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CONTAS DE MINAS INFORMATIVO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS N. 74 . Ano XV . 1º de dezembro de 2011 Prestação de contas terá novo perfil em um mês Tribunal investe na capacitação de líderes Curso técnico discute responsabilidade pública PÁGINA 7 PÁGINA 7 PÁGINA 3 TCE e TCU fazem auditoria conjunta Certificado digital será exigido PÁGINAS 4 E 5 O Processo Administra- tivo Disciplinar e o controle das contas na União Européia foram destaques do curso de aper- feiçoamento “Controle e Responsabilidade Pública em Perspectiva Nacional e Comparada”, promovido pela Escola de Contas e Capaci- tação Professor Pedro Aleixo e a Corregedoria do TCE, entre os dias 21 e 30 de no- vembro. U ma auditoria conjunta realizada, entre 17 e 28 de outubro, pelo Tribunal de Contas da União e pelo TCE verificou a situa- ção do transporte escolar nos municípios de Minas Novas, Governador Valadares e Teó- filo Otoni. A auditoria abran- geu a verificação de procedi- mentos referentes a licita- ções, pagamentos, condi- ções dos veículos e dos mo- toristas, rotas percorridas, dentre outros aspectos rela- cionados em matriz de pro- cedimentos, realizada com a colaboração de todos os par- ticipantes. O Tribunal de Contas reuniu 110 líderes na abertura do curso “O Olhar do Gestor” em Araxá, realizado no período de 18 a 20 de novembro. O treina- mento foi o primeiro evento do Programa “Repensando o Tribunal”, promovido pela Di- retoria de Gestão de Pes- soas em parceria com a Es- cola de Contas e Capacita- ção Professor Pedro Aleixo e com o apoio da Assessoria de Planejamento e Desen- volvimento Organizacional e da Diretoria de Administra- ção. No dia de 22/11, foi ini- ciado outro módulo de treina- mento para os gestores que foram divididos em quatro turmas para um Curso de Li- derança, ministrado pela Pro- fessora Maria Lúcia Rodri- gues Corrêa, da Fundação Getúlio Vargas. O curso tem 16 horas/aula para cada turma e vai até o dia 07/12, abordando temas como moti- vação de equipes, autoco- nhecimento e técnicas de li- derança. A partir de 1° de janeiro de 2012, todas as 853 cidades mineiras deverão começar a enviar suas contas ao TCE pelo novo Sistema de Contas dos Municípios – Sicom, que vai agilizar, conferir maior segurança e maior eficiência à análise dos da- dos enviados pelos órgãos e entidades municipais. Os dois módulos denominados Instrumentos de Planeja- mento e Acompanhamento Mensal entram em vigor no início do ano. Ao permitir o acompanhamento mensal das informações fornecidas, o Sicom também favorece a emissão de alertas imedia- tos a tempo de o gestor pro- mover medidas necessárias ao saneamento de possí- veis falhas. De acordo com o Presidente Antônio Carlos Andrada, “o Tribunal vai po- der, quase que em tempo real, informar e dar alertas aos municípios sobre aque- les pontos que não estão ca- minhando como deveriam, a tempo de serem corrigidos”. Para implantar o novo sis- tema, o TCE investiu na ca- pacitação de 3.259 pessoas, com a participação direta de 80% dos municípios e de empresas terceirizadas que atendem a mais de 200 ci- dades. Os 110 gestores do TCE participaram de atividades durante todo fim de semana, em Araxá PÁGINA 3 P ara segurança dos ju- risdicionados, o Tribu- nal de Contas adotará, a partir de janeiro de 2012, a certificação eletrônica em to- dos os seus sistemas, inicial- mente no Sistema de Fiscali- zação de Atos de Pessoal - Fiscap.

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CONTASDEMINASINFORMATIVO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS N. 74 . Ano XV . 1º de dezembro de 2011

Prestação de contas teránovo perfil em um mês

Tribunal investe nacapacitação de líderes

Curso técnico discuteresponsabilidade pública

PÁGINA 7 PÁGINA 7

PÁGINA 3

TCE e TCU fazemauditoria conjunta

Certificado digitalserá exigido

PÁGINAS 4 E 5

OProcesso Administra-tivo Disciplinar e ocontrole das contas

na União Européia foramdestaques do curso de aper-

feiçoamento “Controle eResponsabilidade Públicaem Perspectiva Nacional eComparada”, promovido pelaEscola de Contas e Capaci-

tação Professor Pedro Aleixoe a Corregedoria do TCE,entre os dias 21 e 30 de no-vembro.

Umaauditoria conjuntarealizada, entre 17 e28 de outubro, pelo

Tribunal de Contas da Uniãoe pelo TCE verificou a situa-ção do transporte escolar nosmunicípios de Minas Novas,Governador Valadares e Teó-filo Otoni. A auditoria abran-geu a verificação de procedi-

mentos referentes a licita-ções, pagamentos, condi-ções dos veículos e dos mo-toristas, rotas percorridas,dentre outros aspectos rela-cionados em matriz de pro-cedimentos, realizada com acolaboração de todos os par-ticipantes.

OTribunal de Contasreuniu 110 líderes naabertura do curso “O

Olhar do Gestor” em Araxá,realizado no período de 18 a20 de novembro. O treina-mento foi o primeiro eventodo Programa “Repensando oTribunal”, promovido pela Di-retoria de Gestão de Pes-soas em parceria com a Es-

cola de Contas e Capacita-ção Professor Pedro Aleixo ecom o apoio da Assessoriade Planejamento e Desen-volvimento Organizacional eda Diretoria de Administra-ção. No dia de 22/11, foi ini-ciado outro módulo de treina-mento para os gestores queforam divididos em quatroturmas para um Curso de Li-

derança, ministrado pela Pro-fessora Maria Lúcia Rodri-gues Corrêa, da FundaçãoGetúlio Vargas. O curso tem16 horas/aula para cadaturma e vai até o dia 07/12,abordando temas como moti-vação de equipes, autoco-nhecimento e técnicas de li-derança.

Apartir de 1° de janeirode 2012, todas as853 cidades mineiras

deverão começar a enviarsuas contas ao TCE pelonovo Sistema de Contasdos Municípios – Sicom,que vai agilizar, conferirmaior segurança e maioreficiência à análise dos da-dos enviados pelos órgãose entidades municipais. Osdois módulos denominadosInstrumentos de Planeja-mento e AcompanhamentoMensal entram em vigor noinício do ano. Ao permitir oacompanhamento mensaldas informações fornecidas,o Sicom também favorece aemissão de alertas imedia-

tos a tempo de o gestor pro-mover medidas necessáriasao saneamento de possí-veis falhas. De acordo como Presidente Antônio CarlosAndrada, “o Tribunal vai po-der, quase que em temporeal, informar e dar alertasaos municípios sobre aque-les pontos que não estão ca-minhando como deveriam, atempo de serem corrigidos”.Para implantar o novo sis-tema, o TCE investiu na ca-pacitação de 3.259 pessoas,com a participação direta de80% dos municípios e deempresas terceirizadas queatendem a mais de 200 ci-dades.

Os 110 gestores do TCE participaram de atividades durante todo fim de semana, em Araxá

PÁGINA 3

Para segurança dos ju-risdicionados, o Tribu-nal de Contas adotará,

a partir de janeiro de 2012, acertificação eletrônica em to-

dos os seus sistemas, inicial-mente no Sistema de Fiscali-zação de Atos de Pessoal -Fiscap.

2 CONTAS DE MINAS . TCEMG . 1º de dezembro de 2011

DIREÇÃOAntônio Carlos AndradaConselheiro Presidente

DIRETORIA DE COMUNICAÇÃOLúcio Braga GuimarãesDiretor/Jorn. Mtb n. 3422 – DRT/MG

EDITOR RESPONSÁVELLuiz Cláudio Diniz MendesCoordenador/Jorn. Mtb n. 0473 – DRT/MG

REVISÃODionne Emília Simões do Lago Gonçalves

REDAÇÃOLúcio Braga GuimarãesLuiz Cláudio Diniz MendesMárcio de Ávila RodriguesRaquel Campolina MoraesFred La Rocca

DIAGRAMAÇÃOMárcio Wander - MG-00185 DG - DRT/MG

EDIÇÃODiretoria de ComunicaçãoAv. Raja Gabáglia, 1.315 - CEP: 30380-435Luxemburgo - Belo Horizonte/MGFones: (31) 3348-2147 / 3348-2177Fax: (31) 3348-2253e-mail: [email protected]: www.tce.mg.gov.br

IMPRESSÃOImprensa Oficial do Estado de Minas GeraisAvenida Augusto de Lima, 270 – CentroTel.: (31) 3237-3400www.iof.mg.gov.br

TIRAGEM5.400 exemplares

CONTAS DEMINAS

MINISTÉRIO PÚBLICOJUNTO AOTRIBUNAL DE CONTAS

Antônio CarlosDoorgal de AndradaCONSELHEIRO PRESIDENTE

Adriene Barbosade Faria AndradeCONSELHEIRA VICE-PRESIDENTE

Sebastião HelvecioRamos de CastroCONSELHEIRO CORREGEDOR

EduardoCarone CostaCONSELHEIRO

WanderleyGeraldo ÁvilaCONSELHEIRO

CláudioCouto TerrãoCONSELHEIRO

Mauri JoséTorres DuarteCONSELHEIRO

Gilberto DinizAUDITOR

Licurgo JosephMourão de OliveiraAUDITOR

HamiltonAntônio CoelhoAUDITOR

Glaydson SantoSoprani MassariaPROCURADOR GERAL DOMINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS

Maria Cecília BorgesPROCURADORA DO MINISTÉRIOPÚBLICO DE CONTAS

SaraMeinberg SchmidtAndradeDuartePROCURADORA DO MINISTÉRIOPÚBLICO DE CONTAS

Muitas alternativas têmsido discutidas para queMinas Gerais possa re-

negociar sua dívida com a União,estabelecida em patamares per-versos para o Estado, conformeficou demonstrado em estudotécnico que embasou a decisãodo Tribunal de Contas mineiro depropor tal renegociação, ao apre-ciar as contas relativas ao anopassado. Como exemplo, recen-temente surgiu a ideia de queMinas possa recuperar rodoviasfederais em troca da dívida. Tam-bém recentemente, a Assembleia

Legislativa reuniu um número ex-pressivo de lideranças de todasas esferas para discutir o pro-blema.

Já foi dito, inclusive aqui, queo ponto de partida foi a decisão doPleno do TCE de propor a rene-gociação da dívida estadual coma União. Mas nunca é demaisdizer que esta decisão do TCEMGnão é isolada e faz parte de umanova mentalidade - ser proativo -aplicada pela instituição no con-trole externo das contas públicas,em defesa da melhor aplicaçãodos recursos públicos.

Nessa esteira, o Tribunal deContas de Minas prepara-seagora para lançar o portal Minasde Olho na Copa, em mais umaatitude que permitirá à sociedadeacompanhar de perto todo o tra-balho de fiscalização das obraspara realização da Copa doMundo em nosso Estado.

O cidadão mineiro ganha ummoderno instrumento para acom-panhar a fiscalização de todo oinvestimento realizado pelo Go-verno do Estado de Minas Geraise pelos municípios envolvidos narealização de obras para as

Copas das Confederações de2013 e do Mundo de 2014. Éuma reafirmação do compro-misso do TCEMG com a transpa-rência. Todo dinheiro públicoestadual e municipal empregadopara reforma e construção de es-tádios, rodovias, aeroportos, den-tre outros, passa pelo controle doTribunal de Contas que disponi-bilizará em breve esse novocanal na internet para que o ci-dadão possa não só se informar,mas também auxiliar o órgão nasua missão de fiscalizar.

EDITORIAL

Novo canal de transparência

Repensando o Tribunal: o olhar do gestorARTIGO

Elke AndradeSoares de Moura Silva

Diretora de Gestão de Pessoas

Marília Souza Diniz AlvesDiretora em Exercícioda Escola de Contas

Tudo está em constantemutação em razão do fluxoperene demudança. Logo,não se pode percorrerduas vezes o mesmo rio enão se pode tocar duas ve-zes uma substância mortalno mesmo estado; porcausa da impetuosidade eda velocidade damutação,esta se dispersa e se re-colhe, vem e vai.

Heráclito

Para compreender e apri-morar qualquer situação éimprescindível reformular

conceitos e conhecimentos aprio-rísticos, em síntese: o repensar épreciso.

Repensar algo implica emver de novo algo aparentementejá conhecido. O movimento demudança move o mundo e a autopreservação depende da capaci-dade de transformação para fazerface às novas demandas.

É preciso refletir sobre o pas-sado para compreender o pre-sente e planejar o futuro. Apren-der com os erros e escrever mais

um capítulo da história em per-manente (re)construção.

Neste sentido, foi propostopela atual gestão um Programapara se repensar o Tribunal deContas do Estado de Minas Ge-rais sob os diversos olhares: dogestor, do servidor e da socie-dade.

Afinal, uma mesma situaçãoobservada por pessoas diferentesserá analisada de formas distin-tas, tendo em vista que cada umimprime seus valores, sua cul-tura, sua individualidade ao ob-servar algo.

Pelo olhar do gestor, busca-se a compreensão do papel dedestaque que possui, enquantolíder da sua equipe, nesse pro-cesso de mudança, desenvol-vendo a habilidade de identificar eimplantar inovações nas práticasda sua unidade e da Instituição,com o foco nos objetivos estraté-gicos a serem alcançados e nasnecessidades e expectativas dasociedade.

Pelo olhar do servidor, obje-tiva-se a internalização dos no-vos valores do TCEMG, dos as-pectos envolvidos na culturaorganizacional e da responsabili-dade de cada um como agentede mudança, afinal toda institui-ção se faz de pessoas e é pormeio delas que os resultados se-rão alcançados.

Do ponto de vista da socie-dade, procura-se desenvolver nogestor a capacidade de se man-ter alinhado à missão do Tribunalde exercer o controle externo dagestão dos recursos públicos deforma eficiente, eficaz e efetivaem benefício da sociedade, deforma a atender às necessida-des e demandas cada vez maiscomplexas, que exigem a mo-dernização do setor público parao atingimento de resultados efe-tivos.

O Programa teve início como primeiro Encontro de Gestores,realizado no período de 18 a 20de novembro na cidade deAraxá.Para o desenvolvimento dos tra-balhos técnicos foi contratada aFundação Dom Cabral, centro deexcelência na matéria.

O encontro foi realizado emespaço localizado fora do am-biente de trabalho e da Capital, afim de propiciar a necessária imer-são, em espaço que favorecessea realização de atividades ao ar li-vre, vivências lúdicas, comunica-ção, relacionamento interpessoale o surgimento de insights paranovas possibilidades e soluções.

Optou-se por analisar os no-vos desafios trazidos pelas rápi-das e constantes mudanças quea sociedade e, especialmente, aInstituição têm vivido a partir deuma metodologia inovadora, vol-

tada para a sensibilização dosparticipantes.

Por meio da utilização deobras de arte e poemas de auto-res tais como Fernando Pessoa,Mário Quintana e Carlos Dru-mond de Andrade, os participan-tes tiveram a oportunidade deanalisar papéis, desejos e esco-lhas enquanto gestores doTCEMG.

Os gestores tiveram a possi-bilidade de refletir sobre o seuolhar, sua função e as influênciasda Instituição e da sociedade noseu desenvolvimento pessoal eprofissional.

Dando continuidade ao Pro-grama, iniciou-se, na semana dodia 21/11/11, nova etapa do trei-namento, realizado na Escola deContas e Capacitação Prof. Pe-dro Aleixo, ministrado pela ProfªMaria Lúcia Rodrigues Corrêa,Consultora na área de gestão depessoas, com foco na liderançatransformadora.

Investir no desenvolvimentodos seus servidores é uma priori-dade do Tribunal de Contas que,por intermédio da Escola de Con-tas atuando em parceria com aDiretoria de Gestão de Pessoas,ofereceu aos gestores, nessa pri-meira etapa, a possibilidade dedesenvolver e atualizar suascompetências gerenciais.

latinamente, alguns dos atuaissistemas informatizados de re-cebimento de dados peloTCEMG. Em 2013, sairão do aros três sistemas – Siace-PCA,Siace-LRF e Sicam – que até ofinal de 2012 funcionarão para-lelamente ao Sicom.

CronogramaO Sicom será composto por

quatro módulos: instrumentos deplanejamento, acompanhamentomensal, prestação de contasanual (PCA) e folha de paga-mento. O novo sistema exigeque os municípios estejam pre-parados para a padronizaçãodas prestações de contas e or-çamentos, aprovada pela Instru-ção Normativa n° 05/2011. Omódulo “instrumentos de plane-jamento” abrange as informa-ções do PPA, LDO e LOAe estádisponível desde o dia 03 demaio de 2011 para receber osarquivos de teste dos jurisdicio-nados selecionados. A partir de2012, o envio será obrigatóriopara todos os municípios. O res-ponsável pela remessa é o chefedo Poder Executivo que deveráencaminhar os arquivos consoli-dados anualmente, até o dia 31de janeiro do exercício a que serefere o orçamento.

Omódulo “acompanhamentomensal” compreende as informa-ções referentes à execução or-çamentária e financeira, licita-ções, contratos, notas fiscais econtrole de frota. Os responsá-

veis pelo envio são os gestoresdos seguintes órgãos: prefeiturasmunicipais, câmaras municipais,autarquias, fundações, RegimePróprio de Previdência Social(RPPS), consórcios públicosmu-nicipais, empresas públicas e so-ciedades de economia mista de-pendentes, Fundo Municipal deSaúde e outros fundos. A re-messa mensal também será ob-rigatória a partir de 2012 e o prazode envio é de 40 dias após o en-cerramento do mês.

Durante o exercício de 2012,as informações da LRF serão re-cebidas pelo Siace e pelo Sicom,no módulo “acompanhamentomensal”. Dessa forma, será pos-sível obter dados históricos, de11 meses anteriores, para geraros relatórios da LRF a partir de2013, quando será encerrado oSiace/LRF. Como as remessasdos arquivos do “acompanha-mento mensal” são feitas por ór-gão, os relatórios da LRF deve-rão ser validados no PortalSicom. O Relatório de GestãoFiscal será validado, separada-mente, pelos chefes dos Pode-res Executivo e Legislativo, aofinal de cada quadrimestre. ORelatório Resumido da Execu-ção Orçamentária será validadopelo chefe do Poder Executivoao final de cada bimestre. Paraos municípios optantes pela di-vulgação semestral, as valida-ções deverão ocorrer ao final decada semestre.

Oinício do ano de 2012será também o início deuma nova era no Tribu-

nal de Contas de Minas Gerais.Todos os 853 municípios come-çarão a enviar suas contas pelonovo Sistema Informatizado deContas dos Municípios – o Si-com, que foi desenvolvido peloTCE para agilizar, conferir maiorsegurança e maior eficiência àanálise dos dados enviados pe-los órgãos e entidades munici-pais. A partir de janeiro, os doismódulos denominados Instru-mentos de Planejamento eAcompanhamentoMensal entra-rão em vigor.

Ao permitir o acompanha-mento mensal das informaçõesfornecidas, o Sicom também fa-vorece a emissão de alertas ime-diatos a tempo de o gestor pro-mover medidas necessárias aosaneamento de possíveis falhas.Para o PresidenteAntônio CarlosAndrada, “o Tribunal vai poder,quase que em tempo real, infor-mar e dar alertas aos municípiossobre aqueles pontos que não es-tão caminhando como deveriam,a tempo de serem corrigidos”.

CapacitaçãoPara implantar o novo sis-

tema, o Tribunal de Contas nãopoupou esforços no sentido detreinar os jurisdicionados e pre-parar também os servidores daCasa. No dia 17 de novembro, oTribunal capacitou a última turmade usuários do Sicom. Foram3.259 pessoas treinadas com aparticipação direta de 80% dosmunicípios e de empresas ter-ceirizadas que atendem a maisde 200 cidades. A Diretora deTecnologia de Informação doTCE, Anna Flávia Lourenço Es-teves, acredita que foi atingida atotalidade dos jurisdicionados,com inovação do processo decapacitação. “A crescente parti-cipação no Fórum de discussãosobre o Sistema, disponibilizadono Portal do TCE na internet,bem como o envio das remes-sas-teste são a confirmaçãodesse sucesso” – conclui.

O Sicom vai substituir, pau-

3CONTAS DE MINAS . TCEMG . 1º de dezembro de 2011

Sicom entra em vigordentro de um mês

Mais de três mil pessoas foram capacitadas para o uso do Sicom

Um passo adiante no relacionamentoentre o TCE e osmunicípios mineiros

Da esquerda para a direita: Rogério César C. Álvares (TCEMG),Adnei Esteves de Macedo (TCEMG), Luciano Eustáquio Bueno Rinaldi(TCU), Clóvis José de Oliveira (TCEMG), Jerusa Alves de Oliveira (TCU)

e Abílio Renato M. Ferreira (TCEMG)

TCE e TCU fiscalizamtransporte escolar em Minas

O transporte escolar foiobjeto de auditoria conjuntarealizada pelo Tribunal deContas do Estado de MinasGerais e o Tribunal de Con-tas da União, nos municípiosde Minas Novas, Governa-dor Valadares e TeófiloOtoni, entre 17/10/2011 e28/10/2011.

A seleção das cidadesdecorre da análise do nú-mero de alunos matricula-dos no ensino básico nasáreas rurais desses municí-pios.

A auditoria de conformi-dade abrangeu a verificaçãode procedimentos referen-tes a licitações, pagamen-tos, condições dos veículose dos motoristas, rotas per-corridas, dentre outros as-pectos relacionados emmatriz de procedimentos,realizada com a colaboraçãode todos os participantes.

A equipe foi formada pe-los auditores Jerusa Alvesde Oliveira e Luciano Eustá-quio Bueno Rinaldi, da Se-cex-MG, e pelos servidoresAbílio Renato Mendes Fer-reira, Adnei Esteves de Ma-cedo, Clóvis José de Oli-veira e Rogério César CostaAlvares, do TCEMG.

Nos dias 04 e 05/10/2010,os servidores participaram deworkshop realizado no Tribu-

nal de Contas da União, emBrasília, para discutir com acoordenação nacional dos tra-balhos a matriz de planeja-mento da auditoria. Participa-ram do evento outras equipesformadas em todo o Brasil,por se tratar de matéria decompetência dos três níveisde governo.

A auditoria conjunta re-presentou a oportunidade deinteração entre membros daequipe, possibilitando aosservidores do TCE o acessoa ferramentas operacionaisdo TCU, como o “FiscalisExecução”. Já os auditoresdo TCU puderam verificarpontos interessantes na sis-temática de trabalho doTCE, com a presença deprofissionais especialistas(contabilidade e engenharia)entre seus componentes.

A parceria faz parte dostrabalhos da Rede de Con-trole da Gestão Pública, ins-tituída por meio do Acordode Cooperação Técnica, ce-lebrado em 20/11/2009, paraformação de rede de órgãose entidades de controle dagestão pública no Estado deMinas Gerais, com o obje-tivo de articular as ações defiscalização e de combate àcorrupção, bem como decontrole social.

4 CONTAS DE MINAS . TCEMG . 1º de dezembro de 2011 5CONTAS DE MINAS . TCEMG . 1º de dezembro de 2011

A Palestrante Meiry Kamia falousobre a mágica da motivação

O Professor Israel Aron abordou aética nas organizações

A Professora Ássima Mariacoordenou os trabalhos em grupo

Representantes dos grupos apresentaram as conclusões tiradas em cada uma das 12 mesas redondas

O Presidente Antônio Carlos Andrada abriu o encontro em Araxá para os gestores do Tribunal de Contas

Dúvidas ou sugestõesPrimeira remessa obrigatória do Sicomjaneiro de 2012 [email protected]

Gestores do TCE recebemtreinamento para aprimorar liderançaUma equipe de 110 líderes do Tribunal de

Contas participou da abertura do curso“O Olhar do Gestor”, em Araxá, no pe-

ríodo de 18 a 20 de novembro. No seu pronun-ciamento, o Presidente Antônio Carlos Andradaressaltou que “vivemos um momento de mu-danças no mundo e no TCE. É preciso que es-tejamos preparados para acompanhá-las navelocidade em que elas estão acontecendo. E,nesse sentido, torna-se fundamental a partici-pação de nossas lideranças”. Andrada acres-centou que este é o século da comunicação. “Éprimordial a troca de informações, de experiên-cias e de conhecimento entre as equipes, nãosó para exercer o nosso papel constitucional defiscalizar, mas também para informar, e bem, asociedade como estão sendo aplicados os re-cursos públicos”.

A programação do encontro, incluiu, nasexta-feira (18/11), uma palestra de aberturacom a Psicóloga Meiry Kamia com o tema “AMá-gica da Motivação”. No sábado, os gestores par-ticiparam de treinamento durante todo o dia,iniciando pela palestra sobre Ética proferida peloProfessor Israel Aron Zylberman. Em seguida, aProfessora da Fundação Dom Cabral, ÁssimaMaria Ferreira, coordenou os trabalhos técnicoscom exposições e atividades em grupo. No do-mingo, antes do retorno a Belo Horizonte, houveprogramação ao ar livre.

O treinamento foi o primeiro evento do Pro-grama “Repensando o Tribunal”, promovidopela Diretoria de Gestão de Pessoas em parce-ria com a Escola de Contas e CapacitaçãoProfessor Pedro Aleixo e com o apoio da As-sessoria de Planejamento e Desenvolvimento

Organizacional e da Diretoria de Administração.No dia de 22/11, foi iniciado outro módulo de

treinamento para os gestores que foram dividi-dos em quatro turmas para um Curso de Lide-rança, ministrado pela Professora Maria LúciaRodrigues Corrêa, da Fundação Getúlio Vargas.O curso tem 16 horas/aula para cada turma e vaiaté o dia 07/12, abordando temas como motiva-ção de equipes, autoconhecimento e técnicas deliderança.

O Programa “Repensando o Tribunal” fazparte do Plano Estratégico, aprovado pela Re-solução 19/2010, que contempla uma avaliaçãodos gerentes de equipes a fim de otimizar os re-sultados institucionais.

PromoexO treinamento no Grande Hotel de Araxá –

que venceu a licitação para sediar o evento –foi custeado com recursos do Programa de Mo-dernização do Sistema de Controle Externodos Estados, Distrito Federal e Municípios Bra-sileiros – Promoex, que também patrocinou otransporte realizado em três ônibus de em-presa vencedora de licitação. O Promoex é umprograma que direciona investimentos e esfor-ços às instituições responsáveis pelo controleexterno da administração pública, os tribunaisde contas. O Programa é viabilizado por umconvênio firmado entre Banco Interamericanode Desenvolvimento (BID) e o Ministério doPlanejamento, Orçamento e Gestão (MPOG),que faz os repasses aos tribunais de contasbrasileiros, que também investem por contra-partidas.

6 CONTAS DE MINAS . TCEMG . 1º de dezembro de 2011

Coordenadoria e Comissão de Jurisprudência e Súmula | Belo Horizonte | 07 a 20 de novembro de 2011 | n. 57Este Informativo, desenvolvido a partir de no-tas tomadas nas sessões de julgamento dasCâmaras e do Tribunal Pleno, contém resu-mos elaborados pela Coordenadoria e Co-missão de Jurisprudência e Súmula, não con-sistindo em repositórios oficiais dajurisprudência deste Tribunal.

TRIBUNAL PLENO

Aplicação do Enunciadode Súmula 101 TCEMG

OTribunal reafirmou ser possível, para fins deaposentadoria concedida após a edição daEC 41/03, computar em dobro férias-prêmionão gozadas ou não convertidas emespécie,adquiridas anteriormente à data de publicaçãoda EC 20/98, desde que implementados osrequisitos para direito ao benefício. O relator,Cons. Sebastião Helvecio, esclareceu, pri-meiramente, que o TCEMG já se pronunciousobre o assunto, tendo fundado seu posicio-namento no instituto do direito adquirido (art.5º, XXXVI da CR/88) e no art. 6º da Lei de In-trodução às Normas do Direito Brasileiro (Lei12.376/10). Explicou que, após a edição daEC20/98, prevalece novo regramento jurídicodisciplinador do direito ao benefício da apo-sentadoria, aplicável àUnião, Estados, DistritoFederal e Municípios. Entre as mudanças in-troduzidas naConstituição daRepública, citouo novo comando que veda a contagem detempo ficto – § 10 do art. 40 –, mas ponderouque o § 3º do art. 3º da EC 20/98 assegurouo direito do servidor que preenchera todos osrequisitos exigidos na legislação então vi-gente, inclusive em relação à contagem dotempo ficto.Acrescentou que o assunto foiamplamente discutido pelo TCEMG no Inci-dente de Uniformização de Jurisprudência n.645.926, na sessão plenária de 09.10.02, re-sultando na edição do Enunciado de Súmula101 TCEMG. Quanto ao modo de inserir noSistema Informatizado de Fiscalização deAtos de Pessoal (Fiscap) as férias-prêmiocontadas em dobro, o relator ensinou, combase no art. 2º, § 1º, da INTC 03/11, que o ju-risdicionado deve encaminhar, juntamentecom as informações enviadas por meio doFiscap, a certidão de tempo de serviço/con-tribuição digitalizada, na qual constará a van-tagem relativa a férias-prêmio que tenha sidoincluída na informação referente à totalizaçãodo “tempo de serviço/contribuição para fins deaposentadoria emdias”. Por fim, no tocante àmetodologia correta para cálculo de proven-tos de aposentadoria após a edição da EC41/03, o relator aduziu que o Tribunal já sepronunciou sobre a matéria nos autos daConsulta n. 794.728. Asseverou que o atualregime de previdência é de caráter contribu-tivo, alinhado ao equilíbrio financeiro e atua-rial, de modo que o cálculo do provento parabenefícios previdenciários deve consideraros valores recolhidos ao regime a que se estávinculado. Considerando, ainda, que os dis-positivos constitucionais e legais sobre ama-téria não detalhamametodologia para cálculode proventos de aposentadoria, defendeu quedeverão ser extraídos pela média das maio-res remunerações que serviramde base paracontribuição, sejam integrais ou proporcio-nais, e, após, confrontados como limite esta-belecido no § 2º do art. 40 da CR/88. O pare-cer foi aprovado por unanimidade (Consulta n.832.402, Rel. Cons. Sebastião Helvecio,16.11.11).

Considerações sobre aexploração de serviço de táxi

Em resposta a consultas afetas à prestaçãode serviços de táxi, o Tribunal Pleno decidiuque: (1) a permissão para exploração de ser-viço de táxi deve ocorrer por meio de pro-cesso licitatório, tipomelhor técnica, podendoser estipulada, como critério de classificação,a pontuação relativa ao tempo de efetivo exer-cício como motorista profissional e (2) não épossível a estipulação de reserva de vaga,através de cláusula de preferência a condutorcom determinado tempo de experiência, nosprocedimentos licitatórios para permissão doserviço de táxi. O relator, Cons. Mauri Torres,

inicialmente, teceu esclarecimentos acercada obrigatoriedade da realização de processolicitatório para a outorga de exploração deserviço de táxi, concedida por meio do insti-tuto da permissão. Destacou que o transporteindividual de passageiros por táxi constituiserviço público prestadomediante delegaçãodo poder público. Quanto ao tipo de licitaçãomais adequado para permissão de serviço detáxi, entre as opções estabelecidas na Lei8.987/95, apontou o da melhor técnica, pois,como a tarifa a ser cobrada pelos serviços detáxi é previamente fixada pelaAdministraçãoPública local, a técnica torna-se critério dife-renciador dos licitantes. Destacou ser neces-sária, na escolha da “melhor técnica”, umaavaliação segundo critérios objetivos fixadospreviamente no edital, os quais devemser va-lorados individualmente por meio de pontos,chegando-se ao somatório que definirá osvencedores do certame. Especificamentequanto à possibilidade de se inserir no editalde licitação, como critério de classificação,pontuação referente ao tempo de habilitaçãodo licitante como taxista no Município querealize a licitação, o relator ponderou que,como as qualidades técnicas de cada lici-tante serão os elementos diferenciadores nafase classificatória, a adoção de pontuaçãopara o tempo de experiência como condutoré compatível com o tipo de licitação melhortécnica, e permitirá a escolha dos vencedoresde forma imparcial e isonômica. Enfatizounão ser possível a fixação de restrição terri-torial, exigindo-se, por exemplo, como critériode classificação, o tempo de habilitação do li-citante como taxista do Município. Explicouque esse tipo de exigência é restritiva, com-promete o caráter competitivo do certame efere o princípio da isonomia.Acrescentou nãoser possível a estipulação de reserva de vaga,através de cláusula de preferência, para osprofissionais que comprovem determinadotempo de experiência na profissão. Observouque a adoção desse tipo de reserva poderiadeflagrar o direcionamento do certame, com-prometendo o caráter competitivo do proce-dimento licitatório. Como já dito, enfatizou serválido que o tempo do exercício profissionalseja considerado como critério de classifica-ção na fase de julgamento, garantindo-se aigualdade de condições e oportunidades paratodos os que queiram participar do certame.Salientou que a preocupação do ente públiconesse tipo de contratação deve ser com aqualificação para o adequado fornecimentodo serviço. O voto foi aprovado por unanimi-dade (Consultas n. 841.512 e 851.235, Rel.Cons. Mauri Torres, 16.11.11).

Pacificado o entendimento acerca doinstrumento normativo adequado para a

fixação do subsídio e do 13º dosagentes políticos municipais e da

aplicação do princípio da anterioridadeTrata-se de assunto administrativo instauradopara dirimir contradição existente entre pare-ceres exarados pelo TCEMG em consultasacerca: (a) do instrumento normativo ade-quado para a fixação do subsídio e do 13ºsubsídio dos agentes políticosmunicipais (leiou resolução, em especial em relação a ve-readores) e (b) da observância do princípio daanterioridade quando da fixação do subsídiodesses agentes. O relator, Cons. CláudioCouto Terrão, informou que a controvérsia seestabeleceu quando oTribunal Pleno aprovouo parecer do Conselheiro Elmo Braz na Con-sulta n. 833.219 (sessão de 06.04.11), consi-derando legítima a concessão de 13º salárioe de férias remuneradas acrescidas de umterço aos agentes políticos, desde que pre-vistos em lei, obedecido o princípio da ante-rioridade. Explicou que o aludido parecer semostrou contrário ao proferido na resposta àConsulta n. 804.546 (Rel. Cons. SebastiãoHelvecio, sessão de 18.08.10), segundo oqual a fixação da remuneração e do 13º sub-sídio de prefeitos, vice-prefeitos e secretáriosmunicipais não se submete ao princípio daanterioridade. Registrou que esse posiciona-mento acarretou a suspensão da eficácia dosEnunciados deSúmula n. 72 e 91.Asseverou

que a solução da discordância reclamava nãoapenas uma hermenêutica baseada nos prin-cípios do Direito, mas, sobretudo, a análisehistórica acerca do tratamento conferido àmatéria pela Constituição da República de1988, por meio da interpretação teleológicadas alterações sofridas pelo texto constitu-cional. Explicou que, quando da promulgaçãoda Carta da República, o inciso V do art. 29tratou conjuntamente da remuneração dosprefeitos, vice-prefeitos e dos vereadores, es-tabelecendo que a remuneração dos referidosagentes políticos seria fixada pelo Poder Le-gislativo, para a legislatura subsequente (ouseja, observado o princípio da anterioridade),havendo a Constituição do Estado repetido oteor do referido dispositivo. Ressaltou que anova redação domencionado comando cons-titucional, introduzida pela EC 19/98, deixoude exigir a observância do princípio da ante-rioridade para a fixação dos subsídios dosprefeitos, vice-prefeitos e secretários munici-pais, mantendo-a, contudo, em relação aosvereadores. Observou que, no entanto, aConstituição Mineira não foi modificada parase adequar à mudança e garantir a manu-tenção da simetria do tratamento conferidopelaCarta daRepública.Assinalou haver umacorrente doutrinária em defesa da obrigato-riedade da observância do princípio da ante-rioridade inclusive no caso específico dosmembros do Poder Executivo, com funda-mento na Constituição Mineira e nos princí-pios da moralidade, impessoalidade, razoa-bilidade e da finalidade pública. Não obstante,anotou que se filia à corrente para a qual a ob-servância do mencionado princípio não semostra obrigatória no caso específico dosagentes políticos do Poder Executivomunici-pal, com fundamento no art. 29, V, da CR/88,bem como no princípio federativo e na auto-nomia dos Municípios. Aduziu que a anterio-ridade normalmente se justifica para evitarque o agente “legisle em causa própria”. To-davia, frisou que, quando se trata de prefeitos,vice-prefeitos e secretários municipais, a fi-xação de seus subsídios decorre de lei cujainiciativa é doPoder Legislativo, não havendoassim que se falar em “legislar em causa pró-pria”. Ressaltou haver a Constituição da Re-pública assegurado autonomia aos entes fe-derados, não podendo aConstituiçãoMineiraadentrar na esfera de competência dos Mu-nicípios, estabelecendo obrigação que aCarta Federal não previu, o que consubstan-ciaria ofensa ao princípio federativo. Dessaforma, concluiu que, com as alterações intro-duzidas no texto constitucional pela EC19/98,apenas a regulamentação da remuneraçãodos vereadores passou a estar adstrita à ob-servância do princípio da anterioridade.Quanto ao instrumento normativo adequadopara regulamentar a concessão do subsídioaos vereadores, explicou que a alteração so-frida pelo art. 29 (promovida pela EC 25/00),retirou a necessidade da regulamentação porlei, passando oPoder Legislativo a disciplinaros subsídios de seus membros mediante re-solução, admitindo-se, contudo, a regula-mentação por lei quando houver previsão ex-pressa na lei orgânica do Município. Notocante ao 13º salário, cuja legitimidade do re-cebimento pelos agentes políticos é reco-nhecida pelo TCEMG e pela jurisprudênciapátria, evidenciou existirem duas situaçõesdistintas atinentes à fixação e à regulamenta-ção da forma de pagamento da gratificação.No que tange à fixação, entendeu não havernecessidade de norma estabelecendo o valordo benefício, pois, consoante a Constituiçãoda República, o valor da gratificação natalinacorresponde exatamente ao valor da remu-neração integral. Em se tratando da regula-mentação da forma de pagamento do bene-fício, apontou que, embora ela não sejaobrigatória (uma vez que o 13º salário é umdi-reito social decorrente de norma constitucio-nal autoaplicável), se o Município decidir edi-tar norma estabelecendo a forma de fruiçãodesse direito por seus destinatários, não hánecessidade de se observar o princípio da an-terioridade. Ressaltou que, combase no prin-cípio do paralelismo das formas, tratando-se

de agentes políticos do Poder Executivo, agratificação natalina, quando regulamentada,exige lei em sentido formal, em cumprimentoao mandamento constitucional. Por sua vez,no caso específico dos vereadores, a regula-mentação do benefício deve ser feita por re-solução, (lei em sentido material), sendo ad-mitida a utilização de lei em sentido formal,quando a lei orgânica do Município assim odispuser. Advertiu, por fim, que em qualquerum dos casos, é imprescindível a observân-cia dos limites de despesa com pessoal dis-postos na Constituição da República e na le-gislação infraconstitucional. Por todo oexposto, o relator concluiu que: (a) em relaçãoaos agentes políticos doPoder Executivomu-nicipal, a fixação e a regulamentação daforma de pagamento do subsídio dependemde lei, em sentido formal, cuja iniciativa é doPoder Legislativo, não estando condicionadaà observância do princípio da anterioridade;(b) o subsídio dos vereadores deve ser fi-xado e disciplinado por resolução, lei em sen-tidomaterial, sendo admitida a utilização de leiem sentido formal quando, expressamente, alei orgânica do Município assim o dispuser,devendo, em qualquer um dos casos, ser ob-servado o princípio da anterioridade; (c) con-siderando que o décimo terceiro salário de to-dos os agentes políticos, indistintamente,decorre da própria Constituição daRepúblicae, diante da autoaplicabilidade do inciso VIIIdo art. 7º da CR/88, não é necessária a exis-tência de norma para que seus titulares façamjus ao seu recebimento e (d) na hipótese deser disciplinada a forma de fruição do décimoterceiro salário, não há que se observar oprincípio da anterioridade, devendo a regula-mentação ser feita mediante lei formal em setratando de agentes políticos do Poder Exe-cutivo, e por meio de resolução, lei material,no caso dos vereadores, sendo admitida a leiformal se houver previsão na lei orgânica doMunicípio. O parecer foi aprovado, vencidoem parte o Conselheiro substituto GilbertoDiniz que apenas admite lei para fixação daforma de pagamento do subsídio dos verea-dores (AssuntoAdministrativo n. 850.200, Rel.Cons. Cláudio Couto Terrão, 16.11.11).

Índice e data para revisão geral anual deservidores e agentes políticos

Trata-se de consulta indagando se o índice ea data utilizados para a revisão geral anualdos subsídios dos agentes políticos do PoderLegislativo seriam os mesmos a incidir sobrea revisão geral anual da remuneração dosservidores desse mesmo Poder e, de igualmodo, no âmbito do Poder Executivo. Inicial-mente, o relator, Cons. Cláudio Couto Terrão,aduziu que o art. 37, X, daCR/88 temdois co-mandos: o primeiro impõe a fixação ou alte-ração da remuneração dos agentes públicose o segundo assegura a revisão geral anualaos agentes públicos, sempre namesmadatae semdistinção de índices. Explicou que, em-bora a fixação, a alteração e a revisão devamser instituídas por lei em sentidomaterial e ob-servada a competência privativa para cadacaso, o ato-norma de fixação da remuneraçãoou do subsídio e o de sua alteração (esta úl-tima também chamada de aumento ou rea-juste) não se confundem como ato-norma derevisão, que émera recomposição do valor damoeda em decorrência de seu desgaste notempo. Após apresentar distinção entre au-mento (ou reajuste) e revisão, concluiu serpossível, no âmbito do Executivo municipal,que se conceda aumento para uma determi-nada categoria profissional (a dos professo-res, por exemplo) sem sua concessão paraoutra (a dos policiais, por exemplo). Frisou, noentanto, não ser possível a realização de re-visão para uma categoria sem que se façapara outra, se ambas integraremamesmaes-trutura orgânica (Executivo, Legislativo, Judi-ciário,Ministério Público eTribunal deContas)e entidade política estatal (União, Estados, DFe Municípios). Ressaltou que tanto a revisãoquanto a fixação ou a alteração devem ob-servar a iniciativa privativa em cada caso, emhomenagemaos princípios federativo e da se-paração de poderes, previstos respectiva-

mente nos arts. 1º e 2º da CR/88. Registrouque, não obstante deva ser observada a ini-ciativa privativa mesmo para fins de revisão,as estruturas orgânicas de qualquer entidadepolítica devem estar atentas para evitar, aomáximo, distinções nos índices adotados, sobpena de ferir o tratamento isonômico que aConstituição quis dar aos servidores públi-cos.Em razão do exposto, concluiu que: a re-visão de remuneração ou subsídio não seconfunde com sua fixação ou alteração, de-vendo ser observada em cada entidade polí-tica a iniciativa privativa de cadaPoder ouÓr-gão. Dessemodo, em âmbitomunicipal, é daCâmara Municipal a competência para pro-mover a revisão geral anual da remuneraçãode seus servidores e de seus agentes políti-cos, assim comoé doExecutivo a iniciativa delei para promover a revisão geral anual da re-muneração de seus servidores e agentes po-líticos. Além disso, sendo a revisão decor-rente de um só fato econômico, que é acorrosão uniforme do poder aquisitivo damoeda, não se devem adotar datas e índicesdistintos entre servidores e agentes políticosda mesma entidade política. Por essa razão,apesar de inexistir regra expressa vinculandoa revisão feita por uma unidade orgânica coma realizada por outra, o índice e a data ado-tados por aquela que a instituiu primeiramentedevem ser considerados, por vinculação ló-gica, pelas demais estruturas orgânicas damesma entidade política. O parecer foi apro-vado por unanimidade. (Consulta n. 858.052,Rel. Cons. Cláudio Couto Terrão, 16.11.11).

DECISÕES RELEVANTESDE OUTROS ÓRGÃOS

TJMG – Controle externo do PoderExecutivo pelo Poder Legislativo:

inconstitucionalidade das normas queestabelecem prazo para o fornecimento

de documentos e informações“Trata-se de ação direta de inconstitucionali-dade aviada pelo Prefeito Municipal de Con-ceição doRioVerde, objetivando a declaraçãode inconstitucionalidade das normas insertasnos artigos 77, § 3º, 112, incisos XVIII, XXV eXXVI, da Lei Orgânica Municipal. Alega-seque esses dispositivos, ao criar a obrigaçãodo chefe do Poder Executivo de prestar in-formações àCâmaraMunicipal, numperíodoinferior a um ano, bem como ao estabelecerinfração administrativa ou crime de respon-sabilidade para a hipótese de descumpri-mento daquele, estariam em desacordo comos artigos 6º, 13, 90, 165, § 1º, e 173, § 1º, daConstituição do Estado deMinas Gerais. Pormaioria de votos, reconheceu-se a constitu-cionalidade das normas relacionadas à obri-gatoriedade do fornecimento de informaçõese documentos pelo Poder Executivo Munici-pal ao Poder Legislativo e julgou-se parcial-mente procedente a representação, tão so-mente para declarar a inconstitucionalidadedos prazos estabelecidos e da previsão deresponsabilidade em caso de seu descum-primento. O fundamento da decisão vence-dora baseou-se, principalmente, na defesa eaplicação do princípio da separação e inde-pendência dos poderes, assim como na com-petência privativa na União para definir infra-ções político-administrativas. Emcontrapartida, os votos divergentes pauta-ram-se, basicamente, na competência daCâ-mara Municipal para a fiscalização e o con-trole dos atos do Poder Executivo, no direitoà informação, no princípio da publicidade e noprincípio da transparência. (Ação direta deinconstitucionalidade nº 1.0000.10.000229-4/000, Des. Rel. Manuel Saramago, DJe de27/10/2011.)” Boletim de Jurisprudência doTJMG n. 28, de 16.11.11.

Servidoras responsáveis pelo InformativoMaria Tereza Valadares CostaMarina Martins da Costa Brina

Dúvidas e informações:[email protected]

(31) 3348-2341

7CONTAS DE MINAS . TCEMG . 1º de dezembro de 2011

Um passo adiante no relacionamentoentre o

e os municípios mineiros

O Sistema Informatizado de Contas dos Municípios é a tecnologia que o

TCEMG está desenvolvendo com a finalidade de apoiar o exercício do controle

externo da gestão dos recursos públicos, de forma

eficiente, eficaz e efetiva. A partir de

janeiro de 2012, torna-se obrigatório

o uso do Sicom pelos municípios mineiros.

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Dando continuidade aocurso de aperfeiçoa-mento “Controle e Res-

ponsabilidade Pública em Pers-pectiva Nacional e Comparada”,o Tribunal de Contas recebeu,no dia 21 de novembro, a Pro-fessora Maria Fernanda Pirespara discutir o Processo Admi-nistrativo Disciplinar - PAD. Apalestra foi promovida pela Es-cola de Contas e CapacitaçãoProfessor Pedro Aleixo junto

tugal e discutiu o controle dascontas da União Europeia. Nodia 28, o Auditor Licurgo Mou-rão falou sobre auditoria.

Nos dias 29 e 30 de novem-bro, o curso de aperfeiçoamentofoi encerrado com aulas do outroProfessor lusitano, Pedro Gon-çalves, que apresentou um diag-nóstico das parcerias público-privadas e novas modalidadesdos contratos administrativos naUnião Europeia.

com a Corregedoria do TCE.Maria Fernanda, que é

Mestre em Direito Administra-tivo, destacou a importância daComissão Permanente de Sin-dicância e do PAD na estruturainstitucional, diferenciou os doisprocedimentos e explicou o pro-cesso desde a instauração atéo julgamento, recursos e pres-crição do processo.

O curso teve início no dia24 de outubro e foi realizado

por meio de uma parceria entrea Escola de Contas e Capacita-ção Professor Pedro Aleixo e oInstituto para o Desenvolvi-mento Democrático e o IusGentium Conimbrigae / Centrode Direitos Humanos da Facul-dade de Direito da Universidadede Coimbra.

Nos dias 24 e 25 de no-vembro, o Professor portuguêsPaulo Nogueira da Costa dividiucom o público as experiênciasdo Tribunal de Contas de Por-

O certificado digital é umachancela eletrônica que garanteproteção às transações on line eà troca virtual de documentos,mensagens e dados, conferindovalidade jurídica aos documentoscertificados dessa forma.

Para segurança dos jurisdi-cionados, oTCEMGadotará a cer-tificação eletrônica em todos osseus sistemas, inicialmente noSis-tema de Fiscalização de Atos dePessoal - Fiscap, a partir de janeirode2012, conformeoart. 14 da Ins-trução Normativa nº 03/2011.

O jurisdicionado que aindanão possui certificação digital de-verá providenciá-la com urgência,pois será necessária a autentica-ção dos documentos e a compro-vação de identidade, quando doenvio de documentos pormeio doPortal do TCEMG.

Comoobter oCertificadoDigitalTodas as informações neces-

sárias à aquisição de certificadodigital encontram-se no Portal daReceita Federal, no endereço:http://www.receita.fazenda.gov.br/a tendv i r tua l /So l i cEmRen-RevCD.htm

Controle e responsabilidade públicasão debatidos em curso técnico

Fiscap vai exigircertificado digital

O ProfessorportuguêsPaulo No-gueira da

Costa falouda expe-riência do

Tribunal deContas dePortugal e

do Controledas Contas

na UniãoEuropeia

O ProfessorportuguêsPedroGonçalvesapresentouum diagnós-tico das par-ceriaspúblico-priva-das e novasmodalidadesdos contra-tos adminis-trativos naUnião Euro-peia

8 CONTAS DE MINAS . TCEMG . 1º de dezembro de 2011

DEVO

LUÇÃ

O GARANTIDADR/MG

TCEMG é destaqueem artigo de

revista espanhola

Conselheiros e auditores doTribunal de Contas de MinasGerais estiveram presentes noXXVI Congresso dos Tribunaisde Contas, na cidade de Belém,no Pará, entre os dias 21 e 23 denovembro.

O encontro, realizado pelaAssociação dos Membros dosTribunais de Contas do Brasil –Atricon, e pelo Instituto Ruy Bar-bosa, teve como objetivo deba-

ter as matérias constantes dotema “Integração, Transparênciae Cidadania” e fazer com que osparticipantes refletissem sobre oassunto, tendo como cenário asrecentes inovações realizadaspelos tribunais, visando cumprira missão constitucional em be-nefício da sociedade.

Entre os palestrantes doCongresso estavam a MinistraEliana CalmonAlves, do Conse-

lho Nacional de Justiça; os Mi-nistros João Augusto RibeiroNardes, Marcos BemquererCosta e Benjamin Zymler, do Tri-bunal de Contas da União; o Se-nador Vital do Rego (PB); e oex-servidor do Tribunal de Con-tas mineiro, Professor LucianoFerraz, que falou sobre a duali-dade no julgamento de contasde prefeitos.

Conselheiros participamde congresso em Belém

Auditoria operacional é temade seminário no Tribunal

AEscola de Contas e Ca-pacitação Professor Pe-dro Aleixo, em parceria

com a Diretoria deAssuntos Es-peciais, Engenharia e Perícia,promoveu um seminário de au-ditoria operacional no dia 16 denovembro, no Auditório VivaldiMoreira, do Tribunal de Contasde Minas Gerais.

O Secretário Executivo doTCE, Leonardo Ferraz, repre-sentando o Conselheiro Presi-dente Antônio Carlos Andrada,participou da abertura doevento e destacou a importân-cia das auditorias operacionaispara fiscalização de temas rele-

vantes ao Estado. Também par-ticiparam da abertura a Diretorade Assuntos Especiais, Jac-queline Soares Gervásio e a Di-retora em exercício da Escolade Contas, Marília Alves.

As palestras técnicas foramproferidas pelos especialistasVivaldo Evangelista Ribeiro,Coordenador do Grupo Temá-tico deAuditoria Operacional doTribunal de Contas da Bahia, eCarlosAlberto Sampaio de Frei-tas, Secretário de Fiscalizaçãoe Avaliação de Programa deGoverno do Tribunal de Contasda União. O seminário tevecomo objetivo capacitar os téc-

nicos do Tribunal de Contas doEstado de Minas Gerais nasmetodologias atuais de audito-ria operacional.

Na parte da tarde, os pa-lestrantes foram recebidos pe-los conselheiros, auditores eprocuradores do Ministério Pú-blico junto ao TCE, no SalãoNobre da Presidência, para dis-cutirem o tema Auditoria Ope-racional.

Em uma breve apresenta-ção, Vivaldo Evangelista Ribeirofalou sobre o interesse dos TCsem buscar o trabalho das audi-torias nos últimos anos. “Em se-tembro de 2005, 57,6% dos tri-bunais brasileiros nunca tinhamrealizado a inspeção. Hoje,88% já fazem as auditorias ope-racionais”, afirmou Vivaldo, quetambém é Auditor do TCE-BA.Vivaldo Ribeiro parabenizou oTribunal de Contas mineiro pelotrabalho que a Comissão deAu-ditoria Operacional tem feito emMinas Gerais.

Carlos Alberto Sampaio deFreitas descreveu a atuaçãodas auditorias como um auxíliopara visibilidade dos tribunaisde contas, ajudando a mostrar otrabalho do órgão.

Faleceu o Auditor Lauro Guerra

Carlos Alberto e Vivaldo Evangelista falaram sobre Auditoria Operacional

O Tribunal de Contas la-menta o falecimento do Au-ditor aposentado LauroGuerra, no dia 20 de no-vembro. Lauro Guerra in-gressou como servidor no

TCEMG em 1955. Traba-lhou na Casa por 36 anos eaposentou-se em 1991,como auditor, cargo queocupava desde 1967.

Um artigo intitulado Re-vista Técnica de los Tribu-nales de Cuentas (RTTC),Análisis y contenidos del pri-mer número de la RevistaTécnica de los Tribunales deCuentas de Brasil, de autoriade Antonio Manuel SimoesIglesias, jurista do Tribunalde Cuentas de España,apresenta a Revista Técnicados Tribunais de Contas doBrasil como uma clara ini-ciativa abrangente, ao pre-tender dar cobertura não sóao trabalho criativo de auto-res nacionais, como tambémàs opiniões e estudos espe-cializados de técnicos de ou-tros países sobre matériasrelevantes no âmbito docontrole público. O artigo foipublicado na Revista Espa-ñola de Control Externo,n°37, volume XIII.

Manuel Iglesias afirmoutambém que a revista ofe-rece um prisma de alto níveltécnico e inovador que pre-tende aproximar os diferen-tes profissionais e os órgãosde controle externo envolvi-dos, independentemente desua localização ou naciona-lidade.

Dentre os artigos desta-cados pelo autor, encontra-

se aquele que abordou otema Lei da Responsabili-dade Fiscal, de autoria doAuditor Licurgo Mourão edo Técnico de Controle Ex-terno, Marlon Nonato, de-nominado “Despesas compessoal nos dez anos degestão responsável: expe-riências para o equilíbriodas contas públicas”.

Afirmou o jurista espa-nhol que esse elenco de co-laborações técnicas repre-senta a possibilidade realde criar instrumentos nor-mativos, com intuito de re-forçar os sistemas de con-trole.