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CONTAS DE MINAS INFORMATIVO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS N. 83 . Ano XVI . 2 de maio de 2012 O Governo do Estado comprometeu-se a atingir os índices constitucionais de investi- mento nas áreas da saúde e educação até o fim do exer- cício de 2014. A proposta é do primeiro Termo de Ajus- tamento de Gestão (TAG), aprovado pelo Tribunal de Contas, desde de sua im- plementação no fim do ano passado. O relator da maté- ria é o Conselheiro Mauri Torres, que fará o acompa- nhamento do cumprimento do termo nestes três anos. Primeiro TAG ajusta índices de saúde e educação em MG Pleno mantém suspensões do BRT Cidadão é aliado no combate à corrupção PÁGINA 3 PÁGINA 4 PÁGINA 5 O Tribunal de Contas de Minas Gerais, em parceria com o Go- verno do Estado, promoveu um amplo debate sobre Cor- rupção e transparência, no dia 17, no qual especialistas destacaram como fundamen- tais a participação do cidadão e a integração dos órgãos de controle para uma fiscaliza- ção mais eficaz, o que pode ajudar a reduzir a corrupção. O Termo de Ajustamento de Gestão proposto pelo Governo do Estado foi aprovado por unanimidade na sessão do Pleno O Presidente Antônio Andrada abriu os trabalhos no Seminário O Pleno do Tribunal decidiu manter, em duas sessões dife- rentes, suspensas as licita- ções promovidas pela Pre- feitura Municipal de Belo Horizonte para a constru- ção de duas estações de integração do Sistema de Transporte Rápido por Ônibus (BRT). TCE veta pagamento de 14º salário O Tribunal entende que, à exceção do 13º salário, não se deve admitir o paga- mento de nenhuma outra verba remuneratória, in- denização ou benefício sob o título de 14º salário. A decisão foi baseada no voto do relator, Conse- lheiro Cláudio Terrão, em consulta respondida pelo TCE. PÁGINA 3 Regras de ano eleitoral são debatidas em Juiz de Fora D ando sequência à edição 2012 do programa “O Tri- bunal e os Municípios”, a Escola de Contas e Ca- pacitação Professor Pe- dro Aleixo promoveu, nos dias 24 e 25, encontro técnico com os jurisdicio- nados da Zona da Mata. O evento foi realizado em Juiz de Fora e reuniu ser- vidores públicos de 143 cidades da região. A meta dos encontros deste ano é levar aos gestores informações so- bre peculiaridades da Lei de Responsabilidade Fis- cal em ano eleitoral. O Presidente do TCEMG, Conselheiro Antônio Car- los Andrada, fez a aber- tura oficial do encontro, no dia 24. PÁGINA 4 Contas de Minas - Edição 83:Layout 1 27/04/2012 11:29 Página 1

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CONTASDEMINASINFORMATIVO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS N. 83 . Ano XVI . 2 de maio de 2012

OGoverno do Estadocomprometeu-se aatingir os índices

constitucionais de investi-mento nas áreas da saúde eeducação até o fim do exer-

cício de 2014. A proposta édo primeiro Termo de Ajus-tamento de Gestão (TAG),aprovado pelo Tribunal deContas, desde de sua im-plementação no fim do ano

passado. O relator da maté-ria é o Conselheiro MauriTorres, que fará o acompa-nhamento do cumprimentodo termo nestes três anos.

Primeiro TAG ajusta índicesde saúde e educação em MG

Pleno mantémsuspensões do BRT

Cidadão é aliado nocombate à corrupção

PÁGINA 3

PÁGINA 4

PÁGINA 5

OTribunal de Contasde Minas Gerais, emparceria com o Go-

verno do Estado, promoveuum amplo debate sobre Cor-rupção e transparência, nodia 17, no qual especialistasdestacaram como fundamen-tais a participação do cidadãoe a integração dos órgãos decontrole para uma fiscaliza-ção mais eficaz, o que podeajudar a reduzir a corrupção.

O Termo deAjustamento de Gestão proposto pelo Governo do Estado foi aprovado por unanimidade na sessão do Pleno

O Presidente Antônio Andrada abriu os trabalhos no Seminário

OPleno do Tribunaldecidiu manter, emduas sessões dife-

rentes, suspensas as licita-ções promovidas pela Pre-feitura Municipal de Belo

Horizonte para a constru-ção de duas estações deintegração do Sistema deTransporte Rápido porÔnibus (BRT).

TCE veta pagamentode 14º salário

OTribunal entendeque, à exceção do13º salário, não

se deve admitir o paga-mento de nenhuma outraverba remuneratória, in-denização ou benefício

sob o título de 14º salário.A decisão foi baseada novoto do relator, Conse-lheiro Cláudio Terrão, emconsulta respondida peloTCE.

PÁGINA 3

Regras de ano eleitoral sãodebatidas em Juiz de Fora

Dando sequência àedição 2012 doprograma “O Tri-

bunal e os Municípios”, aEscola de Contas e Ca-pacitação Professor Pe-dro Aleixo promoveu, nosdias 24 e 25, encontrotécnico com os jurisdicio-nados da Zona da Mata.O evento foi realizado emJuiz de Fora e reuniu ser-vidores públicos de 143

cidades da região. Ameta dos encontrosdeste ano é levar aosgestores informações so-bre peculiaridades da Leide Responsabilidade Fis-cal em ano eleitoral. OPresidente do TCEMG,Conselheiro Antônio Car-los Andrada, fez a aber-tura oficial do encontro,no dia 24.

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2 CONTAS DE MINAS . TCEMG . 2 de maio de 2012

DIREÇÃOAntônio Carlos AndradaConselheiro Presidente

DIRETORIA DE COMUNICAÇÃOLúcio Braga GuimarãesDiretor/Jorn. Mtb n. 3422 – DRT/MG

EDITOR RESPONSÁVELLuiz Cláudio Diniz MendesCoordenador/Jorn. Mtb n. 0473 – DRT/MG

REVISÃODionne Emília Simões do Lago Gonçalves

REDAÇÃOMárcio de Ávila RodriguesRaquel Campolina MoraesSérgio MonteiroFred La RoccaThiago Rios GomesKarina Camargos Coutinho

DIAGRAMAÇÃOMárcio Wander - MG-00185 DG - DRT/MG

EDIÇÃODiretoria de ComunicaçãoAv. Raja Gabáglia, 1.315 - CEP: 30380-435Luxemburgo - Belo Horizonte/MGFones: (31) 3348-2147 / 3348-2177Fax: (31) 3348-2253e-mail: [email protected]: www.tce.mg.gov.br

IMPRESSÃOImprensa Oficial do Estado de Minas GeraisAvenida Augusto de Lima, 270 – CentroTel.: (31) 3237-3400www.iof.mg.gov.br

TIRAGEM5.400 exemplares

CONTAS DEMINAS

MINISTÉRIO PÚBLICO JUNTOAO TRIBUNAL DE CONTAS

Antônio CarlosDoorgal de AndradaCONSELHEIRO PRESIDENTE

Adriene Barbosade Faria AndradeCONSELHEIRA VICE-PRESIDENTE

Sebastião HelvecioRamos de CastroCONSELHEIRO CORREGEDOR

EduardoCarone CostaCONSELHEIRO

WanderleyGeraldo ÁvilaCONSELHEIRO

CláudioCouto TerrãoCONSELHEIRO OUVIDOR

Mauri JoséTorres DuarteCONSELHEIRO

Gilberto DinizAUDITOR

Licurgo JosephMourão de OliveiraAUDITOR

HamiltonAntônio CoelhoAUDITOR

SaraMeinberg SchmidtAndradeDuartePROCURADORA DO MINISTÉRIOPÚBLICO DE CONTAS

Elke Andrade Soaresde Moura SilvaPROCURADORA DO MINISTÉRIOPÚBLICO DE CONTAS

CristinaAndrade MeloPROCURADORA DO MINISTÉRIOPÚBLICO DE CONTAS

Daniel de CarvalhoGuimarãesPROCURADOR DO MINISTÉRIOPÚBLICO DE CONTAS

Glaydson SantoSoprani MassariaPROCURADOR-GERAL DOMINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS

Marcílio BarencoCorrea de MelloSUBPROCURADOR-GERAL DOMINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS

Maria Cecília BorgesPROCURADORA DO MINISTÉRIOPÚBLICO DE CONTAS

OTribunal de Contas de MinasGerais encaminhou à Assem-bleia Legislativa a proposta de

criação do Plano de Ajustamento deGestão – TAG – dentro da nova polí-tica estabelecida pelo órgão de adotarsempre atitudes proativas e orienta-doras, não apenas punitivas, em re-lação aos seus jurisdicionados. Osdeputados mineiros, após análise cri-teriosa do projeto, que contou inclu-sive com debate com o Presidente doTCEMG, Conselheiro Antônio CarlosAndrada, compreenderam a impor-

tância para o Estado e os Municípiosdo novo instrumento e o aprovaram.

No último dia 25 de abril, em ses-são do Pleno, o Tribunal de Contasaprovou o primeiro pedido de adoçãodo TAG, encaminhado pelo Governodo Estado para ajustamento das apli-cações de recursos em saúde e edu-cação em Minas. De acordo com onovo instrumento aprovado por una-nimidade, o Governo do Estado secompromete a alcançar os índices mí-nimos constitucionais de investimentona saúde de 9,68% em 2012; 10,84%

em 2013 e, finalmente, 12% em 2014.Na área da educação, os índices ajus-tados são de 22,82$ em 2012;23,91% para 2013 e o limite constitu-cional de 25% em 2014.

Sem esse ajustamento, caberiaao TCEMG, ao analisar as contas doGoverno do Estado, adotar as medidaspunitivas tradicionais, caso os índicesnão fossem cumpridos. Como conse-quência, esses dois setores essenciaispara a vida de todos os mineiros teriamsofrido grandes prejuízos. Com o TAGajustado e aprovado pela sessão do

Pleno, fica assegurada a meta exigidapelo texto legal e aos mineiros o direitoaos percentuais definidos para aplica-ção em saúde e educação.

Além disso, o Termo de Ajusta-mento de Gestão será acompanhadopelo Conselheiro Relator, que poderásolicitar informações periódicas e de-terminar a realização de diligência afim de apurar o cumprimento das me-tas pactuadas, com apoio das unida-des técnicas do TCEMG, cada vezmais proativo.

EDITORIAL

O TAG e o TCE proativo

A democratização da jurisprudência das Cortes de ContasARTIGO

Cláudia Costa de AraújoDiretora de Jurisprudência,

Assuntos Técnicos e Publicações

Reuder RodriguesMadureira de Almeida

Técnico do Tribunal de Contas –Gerente do Projeto MapJuris

AConstituição da República de1988 dotou o Estado brasileirode vários instrumentos de con-

trole e fiscalização da administraçãopública, fortalecendo sobremaneira osprincípios republicanos de responsa-bilidade e transparência para com ascontas públicas. Nessa seara, o papeldos tribunais de contas foi significati-vamente ampliado, passando a de-sempenharem função relevante noexercício da fiscalização contábil, fi-nanceira, orçamentária, operacional epatrimonial da administração públicaem auxílio ao Poder Legislativo, titular,em última instância, desse controle.

Na mesma linha, a atuação dos tri-bunais de contas passou a ser repen-sada com o advento da reforma do es-tado, que agregou o fator eficiência, ecom a criação da Lei de Responsabili-dade Fiscal (LRF), que inovou em con-ceitos como planejamento, responsabi-lidade, transparência e controle social.

As cortes de contas detêm ummanancial enorme de dados detalha-dos e de informações globais do con-junto de ações do Poder Público. Éessa característica ou potencialidadeque os tribunais de contas, como inte-grantes principais do sistema de con-trole dos atos públicos, necessitam tra-balhar, de modo a ofertar à sociedade,além de um controle eficaz e resulta-dos em menor espaço de tempo, tam-bém uma vasta gama de análises qua-litativas, comparativas e projeçõesacerca da administração pública.

Tal postura contribuirá significati-vamente para o fortalecimento do con-

trole social. Quanto mais informaçõesanalíticas o tribunal de contas disponi-bilizar à sociedade, maior será a capa-cidade crítica dos cidadãos e das or-ganizações civis para julgar osgovernos e seus agentes. Nos tribunaisde contas, assim como no Poder Judi-ciário, busca-se, portanto, a democra-tização da jurisprudência.

No exercício do controle externo,a divulgação das decisões tomadaspelas cortes de contas visa atenderaos anseios dos jurisdicionados poruma orientação quanto à boa gestãodos recursos públicos, além de servircomo parâmetro de controle para os ór-gãos técnicos do próprio tribunal e paraos cidadãos.

Assim se justifica, portanto, o en-vidamento de nossos esforços para daro máximo de transparência e de publi-cidade ao teor dos julgados doTCEMG.

Nesse sentido, desde 2009, inú-meros trabalhos vêm sendo desenvol-vidos no âmbito do TCEMG. Entre eles,destacam-se os dois produtos mais re-centes desenvolvidos pela Diretoria deJurisprudência, Assuntos Técnicos ePublicações: a ferramenta de mapea-mento e sistematização da jurispru-dência do TCEMG (MapJuris) e a Co-letânea de entendimentos TCEMG —pareceres em consultas.

A ferramenta MapJuris (http://ma-pjurisweb.tce.mg.gov.br) possibilita agestão da informação relacionada àsdecisões do TCEMG, em local comume de fácil acesso, permitindo o domíniodo conhecimento nas diversas áreasde atuação da Corte de Contas mi-neira, de forma segura e uniforme, pormeio do Portal do Tribunal.

No MapJuris, em um primeiro mo-mento, foram analisadas todas as de-liberações proferidas em consultas.Concluída a fase de inserção das con-sultas, passaram a ser incluídas as de-cisões prolatadas em outras naturezas

processuais. Tal fase do trabalho com-preende a análise dos decisum profe-ridos a partir do ano de 2012, além dosjulgados paradigmáticos, quais sejam,aqueles anteriores a 2012 que são rei-teradamente citados como referênciasjurisprudenciais.

O sistema distribui as decisões doTCEMG por assuntos, organizando osentendimentos no layout de “árvore”de áreas, temas e subtemas, deacordo com a gama de matérias afetasao Tribunal.

O MapJuris disponibiliza os se-guintes tipos de informação: os enun-ciados de súmula; as resenhas elabo-radas pela Coordenadoria e Comissãode Jurisprudência e Súmula, a partir daidentificação de um número predeter-minado de excertos com a mesma li-nha jurisprudencial; e os excertos dasdecisões, organizados em consolida-dos e não consolidados.

Desse modo, a ferramenta viabi-liza mais que uma simples pesquisatextual, uma vez que os dados infor-mados ao sistema são armazenadosde forma sistematizada, propiciandoao usuário o acesso a todos os julga-dos relacionados com determinado as-sunto.

Impende ressaltar, ainda, que oMapJuris possui diversos recursos quepermitem o mapeamento da evoluçãojurisprudencial do TCEMG, podendo-se verificar, de forma célere e objetiva,a necessidade de uniformização de ju-risprudência acerca de determinadoassunto, subsidiando, também, a revi-são ampla dos enunciados de súmulado Tribunal e a proposição de novosverbetes, com base no relatório de en-tendimentos consolidados.

Elaborada com base na ferra-menta MapJuris, em março do correnteano, foi lançada a Coletânea de en-tendimentos TCEMG: pareceres emconsultas.

Entre as atribuições do Tribunal,

salienta-se, sobretudo, a de orientar,por meio de respostas a consultas for-muladas pelos legitimados, elucidandodúvidas quanto à correta aplicação dalegislação vigente. Assim, o TCEMGatua de forma preventiva, a fim de evi-tar a ocorrência de irregularidades edanos ao erário.

Nesse contexto, o TCEMG publi-cou a referida coletânea, na qual dis-ponibiliza excertos dos entendimentosrelativos às consultas mais relevantesdirigidas ao Tribunal, no período dejan./2001 a dez./2011, agrupados poráreas e temas. A coletânea está inte-gralmente disponível na página do Tri-bunal, na sessão Revista, e foi enca-minhada a todos os jurisdicionados,organizações e outras entidades.

Com espeque no Regimento In-terno, os pareceres exarados em res-posta a consultas possuem caráter nor-mativo e pedagógico, na medida emque visam orientar os gestores sobre oentendimento do Tribunal acerca dosaspectos financeiro, orçamentário, con-tábil, operacional e patrimonial da ges-tão pública.

Recomenda-se que os gestoresse mantenham atualizados em relaçãoaos posicionamentos mais recentesdeste Tribunal, disponíveis para pes-quisa no Informativo de Jurisprudênciado TCEMG (http://www.tce.mg.gov.br/informativo), no DOC (http://doc.tce.mg.gov.br) e no sítio eletrônico doTribunal (http://www.tce.mg.gov.br),onde é possível acessar a íntegra dasdecisões.

Como visto, o TCEMG tem envi-dado esforços contínuos para a efe-tiva publicidade de suas ações e adisseminação de seus entendimen-tos e deliberações, a fim de não sóorientar a atuação dos gestores, mastambém de fomentar o debate acercadas melhores práticas na gestão derecursos.

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3CONTAS DE MINAS . TCEMG . 2 de maio de 2012

Multados gestoresque não entregaramcontas no prazo

O Tribunal de Contas deMinas Gerais multou em qua-tro mil reais, cada um, 10 pre-feitos municipais que não en-tregaram as prestações decontas de 2011. A mesmapena foi aplicada a sete ges-tores responsáveis por enti-dades municipais de RegimesPróprios de Previdência So-cial. O prazo final se encerrouàs 24 horas do dia 02 de abril.A decisão foi tomada durantea sessão do Pleno de 25 deabril, por unanimidade, a par-tir do voto do ConselheiroPresidente, Antônio CarlosAndrada.

Até a data da sessão,quatro municípios permane-ciam inadimplentes e, alémda multa que é pessoal aoprefeito, o Tribunal determi-nou o bloqueio das transfe-rências de fundos federaisaos municípios inadimplentese uma representação ao Go-vernador do Estado. Forammultados os prefeitos Ander-son Costa Cabido (Congo-nhas), José Soares de Al-cântara (Funilândia), Luiz Es-têvão Barbosa (Itaverava) e

Edmilson Renon (Santa Mariado Salto). Também forammultados os seis prefeitosque entregaram com atrasoas prestações de contas deBandeira, Betim, Divisa Ale-gre, Espinosa, Pirapora eTrês Pontas.

Três entidades continuaminadimplentes e seus gesto-res receberam a multa: Insti-tuto de Previdência Municipalde Bonito de Minas, FundoPrevidenciário Municipal deLassance e Fundo da Seguri-dade Social do Município deSanta Maria do Suaçuí. Ou-tras quatro entregaram forado prazo: Instituto de Previ-dência Social do Município deBandeira, Instituto Municipalde Previdência dos Servido-res Públicos de Espinosa,Instituto de Previdência doMunicípio de Malacacheta eInstituto de Seguridade Socialdo Município de São Josédo Jacuri. O Tribunal aindadeterminou a instauração detomada de contas extraordi-nária nas entidades inadim-plentes.

Tribunal aprova primeiro Termode Ajustamento de Gestão (TAG)

O ConselheiroMauri Torresfoi o relator doTermo deAjustamento deGestão (TAG),proposto peloGoverno doEstado deMinas Gerais

O relator,ConselheiroCláudio Terrão,teve seu votoaprovado porunanimidade

OTribunal de Contas apro-vou, por unanimidade, emsessão do Pleno do dia

25/04, o Termo de Ajustamento deGestão (TAG), proposto pelo Go-verno do Estado, solicitando a ade-quação de gastos com manuten-ção e desenvolvimento do ensino enas ações e serviços públicos desaúde. O Conselheiro Mauri Tor-res é o relator da matéria.

De acordo com o novo instru-mento, o Governo do Estado com-promete-se a alcançar os índicesmínimos constitucionais, de 25% dareceita corrente líquida na aplica-ção na manutenção do ensino e de12% em ações e serviços públicosda saúde, até o exercício de 2014.

O instrumento aprovado apre-senta uma tabela de progressãoque indica os índices de investi-mento na saúde de 9,68% em2012; 10,84% em 2013 e, final-mente, os 12% em 2014. Na áreada educação, os índices ajustados

são 22,82% para 2012; 23,91%para 2013 e para 2014, os 25% exi-gidos pela Constituição Federal.

O Termo de Ajustamento deGestão será acompanhado peloConselheiro Relator, que poderásolicitar informações periódicas edeterminar a realização de diligên-

cias a fim de apurar o cumprimentodas metas pactuadas, com o apoiodas unidades técnicas do TCE, emespecial da Coordenadoria deAva-liação da Macrogestão Estadual.

Esse foi o primeiro TAG apro-vado pelo TCE, desde que o ins-trumento foi instituído pela Lei

Complementar nº 120/11, fruto deprojeto de autoria do Tribunal deContas. Os TAGs permitem que oTribunal possa ajustar com os ju-risdicionados (órgãos e entidadesfiscalizados) medidas para sanarirregularidades e suspender a pu-nição nos casos em que não foicomprovada a má-fé e em que nãohouve desvio de recursos públicos.O Termo de Ajustamento de Ges-tão foi regulamentado por meio daResolução nº 01 de 2012, publi-cada no Diário Oficial de Contas(DOC), em 15/02/2012.

Para o Presidente do Tribunalde Contas, Conselheiro AntônioCarlos Andrada, “o TAG visa ade-quar o funcionamento do TCEMGao modelo de consensualidade etem como principal objetivo mo-dernizar os mecanismos de con-trole à disposição da Instituição”.

O novo instrumento encontrasubsídio na Constituição da Repú-blica de 1988, na Lei de Ação Civil

Pública e na Lei de Responsabili-dade Fiscal.Ainda vale destacar queinstrumentos de mesma natureza jáforam ou estão sendo aplicados efe-tivamente por diversos órgãos pú-blicos de fiscalização em todo oPaís, na busca da solução ajustadade irregularidades praticadas porgestores. No município de Belo Ho-rizonte, por exemplo, foi editado oDecreto nº 12.634, de janeiro de2007, regulamentando o chamadoTermodeCompromisso deGestão.

No mesmo sentido, orienta-ram-se os elaboradores do ante-projeto de Lei Orgânica da Admi-nistração Pública Federal, cujoartigo 57 prevê o Termo de Ajusta-mento de Gestão, e também algunstribunais de contas, que já fazemuso ou, pelo menos, têm ratificadoa possibilidade de se utilizarem es-ses instrumentos, a exemplo dostribunais dos estados de Roraima,Rio Grande do Sul e Goiás.

TCE entende que pagamentode 14º salário é indevido

O Tribunal de Contas do Es-tado de Minas Gerais aprovou, emsessão plenária, o voto do relator,Conselheiro Cláudio Terrão, sobrea previsão legal e o limite constitu-cional de gastos com pessoal parapagamento de 14º salário aos ser-vidores do Poder Legislativo muni-cipal. O TCEMG entende que, àexceção do 13º salário, não sedeve admitir o pagamento de ne-nhuma outra verba remuneratória,indenização ou benefício sob o tí-tulo de 14º, 15º, 16º salário e assimpor diante.

O assunto foi analisado noTCEMG pela primeira vez, em res-posta à consulta do Presidente daCâmara Municipal de Barão de Co-cais, Vereador Reginaldo Terezi-nha dos Santos. Ao fundamentarseu voto, o relator destacou algunsconceitos relativos ao sistema re-muneratório dos agentes públicos,

para distinguir bem o que é consi-derado subsídio, vencimento ousalário. “Verifica-se que a verba de-nominada 14º salário não se ajustaao conceito de remuneração bá-sica, porquanto não se trata desubsídio, vencimento ou salário, osquais consubstanciam o núcleo re-muneratório que, como visto, épago em periodicidade mensal e,consequentemente, limitado adoze parcelas anuais”, assinalouTerrão, ao julgar inevitável a con-clusão sobre a impropriedade daexpressão 14º salário justamentepor não se ajustar ao conceito deremuneração básica.

O relator também observa queo emprego da nomenclatura salá-rio, “independentemente de suanatureza jurídica, sua interpretaçãoliteral, remete a uma 14ª remune-ração básica mensal, em absolutafalta de sintonia com nossa reali-

dade histórico-cultural, porquantoé impossível o pagamento, por uni-dade de tempo, de um 14º salário,uma vez que o calendário grego-riano possui apenas 12 meses”. Eacrescenta: “a única ressalva aesta conclusão encontra-se na ex-pressão décimo terceiro salário –vantagem pecuniária também co-nhecida por gratificação natalina –que, não obstante tenha naturezajurídica de gratificação, conformeprecedente do STF (AgRg no RE385884/SE, D.J. 26/10/2004), porrazões históricas teve o seu no-men iuris incorporado ao textoconstitucional como salário, figu-rando, hoje, dentre os direitos so-ciais constantes do art. 7º da Cons-tituição.

O segundo questionamentoapresentado na consulta, foi sobre apossibilidade de suprimir-se even-tual 14º salário que já estivessesendo pago aos servidores me-diante lei autorizadora. O relator ad-verte que “a existência de lei autori-zando o pagamento desta verbanão é suficiente, por si só, para legi-timá-la”, por dois motivos: “a im-prescindibilidade de sua compatibi-lização com o modelo remuneratórioregime de subsídio ou regime de re-muneração, especialmente quanto àsua adequação aos limites constitu-cionais e, segundo, pela improprie-dade da nomenclatura”.

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4 CONTAS DE MINAS . TCEMG . 2 de maio de 2012

A equipe de palestrantes do Encontro Técnico em Juiz de Fora

O Presidente Andrada falouda aproximação entre oTCE e os municípios

A Diretora da Escola de Contas,Marília Diniz, explicou o Termode Ajustamento de Gestão

Juiz de Fora recebe encontrotécnico do Tribunal de Contas

Licitações para obras do BRT emBelo Horizonte continuam suspensas

CONDUTAS VEDADASAOS GESTORES PÚBLICOS NO PERÍODO PRÉ-ELEITORALQUANTO À TRANSFERÊNCIA DE RECURSOS

ENTRE OS ENTES DA FEDERAÇÃO� Realizar transferência voluntária de recursos da União aos Estados e Muni-

cípios, e dos Estados aos Municípios, nos 3 meses que antecederem opleito. Fundamento: Alínea a do Inciso VI c/c parágrafo 4º do Art. 73 daLei nº 9504/1997

QUANTO À REALIZAÇÃO DE PUBLICIDADE�Autorizar publicidade institucional dos atos, programas, obras,serviços e cam-

panhas dos órgãos públicos ou das entidades da administração indireta, comexceção de propaganda de produtos e serviços que tenham concorrência nomercado, nos 3 meses que antecederem o pleito. Fundamento: Alínea b doInciso VI c/c parágrafo 4º do Art. 73 da Lei nº 9504/1997

� Fazer pronunciamento em cadeia de rádio e televisão, fora do horário elei-toral gratuito, nos 3 meses que antecederem o pleito. Fundamento: Alíneac do Inciso VI c/c parágrafo 4º do Art. 73 da Lei nº 9504/1997

� Realizar despesas com publicidade dos órgãos públicos ou das entidades daadministração indireta que excedam a média dos gastos nos 3 últimos anos queantecedem o pleito ou do último ano imediatamente anterior à eleição, prevale-cendo o que for menor, no período de 1º de janeiro a 30 de junho do ano elei-toral.Fundamento: IncisoVII c/c parágrafo 4º doArt. 73 da Lei nº 9504/1997

Representantes do corpotécnico do Tribunal deContas do Estado estive-

ram em Juiz de Fora, na Zona daMata, nos dias 24 e 25 de abril,apresentando uma série de pales-tras sobre os cuidados que asgestões públicas precisam ternesse último ano de mandato. Odebate faz parte da edição 2012do Encontro Técnico promovidopelo TCEMG, por intermédio daEscola de Contas e CapacitaçãoProfessor Pedro Aleixo. Este ano,o tema dos encontros é “A res-ponsabilidade fiscal da Adminis-tração Pública em ano eleitoral”.

Para o Presidente do Tribu-nal de Contas, Conselheiro Antô-nio Carlos Andrada, a definição dotema se justifica no alto índice deirregularidades nas contas das ad-ministrações nos últimos anos demandato. “Pela experiência que játemos no Tribunal de Contas, per-cebemos que a maioria dos pro-blemas apresentados nas presta-ções de contas das prefeiturasestá exatamente no último ano demandato”, disse ele, lembrandoque é papel do TCEMG alertar os

tica, com certeza as falhas serãomuito menores”, afirmou o Presi-dente.

Ainda de acordo com AntônioCarlos Andrada, a realização des-tes encontros técnicos é uma de-monstração do esforço do Órgãopara se fazer presente em todo oEstado. “Este contato mais pró-ximo com os jurisdicionados éuma troca de experiências e infor-mações. O TCEMG traz muitasnovidades, mas também aprendemuito. Além disto, facilitamos oacesso dos jurisdicionados es-tando em várias regiões do Es-tado”, disse ele.

O Vice-Prefeito de Juiz deFora, Eduardo de Freitas, que naocasião representou o PrefeitoCustódio Matos, disse que é umorgulho para a cidade receber umevento desta importância, ressal-tando a iniciativa do TCEMG de le-var às cidades do interior o seu co-nhecimento. “Descentralizar éisso: aproximar este órgão tão im-portante para a democracia dasregiões de Minas. A Zona da Matanão poderia ficar de fora e é umahonra para Juiz de Fora recebê-los”, afirmou ele.

Criado em 2010, o programatem como finalidade contribuirpara a efetividade da gestão derecursos públicos estaduais e mu-nicipais, através da capacitaçãodos agentes públicos. Para o Pre-sidente do TCEMG, os encontrossão “altamente democráticos e pe-dagógicos”. “Nós queremos bonsgovernos e o Tribunal pode ajudarnisso, orientando e trazendo ex-periências para que os gestoresalcancem bons resultados, sem-pre visando à boa gestão pública”,disse, durante a abertura.

O encontro técnico em Juiz deFora foi dividido em três grandespainéis: Licitações de obras públi-

gestores para que as irregularida-des sejam reduzidas. “O Tribunalnão tem apenas a sua função pu-nitiva. Ele deve exercer várias ou-tras funções, como esta, que temum caráter pedagógico e preven-tivo. É muito melhor prevenir doque remediar, já diz a sabedoriapopular. Na medida em que o Tri-bunal pode se antecipar, pode pro-curar o seu jurisdicionado, debatercom ele e tentar esclarecer pontosduvidosos e orientar a boa prá-

cas, ministrado pelos técnicos doTCEMG Sílvia Costa Ribeiro, Was-hington Andries Filho e Sandro Mi-guez; Parceiros Institucionais,Agentes Políticos e Sicom, minis-trado pelo Procurador da Assem-bleia Legislativa, Bruno de Oliveirae pelos técnicos Ana Elisa de Oli-veira e Elizabeth Queiroz e LRF ea interface com a Lei Eleitoral, mi-

nistrado pelos técnicos Carlos Al-berto Nunes Borges e Márcio Fer-reira Kelles. A Coordenadora daEscola de Contas, Marília Diniz, fa-lou sobre o Termo de Ajustamentode Gestão (TAG), instrumentocriado pelo TCEMG recentementee a Coordenadora da Secretariada Ouvidoria, Carla Tângari, falousobre a Ouvidoria, também im-plantada há pouco tempo.

Participaram do encontro,além das autoridades já citadas, oPresidente da Câmara Municipalde Juiz de Fora, Vereador CarlosBonifácio, o Prefeito de Mar deEspanha e Presidente da Asso-ciação dos Municípios da Micro-rregião Vale Paraibuna (Ampar),Marcílio Pacheco e o Diretor daEscola de Contas, Gustavo Nassif.As próximas cidades que sediarãoos encontros técnicos são Mon-tes Claros, Diamantina, Governa-dor Valadares e Belo Horizonte,que encerra a edição 2012 do pro-grama.

O Tribunal de Contas, emsessão do Pleno realizada nodia 18 de abril, referendou asuspensão da licitação pro-movida pela Prefeitura deBelo Horizonte com o obje-tivo de contratação de em-presa para a implantação daEstação de Integração BRTPampulha, Processo nº

Por quatro votos a dois foinegado provimento aoagravo apresentado pelaPBH contra a decisão doTCEMG de 28 de março, em-bora tenha acolhido váriasjustificativas apresentadas.Os dois processos são se-melhantes.

872.213. A decisão monocrá-tica tinha sido proferida pelorelator do processo, Conse-lheiro Eduardo Carone Costa.

O relator justificou a me-dida em razão da “existênciade vícios no procedimento orafocado que comprometem asua legalidade”. Acrescentouque a matéria foi autuada no

dia 16 de março “tendo emvista os estudos realizadospela Comissão para Acompa-nhamento da Execução dasAções Referentes à Copa2014 e Planejamento de suaFiscalização”. A decisão foi le-vada ao Pleno porque este co-legiado recebeu a competên-cia exclusiva para apreciar as

questões relacionadas à fisca-lização da Copa do Mundo de2014.

Na sessão seguinte, reali-zada no dia 25 de abril, o Tri-bunal manteve a suspensãoda licitação com o objetivo decontratação de empresa paraa implantação da Estação deIntegração BRT – São Gabriel.

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5CONTAS DE MINAS . TCEMG . 2 de maio de 2012

Cidadão deve contribuirpara o combate à corrupção

Especialistas em controle da administração pública entendem queparticipação popular é primordial para uma fiscalização mais eficaz

Plínio Salgado fez um compa-rativo da corrupção nos países

Servidores do Tribunal, da administração pública e estudantes participaram do debate sobre a corrupção

Estudo diz que Brasil temíndice elevado de corrupção

O Controlador-Geral do Es-tado, Plínio Salgado, apresen-tou dados de um levantamentofeito pela ONG TransparênciaInternacional, fundada na Ale-manha, segundo o qual o Bra-sil é um dos países com índicede corrupção mais elevado. Oestudo classifica os países de

acordo com o grau em que acorrupção é percebida entreservidores públicos e agentespolíticos, numa escala de zeroa dez pontos. Quanto maior apontuação, menor a percepçãode corrupção.

O índice brasileiro é 3,7,muito distante de países comníveis menores de corrupção,que apresentam índices entre 7e 9, como Dinamarca, Singa-pura, Suécia, Finlândia, Alema-nha e Chile. Para Plínio Sal-gado, “a corrupção é umadoença maligna que está pre-sente em países desenvolvidose em desenvolvimento e queleva as instituições públicas aodescrédito, além de enfraque-cer os valores morais”.

Luiz Sanábio falou sobre aLei de Acesso à Informação

Lei de Acesso à Informação é umgrande passo para a democracia

Permitir o acesso do cida-dão à informação é mais umdesafio que está sendo enfren-tado pelos representantes dosórgãos de controle. A Lei12.527, de novembro de 2011(Lei de Acesso à Informação), éum grande avanço nesse sen-tido. Com prazo estipulado paraentrar em vigor (maio 2012), elaé um importante passo para aconsolidação do regime demo-crático do Brasil, ampliando aparticipação cidadã e fortale-cendo os instrumentos de con-trole da gestão pública.

Para o Chefe da Controla-doria-Regional da União no Es-tado, Luiz Alberto Sanábio,existe um grande avanço nademocracia, o que era espe-rado há duas décadas no País,mas ainda existem alguns as-pectos complicadores nesta

questão. “Nós, servidores, nãoestamos acostumados a ofere-cer essas informações aos ci-dadãos”, alertou ele, lem-brando que se faz necessária acapacitação destes servidorespara a eficácia do que prevê alei. Para o Professor FernandoFilgueiras, da UFMG, a Lei deAcesso à Informação “vem co-roar o fortalecimento da trans-parência no Brasil”.

Uma participação mais efe-tiva da população e maiorintegração entre os ór-

gãos de controle da administra-ção pública. Para especialistasque atuam nestes órgãos, estessão dois aspectos fundamentaise que precisam ser melhoradospara que o combate à corrupçãono País seja feito de forma maiseficaz. O assunto foi tema do se-minário Corrupção e Transpa-rência, promovido pelo Tribunalde Contas do Estado, por inter-médio da Escola de Contas eCapacitação Professor PedroAleixo, e pelo Governo do Es-tado, através da Escola de Go-verno Professor Paulo Neves deCarvalho. O encontro aconteceuno dia 17 de abril, noAuditório Vi-valdi Moreira, na sede doTCEMG, em Belo Horizonte.

É unânime entre os debate-dores que a participação maisdireta do cidadão junto aos ór-gãos de controle é primordialpara a redução da incidência decasos de corrupção. “Precisa-mos mostrar que o controle devee tem que ser permanente, as-sim como a preocupação do ci-dadão, que não tem que estaratento apenas em época de elei-ção”, destacou o Presidente doTribunal de Contas, Conselheiro

Antônio Carlos Andrada, que feza abertura do evento. Ele en-tende que já existe um avançonesse sentido, mas acredita queé preciso um maior engajamentoda população.

A participação do cidadãotem crescido à medida que no-vos casos de corrupção são di-vulgados na mídia, porém, se-gundo o Professor da UFMG,Fernando Filgueiras, a impuni-dade prejudica o desenvolvi-mento do que ele chama de cul-tura política democrática. “Énecessário que caminhemos

Corrupção eleitoralPara o promotor de Justiça

do Ministério Público, Edson Re-sende, a corrupção eleitoral éum problema grave, que precisaser enfrentado pelos órgãoscompetentes. “O voto é umcompromisso que o cidadãoprecisa ter com a sua cidade,com a sua comunidade. Infeliz-mente, o eleitor brasileiro, emparticular, ainda vota de acordocom os seus interesses particu-

lares, visando a vantagens ime-diatas”, observou, lembrandoque este é um problema antigo.“O Código Eleitoral de 1965 jádava sinais inequívocos depreocupação com a corrupçãoeleitoral, mas ainda estamosdistantes de acabar com estedesequilíbrio de força nas elei-ções”, completou.

EventoO seminário foi dividido em

dois temas centrais:Corrupção –ensaios e ensaios e críticas e Opapel do controle interno e doexterno no combate à corrupção.Participaram ainda do debate,dentre outras autoridades, oConselheiro Eduardo CaroneCosta; o Auditor Gilberto Diniz; oSecretário de Controle Externodo TCU em MG, José Reinaldoda Motta; a Presidente da Fun-dação João Pinheiro, MarilenaChaves; o Diretor da Escola deContas, Gustavo Nassif; a Dire-tora da Escola de Governo, Lu-ciana Raso; a Professora da Es-cola de Governo, Ana PaulaSalej, e a Ouvidora-Geral do Es-tado, Célia Pimenta.

mais no sentido de que os atosde corrupção tenham, de fato,sanções, pois a não punição fazcom que a sociedade não per-ceba o desenvolvimento das ins-tituições de controle e gera odescrédito”, ressaltou ele.

Outro problema enfrentadono combate à corrupção é a faltade integração entre os órgãosde controle da administração pú-blica. Segundo o Presidente doTribunal de Contas, o seminárioteve como objetivo reunir estesinterlocutores para estreitar asrelações, visando maior integra-ção entre eles. “Ainda que os ins-trumentos de fiscalização este-jam funcionando cada vez mais,existe uma percepção popularde que a ocorrência de corrup-ção é grande e isso nos leva auma reflexão. Eu vejo que ogrande déficit nesta questão decombate à corrupção é a falta decomunicação entre estes órgãosde controle e este seminário nospermite uma aproximaçãomaior”, afirmou ele.

Ana Paula Salej, da Escola deGoverno, foi uma das palestrantes

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6 CONTAS DE MINAS . TCEMG . 2 de maio de 2012

Coordenadoria e Comissão de Jurisprudência e Súmula | Belo Horizonte | 2 a 15 de abril de 2012 | n. 64Este Informativo, desenvolvido a partir denotas tomadas nas sessões de julga-mento das Câmaras e do Tribunal Pleno,contém resumos elaborados pela Coor-denadoria e Comissão de Jurisprudênciae Súmula, não consistindo em repositóriosoficiais da jurisprudência deste Tribunal.

TRIBUNAL PLENO

Ponderações acerca do pagamentode verba sob a rubrica “14º salário”

para agentes públicosO Tribunal Pleno, em resposta a consultaformulada por Chefe de Poder LegislativoMunicipal, consignou ser indevido o pa-gamento de verba sob a rubrica “14º sa-lário” a qualquer agente público, por-quanto o ordenamento jurídico positivoadotou como padrão o sistema remune-ratório por unidade de tempo em que a re-muneração devida é aferida como con-traprestação mensal pelo serviço prestadoou colocado à disposição do empregador.Além disso, assentou que a mera exis-tência de lei prevendo o benefício não ga-rante a sua legitimidade, devendo ocorrera supressão imediata dos eventuais pa-gamentos, se as causas que o acobertamnão se amoldarem a determinados requi-sitos. Inicialmente, o relator, Cons. CláudioCouto Terrão, destacou a importância dadiferenciação conceitual estabelecida peladoutrina entre subsídio, vencimento e sa-lário. Registrou que todas as espécies re-muneratórias apresentam em comum opagamento de uma contraprestação pe-cuniária realizada em função de um tra-balho permanente, sendo historicamenteadotada a periodicidade mensal, con-forme subentendido pelo art. 37, XI, daCR/88. Destacou a existência das verbasde natureza indenizatória, distinguindo-as das vantagens pecuniárias, por nãorefletirem efetivamente um acréscimo eco-nômico ao patrimônio de quem os recebe,servindo como ressarcimento das despe-sas realizadas obrigatoriamente pelo ser-vidor em razão do serviço, compreen-dendo: ajudas de custo, diárias, transportee auxílio moradia. Em seguida, destacouque a rubrica “14º salário”, no âmbito daAdministração Pública, vem sendo utili-zada, inadvertidamente, para se referir aopagamento tanto de verbas remunerató-rias quanto de verbas indenizatórias. As-severou que a verba denominada “14º sa-lário” não se ajusta ao conceito deremuneração básica, porquanto não setrata de subsídio, vencimento ou salário,os quais consubstanciam o núcleo remu-neratório que é pago em periodicidademensal e, consequentemente, limitado adoze parcelas anuais. Considerou que, àexceção do “décimo terceiro salário”, van-tagem pecuniária que, de acordo com ajurisprudência do STF, apresenta natu-reza jurídica de gratificação, não se ad-mite o pagamento de nenhuma outraverba remuneratória (remuneração básicaacrescida ou não de vantagens pecuniá-rias), indenização ou benefício, sob o tí-tulo de décimo quarto, décimo quinto sa-lário e assim por diante. Assentou,ademais, que a mera existência de lei au-torizativa permitindo eventual pagamentode “14º salário” não é suficiente, por si só,para legitimá-lo. Aduziu ser imprescindívela compatibilização da verba com os mo-delos remuneratórios admitidos pelo or-denamento jurídico vigente (regime desubsídio ou regime de remuneração), es-pecialmente quanto à correta conceitua-ção e observância dos limites constitucio-nais. Considerou que, no regime deremuneração, o pagamento da verba de-penderá da observância do teto remune-ratório previsto na CR/88, mediante a aná-lise do reflexo causado pelo acréscimode 1/12 do seu valor na remuneraçãomensal real do servidor, sendo dever da

Administração adequar os pagamentosdos valores acima do limite constitucional.Quanto ao regime de subsídio, explicou aimpossibilidade de acréscimo de “14º sa-lário” ou qualquer outra verba remunera-tória à parcela única, devido às particula-ridades atinentes ao próprio modeloexpostas pela CR/88. Afirmou ainda que,para configurar o “14º salário” como verbade caráter indenizatório, é exigida a ade-quação do nomen iuris, clarificando quenão se trata de verba de natureza salarial,devendo haver comprovação de que seupagamento esteja vinculado à realizaçãode gastos pelo servidor a serviço do PoderPúblico, os quais devem ser ressarcidos,sob pena de enriquecimento ilícito da Ad-ministração. O parecer foi aprovado porunanimidade (Consulta n. 841.256, Rel.Cons. Cláudio Couto Terrão, 11.04.12).

Guarda e conservação dedocumentos públicos

Trata-se de consulta realizada por Chefede Poder Executivo Municipal indagandose há a necessidade de guarda dos do-cumentos relativos a exercícios financei-ros cujas contas já foram julgadas. Ini-cialmente, a relatora, Cons. AdrieneAndrade, informou que o questionamentojá foi objeto de exame pelo TCEMG nasConsultas n. 447.570, 450.241, 653.773,684.315, 812.091 e 838.820, nas quaisse firmou o entendimento de que: a) nãocompete ao Tribunal fixar prazo para ar-quivamento de documentos públicos, e b)todas as entidades e os órgãos da Admi-nistração devem observar a legislação ge-ral e própria sobre a matéria. Registrouhaver se manifestado nesse sentido naresposta à indagação formulada na Con-sulta n. 812.091, na qual abordou a trata-tiva legal estabelecida pelo art. 216, §2º,da Constituição da República e pela Lei n.8.159/91 – que dispõe acerca da políticanacional de arquivos públicos e privados.Apontou o preceituado na Resolução n.14/01 do Conselho Nacional de Arquivos(Conarq), que estabeleceu a obrigatorie-dade e a competência própria das entida-des e órgãos administrativos fixarem osprazos de guarda e destinação dos docu-mentos relativos às suas atividades es-pecíficas ou atividades-fim. Destacou oentendimento adotado recentemente peloTCEMG na Consulta n. 838.820 – v. In-formativo n. 41 –, de relatoria do Cons.Eduardo Carone Costa. Salientou que, nomencionado parecer, o relator ponderaser dever do Poder Público gerir e darproteção especial aos documentos de ar-quivos, como instrumento de apoio à ad-ministração, à cultura, ao desenvolvi-mento científico e como elementos deprova e informação. Registra que a Re-solução n. 14/01 do Conarq estabelece osprazos de guarda de documentos públicosrelativos às atividades-meio que devemser observados pelos órgãos da Adminis-tração Direta e Indireta das três esferas degoverno. Ressalta que a eliminação des-ses documentos, ainda que anteriormentemicrofilmados, depende da observânciados prazos previstos na tabela anexa àsupracitada resolução e da anuência daautoridade competente. Destaca que, notocante aos documentos relativos à ativi-dade-fim da Administração Municipal, osprazos de guarda deverão ser determina-dos pelos órgãos públicos na sua especí-fica esfera de competência, e, somenteapós o decurso do prazo definido e aanuência da autoridade competente, éque poderão ser eliminados. Após citaresse posicionamento, o qual informou per-filhar, a Cons. Adriene Andrade reiterouque não compete ao TCEMG fixar prazopara o arquivamento de documentos pú-blicos, devendo cada órgão ou entidadeobservar a legislação geral e própria sobrea matéria. O parecer foi aprovado por una-

nimidade (Consulta n. 838.602, Rel. Cons.Adriene Andrade, 11.04.12).

1ª CÂMARA

Imputação de ressarcimento ao erárioe de multas por irregularidadespraticadas em gestão municipal

Trata-se de representação, formulada poratual Prefeita Municipal, solicitando a rea-lização de inspeção extraordinária no Mu-nicípio, em razão de indícios de diversas ir-regularidades cometidas nas gestõespassadas. Após terem sido colhidos os pa-receres do Órgão Técnico e do MinistérioPúblico junto ao TCEMG e serem ouvidosos representados, o relator, Cons. CláudioCouto Terrão, constatou as seguintes irre-gularidades: (a) falha na gestão orçamen-tária, relativa ao não pagamento da con-traprestação devida pelo fornecimento deenergia elétrica. Verificou-se que, entremaio e novembro de 2008, o Municípionão emitiu notas de empenho nem tam-pouco incluiu tais despesas nos “restos apagar” do exercício, contrariando o art. 35,II, da Lei 4.320/64. Afirmou que tal condutacontraria o art. 15 da Lei de Responsabili-dade Fiscal (LRF) e o Enunciado de Sú-mula n. 12 do TCEMG, sendo a despesa ir-regular e de responsabilidade pessoal dosgestores; (b) aquisição de imóvel urbanoem desatendimento aos preceitos legais.Asseverou que o Município adquiriu umimóvel para a instalação de um Centro deReferência de Assistência Social sem rea-lização de processo licitatório, em afrontaao disposto na Lei 8.666/93. Aduziu que oargumento apresentado pela defesa, deque restou configurada a hipótese de dis-pensa de licitação prevista no art. 24, X, daLei 8.666/93, não deve prosperar, pois nãoconsta nos autos prova de que houve ava-liação prévia para fins de verificação dopreço de mercado do bem a ser adquirido.Constatou, ainda, que o representado nãoinstaurou procedimento de dispensa, in-fringindo a regra do art. 26, parágrafoúnico, da Lei de Licitações. Assinalou quea propriedade foi adquirida sem que hou-vesse a devida formalização imposta peloart. 108 do Código Civil, resultante da au-sência de averbação do documento parti-cular de compra e venda no Cartório deRegistro de Imóveis competente; (c) nãoelaboração de inventário do patrimônio mu-nicipal durante o período de 2005 a 2008.Neste ponto, salientou ser dever do admi-nistrador público designar comissão paraelaborar a contabilidade patrimonial do Mu-nicípio, o que não foi providenciado du-rante toda a gestão dos representados.Apontou que a omissão na conduta dosgestores feriu os deveres contidos nos arts.83, 94 e 95 da Lei 4.320/64 e no art. 5º,VIII, da INTC 08/03, sendo devida a impu-tação de multa aos responsáveis; (d) vio-lação aos arts. 21, II e III, e 61, parágrafoúnico, da Lei 8.666/93. Afirmou que, aoefetuar tomada de preços para a execuçãode obra, o Município não publicou o re-sumo do edital no Diário Oficial do Estadoe em jornal diário de grande circulação,nem tampouco o resumo do instrumentodo contrato na Imprensa Oficial. Salientouque a conduta feriu os princípios licitatóriosda isonomia, publicidade e competitividade,ao não conferir a oportunidade de partici-pantes não cadastrados na prefeitura dis-putarem o certame; (e) pagamento adian-tado às empresas vencedoras de licitaçõessem a correspondente execução dos ser-viços. Afirmou que a conduta ilegal dos re-presentados consistente no adiantamentode valores devidos pela realização deobras visando à construção de UnidadeBásica de Saúde viola os arts. 62 e 63 daLei 4.320/64 c/c o art. 65, II, “c”, da Lei8.666/93. Reconhecida a ilegalidade, o re-lator determinou a devolução ao erário dosvalores adiantados, devidamente corrigi-

dos; (f) não observância do prazo de cincodias para fins de interposição de recursosem tomada de preços. Salientou que oprazo legal, contido no art. 109, I, “a”, daLei de Licitações, deve ser efetivamentecumprido. Assinalou, ainda, que a não in-surgência de qualquer participante do cer-tame quanto a um vício no procedimento li-citatório não tem o condão de torná-loválido, sendo descabida a defesa de talalegação; (g) ausência de acompanha-mento e fiscalização em obras públicas.Observou o relator que os representados,durante os respectivos mandatos, se fur-taram a corrigir diversas irregularidadescometidas, como a ausência de livro deocorrências e registro de obra, e não de-signação de preposto e de responsávelpela fiscalização. Concluiu pela responsa-bilização dos gestores por omitirem-se aregularizar as faltas observadas, com fulcronos arts. 67 e 68 da Lei de Licitações.Diante das irregularidades expostas, atri-buiu aos ex-gestores multas no valor de R$3.050,00 e R$ 9.000,00, além de restitui-ção ao erário no valor total de R$61.881,46. Ordenou que a atual Chefe doExecutivo tome as providências cabíveisquanto à retomada das obras objeto da re-presentação, sem prejuízo das sançõesdevidas à empresa contratada, bem comoregularize a matrícula do imóvel analisado,registrando-o em nome do Município. De-terminou, ainda, a observância dos proce-dimentos de controle interno no Município,evitando-se a reincidência dos fatos anali-sados. O voto foi aprovado por unanimi-dade (Representação n. 772.601, Rel.Cons. Cláudio Couto Terrão, 27.03.12).

Instauração de Tomada de ContasEspecial na Secretaria de Estado daSaúde por indícios de irregularidades

em aquisição de medicamentosTrata-se de inspeção ordinária realizada naSecretaria de Estado da Saúde (SES/MG)objetivando averiguar os procedimentos deaquisição de medicamentos, em face de in-dícios de irregularidades nos preços prati-cados e possível dano ao erário, no pe-ríodo correspondente entre o início de 2009a abril de 2011. O relator, Cons. WanderleyÁvila, apreciou o relatório de inspeção ela-borado pela 3ª Coordenadoria de Fiscali-zação Estadual, desenvolvido a partir dedocumentos encaminhados ao TCEMG,noticiando irregularidades no fornecimentode medicamentos por determinada em-presa à SES/MG. Registrou a existênciade processos de investigação no âmbitodo Ministério Público do Estado de MinasGerais e da Procuradoria da República emMinas Gerais sobre possível superfatura-mento na compra de medicamentos pelaSES/MG. Constatou a realização de pro-cedimentos no âmbito da SES/MG, do Mi-nistério Público Estadual, da ControladoriaGeral do Estado e da Secretaria de Estadoda Fazenda, com o objetivo de apurar os fa-tos. Aduziu que, durante o período em aná-lise, a Secretaria de Estado da Saúde apli-cou R$ 132.903.181,45 na compra demedicamentos junto à empresa, por meiode 222 procedimentos licitatórios e dispen-sas de licitação. Ressaltou que o relatórioapresentado pelo órgão técnico confirmoua existência de indícios de irregularidades,e, diante disso, determinou a instauraçãode Tomada de Contas Especial pelaSES/MG, com o fim de se analisar todos osprocessos de aquisição de medicamentosrealizados no período retro mencionado,objetivando identificar os responsáveis equantificar o prejuízo causado ao erário.Consignou, ainda, que, se a SES/MG optarpela continuidade da aquisição dos produ-tos da referida empresa, com vistas a evi-tar o risco de desabastecimento de medi-camentos destinados à população, deveráapresentar o mapa de fixação dos preçosatualmente praticados, de forma a eviden-

ciar a repactuação dos valores pagos e oestrito cumprimento das normas legais queregem a aquisição de medicamentos noâmbito da Administração Pública. Por fim,determinou a intimação do Secretário deEstado da Saúde, para que no prazo detrinta dias encaminhe documento compro-batório do ato de instauração da Tomada deContas Especial, advertindo-o que o refe-rido processo deverá ser remetido ao Tri-bunal para julgamento, no prazo de no-venta dias, nos termos do art. 10, inciso I daIN 01/02. O voto foi aprovado por unanimi-dade (Inspeção Ordinária n. 862.742, Rel.Cons. Wanderley Ávila, 27.03.12).

DECISÕES DE OUTROS ÓRGÃOS

TCU - A aplicação da sançãoprevista no art. 87, III, da Lei 8.666/93impede, em avaliação preliminar,a participação da empresa emcertame promovido por outroente da Administração Pública

“Representação de unidade técnica do Tri-bunal apontou suposta irregularidade nacondução pela Prefeitura Municipal deBrejo do Cruz/PB da Concorrência 1/2011,que tem por objeto a contratação das obrasde construção de sistema de esgotamentosanitário, custeadas com recursos de con-vênio firmado com a Fundação Nacional deSaúde - FNS, no valor de R$ 5.868.025,70.A unidade técnica noticiou a adjudicação doobjeto do certame à empresa MK Constru-ções Ltda e sua homologação em 2/3/2012.Informou que já houve celebração do res-pectivo contrato, mas as obras ainda nãoiniciaram. Considerou irregular a contrata-ção, visto que a essa empresa havia sidoaplicada, pelo Tribunal Regional Eleitoralda Paraíba, em 8/6/2011, pena de suspen-são do direito de participar de licitação oucontratar com a Administração pelo prazode 2 anos, com base no inc. III do art. 87 daLei 8.666/1993, por inexecução contratual.A empresa também veio a ser sancionada,com base o mesmo comando normativo,em 12/3/2012, pela Universidade Federalde Campina Grande. Estaria, pois, impe-dida, desde 8/6/2011, “de licitar ou contra-tar com quaisquer órgãos ou entidades daadministração pública federal estadual, dis-trital oumunicipal, eis que a apenação dela,pelo TRE/PB, fundamentou-se no art. 87,inciso III, da referida Lei, que, por ser na-cional, alcança a União, os Estados, o Dis-trito Federal e os Municípios”. Restariam,em face desses elementos, configurado-sos requisitos do fumus boni iuris e do pe-riculum in morapara a concessão da me-dida pleiteada. O relator do feito, então,decidiu, em caráter cautelar, determinar: a)à Prefeitura Municipal de Brejo do Cruz/PBque se abstenha, até deliberação do Tribu-nal, de executar o contrato firmado com aempresa MK Construções Ltda; b) “à Fun-dação Nacional de Saúde que se abstenha,até ulterior deliberação do Tribunal, detransferir recursos no âmbito do convênioPAC2-0366/2011 (...), firmado com a Pre-feitura Municipal de Brejo do Cruz/PB ...”; c)promover oitivas do Prefeito e da empresaacerca dos indícios de irregularidadesacima apontados, os quais podem ensejara anulação do citado certame e dos atosdele decorrentes. Comunicação de Cau-telar, TC 008.674/2012-4, Ministro ValmirCampelo, 4.4.2012”. Informativo de Juris-prudência do TCU sobre Licitações e Con-tratos n. 10, período: 02.04.12 a 06.04.12,publicado em 10.04.12.

Servidores responsáveis pelo InformativoAlexandra Recarey Eiras Noviello

Fernando Vilela MascarenhasMaria Tereza Valadares Costa

Dúvidas e informações:[email protected]

(31) 3348-2341

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Contas do Governadortem versão em cartilha

Mudanças na publicação dasdecisões facilitam consultas

Nova ferramenta agilizapesquisa de jurisprudência

7CONTAS DE MINAS . TCEMG . 2 de maio de 2012

Projetos de Controle Externosão apresentados aos servidoresCom objetivo de apre-

sentar aos servidoresdas diretorias técnicas

os projetos e atividades prio-ritários para 2012, a Superin-tendência de Apoio ao Con-trole Externo, as Diretorias deControle Externo dos Municí-pios, do Estado e de AssuntosEspeciais, Engenharia e Perí-cia promoveram um encontrotécnico, na quinta-feira, 12, noAuditório Vivaldi Moreira.

A Superintendente deApoio ao Controle Externo,Heloísa Helena NascimentoRocha, contextualizou asações de controle adotadasem 2011 e apresentou as prin-cipais metas para o ano. He-

loísa destacou a importânciada gestão por projetos, res-saltando que estes devem terinício, desenvolvimento e fimbem definidos. “É um esforçotemporário para criação de umproduto ou um serviço”, res-saltou.

A servidora Telma Gon-zaga apresentou a sistemá-tica de quantificação e regis-tros dos benefícios do controleexterno. “O objetivo do Pro-jeto Benefício do Controle éimplementar procedimentosque identifiquem, quantifi-quem e registrem os benefí-cios trazidos para sociedadeatravés das ações de fiscali-zação do TCEMG”, definiu.

Jacqueline Gervásio, Diretorada DAEEP, ressaltou a impor-tância de se avaliar o cus-to/benefício da fiscalização,contribuindo para o melhorplanejamento das ações decontrole.

Cristiana de Lemos, Dire-tora da DCEM, discorreu so-bre o Sistema Informatizadode Contas dos Municípios du-rante a apresentação sobre oProjeto Acompanhar. “O Si-com é um instrumento deacompanhamento que auxi-liará no planejamento de fis-calizações”, resumiu.

O Geo-Obras, software doTribunal de Contas de MinasGerais para fiscalizar obras, foiapresentado pelo Coordenadorde Obras e Serviços de Enge-nharia e Perícia, Luiz HenriqueStarling. “O programa possibili-tará aos auditores do Tribunalutilizar fotos de satélite com re-cursos de geoprocessamentoreferenciado para a fiscaliza-ção”, afirmou.

A Diretora da DCEE, Val-quíria de Sousa Pinheiro,apresentou o Projeto de Ava-liação de Gestão Pública.Para ela, uma das funções doprojeto é “definir as diretrizesda avaliação e do acompa-nhamento das políticas, pro-gramas e projetos públicos”.

A Diretora da DAEEP, Jacqueline Gervásio, ressaltou a importânciade se avaliar o custo-benefício da fiscalização no Tribunal

O Tribunal de Contas lan-çou recentemente Ferramentade Mapeamento e Sistemati-zação da sua Jurisprudência –MapJuris. O sistema, desen-volvido e alimentado pelaDiretoria de Jurisprudência,Assuntos Técnicos e Publica-ções, com apoio da Diretoriade Tecnologia da Informação,foi baseado em experiênciasemelhante a do Tribunal deContas da União e tem por ob-jetivo principal facilitar oacesso aos entendimentos doTribunal, a fim de fomentar efortalecer o efetivo controle so-cial da coisa pública.

A ferramenta fornece infor-mações, de maneira sistemati-zada, acerca dos mais diver-

sos temas relacionados aoTCEMG, melhorando a pes-quisa por referências jurispru-denciais. O sistema distribui osjulgados por assuntos, organi-zando-os no layout de “árvore”de áreas, temas e subtemas,de acordo com a série de ma-térias relacionadas ao Tribunal.

O sistema também viabi-liza o acesso a todos os julga-dos relacionados com deter-minado assunto, uma vez queos dados informados são ar-mazenados de forma sistema-tizada. O MapJuris está dis-ponível na página do Tribunalde Contas, no ícone específicoMapjuris ou pelo endereçomapjurisweb.tce.mg.gov.br.

A Comissão de Publica-ções do TCEMG elaborou uminformativo, em formato de car-tilha, com a finalidade de divul-gar, de maneira simplificada, orelatório das contas de MinasGerais no exercício de 2010.Vários servidores e técnicos or-ganizaram o material, introdu-zido por um estudo sobre aconjuntura econômica do Bra-sil e de Minas, acessível ao ci-dadão comum. Na sequência oinformativo apresenta umaanálise simplificada da dívidapública e da gestão de áreasespecíficas, como educação,saúde e segurança.

Na apresentação do infor-mativo, o Conselheiro relatordas contas, Sebastião Helve-cio, lembrou que “essa inicia-tiva visa dar transparência àsações de controle promovidaspelo Tribunal de Contas e au-xiliar o cidadão no acompa-

nhamento do trabalho do go-verno estadual e a fazer a suaprópria avaliação de como odinheiro público está sendo in-vestido”. E acrescentou que apublicação apresenta a reali-dade da economia mineira noano de 2010 e explica comoos R$ 46 bilhões arrecadadospor Minas Gerais naquele pe-ríodo foram aplicados.

O Tribunal emitiu parecerprévio favorável à aprovaçãodas contas, enviadas à As-sembleia Legislativa em 2011,dentro do prazo determinadopela Constituição Mineira. Agestão do Executivo estadualem 2010 teve o atual SenadorAécio Neves como responsá-vel pelos três primeiros mesese o Governador Antônio Au-gusto Anastasia como respon-sável pelo restante do período.

Além de impresso, o infor-mativo está disponível noPortal do TCE (www.tce.mg.gov.br) através do link Capaci-tação e Cultura/Publicaçõesinstitucionais.

Na sessão do Pleno de 18de abril, logo após apresentar oinformativo, o Conselheiro Se-bastiao Helvecio, que ocupa ocargo de corregedor, informouque o TCE já emitiu 837 pare-ceres prévios sobre as contasmunicipais de 2010.Apenas 16processos de prestação decontas de prefeitos aguarda-vam decisão.

Para as decisões proferi-das a partir do dia 1/3/2012, aCoordenadoria de Acórdãoestá publicando no Diário Ofi-cial de Contas eletrônico(DOC), juntamente com as sú-mulas e ementas, todo o jul-gado das sessões, incluindoos relatórios dos Conselhei-ros e Auditores e notas taqui-gráficas.

Segundo a Coordenadorade Área de Acórdão, RosáriaAparecida Carneiro Ávila, talprocedimento foi possível emvirtude da instituição da Reso-lução nº 19/2011, que dispõesobre a anexação de docu-mentos produzidos no âmbitodo Tribunal de Contas do Es-

tado de Minas Gerais ao Sis-tema de Gestão e Administra-ção de Processos – SGAP, emque todos os arquivos com-pletos dos processos estãosendo inseridos no sistema.

Essa mudança no proce-dimento possibilitará econo-mia de tempo na tramitaçãodos processos, de recursosmateriais e de pessoal envol-vido nessas atividades. Nessedocumento único o jurisdicio-nado terá acesso a todas asinformações relativas ao jul-gamento dos processos anali-sados pelo Tribunal.

Para a Coordenadora daTaquigrafia, Kátia AparecidaGomes de Freitas, a mudança

trará mais economia aos co-fres públicos, reduzindo a im-pressão de papel e trazendomais eficácia nas publicaçõesdas decisões do Tribunal deContas.

A Coordenadoria de Ta-quigrafia, situada no térreo doedifício sede, subordinada àDiretoria de Jurisprudência,Assuntos Técnicos e Publica-ções, é o setor responsávelpela gravação, registro taqui-gráfico, redação, revisão e en-vio de notas taquigráficas detodos os processos levados ajulgamento nas sessões deCâmaras e do Pleno para aconfecção dos acórdãos.

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Page 8: Contas de Minas - Edição 83:Layout 1 27/04/2012 11:29 ... TCEMG - NUMERO 83.pdf · integração do Sistema de Transporte Rápido por Ônibus (BRT). TCEvetapagamento de14ºsalário

8 CONTAS DE MINAS . TCEMG . 2 de maio de 2012

DEVO

LUÇÃ

O GARANTIDADR/MG

Gestores recebem treinamentosobre planejamento estratégico

O Consultor Ricardo Abdala foi convidado para dirigir os trabalhos

Antônio Andrada vai concorrerà Prefeitura de Barbacena

OTribunal de Contas promo-veu, por iniciativa da Supe-rintendência de Relações

Institucionais e DesenvolvimentoOrganizacional, no dia 19 de abril,no Auditório Vivaldi Moreira, oWorkshop de Gestão Estratégicacom o objetivo de alinhar as açõesem curso com o Plano Estratégicoda Instituição. O evento marcou oinício de uma série de atividadesque serão conduzidas pela Asses-soria de Planejamento com o pro-pósito de definir os projetos priori-tários que serão executados em2012.

Conduzido pelo CoordenadorTécnico de pós-graduação da Fun-dação Dom Cabral e Consultor daEmpresa Indicador & Holmes Con-sultores, Ricardo Abdala, o traba-lho foi destinado aos gestores re-presentantes de gabinetes deconselheiros e auditores, bem comoservidores responsáveis por proje-tos em andamento no TCE.

O Secretário Executivo do Tri-bunal de Contas, Leonardo Ferraz,abriu o evento e ressaltou a relaçãoentre planejar objetivos e o com-promisso dos servidores com a Ins-tituição. “Precisamos criar um sen-

timento de Tribunal. Hoje, em razãodas ações que tiveram origem noplanejamento estratégico, podemoscaminhar em busca de uma mu-dança qualitativa”, lembrou Ferraz.

ASuperintendente de RelaçõesInstitucionais e Desenvolvimento Or-ganizacional, Cristina Márcia de Oli-veira Mendonça, falou sobre a fun-ção do setor durante a execução doplanejamento. “Funcionaremos co-mo um elo para ajudar a identificaros desafios e analisar qual o melhorcaminho para o desenvolvimentodos projetos”, explicou.

O Consultor Ricardo Abdalaprovocou a participação da plateia ao

abordar temas relevantes para osgestores. As diferenças entre a ges-tão pública e a gestão empresarial, acriação do valor público, o papel doEstado na criação de valores, a go-vernança social, a criação de valorna perspectiva pública e os projetosprioritários do Tribunal foram algunsdos temas abordados pelo consultordurante a palestra de apresentaçãodo workshop.

Ao final da exposição teórica,os participantes foram divididos emgrupos para debater os objetivosestratégicos traçados para o pe-ríodo 2010/2014.

Equipe do TCEMG fazvisita técnica ao TCU

Presidente anuncia saídapara disputar eleições

Plano de carreira éaprovado em 1º turno

O Presidente do Tribunal deContas do Estado de Minas,Conselheiro Antônio Carlos An-drada, comunicou, na sessãodo Pleno, de 25/04, que se afas-tará da Instituição para partici-par do processo político munici-pal, em Barbacena. A dataprevista para o afastamento de-finitivo do Presidente será fixadaentre os dias 15 e 20 de maio.

Também na mesma ses-são, os Conselheiros aprova-ram por unanimidade parecerda Consultoria Jurídica da Insti-tuição que opina sobre as re-gras do processo sucessório in-terno, em caso de vacância docargo de presidente.

De acordo com o pareceraprovado, havendo vacância docargo antes dos seis meses fi-nais do mandato, será promo-vida nova eleição para a esco-lha de um novo presidente, paraconcluir o biênio em curso, quetermina em 08 de fevereiro de2013. E, ainda, que o eleito nãopoderá ser reconduzido aocargo.

Após a aprovação do pare-cer, os conselheiros aprovaramresolução que inclui este enten-dimento no Regimento Internodo Tribunal.

Já há consenso entre osmembros do TCE de que oConselheiro Wanderley Áviladeverá ser eleito, assim que oatual Presidente Antônio An-drada renunciar ao cargo paraparticipar do processo políticode 2012.

O Plenário da AssembléiaLegislativa do Estado de MinasGerais aprovou, em primeiroturno, durante sessão ordináriado dia 25 de abril, o Projeto deLei (PL) 2601/11, referente aoplano de carreira dos servidoresdo Tribunal de Contas do Estadode Minas Gerais. O parecer fa-vorável foi votado na forma dosubstitutivo nº 1 e encaminhadoà Comissão de AdministraçãoPública.

O texto do PL nº 2601/11 al-tera a Lei nº 13.770, de 6 de de-zembro de 2000, com propostade modificações no plano de car-reira do TCEMG, dentre elas, no-

vas regras para promoção dosservidores e posicionamento nacarreira. O substitutivo nº 1, queincorpora alterações propostaspelo próprio TCE, foi apresen-tado pelo relator, deputado Dou-tor Viana.

Antes de ser encaminhadoao plenário da ALMG para a vo-tação em primeiro turno, o projetofoi examinado e aprovado emtrês Comissões: Justiça, Admi-nistração Pública e FiscalizaçãoFinanceira. Na ocasião, foram re-gistradas várias manifestaçõessobre o projeto, com elogios àiniciativa do TCEMG.

O Auditor Licurgo Mourão,acompanhado por uma delegaçãocomposta pelo Consultor-Geral doTCEMG, Caio de Carvalho Pe-reira, pela Superintendente de Re-lações Institucionais e Desenvolvi-mento Organizacional do TCEMG,Cristina Márcia de Oliveira Men-donça, a Presidente da Comissãode Fiscalização da Copa de 2014,Olga Maria de Barros Póvoa e pe-los assessores, Simone Adami eDiogo Ferreira, esteve no Tribunalde Contas da União (TCU), emBrasília, nos dias 28 e 29 demarço, para trocar informações so-bre a atuação da rede de controlepúblico.

A equipe se reuniu com o Pre-sidente do TCU, Ministro Benjamin

Zymler, com os Ministros-Substitu-tos André Luiz de Carvalho e Mar-cos Bemquerer e com o relatorúnico dos processos da Copa doMundo de 2014, envolvendo recur-sos federais, Ministro Valmir Cam-pelo. A iniciativa propiciou a trocade informações e de experiênciasfiscalizatórias, a identificação danecessidade de adequações dosinstrumentos normativos internosrelativos à fiscalização de despe-sas públicas realizadas por meiodo Regime Diferenciado de Con-tratações (RDC) e o levantamentode ideias para otimizar a realizaçãode auditorias específicas.

O Auditor Licurgo Mourão foidesignado pelo Presidente doTCEMG, Conselheiro Antônio Car-

los Andrada, para representar oTribunal de Contas do Estado deMinas Gerais na Rede de Controleda Gestão Pública (RCGP), insti-tuída no dia 25/03/09, em Brasília,durante a realização de fórum decriação, no qual foi assinado pro-tocolo de intenções entre as auto-ridades máximas de 17 institui-ções, dentre as quais: Atricon,AMPCON, CGU, MPF, TCU, AGUe Abracom, com o objetivo deacompanhar os preparativos paraa realização da Copa do Mundode 2014, bem como as fiscaliza-ções respectivas empreendidaspelos tribunais de contas de todosos estados que possuem cidades-sede do evento.

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