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CONSTRUINDO A QUALIDADE DO

TOMATE DE MESA NO BRASILANDRÉS DA SILVA, ENG. AGRICOLA, M. Sc.

PERCEPÇAO X REALIDADE

“A realidade é o que você pensa” (Tejon, ESPM)

PERCEPÇAO X REALIDADE

• VILAO DA INFLAÇAO ..

• MUITO CARO

• MUITO VENENO !National per capita consumption estimate

Source: Tomato News

FATORES QUE INFLUEM NO CONSUMO

Preço

Embalagem

Qualidade

Satisfação

...

SABOR ?

FONTE HORTIFRUTI BRASIL 2011)

DEFININDO A QUALIDADE

• FORMA

• COR

• DURABILIDADE

• MATURAÇAO

• APRESENTAÇAO

• TAMANHO

• AUSENCIA DE DEFEITOS

E O SABOR ?

PERCEPÇAO X REALIDADE

DEFINIR A QUALIDADE PELA FALTA DE QUALIDADE TALVEZ NÃO SEJA SUFICIENTE PARA CONQUISTAR O CONSUMIDOR:

”TOMATES SELECIONADOS”

“ECOLOGICOS”

“SUSTENTAVEIS”

“SEM PESTICIDAS”

“SEM RESIDUOS DE AGROQUIMICOS”

“NATURAIS”

“COM LICOPENO”

“SEM GLUTEN”

VOCE JA FOI A UMA

CONCESSIONARIA E PEDIU UM

CARRO “SELECIONADO” ?

PERCEPÇAO X REALIDADE

MUITOS PRODUTORES E VAREGISTAS ACHAM QUE O MERCADO JA OFERECE QUALIDADE E ACHAM QUE NÃO PRECISAMOS NOS PREOCUPAR, POIS O

CONSUMIDOR QUER SOMENTE UM TOMATE BARATO

“IF THINGS SEEMS UNDER CONTROL, YOU ARE JUST NOT

GOING FAST ENOUGH”

MARIO ANDRETTI, Campeão F1 – 1978

“Se tudo parece indo

bem... É porque você não esta indo

rápido o suficiente!”

PERCEPÇAO X REALIDADE

JAVENDEMOS

E ATÉ EXPORTAMOSA GARANTIA

DO “SABOR”

NO MELAO!

CONSTRUINDO A QUALIDADE

VALORIZAR O PAPEL DO PRODUTOR NO PRODUTO FINAL

–PLANEJAMENTO

–CONHECIMENTO

–TECNOLOGIA

– INTEGRAÇAO DA CADEIA

PLANEJAMENTO

• VARIEDADE CERTA

• NO LUGAR CERTO

• NO MOMENTO CERTO

• COM A TECNOLOGIA ADEQUADA

• COM PROFISSIONALISMO

• PARA ATENDER UM DETERMINADO MERCADO

CONHECIMENTO

TER O CONTROLE DO IMPACTO DO CLIMA, AGUA, NUTRIÇAO,

MIPD E DO MANEJO DA PLANTA PARA PODERMOS

TRANSFORMAR A RADIAÇAO SOLAR EM UM PRODUTO

CHAMADO TOMATE COM 95% DE AGUA EM

100% DE SABOR

E

QUE O CONSUMIDOR SE ENCANTE

A CADA VEZ QUE O VEJA E CONSUMA!

TECNOLOGIA

• CULTIVO PROTEGIDO

• ENXERTIA

• GOTEJAMENTO, FERTIRRIGAÇAO

• MONITORAMENTO

• CONTROLE BIOLOGICO

• AUTOMAÇAO E MECANIZAÇAO

• ...

E EQUIPES INTEGRADAS E BEM TREINADAS!

INTEGRAÇAO

TRABALHO CONJUNTO DO PRODUTOR E DO COMERCIALIZADOR

– PRESERVAR A QUALIDADE

– MANUSEIO MINIMO, EMBALAGEM ...

– CADEIA DO FRIO, LOGISTICA

– NORMAS DE QUALIDADE

– ASSOCIAÇOES E COOPERATIVAS

– MARKETING SETORIAL

... TEMOS QUE MUDAR A PERCEPÇAO DO CONSUMIDOR !

ANALISE QUANTITATIVA DA QUALIDADE

CONSTRUINDO A QUALIDADE

DEFINIR ASPECTOS QUANTITATIVOS DA QUALIDADE

15- 09- 13 12:186º Seminário Nacional de Tomate de Mesa

Page 2 sur 3http:/ / www.tomatedemesa.com.br/ concurso.html

Coordenação e

Responsabilidade

Técnica:

Análises fisico-quimicas e

Sensoriais das Amostras:

Plano de Patrocínio

Win Eventos (62) 3241-3939

Av. Jamel Cecílio, nº 3310, Salas 606 e 607, Cond. Office Flamboyant

Jardim Goiás, Goiânia/ GO - CEP 74.810-100

[email protected]

[email protected]

Patrocínio

Master:

Patrocínio

Prata:

Mídia Partner:

Apoio:

Organização:

Fale conosco: Win Eventos (62) 3241-3939

Av. Jamel Cecílio, nº 3310, Salas 606 e 607, Cond. Office Flamboyant, Jardim Goiás, Goiânia/ GO - CEP 74.810-100

[email protected] | www.wineventos.com.br

www.ital.sp.gov.br

Dra. Aline O. Garcia

Dra. Kátia M. V. A. B. Cipolli

Dra. Valéria D. de A. Anjos

ITAL – INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS

ANALISES

CARACTERÍSTICAS E COMPOSIÇÃO

QUÍMICA

Classificação do tomate no contexto de legislação e composição química

• De acordo com MERCOSUL/XXVII SGT Nº 3/P. RES. Nº 01/07 – Rev.1

REGULAMENTO TÉCNICO MERCOSUL DE IDENTIDADE E QUALIDADE

DO TOMATE (REVOGAÇÃO DA RES. GMC Nº 99/94) - Rio de Janeiro, 15 a 19 de junho de 2015.

O Tomate é o fruto pertencente às cultivares comerciais oriundas da espécie

lycopersicon esculentum mill. sin. solanum lycopersicum l.; não processado destinado

ao consumo “in natura.

Características e composição físico-química do tomate

• O Tomate contém 93 a 95% de água, fonte de açúcares, ácidos orgânicos de

cadeia curta ( ácido cítrico, málico), vitamina A, Vitamina do complexo B ( B1, B2,

B3 e B6-Biotina, Vitamina C, Vitamina E e o pigmento licopeno.

• Rico em sais minerais tais como cálcio, potássio, magnésio, fósforo, manganês.

(Tabela TACO, UNICAMP-2015)

CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS*

Parâmetro Valores

pH < 4,5 ( ácido)

Sólidos solúveis ( °Brix) 4,3 a 5,4 ( tomate salada/ italiano)8,0 ( tomate mini mais doce)

Acidez em ácido cítrico (g/100g)

0,33 a 0,5

Relação Brix/acidez 7,4 a 26,4

Vitamina C ( mg/100g) 21,2

Licopeno ( µg/g) 60 a 80

Potássio (mg/100g) 22,0

* Depende do estágio de maturação

6 unidades de tomate REDONDO e ITALIANO e 400g de tomate UVA

AMOSTRAS ANALISADAS

FLUXOGRAMA PARA ANÁLISE

Recepção dos tomates

Identificação

Lavagem em água corrente

Retirada da água externa residual

Corte dos tomates em tamanhos pequenos

Tritura na centrífuga

Separação da amostra para análise

°Brix, pH e acidez

DETERMINAÇÃO DO pH

Classificação dos alimentos pH

Pouco ácido Maior que 4,5

Ácido Entre 4,0 e 4,5

Muito ácido Menor que 4,0

Definição: Leitura do teor de íons hidrogênios

efetivamente dissociados na solução (pH = - log H+)

Equipamentos utilizados: peagâmetro acoplado com um

eletrodo para medida de pH escala de 0 a 14.

Utilizando um peagâmetrocalibrado, medir um volume de 80 ml de suco extraído da centrífuga e colocar em um béquer.

Colocar o eletrodo de pH na amostra, e com pequena agitação realizar a leitura, anotando o valor lido no visor do peagâmetro.

Repetir esta operação para as outras amostras.

DETERMINAÇÃO DO pH

Definição: Indica a quantidade de sólidos solúveis dissolvidos no suco ou polpa dos frutos.

De forma geral está relacionado com o teor de açúcares ( frutose, sacarose)

São representados como oBrix e tem uma correlação muito estreita com o grau de maturação.

Tomate mais maduro terá valor de Brix maior >mais doce

Tomate verdes terão valor de Brix menor > menos doce

Como medir? Utiliza-se um equipamento denominado refratômetro

Importância de medir? Quanto maior o teor de sólidos solúveis mais doce e maior rendimento na produção de suco entre outros produtos.

SÓLIDOS SOLÚVEIS (OBRIX)

SÓLIDOS SOLÚVEIS (OBRIX)

• Utilizando um equipamento denominado refratômetro calibrado com água no ponto zero, separar 03 porções de suco de tomate recém extraído.

• Colocar uma gota de suco de tomate pré-filtrado no algodão sobre a lente do equipamento.

• Fazer a leitura diretamente no visor do refratômetro e anotar.

Definição: representa a concentração de ácidos contidos no suco ou polpa.

Como medir? Medida por volumetria de neutralização pela titulação ácido/base

Metodologia: Utiliza-se Hidróxido de Sódio 0,1 N para titular o ácido presente no alimento. No caso de tomate a acidez é expressa pelo percentual de ácido cítrico que é o predominante.

Valores esperados: Tomates maduros terão acidez mais baixa e tomates verdes acidez mais alta.

Importância de medir? Reflete a sensação da acidez na boca ao se consumir o alimento.

ACIDEZ TITULÁVEL

ACIDEZ TITULÁVEL

Pesar 10g de amostra de cada béquer (triplicata)

Medir 90ml de água destilada

Misturar a amostra com a água destilada

Proceder a titulação com NaOH 0,1N

Colocar o eletrodo do peagâmetrosubmerso a amostra

Titular a amostra até ph 8,10 (Utilizando agitador magnético)

Verificar o volume gasto do NaOH e anotar

resultado

SST/ACIDEZ

Definição: Denominada de ratio a relação Brix/acidez é a forma mais utilizada para a

avaliação do flavor que é uma combinação de sabor e aroma.

Esta relação dá uma boa idéia do equilíbrio entre o açúcar e acidez.

Exemplo: Valores mínimos de ratio para obtenção de um flavor aceitável em frutas: 7,0 (

morango) a 17,0 ( uva)

Para Tomate ( ratio de 12 a 16) para aqueles de boa qualidade.

Cálculo do Ratio = SST ( oBrix) / acidez titulável em ácido cítrico

ANÁLISE SENSORIAL

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www.ital.sp.gov.br33

www.ital.sp.gov.br34

“Disciplina científica utilizada para evocar, medir, analisar e interpretar reações das características de alimentos e outros materiais da forma como são percebidas pelos sentidos da visão, olfato,

gosto, tato e audição”.

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Análise

sensorial

psicologia

estatística

ciência de alimentos

química de

alimentos

bilogiadesenvolvimento

controle de qualidade

vida útil

desempenho no mercado

TÉCNICAS

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QUÃO ACEITÁVEL OU PREFERIDO É O PRODUTO?

Testes de aceitabilidadeMétodos afetivos

Testes de preferênciacomparação pareada, ordenação

UM PRODUTO É DIFERENTE DO OUTRO?

Diferenças globais:

Testes discriminativos triangular, duo-trio, simples diferença, etc

(Testes de diferença)Diferença quanto a um atributo:

comparação pareada, ordenação, comparação múltipla

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QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DO PRODUTO?

Métodos descritivos Perfil de sabor Perfil de textura Análise descritiva quantitativa (QDA) Perfil livre Tempo-intensidade Perfil rápido Mapeamento projetivo

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Definição do problema –

Qual o melhor tomate? Diferente do o que é mais gostoso

para o consumidor !!!

Quais os atributos que levam a percepção da qualidade?

Análise Descritiva

QUALIDADE GLOBAL

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

MUITO RUIM REGULAR BOM MUITO

PÉSSIMO RUIM BOM EXCELENTE

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Análise descritiva quantitativa (ADQ)

Nesta metodologia é utilizado um painel treinado para a descrição e quantificação de todos os atributos sensoriais de um produto. A ADQ usa de 8 a 15 julgadores qualificados. Pontuação dada individualmente.

Aplicações

Desenvolvimento de novos produtos;

Comparação entre produtos similares presentes no mercado;

Vida de prateleira;

Avaliação da qualidade.

Desenvolvimento da

terminologia descritiva

Método de Rede

IGUALDADES DIFERENÇAS

Antes do uso:

(aparência e aroma)

Antes do uso:

(aparência e aroma)

Durante o uso:

(sensação na boca,

aroma e sabor)

Durante o uso:

(sensação na boca,

aroma e sabor)

Após o uso:

(sabor residual)

Após o uso:

(sabor residual)

Repetibilidade Discriminação das amostras Consenso com os demais

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Cor externa

Qualidade externa

Aroma característico

Aparência Global Externa

Cor interna

Sabor estranho/ sabor residual

Firmeza na boca

Suculência

Sabor característico

QUALIDADE GLOBAL

Firmeza ao toque

Qualidade interna

Aparência Global Interna

Fermentado/passado

Dulçor

Acidez

*CONCURSO

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

• INSTITUTO ADOLFO LUTZ. Normas Analíticas do Instituto AdolfoLutz: Métodos químicos e físicos para análise de alimentos. 4 ed.São Paulo, 2008, v. 1020 p.

• ABNT

• ISO

• MEILGAARD, M.; CIVILLE, G.V.; CARR, B.T. Sensory evaluationtechniques, 4th edition, CRC Press, Inc., Boca Raton, FL, 2006, 448p.

• STONE, H., SIDEL, J. L. Sensory evaluation practices. 3rd edition,International series: Elsevier Academic Press, 2004, 337p.

• FARIA, E. Z.; YOTSUYANAGI, K. Técnicas de análise sensorial.Campinas: ITAL. 1ª ed., 2002. 116 p.

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Instituto de Tecnologia de AlimentosCentro de Ciência e Qualidade de alimentos