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Empresa de Pesquisa Energética Ministério de Minas e Energia Energia & Cenários Setembro de 2017 Construindo o setor elétrico do futuro & Visão da matriz Energia & Cenários 2017 São Paulo, 13 de setembro de 2017

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Energia & CenáriosSetembro de 2017

Construindo o setor elétricodo futuro & Visão da matriz

Energia & Cenários 2017São Paulo, 13 de setembro de 2017

Empresa de Pesquisa EnergéticaMinistério de Minas e Energia

Energia & CenáriosSetembro de 2017

TemárioConstruindo o setor elétrico do futuro e visão de matriz elétrica

• A CP 33: Proposta de Aprimoramento do Setor Elétrico

• Desafio da construção do setor elétrico do futuro

• Papel do planejamento

• Proposta: CP 33.

• Principais tendências e visão de matriz (PDE 2026)

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Setor Elétrico do Futuro: Desafio da construção

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O que é o setor elétrico do futuro?Desafio das condições de contorno: tecnologia e aspectos socioambientais

• Evolução tecnológica

• No atacado, tecnologias de geração com custos variáveis de produção desprezíveis e

elevada variabilidade de produção são a realidade

• No varejo, recursos energéticos distribuídos, incluindo solar de pequena escala,

armazenamento, resposta pela demanda e carros elétricos serão a realidade

• Tecnologias de medição avançada e de comunicação bidirecional com consumidores

varejistas tornarão o consumidor um agente “ativo”

• Aspectos socioambientais cada vez mais presentes na expansão

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O que o setor elétrico do futuro nos demandará?Aperfeiçoamento é a palavra-chave!

• É necessário antecipar as ações de regulação e de planejamento antes que problemas aconteçam:

• Novas tecnologias demandam novos procedimentos de planejamento e operação, exigindo flexibilidade e análises mais sofisticadas e com maior granularidade (metodologia e modelagem).

• Precisaremos de processos adaptativos e com inovação.

• Relação risco × retorno de medidas e políticas deve ser analisada.

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Trazendo Maior Eficiência ao Setor Elétrico: Proposta da CP 33

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Visão de longo prazo para o setor elétricoPontos de consenso entre agentes do setor

• Incentivos a decisões eficientes de agentes para garantir economicidade,

segurança e sustentabilidade de suprimento.

• Sinais econômicos como vetor de alinhamento entre incentivos individuais e

interesse sistêmico.

• Incentivos requerem alocação adequada de riscos: alocação ótima considerando

risco-retorno e prêmios.

Visão de longo prazo: Setor elétrico como vetor para a recuperação econômica com sustentabilidade de longo prazo e atenção aos desafios atuais

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Visão de longo prazo para o setor elétricoSetor elétrico como vetor para a recuperação econômica com sustentabilidade de longo prazo e atenção aos desafios atuais

• Como alcançar esta visão?

• Definição de princípios, comunicação e diálogo

• Medidas de aprimoramento e ações baseadas nestes princípios, reconhecendo a

importância de mercado onde ele é bom e planejamento onde o mercado possui

dificuldades.

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• Estrutura da consulta

• Princípios e Visão de futuro

• Grupo 1 – Compromissos e Elementos de Coesão

• Grupo 2 – Medidas de Destravamento

• Grupo 3 – Alocação de Custos e Racionalização

• Grupo 4 – Medidas de Sustentabilidade e Desjudicialização

• “FAQ” para discussão criados

CP 33 como proposta de aperfeiçoamento do setorPrestando contas com passado e uma proposta para o futuro

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• 200+ contribuições recebidas

• Principais temas

• Separação lastro x energia & financiabilidade da expansão

• Oferta de preços & questão do MRE

• Tarifa binômia + sinais horo-locacionais na Distribuição

• Descotização e privatização da Eletrobras

• Cheque em branco ao governo & AIR

CP 33 como proposta de aperfeiçoamento do setorPrimeiras Avaliações

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• Temas importantes não incluídos na CP que são essenciais

• Separação energia x fio & comercialização na Distribuição

• Governança setorial & recursos

• Timing da implementação? Não vai virar a chave imediatamente

CP 33 como proposta de aperfeiçoamento do setorO que não foi incluído mas era importante

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• Precisamos sim, aperfeiçoar o modelo setorial, e começar já.

• Mas não existe o modelo setorial bom, bonito e barato, que há

uma transição, e com ela muitos desafios

O MME e a EPE seguem , de forma integrada às outras instituições,

abertos para discutir estes temas (e outros) com todos

Conclusões

CP 33 como vetor de aperfeiçoamento do setor

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PDE 2026:Principais Tendências e

Visão da Matriz

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PDE 2026Visão Geral

• Apoio ao planejamento do setor de energia: • Documento informativo com indicação, e não

determinação, das perspectivas de expansão futura do setor de energia sob a ótica do Governo.

• Visão integrada para os diversos energéticos no horizonte de 10 anos:

• Considera sinergias e traz benefícios em termos de aumento de confiabilidade, redução de custos de produção e redução de impactos ambientais.

• Instrumento de comunicação com a sociedade, os agentes e investidores:

• Para agentes e investidores, o PDE facilita o acesso à informação relevante para a tomada de decisões.

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PDE 2026Principais Novidades

• Tratamento da incerteza no processo de planejamento:• Construção de uma trajetória de referência e análises de

sensibilidade (cenários what-if).

• Instrumento de diálogo com sociedade sobre incerteza:• Consulta Pública, Apresentações, Seminários: Novos

estudos com novos cenários what-if ao longo do ano.

• Boxes: • Ressaltam mensagens, fazem

provocações, buscam trazer a discussão e o livre pensamento para dentro do documento.

• No caso do setor elétrico: • Modelo computacional de decisão de investimento para suporte

à construção da oferta• Transparência, reprodutibilidade & benchmarks

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PDE 2026Principais Novidades

• Resumo com pontos principais dos capítulos.

• Nova formatação: • Menor número de páginas, mas não

menos informativo!• Layout mais leve.

• Informação disponível na página do PDE no site da EPE :

• Dados de gráficos,• Decks, • Figuras, • Notas técnicas.

• E já pensando no próximo PDE:• Vídeos• Blog do PDE• Webinars

http://www.epe.gov.br/pde

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Nota: Dados preliminares para 2016.

Eletricidade – Previsão de carga de energia no SINPDE 2026 x PDE 2024: Comparação

O crescimento médio anual da carga do SINno cenário de referência é deaproximadamente 2.700 MWmédios.

GW

méd

ios

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E a oferta de geração no longo prazo? Perspectivas do PDE de configuração futura da oferta

• Composição das adições ao parque gerador:

• Pedido para Papai Noel: geração hidrelétrica e novas renováveis (EOL, SOL, BIO, PCH).• Mas há importantes restrições à expansão hídrica de grande porte e com reservatórios, apesar de

seu valor p/ sistema.• Com isso, geração renovável e termelétrica predominam na expansão.

• Há demanda de expansão para prover serviços específicos ao sistema: flexibilidade operativa

2 017 2 018 2 019 2 020 2 021 2 022 2 023 2 024 2 025 2 026

Bala

nço

de g

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a [M

Wed

]

Oferta Existente + Contratada Carga - Referencia Carga - Cenário alternativo

Ano

Crescimento PIB [%/a]

Referência Alto

2017 0.5% 1.7%2018 1.8% 2.8%2019 2.1% 3.1%2020 2.7% 3.2%

2021- 2026 3.0% 3.5%

Necessidade de nova oferta no horizonte decenal para cobrir mercado total (ACL e ACR): [~10,000 – 15,000 MW médios]

Mas lembrar sempre que a demanda para o leilão do ACR vem da distribuidora!

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2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026

Capa

cida

de (M

W)

Capacidade Anual Acumulada

Alternativa para Ponta Biomassa Eólica Hidráulica PCH Solar Térmica

Fontes 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026Alternativa para Ponta 0 0 0 0 994 2 532 4 334 8 002 12 198 12 198Biomassa 0 0 0 0 467 935 1 502 2 070 2 637 3 204Eólica 0 0 0 1 000 2 804 4 608 6 412 8 217 10 021 11 825Hidráulica 0 0 0 0 0 0 118 351 787 1 317PCH 0 0 0 0 0 300 600 900 1 200 1 500Fotovoltaica 0 0 0 1 000 2 000 3 000 4 000 5 000 6 000 7 000Térmica 0 0 0 0 0 0 1 500 1 500 2 084 2 667

NomePotência

Instalada Total (MW)

Ano de Entrada em

OperaçãoTelêmaco Borba 118 2023

Tabajara 350 2024

Apertados 139 2025

Ercilândia 87 2025

Foz do Piquiri 93 2025

Castanheira 140 2026

Porto Galeano 81 2026

Bem Querer 709 2026

Itapiranga 725 2026

MDI - ResultadosCenário Referência: Expansão Indicativa

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6% 6%

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60%59%

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53% 52%

21%22% 23% 24%

25% 26% 27% 28% 29% 30%

15% 14% 14% 14% 14% 14% 14% 13% 12% 13%

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70%

2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026

Part

icip

ação

das

font

es(%

da

potê

ncia

inst

alad

a)

Alternativa para Ponta Hidráulica PCH+EOL+BIO+SOL Térmica

MDI - ResultadosCenário Referência: Participação das fontes na matriz

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-

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300

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1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

4.000

2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026

Ener

gia

Gera

da (M

Wm

éd)

Capa

cida

de In

stal

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(MW

p)

Energia (Total) Fotovoltaica Biogás

3,9GWp

PDE 2026: Ritmo esperado de expansão da GDFotovoltaica e biogás

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• Expansão para o Cenário de Demanda Alternativa

• Cenário “Incerteza da Demanda”

• Redução do Custo para Solar Fotovoltaica

• Restrição total para UHE (considerando carvão)

• Cenário Nordeste (restrição hídrica)

• Expansão “livre” (econômica)

• Efeito das políticas energéticas sobre o custo da expansão do sistema

Expansão da Geração

Cenários de sensibilidade no PDE 2026

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1. Expansão “Dirigida”• Expansão puramente econômica + • Fixação da expansão da oferta eólica uniforme a partir de 2021;• Indicação de expansão fotovoltaica de no mínimo 1.000 MW/ano a partir de 2021;

2. Alternativa de Referência• Alternativa Dirigida +• Fixação da expansão da oferta eólica e solar fotovoltaica adicional em 2020;• Indicação, para o ano de 2023, de UTE a GN com 1.500 MW na região Nordeste;

• A utilização de um modelo de decisão de investimentos permite analisar custos incrementais de cenários alternativos de expansão, explicitando custos de políticas públicas de uma expansão em relação a outra

Análises de custos incrementaisExemplo: Expansão Livre, Dirigida e Referência

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Expansão ReferênciaCustos Mensais de Investimento e

de Operação

-

2.000

4.000

6.000

jan/21 jan/22 jan/23 jan/24 jan/25 jan/26

Milh

ões R

$

Expansão DirigidaCustos Mensais de Investimento e

de Operação

2.600

2.800

3.000

3.200

3.400

3.600

2021 2022 2023 2024 2025 2026

MW

méd

ios

Acréscimo de mercado de energia

2021 a 2026

34R$/MWh

PDE 2026

Custos incrementais das políticas

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• Objetivo final do PDE é prover mercado com melhor informação sobre planejamento indicativo, para subsidiar análises de empreendedores.

• Não há tabus: tudo pode ser discutido!

• Decisão sempre será baseada no melhor conhecimento técnico disponível, com sólida análise de custo-benefício e com muito diálogo.

• Mudança de direção do PDE aponta para um novo planejamento: mais integrado, sólido metodologicamente e mais participativo.

• Mas, ainda há um caminho de aprimoramentos a percorrer!

Conclusões

PDE 2026

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• Há vários desafios a serem perseguidos no processo do planejamento.

• O planejamento deve criar condições isonômicas que permitam a competição entre as tecnologias, para que prevaleçam as opções mais competitivas e que tragam maior valor ao sistema.

• Maior importância da gestão da confiabilidade G-T

• Estudos preventivos e “pro-ativos”, como o planejamento da transmissão e coordenação com expansão da geração

• O planejamento da expansão tem que representar a operação em mais detalhes e com mais granularidade (espacial e temporal incluindo GD), com novas incertezas (e correlações) novas ferramentas computacionais

• Maior integração com outras commodities e com o meio ambiente

• Os estudos de planejamento são fundamentais para a preparação do sistema para a maior integração de renováveis, por exemplo, estudos de penetração máxima

Visão de longo prazo e o papel do planejamentoComo o planejamento deverá se adaptar no setor elétrico?

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