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CAPACITAÇÃO

Delegados COMO CONSTRUIR A CIDADE QUE QUEREMOS

Tex to Base para d iscussão do P lano D i re to r

• Função Social da Cidade e da Propriedade

• Direito à Cidade

• Democratização da Gestão Urbana

CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988

A propriedade urbana precisa cumprir uma função social, ou seja, a terra urbana deve servir para o benefício da coletividade, e

não apenas aos interesses de seu proprietário.

Direito de Propriedade

e

Direito de Uso

CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988

Função Social da Cidade e da Propriedade

Um exemplo: muitas pessoas deixam seus terrenos vazios. Elas esperam a

prefeitura construir melhorias na região, como asfalto, rede de água e de esgoto. Aí,

depois que a área foi valorizada com o dinheiro público, elas vendem a

propriedade por um preço maior.

Isso se chama especulação imobiliária.

Você deve conhecer também

casas e apartamentos que

ficam vazios porque nenhum

interessado consegue comprar

ou pagar o aluguel. Como

popularizar esses

imóveis?

CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988

Função Social da Cidade e da Propriedade

Função Social da Cidade e da Propriedade Urbana

Uma boa cidade, com boas moradias, saneamento básico, transportes,

escolas, áreas de lazer e hospitais públicos é um direito de todos. É o que se

chama de DIREITO À CIDADE.

Todos devem ter acesso às oportunidades que a cidade oferece!

CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988

Direito à Cidade

Democratização da Gestão Urbana

CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988

REDEMOCRATIZAÇÃO DO BRASIL

Constituinte (pré 88)

pela primeira vez a CIDADE é tratada com a inclusão

dos artigos 182 e 183, que compõem o Capítulo da

Política Urbana

a Constituição Federal prevê a participação

popular nas decisões de interesse público

históricas reivindicações articuladas nos

movimentos populares por uma cidade mais

justa

Emenda Popular pela Reforma Urbana (131.000 assinaturas)

“Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público

municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno

desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus

habitantes.

§ 1º - O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais

de vinte mil habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de

expansão urbana.

§ 2º - A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências

fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor.

§ 3º - As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa indenização

em dinheiro.

§ 4º - É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no

plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não

edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado

aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:

I - parcelamento ou edificação compulsórios;

II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;

III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada

pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas,

assegurados o valor real da indenização e os juros legais.”

CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988

• Projeto de autoria do Senador Pompeu de Souza (PMDB)

• Origem do Estatuto da Cidade

• Aprovado no Senado em 1990

• Início da tramitação na Câmara em Dezembro de 1990 (projeto

5.788/90)

• Oposição de setores ligados aos proprietários urbanos

• Paralisação da tramitação (1990-1997)

• Pressão permanente do Fórum Nacional Pela Reforma Urbana

• Aprovação no Congresso em junho de 2001

• Sanção Presidencial em Julho de 2001

Aprovação do Estatuto da Cidade

A aprovação do Estatuto da Cidade

O Estatuto da Cidade ressalta a importância dos municípios, onde ocorre grande parte das disputas e tensões

O Estatuto da Cidade – Lei Federal (n° 10.257/2001) que diz como deve

ser feita a política urbana em todo país. Seu objetivo é que todos tenham

uma vida de qualidade nas cidades.

Instrumentos do Estatuto da Cidade

• Instrumentos de Indução do Desenvolvimento Urbano

• Instrumentos de Regularização Fundiária

• Instrumentos de Democratização da Gestão urbana

• Instrumentos de Financiamento da Política Urbana

Meios de atingir as finalidades (objetivos do Plano Diretor)

“CAIXA DE FERRAMENTA”

Plano diretor

• O Plano Diretor organiza o crescimento e o funcionamento

da cidade. No Plano Diretor está o projeto da cidade. Ele

diz qual é o destino de cada parte da cidade. Sem

esquecer, claro, que essas partes formam um todo.

• O Plano Diretor vale para todo o município, ou seja, para

as áreas urbanas e também para as rurais.

• O Estatuto dá as regras gerais para o planejamento de

todas as cidades. O Plano Diretor diz quais regras serão

usadas em cada município. Ele define o futuro da cidade

decidido por seus moradores.

O Plano Diretor

só vale quando é feito e colocado

em prática com a participação

popular.

JUNDIAÍ

PANORAMA

HISTÓRICO E ATUAL

Evolução

perímetro

urbano

1940

1940

suburbano

1950

1964

1971

1973

1976

1981

1996

2004

2012

TEXTO BASE

VAMOS COMEÇAR!

O PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE JUNDIAÍ versa e dá

regra ao desenvolvimento urbano do município, com base

em leis superiores – a Constituição Federal, o Estatuto da

Cidade (lei federal que regulamenta a Constituição) e a Lei

Orgânica do Município.

Por sua vez, o Plano Diretor dispõe e define diretrizes para a

elaboração de leis posteriores que deverão complementar o

conjunto da legislação urbanística municipal.

Plano de Habitação

PLHIS

Plano de Mobilidade

Urbana

Lei Orgânica do Município

Conjunto de princípios que

estabelecem normas para o

desenvolvimento municipal

Lei 10.257/01 Estatuto da Cidade

Conjunto de princípios e instrumentos que

visam garantir as funções sociais da cidade e

da propriedade

Constituição Federal

(Artigos 182 e 183)

CONDICIONA O DIREITO DE PROPRIEDADE À FUNÇÃO SOCIAL

Código de Obras

Plano de Saneamento

Regulamentação dos

instrumentos urbanísticos

Código Tributário

Plano Diretor - Instrumento básico da política de desenvolvimento

urbano que deve ordenar o pleno desenvolvimento das funções

sociais da cidade e da propriedade.

Dispõe sobre os princípios e objetivos da política urbana e define os

instrumentos urbanísticos a serem aplicados

ESTRUTURA DO PROJETO DE LEI DO

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE JUNDIAÍ

Título I – DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS

Título II – DOS PRINCIPIOS E OBJETIVOS

Título III – DO ORDENAMENTO TERRITORIAL

Capítulo I – Do Macrozoneamento

Capítulo II – Do Zoneamento

Capítulo III – Do Zoneamento Especial

Capítulo IV – Dos Parâmetros de parcelamento, uso e ocupação do solo

Capítulo V – Instrumentos da Política Urbana e de Gestão Ambiental e

Desenvolvimento Rural

Capítulo VI – Da Regularização Fundiária

OFICINA 1

OFICINA 2

OFICINA 3 e 4

ESTRUTURA DO PROJETO DE LEI DO

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE JUNDIAÍ

Título IV – AÇÕES E INVESTIMENTOS ESTRATÉGICOS NOS SISTEMAS

ESTRUTURAIS

Capítulo I – Dos Sistemas Ambientais

Capítulo II – Dos Sistemas de Mobilidade

Capítulo III – Dos Sistemas de Saneamento Básico

Capítulo IV – Dos Sistemas de Espaços Livres e áreas Verdes

Capítulo V – Dos Sistemas de Equipamentos Sociais

Capítulo VI – Do Sistema Municipal de Habitação de Interesse Social

OFICINA 3 e 4

OFICINA 3 e 4

ESTRUTURA DO PROJETO DE LEI DO

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE JUNDIAÍ

Título V – DO SISTEMA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO DO

DESENVOLVIMENTO URBANO

Capítulo I – Dos Objetivos do Sistema

Capítulo II – Dos Componentes do Sistema Municipal de Planejamento

e Gestão

Capítulo III – Das Instâncias de Participação Popular na Gestão Política

de Desenvolvimento Urbano

Capítulo IV – Do Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano e Rural

Capítulo V – Do Sistema de Informações, Monitoramento e Avaliação

do Plano Diretor

CONCEPÇÃO DO

NOVO PLANO

DIRETOR

Plano autoaplicável

Lei clara e de fácil gestão

Fortalecimento dos mecanismos de

participação social

Inclusão dos parâmetros de

parcelamento, uso e ocupação do solo

Inclusão dos instrumentos urbanísticos

Proposta de um sistema de gestão

democrática

DOS PRINCÍPIOS

Uma das partes mais importantes do Plano Diretor é a definição

de princípios, diretrizes e objetivos:

• RECONHECEM NOSSOS DIREITOS

• São princípios que devem ser utilizados para todas as

decisões tomadas na gestão da cidade

• São os princípios exigidos pela população que orientarão a

gestão do Plano

PRINCÍPIOS

Os princípios que regem a Política de Desenvolvimento Urbano do Município de Jundiaí e este Plano Diretor são:

- função social e ambiental da cidade

- função social e ambiental da propriedade urbana

- função social e ambiental da propriedade rural

- equidade e inclusão social, ambiental e territorial

- direito à cidade e ao meio ambiente ecologicamente equilibrado

- democratização do planejamento e da gestão urbana e territorial

OBJETIVOS

OBJETIVOS

1. Preservação, Conservação e Recuperação de Ecossistemas Hídricos e Naturais;

2. Proteção, Promoção e recuperação de Bens e Imóveis de Interesse Histórico Cultural e iniciativas culturais;

3. Fortalecimento da Base Econômica local;

4. Proteção e Promoção do Desenvolvimento Rural e da Produção Agrícola;

5. Melhoria na Mobilidade Urbana e nas condições de acessibilidade;

6. Regulação do Uso e Ocupação do Solo e da Produção Imobiliária;

OBJETIVOS

7. Contenção da Urbanização dispersa e desordenada;

8. Aproveitamento de Imóveis Ociosos localizados em áreas urbanas consolidadas;

9. Melhoria das Condições Urbanas dos bairros, com oferta adequada de equipamentos de educação, saúde, esporte, lazer e cultura;

10. Provisão Habitacional de Interesse Social;

11. Urbanização e regularização fundiária de assentamentos precários ocupados pela população de baixa renda e de interesse específico;

12. Gestão Democrática com fortalecimento da participação popular nas decisões dos rumos da cidade;