inicial está irregular, pois aglutina várias verbas sob o mesmo manto, além de dar, como confessa, valor estimado. Defiro o prazo de 10 dias para a devida regularização, com a separação das verbas e sua correta valoração, sob pena de extinção, no particular. O ato processual em questão diz respeito ao atendimento dos requisitos legais previstos para a petição inicial, que deveriam ser aqueles previstos na legislação vigente, é dizer, a CLT já com as alterações feitas pela reforma, APENAS DETERMINA SEJAM APONTADOS OS VALORES NA PEÇA INAUGURAL, NÃO EXIGINDO SUA LIQUIDAÇÃO NESTE PONTO.

Nessa medida, a ordem judicial que determina a aplicação dos requisitos trazidos pela Lei nº 13.467/2017, exigindo mais do que o dispositivo legal o faz (liquidação dos pedidos), revela-se teratológica, mostrando-se cabível a impugnação por meio do remédio constitucional. Deste modo, vislumbro no caso clara violação a direito líquido e certo da parte, pelo que prospera a pretensão formulada para ver afastada a determinação concernente à imposição de aditamento da petição iniciaol. Pelos fundamentos acima, defiro a medida liminar requerida pelo impetrante, para determinar a suspensão da ordem judicial que determinou o aditamento da petição inicial para separação e correta valoração das verbas postuladas. MANDADO DE SEGURANÇA Nº 0005412-40.2018.5.15.0000

INDICAÇÃO DO VALOR AO PEDIDO

VERSUS

CONDENAÇÃO NO LIMITE DO PEDIDO Da Indicação do Valor como NÃO Limitação da Pretensão: Deixar mais do expresso que o valor apontado não limita a pretensão do obreiro!

Art. 141 do CPC - O juiz decidirá o mérito nos limites propostos pelas partes, sendo-lhe vedado conhecer de questões não suscitadas a cujo respeito a lei exige iniciativa da parte.

Art. 492 do CPC (460/73) - É vedado ao juiz proferir decisão de natureza diversa da pedida, bem como condenar a parte em quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe foi demandado. Parágrafo único. A decisão deve ser certa, ainda que resolva relação jurídica condicional.

Jurisprudência no TST: Limita (S) Não Limita (N) 1ª T ( N ) 2ª T ( S ) 3ª T ( S ) 4ª T ( S ) 5ª T ( S ) 6ª T ( S ) 7ª T ( S ) e 8ª T ( S )

LIMITAÇÃO DA CONDENAÇÃO AO VALOR DECLINADO NA INICIAL. Conforme se constata à fl. 12, o Reclamante, em sua petição inicial, atribuiu valores expressos a alguns de seus pedidos, dentre eles, o pedido de "pagamento das horas extras e reflexos - minutos que antecedem e sucedem a jornada contratual". Verifico, ainda, a ausência de ressalva no sentido de que a o valor indicado fosse apenas uma estimativa ou que a apuração do montante seria realizada em liquidação de sentença. A jurisprudência desta Corte consolidou-se no sentido de que o Reclamante, ao atribuir valor individualizado aos pleitos, ainda que em ações sujeitas ao rito ordinário, restringe o alcance da condenação possível, tendo em vista o que dispõem os artigos 128 e 460 do CPC. Vale citar os seguintes precedentes jurisprudenciais:

“JULGAMENTO ULTRA PETITA. PEDIDOS LÍQUIDOS. LIMITAÇÃO DOS VALORES PLEITEADOS NA INICIAL. Depreende-se da inicial que o reclamante delimitou os valores de alguns pedidos. Salienta-se que, no âmbito do processo do trabalho, a simplicidade da peça que inaugura a relação processual não exige do reclamante a atribuição de valor pecuniário de forma líquida como requisito necessário, nos termos do artigo 840, caput e § 1º, da CLT. Por outro lado, diante da previsão do artigo 460 do CPC, de ser defeso ao juiz condenar o réu em quantidade superior ao que lhe foi demandado, tem-se que o valor atribuído pelo reclamante a cada uma de suas pretensões integra o respectivo pedido e restringe o âmbito de atuação do magistrado, motivo pelo qual a condenação no pagamento de valores que extrapolem aqueles atribuídos pelo próprio reclamante aos pedidos importa em julgamento ultra petita. Infere-se, portanto, que o reclamante indicou, expressamente, o valor de alguns postulados e, portanto, procede a alegação recursal de que a condenação seja limitada aos valores pedidos pelo autor na inicial. Recurso de revista conhecido e provido." (RR-845-72.2010.5.03.0131, Relator Ministro José Roberto Freire Pimenta, 2ª Turma, DEJT 1º/7/2015, sem grifo no original). “LIMITAÇÃO AOS VALORES ATRIBUÍDOS AOS PEDIDOS. CPC, ARTS. 128 E 460. Restando clara a existência de pedidos líquidos e certos na petição inicial, deve ser limitado o montante da condenação aos valores ali especificados. Na esteira do que preceituam os arts. 128 e 460 do CPC, não havendo dúvidas quanto às restrições aplicadas aos pedidos, fixados em valores exatos, impossível o deferimento de parcelas que os superem. Recurso de revista conhecido e provido." (RR-505-34.2013.5.24.0101, Relator Ministro Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira, 3ª Turma, DEJT de 8/5/2015, sem grifo no original). LIMITES DA LIDE. PEDIDOS LÍQUIDOS. De acordo com o que determina o art. 460 do CPC, ao Juiz é vedado proferir sentença em quantia superior àquela pleiteada. Assim, tendo o Reclamante formulado pedidos líquidos na sua petição inicial, traçou os limites para a lide, pelo que inviável ao órgão julgador proferir condenação em valor maior do que aquele que consta na exordial. Recurso conhecido e provido" (RR-1408-75.2010.5.03.0031, 28/3/2012, Rel. Min. Maria de Assis Calsing, 4ª Turma, DEJT 3/4/2012). LIMITAÇÃO DA CONDENAÇÃO AO VALOR ATRIBUÍDOS AOS PEDIDOS NA RECLAMAÇÃO TRABALHISTA. Segundo estabelece o art. 460 da CLT, "é defeso ao juiz proferir sentença, a favor do autor, de natureza diversa da pedida, bem como condenar o réu em quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe foi demandado". Dessa forma, o julgador está adstrito ao valor atribuído ao pedido pelo reclamante na Reclamação Trabalhista e a condenação em valor superior configura julgamento ultra petita. (-)" (RR - 1190-73.2011.5.03.0108, Relator Ministro: João Batista Brito Pereira, Data de Julgamento: 17/9/2013, 5ª Turma, DEJT 27/9/2013) LIMITES DA LIDE. CONDENAÇÃO EM VALORES SUPERIORES ÀQUELES ATRIBUÍDOS PELO RECLAMANTE AOS PEDIDOS. IMPOSSIBILIDADE. JULGAMENTO ULTRA PETITA. Admite-se a condenação do Reclamado em montante superior ao valor da causa estipulado na petição inicial, pois a proibição de julgamento fora dos limites de lide visa restringir a decisão ao quanto consta do pedido e da causa de pedir, e não ao valor da causa, que objetiva, em especial,

a fixação do rito processual. Assim, o Juízo não fica adstrito ao valor da causa fixado pelo Reclamante. No caso dos autos, todavia, não se discute a possibilidade de limitação da condenação ao valor da causa, mas a possibilidade de limitação da condenação ao montante fixado pelo Reclamante a cada um dos pedidos, isoladamente. Nessa hipótese, o valor atribuído pelo Reclamante a cada uma de suas pretensões integra o respectivo pedido e restringe o âmbito de atuação do magistrado. Assim, a condenação no pagamento de valores que extrapolem aqueles atribuídos pelo Reclamante aos pedidos importa em julgamento ultra petita, diante da previsão do art. 460 do CPC de ser defeso ao juiz condenar o réu em quantidade superior ao que lhe foi demandado. Recurso de revista conhecido e desprovido" (RR-104900-14.2004.5.02.0034 Rel. Min. Mauricio Godinho Delgado, 6ª Turma, DEJT 3/6/2011). JULGAMENTO EXTRA PETITA – LIMITAÇÃO DA EXECUÇÃO AOS VALORES INDICADOS NA INICIAL. Inviável à pretensão a limitação da condenação aos valores discriminados no rol de pedidos da inicial, pois a norma trabalhista exige pedido certo e determinado, com indicação do valor correspondente, somente para fim de enquadramento do rito processual (art. 852-B, I, da CLT). Verificando-se os termos da inicial, constata-se que, embora faça referência a valores, não há, definitivamente, pedido líquido e certo. Alude-se, ali, a necessidade de apuração final dos valores das verbas em execução de sentença, demonstrando, assim, o caráter demonstrativo daqueles valores informados, e não vinculativos como quer fazer crer a reclamada. (TST-RR-1016-98.2010.5.15.0097, 7ª Turma, Relator Ministro Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, publicado no DEJT de 7/10/2016) RECURSO DE REVISTA. LIMITAÇÃO DA CONDENAÇÃO AO VALOR DOS PEDIDOS CONSTANTES DA EXORDIAL. O reclamante, em sua petição inicial, atribuiu valores expressos aos seus pedidos, sem fazer nenhuma ressalva de que a apuração do montante seria realizada em liquidação de sentença ou de que tal valor era aproximado. Verificando-se, pois, tratar-se de pedido inicial certo e líquido, a condenação efetivamente deve se ater aos valores declinados na exordial, nos exatos termos dos artigos 128 e 460 do CPC, razão pela qual não se vislumbra violação dos dispositivos apontados como violados. Recurso de revista conhecido e não provido." (RR-101700-15.2009.5.15-0146, Relator Ministra Dora Maria da Costa, 8ª Turma, DEJT de 20/09/2013, sem grifo no original). No caso, por se tratar de pedido inicial líquido e certo, a condenação não deve ultrapassar os valores definidos na petição inicial, nos exatos termos dos artigos 128 e 460 do CPC, razão pela qual não se vislumbra violação dos dispositivos apontados. Logo, superado o dissenso interpretativo no âmbito da Justiça do Trabalho, nos termos da Súmula 333 do TST, NEGO PROVIMENTO.

Jurisprudência: (minoria no TST)

LIMITAÇÃO DA CONDENAÇÃO AO VALOR DO RESPECTIVO PEDIDO ATRIBUÍDO NA PETIÇÃO INICIAL. 2. Diante da complexidade que envolve os cálculos trabalhistas, além das inúmeras discussões doutrinárias e jurídicas acerca da incidência de reflexos, seria desarrazoado atribuir, ao valor do pedido lançado na petição inicial, a certeza absoluta de um mesmo valor que se fixa, por exemplo, no

caso de uma execução de um título extrajudicial. 3. O valor atribuído pelo reclamante, no caso dos autos, representou mera estimativa, simplesmente para a fixação de alçada (artigo 852-B, I, da CLT), não servindo como limite ao valor efetivamente auferido, após regular procedimento de liquidação de sentença. 4. Ao deixar de limitar a condenação aos respectivos valores indicados na reclamação trabalhista, o juiz de primeiro grau não violou o princípio da congruência, como reconhecido pelo Tribunal Regional, razão pela qual, impõem-se a reforma do julgado, a fim de se restabelecer o critério de liquidação indicado na sentença. 5. Recurso de Revista conhecido e provido. (RR - 11064-23.2014.5.03.0029, Relator Desembargador Convocado: Marcelo Lamego Pertence, 1ª Turma, Data de Publicação: DEJT 23/06/2017)

PEDIDO DETERMINADO

VERSUS

PEDIDO INDETERMINADO Pedido Certo: É o pedido formulado de forma expressa, sem a utilização de formas vagas, genéricas e destituídas de sentido exato. DEVE ser expresso porque não se admite pedidos implícitos, ressalvadas as exceções (juros legais, correção monetária e verbas de sucumbência, incluídos os honorários advocatícios). Pedido Determinado: Significa determinar o que se pretende em qualidade, extensão e quantidade. Pedido INdeterminado: Não é possível determinar a dimensão do dano ou a extensão de suas consequências. Sabe-se o que é devido, mas não o quanto é devido e, por consequência sequer permitem indicar um valor ‘próximo’ do qual se quer ver a Reclamada condenada. Ex.: Acidente de Trabalho Típico ou Atípico. É o pedido INdeterminado?

Da Inépcia da Inicial:

Art. 330 do CPC - A petição inicial será indeferida quando: § 1º Considera-se inepta a petição inicial quando: II - o pedido for indeterminado, RESSALVADAS AS HIPÓTESES legais em que se permite o pedido genérico;

Rito Ordinário Trabalhista:

Art. 789 da CLT - Nos dissídios individuais e nos dissídios coletivos do trabalho, nas ações e procedimentos de competência da Justiça do Trabalho, bem como nas demandas propostas perante a Justiça Estadual, no exercício da jurisdição trabalhista, as custas relativas ao processo de conhecimento incidirão à base de 2% (dois por cento), observado o mínimo de R$ 10,64 (dez reais e sessenta e quatro centavos) e o máximo de quatro vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social, e serão calculadas: IV – quando o valor for indeterminado, sobre o que o juiz fixar. § 2o Não sendo líquida a condenação, o juízo arbitrar-lhe-á o valor e fixará o montante das custas processuais.

Rito Sumaríssimo Trabalhista: Épossível sentença ilíquida? O Presidente da República vetou e, o Congresso Nacional não o derrubou o veto:

Art. 852- I, § 2º da CLT - (VETADO)

não admite sentença condenatória por quantia ilíquida, o que poderá, na prática, atrasar a prolação das sentenças, já que se impõe ao juiz a obrigação de elaborar cálculos, o que nem sempre é simples de se realizar em audiência. Seria prudente vetar o dispositivo em relevo, já que a liquidação por simples cálculo se dará na fase de execução da sentença, que, aliás, poderá sofrer modificações na fase recursal.

Do Pedido Genérico/INdeterminado:

Art. 324. O pedido deve ser determinado. § 1o É lícito, porém, formular pedido genérico:

1ª – hipótese: II - quando não for possível determinar, desde logo, as consequências do ato ou do fato;

Não há como apurar a extensão do dano provocado, não há como prever todas as consequencias e prejuízos causados ao autor, torna-se impossível determinar o valor de algo que ainda não foi apurado. Trata-se de pedido que demanda produção de prova pericial, Acidente de Trabalho (Típico ou Atípico). Não há como calcular o dano material (pensionamento, dano emergente e lucro cessantes), mas DEVEMOS pedir. Jurisprudência:

(...) O Art. 840, §1º da CLT, com a redação dada pela Lei n. 13.467/17, obriga que os

pedidos pleiteados em processo do trabalho sejam certos, determinados e com a indicação de seus valores, sendo tal determinação entendida como um novo requisito da petição inicial. Esta determinação, incluída pela Reforma Trabalhista, determina ao rito Ordinário previsão similar àquela já imposta ao rito Sumaríssimo, pelo que a interpretação deveria ser a mesma dispensada ao já debatido art. 852-B, I, da CLT, que traz a similar determinação de apresentação de pedidos certos ou determinados e com indicação de valor. Assim, em interpretação analógica, teríamos que a jurisprudência dominante, de limitação do valor principal da condenação aos valores indicados no pedido inicial, deveria ser aplicada também ao rito ordinário, ante a nova redação do art. 840 da CLT. Por outro lado, também na interpretação do rito sumaríssimo, há corrente que entende que a limitação estaria flexibilizada ante a natureza das demandas, com aplicação das exceções previstas do parágrafo 1º do art. 324 do CPC, de aplicação supletiva, que torna lícita a apresentação de pedido genérico quando não for possível determinar, desde logo, as consequências do ato ou do fato; e quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender de ato que deva ser praticado pelo réu. (...) Nesse raciocínio, também faz sentido a tese do Reclamante de pedido genérico no tocante ao adicional de periculosidade, sendo incerto o período de aferição, pelo que inviável a sua indicação segura. Não há exigência legal para que o pedido deduzido em juízo seja líquido, o que leva a crer que a quantificação dos pedidos feita na peça inicial representa apenas uma estimativa necessária para a definição do valor de alçada do processo (art. 2º da Lei 5.584/70). Ademais, o direito é reconhecido em relação às parcelas pleiteadas, e não aos valores especificados na exordial, razão pela qual o quantum da condenação deve ser apurado em liquidação. Posto isto, faço constar nos fundamentos que os valores indicados na inicial não limitam a condenação, que será apurada com base nos pedidos deferidos em fase de liquidação. 13ª Vara do Trabalho de Guarulhos nos autos da RTSum-1000107-22.2018.5.02.0323

INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS. DANOS EMERGENTES. COMPROVAÇÃO DE VALORES NA FASE DE LIQUIDAÇÃO. A ausência de especificação do pedido é excepcional no contexto da teoria geral do processo. Porém, ao contrário, é comum o pedido genérico em casos de despesas médicas decorrentes de acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais, em que não se vislumbra, desde o ajuizamento da ação, os valores efetivamente devidos em decorrência dos tratamentos médicos (art. 286, II, do CPC). Trata-se de típico caso em que é aplicável, posteriormente, aliquidação por artigos, devendo a parte comprovar os gastos médicos relativos ao tratamento após a condenação. Portanto, não há violação dos artigos apontados. Recurso de revista não conhecido. TST - RECURSO DE REVISTA RR 300004520085150006 (TST) Data de publicação: 02/10/2015

2ª – hipótese:

Art. 324, III - quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender de ato que deva ser praticado pelo réu. § 2o O disposto neste artigo aplica-se à reconvenção.

Quando o reclamante não puder determinar o pedido por estar pendente uma obrigação de fazer imposta ao reclamado que, uma vez descumprida, faz nascer a possibilidade de

indenização. Equiparação salarial quando se desconhece exatamente o valor do salário do paradigma, nesse caso como quantificar, a princípio, o valor desta indenização? Jurisprudência:

Exigir que o trabalhador indique valores certos e determinados na petição de uma reclamatória, como exige a reforma trabalhista (Lei 13.467/17), fere o princípio constitucional do acesso à Justiça. No início do processo, o reclamante não tem condições de indicar valores absolutos, por não ter acesso a documentos que estão sob a guarda do reclamado. O entendimento foi firmado pela 1ª Seção de Dissídios Individuais (SDI-1) do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS), ao cassar decisão da 5ª Vara do Trabalho de Porto Alegre, que havia determinado a emenda de uma inicial para fazer constar o valor líquido das parcelas pleiteadas.... O processo discute diferenças de salário ... Conforme a nova redação do artigo 840 da CLT, a parte deve apresentar ao Poder Judiciário pedidos certos e determinados, com indicação dos valores atribuídos a cada um. O desembargador João Paulo Lucena, no entanto, disse que o procedimento determinado pelo juiz de origem traz riscos ao trabalhador, já que seu processo pode ser extinto, sem resolução de mérito, caso os valores apresentados não se revelem exatos. Ele disse que caso a parte informe valores maiores que os apurados posteriormente, poderia haver aumento proporcional no pagamento de honorários de sucumbência, em pedidos considerados improcedentes. Por outro lado, segundo Lucena, se os valores informados forem menores que os resultados finais do processo, haveria prejuízo ao trabalhador, já que seus direitos seriam pagos de forma reduzida em relação ao resultado concreto da ação. O relator ressaltou que a decisão da SDI-1, tomada por unanimidade, não discute a eficácia ou não da nova redação do artigo 840 da CLT, estabelecida pela reforma. Para o desembargador, o texto ainda deve passar por mais análises e interpretações por parte dos juízes do Trabalho. Guarda de documentos No entendimento do desembargador, quantificar o pedido já na petição inicial do processo depende do manuseio de diversos documentos que, por incumbência legal, ficam guardados pela empresa, e não pelo trabalhador. Como exemplos, o desembargador citou recibos que servem como provas de pagamentos de salários e de horas extras, ou controles de ponto que comprovem a jornada cumprida pelo trabalhador. ‘‘O empregado não possui o dever legal de guardar recibos, manter registros de horários ou os comprovantes do nexo causal do pagamento correto de uma determinada rubrica salarial’’, explicou Lucena. ‘‘Portanto, a única possibilidade de lhe garantir o acesso à justiça é entender que estes tipos de pedidos têm característica de pedidos genéricos e estimativos, pois se enquadram na exceção do art. 324, § 1º, III, do CPC, uma vez que a determinação do valor depende de ato a ser praticado pelo réu, qual seja, a apresentação dos documentos que estão em seu poder’’, complementou.

Conforme Lucena, o Processo do Trabalho é marcado pela concentração e pela oralidade dos atos processuais, e as provas são apresentadas em audiência, sendo que apenas após estabelecida a controvérsia e decidido o pleito é que se determinam os valores a serem quitados. Assim, antecipar esse procedimento seria subverter a própria lógica do processo e dar causa a inúmeras complicações no julgamento, explicou o relator. Com informações das Assessorias de Imprensa do TRT-4 e da OAB-RS. Processo 0020054-24.2018.5.04.0000

TESE SUBSIDIÁRIA

Súmula nº 263 do TST. PETIÇÃO INICIAL. INDEFERIMENTO. INSTRUÇÃO OBRIGATÓRIA DEFICIENTE (nova redação em decorrência do CPC de 2015) – Res. 208/2016, DEJT divulgado em 22, 25 e 26.04.2016 Salvo nas hipóteses do art. 330 do CPC de 2015 (art. 295 do CPC de 1973), o indeferimento da petição inicial, por encontrar-se desacompanhada de documento indispensável à propositura da ação ou não preencher outro requisito legal, somente é cabível se, após intimada para suprir a irregularidade em 15 (quinze) dias, mediante indicação precisa do que deve ser corrigido ou completado, a parte não o fizer (art. 321 do CPC de 2015).

FUNDAMENTO LEGAL PARA QUE A RECLAMADA

TRAGA AOS AUTOS A DOCUMENTAÇÃO A CLT não regula o tema, sendo aplicável o CPC (art. 769 da CLT). Procedimento:

Art. 396. O juiz pode ordenar que a parte exiba documento ou coisa que se encontre em seu poder. Art. 397. O pedido formulado pela parte conterá: I - a individuação, tão completa quanto possível, do documento ou da coisa; II - a finalidade da prova, indicando os fatos que se relacionam com o documento ou com a coisa; III - as circunstâncias em que se funda o requerente para afirmar que o documento ou a coisa existe e se acha em poder da parte contrária.

Válido inclusive, para a liquidação do pedido face a Reforma Trabalhista.

Princípio do Contraditório: Art. 398. O requerido dará sua resposta nos 5 (cinco) dias subsequentes à sua intimação. Parágrafo único. Se o requerido afirmar que não possui o documento ou a coisa, o juiz permitirá que o requerente prove, por qualquer meio, que a declaração não corresponde à verdade.

Decisão do Juízo e seus Efeitos:

Art. 399. O juiz não admitirá a recusa se:

I - o requerido tiver obrigação legal de exibir; II - o requerido tiver aludido ao documento ou à coisa, no processo, com o intuito de constituir prova; III - o documento, por seu conteúdo, for comum às partes. Art. 400. Ao decidir o pedido, o juiz admitirá como verdadeiros os fatos que, por meio do documento ou da coisa, a parte pretendia provar se: I - o requerido não efetuar a exibição nem fizer nenhuma declaração no prazo do art. 398; II - a recusa for havida por ilegítima. Parágrafo único. Sendo necessário, o juiz pode adotar medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias para que o documento seja exibido.

BASE PRINCIPIOLÓGICA MÍNIMA

Mauricio Godinho Delgado - 16ª Edição – LTr 2017 _________________________________________________________________________

“… o desequilíbrio inerente ao plano fático do contrato de trabalho”, deve ser equilibrado!

Art. 5º - CF - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

“Todos são iguais perante a lei…”, e quando não forem iguais? Princípio Protetivo!

Do Princípio da Norma Mais Favorável.

Demonstrar o conflito de normas, prevalecendo aquela mais favorável ao trabalhador. Hierárquia das Normas:

a) Constituição, Emendas a CF, Tratados Internacionais (OIT); b) Leis Complementares, c) Leis Ordinárias; d-) Medidas Provisórias; e-) Decretos; f-) Convenções e Acordos Coletivos; g-) Sentenças Normativas; h-) Regulamento Interno de Empresa, e i-) Contrato Individual de Trabalho.

Jurisprudência:

Quando o dano decorrer do exercício de atividade de risco desempenhada pelo empregado, nos termos do parágrafo único do artigo 927 do Código Civil. Ademais, o disposto no artigo 7º, inciso XXVIII, da Constituição Federal não constitui óbice à aplicação do 927 do Código Civil, pois o aludido dispositivo constitucional há de ser interpretado em harmonia com o seu respectivo caput, que prevê que os direitos nesse preceito dispostos são garantias mínimas dos trabalhadores. Assim, uma vez que a Constituição Federal não proíbe que tais direitos mínimos sejam ampliados, nada impede que seja aplicada norma infraconstitucional dispondo que o empregador deve arcar, independentemente de culpa, pelos danos causados por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele, pois, PELO PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO, NORTEADOR DO DIREITO DO TRABALHO, DEVE SER APLICADA A NORMA MAIS FAVORÁVEL, AINDA QUE HIERARQUICAMENTE INFERIOR. Portanto, no caso em tela, entre a Constituição Federal e o Código Civil, é o último que deve ser aplicado, pois traz norma que favorece o empregado, visto que não exige a prova da culpa do empregador. Esse entendimento ficou consignado no Enunciado nº 37 da 1ª Jornada de Direito Material e Processual do Trabalho, realizada em Brasília, em 2007, pelo Tribunal Superior do Trabalho e pela Associação Nacional dos Juízes do Trabalho (ANAMATRA), nos seguintes termos: "37. Responsabilidade civil objetiva no acidente de trabalho. Atividade de risco. Aplica-se o art. 927, parágrafo único, do Código Civil nos acidentes do trabalho. O art. 7º, XXVIII, da Constituição da República, não constitui óbice à aplicação desse dispositivo legal, visto que seu caput garante a inclusão de outros direitos que visem à melhoria da condição social dos trabalhadores". TST - RECURSO DE REVISTA RR 1262007720055170002 (TST)

Jurisprudência:

PRESCRIÇÃO. DECLARAÇÃO DE OFÍCIO. IMPOSSIBILIDADE. ARTIGO 219, § 5º, DO CPC. INCOMPATIBILIDADE COM O DIREITO DO TRABALHO. PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO AO HIPOSSUFICIENTE. A prescrição é a perda da pretensão do direito de agir, ocasionada pela inércia do titular do direito, no prazo que a legislação estabelece para o exercício do direito de ação. Entretanto, o § 5º ao artigo 219 do CPC, acrescentado pela Lei nº 11.280/2006, passou a dispensar a arguição de prescrição pela parte interessada, ao estabelecer que "o juiz pronunciará de oficio, a prescrição". No entanto, o dispositivo da legislação processual não se aplica ao Direito do Trabalho, pois é incompatível com os princípios que o norteiam, notadamente o princípio tuitivo ou de proteção ao hipossuficiente. Nesse sentido firmou-se a jurisprudência desta Corte. Na hipótese, a situação é

específica, porquanto a alegação da incidência da prescrição foi veiculada na contestação, contudo não foi apresentada nas razões do recurso ordinário, tendo a Corte regional declarado, de ofício, a prescrição da pretensão da autora. O Tribunal Regional, ao manter a prescrição quinquenal, declarada de ofício na sentença sem oferecer, portanto, a oportunidade à reclamante de apresentar defesa, contrariou a jurisprudência desta Corte superior a respeito da questão. Recurso de revista conhecido e provido. TST - RECURSO DE REVISTA RR 18613020115020042 (TST)