constituiÇÕes do instituto ancilas do menino jesus · instrumento de santificação, meio de...

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CONSTITUIÇÕES DO INSTITUTO ANCILAS DO MENINO JESUS VENEZA 1986

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CONSTITUIÇÕESDO INSTITUTO

ANCILASDO MENINO JESUS

VENEZA 1986

APRESENTAÇÃO Entrego a cada Ancila do Menino Jesus as nossasConstituições. A Congregação para os Religiosos e os Institutos Secularesque no dia 3 de abril, Quinta-feira Santa, as aprovou, tambémas revisionou para que fossem conforme as normas do DireitoCanônico e em seguida as entregou ao Instituto no dia 7 demarço de 1986. Através da aprovação da Igreja, as Constituições tornam-seinstrumento de santificação, meio de graça para a VidaReligiosa de todas nós. Amadurecidas gradualmente durante o primeiro século danossa Congregação, elas contém a intuição da fundadoraMadre Elena Silvestri, e as sãs tradições; e exprimem o carismado nosso Instituto, que opera na vida de cada Ancila e de todaa Família ao longo dos tempos. Na sua totalidade impregnadasde espírito evangélico, sublinham a primazia da ação de DeusPai que nos chama, nos consagra, nos une, nos associa àmissão de Cristo Salvador, e com Ele, n’Ele e no EspíritoSanto nos envia a servir os irmãos, marcadas e animadas pelosmistérios da Encarnação e da Infância de Jesus. No mesmo tempo em que entrego as presentesConstituições ao Instituto, faço votos de que cada Ancila asconheça, as ame e as viva, a fim de que assim seja garantidapor nossa parte a resposta da cotidiana fidelidade ao amor doSenhor nosso Pai.Veneza, 18 de maio de 1986Festa de Pentecostes

MADRE MARIA AURELIA NAUTASuperiora Geral

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SAGRADA CONGREGAÇÃO PARA OS RELIGIOSOSE OS INSTITUTOS SECULARES

DECRETO O Instituto das “Ancilas do Menino Jesus”, cujaCasa Madre se encontra em Veneza, adaptou comdiligência o Texto das Constituições às normas doConcílio Vaticano II e as outras determinações daIgreja e a Madre Geral o apresentou o apresentou àSanta Sé pedindo humildemente a sua aprovação. Este Sagrado Dicastério para os Religiosos e osInstitutos Seculares, depois de ter feito um atentoexame, através dos consultores, do texto dasConstituições e ter obtido o voto favorável naReunião Plenária de 29 do mês passado, consideradacom atenção cada coisa, decidiu aprovar o pedido aele feito. Portanto, por força deste Decreto, o aprova econfirma segundo o exemplar redigido em línguaitaliana e conservado no arquivo da mesma SagradaCongregação, firmes restando todas as prescrições deobrigação. Não obstante qualquer coisa contrário.Dado em Roma aos 3 de abril de 1980, quinta-feiraSanta.

E. Cardeal Pirônio.

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DECRETO A Superiora Geral das Ancilas do Menino Jesus,cuja casa generalícia encontra-se em Veneza,apresentou à Santa Sé, pedindo aprovação, àsemendas, que o último Capítulo Geral, celebrado nosmeses de julho-agosto de 1985, achou necessáriointroduzir no texto das Constituições, sobretudo paraconformá-lo ao novo código do direito canônico. Esta congregação para os Religiosos e os Institutosseculares, examinadas atentamente as modificações,com o presente Decreto, as aprova e confirma, comoestão redigidas nas páginas anexas.

Roma, 7 de março de 1986D. Fagiolo Secretário

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SIGLASLG Lumen GentiumGS Gaudium et SpesSC Sacrosanctum ConciliumPC Perfectae CaritatisCD Christus DominumCan Cânon do código de Direito CanônicoCS E. Silvestri, Conferências Espirituais à Comunidade de Veneza (1898-19060), Servire/2, Veneza 1978Lett. E. Silvestri, cartas, manuscritos inéditos, Conservados no Arquivo da Casa Madre em Veneza.LPV E. Silvestri, cartas para diferentes pessoas, Cópias de cartas conservadas no Arquivo da Casa Madre em Veneza.Reg. Regras do Instituto do Menino Jesus, manuscritos conservados no Arquivo da Casa Madre em Veneza.Memórias A. Silvestri, memórias da vida de Elena Silvestri, Fundadora do Instituto do Menino Jesus, 2 volumes, Bassano 1914.Art. Artigo das Constituições

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PRIMEIRO PROJETO DO INSTITUTO (1)

Dia 26 de setembro de 1882.

A ordem que Vossa Senhoria, Reverendo Padre,me deu para colocar por escrito os pensamentos e asideias que me vieram à mente (como tambémaquelas que pudessem aparecer ao fazê-lo ), no quese refere à obra pela qual, desde tanto tempo meparece que Deus queira dignar-se se servir de mim,junto com minha irmã, num primeiro momento,tornou-se para mim de grande conforto, isto porquetudo o que se torna argumento para esperar que sejaum passo para alcançar esta finalidade, dá-me grandeconsolação. Mas, como de costume me acontece,(encontrando-me frequentemente na escuridão, nostemores e desânimo ) pareceu-me logo não conseguircumprir esta minha obrigação, porque se fizeram naminha mente tão densas trevas, que me parecia umsonho, quase esquecido, tudo aquilo que tinhapensado a respeito, vã e temerária me pareciaqualquer aspiração relativa. ____________________

(1) Contido na carta escrita por Madre Elena Silvestri ao P.Carlo S.J., superior da residência de Veneza. Éreproduzida em : A. SILVESTRI, Memórie sulla vita diElena Silvestri, Fundadora do Instituto do Menino Jesus,Bassano 1914, vol I p.222-228

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Ter que escrever, pois, como o Senhor meordenou, sem comunicar nada a minha irmã, ( tendoaté este momento comunicado reciprocamente tudoaquilo que se passava pela nossa mente, e sendo elaque sempre conservava em mim aquela esperançaque eu teria mil vezes perdido, não tanto pelosobstáculos externos, que eu via se interpor àrealização das nossas aspirações, e sim por tudoaquilo que se passou dentro de mim), fez que eu nãosoubesse como começar a pegar na caneta,encontrando não somente grandíssima dificuldadeem expressar-me como também incapaz de formularum conceito.

Dirigi, portanto, o meu pensamento a Deus,pedindo que me desse à graça de poder obedecer e aluz para escrever somente o que fosse para a suaglória, mesmo assim sentia faltar a coragem deinsistir na oração, parecendo-me que, tendo Deusiluminado minha irmã, e particularmente o Sr.Reverendo Padre, não precisasse mais nada. Porém,querendo por minha parte obedecer, pedi a Deuscom insistência que me ajudasse a escrever, nemmais nem menos, aquilo que o Senhor desejava demim, e de maneira que fosse mais agradável a Ele,tornando-me um canal que pudesse transmitir avontade divina, se for do agrado de Deus servir-se demim, bem contente, ao mesmo tempo, que seja

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achado inútil, ou inoportuno tudo aquilo que eu iriaescrever.

Como o Senhor já sabe a nossa finalidade éajudar com a instrução religiosa bem fundamentada,com conselhos, com exortações e admoestações etc.,as jovens, particularmente do povo, a conhecer aDeus e às próprias obrigações, para conduzi-las aamá-lo de todo coração, no cumprimento fiel da leidivina.

Os meios que apresentariam mais eficientespara alcançar tal fim seriam: oferecer às jovenscondições de se prepararem profissionalmente emtrabalhos apropriados ao seu sexo; acolher internas,por alguns meses, aquelas que, preparando-se para aPrimeira Comunhão, encontrassem nas própriasfamílias maiores perigos, ou desejassem se subtrair àsinevitáveis distrações da própria família. E issotambém para as jovens de boas condições. A faixaetária que deveria tornar-se objeto de nossasatenções seria de 10 a 25 anos.

Começando assim cedo a iluminar as mentes ea educar o coração das jovens, oferecendo um meiode aprender um trabalho proveitoso, parece-mepoder esperar conduzi-las seguras até àquela idadena qual menos facilmente poderiam ser iludidas edesviadas do caminho certo.

As atividades principais das quais poderiam serabertos alguns “laboratórios”, seriam aquelas decorte e costura, modista, objetos de Igreja etc.

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Procuraríamos organizar uma vigilância tambémexterna, por meio de colaboradores, a fim deconhecer a conduta das jovens que frequentam oInstituto e assim poder corrigi-las ou afastá-las,conforme as necessidades.

Ter-se-á todo cuidado para que as pobressejam sempre limpas e penteadas, e aquelas demelhor condição não será permitido usar vestidos ouornamentos que não sejam conforme às suascondições e às regras da mais rigorosa modéstia.Determinar-se-á um horário, e se prescreverão asorações cotidianas pela manhã, antes de chegar àescola, e uma breve visita ao SSmo. Sacramento.Durante as aulas será feita uma leitura espiritual eserá rezado o terço todos os dias. Haverá meia horade recreio e a instrução religiosa. Na escola seráconservado o silêncio, não se falará a não ser decoisas necessárias e referentes aos trabalhos.

Para fazer tudo isso e conservar a ordem e aestabilidade, acho que seria necessário confiar amissão a uma espécie de Congregação religiosa, poissem o Espírito do Senhor e um bom regulamento, nãoteria quem quisesse ou pudesse sacrificar-se a simesma, e continuar em perfeita abnegação e emcontínuo exercício de caridade, como exigiria estaobra. Mas, pelo jeito de encarar as coisas na modernasociedade que queria tirar do mundo tudo que tem arde convento, de monacal, de religioso, poderia haveralguém que com muita violência fosse contrário e

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impedisse o surgir de uma nova casa religiosa,precisaria, como se costuma dizer, jogar poeira nosolhos, quer dizer, procurar unir, quanto possível, omais severo espírito regular, com tudo aquilo que naaparência pudesse ter ar de secular, por isso rigorosoretiro e grande austeridade, mas ao mesmo tempoum comportamento bastante desinibido e afável; aseriedade, a modéstia a toda prova, junto àamabilidade que insinua a virtude; o recolhimentointerior, ao lado de uma ação contínua, asimplicidade e uniformidade no vestido, com a menorsingularidade possível, especialmente saindo de casa.

As pessoas que pertencem a tal Pia Uniãodeveriam ser animadas de zelo vivíssimo pela saúdedas almas, profundamente instruídas em matéria dereligião, com o pensamento da maior glória de Deuscomo único movente e única recompensa para otrabalho.

Jesus, que abençoa as crianças e diz: “deixai-osvir a mim”; que ameaça severamente aqueles queescandalizam os pequenos, deveria ajudar a todas,que decidem dedicar-se a esta missão, a ser todocoração para aquela idade juvenil, a procurar, comtodo esforço, conduzir quantas jovens mais fossepossível ao Senhor, e de poupá-las dos escândalos, ouimpedir as consequências negativas dos mesmos.

A Santa Missa, a comunhão frequente, ameditação (por tudo isso não se deverá usar mais deuma hora e meia), o exame de consciência do meio

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dia e da noite, quinze minutos de leituraespiritual, além das leituras feitas na hora do almoçoe do jantar, uma breve visita ao SSmo. Sacramento (aser feita em espirito até o dia em que se conseguirá agraça de tê-lo em casa) a recitação do terço e asorações da noite em comum, seriam as práticas quese deveriam exigir, para deixar livre o maior tempopossível aos exercícios de caridade e ao necessáriocuidado das jovens.

Nos meses em que não fosse necessário cuidardas jovens internas, depois da solenidade da primeiracomunhão, as congregadas poderiam atender commais cuidado aos interesses da sua alma. Maiorrecolhimento, adoração frequente ao SSmo.Sacramento, retiros espirituais, etc.

Tendo meninas internas para a primeiracomunhão, será feito o possível para cativar logo oseu coração, a fim de conseguir, mesmo em poucotempo, corrigir os defeitos e plantar sementes, quemais tarde, possam produzir bons frutos. Énecessário, portanto tornar-se todas olhos e ouvidos,para ver logo as necessidades e encontrar o caminhomais breve e mais seguro para cultivar bem, empouco tempo, aqueles místicos terrenos.

As jovens serão orientadas para fazer o mês demaio com grande fervor.

Seja oferecida a todas as alunas oportunidadede fazer o retiro espiritual uma vez por ano. Nos diasque precedem a primeira comunhão também será

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dado o retiro às jovens que se aproximam pelaprimeira vez.

A celebração da primeira comunhão será feitacom o maior empenho possível e com a maiorsolenidade. Seria bom ter a presença dos pais dasjovens e dos benfeitores do Instituto.

O espírito da Congregação deveria ser o de StºInácio, as nossas Constituições deveriam serconforme este espírito, sempre na medidacompatível à nossa fraqueza de mulheres e àqualidade de nossa missão. Deveria, portanto,depender e ser ajudada e protegida pela Companhiade Jesus.

Poderíamos ter os três votos costumeiros,obrigatórios, ou de ano em ano, ou como se acharmais oportuno. Será proibida uma não bemmoderada austeridade, como requer uma vida muitoativa à qual seríamos obrigadas.

A alimentação sadia, proporcionada ànecessidade de uma vida ativa, será a mais simples. Odescanso não menos de sete horas.

Não será permitido sair de casa a não ser parair à Igreja a fim de participarem da Santa Missa e parareceber os sacramentos, ou para ir visitar em casaalguma jovem, para o bem espiritual das quais isto setornasse oportuno, como nos casos de doença.

Nos dias de domingos e festas, pela tarde, teriauma hora de instrução religiosa para todas as jovensque frequentam os cursos, e em seguida uma hora

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de recreio, durante a qual as mestras deverãoprocurar ajuda-las com exortações e bons conselhos,a uma ou a outra, dependendo da necessidade.As congregadas teriam licença de receber visitas cadaquinze dias.

Queira Deus que os nossos votos possam serealizar, se for para maior glória Dele e se Ele quiserme dar à graça de poder, para tal fim, da maneira quea Ele for mais agradável, comprometer-me toda etodas as minhas coisas.

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CAPITULO IA VOCAÇÃO DA ANCILA DO MENINO JESUS NA IGREJAChamado à santidadee Congregaçãodas Ancilas do Menino Jesus

1. O Senhor Jesus,Mestre e modelo divino de toda perfeição,anunciou a todos os seus discípulosa santidade de vidae os chama pessoalmente cfr. LG 40

a uma forma particular de vida cristã.As várias famílias religiosas da Igreja surgiram“sob o impulso do Espírito Santo”para seguir “Cristo com maior liberdade”imitando-o “ mais de perto” PC 1.

A Congregaçãodas Ancilas do Menino Jesus,fundada por Madre Elena Silvestri (1)foi aceita e aprovada pela autoridade da Igrejacomo caminho específicopara se consagrar de modo especialseguindo a Cristo casto, pobre e obediente. Cfr. PC 1.

_______________(1) Elena Silvestri nasceu em Bassano a

4/2/1839, morreu em Veneza a 12/3/1907.

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O CARISMA DA CONGREGAÇÃO

2. O Carisma eclesialda Congregaçãodas Ancilas do Menino Jesusconsiste em viver os mistériosda Encarnação e da Infância de Cristotendo como modelo a Família de Nazaré:o rebaixamento do Verbo (Kenosis),a sua obediência ao Paie o seu amor infinito aos homens;a pobreza e a plena disponibilidadede Maria, “serva do Senhor”; Lc 1,38.

a fidelidade e a justiça de José, Mt 1,19

protetor do Verbo.

3. As Ancilas do Menino Jesus“vivem por Cristo e para o seu corpoque é a Igreja” PC 1.

Modelando sua própria vidaAos mistérios da Infância do Salvador.A sua fisionomia“deve ser aquela do Menino Jesus,isto é, baseada nas qualidadesda doçura, da amabilidade,da suavidade, da cortesia,atitudes estas que revelamhumildade e mansidão” (1)

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4. A finalidade da Congregaçãodas Ancilas do Menino Jesusé a santificação dos seus membrosatravés da profissãodos conselhos evangélicosde castidade, pobreza e obediência,imitando principalmenteos mistérios do rebaixamento de Cristo;e a santificação do próximoatravés da evangelização dos pobres, Lc 4,18 Sof 2,3

a iniciação cristãe a formação da juventude. (2)

5. Para conseguir esta finalidadea Fundadora quis que as suas filhasunissem “o quanto possívelo mais severo espírito regularcom aquilo que na aparênciapudesse relacionar-se ao secular, por isso rigoroso retiro e grande austeridade,

________________(1) CS 14/7/1901. P. 104(2) cfr. Reg. 1898, cap. I, art. 2, pag.1Inspirada na “Obra do Menino Jesus” do Padre Pietro Olivaint S.J.(+1871) a Congregação é um instrumento nas mãos do Senhor “paratrabalhar nos corações da juventude” ( carta de 14/9/1900), a fim deconduzi-las a Deus.

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mas ao mesmo tempo um comportamento bastante desinibido e afável;a seriedade, a modéstia a toda prova, junto com a amabilidade que insinuavirtude; o recolhimento interior com a atividade externa mais assídua;a simplicidade e uniformidade no hábito, mas a menor distinção possível,especialmente saindo de casa”. (1)

Esta harmoniosa síntese,que constitui a fisionomia originaldeve ser vivida dentrodo contexto social e eclesialno qual a Ancila é chamada a viver.A fim de que a prevalênciade um dos dois elementos da síntesenão ofusque o caráter própriodo Instituto, é indispensávelter uma contínua referência aoespírito da Fundadorae uma leitura iluminada e profética dos sinais dos tempos.____________________(1) Memórias, Vol. I, pag. 226.

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CAPÍTULO II

VIDA CONSAGRADA

CONSAGRAÇÃO BATISMAL E RELIGIOSA

6. As Ancilas,respondendo ao chamado divino,consagram-se a Deus com os votos religiosos, e assim não só morrempara o pecado Rom 6,11

mas renunciando também ao mundo,vivem só para Deus. PC 5.A consagração religiosatem as suas raízes profundas no batismo,aliás é deste a expressãomais perfeita. PC 5.

As Ancilas têm viva consciênciade que, em virtude de sua consagração,o Cristo é de maneira especialo único necessário, Lc 10,42.

e que assumiram um compromisso radicalde ser totalmente d’Ele,seguindo-o Mc 10,28.na pobreza, castidade, obediência,escutando suas palavras Lc 10,39.

e sendo solícitas das coisas do Senhor. 1 Cor 7,32.

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CONSAGRAÇÃO DA ANCILA

7. Os membros do Instituto“consagrado a honrar de modo especiala Infância divina do nosso redentor” (1)unem-se mais intimamente ao Menino Jesus.Contemplando Cristo,que por amor despojou-se a si mesmo,tomando a natureza humana e humilhou-se;fazendo-se obediente até à mortee morte de cruz, Fil 2,7-8

as Ancilas comprometem-se a imitá-Lo em suas próprias vidase a segui-lo na dimensão de serviço.

CAMINHO DE CRESCIMENTO ESPIRITUAL

8. As Ancilas seguindo o exemplo de Madre Elena terão como finalidade supremade sua vida religiosa, a “maior glória de Deus”e a vontade do Senhor Jesus,colocando a serviço do Reino de Deusas próprias forças físicas e espirituais.___________________(1) Reg. 1903, Conclusão, f. 13

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Neste caminho elas experimentama força de Deus e da Comunhão fraternajuntamente com a própria pobreza.Aceitando um crescimento gradual,no qual possam amadurecerhumana e espiritualmente,aspiram a encarnar o rebaixamento de Cristoe a se tornar cada vez mais semelhantesa Ele nas realidades comunse simples do dia-a-dia.

OS VOTOS RELIGIOSOS

9. O caminho do crescimento espiritualexpressa-se pelos votos religiososos quais, mesmo os temporários,consagram a Deus,valor supremo da própria vida,unindo-as “a Ele com dulcíssimo nó”.(1)Os votos são meiospara responder ao dom da vida divina.Eles contêm e resumem,tanto a essência da vida religiosa,como também o carisma próprio doInstituto,______________________(1) CS. 8/8/1899, pag. 59.

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pois eles têm como fundamentoo mistério da Encarnação de Cristo,obediente, casto e pobre.

OBEDIÊNCIA

10. As Ancilascom a profissão da obediênciaoferecem a Deusa completa renúncia da própria vontadecomo sacrifício de si mesmas,e “por meio desta unem-seà vontade salvífica de Deusde maneira mais firme e segura” PC 14

À imitação de Cristoque veio fazer a vontade do Pai Jo 4,34;5,30

e era submisso a Maria e a José, Lc 2,51

as Ancilas põem-se numa atitudede escuta e de procurada vontade de Deusque, geralmente, se manifestaem mediações concretas.

11. Movidas pelo Espírito Santo, PC 14

as Ancilas submetem-se em espírito de féàs superioras, que representam a Deus,

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aceitam a sua orientação e garantiaa respeito da vontade do Senhor.A obediência religiosa afinalrefere-se sempre a Deus.“ O melhor de tudo em todasas circunstânciasé entregar-se completamentenas mãos do Senhore receber dos superioresa vontade de Deus”. (1)

12. Com o voto de obediênciaa Ancila se obriga e executaras ordens das Superiorasno que se referedireta ou indiretamenteàs observância dos votose das Constituições. Can. 601 13. Para viver plenamentee com mais responsabilidadea obediência professada,as Ancilas, na execução das ordense no cumprimento das tarefasque lhes foram confiadas,“colocam generosamente à disposiçãotodas as energias, sejam da mente,____________________

(1) CS 2/7/1899, P. 38

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como da vontade,e também os dons da graçae da natureza.” PC 14

CASTIDADE

14. A castidade consagradamanifesta a todos os crentesos bens celestes já presentesneste mundo e preanuncia melhora ressurreição futurae a glória do Reino celestial. LG 44

A castidade“para o Reino dos céus” Mt 19,12;PC 12

é um insigne dom da graça,que deve ser acolhidona fé, na humildade,na ação de graças e na alegria.A castidade, enquanto tornao coração livre 1 Cor 7,32

e gera um amor únicopara Deus e para os irmãos,afirma a primazia do Senhorna vida religiosa;é a resposta humanaao amor esponsal de Cristo. Can. 599 e 607,§ 1

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15. Com o voto de castidadea Ancila se comprometea viver no celibatoe a se abster de qualquerato interno ou externocontrário à virtude da castidade.

16. Pela castidade consagradaas Ancilas oferecem-se totalmentea Deus numa participaçãomais íntima do mistério pascal.Pertencendo totalmente a Deus,por uma ascese generosano trabalho, na pobreza,no silêncio, na oração,na aceitaçãode todo tipo de contrariedade,crucificam a carnecom as suas paixõese concupiscências Gal 5,24

cientes que, de uma resposta positivade castidade totalao amor d’Aquele que é a origemde todos os valores da criação,deriva um bem maiorpara o desenvolvimento integralda pessoa humana. PC 12

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17. Como Maria,permanecendo virgemgerou para o mundo o Salvadorpor ação do Espírito Santo,assim as Ancilas dispõem-sede coração virginala acolher a Palavrae as moções do Espíritopara se tornarem cada vez maisfilhas de Deus, servas operosase colaboradoras na missão de amordo Salvador. (1)

DESENVOLVIMENTO INTEGRAL

18. A castidade perfeitainclui um compromisso ascéticoa nível corporal,psíquico, afetivo e espiritual.A vigilância dos sentidosa discrição,a dedicação ao trabalhoque lhes foi confiadoe a vida fraterna autêntica,____________________________(1) Cfr. Memórias, Vol. II, pag. 109.

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motivada pela busca comunitária de Deusamado sobre todas as coisas,juntamente com uma intensa vida sacramental,ajudam as Ancilasa viver em plenitude o seu votode castidade.

19. A comunidade deve favoreceruma autêntica vida de fraternidadee de mútua confiança,permitindo o desenvolvimentode uma amizade,sincera e desinteressada,para formar mulheresque, através da castidade consagrada,realizam uma fecunda maternidade espiritual.

POBREZA

20. A pobreza evangélica livrementeescolhida nos unemais intimamente a Cristoo qual, sendo rico,se fez pobre para nos enriquecer

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com o seu despojamento. PC 13

A pobreza é uma consequênciado chamado do Senhor a segui-loabandonando tudo Mt 4,18-22;19,21-29

numa total confiança Nele. Can. 600

21. As Ancilas,livres das preocupaçõesdas coisas materiais,dispõem-sea ser operárias do seu Reino,dedicando todo o seu tempo,a anunciar com coerênciaentre palavra e vidaa boa nova aos pobres. Lc 4,18; Sof 2,3

para os homens, seus irmãos,peregrinos nesta terra, devem ser,com um estilo de vida desapegado e pobre,testemunho profético de uma comunhão,baseada na partilha de bens,na solidariedade fraterna,e sinal de que não tem aquimorada definitiva. Hb 13,14

POBREZA PESSOAL

22. Pelo voto de pobrezaa Ancila renuncia ao direitode usar e dispor

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dos bens materiaisque podem ser avaliados em dinheirosem a permissão das Superioras.Tudo o que ganha com seu trabalho,ou que recebeem virtude de sua profissão religiosacomo também as aposentadorias,ou seguros, ou pensõesque lhe possam ser atribuídasou qualquer título,tudo pertence à Congregaçãoe, portanto deve estarà disposição da comunidade.“Quando uma pessoa é consagrada,nada mais é seu, nada mais lhe pertence,tudo se torna propriedade do Instituto”. (1) Can. 608, § 3.

23. Embora conservando a posse radicaldos próprios bens e a capacidade jurídica deadquirir outros,a Ancila, antes da profissão temporária,deve ceder a terceiros a administraçãoe dispor do seu uso e usufruto.Além disso, ao menos antes da profissão perpétua,deve fazer o testamento que seja válidotambém conforme o direito civil.___________________(1) CS 8/4/1906, p. 161.

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Estes atos não podem ser mudadossem a permissão da Madre Geralapós sábio discernimento. Can. 668, §§ 1 e 2

24. À Ancila que deseja responder,de uma maneira mais radical,ao convite de Jesus ao jovem:”Vai vende o que tens,dá-o aos pobres....” Mt 19,21

é dada a possibilidade,depois da profissão perpétua,de escolher uma forma de pobrezapessoal mais radicalque implica numa renúncia,secreta e livre,também a seus bens patrimoniais. PC 13

Esta renúncia a toda propriedade,deve ser autorizadacom prudência e discernimentopela Madre Geral,com o consentimento do seu conselho,e apresentada possivelmente,na forma civilmente válida. Can. 668, § 4

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COMUNHÃO DE BENS

25. Imitando a comunidadecristã de Jerusalém,a Ancila procura viver a sua pobrezana completa partilha de benscom as suas irmãs. At 2,44; 4,32

Ela usa tudo o que é do Institutocom cuidado e desprendimentocomo se fosse seue ao mesmo tempocomo se nada lhe pertencesse. (1)A comunidade onde viveexpressará,com gestos concretosa comunhão com as demais comunidadesda Congregação,pela troca dos bens materiais,“de modo queas mais favorecidas de meiosajudem as outrasque sofrem a pobreza” PC 13

e passam necessidades.

_________________(1) CS 21/5/1899, p. 29.

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POBREZA COLETIVA

26. Cada comunidade e a Congregaçãono seu todo devem transparecera imagem da família de Nazaré,na simplicidade de suas casase tudo o que elas contém,no cuidado razoável das coisasficando satisfeitas com o necessárioseja no vestuário como na alimentação,e devem examinarse em tudo praticam a pobreza religiosae se vivem como pobres. (1)As Ancilas ajudem com alegriae generosidade os pobresvizinhos e longínquos,os quais devem ser amados com o amorque Cristo os amou. Mt 25,34-46;Tg 2,15-16; Can. 634, § 2e 64

(1) CS 8/4/1906, p. 162

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A ANCILA E O TRABALHO

27. O trabalho é verdadeira expressãode pobreza e de comunhão:este nos solidarizacom os nossos irmãosque no mundo completam a obra do Criador,nos proporciona o necessárioseja para o nosso sustentocomo também para as obras apostólicas.A Ancila, quando trabalha,realiza suas potencialidadesfísicas, intelectuais e espirituais“e faz tudo e sempre para Deuse sob o olhar de Deus”. (1)

28. O ideal da pobreza evangélicae da comunhão dos benspode incluir uma assimilação,aos humildes e aos pobresna insegurança do amanhãe na precariedade dos meios próprios,na dependência de terceirose na impossibilidadede uma programação autônoma do futuro.Quanto mais o Senhor dispõe para nós______________________(1) Memórias, Vol. II, p. 151.

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uma pobreza real,tanto mais deve transparecera alegria e a liberdadede sermos suas filhas e servas.

CAPÍTULO III

EXPERIENCIA ESPIRITUALDA ANCILA DO MENINO JESUS

PRIMAZIA DA VIDA ESPIRITUAL

29. A Congregaçãodas Ancilas do Menino Jesusfundamenta sua vidana Palavra de Deus,no magistério da Igreja,na doutrina espiritual, na vidae intenções da Fundadorae no espírito de Santo Inácio de Loyola.O Instituto,dedicado à santificação do próximo,exige de seus membrosuma profunda vida espiritualda qual deve brotar a ação. PC 6

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Esta vida espiritual expressa-seno amor e na união a Cristo,na dedicação de “serva” Lc 1,38

ás “coisas do Pai” Lc 2,49

e a “maior glória de Deus”.

ORAÇÃO

30. Seguindo o exemplo dafamília de Nazaré,onde havia uma comunhãoconstante com Deus,a Ancila alimenta a sua vida espiritualpela oração litúrgicae uma hora por dia, ao menos, de oraçãohumilde, vigilante Lc 18,9-14; Mc 13,33

e confiante na bondade do Pai, Lc 11,5-13

pura na intenção,correspondente à natureza divina,feita no segredo do quarto. Mt 6,5-8

31. A Ancila deseja fazerda constante oração,no Espírito Santo,um meio eficaz desantificação pessoal 1 Tim 4,5

e de intercessão para todos. 1 Tim 2,1-2

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32. O culto e a adoração da Eucaristia,a veneração a Maria Santíssima,que a Ancila ama e louva de modo especialtambém com a prática do Rosário,a devoção aos Santos,o exame quotidiano de consciência, algumas práticas devocionais SC. 13

em harmonia com a Sagrada Liturgiae inspiradas por ela,são acolhidos e vividoscomo expressão viva e tradicionalda devoção do Instituto. Can. 663, §§ 2e4.

ORAÇÃO ECLESIAL

33. Cada comunidade religiosaé uma comunidade de fé.Como na família de Nazarétoda assembleia de oração e de louvortem como centro Cristo, que prometeu“onde dois ou três estiveremReunidos em meu nome,eu estarei no meio deles”. Mt 18,20

Individualmente e em comunidadea Ancila associa-se à liturgia da Igreja,exercendo o seu sacerdóciobatismal, LG 34

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na celebração eucarística,na vida sacramentale na liturgia das horas.

EUCARISTIA

34. A celebração eucarísticaé o centro e o cume de toda a vidada comunidade cristã e religiosa. CD 30

As Ancilas, participando todos os diasconsciente, viva e ativamente,da mesa do Senhor,instruem-se na Palavra de Deus,nutrem-se do Corpo e Sanguede Cristo SC 48

e recebem a forçapara se tornar uma oferenda vivaem louvor da glória do Paino serviço dos irmãosa fim de se aperfeiçoarem na comunhãocom o Pai e entre sipor meio do Espírito Santo.

VIDA SACRAMENTAL

35. A Ancila encontra nos sacramentosa graça para buscar a perfeição

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da santidade queo Pai celeste possui. LG 11

Com grande confiançana misericórdia de Deus,a Ancila se mantém numa atitudede contínua conversãoreconstruindo cada dia a fidelidadeà própria vocaçãonum empenho paciente e confiante.Implora o perdão de seus pecadose a reconciliaçãono sacramento da penitência,ao qual se aproximará frequentemente,e nas liturgias penitenciais,seguindo as diretrizes da Igreja. Can. 664

LITURGIA DAS HORAS

36. O louvor e ação de graçasoferecidas a Deus na Eucaristiaa Ancila os estende aos váriosmomentos do dia,principalmente pela celebraçãoda liturgia das horasem união com o povo de Deus em oração.No decorrer do dia,cada comunidade celebreas laudes e as vésperas,

37

“os dois polos do ofício cotidiano”. SC 89

Nas comunidades onde for possível,favoreça-se também a recitaçãoda oração do meio-diae se conclua o dia com as completas. Can. 663, § 3

ESPIRITUALIDADE E MISTÉRIO DE CRISTO

37. A vida espiritual da Ancilaé enriquecida por abundantes graçasem alguns tempos fortesdo ano litúrgicoe de alguns aspectos substanciaisdo mistério de Cristovivido pela Igreja na liturgia.O Advento, o Natal e a PáscoaSão, segundo a Fundadora, os trêspontos fundamentaisde sua experiência espiritual.

ADVENTO

38. O Advento convida a Ancilaao recolhimentonuma espera vigilante do Senhor.Com Maria e Joséela medita, no seu coração,

38

todas as coisas que se referem a Jesus,esperando na féque se realizemem todas as dimensões.Na disponibilidade dos “pobres de Javé”abandona-se Àquele que “socorreu Israelrecordando-se de sua misericórdia” Lc 1,54

abre-se ao sol que vem do altopara que dirija os seus passosno caminho da paz,da santidade e da justiça. Lc 1,69-75

39. Segundo a tradição da Congregaçãoo tempo do adventoé acompanhado de interiorizaçãoe silêncio“para honrar o silêncio de Jesusno seio de Maria” (1)mas é também “tempo de serenidadee de alegriaporque se medita um mistério de alegriae júbilo”. (2)

________________________(1) CS 27/11/1898, p. 21(2) CS 3/12/1899, p. 58

39

40. O Advento para a Ancilanão se limitaao período litúrgico do Natal:mas é uma atitude fundamentalde sua vida espiritual,pois, é uma espera silenciosa e vigilantedo Senhor que veio 1 Tss 5,6

na história da humanidade, que vemna atualização do mistério litúrgicoe nos acontecimentos contemporâneosque virá no fim dos tempos“como um ladrão de noite”. 1 Tess 5,2

Este tempo de peregrinação 1Pd 1,17b

na sua brevidade 1Cor 7,29

é momento favorávelé dia de salvação; 2 Cor 6,2

ainda que cheio de provações Ef 6,13

e de sofrimentos Rom 8,11

prepara para a glória futura.

NATAL

41. A Ancila do Menino Jesusolha para o Natalcomo para o mistério do amorbenevolente de Deus,troca maravilhosaentre a natureza humana e divina.

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Neste mistério a Ancila descobreo rebaixamento do Filhoque assume a condição de servo,a obediência perfeita de Cristo,a salvação universal dos povos,a paz e a reconciliação,o silêncio, a humildade, a pobreza.Contemplando a Encarnaçãoe a divina Infância do Redentor,a Ancila encontra aí um modelo perfeitopara sua vida consagradana castidade, na pobreza e na obediência,na humildade, numa vida escondidae no silêncio.Este mistério do Natal, impulsionae reforça tambémo compromisso apostólicode serviço dos pobressendo eles imagem viva e atualdo verbo humilhado no Natal.

MISTÉRIO PASCAL

42. O Mistério Pascalleva até às últimas consequênciasa obediência e o despojamentodo Filho eterno do Pai:“humilhou-se a si mesmo

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tornando-se obediente até a mortee morte de cruz.Por isso Deus o exaltou.” Fil 2,8-9A Ancila, participando da Paixão de Cristoatravés das provações,sofrimento de todo o tipo,e da própria morte,seguindo o Mestreno caminho da cruz,acredita firmemente que desta formaassocia-se à vitória pascal do Senhorsobre a morte e sobre o pecado,e participa da vida novaque o Espírito Santo lhe dá,realizando plenamenteo mistério da Encarnação.

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CAPÍTULO IV

VIDA DE FRATERNIDADE E DE COMUNHÃO

UM SÓ CHAMADO

43. A vocação à vida religiosa,consagrada à Divina Infância,e a herança comum de Madre Elena,são as fontes da vidade comunidade das Ancilas.Um idêntico idealune todas numa fraterna comunhão cristã:“um só corpo, um só espírito,como uma só é a esperançaà qual fostes chamados,a da nossa vocação;um só Senhor, uma só fé, um só batismo.Um só Deus e Pai de todos,que está acima de todos,age por meio de todos”. Ef 4,46; Can. 602

As Ancilassentem-se vitalmente inseridasna Igreja Universal,pois receberam“uma manifestação particular do Espíritopara o bem comum”. 1 Cor 12,

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A UNIDADE

44. Unidas a Cristo, como o ramoà videira,as Ancilas participam da vida d’Eleacolhendo a sua palavra. Jo 15,5

Pelo carisma particularque o Espírito lhes concedeu,as Ancilas são, de sua parte,“corpo de Cristo e seus membros”. 1 Cor 12,27

Em união com a Igreja local onde vivem,as casas das Ancilas formam comunidadesde fé e de culto,de caridade e de ação apostólica.Reunidas em nome de Jesuspara o louvor do Senhore para a oração,elas gozam da presença d’Ele. Mt 18,20

escutam e meditam a Palavra de Deus,que aceitam como norma comume regra de vida;participam da Eucaristiado único Corpo e Cálice do Senhor,aceitam o testamento de Jesus“amai-vos uns aos outros,como eu vos amei”. Jo 15,12

fazem própria a oraçãode Jesus ao Pai:“sejam perfeitos na unidade” Jo 17,23

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Tornando acreditável ao mundoA missão divina do Salvador. Jo 17,21

A COMUNIDADE APOSTÓLICA

45. Para realizar esta unidadeas Ancilas tomam como modeloa comunidade de vida com Jesusdaqueles que abandonaram tudoe depois o seguiram: Mt 19,29

os doze apóstolos, as mulheres“que os assistiam com os seus bens”. Lc 8,3

Imitam a vida comumda primeira comunidade cristã: PC 15

na escuta assídua do ensino apostólico,na comunhão,na fração do pão,na oração,no estar juntos e na comunhão dos bens,na participação da mesa comumcom alegria e simplicidadede coração, At 2,46

a fim de terem um só coraçãoe uma só almae juntas testemunhara ressurreição do Senhor Jesus. At 4, 32-33

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ESPÍRITO DE FAMILIA

46. “O nosso Institutodeve viver vida de família,mas imitando a família de Nazaré,ou seja, o modo de viverde Jesus, Maria e José”. (1)o centro da comunhão familiaré Cristo Jesusque cada Ancila deve imitarna “doçura, amabilidade,suavidade, abertura”. (2)devem ser reflexo do relacionamentoque havia entre os membros da famíliade Nazaré:caridade e perdão, (3)afabilidade e cortesia, (4)obediência e espírito de fé, (5)dom de si, carregando uns os fardosdos outros, Gal 6,2

tolerância, aceitação recíproca,correção fraterna. (6)_______________________(1) CS 7/5/1905, p. 153(2) CS 5/8/1904, p. 136(3) CS 16/4/1901, p. 163(4) CS 14/4/1901, p. 104(5) CS Maio 1901, p. 96(6) CS 22/4/1906, p. 16

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47. Nas casas do Instituto,como em Nazaré,a lei tem seu cumprimento no amor. Rom 13,10

Todas as irmãs manifestemparticular bondade, caridadepara com as irmãs idosas e doentes,conscientes de que nelas servema Cristo sofredor. Mt 25,40

A oração e o sofrimento destas irmãsSão um meio precioso para sustentarAquelas que trabalham no apostolado direto.As diferentes tarefas,necessárias para o desenvolvimentoda vida familiar,são serviços particularesem vista da unidade da missão.A Madre Geral, as conselheiras,as Superioras locais e qualquer umaque exerça autoridadeestão a serviço da Congregação.Entre todas as Ancilas, indistintamente,reine a caridade fraterna“que é o vínculo da perfeição” Col 3,14

e fonte de grande energia para oapostolado.Todas, ao morrer, tem direitoAos mesmos sufrágios,determinados nas Especificações.

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DIRETRIZES PRÁTICAS

48. A atividade apostólica das Ancilasexige que se mantenham informadassobre a vida da Igrejae também que estejam atentas aos sinaisdo Reino de Deus no mundo,por isso usarão com discrição e prudênciaos meios de comunicação social,como: a imprensa, os filmes,o rádio e a televisão,não ficando passivas diante deles,mas desenvolvendo a capacidade crítica.As Superioras saibam conciliara conveniência de umaoportuna atualizaçãocom a disciplina religiosa. Can 666

49. Todo ano a Ancilatem a possibilidadede visitar a família.Casos particulares,justificados por motivo decaridade e de urgência,serão submetidosà decisão prudente, justa e caridosada Superiora local.

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50. As irmãs assumem a responsabilidadeno que se refere à correspondênciaque normalmente está isenta de controle.As Superioras porém devem estar atentaspara evitar abusos.A correspondência com a Santa Sé,com o representante pontifíciojunto à nação,com o bispo do lugar, e a Superiorageral, está isenta de controle.

51. Para pregar às Ancilas do MeninoJesus, nas capelas e oratóriosdas mesmas, é necessárioa licença da Madre Geralou da Superiora local.

52. A Madre Geral, na visita canônica,determina, em cada casa, os lugaresque são estritamente reservadosaos membros da comunidade.Somente por motivos justos,e com a permissão da Superioraserão introduzidas nelespessoas externas à comunidade. Can. 667,§ 1

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CAPÍTULO V

O DOM DA VOCAÇÃO

DOM DO ESPÍRITO

53. O Espírito Santo,que fez nascer na Igrejaa vocação de Ancilas do Menino Jesus,pode animar com a sua caridade algumasjovens impelindo-as a viver sempre maispara Cristo e sua Igreja,orientando-as para oInstituto de Madre Elena.As Ancilas promovam,com a pastoral vocacional direta,o conhecimento do Institutoe acolham com alegriaas jovens que querem participarà graça de sua vocação.

54. Antes do compromisso definitivona Congregaçãosão indispensáveis alguns anosde experiência e conhecimento,durante os quaisa jovem e o Instituto se empenhamnum caminho de busca comumda vontade de Deus

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e dos sinaisde uma vocação autêntica.

DISPONIBILIDADEAO ESPÍRITO

55. A atitude caraterísticae fundamentalque uma jovem deve terdesde o primeiro momentodo seu ingresso na vida religiosaé o da pobreza interior.Confiante no Pai Celestialque a chama ao desapegodos seus projetos de vida,esteja espiritualmente disponívela abandonar-se, com fé,à ação do Espírito Santocomo Maria de Nazaré. Lc 1,38

A jovem “deve ter bom espírito, disponível a sacrificar-se inteiramentepara a glória de Deus,e com uma vida muito ativadedicar-se à própria perfeição”. (1)

________________(1) LPV, 22/7/1903

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A palavra de Deus que se manifestaatravés do Carisma do Instituto,orienta a jovema assumir o espírito e a fisionomiada Ancila do Menino Jesus.

A FORMAÇÃO

56. O período da vida religiosadurante o qual se desenvolvea formação humana, cristã e religiosa,é um tempo providencialno qual é preciso vivertudo aquilo que Deusnos faz compreender.É um tempo consagrado à descobertade uma nova comunidade em Cristo,fundamentada não numa escolha livrede amizades pessoais,mas sobre a unidade de uma mesma vocaçãoe de um mesmo ideal.Na comunidade formadorasob a orientação fraternada irmã encarregada,a jovem é chamada a descobriras responsabilidades

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e as exigências da própria vocação.Por este motivo aderirá,com sinceridade e confiança,a todas as formas e observânciasda vida religiosaexistentes no Instituto;especialmente àquelas que estão ligadasatravés da tradiçãoviva da Congregação,à vontade de Madre Elena.Estes elementos institucionaissão transmissores autênticos e fiéisdo carisma próprio da Ancilae ajudam a formar uma nova fisionomiaespiritual.Durante o período de formaçãoo exemplo de uma fidelidade alegree serena das irmãs professasé insubstituível.

ETAPAS DA FORMAÇÃO

57. A formação de todas as jovensem nossa Congregaçãopassa por três etapas:postulandato, noviciado, juniorato,durante as quais a verificação da vocaçãoe do crescimento humano, intelectual

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e espiritual da jovem,constituem o seu compromisso principal.Os conteúdos específicos e os métodosa serem usados são traçadosno “plano de formação”,aprovado pelo capítulo geral.

ADMISSÃO

58. A admissão das aspirantes à vidadas Ancilas compete à Madre Geral,após ter ouvido o parecerdo seu conselho.A respeito das informaçõese documentos necessários,seguimos o que dispõem as normasdo Direito Comum.A aspirante proveniente de outroInstituto será admitidacom muita prudênciae depois de ter pedido as cartasde referência.Exige-se que a aspirante possua:uma boa saúde, um caráter dócil e aberto,inclinação para trabalhar com a juventude,empenho ativo e dinâmico,instrução suficiente. Can 642

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POSTULANTADO

59. O postulantado começacom um pedido, formal da jovemà Madre Geral,depois de um período mais ou menoslongo de frequência ao Instituto.O postulantado é um períodode adaptação psicológica e espiritualao novo estado de vida.

60. A Madre Geral,após o parecer do seu conselho,designa as casas da Congregaçãoonde possa desenvolver-se o postulantadoe nomeia uma irmã de votos perpétuosresponsável pela formação da postulante.

61. A educação da postulantedeve desenvolver-se sob vários aspectossejam intelectuais, como sócio-religiosos.É oportuno que a jovem abra-seàs mais amplas possibilidadesreligiosas e humanas,a fim de que as sucessivas escolhastornem-se amadurecidas.Esta etapa dura seis meses,Podendo ser prolongada até dois anos.

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O NOVICIADO

62. A admissão ao noviciadocompete à Madre Geralapós ter ouvido o seu conselhoe é regulamentada em tudopelas normas do Direito Comum.O noviciado introduz a jovemna vida do Instituto atravésde uma sólida formação espiritual.A noviça é orientadaa ritmar o seu diacom os elementos fundamentais:liturgia comunitária,oração particular e meditação,vida de fraternidade e de trabalho,estudos apropriados e atividadesapostólicas, de acordocom as diretrizes da Igreja.O noviciado tem a funçãoinsubstituível e privilegiadada primeira iniciação à vida religiosa.Para serem admitidas requer-sepelos menos dezoito anos de idade Can 646 e 652,§ 2

63. A duração do noviciadoé de dois anosdos quais o primeiro é canônicoe será realizado na casa designada

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pela Madre Geralcom o parecer do seu conselho,o outro pode ser passadotambém em outra casa da Congregação.O noviciado canônico,precedido de um retiro espiritualde ao menos cinco dias,para ser perfeitamente válidodeve ter a duração de doze meses.Se a ausência do noviciado canônicosuperar de três meses contínuosou interrompidos,o noviciado é inválido.As ausências do noviciado inferioresaos três mesese superiores a quinze diasserão recuperadas.

64. Em casos particulares e comoexceção, a Madre Geral,com o consentimento do seu conselho,pode dar a permissão que uma candidatafaça o noviciado canônicoem outra casa do Instituto,diferente da que foi designada paraeste fim, sob a orientaçãode uma religiosa capacitadaque substitua a Mestra de noviças.A Madre Geral pode permitir

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que o grupo de noviças,por um determinado tempo,more em uma outra casa do Institutopor ela mesma indicada.

65. A orientação da mestra duranteo ano canônico ou de outra irmãno ano seguinte,é indispensável para conduzir,pela doutrina e a experiênciada vida, à alegre e integralconsagração da Ancila. Can 650

66. As matérias de estudosorientadas para uma assimilaçãovital da Palavra de Deus,sejam acompanhadaspor uma iniciação pessoalao mistério de Cristo,conforme a espiritualidadeprópria do Instituto.A índole e finalidade particulardo noviciado,como também um forte relacionamentode vida comum entre noviçasexigem uma certa separaçãodos outros membros do Instituto.Todavia, a fisionomia familiarda Congregação Cfr. Art 46

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será favorecida pela mestraatravés de serviços, contatos e encontrosdas noviças com as irmãs professas.Numa sã atmosfera de simplicidadeevangélica e de comunhãofraterna na comunidade,as noviças sejam encaminhadas a viveros aspectos fortes da vida religiosae dos votos.

INICIAÇÃO AOS VOTOS

67. No período do noviciadoos votos devem ser aprofundadosem seu conteúdo essenciale descobertos pela noviçacomo uma libertação espiritual profunda,que a tornam cada vez mais pobree aberta ao Espírito.Nestes encontrará a suaprópria realizaçãoe sentir-se-á participantedo espírito das Bem-aventurançasevangélicas.

68. A jovem aprenda a valorizar,no seu justo valor,também os sinais externos de sua

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consagração:o hábito religiosoque lhe será entregue na primeira profissão,o anel nupcial da profissão,a intimidade de vida da própria comunidade,o recato, próprio do seu estado de vida.

JUNIORATO

69. Ao terminar o segundo ano,após pedido formal da parte da noviça,a Madre Geral,decide pela sua admissão à profissãotemporária com voto deliberativodo seu conselhoapós ter escutado o parecer daresponsável direta pela formaçãoe da comunidade,tendo em vista as normas do Direito comum.Os votos temporários são renovadosanualmente.

70. Pela consagração religiosaprecedida ao menos de cinco diasde retiro espiritual,inicia-se o juniorato.Esta é uma etapa fundamental

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no desenvolvimento da graça da vocaçãoe marca uma nova etapalivre e interiormente motivadana doação de si a Deus e à Igreja.O sentido da novidade,que prevalece durante o noviciado,deve ser substituídopor uma crescente fidelidade,experimentada e adquiridana vida comunitária. Can. 699, §§ 1e2

71. O juniorato favorecea acentuação “vital” e práticada formação sob os aspectos:humano, cultural,espiritual, doutrinal,pastoral e profissional.Este período dura normalmente cinco anos,no fim destes a juniorista que fezpedido formale é considerada idônea,é admitida à profissão perpétua.A Madre Geral decide sobre sua admissãocom voto deliberativo de seu conselho,depois de ouvir o parecerda responsável direta da formaçãoe da comunidadee considerando as normas do direito comum.Se, porém, for oportuno,

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o tempo de profissão temporáriapoderá ser prorrogado pelaMadre Geral com o consentimentodo seu Conselho,até nove anos.A Madre Geral, por justa causa,pode autorizar a antecipaçãoda profissão perpétuaaté um trimestre. Can 657

PROFISSÃO PERPÉTUA

72. Precedida por um períodode intensa preparação sob a orientaçãode uma pessoa experimentadae de um retiro espiritualde ao menos cinco dias,a profissão perpétua concluio período de formação fundamentale coroa com o compromissocom Deus, com a Igreja, com a Congregação,a oferta da Ancila.Para realçaro aspecto eclesial do nosso carisma,a profissão perpétuapossivelmente seja realizadano período natalino,durante a liturgia eucarística

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FÓRMULAS

73. Para a profissão temporáriae a renovação anual:

“Ó Deus, onipotente e eternoem resposta ao teu amore como empenho de serviço à Igreja,faço voto de pobreza, castidade eobediência nas mãos ( N )Superiora Geral das Ancilas do MeninoJesus,( ou de N, delegada da Superiora Geral ),no espírito de Madre Elena Silvestrie conforme as Constituições da suaCongregação, por um ano.Imploro de tua paternal bondadea graça de poder aprofundar,pela fidelidade cotidiana,as responsabilidades que teu chamadome impõe. Amém.”

74. Para a profissão perpétua:

“Ó Deus, Pai Santo e Onipotente,que me chamaste ao seguimentode Cristo, teu Filho,

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contemplado nos mistérios da Encarnação,da Infância e da vida escondidaem Nazaré,acolhe os meus votos perpétuosde pobreza, castidade e obediência,que faço nas mãos de ( N )Superiora Geral das Ancilas do MeninoJesus,( ou de N, delegada da Superiora Geral)conforme o espírito de Madre ElenaSilvestrie das Constituições de sua Congregação.Faz com que, na adesão integralà tua aliança e à tua Palavra,revigorada pelo poder do teu Espírito,eu possa ser sempre tuaserva fiel. Amém.”

75. Para a renovação da profissãona solenidade do Natal:

“Ó Deus, Pai Onipotente,enquanto a Igreja celebra com alegriao nascimento terreno de Cristo Senhor,desejando assemelhar-me intimamente a Ele,que se fez pobre para enriquecer-mecom a sua pobreza,renovo os meus votos

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de pobreza, castidade e obediênciana Congregação dasAncilas do Menino Jesus.O Salvador do mundoque me gerou a vida divina,me conceda vivercom Maria sua mãe,dedicada totalmente ao seu serviçoe à realização da sua palavra.Amém.”

FORMAÇÃO PERMANENTE

76. A formação não se limitaaos primeiros anos da vida religiosa,ela se estende por toda a vida da Ancilae pretende oferecer-lhe,em cada etapa da vida,a ajuda necessáriapara um aprofundamento cada vez maiordas motivações da própriaescolha vocacional, para uma maior qualificaçãoprofissional e pastoral. Can 661

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77. As rápidas transformaçõessociais e eclesiais,as novas situações pessoais,com as quais a Ancila se defrontapodem causar dificuldades.Estas devem ser aceitas e vividascomo momentos da mais íntimaparticipação no mistério de Cristoe superadas numa fidelidade maiorao amor indefectível e gratuitoÀquele que a chamou.

78. Para a Ancila apresentam-sealgumas circunstânciasparticularmente favoráveisao seu crescimento espiritual:o retiro anual,os dias de oração e de encontros,a alternância dos tempos litúrgicos,as celebrações penitenciaise as revisões de vida,as festas da Congregaçãoe da comunidade,a doença, a provação, a dor,a morte de entes queridos,a mudança de casa.A vida religiosa é um caminhoque sobe;exige uma colaboração ativa

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e corresponsável à graça,mas também à descobertados sinais dos temposna própria comunidade,na Igreja, no mundo.

SAÍDA DA CONGREGAÇÃO

79. Cada Ancila ponha bastante empenhoem perseverar na vocaçãoà qual Deus a chamou LG 47.

e em conservar com fidelidadea sua profissão religiosa. LG 43.

Quando porém uma irmãpede para deixar a Congregaçãoou é demitida,a decisão deve ser tomadaem espírito de fé e de caridadee sejam observadas, cuidadosamente,as prescrições do direito comum.

80. A Madre Geral,após o consentimento do seu conselho,por uma causa grave pode conceder,a uma irmã de votos perpétuos,o indulto de exclaustração até três anos. Can 686 § 1

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81. A Madre Geral,com o consentimento préviodo seu conselho,tem a faculdade de conceder o indultode deixar a Congregaçãoàs irmãs de votos temporáriosque o peçame assim cessam os votostemporários. Can 688 § 2

A dispensa dos votos perpétuosdeve ser solicitada à Santa Sé,conforme a norma do cânone 691.

82. A irmã que deixa a Congregaçãopor qualquer motivonão tem nenhum direitoa nenhuma compensaçãopela atividade desenvolvidadurante o tempo de sua permanênciana Congregação.Todavia se terá em consideraçãoque as novas situaçõesexigem equidade e caridadepor parte do Instituto para a soluçãodos problemas imediatos. Can 702

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83. A Madre Geral,com o consentimento do seu conselho,pode aceitar novamentea irmã que deixoulegitimamente a Congregaçãoseja ao termino de seus votosseja depois de sua dispensa,sem que sejaobrigada a refazer o noviciado.Todavia a Madre Geraldeve impor-lhe um período de prova.Ao término deste pode ser readmitidaaos votos temporários por umperíodo não inferior a um anoou ao período de prova temporáriaque, no momento em que deixou o Instituto,faltava-lhe cumprirpara ser admitida aos votos perpétuos.A Madre Geral tem a autoridadede prolongar o tempodesta prova. Can 690 § 1

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CAPÍTULO VI

A MISSÃO DA ANCILA

VIDA APOSTÓLICA

84. A vida do Institutoé vida de zelo e de atividade (1).“O grande campo que se apresentapara trabalhar em benefício do próximo” (2),em virtude da sua vocação,une a Ancila mais intimamente a Cristoe ao seu corpo que é a Igreja.A ação apostólica e caritativapertence à própria naturezada vida da Ancila. Can 675 § 1

85. Toda a vida religiosa da Ancila“seja compenetrada de espírito apostólico,e toda a ação apostólicaseja animadade espírito religioso”. PC 8; Can 675

__________________________(1) Cfr. Reg. 1898, Cap. IV, art. 1, p. 11; Reg. 1903, cap. I, art. 33, f. 6.(2) CS, 7/5/1905, p. 153.

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Para que a Ancila correspondaà sua vocação de servir aCristo e a seus membros,precisa que sua “ação apostólicase desenvolva em íntima união com Ele.Desta forma alimenta-se a caridadepara com Deus e para com os homens”. PC 8

CARISMA E ATIVIDADE

86. A atividade da Ancilavisa traduzir no serviço o mistérioda Encarnação e da Infância de Jesuse é delimitada pelo carisma.A Ancila opta preferencialmentepelos jovens, e entre estes privilegiaaqueles que são a imagem e a continuaçãode Cristo pobre, humilde, escondido.A sua principal tarefa apostólicaé atuar o projeto educativo cristãopara a formação integral da pessoa,especialmente do pré-adolescente,do adolescente e do jovem,num âmbito de prevenção.

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87. A Ancila, na sua atividade,deseja, como a fundadora,empenhar as suas forçasna evangelização dos irmãose na promoção humana,assumindo-os na sua própria vida,como Cristo assumiu o homem todona sua Encarnação. CS 38

88. A Ancila, lembrando o convitedo Apóstolo Paulo: “Acolhei-vosuns aos outros, como Cristoacolheu a vós”, Rom 15,7

acolherá a cada pessoa com respeito,estima e compreensão, em atitudede diálogo aberto e familiar,de benevolência e de verdadeirafraternidade.Estará disposta a preferir o bem do outroao próprio, e a valorizaros dons dos outros com alegria e confiança.Esta atitude evangélica nasce numcoração puro, humilde,vigilante e contemplativo.

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89. As Ancilas do Menino Jesus,respondendo ao convite de Cristode estender o Reino “até os confinsda terra”, empenham-seem espírito de verdadeiro serviço,na evangelização dos povos. Mt 28,19

Fazendo-se presença viva de Igreja,querem como fez Jesus, compartilhardo mais profundo do coração,os sofrimentos, as alegrias,as aspirações dos irmãos.Desenvolvem a sua missão na unidadedo corpo do Instituto e do seu carismae na pluralidade das situaçõessócio-culturais e religiosas,com capacidade de adaptação e criatividade.

90. Conforme o espírito de Madre Elena,podem ser assumidas, com prudênciae discernimento,obras pastorais de emergência,cientes de que “tudo o que pode daralívio e alegria às pessoas aflitase sofridas, ou agravadas pelo peso dos anos,que carregam consigo muitasprivações e misérias,é sempre um gesto de caridadeque o Senhor recebe

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como feito a Ele mesmo” (1).Assumir temporariamente tais obrasé decisão da Madre Geral,com o parecer favorável do seu conselho,a definitiva deve ser aprovada pelo Capítulo Geral.

EVANGELIZAÇÃO E CATEQUESE

91. O serviço de Evangelizaçãochama as Ancilas a abrirem-seàs necessidades dos irmãos,sobretudo dos jovens.Amando-os com o coraçãodo Verbo Encarnado,contribuem para que amadureça nelesa experiencia do amor pessoal de Deus;entram assim na missão e obra de Jesus,Servo e Redentor,que morreu e ressuscitoupara vencer o domínio do male como Ele trabalham para reconstruiro mundo na justiça, na fraternidade, na paz.

________________(1) Carta, 20/9/1895

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92. A Congregação faz da Evangelizaçãoe da Catequese a sua missão e a suatarefa primordial na Igreja.Na Evangelização primária, que leva às opções fundamentais da fé,as Ancilas privilegiam a faixaetária juvenil.A catequese, na tradição dasAncilas do Menino Jesus,é prevalentemente orientada aossacramentos da Eucaristia e daConfirmação e se destinaaos cristãos que passam do estadode fé batismal àquele de fé adulta.

93. A Evangelização e a Catequesesejam realizadas num climade vida de grupo e de amizade,envolvendo a juventudenuma participação ativa e direitana busca da fée na experiência cristã.

94. Na atividade pastoral a Ancila,lembrando-se que “é melhor fazero bem bem feito a dez,

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do que um bem medíocre a vinte” (1),busca a comunhão com a Igrejaem todas as iniciativase atividades. Can 675 § 3A Ancila, no seu serviço apostólico,segue as disposições do Bispodo qual depende,conforme a norma do direito comum.

95. A atividade pastoral,para que seja adequadaà encarnação da mensagem evangélica,exige da Ancila o estudo e a avaliaçãode escolhas, métodos, estruturassociais, culturais, políticas,econômicas e religiosas.A vigilância do Capítulo Geral,da Madre Geral com o seu Conselho,e o sentido de fidelidade dinâmicade toda a Congregação ao espíritogenuíno e originário do Instituto,devem revisionar as iniciativase as experiências já adquiridas,

(1) Carta, 13/9/1903

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95. A atividade pastoral,para que seja adequadaà encarnação da mensagem evangélica,exige da Ancila o estudo e a avaliaçãode escolhas, métodos, estruturassociais, culturais, políticas,econômicas e religiosas.A vigilância do Capítulo Geral,da Madre Geral com o seu Conselho,e o sentido de fidelidade dinâmicade toda a Congregação ao espíritogenuíno e originário do Instituto,devem revisionar as iniciativase as experiências já adquiridas,tendo presente que a Igrejaserá deveras edificadapela ação pastoral que expressamelhor o Carisma próprio da Ancila.

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CAPÍTULO VII

O GOVERNO DA CONGREGAÇÃODAS ANCILAS DO MENINO JESUS

MINISTÉRIO DA AUTORIDADE

96. Cristo Senhorinstituiu na sua Igreja váriosministérios, que se destinamao bem de todo o corpo“com o fim de apascentar e fazer crescersempre mais o povo de Deus”. LG 18

As comunidades religiosassão também elas animadas peloministério de quem legitimamenteas preside.Como as irmãs,dóceis à moção do Espírito Santo,submetem-se em espírito de féàs superioras que são as representantesde Deus, PC 14; Can 601

à imitação de Cristo,assim as superioras,tendo que prestar conta a Deusdas pessoas que lhe foram confiadas, Hb 13,17

dóceis à vontade de Deus

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no cumprimento de seu dever,exerçam a autoridadeem espírito de serviçoa favor das irmãs,de modo a expressar a caridadecom que Deus as ama. PC 14; Can 618

97. A Congregaçãodas Ancilas do Menino Jesustambém no exercício da autoridadeinspira-se no modeloda família de Nazaré:nesta todos obedeciam ao projeto especialdo Pai sobre cada um dos membros.A vontade do Senhornem sempre era clara e indiscutívelmas objeto de uma procura comume de silenciosa meditação. Lc 2,50-51

98. Todas as irmãsque tem cargos de responsabilidadedevem respeitar o segredotodas as vezes quea justiça e a caridade o requeiram.

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ORGANISMOS PARA A UNIDADE E O PLURALISMO

99. O exercício da autoridadena Congregação visasalvaguardar dois aspectos:a unidade do corpoe a diversidade dos seus membros.A unidade exprime-se atravésdo Capítulo Geral,da Madre e do seu Conselho,da Superiora Regional,das irmãs encarregadas da administraçãocentrale da formação das jovens.O pluralismonas pessoas, nos lugarese nas situações pastoraisevidencia-se, de modo particular,pelas superioras locais,pela corresponsabilidade das comunidadese por cada uma das Ancilas.

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CAPÍTULO GERAL

100. O Capítulo Geralé a expressão da participaçãoe da solicitude de todas as Ancilaspara o bem da Congregação. PC 14

Nele se vive um momento particularde comunhão e de fraternidade,de discernimento e de confronto,e também de retomada das iniciativaspara o desenvolvimentoda vida da Congregação. Can 633

101. Os membros do Capítuloconscientes de que a sua eficácia,depende principalmente da sua docilidadeao Espírito do Senhor,e da atenção aos sinais dos temposna Igreja e no mundo,colaboram pondo à disposiçãotodas suas capacidade e competências.

102. O Capítulo Geralé celebrado de seis em seis anospara tratar assuntos da Congregaçãoe para eleger o Governo Central.

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Celebra-se também antes se,por qualquer motivo,ficasse vago o lugar da Madre Geral.Será convocado pela Madre Geralou, em sua ausência pela Vigária.A carta circular de convocaçãoé enviada nove meses antese nela indica-seo lugar, a data da celebraçãoe as orações a serem feitaspara o seu bom êxito.

103. Participam do Capítulo Gerala Madre Geral, que é presidente do mesmo,as quatros Conselheiras Gerais,a Superiora Regional,as delegadas, em número não inferioraos membros por direito,e para a eleição das mesmastêm voz ativa e passivatodas as religiosas de votos perpétuose voz ativa todas as junioristas.

104. Para a eleição das delegadase a realização do Capítuloobservar-se-á o “Regulamento” próprio,considerando as diretrizesdo direito comum.

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105. O Capítuloexamina a situação da Congregaçãotomando com baseo relatório econômicoapresentado pela Ecônoma Gerale aprovado pelo Conselho Geral:elege a Madre Gerale as suas quatro Conselheiras;trata os problemas do Institutoa fim de promover a sua vitalidadeespiritual e apostólica;estabelece normas e decretos. Can 631, § 1

O Capítulo,sendo autoridade competentepor quanto diz respeito as cânones 581e 585, decide,com a maioria de dois terços,a ereção de uma “regiãoconstituída de ao menos quatro casasinterligadas geograficamentee suficientemente autônomasseja para o recrutamentoseja para a economia.

106. Para a eleição da Madre Geralexige-se a maioria absoluta de votosnos três primeiros escrutínios.Na quarta votação

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têm voz passiva e não ativasomente as duas candidatasque receberam maior número de votosno terceiro escrutínio.É considerada eleita aquelaque receber maior número de votos. Can 119

Para a eleição das Conselheirasexige-se a maioria absoluta de votosnos dois primeiros escrutínios,e relativa no terceiro.Em caso de igualdade de votos,a respectivamente no quartoe no terceiro escrutínio,ficará eleita a mais idosa.Nas eleições tenham-se presentesas diretrizes do cânone 626.

107. O Capítulo Geral toma decisõescom a maioria absoluta dos votosno primeiro e no segundo escrutínio,com a maioria relativa no terceiro.

A MADRE GERAL

108. A Madre Geraldeve ter ao menos dez anosde votos perpétuos,e deve possuir as qualidades necessárias

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para desenvolver um serviçotão importante.Ela é o centro da unidadee o guia de toda a Congregação.E o seu ministério de autoridadeexige que seja a primeira entre todas,Ancila em dócil escuta de Deus,guarda do carisma do Instituto,promotora de uma fidelidadeconstante e renovadadas irmãs à própria vocação. Can 619

O MINISTERIO DA MADRE GERAL

109. Da Madre Geraldependem todas as casase os membros da Congregação.Permanece no cargo por seis anose pode ser reeleitasomente por outro sexênio.A ela é confiadaa orientação e a responsabilidadeda Congregação,a norma das Constituiçõese do direito comum;para o bem comum e de cada irmãa Madre Geral pode dispensar porum tempo determinado da observância

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de qualquer ponto disciplinar dasConstituições;visita as comunidades da Congregação,pessoalmente ou por meio de uma delegada,a qual, se não for conselheira,deve ser aprovada por voto deliberativodo Conselho;regulamenta o governo e a disciplinada casa de formação;admite, após ter consultado o Conselho,à renovação anualdos votos temporários ;concede às Ancilas a licença,além daquela do Bispo do lugar,de publicar textosque tratem questões religiosasou de costumes.

110. Com o voto deliberativodo seu Conselhotoma decisões mais importantesda Congregação,entre estas as seguintes:abertura de casascom o consentimento por escritodo Bispo diocesano Can 699, § 1

tendo presente as diretrizes doCânone 610;o fechamento de casas

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também com prévia consulta do Bispodo lugar; Can 616, § 1

instalação, transferência ou fechamentodo noviciado por decreto escrito;nomeação ou remoçãoda Secretária e da Ecônoma Geral,da Superiora Regional e do seu Conselho,das Superioras locais,da Mestra das noviças e das junioristas;admissãoà profissão temporária e perpétua;demissão de uma professa temporária;transferência da sede geral,informando a Santa Sé;contratos em nome da Congregação,dívidas a serem contraídas,alienações, hipotecas, de acordocom as normas do direito comum.

111. Com o voto consultivodo seu Conselho,a Madre Geral designa o lugaronde será realizado o Capítulo Geral;aprova os balanços anuaispreparados pela ecônoma.

112. A Madre Geral,para agir validamente,

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deve pedir, segundo os casos,o voto deliberativo ou consultivodo seu Conselho.Quando se trata de voto deliberativodeve ater-se a este.Tratando-se de votos consultivopode não leva-lo em conta.Todavia,sem uma razão justa,que lhe compete julgar,não se afaste dele, especialmentese expressa uma opinião comum.

113. A Madre Geraltem com principal tarefapromover não a prosperidade materialmas a fidelidade de cada Ancilae da Congregaçãoà própria vocação e ao carisma.Como o bom Pastor,conduz as irmãs às fontes destafidelidade:os sacramentos, a oração, os votos,a caridade, a comunhão fraterna,o amor a Cristo e aos seus pobres,o desenvolvimento e o usodos dons espirituaise das qualidades humanas,a comunhão eclesial e o serviço pastoral

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conforme o carisma especificodo Instituto.

114. Através das visitas anuais às casas,e de uma troca constante de informações,busca promoveros relacionamentos interpessoaisnos quais encontram lugar a admoestação,a “vigilância, e a firmeza” (1)a correção, o encorajamento,a exortação, o louvor. 2Tim 4,2

A VIGÁRIA GERAL

115. A primeira colaboradora da Madreé a sua vigária.É a primeira conselheira eleitapelo Capítulo Geral.Ela tem a missão de substituira Madre Geral,quando as circunstâncias o exigireme, em caso de morte ou de demissãoda mesma,convoca o quanto antes o Capítulo,que deverá celebrar-se dentro deseis meses.

____________________(1) Memórias, vol. I, p. 28

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Na ausência da Madre,por necessidades graves e urgentes,solicitará o voto deliberativodo Conselho Geral.

CONSELHO GERAL

116. O Conselho Geralé formado por quatro Conselheiraseleitas pelo Capítulo,e pela Madre Geral que o preside.As conselheiras, devem ser professasde ao menos oito anos de votos perpétuose possuir os dons necessáriospara auxiliar a Madre Geral no governo.Permanecem no cargo por seis anose poderão ser reeleitas.Elas deveram daro voto deliberativo ou consultivo,segundo os casos,aceitar lealmenteas deliberações do mesmo Conselhoe manter o sigilosobre os assuntos que nele são tratados.O Conselho Geralreúne-se normalmente uma vez por mêse todas as vezes que se fizer necessário.

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A SECRETÁRIA GERAL

117. A Madre Geralcom voto deliberativo do seu conselhonomeia por um tempo indeterminadoa secretáriaque deve ser uma irmãprofessa de votos perpétuos;cuja tarefa é de redigir os verbaise as atas do próprio Conselho,de manter a correspondênciaa ela confiada pela Madre,de atualizar o protocoloe cuidar do arquivo.A secretária geral,se não é conselheira,não tem direito de voto no Conselho,tem, porém, o dever de assistir as sessõese, se for solicitado,dará em consciência o seu parecer.A justiça e a caridade exigemque guarde com delicadeza e reservatudo quanto é do seu conhecimento.

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A ECÔNOMA GERAL

118. O Instituto tem capacidade jurídicade adquirir, possuir, administrare alienar bens móveis e imóveisnecessários à sua vida e à sua missão.Tais bens sejam administradoscom sábio equilíbrio e desapego,sob a direção da Madre Gerale a vigilância do seu Conselho,conforme as diretrizes do direito comume particularmente,levando em conta as leis civis.

119. A Ecônoma geral,que deve ser professa de votos perpétuos,é nomeada pela Madre Geral,com voto deliberativo do seu Conselho,por seis anos,podendo ser reconfirmada no cargo.O espírito de pobreza e a prudência,a confiança no Pai Celeste,e uma viva percepção da precariedadedos bens terrenos,sustentarão o seu serviço fraternoe de comunhão.

120. As suas tarefas são:conservar na sede geral

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os títulos de propriedade equivalentea dinheiroe o dinheiro que não for solicitadopara as despesas ordinárias;apresentar à Madre Geral e ao seuConselho o balanço anualde toda a administraçãopara ser aprovado;verificar a administração dos bensque pertencem às casas em particulare que constituem os dotes existentesdas irmãs, a cuja morte tornam-sepropriedade da Congregação;com o consentimento da Madree do seu Conselhopode trocar “ações ao portador”por outras ações mais rendosas emais seguras,excluídas toda espécie de comércioe de especulação.Para os atos de administraçãoextraordináriaa Ecônoma deve pedir a autorizaçãoda Madre Geralcom o voto deliberativo do Conselho,ao qual participaquando se trata de assuntos econômicos,sem direito de voto.

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A SUPERIORA LOCAL

121. Cada comunidade da Congregaçãoé como uma pequena família de Deus,reunida ao redor de Cristo ressuscitadoe dedicada ao serviço da Igreja.A Superiora localestá a serviço da fraternidade religiosacomo responsável,animadora da oração,da escuta comum,da união fraterna e do ministério pastoral.

122. Dedicada sobretudo à buscado bem espiritual das irmãspelo encorajamento e a correção fraterna, (1)procure fazer encarnar o espírito do Instituto nas realidades concretasdas pessoas e dos lugares;enriqueça a comunidade,pela sua experiência de comunhãocom a Madre Gerale com as outras superioras e irmãs

(1) CS 22/4/1906, p. 165

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123. Acompanhe com particular atençãoas junioristas da comunidade,e ofereça-lhes, na medida do possível,os subsídios para complementar aformação das mesmas.

124. “A obediência ativa e responsável” PC.14 das irmãs seja fomentada tambémpelo respeito às pessoase pela capacidade de suscitaruma resposta sempre mais fiel à vocação.A corresponsabilidade nas tarefas,o estilo de vida cotidiano,a partilha alegre dos dons do Senhorcontribuam para dar à comunidadeum aspecto evangélicoe a tornem fermento de edificaçãodo povo de Deus.

125. A Superiora local,que deve ser professa perpétuasegundo a norma das Especificações,é nomeada pela Madre Geralcom voto deliberativo do seu Conselho,

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depois de uma oportuna consulta;permanece no cargo por ter anose pode ser confirmada imediatamentepara um segundo triênioe, em casos particulares,também para um terceiro.

126. No cumprimento da sua missãoa Superiora local é auxiliada,numa comunidade de pelos menosseis religiosas,por duas conselheiras;nas comunidades menorestodos os membros constituem o seuConselho.Em todas as comunidades haverá uma irmã,que substituirá a Superioraausente ou impedidae uma ecônoma, a não ser que esta tarefaseja oportuno confiá-laà própria Superiora.As conselheiras, a vice Superiora e aecônoma são nomeadas pela Madre Geralpor voto consultivodo seu Conselho,após ter ouvido a comunidade interessada.

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A MESTRA DE NOVIÇAS

127. A tarefada formação fundamental das jovense a sua iniciação à vida de Ancilascabe à irmã encarregada.Desta participam ativamente,segundo as respectivas competências,a comunidade de formação,o diretor espirituale aqueles que ensinam as váriasdisciplinas.

128. A mestra das noviçasé nomeada por um triênio,pela Madre Geralcom voto deliberativo do seu Conselho.Tenha ao menos oito anos de votosperpétuos e a capacidadesnecessárias à realizaçãoda delicada tarefa que lhe é confiada.Se houver necessidade,seja auxiliada por uma outra irmã,com a qual possa colaborarcom inteligência, lealdade e amor,nomeada pela Madre Geralcom voto consultivo do seu Conselho.Ambas poderão ser sempre confirmadasno seu trabalho. Can 651

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O grupo do noviciadodesenvolve uma vidacuja finalidade direta é a formação,inserida na comunidade na qual vive.

A SUPERIORA REGIONAL

129. A Superiora Regionalcom o seu Conselhotem a tarefa de transmitir fielmenteas diretrizes da Madre,adaptando-as às situações concretasdo lugar, para que o carismada Congregação se encarne nas realidadeseclesiais muito diferentes;de animar a vida espiritual e apostólicadas comunidades,favorecendo uma participação ativana pastoral das respectivas Igrejas locais;de promover o estudo dos problemasparticulares inerentes à açãoapostólica das casas de sua região;de regulamentar o governo e a disciplinada casa de formação,em sintonia com as diretrizesdo Governo central.

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130. A Superiora Regionalassume as responsabilidadesem todas as situações que requeirama intervenção da Madre.Ouvido o seu Conselho,pode mudar a residênciade cada irmã da região.Admite as candidatas ao postulantado e ao noviciado com voto deliberativodo seu Conselho.

131. Essa deve ter ao menos dez anosde votos perpétuos e é nomeada por umtriênio pela Madre Geralcom o voto deliberativo doConselho Geral,após prévia consultados membros das comunidades locais.Pode ser confirmadapara um segundo e terceiro triêniosconsecutivos.É Superiora maiore participa por direitodo Capítulo Geral.

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O CONSELHO REGIONAL

132. O Conselho Regionalé formado pela Superiora Regionale por quatro Conselheirasque devem ter ao menosoito anos de votos perpétuos,e são nomeados pela Madre Geral,com voto deliberativodo Conselho Geral, por três anos,após ter ouvido o parecer dos membrosdas comunidades pertencentes à região.As conselheiras regionaispoderão ser confirmadaspara um segundo e terceiro triêniosconsecutivos.

133. A Superiora Regional,e com voto deliberativo do seu Conselho,nomeia as Superioras locais,com a prévia consulta da Madre Geral;admite as candidatasà profissão dos votos temporários.

134. Com o voto consultivodo seu Conselhoa Superiora Regional propõe aoConselho Gerala abertura ou fechamento de casas

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no âmbito da região,tendo presente, o quanto prescreveo cânone 610;aprova os balançosadministrativos das comunidadesa serem apresentados ao Conselho Geral.

CONCLUSÃO

135. As Constituições devemser aprovadas com os dois terçosdos votos das capitulares.Essas não podem ser modificadassem a autorização da Santa Séà qual cabe também a interpretaçãoautêntica.

136. Todas as irmãs da Congregaçãoas observem fielmentecomo exige o compromissoassumido na profissão,mesmo que elas não obriguem sob pecado,a não ser naquelas normasque dizem respeito à matéria dos votosou se referem a leis divinasou eclesiásticas,procurem valorizá-las na suacaminhada espiritual.

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137. A atuação plena das Constituiçõesrequer que as irmãs não parem nelas,mas que, através delas,cheguem ao Evangelho,à Palavra de Deus,norma e regra supremada nossa vida; PC 2

aos escritos e ao exemplo de Madre Elena,ao espírito e à sã tradição PC 2

das irmãs que nos precederame que formam conoscouma única famíliade Ancilas do Senhor. Can 662; 578

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ÍNDICE

Apresentação................................................ pag. 2 Decreto 1980................................................ pag. 3

Decreto 1986................................................ pag. 4

Siglas ............................................................ pag. 5

Primeiro projeto do Instituto.................... pag. 6

CAPÍTULO IA VOCAÇÃO DA ANCILADO MENINO JESUS NA IGREJA

Chamado à santidade e Congregaçãodas Ancilas do Menino Jesus...................... pag. 14O carisma da Congregação.......................... pag. 15

CAPÍTULO IIVIDA CONSAGRADA

Consagração batismal e religiosa.............. pag. 18Consagração da Ancila............................... pag. 19Caminho de crescimento espiritual............ pag. 19Os votos religiosos.................................... pag. 20

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Obediência................................................. pag. 21Castidade .................................................. pag. 23Desenvolvimento integral........................ pag. 25Pobreza .................................................... pag 26Pobreza pessoal ........................................ pag. 27Comunhão de bens................................... pag. 30Pobreza coletiva....................................... pag. 31A Ancila no trabalho................................ pag. 32

CAPÍTULO IIIEXPERIENCIA ESPIRITUALDA ANCILA DO MENINO JESUS

Primazia da vida espiritual.................... pag. 33Oração .................................................... pag. 34Oração Eclesial....................................... pag. 35Eucaristia ............................................... pag. 36Vida Sacramental................................... pag. 36Liturgia das horas................................. pag. 37Espiritualidade e mistério de Cristo.... pag. 38Advento.................................................. pag. 38Natal....................................................... pag. 40Mistério Pascal...................................... pag. 41

CAPÍTULO IVVIDA DE FRATERNIDADE E COMUNHÃO

Um só chamado.................................... pag. 43A unidade............................................... pag. 44

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A comunidade apostólica...................... pag. 45Espírito de família ................................ pag. 46Diretrizes práticas.................................. pag. 48

CAPÍTULO VO DOM DA VOCAÇÃO

Dom do Espírito..................................... pag. 50Disponibilidade ao Espírito.................... pag. 51A formação............................................ pag. 52Etapas da formação............................... pag. 53 Admissão ............................................... pag. 54Postulantado.......................................... pag. 55O noviciado........................................... pag. 56Iniciação aos votos............................... pag. 59Juniorato................................................ pag. 60Profissão perpétua................................ pag. 62Fórmulas................................................ pag. 63Formação permanente......................... pag. 65Saída da Congregação ......................... pag. 67

CAPÍTULO VIA MISSÃO DA ANCILA

Vida apostólica.................................... pag. 70Carisma e atividade............................ pag. 71Evangelização e catequese................. pag. 74

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CAPÍTULO VIIO GOVERNO DA CONGREGAÇÃODAS ANCILAS DO MENINO JESUS

Ministério da autoridade......................... pag. 78Organismo para a unidade e o pluralismo......................................... pag. 80 Capítulo Geral.......................................... pag. 81A Madre Geral......................................... pag. 84O ministério da Madre Geral................. pag. 85A Vigária Geral......................................... pag. 89 Conselho Geral.......................................... pag. 90A Secretária geral.................................... pag. 91A Ecônoma geral..................................... pag. 92A Superiora local...................................... pag. 94A Mestra das noviças............................. pag. 97A Superiora Regional.............................. pag. 98O Conselho Regional.............................. pag. 100

CONCLUSÃO............................................ pag. 101ÍNDICE..................................................... pag. 103

Casa Nazareth - Ancilas do Menino JesusLadeira Monselhor Antônio Rosa, 248 - Brotas

Salvador - Bahia - Brasil

Casa Generalizia Ancelle di Gesù BambinoCannareggio 4851 - 30121 - Venezia

Tel. 0039 041 5223875 - 0039 041 5228162

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