contabilidade comercial

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Parte I INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE COMERCIAL 1. Noções de Comércio e Instituições Comerciais 2. Sociedades Comerciais 3. Esquema Básico da Escrituração Contábil — Uma Revisão 4. Plano de Contas 5. Constituição de Empresas

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Page 1: Contabilidade comercial

Parte I

INTRODUÇÃO À

CONTABILIDADE COMERCIAL

1. Noções de Comércio e Instituições Comerciais

2. Sociedades Comerciais

3. Esquema Básico da Escrituração Contábil — Uma Revisão

4. Plano de Contas

5. Constituição de Empresas

Page 2: Contabilidade comercial

NOÇÕES DE COMÉRCIO

E INSTITUIÇÕES COMERCIAIS

1.1 Conceito de Comércio

Troca de mercadorias por dinheiro ou por outra

mercadoria

1.2 Origens Histórica do Comércio

Surgiu na antiguidade por varias causas e fatores, um

deles natureza geográfica;

Atualmente atividade primordial de todos os países;

O Brasil desde abertura dos portos inicio do séc. XIX tem

ampla vocação para o comércio.

1

Page 3: Contabilidade comercial

NOÇÕES DE COMÉRCIO

E INSTITUIÇÕES COMERCIAIS

1.3 Tipos de Entidades Mercantis

Entidades comerciais atacadistas; e,

Entidades comerciais varejistas.

Outras diferenciações: (i) política de compras; (ii) política

de financiamentos; e, (iii) natureza e grau dos riscos

assumidos.

Compra e venda “por conta própria” ou “por conta

de terceiros”a) Atacadistas que operam por conta própria;

b) Varejistas que operam por conta própria;

c) Comissionados, representantes e outras que operam por conta alheia

(terceiros).

1

Page 4: Contabilidade comercial

NOÇÕES DE COMÉRCIO

E INSTITUIÇÕES COMERCIAIS

1.4 Definição de Contabilidade Comercial e Suas

Conseqüências

Ramo da contabilidade destinado ao estudo e controle do patrimônio das

empresas comerciais.

Grande importância analítica em seus desdobramentos.

1.5 Horizontes da Especialização de Contador de

Entidades Comerciais

Perspectiva modesta dada a pequena dimensão dessas entidades (no passado).

Com o desenvolvimento que ultrapassa até mesmo as fronteiras geográficas de

um país, as oportunidades para os profissionais se multiplicaram.

Entretanto, as oport. são para aqueles atualizados com os novos métodos

introduzidos no mundo moderno.

1

Page 5: Contabilidade comercial

CLASSIFICAÇÃO DE SOCIEDADES

2.1 Introdução

Sociedade é o acordo consensual em que duas ou mais pessoas se

obrigam a conjugar esforços ou recursos para a consecução de um fim

comum; ou ainda,

Contrato entre pessoas que se obrigam a contribuir com bens ou serviços

para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos

resultados auferidos. Podendo ser um ou mais negócios determinados.

2.2 As sociedades no Novo Código CivilO NCC foi criado em 10-1-2002;

Entrou em vigor a partir de 11-1-2003;

Para efeito de atualizações foi prorrogado através da MP nº 234 de 10-1-2005;

Dando aos empresários o prazo até 11-1-2006 para se adaptarem ao NCC.

2

Page 6: Contabilidade comercial

CLASSIFICAÇÃO DE SOCIEDADES

2.3 Conceito de empresa

Antiga Sociedade Comercial = Sociedade Empresária hoje

Instrumentos de constituição e alterações registrados na Junta

Comercial

Antiga Sociedade Civil = Sociedade Simples hoje

Registradas em Cartório

Para classificas as sociedades no NCC, é preciso entender:

# entre Empresário e Não Empresário

Empresário: (i) aquele que exerce atividade econômica organizada; (ii)

inscrito na junta comercial; (iii) indústria, comércio, prestação de serviços

em geral caracterizam atividades empresariais.

Continua >>>>>

2

Page 7: Contabilidade comercial

CLASSIFICAÇÃO DE SOCIEDADES

2.3 Conceito de empresa

Não Empresário: aquele que exerce profissão intelectual, de natureza

científica, literária ou artística, salvo se o exercício da profissão constituir

elemento de empresa. A exemplo um médico em seu consultório. Mas ...

se esse médico se une a outros médicos, constituindo um hospital, aí

será uma atividade empresarial.

Aos cônjuges é possível constituir sociedade entre si ou com terceiros,

desde que não tenham casado em regime de comunhão de bens, ou da

separação obrigatória de bens respectivamente.

Voltando ao conceito anterior: Empresária x Simples, considera-se

empresaria a sociedade que tem por objetivo o exercício de atividade

própria de empresário; e, consideram-se simples todas as demais

2

Page 8: Contabilidade comercial

CLASSIFICAÇÃO DE SOCIEDADES

2.4 Objetivo social no nome empresarial

2.5 Classificação das sociedades

Sociedade Não Personificada >> embora constituída oral ou

documentalmente, não oficializou o registro;

Sociedade Personificada >> registrada no órgão competente

(pessoa jurídica)

2.5.1 Sociedades Não Personificadas

Sociedade Comum >> explora atividade economia, mas em registro;

Sociedade em Conta Participação >> um sócio é o Ostensivo, e os

demais são participantes.

2

Page 9: Contabilidade comercial

CLASSIFICAÇÃO DE SOCIEDADES

2.5.2 Sociedades Personificadas

Empresária >> registro na junta comercial

Sociedade em Nome Coletivo;

Sociedade em Comandita Simples

Sociedade Limitada

Sociedade por Ações (Lei das S.A.)

Sociedade em Comandita por Ações (Lei das S.A.)

Simples >> atividade de não empresário registro Cartório Civil

Sociedade Simples “Pura” ou Sociedade em Nome Coletivo;

Sociedade em Comandita Simples;

Sociedade Limitada;

Cooperativa >> Legislação especial e CC

2

Page 10: Contabilidade comercial

CLASSIFICAÇÃO DE SOCIEDADES

2.6 Sociedade Empresária >> registro na junta comercial

Registrada para explorar atividades de empresa. São representadas pelas empresas industriais, comerciais e prestadoras de serviço REGULADAS NOS TIPOS:

2.6.1 SOCIEDADE EM NOME COLETIVO

Características: (i) somente pessoas físicas podem tomar parte; (ii) todos os sócios respondem solidários e ilimitadamente pelas obrigações; (iii) esse tipo de sociedade é pouco interessante pois as responsabilidade dos sócios vais além do capital, é ilimitada.

2.6.2 SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES

(i) Tomam parte sócios de 2 categorias: comanditados – responsabilidade solidária e ilimitada; e, comanditários – responsáveis somente pelo valor de sua quota; (ii) contrato deve descriminar ambos; (iii) em desuso, é menos ruim que a anterior.

2

Page 11: Contabilidade comercial

CLASSIFICAÇÃO DE SOCIEDADES

2.6.3 SOCIEDADE LIMITADA

Características: (i) mais de 90% das empresas se encaixam; (ii) responsabilidade restrita ao valor de suas quotas; (iii) sociedade que tem lei própria nº 11.638/07; (iv) capital divide-se em quotas, iguais ou desiguais onde cada sócio poderá ter uma ou diversas; (v) é administrada por uma ou mais pessoas designadas no contrato social ou ato separado; (vi) administradores não sócios, depende da aprovação de todos os sócios antes da integralização do capital, e, de dois terços no mínimo após a integralização; (vii) o exercício do cargo de administrador termina pela destituição, pelo término do prazo; (viii) ao fim do exercício social elabora o Inventário, BP e DRE; (ix) sem prejuízo dos poderes dos sócios, pode o contrato instituir conselho fiscal de três ou mais membros e suplentes, sócios ou não, residentes no país; (x) deliberações dos sócios serão >>>>>

2

Page 12: Contabilidade comercial

CLASSIFICAÇÃO DE SOCIEDADES

2.6.3 SOCIEDADE LIMITADA

>>>> tomadas em reunião ou em assembléia, conforme previsto no contrato social, convocadas pelos administradores nos casos previstos em lei ou no contrato; (xi) a assembléia é obrigatório quando o número de sócios for superior a dez.

2.6.4 DA SOCIEDADE ANÔNIMA (S.A.) OU COMPANHIA (Cia.)

Características: (i) o capital divide-se em ações, obrigando-se cada sócio ou acionista somente pelo preço de emissão das ações que subscrever ou adquirir; (ii) regida por lei específica nº 11.638/07 e nos casos omissos, pelas disposições do Código Civil. Será comentada em tópico específico.

2.6.5 DA SOCIEDADE EM COMANDITA POR AÇÕES

(i) Também tem o capital dividido em ações e rege-se pelas mesmas normas das sociedades anônimas; (ii) somente >>>>>>

2

Page 13: Contabilidade comercial

CLASSIFICAÇÃO DE SOCIEDADES

2.6.5 DA SOCIEDADE EM COMANDITA POR AÇÕES

>>>> sócio ou acionista pode administrar, e como diretor, responde subsidiária e ilimitadamente pelas obrigações da sociedade; (iii) em caso de mais de 1 diretor, ambos respondem solidariamente depois de esgotados os bens sociais; (iv) sociedade em desuso.

2.7 SOCIEDADE SIMPLES

Características: (i) explora a prestação de serviços de atividade intelectual: advogados, médicos, contadores ... enfim atividades de natureza científica, literária, artística e intelectual; (ii) registradas em cartório de registro civil; (iii) podem ser estabelecidas segundo os mesmos tipos que as sociedades empresárias: sociedades limitada, em nome coletivo ou em comandita simples.

2

Page 14: Contabilidade comercial

CLASSIFICAÇÃO DE SOCIEDADES

2.8 SOCIEDADE COOPERATIVA

Características: (i) regida por legislação específica às cooperativas Lei nº 5,764/71 e pelo CC; (ii) variabilidade, ou dispensa do capital social; (iii) condicionada a número mínimo de sócios, sem limitação de número máximo; (iv) limitação de quotas para cada sócio; (v) instrasferibilidade das quotas do capital; (vi) necessidade de quorum para a assembléia geral funcionar e deliberar; (vii) direito a um único voto para cada participante nas deliberações; (viii) distribuição dos resultados proporcional ao valor das operações efetuadas; (ix) indivisibilidade do fundo de reserva entre os sócios; (x) responsabilidade dos sócios pode ser limitada ou ilimitada.

2

Page 15: Contabilidade comercial

CLASSIFICAÇÃO DE SOCIEDADES

2.9 SOCIEDADE ANÔNIMA (SOCIEDADE POR AÇÕES)

Sociedade de capitais regidas pela Lei 11.638/07;

Também denominadas de companhias, tem capital dividido em ações, e a responsabilidade dos acionistas é limitada ao preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas;

É sempre uma sociedade empresária;

2.9.2 CONSTITUIÇÃO DA S.A. (Requisitos/regras regem a S.A.)

- Subscrição, pelo menos por duas pessoas de todas as ações;

- Realização mínima de 10% em dinheiro;

- Deposito em banco autorizado pela CVM dos 10% dinheiro;

- Duas formas de constituição: subscrição pública ou subscrição particular

2

Page 16: Contabilidade comercial

CLASSIFICAÇÃO DE SOCIEDADES

2.9.3 TIPOS DE S.A.

- COMPANHIA ABERTA

- captação de recursos junto ao publico via bolsas ou mercado de balcão.

- COMPANHIA FECHADA

- obtenção dos recursos entre os próprios acionistas;

- sociedade tradicional, restrita a pequenos grupos.

- SOCIEDADE DE CAPITAL AUTORIZADO

- possui limite autorizado pelo estatuto para aumento de capital até certo teto.

- SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA

- parcela do capital é privado e outra parcela do capital é pertencente a União; - finalidade de interesse público.

2

Page 17: Contabilidade comercial

CLASSIFICAÇÃO DE SOCIEDADES

2.9.4 OBRIGATORIEDADES DAS S.A.

- Assembléia Geral;

- reunião dos acionistas com poderes de decisão sobre negócios

- Ata e Convocação;

- ata é o resumo dos assuntos discutidos nas assembléias lavrada em livro próprio e publicada em jornais;

- convocação para assembléias anúncio publicado em jornais.

- Publicação das Demonstrações Financeiras.

- tanto as S.A. de capital fechado como as S.A. de capital aberto devem publicar no Diário Oficial ou em outro jornal de grande circulação.

2

Page 18: Contabilidade comercial

CLASSIFICAÇÃO DE SOCIEDADES

2.9.5 AÇÕES

- Títulos de propriedade, representativos das cotas-partes de cada sócio em que se divide o capital social de uma sociedade por ações;

- Menor fração em que é dividido seu capital;

- Proprietário de uma ação torna-se sócio da companhia;

- Ao possuidor da ação é conferida parcela de participação no controle e nos lucros da companhia;

- Conforme natureza e vantagens que conferem aos seus titulares, podem ser:

- ORDINÁRIAS: ações comuns sem quaisquer restrições, nem privilégios salvo o direito ao voto;

- PREFERENCIAIS: ações que conferem preferencias declaradas no estatuto como prioridade na distribuição de dividendos e prioridade no reembolso do capital.

2

Page 19: Contabilidade comercial

CLASSIFICAÇÃO DE SOCIEDADES

2.9.5 AÇÕES

- Quanto à forma de circulação, as ações podem ser:

- NOMINATIVAS: caracterizadas pela inscrição do nome do acionista no livro de Registro das Ações Nominativas; transferência dessas ações se dá lavrando-se livro de Transferência de Ações Nominativas com assinatura do cedente e do cessionário;

- ENDOSSÁVEIS: presume-se pela posse do título com base em série regular de endossos, o exercício do direito perante a companhia requer averbação do nome do acionista no livro de Registro de Ações Endossáveis e no certicado.

2

Page 20: Contabilidade comercial

CLASSIFICAÇÃO DE SOCIEDADES

2.11 OUTRAS FORMAS DE TRATAR SOCIEDADES

- SOCIEDADE NACIONAL

- regida pelas leis brasileiras

- SOCIEDADE ESTRANGEIRA

- necessita de autorização do Poder Executivo;

- pode ser acionista em sociedade anônima brasileira.

2.12 EMPRESA RURAL

- Baseado no Novo Código Civil, o produtor rural passa a ser chamado de empresário rural, desde que se inscreva na junta comercial, do contrário ele será considerado um produtor rural autonomo.

2

Page 21: Contabilidade comercial

CLASSIFICAÇÃO DE SOCIEDADES

2.13 ESCRITURAÇÃO CONFORME O CÓDIGO CIVIL

- O empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base em escrituração uniforme em livros específicos e levantar anualmente o BP e a DRE, ficando dispensado dessas obrigações o pequeno empresário.

2.14 SOCIEDADES SEM FINS LUCRATIVOS

- São associações pela união de pessoas para exercerem atividades para fins não econômicos.

2

Page 22: Contabilidade comercial

3ESQUEMA BÁSICO DE

ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL - UMA REVISÃO

Qualquer Conta do Ativo

Débito Crédito

$ Aumentos $ Diminuições

3.5.6 Contas de Passivo e de Patrimônio Líquido A — De Passivo

Desde que as contas do Passivo sempre apareçam no lado direito do balanço, deve acontecer com elas o inverso do que acontece com as do Ativo, isto é, os aumentos e diminuições doPassivo (obrigações) devem ser registrados da seguinte maneira:

Qualquer Conta do Passivo

Débito Crédito

$ Diminuições $ Aumentos

Page 23: Contabilidade comercial

3ESQUEMA BÁSICO DE

ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL - UMA REVISÃO

3.5.7 Resumo do Mecanismo de Débito e Crédito

Resumindo o mecanismo apresentado pode-se dizer que:

Contas

deAtivoPassivoPatrimônio

Efetua-se um lançamento a:

Débito Crédito

paraAumentarDiminuirDiminuir

paraDiminuirAumentarAumentar

Page 24: Contabilidade comercial

PLANO DE CONTAS4

Código Contas1 ATIVO1.1 Circulante (até 360 dias)

— Disponível1.1.1 Caixa1.1.2 Bancos Conta Movimento1.1.3 Aplicações do Mercado Aberto

— Créditos1.1.4 Duplicatas a Receber1.1.5 (-) Duplicatas Descontadas 1.1.6 (-) Provisão para Devedores Duvidosos1.1.7 Títulos a Receber1.1.8 Imposto de Renda na Fonte a Compensar

— Estoques1.1.9 Mercadorias1.1.10 Material de Escritório1.1.11 * (Poderia haver destaque por produtos, por departamento, por filiais etc.) 1.1.12 — Aplicações, Tít. E Valores Mobiliários 1.1.13 — Incentivos Fiscais

— Despesas do Exercício Seguinte (Despesas antecipadas)

1.1.14 Prêmios de Seguro a Vencer1.1.15 Juros a Vencer1.1.16 Encargos Financeiros a Apropriar1.1.17 ---------------------------------------1.2 Realizável a Longo Prazo (após 360 dias)1.2.1 Contas a Receber1.2.2 Títulos a Receber1.2.3 (-) Provisão para Devedores Duvidosos1.2.4 Empréstimos Compulsórios1.2.5 Aplicações em Incentivos Fiscais1.2.6 Empréstimos a Coligadas1.2.7 ----------------------------1.2.8 ----------------------------

Page 25: Contabilidade comercial

PLANO DE CONTAS4

Código Contas1.3 Permanente

— Investimentos1.3.1 Participações em Outras Cias.1.3.2 Imóveis para Renda1.3.3 Imóveis para Futura Utilização (Terrenos)1.3.4 Aplicações em Incentivos Fiscais (efetivada)

— Imobilizado1.3.5 Terrenos 1.3.6 Edifícios1.3.7 Instalações1.3.8 Móveis e Utensílios1.3.9 Veículos1.3.10 Marcas e Patentes1.3.11 Benfeitorias em Propriedade de Terceiros1.3.12 Imobilizado em Andamento1.3.13 ------------------------------- 1.3.14 Depreciação (ou Amortização) Acumulada1.3.14.01 Edifícios - Depreciação 1.3.14.02 Instalações - Depreciação 1.3.14.03 Móveis e Utensílios - Depreciação1.3.14.04 Veículos - Depreciação1.3.14.05 Marcas e Patentes - Amortização1.3.14.06 Benfeitorias - Amortização1.3.14.07 -------------------------------1.3.14.08 -------------------------------

— Diferido1.3.17 Gastos Pré-Operacionais1.3.18 Gastos de Organização ou Reorganização1.3.19 ------------------------------------------------1.3.20 (-) Amortização1.3.20.01 Gastos Pré-Operacionais1.3.20.02 Gastos de Organização ou Reorganização1.3.20.03 ----------------------------

Page 26: Contabilidade comercial

PLANO DE CONTAS4

Código Contas

2 PASSIVO2.1 Circulante (até 360 dias)2.1.1 Fornecedores2.1.2 ICMS a Recolher2.1.3 IR a Pagar (Provisão para I.Renda)2.1.4 Salários a Pagar2.1.5 Encargos Sociais a Recolher2.1.6 Empréstimos Bancários2.1.7 Contas a Pagar2.1.8 PIS a Recolher2.1.9 FINSOCIAL a Recolher2.1.10 Contribuição Social a Pagar (Provisão)2.1.11 Título a Pagar2.1.12 (-) Despesa de Juros a Apropriar2.1.13 ------------------------------------

2.2 Exigível a Longo Prazo (após 360 dias)2.2.1 Financiamentos2.2.2 Títulos a Pagar2.2.3 Debêntures a Pagar2.2.4 ----------------------2.2.5 ----------------------

2.3 Resultados de Exercícios Futuros2.3.1 Receitas de Exercícios Futuros2.3.2 (-) Custos/Despesas Referentes a

Receitas de Exercícios Futuros

Page 27: Contabilidade comercial

PLANO DE CONTAS4

Código Contas

3 PATRIMÔNIO LÍQUIDO3.1 Capital Social3.1.1 Capital Subscrito3.1.2 (-) Capital a Integrar

3.2 Reservas de Capital3.2.1 Correção Monetária do Capital Realizado3.2.2 Ágio na Emissão de Ações3.2.3 Doações e Subvenções3.2.4 Prêmio na Emissão de Debêntures3.2.5 Alienação de Partes Beneficiárias3.2.6 Reserva para Incentivos Fiscais

3.3 Reservas de Reavaliação3.3.1 Reavaliação do Permanente

3.4 Reservas de Lucros3.4.1 Reserva Legal3.4.2 Reserva Estatutária3.4.3 Reserva para Contingência3.4.4 Reserva de Lucros a Realizar3.4.5 Reserva de Lucros para Expansão3.4.6 --------------------------------------

3.5 Lucros ou Prejuízos Acumulados3.5.1 Lucros Acumulados3.5.2 (-) Prejuízos Acumulados

3.6.1 (-) Ações em Tesouraria

Page 28: Contabilidade comercial

PLANO DE CONTAS4

Código Contas

4.1 Receita Bruta de Vendas4.1.1 No Estado4.1.2 Interestadual

4.2 (-) Deduções da Receita Bruta4.2.1 Vendas Canceladas4.2.2 Abatimentos

Impostos e Taxas Incidentes sobre Vendas4.2.3 ICMS4.2.4 PIS s/faturamento4.2.5 FINSOCIAL

5.1 (-) Custos da Mercadoria Vendida5.1.1 Custo por Unidade de Mercadoria Vendida ou5.1.2. Custo da Mercadoria Vendida com Base no Inventário5.1.2.1 Estoque Inicial5.1.2.2 Compras5.1.2.3 Despesas com Transporte de Compras5.1.2.4 Outras Despesas de Compras5.1.2.5 Devoluções de Compras (-)5.1.2.6 Estoque Final (-)

Page 29: Contabilidade comercial

PLANO DE CONTAS4

Código Contas

5.2 (-) Despesas Operacionaisde Vendas

5.2.1 Pessoal5.2.2 Comissão de Vendedores5.2.3 Propaganda e Publicidade5.2.4 Provisão para Devedores Duvidosos5.2.5 (+) Reversão da Provisão p/ Devedores Duvidosos5.2.6 Fretes de Vendas

Administrativas5.2.7 Pessoal5.2.8 Honorários da Diretoria5.2.9 Encargos Sociais5.2.10 Aluguel do Escritório5.2.11 Depreciação de Bens Utilizados pela Administração5.2.12 Seguros, Acidente de Trabalho5.2.13 Fundo de Garantia por Tempo de Serviço5.2.14 Auditoria e Consultoria5.2.15 Seguros

Financeira5.2.16 Juros Pagos ou Incorridos5.2.17 Descontos Concedidos5.2.18 Correção Monetária Prefixada

(+) Receitas4.4.1 Juros Recebidos (Juros Ativos)4.4.2 Descontos Obtidos

(-) Variações Monetárias5.2.18* Variação Cambial5.2.19* Correção Monetária de Dívida

* Na hipótese de serem variações positivas, codificaríamos também o dígito 4.

Page 30: Contabilidade comercial

PLANO DE CONTAS4

Código Contas

Outras Despesas Operacionais5.2.20 Prejuízos de Participação em outras Sociedades5.2.21 -----------------------

Outras Receitas Operacionais4.5.3 (-) Lucros de Participação em outras Sociedades4.5.4 -----------------------

(±) Resultados não Operacionais4.6.1 Ganhos de Capital Permanente4.6.2 -----------------------5.3.1 Perdas de Capital Permanente5.3.2 -----------------------5.3.3 (-) Despesa com Impostos de Renda5.3.4 Despesa com Contribuição Social

5.4 (-) Participação e Contribuições5.4.1 Debêntures5.4.2 Empregados5.4.3 Administradores5.4.4 Partes Beneficiárias5.4.5 Doações e Contribuições5.4.6 ------------------------------5.4.7 ou 4.7 Resultado do Exercício

Page 31: Contabilidade comercial

CONSTITUIÇÃO DE EMPRESAS

5.1 Parte Jurídica

a) o tipo de sociedade adotado:empresa individual, sociedade civil, sociedade comercial (Ltda.,

S.A.)...;b) a declaração precisa do objeto social

o ramo de negócio que a empresa exercerá;c) o capital social, a participação e a responsabilidade de cada

sócio:o valor do capital social, o quinhão de cada sócio;

d) qualificação dos sócios:nome, nacionalidade, estado civil, número da identidade,

reservista;e) denominação da empresa e sede:

o nome comercial da empresa, bem como a sua localização, município;

f) prazo de duração da sociedade:normalmente o prazo é indeterminado;

g) outras informações: destaque dos sócios-gerentes; forma deintegralização do capital; atitudes no caso de falecimento de

sócios etc.

5

Page 32: Contabilidade comercial

CONSTITUIÇÃO DE EMPRESAS

5.2.1 Sociedade por Quota de Responsabilidade Limitada (Ltda.)A — Subscrição do Capital

5

Data Títulos das contas/históricoCódigo

da contaDébito Crédito

19x4maio 02 CAPITAL A INTEGRALIZAR

CAPITAL SUBSCRITO Capital assumido (subscrito) na constituição de empresa Sílvia Modas Ltda. Conforme

contrato assinado na Junta Comercial sob nº 96.495, pelos sócios: ULDERICO BARNAR $ 48.000.000 por 48.000 quotas a $ 1.000 cada uma JANE LIMA TAVARES $ 32.000.000 por 32.000 quotas a $ 1.000 cada uma

3.1.23.1.1

80.000.000-

-80.000.000

Page 33: Contabilidade comercial

CONSTITUIÇÃO DE EMPRESAS

5.2.1 Sociedade por Quota de Responsabilidade Limitada (Ltda.)

B — Integralização do Capital

5

Data Títulos das contas/históricoCódigo

da contaDébito Crédito

19x4maio 10 CAIXA A INTEGRALIZAR

CAPITAL A INTEGRALIZAR Recebimentos dos cheques nominais para integralização de 50% do capital

dos sócios: ULDERICO BARNAR $ 24.000.000 cf. cheque do Banco Universal nº ------------------------ JANE LIMA TAVARES $ 16.000.000 cf. cheque do Banco Safenado nº ------------------------

1.1.13.1.2

40.000.000-

-40.000.000

Page 34: Contabilidade comercial

CONSTITUIÇÃO DE EMPRESAS

Após a realização de 50% do Capital Social, a situação patrimonial é a seguinte:

5

Ativo

Circulante Caixa Bancos c/ Movimento

Permanente Investimento Imobilizado

TOTAL

10-5-x4

40.000

- 0 -

- 0 -- 0 -

40.000

Passivo e PL

Circulante------------------------

------------------------

Patrimônio Líquido Capital Subscrito (-) Capital a Integralizar Capital Realizado

10-5-x4

-

-

80.000(40.000)

40.000

TOTAL 40.000

Em $ mil

Page 35: Contabilidade comercial

Parte II

OPERAÇÕES TÍPICAS

EM EMPRESAS COMERCIAIS 6. Impostos e Taxas Sobre Vendas

7. Operações com Mercadorias

8. Apuração Contábil do Resultado

9. Operações Financeiras

10. Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa

11. Folha de Pagamento

12. Depreciação e Correção Monetária

Page 36: Contabilidade comercial

IMPOSTOS E TAXAS SOBRE VENDAS

(IPI, ICMS, ISS, FINSOCIAL)

6.1 Alguns Aspectos Contábeis do ICMS

6.1.1 Na Compra

6

A contabilização é:

Compras/Mercadorias 1

41.500.000

ICMS a Recuperar

8.500.000

Fornecedores/Caixa

50.000.000

_____________

1. A explicação do uso da conta Compras (Resultado) ou conta Mercadorias (Ativo Circulante) será fornecida no capítulo seguinte

Page 37: Contabilidade comercial

IMPOSTOS E TAXAS SOBRE VENDAS

(IPI, ICMS, ISS, FINSOCIAL)6.1 Alguns Aspectos Contábeis do ICMS

6.1.2 Na Venda

6

No momento da venda, ao contrário da compra, o ICMS (assim como os outros Impostos sobre Vendas) comporá a Receita Bruta, devendo ser deduzido, em seguida, para apuração da Receita Líquida:

Receita Bruta

70.000.000

Caixa/Clientes

70.000.000

ICMS s/Vendas

11.900.000

ICMS a Recolher

11.900.000

Em seguida, destaca-se contabilmente o ICMS

Page 38: Contabilidade comercial

IMPOSTOS E TAXAS SOBRE VENDAS

(IPI, ICMS, ISS, FINSOCIAL)

6.1.3 Apuração do ICMS a Recolher

6

ICMS a Recuperar

8.500.000

3.400.000

(saldo devido)

ICMS a Recolher

11.900.000

ICMS pago na compra

ICMS recebido na venda

8.500.000 1 1 8.500.000

11.900.000(-) 8.500.000

3.400.000

6.1 Alguns Aspectos Contábeis do ICMS

Page 39: Contabilidade comercial

OPERAÇÕES COM MERCADORIAS

7.2 Resultado com Mercadorias (RCM) É obtido de diferença entre o valor das Vendas efetuadas num determinado período e o valor do Custo das Mercadorias vendidas incorrido nesse mesmo período.

7

Assim:

RCM = V - CMV

ou:

RESULTADO COM MERCADORIAS = VENDAS - CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS

Page 40: Contabilidade comercial

OPERAÇÕES COM MERCADORIAS

7.4 Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) Representa o valor atribuído às mercadorias negociadas pelo comerciante com seus clientes. O CMV, como o nome indica, é um valor de custo para o comerciante, valor que será confrontado com o valor de venda (receita) para a obtenção do Resultado com Mercadorias - RCM.

Monetariamente, o valor do CMV é obtido pela equação:

7

Custo das Mercadorias Vendidas = Estoque Inicial + Compras - Estoque Final

CVM = EI + - EF

Page 41: Contabilidade comercial

OPERAÇÕES COM MERCADORIAS

7

7.4.1 Inventário Periódico versus Inventário Permanente

A característica básica do inventário periódico é a de que a empresa toma conhecimento do volume de seus estoques (para fins contábeis) de tempos em tempos, ou seja, no final de cada período (mês, semestre, ano). Com isso, o valor do CMV também só é conhecido periodicamente. Por isso, não há registro do CMV à medida que as vendas vão correndo.

No inventário permanente, a cada venda efetuada a empresa controla cada item de estoque negociado. Isso permite que se conheça, após cada operação (quer de compra, quer de venda) o nível de seus estoques. Se acoplada ao controle físico da movimentação dos estoques uma forma de controle financeiro, serão conhecidos após cada movimentação tanto o valor do CMV (da operação ou o acumulado até a operação), como o valor do estoque remanescente (Estoque Final).

7.4 Custo das Mercadorias Vendidas (CMV)

Page 42: Contabilidade comercial

OPERAÇÕES COM MERCADORIAS

7

A Demonstração do Resultado do Exercício:

A DEMONSTRAÇÃO NA FORMA DEDUTIVA

Vendas 224.000Menos: Devolução de Vendas 6.000 Abatimentos s/ Vendas 4.000 10.000

214.000Vendas Líquidas(-) CMV: Estoque Inicial 30.000 (+) 182.000 Menos:

Devoluções de Compras 9.000 Abatim. s/ Compras 5.000 14.000 168.0001

Mercadorias Disponíveis 198.000(-) Estoque Final 28.000

Custo das Mercadorias Vendidas 170.000

Lucro Bruto 44.000 etc.

1. 168.000,00 correspondem às compras líquidas. Devoluções e abatimentos alteram o valor das compras ou das

vendas, diminuindo-as.

Page 43: Contabilidade comercial

OPERAÇÕES COM MERCADORIAS

7

Cada um dos critérios arrolados pode ser subdivido em métodos distintos de abordar o assunto. Apenas a título de curiosidade citamos a seguir alguns dos métodos possíveis dentro do “critério do custo de aquisição sem consideração dos eleitos da inflação”:

método do custo específico; método do custo mais recente; método PEPS (ou FIFO), conhecido por “Primeiro a Entrar e o Primeiro a sair”, do

inglês “First In, First Out” ; método UEPS (ou LIFO), conhecido por “Ultimo a Entrar e o ´Primeiro a sair”, do

inglês “Last In, First Out”; método do “custo médio ponderado”; método do “custo médio ponderado variável”.

7.7 Inventário Permanente e Avaliação dos Estoques

Page 44: Contabilidade comercial

OPERAÇÕES COM MERCADORIAS

7

7.7.5 Comparação entre Métodos

Para uma observação dos reflexos dos quatro métodos ilustrados, suponha-se que os preços unitários das três vendas realizadas tenham sido $ 40,00, $ 45,00 e $ 50,00 conforme a ordem cronológica que que ocorreram. Logo, a receita total do mês de março foi de $ 1.800,00.

Tabulando os dados de forma resumida teremos:

Custo Específico

PEPS UEPSMédia Ponderada

Móvel

Vendas(-) CMV

1.8001.050

1.8001.000

1.8001.250

1.8001.094

Lucro Bruto 750 800 550 706

Est. Final 1.300 1.350 1.100 1.256

Page 45: Contabilidade comercial

OPERAÇÕES COM MERCADORIAS

7

7.8 Avaliação do Estoque no Caso de Inventário Periódico

7.8.1 Método do Preço Específico

7.8.2 PEPS (FIFO)

7.8.3 UEPS (LIFO)

7.8.4 Média Ponderada Móvel

Page 46: Contabilidade comercial

APURAÇÃO CONTÁBIL DO RESULTADO

8

8.1 Resultado e Período Contábil

Despesas de Salários

16.000.000

Receita

45.000.000

Despesas de Mat.Escritório

7.000.000

Apur.Result.Exercício

45.000.000

16.000.000 45.000.000

16.000.000

7.000.000

7.000.000

Page 47: Contabilidade comercial

APURAÇÃO CONTÁBIL DO RESULTADO

8

8.1.4 Apuração do Resultado

Apuração do Resultado do Exercício

45.000.000 (Receita)(Despesas) 23.000.000

Se o total da receita for maior que o total da despesa, haverá lucro; se a receita for menor que a despesa, haverá prejuízo.No exemplo apresentado, têm-se $ 45.000.000 de receita contra $ 23.000.000 de despesa; portanto, houve um lucro de $ 22.000.000 ($45 -$23).

22.000.000

lucro

(Saldo)

Page 48: Contabilidade comercial

8.2 Apuração Contábil de Resultado em Empresa Comercial

8

Apuração do Resultado do Exercício

XXXXXX

Outras Receitas

XXXX

APURAÇÃO CONTÁBIL DO RESULTADO

Custo Merc. Vendida

XXX

Resultado com Mercadorias

XXXDepurações de Receita Bruta

XXX

XXX

Receita Bruta

YYY

YYY

XXX

XXXXDespesas Diversas

XXXXX XXXX

Page 49: Contabilidade comercial

OPERAÇÕES FINANCEIRAS

9.1 Importância da Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC)

9.2 Aplicações Financeiras

9.3 Financiamentos

9.3.1 Empréstimos com juros — prefixados

9.3.2 Desconto de duplicadas

9.3.3 Empréstimos com juros pós-fixados (variações monetárias)

9

Page 50: Contabilidade comercial

OPERAÇÕES FINANCEIRAS

9.4 Descontos financeiros (Condicionais)

9

Os descontos financeiros são os prêmios oferecidos pelo vendedor ao comprador, por um pagamento antecipado de dívidas assumidas com transação de mercadorias. Normalmente, o vendedor indica, na nota fiscal,ou na duplicata, que o valor da dívida é “X”, e que será cobrada, dentro de 90 dias, pelo próprio valor; se for paga dentro de 60 dias, o comprador gozaráde um desconto de 3%, e, se dentro de 30 dias, de 5%. Essas porcentagensvariam segundo as condições; há, inclusive, os que concedem desconto a favordos que fazem o pagamento no próprio dia do vencimento.

Page 51: Contabilidade comercial

PROVISÃO PARA CRÉDITO

DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA10

O recebimento da duplicata não é líquido e certo, uma vez que a empresa está sujeita aos riscos de crédito. Se a empresa tiver perdas com seus clientes (os que não são bons pagadores), o saldo de Duplicatas a Receber será reduzido, isto é, a empresa não receberá o montante registrado, mas aquele montante menos as possíveis perdas. Dessa forma, defronta-se com dois valores referentes a Duplicatas a Receber: aquele registrado como contrapartida da Vendas a prazo e aquele que efetivamente a empresa irá receber (deduzidas as possíveis perdas). Pelo Conservadorismo, não há dúvida, fica-se com o menor.

Page 52: Contabilidade comercial

PROVISÃO PARA CRÉDITO

DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA

10.1 Cálculo da Provisão para Devedores Duvidosos

10

DEMONSTRAÇÃO DO CÁLCULO DA PROVISÃO(Retrospecto histórico)

ExercícioDuplicatas a Receber

Saldo em 31/12Perda efetivamente observada

Ano 1Ano 2Ano 3

Total

200.000.000250.000.000300.000.000___________

750.000.000

7.000.00010.000.00010.750.000__________

27.750.000

Perda X 100 27.750.000_________________ = ________________ = 3,7%

Saldos 750.000.000

Page 53: Contabilidade comercial

PROVISÃO PARA CRÉDITO

DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA10

Pro.p/ Dev. Duvidosos

a 10.750.000

12.500.000

(Provisão de

31-12-x3) b 1.750.000

12.500.000 12.500.000

14.311.600 c

Despesas com Provisão p/

Crédito Liq. Duvidosac 14.311.600

Revisão Prov. Dev.Duvidosos

1.750.000 b

Duplicatas a Receber

387.550.000

(v.bruto)

10.750.000 a

376.800.000

(Saldo de

31-12-x4)

Page 54: Contabilidade comercial

FOLHA DE PAGAMENTO

11.1 Noções Básicas de Contabilização da Folha de Pagamento

e Encargos Sociais

Pactuados os salários com os empregados, a contabilização

da folha de pagamento deve ser feita de modo a respeitar o regime de competência mensal. Suponhamos que o salário mensal do empregado A seja de $ 200,00. No final de abril/x1, tendo ele trabalhado sem faltas, teremos:

11

Déb. Despesas com Salários 200,00 Créd. Caixa/Bancos (Salários a Pagar) 200,00

Page 55: Contabilidade comercial

FOLHA DE PAGAMENTO

11.1.2 Encargos dos Empregados

Os próprios empregados são responsáveis por parte do custeio da

previdência social oficial. O governo atribui às empresas a responsabilidade de serem as intermediárias arrecadadoras das contribuições dos empregados. Surge então um novo “desconto” na folha de pagamento: para com a IAPAS.

É comum, também, que empregados que percebam salários acima de certos montantes tenham outro desconto em folha: o relativo ao imposto de renda. Esse desconto é o “imposto de renda retido na fonte” (IRRF). A empresa — fonte pagadora — recebe a incumbência de efetuar essa retenção, a qual nada mais é do que uma tributação do imposto de renda sobre os salários (renda) dos empregados. A “contribuição sindical” é outro encargo que cabe ao empregado, competindo à empresa empregadora reter na fonte. Isso ocorre uma vez por ano.

11

Page 56: Contabilidade comercial

FOLHA DE PAGAMENTO

11.1.3 Encargos da Empresa

As empresas empregadoras também são responsáveis por parte do

custeio da previdência social. Esse ônus, despesa da empresa, é um dos denominados “encargos sociais”. O cálculo do encargo da empresa para com o IAPAS tem como base os salários pagos aos empregados. O valor recolhido pela empresa ao IAPAS, encargo seu, é composto de uma série de valores, cada um dos quais recebendo, quando em poder do governo, uma destinação específica: Fundo de Previdência e Assistência Social, salário-família, salário-maternidade, salário-educação, seguro acidentes do trabalho etc. Parte dos encargos sociais da empresa para com o IAPAS acaba sendo ressarcida (pelo menos parcialmente) pelo governo às empresas. Alguns casos são a seguir explicados, sem aprofundamento nas minúcias legais de cada um.

11

Page 57: Contabilidade comercial

FOLHA DE PAGAMENTO

11.2 Férias

É constitucionalmente garantido aos empregados o gozo de férias

anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal. Os empregados adquirem o direito às férias a cada período de 12 meses de vigência do contrato de trabalho (é o chamado “período de aquisição”), o qual não é interrompido quando as férias forem efetivamente gozadas. O tempo normal de duração das férias é de 30 dias (que poder ser reduzido para 24, 18 ou 12 dias em função do número de faltas injustificadas no período aquisitivo: essa particularidade não será aqui aprofundada). As férias devem ser pagas ao empregado antes que ele as inicie a gozar e, pela norma constitucional, acrescidas de pelo menos um terço do valor que lhe cabe pelos dias que gozará (em regra geral, 30 dias).

11

Page 58: Contabilidade comercial

FOLHA DE PAGAMENTO

11.2.1 Abono Pecuniário e Provisão para Férias

É a expressão técnica para a possibilidade que existe de o

empregado negociar com a empresa no máximo um terço do período de férias a que tem direito. Ou seja, tendo ele direito a, por exemplo, 30 dias, recebe por 30 dias de férias, mas somente goza 20 deles. Os 10 outros ele trabalha, recebendo normalmente pelo seu trabalho. É o que, no jargão popular, se usa como “vendeu 1/3 das férias”.

11

Page 59: Contabilidade comercial

FOLHA DE PAGAMENTO

11.3 13º Salário

“Décimo terceiro salário” é o nome popular que tecnicamente

se denomina “gratificação de natal”, ou “gratificação natalina”, que, de forma simplificada, consiste em pagar ao empregado “um salário a mais no final do ano”. Essa regra geral, tal como enunciada, na prática é bem mais flexível. Em primeiro lugar, o 13º salário pago deve guardar certa proporcionalidade com o período de tempo de trabalho do empregado naquele ano. Em segundo lugar, a legislação determina que o 13º salário seja pago em duas parcelas: a primeira até 30 de novembro e a segunda (e última) até 20 de dezembro de cada ano.

11

Page 60: Contabilidade comercial

Depreciação

12.1 Depreciação Os bens do imobilizado, com o passar do tempo, em virtude do uso,

vão sofrendo deteriorização física. Dessa forma, os bens vão perdendo sua eficiência funcional. Esse desgaste ocorrido no período é contabilizado como despesa denominada Depreciação. A depreciação também pode ocorrer por razões tecnológicas, ou seja, o bem pode, de uma hora para outra, ficar superado, antiquado, perder sua competitividade, tornando-se inviável a sua utilização. Nesse caso denomina-se depreciação por obsoletismo. A depreciação ocorre normalmente com bens tangíveis (corpóreos). Quando se tratar de bens intangíveis (incorpóreos, isto é, que não podem ser tocados, palpados), a despesa é denominada (em virtude da perda de valor do bem) Amortização. A perda de valor decorrente da exploração de direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais é denominada Exaustão. Normalmente, os procedimentos aplicados à depreciação são válidos para a Amortização e Exaustão.

12

Page 61: Contabilidade comercial

Depreciação

12.1.1 Taxa Anual de Depreciação

Para cálculo de taxa anual de depreciação é necessário estimar a vida

útil do bem, isto é, quando ela vai durar, levando-se em consideração as Causas Físicas (o uso, o desgaste natural e a ação dos elementos da natureza) e as Causas Funcionais (a inadequação e o obsoletismo, considerando-se o aparecimento de substitutos mais aperfeiçoados).

12

Taxas de Depreciação Anual Fixadas pela Legislação do Imposto de Renda

Grupos de Bens do Imobilizado Ao Ano 100% ÷ pela vida útil estimada

Bens Móveis em geral 10% (100% ÷ 10 anos)

Edifícios e Construções 4% (100% ÷ 25 anos)

Biblioteca 10% (100% ÷ 10 anos)

Ferramentas 20% (100% ÷ 5 anos)

Máquinas e Instalações Industriais 10% (100% ÷ 10 anos)

Veículos em geral 20% (100% ÷ 5 anos)

Page 62: Contabilidade comercial

Depreciação

12.1.2 Depreciação por Uso Intensivo

12

Para dois turnos Taxa Normal X Coeficiente Taxa Acelerada

MáquinasFerramentas:--------------------------------------

10%20%----------

XXXX

1,51,51,51,5

15%30%------------

Para três turnos

Máquinas----------------------------------

10%------------

XXX

2,02,02,0

20%------------

Page 63: Contabilidade comercial

Depreciação

12.1.3 Cálculo e Contabilização da Depreciação

12

Período DRE (Despesas ou Custo) Balanço Patrimonial (Ativo Permanente)

1º Ano

2º Ano

Observações Obs. 1: se o bem fosse adquirido durante o ano, a depre- ciação seria em duodécimo, considerando-se uma taxa proporcional ao número de meses de uso ao ano.

Obs. 2: a conta Veículos não será baixada enquanto esses não forem vendidos ou destruídos.

3º Ano

4º Ano

5º Ano

____________________________Desp. Depreciação____________________________

____________________________Desp. Depreciação____________________________

____________________________Desp. Depreciação____________________________

__________________

(3.000.000)__________________

__________________

(3.000.000)__________________

__________________

(3.000.000)__________________

______________ _________

______________ _________

Depreciação

1 3.000.000

Depreciação

2 3.000.000

Depreciação

3 3.000.000

______________

______________

Imobilizado

Veículos 15.000.000(-) Depr. Acumulada (3.000.000) 12.000.000

Imobilizado

Veículos 15.000.000(-) Depr. Acumulada (6.000.000) 9.000.000

Imobilizado

Veículos 15.000.000(-) Depr. Acumulada (15.000.000) - 0 -

__________________________

__________________________

3.000.000 1

Depreciação Acumulada

3.000.000

Depreciação Acumulada

3.000.000 2

3.000.000

________________

________________

12.000.000

Depreciação Acumulada

3.000.000 3

15.000.000

Partidas DobradasDebita Despesas de DepreciaçãoCredita Depreciação Acumulada