contasdeminas de minas - edição 105.pdf · contasdeminas informativo do tribunal de contas do...

8
CONTAS DE MINAS INFORMATIVO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS N. 105 . Ano XVII . 12 de Junho de 2013 TCE volta aos municípios para orientar gestores Projeto Ponto de Expressão abre debate sobre Direito Público Ouvidoria lança cartilha O Tribunal de Contas e a Ordem dos Advogados do Brasil - Seção MG as- sinaram um termo de cooperação téc- nica para o lançamento do Projeto Ponto de Expressão com o objetivo de promover de- bates mensais sobre Direito Público. O pri- meiro evento do Projeto foi realizado no dia 21 de maio e teve como tema “Os royalties do petróleo e sua nova divisão federativa”. A Ouvidoria do TCE lançou uma Cartilha para o orientar o ci- dadão mineiro. A Cartilha traz, como destaque, infor- mações sobre Transparên- cia Pública e direito de acesso à informação. Trabalho técnico é reconhecido O Ministério Público do Estado e a Secreta- ria de Planejamento - Seplag manifestaram oficial- mente à Presidente Adriene Andrade elogio ao trabalho desenvolvido pelos técnicos do TCE em operações con- juntas entre os órgãos. B elo Horizonte foi o primeiro dos municípios de Minas Gerais a receber a série de encontros técnicos O Tribunal de Con- tas e os Municípios. O encontro aconteceu nos dias 5 e 6 de junho com a participação de mais de 300 gestores e servidores pú- blicos que representaram 161 municípios da Região Central do Es- tado. A próxima parada é em Pouso Alegre, nos dias 13 e 14 de ju- nho, para os representantes de 123 municípios da região. Este ano os encontros técnicos abordam o tema Planejamento e controle em favor do desenvolvimento local. Um dos destaques do evento é a apresentação e treinamento do Sistema Informatizado de Contas dos Municípios - Sicom. Os encontros são realizados em parceria com a Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais - ALMG, a Associação Mineira dos Municípios - AMM e o Sistema Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - Sebrae MG. PÁGINA 5 PÁGINA 3 PÁGINA 4 PÁGINA 8

Upload: others

Post on 23-Jul-2020

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: CONTASDEMINAS de Minas - Edição 105.pdf · CONTASDEMINAS INFORMATIVO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS N.105.AnoXVII.12deJunhode2013 TCE volta aos municípios para

CONTASDEMINASINFORMATIVO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS N. 105 . Ano XVII . 12 de Junho de 2013

TCE volta aos municípiospara orientar gestores

Projeto Ponto de Expressão abredebate sobre Direito Público

Ouvidorialançacartilha

OTribunal de Contas e a Ordem dosAdvogados do Brasil - Seção MG as-sinaram um termo de cooperação téc-

nica para o lançamento do Projeto Ponto deExpressão com o objetivo de promover de-bates mensais sobre Direito Público. O pri-meiro evento do Projeto foi realizado no dia21 de maio e teve como tema “Os royalties dopetróleo e sua nova divisão federativa”.

AOuvidoria do TCElançou uma Cartilhapara o orientar o ci-

dadão mineiro. A Cartilhatraz, como destaque, infor-mações sobre Transparên-cia Pública e direito deacesso à informação.

Trabalhotécnico éreconhecido

OMinistério Público doEstado e a Secreta-ria dePlanejamento -

Seplag manifestaram oficial-mente à Presidente AdrieneAndrade elogio ao trabalhodesenvolvido pelos técnicosdo TCE em operações con-juntas entre os órgãos.

Belo Horizonte foi o primeiro dos municípios de Minas Geraisa receber a série de encontros técnicos O Tribunal de Con-tas e os Municípios. O encontro aconteceu nos dias 5 e 6 de

junho com a participação de mais de 300 gestores e servidores pú-blicos que representaram 161 municípios da Região Central do Es-tado. A próxima parada é em Pouso Alegre, nos dias 13 e 14 de ju-nho, para os representantes de 123 municípios da região. Este

ano os encontros técnicos abordam o tema Planejamento e controleem favor do desenvolvimento local. Um dos destaques do evento éa apresentação e treinamento do Sistema Informatizado de Contasdos Municípios - Sicom. Os encontros são realizados em parceriacom a Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais - ALMG,a Associação Mineira dos Municípios - AMM e o Sistema Brasileirode Apoio às Micro e Pequenas Empresas - Sebrae MG.

PÁGINA 5

PÁGINA 3PÁGINA 4 PÁGINA 8

Page 2: CONTASDEMINAS de Minas - Edição 105.pdf · CONTASDEMINAS INFORMATIVO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS N.105.AnoXVII.12deJunhode2013 TCE volta aos municípios para

2 CONTAS DE MINAS . TCEMG . 12 de junho de 2013

DIREÇÃOAdriene Barbosa de Faria AndradeConselheira Presidente

SUPERINTENDÊNCIA DE COMUNICAÇÃOE RELAÇÕES INSTITUCIONAISCristina Márcia Oliveira Mendonça

EDITOR RESPONSÁVELLuiz Cláudio Diniz MendesJorn. Mtb n. 0473 – DRT/MG

ASSESSORIA DE IMPRENSALúcio Braga GuimarãesJorn. Mtb n. 3422 – DRT/MG

REDAÇÃOMárcio de Ávila RodriguesRaquel Campolina MoraesFred La RoccaThiago Rios GomesKarina Camargos CoutinhoJoão Cerqueira

REVISÃODionne Emília Simões do Lago Gonçalves

EDIÇÃOAssessoria de Jornalismo e RedaçãoAv. Raja Gabáglia, 1.315 - CEP: 30380-435Luxemburgo - Belo Horizonte/MGFones: (31) 3348-2147 / 3348-2177Fax: (31) 3348-2253e-mail: [email protected]: www.tce.mg.gov.br

DIAGRAMAÇÃOMárcio Wander - MG-00185 DG - DRT/MG

IMPRESSÃOImprensa Oficial do Estado de Minas GeraisAvenida Augusto de Lima, 270 – CentroTel.: (31) 3237-3400www.iof.mg.gov.br

TIRAGEM5.400 exemplares

CONTAS DEMINAS

OTribunal de Contas de Mi-nasGerais já tornou públicaa primeira edição – formu-

lada pela gestão da ConselheiraPresidente Adriene Andrade – dasua tradicional e conhecida revistatécnica, uma publicação trimestralcom conteúdo útil para o exercíciodas funções que lhe foram destina-das pela Constituição Mineira de1989. O primeiro número de 2013reúne uma detalhada entrevistacom o presidente do Tribunal deContas da União, três artigos dou-trinários, 10 pareceres e decisões,umcomentário sobre jurisprudênciae um estudo técnico.

Como tema da capa foi esco-lhido o café, uma das riquezas deMinas. Na Carta ao Leitor, a publi-cação também elenca o queijo, o

leite, o ouro, o diamante, as belezasnaturais, a cultura imaterial, o tu-rismo, o folclore, a arte. E ressaltaque “todas as riquezas, mineiras,brasileiras oumundiais, estão cadavez mais em destaque” em “umanova economia do setor primário ede uma administração pública vol-tada para a teleologia das políticaspúblicas”.

A mesma Carta ao Leitor, dalavra da primeira Presidente mu-lher da Corte de Contas mineira,passa a seguir a analisar as múlti-plas funções do Tribunal e os me-canismos que estão sendo elabo-rados e aperfeiçoados para a suaexecução.

Informa a Conselheira Presi-dente que “construímos, por inter-médio da nossa Diretoria de Tec-

nologia da Informação, ferramen-tas tecnológicas que têm por fimotimizar os procedimentos de con-trole. Entre elas, destacamos umsistema eletrônico de cruzamentode dados para fiscalização, o Pro-jeto Suricato; o acompanhamentoda gestão de recursos públicosmu-nicipais por meio do Sistema Infor-matizado de Contas dos Municí-pios (Sicom); o Sistema deFiscalização de Atos de Pessoal(Fiscap); oGeo-Obras, sistema queauxilia na fiscalização da execuçãofísico-financeira de obras públicas,mediante o georreferenciamento dedados cadastrais, fotografias con-vencionais e imagens de satélite”.

E também destaca outro for-mato importante de atuação doTri-bunal, concretizado por diversas

ações de capacitação dos repre-sentantes de prefeituras, câmaras eoutras entidades públicas que sãopor ele fiscalizadas. Citou, especifi-camente, a 1ª Conferência deCon-trole Externo, um evento de grandeporte que marcou o início da atualgestão.

APresidenteAdrieneAndradelembrou que a modelagem atualexige dos tribunais de contas com-petências até então não pensadas.E completa que “tudo isso decorredo elastecimento das competên-cias constitucionais dos tribunaisde contas, porquanto passaram aabarcar, além do tradicional exameda legalidade dos atos de gestãopública, a legitimidade e a econo-micidade”.

EDITORIAL

As ferramentas tecnológicas do Tribunal

MINISTÉRIO PÚBLICO JUNTOAO TRIBUNAL DE CONTAS

Adriene Barbosade Faria AndradeCONSELHEIRA PRESIDENTE

Sebastião HelvecioRamos de CastroCONSELHEIRO VICE-PRESIDENTE

CláudioCouto TerrãoCONSELHEIRO CORREGEDOR

WanderleyGeraldo ÁvilaCONSELHEIRO

Mauri JoséTorres DuarteCONSELHEIRO

José Alves VianaCONSELHEIRO

Gilberto PintoMonteiro DinizCONSELHEIRO EM EXERCÍCIOE AUDITOR

Licurgo JosephMourão de OliveiraAUDITOR

Marcílio BarencoCorrea de MelloPROCURADOR DOMINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS

Elke Andrade Soaresde Moura SilvaPROCURADORA DO MINISTÉRIOPÚBLICO DE CONTAS

CristinaAndrade MeloPROCURADORA DO MINISTÉRIOPÚBLICO DE CONTAS

Daniel de CarvalhoGuimarãesSUBPROCURADOR DOMINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS

Glaydson SantoSoprani MassariaPROCURADOR-GERAL DOMINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS

Maria Cecília BorgesPROCURADORA DO MINISTÉRIOPÚBLICO DE CONTAS

SaraMeinberg SchmidtAndradeDuartePROCURADORA DO MINISTÉRIOPÚBLICO DE CONTAS

HamiltonAntônio CoelhoAUDITOR

Page 3: CONTASDEMINAS de Minas - Edição 105.pdf · CONTASDEMINAS INFORMATIVO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS N.105.AnoXVII.12deJunhode2013 TCE volta aos municípios para

3CONTAS DE MINAS . TCEMG . 12 de junho de 2013

A Presidente Adriene Andrade destacou a importânciado debate sobre o Direito Público para a plateiano Auditório Vivaldi Moreira do TCEMG

TCE e OAB-MG lançamProjeto Ponto de Expressão

OTribunal de Contas doEstado de Minas Gerais(TCEMG) e a Ordem dos

Advogados do Brasil - Seção Mi-nas Gerais (OAB-MG) assina-ram, no Auditório Vivaldi Moreira,um Termo de Cooperação Téc-nica para o lançamento do Pro-jeto Ponto de Expressão. A Pre-sidente do TCEMG, ConselheiraAdriene Andrade, ressaltou a im-portância da assinatura do termo.

Segundo ela, “trata-se de umaparceria importantíssima paraesta Corte de Contas com a qualdebateremos temas atuais do Di-reito Público e também a atuaçãodos tribunais de contas.”

O Presidente da OAB-MG,Luis Claudio Chaves, definiu aimportância do Termo de Coope-ração assinado entre as entida-des: “Hoje nós temos a alegriade intensificar a parceria com o

Tribunal de Contas, criando umprojeto inovador que busca prio-rizar o debate sobre temas rele-vantes na área do Direito Público.E isso, indubitavelmente, é im-portante para o Tribunal, para ad-vocacia, para o mundo acadê-mico e, mais do que isso, éimportante para os entes públi-cos de forma geral.”

Compuseram a mesa dehonra do evento a Presidente do

TCEMG, Conselheira AdrieneAndrade, o Vice-Presidente, Con-selheiro Sebastião Helvecio, oCorregedor, Conselheiro CláudioTerrão, os conselheiros Wander-ley Ávila e José Alves Viana e oPresidente da OAB-MG, LuisCláudio Chaves.

Também estiveram presen-tes os procuradores do MinistérioPúblico de Contas, Cristina Meloe Daniel de Carvalho Guimarães,

o Diretor da Escola Superior deAdvocacia da OAB-MG, MarcosCaldas, e os representantes dasFaculdades Newton Paiva e Mil-ton Campos, Tiago Freitas e AnaPaula Trindade, respectivamente.

Mesa de Debates“Os royalties do petróleo e

sua nova divisão federativa” foi oprimeiro dos temas a serem abor-dados no projeto que prevê a rea-lização de uma série de encontrosmensais, voltados para profissio-nais da área jurídica e estudantes.

O Procurador do MinistérioPúblico Junto ao Tribunal de Con-tas e um dos incentivadores doprojeto, Daniel de Carvalho Gui-marães, presidiu a Mesa de De-bates que teve como integranteso Professor da Fundação DomCabral e Mestre em Direito Eco-nômico pela UFMG, CláudioAraújo Pinho, o Procurador doEstado de Minas Gerais, DanielCabaleiro Saldanha, o Presidentedo Instituto de Estudos Fiscais(IEFi), Marciano Seabra de Go-doi, e o Diretor da Escola de Con-tas e Capacitação Professor Pe-dro Aleixo do TCEMG, MárcioFerreira Kelles.

O Vice-Presidente SebastiãoHelvecio foi o representante doTCEMG na XVII Conferência Na-cional dos Legisladores e Legisla-tivos (CNLE), que aconteceu entreos dias 21 e 24 demaio, emRecife(PE). Na ocasião, o Conselheirofoi homenageado pelo Presidenteda União Nacional dos Legislado-res e Legislativos Estaduais(Unale), com a comenda da enti-dade. A convenção teve comotema “Os desafios para o futuroque queremos”, e debateu o equi-líbrio federativo e o desenvolvi-mento sustentável, a economiaglobalizada e seus efeitos na polí-tica nacional entre outros temas.

O Conselheiro Sebastião Hel-vecio representou a Corte mineiratambém na assinatura do Acordode Cooperação Técnica, com o ob-jetivo de promover o intercâmbiode informações previdenciárias e arealização de capacitações técni-cas sobre Regimes Próprios dePrevidência Social (RPPS). Tam-

bém assinaram o instrumento oMinistério da Previdência Social(MPS), a Associação dos Mem-bros dos Tribunais de Contas (Atri-con) e o Instituto Rui Barbosa(IRB).

Entre as principais obrigaçõesdas entidades estão a realizaçãoconjunta de palestras seminários,cursos; treinamentos eworkshopsdirecionados aos envolvidos comos RPPS; e a garantia do sigilodas informações levantadas e dasanálises realizadas, observandoos limites da legislação.

No encontro, ficou estabele-cido que as entidades participantesdo acordo poderão estabelecer di-retrizes técnicas e estratégicasquanto à atuação conjunta doMPS e dos tribunais de contas, vi-sando à formulação de políticasdemonitoramento e de programasde ajustes dos gastos previden-ciários às normas gerais que dis-ciplinam a matéria.

O Corregedor do Tribunalde Contas do Estado de Mi-nas Gerais, Conselheiro Cláu-dio Terrão, fez uma palestrasobre o tema “O poder caute-lar do Tribunal de Contas”,para os servidores do TCE doMato Grosso do Sul, no dia 16de maio, no auditório da Es-cola Superior de Controle Ex-terno – Escoex.

Cláudio Terrão abordou ocaráter preventivo da medidacautelar. “Falar de medidacautelar no âmbito do Tribu-nal de Contas é muito abran-gente. Para cada uma dasfunções exercidas pelo Tribu-nal, seja uma função homolo-gatória, fiscalizatória, controlede atos administrativos, enfim,tem o chamado poder essen-cial de cautela, que é reco-nhecido pelo Supremo Tribu-nal Federal, em face do queeles consideram poderes im-plícitos, ou seja, quem tem fim

tem que ter meios para garan-tir esses fins para sociedade”,afirmou.

A Diretora Geral da Es-cola Superior de Controle Ex-terno do TCE-MS - Escoex,Conselheira Maria Serrano,falou da importância do temapara a sociedade, à medidaque garante que o recurso pú-blico não será mal aplicado evisto somente no final do ser-viço.

De acordo com o Corre-gedor-Geral do Tribunal deContas do Estado do MatoGrosso do Sul, ConselheiroRonaldo Chadid, o TCE sul-mato-grossense “ainda nãotem a tradição de concederessas medidas cautelares nosfeitos em que são aprecia-dos”. Para ele, a ida do Con-selheiro Terrão para abordaro tema deve trazer um “novoalento” na aplicação da me-dida.

CongressoNo mesmo dia, o Conse-

lheiro Cláudio Couto Terrãofalou sobre “Competênciados Tribunais de Contas naaplicação de medidas caute-lares como suspensão de con-tratos e bloqueios de contasbancárias” no XI Congressode Direito Tributário, Constitu-cional e Administrativo, tam-bém no Mato Grosso do Sul.O evento teve a apresentaçãode renomados profissionaisde todo o País, que discutiramtemas relevantes do atual ce-nário jurídico nacional. Advo-gados, juízes, promotores,procuradores, assessores ju-rídicos, contadores, econo-mistas, administradores, em-presários da indústria ecomércio e estudantes de Di-reito, Contabilidade e Econo-mia assistiram à palestra doConselheiro.

Conselheiro Cláudio Terrão fazpalestra para servidores do TCE-MS

Vice-Presidente representaTCEMG em conferência e

assinatura de acordo

Page 4: CONTASDEMINAS de Minas - Edição 105.pdf · CONTASDEMINAS INFORMATIVO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS N.105.AnoXVII.12deJunhode2013 TCE volta aos municípios para

4 CONTAS DE MINAS . TCEMG . 12 de junho de 2013

A Semana de Capacitação incluiu palestras no TCEMG

Abertas as inscrições para o XII ECCORParticipação da sociedade organizada é a principal novidade do Encontro

Estão abertas as inscriçõespara o XII Encontro do Co-légio dos Corregedores e

Ouvidores dos Tribunais de Con-tas – XII ECCOR, a ser realizadono dia 12 de agosto, no auditóriodo Tribunal de Contas do Estadodo Rio de Janeiro – TCERJ, com oobjetivo de fortalecer a rede de diá-logos públicos sobre transparên-cia, ética e cidadania.

A promoção é do Colégio dosCorregedores eOuvidores dos Tri-bunais de Contas do Brasil –CCOR, da Associação dos Mem-bros dos Tribunais de Contas –Atricon, do TCERJ e do InstitutoRui Barbosa – IRB, com apoio ins-titucional do TCEMG e do InstitutoEthos. As inscrições podem ser fei-tas por meio do hotsite do XII EC-COR, disponível no site do CCORwww.ccortc.com.br e no link daOu-vidoria do TCEMG em www.ouvi-doria.tce.mg.gov.br.

Participação da sociedadeO XII ECCOR deverá reunir

servidores, conselheiros correge-dores e ouvidores dos tribunaisde contas e a sociedade civil or-ganizada. O objetivo é provocar

reflexões sobre o papel estraté-gico das corregedorias e ouvi-dorias dos tribunais de contas eestimular o intercâmbio de conhe-cimentos e experiências visandoao aperfeiçoamento dos controlesexterno e social da gestão púb-lica. Serão compartilhadas infor-mações relevantes sobre ouvido-rias, Lei deAcesso à Informação etambém disseminados conheci-mentos sobre o papel da éticadiante dos desafios de atuaçãodas instituições públicas e a im-portância da transparência e docontrole social na efetividade dasações de controle.

OPresidente doCCOReCor-

regedor do TCEMG, ConselheiroCláudioTerrão, assinala que “a prin-cipal novidade do XII ECCOR seráa participação da sociedade civil or-ganizada, com representantes deconselhos, associações, institutos,federações e organizações não go-vernamentais, dentre outros”.

Programação do eventoApós o credenciamento dos

participantes, que começa às8:30h, o evento será aberto peloPresidente doTCERJ, ConselheiroJonas Lopes de Carvalho Júnior, epelo Presidente do CCOR, Conse-lheiro Cláudio Terrão. Para o pe-ríodo da manhã, o encontro pro-

gramou a realização de exposiçõese debates que contarão com a par-ticipação da sociedade civil. O Pro-fessor Titular de Ética e FilosofiaPolítica, Renato JanineRibeiro, falasobre “O papel da ética diante dosdesafios da gestão pública” e oGerente Executivo do Instituto Et-hos, Caio Magri, sobre “o papel doterceiro setor no aperfeiçoamentoda agenda de transparência dasinstituições públicas”. O debate teráa mediação do Jornalista SidneyRezende.

No período da tarde, apenasos servidores dos tribunais de con-tas e conselheiros se reunirão emoficinas cujos temas são “ética e

transparência”. O desenvolvimentoe metodologia dos trabalhos con-tarão com o apoio da Escola deGestão do TCERJ.

Parceria e curso inéditoDurante o XII ECOOR, tam-

bém será firmada a parceria entreo CCOR e o Instituto Rui Barbosa– IRB – para a realização do cursode Implementação e Gestão deOuvidorias nos Tribunais de Con-tas, considerada pelos organiza-dores do evento “uma importanteiniciativa na promoção do institutode ouvidorias como canal estraté-gico nos tribunais de contas”.

Ouvidoria lançaCartilha para o Cidadão

Gestores do Tribunal participamde programa de capacitação

ASecretaria da Ouvidoria doTCEMG lançou a “Cartilha para ocidadão: transparência legal”. Apublicação tem como objetivoestimular o controle social e in-formar os cidadãos, de acordocom a Lei de Acesso à Informa-ção Pública – LAI. A cartilha foielaborada seguindo diretrizes doConselheiro Ouvidor Mauri Tor-res e com o apoio da Comissãode Publicações.

A Cartilha contém informa-ções sobre Transparência Pú-blica, distinção entre transparên-cia ativa e passiva, o direito deacesso à informação pelo cida-dão e perguntas e respostas so-bre a Lei deAcesso à Informação.ALei Federal, de nº 12.527/2011,publicada em novembro de 2011,prevê que todo cidadão tem di-reito ao acesso à informação pro-duzida, guardada e gerenciadapelos órgãos públicos. O direito éassegurado pela Constituição daRepública e, agora, seu exercíciofoi regulamentado pela lei.

Dentro da perspectiva apre-sentada pelamudança de cultura,em que a lei estabelece o acessocomo regra, a cartilha busca as-sumir o compromisso com atransparência e contribuir, junta-

mente com os jurisdicionados,para a transformação.

De linguagem de fácil com-preensão para o cidadão e ojurisdicionado, traz recursos grá-ficos que mantêm o caráter pe-dagógico da publicação. Infor-mações sobre contatos deutilidade pública, transparênciae controle social, uma linha dotempo da Lei de Acesso à Infor-mação no Brasil, dentre outrasinformações também podem serencontradas na cartilha. A carti-lha está disponível no Portal doTCEMG www.tce.mg.gov.br eno da Ouvidoria www.ouvido-ria.tce.mg.gov.br.

Ouvidoria do TCEMGA Ouvidoria do TCEMG foi

implantada pela Resolução nº05/2010, de 28/05/2010 e criadapela Resolução Delegada nº03/2011, de 12/08/2011. Essaunidade tem entre seus objetivosestimular o controle social, dartransparência aos atos da Admi-nistração Pública e promoverações que estimulem a participa-ção da sociedade no processo decontrole, que vêm sendo reforça-das pelo TCEMG.

O Tribunal de Contas do Es-tado de Minas Gerais promoveu,entre os dias 20 e 24/5, a “Se-mana de Capacitação dos Ges-tores do TCEMG”. O programafaz parte do Plano Estratégico doTribunal 2010-2014, na perspec-tiva Pessoas e Inovação, que temcomo uma das iniciativas estraté-gicas “implantar programa de de-senvolvimento de gestores e lí-deres”.

Os gerentes receberam trei-namento nos dias 20, 22 e 24 naFundação João Pinheiro, sob acoordenação da Professora Tâ-nia Mara Leite, e participaram depalestras noAuditório Vivaldi Mo-reira no dia 23/5. Os temas “A im-portância do desenvolvimento nagestão de pessoas sob a ótica daorganização e sob a ótica do ser-vidor” e “Apresentação das me-lhores práticas para a gestão depessoas” foram abordados pelosprofessores da Escola de Go-verno Professor Paulo Neves deCarvalho, Jaime Queiroz e Lu-ciana Custódio, respectivamente.

Estratégia focada em objeti-vos, conhecimentos organizacio-nais, produtividade, motivação,qualidade de vida, condições detrabalho e desenvolvimento de

pessoas foram questões traba-lhadas pelo Professor JaimeQueiroz em sua apresentação.“Não basta o Tribunal de Contasser o melhor, temos que ter asmelhores pessoas”, afirmou.

A Professora Luciana Custó-dio falou sobre valorização doservidor, ferramentas adequadaspara o envolvimento, engaja-mento, benchmarking no setorpúblico e “exemplo que vem decima”.

A semana de capacitação de86 gestores foi realizada pela Di-retoria de Gestão de Pessoas, Es-cola de Contas e CapacitaçãoProfessor Pedro Aleixo, com oapoio da Assessoria de Planeja-mento e Desenvolvimento Organi-zacional, tendo como parceirapara a realização dos trabalhostécnicos a Escola de Governo Pro-fessor Paulo Neves de Carvalho,da Fundação João Pinheiro.

Page 5: CONTASDEMINAS de Minas - Edição 105.pdf · CONTASDEMINAS INFORMATIVO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS N.105.AnoXVII.12deJunhode2013 TCE volta aos municípios para

5CONTAS DE MINAS . TCEMG . 12 de junho de 2013

TCE inicia série de encontrostécnicos com auditório lotado

Luciana Braga, servidorada ALMG

Rogério Moreira, Consultordo Sebrae-MG

Paulo Henrique Figueiredo,Servidor do TCEMG

Natália Ferreiraapresentou oSistemaInformatizado deContas - Sicom

O Vice-PresidenteSebastião Helvecioabriu o encontroe fez palestrasobre a Lei

Geral das Microe PequenasEmpresas

O públicou lotouo Auditório

Vivaldi Moreirana abertura dosencotros técnicos

O CoordenadorLuiz HenriqueStarlingapresentou oSistema deInformaçõesGráficas -Geo-Obras

O Diretor daEscola de Contas,

Márcio Kelles,falou sobre

instrumentos deplanejamento na

abertura decréditos adcionais

OEncontro Técnico: O Tribu-nal de Contas e os Municí-pios que será realizado em

oito cidades-polo mineiras foi abertono dia 05/06/13, em Belo Horizonte.Participaram da abertura do eventocerca de 300 gestores e servidorespúblicos que representaram 161municípios da Região Central doEstado. Durante os dois dias de pro-gramação, técnicos do Tribunal deContas de Minas Gerais (TCEMG),do Serviço Brasileiro de Apoio àsMicro e Pequenas Empresas - Se-brae-MG, da Assembleia Legisla-tiva (ALMG) falaram sobre o temaPlanejamento e controle em favordo desenvolvimento local.

O Vice-Presidente do TCEMG,Conselheiro Sebastião Helvecio, re-presentou a Presidente, Conse-lheira Adriene Andrade, e afirmouser “uma alegria e um orgulho muitogrande para o Tribunal de Contassediar este encontro.” Para o Con-selheiro, “o grande destinatário daspolíticas públicas é o cidadão e,com o esforço de cada um que fazparte desse encontro, a sociedadevai se beneficiar do que for discu-tido e apresentado”.

O Presidente da AMM e Pre-feito de Barbacena, Antônio CarlosAndrada, ressaltou que o novo mo-delo de encontro técnico “privilegianão apenas a questão do controleespecificamente, mas dá espaçopara a discussão sobre desenvolvi-mento”. E completou, “é importantelevar a questão do Controle Internonão apenas como um instrumentode fiscalização, mas também depromoção do progresso e do cres-cimento, na medida em que as po-líticas públicas são executadas comqualidade e com planejamento.”

O Diretor de Operações do Se-brae MG, Fábio Veras, destacouque, com o advento da Lei Geraldas Micro e Pequenas Empresas ecom a abordagem do tema duranteo evento técnico, “Minas Gerais saina frente e tem um conjunto de es-truturas e de iniciativas que o Bra-sil ainda não tem”.

Para o Assessor Jurídico deConceição do Mato Dentro, RodrigoReis, o tema escolhido é de ex-trema importância para a economiados munícipios mineiros haja vistaque “o fomento para as micro e pe-quenas empresas de cada regiãotraz mais benefícios para os muní-cipes e para os comerciantes daregião, fazendo com que ocorrauma maior circulação de divisasdentro do próprio município”

A Secretária de Administraçãoe Fazenda de Inimutaba, Neide Ma-tos, fez questão de comparecer aoevento porque “os encontros sãoextremamente importantes para osmunicípios, principalmente para ospequenos, e dessa forma o Tribunal

tes favoráveis ao surgimento de no-vos negócios que gerem renda eriqueza para a população local.

Depois de assistir às palestrasrelacionadas à Lei das Micro e Pe-quenas Empresas, o Vereador deResende Costa, Francisco Abel deAssis, concluiu que “as cidades quesobrevivem do artesanato, como nocaso de Resende Costa, e os mu-nicípios onde os micro e pequenosempresários respondem pela maiorparte dos recursos arrecadados se-rão beneficiadas com a aplicaçãoda lei”.

Os servidores do TCEMG, Na-tália Ferreira e Luiz Henrique Star-ling, apresentaram, respectiva-mente, o Sistema Informatizado deContas do Munícipio (Sicom) e oSistema de Informações Gráficas(Geo-Obras). O Diretor da Escolade Contas e Capacitação Profes-sor Pedro Aleixo, Márcio FerreiraKelles, falou sobre “Instrumentosde planejamento com ênfase naelaboração e na abertura de crédi-tos adicionais” e o servidor do Tri-bunal, Paulo Henrique Figueiredo,ministrou a palestra “Licitações econtratações públicas em inicio demandato”. A servidora da ALMG,Luciana Braga, foi a responsávelpor falar sobre “Instrumentos dePlanejamento com ênfase na ela-boração da Lei Orçamentária Anuale PPA”.

Encontro Técnico:O Tribunal de Contase os Municípios

Além de Belo Horizonte, os en-contros sobre Planejamento e con-trole em favor do desenvolvimentolocal serão realizados em PousoAlegre (13 e 14 de junho), Pirapora(17 e 18 de junho), Juiz de Fora(05 e 06 de agosto), Teófilo Otoni(08 e 09 de agosto), Uberaba (05 e06 de setembro), Ipatinga (09 e 10de setembro) e Unaí (16 e 17 de se-tembro) com o objetivo de capacitarprefeitos, vereadores, contadores,controladores internos, procurado-res, chefes de gabinete e servido-res públicos que atuem na área delicitações e contratos de todos os853 municípios mineiros. O temafoi escolhido para atender às de-mandas por capacitação levanta-das por prefeitos e vereadores du-rante a 1ª Conferência de ControleExterno.

Outro objetivo dos encontrostécnicos é promover maior intera-ção com os municípios e suas ins-tituições, além de intensificar o pa-pel pedagógico do TCEMG. Oevento faz parte do Programa Tri-bunal e os Jurisdicionados quedesde 2010 promove a capacita-ção continuada dos agentes públi-cos municipais e estaduais.

nos dá a oportunidade de adquirirconhecimento e ter informações.Participando desses encontros te-remos respaldo para errar menos”,observou.

Na opinião do Auditor de Con-trole Interno de Para de Minas, Ail-ton Rodrigues Maia, “o encontrotécnico fortalece a relação do Tri-bunal com os seus jurisdicionadose ajuda na capacitação dos servi-dores públicos”.

ProgramaçãoA programação técnica do en-

contro foi aberta pelo Vice-Presi-dente do TCEMG, Conselheiro Se-bastião Helvecio, que falou sobre a“Aplicação da Lei Complementar123/06”. O Conselheiro salientouque “a partir do ano que vem o Tri-bunal irá fiscalizar a execução dadesta lei”. E completou, “temos todoresto de 2013 para trabalharmosem cada um dos municípios a pro-

dução legislativa da Lei das Pe-quenas e Micro Empresas no âm-bito municipal”. Para complemen-tar o assunto, o Consultor doSebrae Minas, Rogério Moreira,apresentou o “Projeto Prosperar –Instrumentos de DesenvolvimentoLocal”, que fomenta a integraçãode diversos setores produtivos, in-centivando o empreendedorismo,apoiando micro e pequenos em-preendimentos e criando ambien-

Page 6: CONTASDEMINAS de Minas - Edição 105.pdf · CONTASDEMINAS INFORMATIVO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS N.105.AnoXVII.12deJunhode2013 TCE volta aos municípios para

6 CONTAS DE MINAS . TCEMG . 12 de junho de 2013

Coordenadoria e Comissão de Jurisprudência e Súmula | Belo Horizonte | 15 a 28 de abril de 2013 | n. 88

Este Informativo, desenvolvido a partir de no-tas tomadas nas sessões de julgamento dasCâmaras e do Tribunal Pleno, contém resumoselaborados pela Assessoria de Súmula, Juris-prudência e Consultas Técnicas, não consis-tindo em repositórios oficiais da jurisprudênciadeste Tribunal.

TRIBUNAL PLENO

Aplicação do art. 42 da LRFàs Parcerias Público-Privadas

Trata-se de consulta questionando acerca daaplicabilidade, às Parcerias Público-Privadas(PPPs), do art. 42 da LC 101/00 (LRF), queveda a contração, nos dois últimos quadri-mestres domandato do Chefe de Poder ou ór-gão, de despesa que não possa ser cumpridaintegralmente dentro do exercício. Na sessãodo dia 06.02.13, após a relatora, Cons.Adriene Andrade, submeter a consulta à deli-beração do Pleno, o Cons. Cláudio Couto Ter-rão pediu vista dos autos. No retorno de vista,o Cons. apresentou divergência parcial à teseanteriormente proposta, concluindo que o art.42 da LRF aplica-se às PPPs, ressaltando, en-tretanto, que o referido art: (a) não veda acontratação por meio dessa modalidade deconcessão nos dois últimos quadrimestres domandato, desde que haja respaldo no PlanoPlurianual (PPA) e na Lei de Diretrizes Orça-mentárias (LDO); (b) não implica na necessi-dade de haver disponibilidade financeira paracobrir todas as despesas pertinentes à con-tratação, mas tão somente aquelas legal-mente realizadas no exercício em que foracontraída a obrigação. Em seu voto, o Cons.Cláudio Couto Terrão esclareceu, inicialmente,que o mencionado artigo se presta a vedar autilização dos restos a pagar como instru-mento de rolagem de dívida, isto é, inviabilizaro custeio de despesas pertencentes a umexercício com recursos orçamentários doexercício seguinte, especialmente, quando damudança de gestão, com o início de um novomandato. Aduziu que, nos casos autorizadosem lei, de assunção de obrigação de despe-sas por mais de um exercício, deverá haverdisponibilidade financeira apenas para cus-tear a parcela do objeto executada naqueleexercício, devendo as parcelas previstas paraexecução nos exercícios seguintes seremacobertadas com recursos dos respectivosorçamentos. Inferiu ser tal entendimento com-patível com os art. 165, §1º, e 167, §1º, daCR/88. Afirmou que o art. 42 da LRF nãoconstitui vedação à celebração de contratosde duração continuada nos últimos 8 (oito)meses do mandato do titular de Poder ou ór-gão, os quais poderão ser firmados desdeque o projeto ou programa a que se referemestejam previstos no PPA. Citando doutrina,esclareceu que, nesses casos, há parcelas aserem pagas em exercício futuro, mas elas se-rão liquidadas não com disponibilidade decaixa, e sim com verbas previstas no orça-mento correspondente. Esclareceu que, paracumprir a LRF, o gestor deve certificar-se daexistência de disponibilidade financeira paracobrir tão somente as despesas relativas aoexercício em que foi contraída a obrigação,desde que não tenha sido paga até 31 de de-zembro. Salientou o disposto pela relatora,Cons.AdrieneAndrade, de que as PPPs, con-tratos de concessão celebrados por prazo nãoinferior a 5 anos, constituem despesas de ca-ráter continuado, cuja vigência excede doisexercícios financeiros – e que devem constarno PPA, constituindo obrigação compatívelcom a LDO e previsão na LOA. Entendeu nãose aplicarem às PPPs as mesmas regras vi-gentes para os demais contratos de duraçãocontinuada, uma vez que a não previsão ex-pressa pela Lei 11.079/04 da aplicabilidade doart. 42 da LRF às PPPs não afasta as regrasde responsabilidade fiscal dessa modalidadede contratação.Ainda, o Cons. Claudio CoutoTerrão afirmou que, quando da contratação daPPP nos dois últimos quadrimestres do man-dato, deve-se assegurar a existência de sufi-ciente disponibilidade financeira para cobriras despesas empenhadas e não pagas até ofinal do exercício em que foi realizada a con-tratação, as quais devem necessariamenteser inscritas em restos a pagar. Concluiu, as-sim, que o art. 42 da LRF aplica-se às PPPs,mas não veda a contratação plurianual nos úl-

timos 8 (oito) meses do mandato, desde queela esteja prevista no PPA e na LOA, bem as-sim seja compatível com a LDO, nos termos doart. 10, III e V, da Lei 11.079/04. Ainda, que ocumprimento da regra contida no referido dis-positivo estará assegurado com a existênciade disponibilidade financeira suficiente paracobrir as despesas realizadas nos dois últi-mos quadrimestres do último ano domandato,não sendo necessário deixar recurso em caixapara acobertar as despesas previstas paratodo o período de vigência da PPP, o qualpode chegar a 35 anos, conforme previsto art.5º, I, da Lei 11.079/04. A relatora, Cons.AdrieneAndrade, encampou o posicionamentotrazido pelo Cons. Cláudio Couto Terrão, sendoo parecer aprovado, vencido o Cons. Sebas-tião Helvecio, para quem o art. 42 da LRF nãose aplica às PPPs (Consulta n. 862.761, Rel.Cons. Adriene Andrade, 24.04.13).

Esclarecimentos acerca dotratamento legal dispensado a

agentes de combate a endemias ea agentes comunitários de saúde

Trata-se de consulta solicitando esclareci-mentos acerca do tratamento legal a ser dis-pensado a agentes de combate a endemias ea agentes comunitários de saúde, especial-mente no tocante às regras e direitos a elesaplicados. Na sessão do Tribunal Pleno de28.08.12, o relator, Cons. Eduardo CaroneCosta, em sua resposta, aduziu que os men-cionados agentes não se submetem aos efei-tos da liminar da ADI 2.135/DF, visto que, ateor do art. 198, §§ 4º e 5º, da CR/88, com re-dação dada pelas EC 51/06 e 63/10, são con-siderados como exceção à regra dos servido-res, pois o regime jurídico a que estãosubmetidos está disciplinado e regulado pelaLei 11.350/06, devendo ser contratados porprocesso seletivo público e submeterem-seao disposto na CLT, salvo se no caso dos Es-tados, do Distrito Federal e dos Municípios, leilocal dispuser de forma diversa. Ressaltounão estarem inseridos no contexto do regimejurídico único e nos direitos decorrentes comoa efetividade e a estabilidade, pois, somenteterá efetividade aquele que for nomeado emcargo de provimento efetivo em virtude deconcurso público, a qual se inicia no momentoem que o servidor toma posse e completa arelação estatutária; e estabilidade àquele que,após tornar-se efetivo, passar pelo interstíciotemporal e for aprovado em avaliação de de-sempenho. Salientou que, dada a autonomialegislativa municipal delegada pelos art. 1º, 29e 30, I, da CR/88, compete ao Município edi-tar lei local estabelecendo as condições, cri-térios e regramentos para contratação tem-porária. Afirmou que os agentes que foremadmitidos por meio de processos seletivospúblicos após a EC 51/06, ou aqueles que ti-verem sua admissão convalidada por meiode contratos anteriormente à referida emendaem função da existência de anterior processode seleção pública, somente poderão ter seuscontratos rescindidos unilateralmente pelaAd-ministração, nos termos do art. 10 da Lei11.350/06 e observado o devido processo le-gal. Registrou também a possibilidade de oagente comunitário de saúde ter o contratorescindido unilateralmente na hipótese de nãoresidir na área da comunidade em que atuarou em função de apresentação de declaraçãofalsa de residência, a teor do parágrafo únicodo art. 10 da Lei 11.350/06, observado o de-vido processo legal. Assinalou que os agentesadmitidos na exceção prevista no art. 16 daLei Federal 11.350/06 somente poderão terrescindidos seus contratos pela Administra-ção Pública de acordo com a lei de contrata-ção temporária do respectivo. Em sede de re-torno de vista, na sessão de 24.04.13, o Cons.JoséAlves Viana teceu considerações acercada legislação que trata da admissão do agentecomunitário e da autonomia de cada ente fe-derativo para organizar seu próprio pessoal.Concluiu, em consonância com o parecer exa-rado pelo relator, que os agentes comunitáriosde saúde serão admitidos por processo sele-tivo público e, a rigor, submetidos ao regimeceletista, salvo se, no caso dos Estados, doDistrito Federal e dos Municípios, lei local dis-puser de forma diversa. Concluiu, também,que a CR/88 e tampouco a mencionada lei fe-deral não apresentam qualquer óbice à insti-

tuição do regime estatutário ou mesmo de umregime híbrido, possível desde que observa-das algumas exigências próprias de cada re-gime e da natureza da atividade. O parecer dorelator foi aprovado por unanimidade, acolhi-das as considerações acima apresentadaspelo Cons. José Alves Viana (Consulta n.862.648, Rel. Cons. Eduardo Carone Costa,24.04.13).

Possibilidade de afastamentode um dos cargos públicos, semremuneração, para exercício de

mandato eletivo de vereador, desdeque haja compatibilidade de horário

É possível a licença, sem remuneração, paraexercício de mandato eletivo de vereador, deum dos cargos públicos, por servidor ocupantede dois cargos públicos acumuláveis, man-tendo o exercício de um deles, desde quecomprovada a compatibilidade de horário detrabalho no exercício do cargo público com odo exercício da vereança. Esse foi o pareceraprovado pelo Tribunal Pleno em resposta aconsultas. O relator, Cons.Wanderley Ávila, ini-cialmente, explicou que a disciplina sobre acu-mulação de cargos pelo servidor público daAd-ministração Direta, autárquica e fundacional,no exercício do mandato eletivo de vereador,sofre incidência do art. 38, III, da CR/88. Es-clareceu, de acordo com o citado normativo, deaplicabilidade imediata, que o servidor, se ocu-pante de um cargo público e sendo eleito ve-reador, poderá acumular a remuneração docargo ocupado com o subsídio do vereador.Aduziu, entretanto, que se impõe a compatibi-lidade de horário, traduzida na comprovaçãode que o servidor pode exercer as atribuiçõesdo cargo, dele não se afastando, com as ativi-dades do mandato eletivo de vereador, semque um horário de trabalho incida sobre o ou-tro. Ponderou que, verificada a hipótese denão serem os horários compatíveis, o servidordeve afastar-se do cargo, emprego ou função,podendo escolher entre receber a remunera-ção do cargo ou o subsídio do vereador. Assi-nalou que o cargo público ocupado pelo servi-dor eleito vereador, se houver compatibilidadede horário, somente pode ser de provimentoefetivo, conforme se infere do disposto no art.54, I, b e II, b, com o art. 29, IX, da CR/88.Adu-ziu que, no caso de cargo em comissão, de-verá dele exonerar-se, porque a incompatibili-dade passa a existir tão logo o servidor tomaposse nomandato eletivo. Registrou já ter sidoesse entendimento firmado pelo TCEMG naConsulta n. 812.107. O relator entendeu que oparecer consubstanciado na Consulta n.796.542, em que se entendeu pela impossibi-lidade de acúmulo tríplice de dois cargos pú-blicos acumuláveis entre si com um cargo pú-blico eletivo, mesmo que tenha havidoafastamento de um dos cargos para o exercí-cio domandato eletivo, encontra-se superado.Observou que, na jurisprudência atual, as hi-póteses de permissividade cingem-se a doisvínculos em cargos públicos acumuláveis naforma do art. 37, VII, da CR/88 independente-mente de percepção ou não de remuneração.Asseverou que mandato eletivo não se con-funde com cargo, emprego ou função, poissão tecnicamente distintos, quer na forma deinvestidura, quer quanto às competências enatureza de seus estipêndios. Explicou que overeador, enquanto agente político, é eleito erecebe subsídio, de natureza transitória, quevale enquanto durar o mandato; como man-datário, tem absoluta autonomia e indepen-dência no exercício de suas prerrogativas, nãoobstante decida em nome do povo.Asseverouque, embora seja usual a expressão “cargo devereador”, esse cargo popularmente mencio-nado, de natureza política, não se confundecom o cargo público, de que cuida o Estatutodo Servidor Público, sendo suas regras abso-lutamente distintas. De outro lado, considerouclaro o caráter subordinado da administraçãocivil, pois os servidores compõem uma estru-tura hierárquica, de subordinação, estruturadaem carreiras, com sistemas de ingresso e pro-moções, estabilidade ou vitaliciedade e apo-sentadoria próprios, que também, por essavertente, os distingue dos representantes dePoder. Explicou que tais distinções, colacio-nadas na doutrina e na própria CR/88, visamdemonstrar que o preceito contido no art. 37,XVI, que agasalha o princípio da não acumu-

lação de cargos públicos, não alcança o man-dato de vereador; o mandato decorrente de re-presentação política não se confunde com ocargo público de que trata o inciso XVI do art.37.Afirmou que o princípio da não acumulaçãode cargo, emprego ou função pública, inscul-pido nos incisos XVI e XVII do art. 37 daCR/88, há que ser considerado conjuntamentecom a regra do art. 38, III, da CR/88, quandose trata de servidor eleito. Esclareceu que o im-perativo deve ser interpretado para se consi-derar a possibilidade de o servidor, eleito ve-reador, não se afastar dos cargos públicosacumuláveis ocupados, em número máximode dois, desde que, ao ser eleito, observe osseguintes requisitos: (a) seja ocupante de doiscargos públicos acumuláveis e (b) comprove acompatibilidade de horário para o exercício davereança a para o exercício dos cargos públi-cos.Assinalou que tal conclusão reside no fatode que, nessa hipótese, estar-se-á acumu-lando dois cargos públicos com um mandatoeletivo, duas remunerações com um subsídio,o que é permitido, e não três vínculos em trêscargos públicos, o que é vedado. Destacouque ao servidor eleito vereador cumpre ob-servar o limite previsto no inciso XI do art. 37da CR/88: as remunerações percebidas peloscargos ocupados e o subsídio decorrente doexercício do mandato de vereador, percebi-dos cumulativamente ou não, não poderão ex-ceder o subsídio do prefeito do Município. Oparecer foi aprovado por unanimidade (Con-sultas n. 862.810 e 876.280, Rel. Cons. Wan-derley Ávila, 24.04.13).

Renegociação de dívidas com o INSS,cancelamento de empenho e cômputo

dos gastos com pessoalTrata-se de consulta formulada por Secretáriode Finanças Municipal indagando sobre aforma correta de se proceder com os de-monstrativos para a apuração das despesascom pessoal em um exercício financeiro. O re-lator, Cons. Wanderley Ávila, explicou que oart. 35 da Lei 4.320/64 estabelece o regime decompetência como regra para o tratamentodas despesas públicas no ordenamento jurí-dico brasileiro. Destacou pertencer ao exercí-cio financeiro todas as obrigações nele con-traídas, ou seja, todas as despesas legalmenteempenhadas, as quais deverão ser contabili-zadas levando em consideração o momentodo fato gerador, e não da realização de seu pa-gamento. Transcreveu parte da Consulta n.812.243, que dispõe sobre a possibilidade deos empenhos oriundos de despesas que so-freram posteriormente parcelamento de dívidaserem cancelados, devendo a AdministraçãoPública proceder à realização de novos em-penhos em substituição. No que se refere aoempenhamento de despesas de pessoal, emconsonância com o disposto pelo órgão téc-nico, o relator aduziu que na ocorrência donão pagamento, resta caracterizado a ocor-rência do endividamento de curto prazo doente público (registrado emDívida Flutuante doBalanço Patrimonial), fato que não altera ocálculo percentual de gastos com pessoal apu-rado em determinado período. Afirmou que,por serem tais despesas obrigatoriamente re-gistradas segundo o regime de competência,conforme art. 50 da LC 101/00, e por se con-siderar o regime de competência como aqueleem que o gasto deve ser contabilizado nomo-mento da ocorrência do fato gerador, não háque se falar em alteração no cômputo dessesgastos com posterior cancelamento dos em-penhos ocorridos em decorrência do não pa-gamento das despesas e sua posterior rene-gociação com a entidade previdenciáriacredora. Destacou, por fim, que, de acordocom o Manual de Contabilidade Aplicada aoSetor Público, da Secretaria do Tesouro Na-cional, os empenhos em favor do INSS nãoquitados em decorrência do parcelamento ca-racterizam somente a modificação do perfil dadívida pública de curto para longo prazo. Porfim, concluiu que, tratando a despesa públicade pessoal como aquela registrada sob o re-gime de competência, mesmo havendo can-celamento dos empenhos em decorrência donão pagamento e posterior parcelamento dadívida com a entidade previdenciária, não ha-verámodificação dos percentuais de apuraçãode gastos com pessoal, na forma do caput e§2º do art. 18 da LC 101/00 - apenas alteração

do perfil da dívida de curto para longo prazo. Ovoto foi aprovado por unanimidade (Consultan. 852.014, Rel. Cons. Wanderley Ávila,24.04.13).

OUTROS ÓRGÃOS

TCU - A inserção, em mesmo lote,de itens usualmente produzidos porempresas de ramos distintos restringeo caráter competitivo da licitação

“Representação apontou possíveis irregulari-dades no Pregão Eletrônico nº 38/REPO/2012,conduzido pela Companhia de Pesquisa deRecursosMinerais - CPRM, que tem por objetoa contratação, por meio de sistema de registrode preços de empresa especializada para ofornecimento de sistema organizacional proje-tado sob medida para atender às necessida-des de guarda e armazenamento de acervosdiversos, na biblioteca da Residência de PortoVelho - REPO. Destaque-se, entre as ocor-rências identificadas, o agrupamento, em únicolote, de software para gestão de arquivos e dearquivos físicos (arquivo deslizante e demaisacessórios). O relator, em avaliação inicial, porconsiderar indevida tal formatação, suspen-deu cautelarmente o certame e promoveu a oi-tiva da CPRM, medidas essas que vieram aser endossadas pelo Plenário do Tribunal. Emresposta a essa oitiva, a CPRM alegou, emsíntese elaborada pela unidade técnica, que“softwares para gestão de sistemas de arqui-vamento deslizante não são softwares paragestão de arquivos convencionais, pois pos-suem características exclusivas e pertinentessomente a sistemas de arquivamento desli-zante, e no argumento de que eles são de-senvolvidos pela grandemaioria dos fabrican-tes de sistemas de arquivamento deslizante”.A unidade técnica, ao examinar tais argumen-tos, ponderou que o endereçamento do docu-mento por meio do preenchimento da locali-zação deste em campos específicos é requisitode localização “tanto de arquivos com estantesconvencionais (fixas), quanto de arquivos comestantes deslizantes, sendo que tais requisitosestão presentes e são atendidos pela maioriados softwares para gestão de documentos eacervos”. Diferentemente dos demais acessó-rios constantes no lote 1 (prateleiras, gavetas,quadros corrediços para pastas suspensas,quadro de lanças para projetos), “em que ascaracterísticas/tamanhos do produto adquiridode outros fornecedores poderiam ser incom-patíveis com o arquivo deslizante adquirido ...,os softwares para gestão de arquivos podemser utilizados nos mais diversos casos e comarquivos físicos de qualquer fornecedor”. Veri-ficou a unidade técnica, também, que algu-mas conhecidas empresas fabricantes de ar-quivos não oferecem, em seus sites, softwarespara gestão de arquivos.E arrematou:“... umavez que a natureza das empresas que fabri-cam os arquivos deslizantes é diferente da na-tureza das empresas que comumente desen-volvem softwares, conclui-se que o softwarepara gestão de arquivos não pode constar nomesmo lote dos arquivos deslizantes”. O rela-tor, em linha de consonância com a unidadetécnica, entendeu que restou configurada vio-lação ao caráter competitivo do certame. OTribunal, então, ao acolher proposta do relator,decidiu determinar à CPRM que: “adote asprovidências administrativas necessárias àanulação do Lote 1 do Pregão Eletrônico nº38/REPO/2012, em razão da exigência, emummesmo lote, de software para gestão de ar-quivos e arquivos físicos (arquivo deslizante edemais acessórios), o que restringiu a compe-titividade da licitação e afronta os princípios dacompetitividade e da isonomia que devem re-ger as contratações feitas no âmbito da admi-nistração pública”.Acórdão 964/2013-Plenário,TC 046.443/2012-6, relator Ministro RaimundoCarreiro, 17.4.2013”. Informativo de Jurispru-dência do TCU sobre Licitações e Contratos n.148, período: 15.04.13 a 19.04.13, publicadoem 23.04.13.

Servidores responsáveis pelo InformativoAlexandra Recarey Eiras NovielloFernando Vilela Mascarenhas

Dúvidas e informações:[email protected] - (31) 3348-2341

Page 7: CONTASDEMINAS de Minas - Edição 105.pdf · CONTASDEMINAS INFORMATIVO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS N.105.AnoXVII.12deJunhode2013 TCE volta aos municípios para

7CONTAS DE MINAS . TCEMG . 12 de junho de 2013

Coordenadoria e Comissão de Jurisprudência e Súmula | Belo Horizonte | 29 de abril a 12 de maio de 2013 | n. 89

Este Informativo, desenvolvido a partir denotas tomadas nas sessões de julgamentodas Câmaras e do Tribunal Pleno, contémresumos elaborados pelaAssessoria de Sú-mula, Jurisprudência e Consultas Técnicas,não consistindo em repositórios oficiais da ju-risprudência deste Tribunal.

TRIBUNAL PLENO

Tribunal mantém decisão que imputoumulta pelo não cumprimento de

obrigação imposta pela INTC 01/07Trata-se de recurso ordinário interposto emface de decisão que imputou multa em de-corrência do não atendimento do prazo limitepara remessa dos atos de fixação da remu-neração do Poder LegislativoMunicipal, des-cumprindo obrigação imposta pela INTC01/07. Em suas razões recursais, o recor-rente sustenta, em síntese, ausência de con-traditório e ampla defesa, bem como a ine-xistência da comprovação de dolo ou má-fédo gestor. Argui, ainda, a ocorrência de im-pedimentos de ordem prática, baseados emproblemas no sistema de informática, que re-sultaram em dificuldades na transmissão dedados, e no banco da edilidade, fatos, por-tanto, alheios a sua vontade. O relator, Cons.em exercício Gilberto Diniz, ao apreciar oteor das alegações formuladas pelo recor-rente, constatou a insubsistência das justifi-cativas apresentadas, as quaisnão possuemo condão de eximir o representante do PoderLegislativo da obrigação legalmente imposta.Afirmou que o substrato da defesa não revelajustificativa pertinente e suficiente para con-ferir exegese diversa daquela que autoriza aaplicação de sanção aos administradoresque descumprem o dever de encaminhar osdados exigidos em lei e instruções normati-vas, restando configurado o fato gerador dapenalidade aplicada pelo TCEMG. Conside-rou não haver qualquer óbice de naturezaconstitucional e infraconstitucional à atribui-ção dos Tribunais de Contas a competênciapara exigir dos administradores públicos aadoção de condutas compatíveis comos atosde fiscalização contábil, financeira, orça-mentária, operacional e patrimonial, assimcomo é legítima a fixação de penalidadespelo descumprimento dos preceitos normati-vos. Em relação ao questionamento envol-vendo a ausência de instauração do devidoprocesso legal, visando à imputação dape-nalidade, ressaltou já ter sido amatéria objetode apreciação pelo TJMG, ficando afastadaqualquer dúvida atinente à legalidade da apli-cação de multa administrativa pelo TCEMG,sem prévia manifestação do particular, umavez constatado o descumprimento do prazofixado para o envio de obrigações previstasem lei. Transcreveu o Enunciado de Súmula108 (A imposição demulta-coerção sem pré-via oitiva do jurisdicionado, em virtude dedescumprimento de prazo ou de obrigaçãopública decorrentes de lei ou ato normativodo Tribunal, não viola o contraditório e a am-pla defesa), que cristalizou a questão no âm-bito desta Corte de Contas. Quanto às ale-gações de que o envio dos atos de fixaçãodos subsídios dos vereadores em tempo há-bil foi obstacularizado em virtude de proble-mas operacionais, o relator entendeu quetais ocorrências, a priori, não são causas ex-cludentes da responsabilidade do adminis-trador, pois os atos de expediente são práti-cas cotidianas das administrações públicas,que devem primar, entre outros, pelo princí-pio da eficiência. Verificou, pela análise dosautos, que o recorrente não promoveu qual-quer diligência no sentido de dar cumpri-mento à INTC 01/07, mesmo depois da con-cessão de novo prazo, em que pese ter sidodevidamente cientificado da decisão plenáriafavorável à prorrogação da data limite para aentrega dos respectivos atos fixadores.Diante do exposto, negou provimento ao re-curso, mantendo incólume a decisão recor-rida. O voto foi aprovado por unanimidade(RecursoOrdinário n. 804.705, Rel. Cons. emexercício Gilberto Diniz, 08.04.13).

1ª CÂMARA

Irregularidade de editalcontendo exigência de pneus

de fabricação nacionalTrata-se de denúncia em face do edital dePregão Presencial n. 032/2011, realizadopela Prefeitura de Salinas, cujo objeto é o for-necimento parcelado de pneus, câmaras eprotetores para manutenção da frota de veí-culos municipal. A denunciante alegou, emsuma, restritividade indevida ao certame,tendo em vista que o edital exige que ospneus, entre outras características, sejamde fabricação nacional. Os responsáveis,por sua vez, Prefeito e Pregoeiro Municipal,à época, argumentaram, em síntese, que aopção discricionária daAdministração em li-citar pneus de fabricação nacional tem porobjetivo garantir a qualidade e condições demanutenção do objeto licitado. O relator,Cons. Sebastião Helvecio, acompanhandoposicionamento do órgão técnico, entendeuque as alegações apresentadas pelos de-nunciados não tem o condão de afastar a ir-regularidade anotada. Verificou que, emboratenham trazido os interessados diversos ar-gumentos afeiçoados à preocupação com aboa qualidade dos pneus a serem utilizadosna frota do Município, a indiscriminada res-trição a todos os produtos de origem estran-geira configurou violação ao art. 3°, caput, e§1°, I e II, da Lei 8.666/93, pois impediu, defato, no caso concreto, a participação de li-citantes que ofereçam produtos com níveltécnico equivalente, visto que já foi homolo-gado, adjudicado e contratado o objeto doprélio seletivo. Citou lição de Marçal JustenFilho, segundo o qual o tratamento uniformeentre nacionais e estrangeiros é garantiaconstitucional, incidindo o princípio da iso-nomia em sua integralidade, pelo que afirma“não se admite que alguma empresa es-trangeira deixe de vencer um certame sim-plesmente por ser estrangeira”. Afirmou quea exigência de que os pneus sejam nacio-nais redunda em evidente violação à partici-pação de empresas interessadas, consti-tuindo medida ofensiva, em especial, aosprincípios basilares da isonomia, da compe-titividade e da busca da proposta mais van-tajosa. Considerou ser louvável a preocu-pação do administrador com o mínimo dequalidade e segurança do produto a ser ad-quirido, contudo, tal preocupação não en-dossa a adoção de cláusulas editalícias ma-nifestamente ilegais e impertinentes.Acrescentou que, para não limitar o universode possíveis interessados, em ofensa à am-pla participação no certame, e, consequen-temente, à obtenção da proposta mais van-tajosa, esse cuidados deve sempre estaradstritos aos princípios e normas insculpidosna mencionada Lei 8.666/93. Diante do ex-posto, o relator votou pela procedência da ir-regularidade apontada na denúncia, e reco-mendou ao gestor atual que, no caso deabertura de novo procedimento administra-tivo que tenha o objetivo de renovar a pre-tensão de aquisição de pneus, câmaras dear e protetores, seja afastada, de forma clarae consistente, a irregularidade apontada,bem como consideradas as orientações doTCEMG constantes da cartilha intitulada“Principais irregularidades encontradas emeditais de licitações – PNEUS”. O voto foiaprovado por unanimidade (Denúncia n.840.105, Rel. Cons. Sebastião Helvecio,30.04.13).

Rejeição de contas municipaispor inobservância aos artigos 43 da

Lei n. 4.320/64 e 212 da CR/88Trata-se de prestação de contas de Prefei-tura Municipal referente ao exercício de2005. O relator, Cons. Sebastião Helvecio,acompanhou o relatório da unidade técnica,que apontou irregularidades quanto à: (a)abertura de créditos suplementares/espe-ciais sem recursos disponíveis, e (b) aplica-ção de recursos no ensino. Em relação aoitem (a), verificou a abertura de créditos su-

plementares no valor de R$ 260.177,44, semrecursos disponíveis, contrariando o art. 43da Lei 4.320/64, não tendo o defendente semanifestado, embora regularmente citado.No tocante à irregularidade apontada no item(b), registrou o disposto no art. 212 daCR/88, segundo o qual os recursos aplica-dos na Manutenção e Desenvolvimento deEnsino durante o exercício serão equivalen-tes a pelomenos 25% da receita de recursospróprios e de transferência. Assinalou ter oMunicípio informado, por meio doSIACE/PCA/2005, gastos com a educaçãono montante de R$ 1.115.294,59, represen-tando 25,54% da receita de base de cálculo.Observou que foram apresentados, entre-tanto, em inspeção, empenhos que soma-ram R$1.131.752,74, tendo sido impugna-dos, desse valor, R$ 52.206,16, computadosincorretamente no ensino, por se referir adespesa com apoio financeiro para formaçãosuperior dos profissionais domagistério, des-pesas com aquisição de gêneros alimentí-cios para merenda escolar, aquisição de re-vistas e jornais, as quais contrariam as LeisFederais 9.424/96 e 9.394/96; além de aqui-sição de livros para a biblioteca municipal,pagamento de vantagens pessoais a profis-sionais do magistério contratados, devidassomente a servidores efetivos, nos termosda legislaçãomunicipal, folha de pagamentode servidor nomeado em desacordo com aLei Federal 9.394/96 e, finalmente, despesascom folha de pagamento dos professoresdo ensino infantil e pré-escolar contempladoscom o benefício do rateio dos recursos doFundef, destinado somente aos profissio-nais do magistério do ensino fundamen-tal. Dessa forma, apurou a aplicação deR$1.079.543,58, que representou 24,71%da receita de base de cálculo, não cum-prindo o disposto no art. 212 da CR/88. Afir-mou que o responsável justifica terem sidoinscritas despesas processadas em restos apagar, em 31.12.05, no valor deR$52.979,33, argumentando ainda que oTCEMG poderia considerar esses restos apagar, os quais compensariam a impugna-ção feita, para permanecer o índice de apli-cação na ordem de 25,54%. Analisando osautos, observou que os restos a pagar, novalor de R$52.979,33, já haviam sido inseri-dos no somatório dos gastos com ensino,motivo pelo qual não há o que compensarnessa apuração. Por todo o exposto, o rela-tor votou pela emissão de parecer préviopela rejeição das contas da Prefeitura Muni-cipal relativas ao exercício de 2005. O votofoi aprovado por unanimidade (Prestação deContas Municipais n. 709.744, Rel. Cons.Sebastião Helvecio, 07.05.13).

2ª CÂMARA

Suspensão de procedimentolicitatório em virtude de cláusulasrestritivas da competitividade

Trata-se de denúncia oferecida em face doPregão Presencial n. 021/2013, promovidopela Prefeitura Municipal de Unaí, com o ob-jetivo de contratar empresa para prestaçãode serviços relativos à apuração do valoradicional fiscal (VAF) no ano base 2012, con-sultoria e assessoramento relativos aoISSQN (imposto sobre serviços de qualquernatureza). Ao examinar o instrumento con-vocatório, o relator, Cons. Mauri Torres, ve-rificou a existência de irregularidades capa-zes de afetar a competitividade da licitação,entre elas: (a) apresentação de atestados decapacidade técnica fornecidos exclusiva-mente por pessoas jurídicas de direito pú-blico, e (b) ausência de informações essen-ciais no Termo de Referência. No tocante àirregularidade apontada no item (a), trans-creveu decisão do TCEMG acerca da maté-ria, que, pela inteligência no §1° e §5° do art.30 da Lei 8.666/93, entende ser vedada aexigência de que o licitante apresente ates-tado emitido exclusivamente por pessoa ju-rídica de direito público. No que tange ao dis-posto no item (b), constatou a falta de

elementos básicos para identificar o mon-tante do trabalho a ser realizado, o que podeprejudicar a formulação de propostas pelosparticipantes. Nesse contexto, presentes osrequisitos legais do periculum in mora e fu-mus boni iuris, o relator, por meio de decisãomonocrática, suspendeu liminarmente a lici-tação. A decisão foi referendada por unani-midade (Denúncia n. 887.745, Rel. Cons.Mauri Torres, 09.05.13).

OUTROS ÓRGÃOS

TCU -A participação de empresa cujosócio tenha vínculo de parentesco comservidor da entidade licitante afronta,por interpretação analógica, o disposto

no art. 9º, III, da Lei 8.666/93“Representação apontou possível irregulari-dade na Concorrência 001/2007, promovidapela Fundação Universidade Federal doPiauí - FUFPI/MEC, objetivando a contrata-ção de empresa para a prestação de servi-ços de publicidade e propaganda. Segundoa representante, a participação no certame eposterior contratação de empresa cujo sócio– detentor de 30% do capital social – per-tencia ao quadro de pessoal da promotorada licitação (FUFPI) configurou afronta aodisposto no artigo 9º, inciso III, da Lei8.666/1993, bem como ao item 5.1 do edital,que assim dispôs: “5.1. Não poderão partici-par da licitação as empresas que tenham en-tre seus dirigentes, gerentes, sócios deten-tores de mais de 5% (cinco por cento) docapital social, dirigentes, responsáveis e téc-nicos, servidor ou dirigentes de órgão ou en-tidade contratante ou responsável pela lici-tação e empresas em consórcio.”Aunidadetécnica destacou que, no curso da licitação,o servidor da FUFPI retirou-se da sociedade,sendo substituído por sua filha. Destacouainda que a referida empresa teria sido be-neficiária de 21 processos de dispensa de li-citação depois do ingresso do referido servi-dor no quadro societário. O relator, emconsonância com a unidade técnica, rejeitouas justificativas apresentadas pela empresae pelo servidor, ao concluir que a alteraçãoefetivada no contrato social da empresa tevepor objetivo afastar o impedimento tipificadono art. 9º, inciso III, da Lei 8.666/1993. Apon-tou ainda a ocorrência de simulação com ointuito de fraudar o procedimento licitatório.Argumentou que “mesmo ao se considerar lí-cita a alteração do contrato social, não seafastou do impedimento constante do art.9º, inciso III, da Lei 8.666/1993”. Isso porque,“consoante a jurisprudência desta Corte, asvedações explicitadas nesse dispositivo legalestão sujeitas a analogia e interpretação ex-tensiva ...” . Ou seja, “qualquer situação quenão esteja prevista na lei, mas que viole odever de probidade imposto a todos os agen-tes públicos ou pessoa investida desta qua-lidade, deve ser proibida, por ser incompatí-vel com os princípios constitucionais daimpessoalidade e da moralidade”. (Acórdão1170/2010-Plenário). Especificamente emrelação à participação de parentes em licita-ção, citou o Acórdão 607/2011-Plenário, nosentido de que “mesmo que a Lei nº 8.666,de 1993, não possua dispositivo vedandoexpressamente a participação de parentesem licitações ..., vê-se que foi essa a inten-ção axiológica do legislador ao estabelecer oart. 9º dessa Lei, em especial nos §§ 3º e 4º,vedando a prática de conflito de interessenas licitações públicas ...”.Ao se reportar aocaso concreto, destacou que a influência doservidor sobre os gestores da FUFPI foi de-terminante para a ocorrência das sucessivascontratações diretas da empresa. Ponderou,contudo, que a imposição de penalidadesdeveria ocorrer somente sobre a empresa,uma vez que não houve débito e que a con-duta do servidor escapou à jurisdição doTCU por ter sido “praticada na condição desócio da empresa e não como gestor de re-cursos públicos ... “. Em relação aos mem-bros da comissão de licitação, ressaltou que“esses responsáveis tiveram conhecimento

de que a empresa possuía, de forma rele-vante, em seu quadro societário parente deservidor da entidade”.OTribunal, ao acolhera proposta do relator, decidiu em relação aessa irregularidade: a) declarar, com funda-mento no art. 46 da Lei 8.443/1992, a em-presa inidônea para participar de licitaçõespromovidas pela Administração Pública Fe-deral pelo prazo de três anos; b) aplicar aosmembros da comissão de licitação a multaprevista no art. 58, inciso II, da Lei8.443/1992; c) encaminhar cópia da deci-são à FUFPI para que averigue a pertinên-cia de instauração de processo administra-tivo disciplinar para apurar eventuais desviosde conduta praticados pelo servidor. Prece-dentes mencionados: Acórdãos 1.170/2010e 607/2011, todos do Plenário. Acórdão1019/2013- Plenário, TC 018.621/2009-7,relator Ministro Benjamin Zymler, 24.4.2013”.Informativo de Jurisprudência do TCU sobreLicitações e Contratos n. 149, período:22.04.13 a 26.04.13, publicado em 30.04.13.

TCU - A sanção prevista no art. 87, incisoIII, da Lei 8.666/93 tem aplicação restritaao órgão ou entidade que a cominou

“Agravo interposto pela Empresa Brasileirade Infraestrutura Aeroportuária (Infraero)contra decisão cautelar que determinara acorreção do edital do Pregão Eletrônico122/ADCO/SRCO/2012 demodo a ajustá-loao disposto no art. 87, inciso III, da Lei8.666/1993, ou seja, para que a penalidadeali prevista alcance apenas as empresassuspensas por aquela estatal, consoante oentendimento do Acórdão 3.243/2012-Ple-nário. Argumentou a recorrente que: (i) a ju-risprudência do TCU não estaria pacificadanos termos da citada decisão; (ii) diante dadúvida objetiva, seria tecnicamente imprópriofalar-se em fummus boni iuris; (iii) a aplica-ção retroativa do novel entendimento aten-taria contra o princípio da segurança jurí-dica consubstanciado no art. 2º, caput, da Lei9.784/1999. O relator refutou todos os argu-mentos, esclarecendo que “o Tribunal paci-ficou a sua jurisprudência em considerar quea sanção prevista no art. 87, inciso III, da Lei8.666/1993, que impõe a ‘suspensão tem-porária para participar em licitação e impe-dimento para contratar com a Administra-ção, por prazo não superior a 2 (dois) anos’,tem aplicação restrita ao órgão ou entidadeque a aplicou” e restabeleceu “o entendi-mento já consolidado na sua jurisprudência,no sentido de fazer a distinção nítida entre assanções previstas nos aludidos incisos III eIV do art. 87 da Lei 8.666/1993, conformeAcórdão 3.243/2012 – TCU – Plenário”.Quanto à suposta aplicação retroativa, o re-lator contra-argumentou que, além de o acór-dão em questão não ter criado novo enten-dimento, mas restabelecido a jurisprudênciaantes consolidada, “a Infraero teve oportuni-dade de corrigir o instrumento convocatóriologo após tomar conhecimento da edição damencionada deliberação e, também, ao re-ceber a impugnação apresentada ... , o que,entretanto, preferiu não fazer, mesmo apóster sido comunicada da Cautelar concedidano mesmo sentido pelo Tribunal”. “Em se-gundo lugar, as jurisprudências deste Tribu-nal e do Supremo Tribunal Federal são fir-mes no sentido de que o disposto na Lei9.784/1999 não se aplica aos processos decontrole externo apreciados por esta Cortede Contas.” O Plenário acompanhou o rela-tor e negou provimento ao Agravo. Acórdão1017/2013-Plenário, TC 046.782/2012-5, re-lator Ministro Aroldo Cedraz, 24.4.2013”.In-formativo de Jurisprudência do TCU sobre Li-citações e Contratos n. 149, período:22.04.13 a 26.04.13, publicado em 30.04.13.

Servidores responsáveis pelo InformativoAlexandra Recarey Eiras NovielloFernando Vilela Mascarenhas

Dúvidas e informações:[email protected] - (31) 3348-2341

Page 8: CONTASDEMINAS de Minas - Edição 105.pdf · CONTASDEMINAS INFORMATIVO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS N.105.AnoXVII.12deJunhode2013 TCE volta aos municípios para

8 CONTAS DE MINAS . TCEMG . 12 de junho de 2013

DEVOLUÇÃO GARANTIDADR/MG

Órgãos públicos destacamtrabalho técnico do TCEMG

Tribunal Pleno homenageia Cristina Márcia

APresidente do Tribunal deContas do Estado de MinasGerais, Conselheira Adriene

Andrade, transmitiu, na sessão ple-nária do dia 29 de maio, a manifes-tação do Ministério Público do Es-tado de Minas Gerais em elogio ereconhecimento à Auditoria Opera-cional realizada pelo TCEMG naSecretaria de Estado de Meio Am-biente e Desenvolvimento Susten-tável para análise da gestão dasUnidades de Conservação de Pro-teção Integral, referente ao Pro-cesso 872.163. O MP também des-tacou a dedicação de cada umdos servidores do TCEMG envol-vidos no trabalho: Antonieta de Pá-dua Freire Jardim, Denise MariaDelgado, Isabella Kuschel Nagl,Janaína de Andrade Evangelista,Jaqueline Loures, Marcelo Vas-concellos Trivellato, Ryan BrwnnerLima Pereira e Valéria AfonsoDressler.

As auditorias operacionais sãomodalidades de trabalho que pos-suem algumas peculiaridades emrelação às chamadas auditorias deconformidade. Sem prejuízo doexame da legalidade dos atos dosgestores responsáveis, as audito-rias operacionais realizadas pelo

relacionados à prestação de contasde convênios, iniciado por uma co-missão especialmente constituídapor técnicos, pela assessoria jurídicae chefias de gabinete da Secretaria.As principais dúvidas referiam-se aquestões operacionais, à cobrançaadministrativa após mudanças norito processual, à formação das co-missões encarregadas das tomadasde contas especiais e aos últimosentendimentos do TCEMG sobre oassunto. A 3ª CFE, coordenada porValéria, é responsável pela fiscaliza-ção de grande número de processosque envolvem recursos elevados,como os convênios e transferênciasde fundo a fundo, mobilizados porunidades expressivas como as se-cretarias de Saúde e de Desenvolvi-mento Social.

CompetênciaA Conselheira Presidente,

Adriene Andrade, enfatizou que as“manifestações, tanto do MPquanto da Seplag, só vêm a confir-mar o alto grau de competência dosservidores da Casa, em especialàqueles que tanto contribuem naárea técnica, em suas respectivasfunções”.

TCEMG também apresentam su-gestões e recomendações aos ges-tores para aprimoramento dos pro-gramas, projetos, atividadesgovernamentais e o impacto de po-líticas públicas analisados, a partirdas falhas apontadas. O trabalhoainda inclui o monitoramento eacompanhamento das correções edos novos resultados, sempre pro-curando avaliar a eficiência, a efi-

cácia, a efetividade e a economici-dade das ações desenvolvidas pe-los programas.

Elogios da SeplagDurante a sessão plenária, a

Conselheira Presidente, AdrieneAndrade, ainda registrou a mani-festação da Secretária de Estadode Planejamento e Gestão, RenataVilhena, que agradeceu à Corte de

Contas pela contribuição dada àSeplag e à “melhoria da gover-nança em nosso Estado, na pessoada servidora Valéria Fernandes daSilva, Coordenadora da 3ª Coorde-nadoria de Fiscalização Estadual”.

A convite da Seplag, a Coorde-nadora Valéria prestou vários escla-recimentos e orientações, conside-rados essenciais ao trabalho deredução do estoque de processos

A Presidente Adriene Andrade determinou que os elogios aos servidores sejam registrados em suas pastas funcionais

A Presidente Adriene Andradedestacou a “brilhante trajetória”de Cristina Márcia no TCE

Os conselheiros do Tribunal deContas de Minas Gerais (TCEMG)prestaram homenagem à servidoraCristina Márcia de Oliveira Men-donça, que solicitou aposentadoria.No encerramento da sessão doPleno do dia 29 de maio, a Conse-lheira Presidente, Adriene Andrade,destacou a “brilhante trajetória de ser-viços prestados a esta Corte de Con-tas” da Superintendente de Comuni-cação e Relações Institucionais, queesteve presente na reunião.

A Presidente externou que “osentimento de perda se confundecom o impacto de sua tão precoceaposentadoria”. Acrescentou que osregistros funcionais da servidora sãotestemunho da sua capacidade e de-dicação: pouco tempo depois de suaposse (ocorrida em 1986), exerceu o

Ela lembrou os avanços experi-mentados pelo Tribunal durante otempo em que esteve em exercício,entre eles, a primeira instrução nor-mativa que organizou a forma que osdocumentos devem ser enviadospara oTCEMG, a resolução que criouo exame de documentos mais rele-vantes in loco e por amostragem, areestruturação organizacional, asme-lhorias no processo seletivo de servi-dores, a implantação do planeja-mento estratégico e o trabalho derelações institucionais.

Após a aposentadoria, CristinaMárcia promete não ficar parada. Seupróximo objetivo é completar o MBAque cursa na Fundação Getúlio Var-gas, com que espera abrir novos ca-minhos e projetos.

cargo de Secretária Geral; posterior-mente, alcançou o cargo de DiretoraGeral, o mais expressivo da época.

AConselheira lembrou que, a par-tir do início de seumandato presidencial,Cristina Márcia em poucos meses “pre-senteouamimeaoTribunal comomaiorevento de controle externo do país, comsucesso”. Na conclusão do pronuncia-mento,AdrieneAndrade destacou comomaior qualidade da servidora sua “irre-sistível inteligência emocional”, e decla-rou a “eterna gratidão da casa”.

O Conselheiro Wanderley Áviladestacou qualidades da superinten-dente, como o amor, a dedicação e adefesa intransigente do TCEMG. OConselheiro Vice-Presidente SebastiãoHelvecio ressaltou a juventude da re-cém-aposentada e o grande potencial aser aproveitado nos projetos futuros. O

Auditor Licurgo Mourão, que atuavacomo Conselheiro Substituto, afirmouqueCristina representa a excelência docorpo técnico da Casa e o comprometi-mento com a causa pública. O Conse-lheiro José Viana despediu-se da ho-

menageada dizendo que o Tribunal“continua sendo sua casa e nós seusamigos”. OAuditor e Conselheiro Subs-tituto Gilberto Diniz testemunhou queela é uma entusiasta das causas doTCEMG. E o Procurador do MinistérioPúblico de Contas, Marcílio BarencoCorrea de Melo, louvou a coragem e ainteligência da superintendente.

HomenageadaCristina Márcia de Oliveira Men-

donça disse que se despede com ossentimentos de amor e entusiasmo pelaCasa quemarcaram sua vida funcional.Ela ressaltou que o crescimento do ser-vidor na carreira depende do cresci-mento da instituição e destacou a im-portância do aperfeiçoamento, do“sentido de valor” e o orgulho peloTCEMG.