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Resolução CFC n.º 750/93 (Esta Resolução possui o Apêndice II aprovado pela Resolução CFC nº 1111/07). Dispõe sobre os Princípios Fundamentais de Contabilidade (PFC). Dispõe sobre os Princípios de Contabilidade (PC). (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10) O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais, CONSIDERANDO que a evolução da última década na área da Ciênci a Contábil reclama a atualização substantiva e adjetiva dos Princípios Fundamentais de Contabilidade a que se refere a Resolução CFC 530/81, CONSIDERANDO a necessidade de prover fundamentação apropriada para interpretação e aplicação das Normas Brasileiras de Contabilidade, (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10) RESOLVE: CAPÍTULO I DOS PRINCÍPIOS E DE SUA OBSERVÂNCIA Art. 1º Constituem PRINCÍPIOS FUNDAMENT AIS DE CONTABILIDADE (PFC) os enunciados por esta Resolução. § A observância dos Princípios Fundamentais de Contabilidade é obrigatória no exercício da profissão e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC). § 2º Na aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade há situações concretas e a essência das transações deve prevalecer sobre seus aspectos formais. Art. 1º Constituem PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE (PC) os enunciados por esta Resolução. § 1º A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no exercício da profissão e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC).

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Resoluo CFC n. 750/93 (Esta Resoluo possui o Apndice II aprovado pela Resoluo CFC n 1111/07).

Dispe sobre os Princpios

Fundamentais de Contabilidade (PFC).

Dispe sobre os Princpios de

Contabilidade (PC). (Redao dada pela Resoluo CFC n. 1.282/10)

O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exerccio de suas atribuies legais e regimentais,

CONSIDERANDO que a evoluo da ltima dcada na rea da

Cincia Contbil reclama a atualizao substantiva e adjetiva dos Princpios Fundamentais de Contabilidade a que se refere a Resoluo CFC 530/81,

CONSIDERANDO a necessidade de prover fundamentao apropriada para interpretao e aplicao das Normas Brasileiras de Contabilidade, (Redao dada pela Resoluo CFC n. 1.282/10)

RESOLVE:

CAPTULO I DOS PRINCPIOS E DE SUA OBSERVNCIA

Art. 1 Constituem PRINCPIOS FUNDAMENTAIS DE

CONTABILIDADE (PFC) os enunciados por esta Resoluo. 1 A observncia dos Princpios Fundamentais de

Contabilidade obrigatria no exerccio da profisso e constitui condio de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC).

2 Na aplicao dos Princpios Fundamentais de Contabilidade

h situaes concretas e a essncia das transaes deve prevalecer sobre seus aspectos formais.

Art. 1 Constituem PRINCPIOS DE CONTABILIDADE (PC) os enunciados por esta Resoluo.

1 A observncia dos Princpios de Contabilidade obrigatria

no exerccio da profisso e constitui condio de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC).

2 Na aplicao dos Princpios de Contabilidade h situaes concretas e a essncia das transaes deve prevalecer sobre seus aspectos formais. (Redao dada pela Resoluo CFC n. 1.282/10)

CAPTULO II DA CONCEITUAO, DA AMPLITUDE E DA ENUMERAO

Art. 2 Os Princpios Fundamentais de Contabilidade

representam a essncia das doutrinas e teorias relativas Cincia da Contabilidade, consoante o entendimento predominante nos universos cientfico e profissional de nosso Pas. Concernem, pois, Contabilidade no seu sentido mais amplo de cincia social, cujo objeto o patrimnio das entidades.

Art. 2 Os Princpios de Contabilidade representam a essncia das doutrinas e teorias relativas Cincia da Contabilidade, consoante o entendimento predominante nos universos cientfico e profissional de nosso Pas. Concernem, pois, Contabilidade no seu sentido mais amplo de cincia social, cujo objeto o patrimnio das entidades. (Redao dada pela Resoluo CFC n. 1.282/10)

Art. 3 So Princpios Fundamentais de Contabilidade: Art. 3 So Princpios de Contabilidade: (Redao dada pela Resoluo

CFC n. 1.282/10) I) o da ENTIDADE;

II) o da CONTINUIDADE; III) o da OPORTUNIDADE;

IV) o do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL;

V) o da ATUALIZAO MONETRIA; (Revogado pela Resoluo

CFC n. 1.282/10)

VI) o da COMPETNCIA; e

VII) o da PRUDNCIA.

SEO I O PRINCPIO DA ENTIDADE Art. 4 O Princpio da ENTIDADE reconhece o Patrimnio

como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciao de um Patrimnio particular no universo dos patrimnios existentes,

independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituio de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por conseqncia, nesta acepo, o Patrimnio no se confunde com aqueles dos seus scios ou proprietrios, no caso de sociedade ou instituio.

Pargrafo nico O PATRIMNIO pertence ENTIDADE,

mas a recproca no verdadeira. A soma ou agregao contbil de patrimnios autnomos no resulta em nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econmico-contbil.

SEO II O PRINCPIO DA CONTINUIDADE Art. 5 A CONTINUIDADE ou no da ENTIDADE, bem como

sua vida definida ou provvel, devem ser consideradas quando da classificao e avaliao das mutaes patrimoniais, quantitativas e qualitativas.

1 A CONTINUIDADE influencia o valor econmico dos

ativos e, em muitos casos, o valor ou o vencimento dos passivos, especialmente quando a extino da ENTIDADE tem prazo determinado, previsto ou previsvel.

2 A observncia do Princpio da CONTINUIDADE

indispensvel correta aplicao do Princpio da COMPETNCIA, por efeito de se relacionar diretamente quantificao dos componentes patrimoniais e formao do resultado, e de constituir dado importante para aferir a capacidade futura de gerao de resultado.

Art. 5 O Princpio da Continuidade pressupe que a Entidade

continuar em operao no futuro e, portanto, a mensurao e a apresentao dos componentes do patrimnio levam em conta esta circunstncia. (Redao dada pela Resoluo CFC n. 1.282/10)

SEO III O PRINCPIO DA OPORTUNIDADE Art. 6 O Princpio da OPORTUNIDADE refere-se,

simultaneamente, tempestividade e integridade do registro do patrimnio e das suas mutaes, determinando que este seja feito de imediato e com a extenso correta, independentemente das causas que as originaram.

Pargrafo nico Como resultado da observncia do Princpio da OPORTUNIDADE:

I desde que tecnicamente estimvel, o registro das variaes

patrimoniais deve ser feito mesmo na hiptese de somente existir razovel certeza de sua ocorrncia;

II o registro compreende os elementos quantitativos e

qualitativos, contemplando os aspectos fsicos e monetrios; III o registro deve ensejar o reconhecimento universal das

variaes ocorridas no patrimnio da ENTIDADE, em um perodo de tempo determinado, base necessria para gerar informaes teis ao processo decisrio da gesto.

Art. 6 O Princpio da Oportunidade refere-se ao processo de

mensurao e apresentao dos componentes patrimoniais para produzir informaes ntegras e tempestivas.

Pargrafo nico. A falta de integridade e tempestividade na produo

e na divulgao da informao contbil pode ocasionar a perda de sua relevncia, por isso necessrio ponderar a relao entre a oportunidade e a confiabilidade da informao. (Redao dada pela Resoluo CFC n. 1.282/10)

SEO IV O PRINCPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL Art. 7 Os componentes do patrimnio devem ser registrados

pelos valores originais das transaes com o mundo exterior, expressos a valor presente na moeda do Pas, que sero mantidos na avaliao das variaes patrimoniais posteriores, inclusive quando configurarem agregaes ou decomposies no interior da ENTIDADE.

Pargrafo nico Do Princpio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL resulta:

I a avaliao dos componentes patrimoniais deve ser feita com

base nos valores de entrada, considerando-se como tais os resultantes do consenso com os agentes externos ou da imposio destes;

II uma vez integrado no patrimnio, o bem, direito ou

obrigao no podero ter alterados seus valores intrnsecos, admitindo-se, to-somente, sua decomposio em elementos e/ou sua agregao, parcial ou integral, a outros elementos patrimoniais;

III o valor original ser mantido enquanto o componente

permanecer como parte do patrimnio, inclusive quando da sada deste;

IV os Princpios da ATUALIZAO MONETRIA e do

REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL so compatveis entre si e complementares, dado que o primeiro apenas atualiza e mantm atualizado o valor de entrada;

V o uso da moeda do Pas na traduo do valor dos

componentes patrimoniais constitui imperativo de homogeneizao quantitativa dos mesmos.

Art. 7 O Princpio do Registro pelo Valor Original determina

que os componentes do patrimnio devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das transaes, expressos em moeda nacional.

1 As seguintes bases de mensurao devem ser utilizadas em

graus distintos e combinadas, ao longo do tempo, de diferentes formas: I Custo histrico. Os ativos so registrados pelos valores pagos

ou a serem pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que so entregues para adquiri-los na data da aquisio. Os passivos so registrados pelos valores dos recursos que foram recebidos em troca da obrigao ou, em algumas circunstncias, pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais sero necessrios para liquidar o passivo no curso normal das operaes; e

II Variao do custo histrico. Uma vez integrado ao

patrimnio, os componentes patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer variaes decorrentes dos seguintes fatores:

a) Custo corrente. Os ativos so reconhecidos pelos valores em

caixa ou equivalentes de caixa, os quais teriam de ser pagos se esses ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na data ou no perodo das demonstraes contbeis. Os passivos so reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, no descontados, que seriam necessrios para liquidar a obrigao na data ou no perodo das demonstraes contbeis;

b) Valor realizvel. Os ativos so mantidos pelos valores em

caixa ou equivalentes de caixa, os quais poderiam ser obtidos pela venda em uma forma ordenada. Os passivos so mantidos pelos valores em caixa e equivalentes de caixa, no descontados, que se espera seriam pagos para liquidar as correspondentes obrigaes no curso normal das operaes da Entidade;

c) Valor presente. Os ativos so mantidos pelo valor presente,

descontado do fluxo futuro de entrada lquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal das operaes da Entidade. Os passivos so mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de sada lquida de caixa que se espera seja necessrio para liquidar o passivo no curso normal das operaes da Entidade;

d) Valor justo. o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo liquidado, entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma transao sem favorecimentos; e

e) Atualizao monetria. Os efeitos da alterao do poder

aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contbeis mediante o ajustamento da expresso formal dos valores dos componentes patrimoniais.

2 So resultantes da adoo da atualizao monetria: I a moeda, embora aceita universalmente como medida de

valor, no representa unidade constante em termos do poder aquisitivo; II para que a avaliao do patrimnio possa manter os valores

das transaes originais, necessrio atualizar sua expresso formal em moeda nacional, a fim de que permaneam substantivamente corretos os valores dos componentes patrimoniais e, por consequncia, o do Patrimnio Lquido; e

III a atualizao monetria no representa nova avaliao, mas

to somente o ajustamento dos valores originais para determinada data, mediante a aplicao de indexadores ou outros elementos aptos a traduzir a variao do poder aquisitivo da moeda nacional em um dado perodo. (Redao dada pela Resoluo CFC n. 1.282/10)

O PRINCPIO DA ATUALIZAO MONETRIA Art. 8 Os efeitos da alterao do poder aquisitivo da moeda

nacional devem ser reconhecidos nos registros contbeis atravs do ajustamento da expresso formal dos valores dos componentes patrimoniais.

Pargrafo nico So resultantes da adoo do Princpio da

ATUALIZAO MONETRIA: I a moeda, embora aceita universalmente como medida de

valor, no representa unidade constante em termos do poder aquisitivo; II para que a avaliao do patrimnio possa manter os valores

das transaes originais (art. 7), necessrio atualizar sua expresso formal em moeda nacional, a fim de que permaneam substantivamente corretos os valores dos componentes patrimoniais e, por conseqncia, o do patrimnio lquido;

III a atualizao monetria no representa nova avaliao, mas,

to-somente, o ajustamento dos valores originais para determinada data, mediante a aplicao de indexadores, ou outros elementos aptos a traduzir a variao do poder aquisitivo da moeda nacional em um dado perodo. (Revogado pela Resoluo CFC n. 1.282/10)

SEO VI

O PRINCPIO DA COMPETNCIA Art. 9 As receitas e as despesas devem ser includas na

apurao do resultado do perodo em que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem, independentemente de recebimento ou pagamento.

1 O Princpio da COMPETNCIA determina quando as

alteraes no ativo ou no passivo resultam em aumento ou diminuio no patrimnio lquido, estabelecendo diretrizes para classificao das mutaes patrimoniais, resultantes da observncia do Princpio da OPORTUNIDADE.

2 O reconhecimento simultneo das receitas e despesas,

quando correlatas, conseqncia natural do respeito ao perodo em que ocorrer sua gerao.

3 As receitas consideram-se realizadas: I nas transaes com terceiros, quando estes efetuarem o

pagamento ou assumirem compromisso firme de efetiv-lo, quer pela investidura na propriedade de bens anteriormente pertencentes ENTIDADE, quer pela fruio de servios por esta prestados;

II quando da extino, parcial ou total, de um passivo, qualquer

que seja o motivo, sem o desaparecimento concomitante de um ativo de valor igual ou maior;

III pela gerao natural de novos ativos independentemente da

interveno de terceiros; IV no recebimento efetivo de doaes e subvenes. 4 Consideram-se incorridas as despesas: I quando deixar de existir o correspondente valor ativo, por

transferncia de sua propriedade para terceiro; II pela diminuio ou extino do valor econmico de um

ativo; III pelo surgimento de um passivo, sem o correspondente ativo.

Art. 9 O Princpio da Competncia determina que os efeitos das transaes e outros eventos sejam reconhecidos nos perodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento.

Pargrafo nico. O Princpio da Competncia pressupe a

simultaneidade da confrontao de receitas e de despesas correlatas. (Redao dada pela Resoluo CFC n. 1.282/10)

SEO VII O PRINCPIO DA PRUDNCIA Art. 10. O Princpio da PRUDNCIA determina a adoo do

menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente vlidas para a quantificao das mutaes patrimoniais que alterem o patrimnio lquido.

1 O Princpio da PRUDNCIA impe a escolha da hiptese

de que resulte menor patrimnio lquido, quando se apresentarem opes igualmente aceitveis diante dos demais Princpios Fundamentais de Contabilidade.

Pargrafo nico. O Princpio da Prudncia pressupe o emprego de

certo grau de precauo no exerccio dos julgamentos necessrios s estimativas em certas condies de incerteza, no sentido de que ativos e receitas no sejam superestimados e que passivos e despesas no sejam subestimados, atribuindo maior confiabilidade ao processo de mensurao e apresentao dos componentes patrimoniais. (Redao dada pela Resoluo CFC n. 1.282/10)

2 Observado o disposto no art. 7, o Princpio da

PRUDNCIA somente se aplica s mutaes posteriores, constituindo-se ordenamento indispensvel correta aplicao do Princpio da COMPETNCIA. (Revogado pela Resoluo CFC n. 1.282/10)

3 A aplicao do Princpio da PRUDNCIA ganha nfase

quando, para definio dos valores relativos s variaes patrimoniais, devem ser feitas estimativas que envolvem incertezas de grau varivel. (Revogado pela Resoluo CFC n. 1.282/10)

Art. 11. A inobservncia dos Princpios Fundamentais de

Contabilidade constitui infrao nas alneas c, d e e do art. 27 do Decreto-Lei n. 9.295, de 27 de maio de 1946 e, quando aplicvel, ao Cdigo de tica Profissional do Contabilista.

Art. 11. A inobservncia dos Princpios de Contabilidade constitui infrao nas alneas c, d e e do art. 27 do Decreto-Lei n. 9.295, de 27 de maio de 1946 e, quando aplicvel, ao Cdigo de tica Profissional do Contabilista. (Redao dada pela Resoluo CFC n. 1.282/10)

Art. 12. Revogada a Resoluo CFC n. 530/81, esta Resoluo entra em vigor a partir de 1 de janeiro de 1994.

Braslia, 29 de dezembro de 1993.

Contador IVAN CARLOS GATTI Presidente

RESOLUO CFC N. 1.410/12

Aprova o CTA 16 Emisso de Relatrio de Auditoria sobre a

Base de Contribuies dos Agentes Financeiros ao Fundo de

Compensao de Variaes Salariais (FCVS) e altera o Anexo

II do CTR 01.

O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exerccio de suas atribuies legais e regimentais e com fundamento no disposto na alnea f do Art. 6 do Decreto-Lei n. 9.295/46, alterado pela Lei n. 12.249/10,

RESOLVE: Art. 1 Aprovar o Comunicado Tcnico CTA 16 Emisso de Relatrio de

Auditoria sobre a Base de Contribuies dos Agentes Financeiros ao Fundo de Compensao de Variaes Salariais (FCVS), anexo presente Resoluo, que tem por base o Comunicado Tcnico IBRACON n. 09/12.

Art. 2 No CTR 01, aprovado pela Resoluo CFC n. 1.345/11, publicada no

D.O.U., Seo I, de 26.5.11, alterar o texto do ttulo nfase do Anexo II. Art. 3 Esta Resoluo entra em vigor na data de sua publicao.

Braslia, 26 de outubro de 2012.

Contador Juarez Domingues Carneiro Presidente

Ata CFC n. 970

NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE

CTA 16 EMISSO DE RELATRIO DE AUDITORIA SOBRE A BASE DE CONTRIBUIES DOS AGENTES FINANCEIROS AO FCVS

ndice Item

OBJETIVO 1

ANTECEDENTES 2 3

ENTENDIMENTO E ORIENTAO 4 10

ANEXO I

ANEXO II

OBJETIVO 1. Este Comunicado tem por objetivo orientar os auditores independentes na execuo dos

trabalhos e emisso de relatrio de auditoria sobre a base das contribuies dos agentes financeiros (ou entidade) ao Fundo de Compensao de Variaes Salariais (FCVS), para atendimento ao requerimento do Conselho Curador do referido fundo.

ANTECEDENTES Requerimento de auditoria das contribuies ao FCVS 2. Em 19 de setembro de 1988, o Ministrio da Habitao e do Bem-Estar Social (MBES)

instituiu, com base nos Arts. 18 e 19 do Regulamento aprovado pela Portaria n. 118, o Manual de Normas e Procedimentos Operacionais (MNPO). Esse Manual estabelece as diretrizes para que os agentes financeiros do Sistema Financeiro de Habitao (SFH) efetuem contribuies mensais e trimestrais ao FCVS.

3. O Conselho Curador do FCVS (CCFCVS) emitiu, em 9 de fevereiro de 2012, a Resoluo n. 305, atualizando determinados itens do MNPO referentes ao requerimento de emisso de Relatrio de Auditores Independentes (RAI) que demonstre e ateste (*) que os valores das bases de incidncia relativos s contribuies mensais e trimestrais feitas ao FCVS foram informados adequadamente, conforme trecho abaixo:

(*) A Resoluo n. 305 do CCFCVS utiliza o termo atestar. De acordo com a NBC TA 200: 5. Como base para a opinio do auditor, as NBC TAs exigem que ele obtenha segurana razovel de que as demonstraes contbeis como um todo esto livres de distoro relevante, independentemente se causadas por fraude ou erro. Assegurao razovel um nvel elevado de segurana. Esse nvel conseguido quando o auditor obtm evidncia de auditoria apropriada e suficiente para reduzir a um nvel aceitavelmente baixo o risco de auditoria (isto , o risco de que o auditor expresse uma opinio inadequada quando as demonstraes contbeis contiverem distoro relevante). Contudo, assegurao razovel no um nvel absoluto de segurana porque h limitaes inerentes em uma auditoria, as quais resultam do fato de que a maioria das evidncias de auditoria em que o auditor baseia suas concluses e sua opinio, persuasiva e no conclusiva (ver itens A28 a A52).

7.7.1 Auditores Independentes.

O Agente Financeiro deve apresentar CAIXA, anualmente, at 30 de abril, relatrio

firmado por auditores independentes, pessoa fsica ou jurdica, acompanhado da certido

atualizada do registro no IBRACON e/ou na Comisso de Valores Mobilirios - CVM,

demonstrando e atestando que os valores das bases de incidncia relativos s contribuies

mensais e trimestrais do ano civil anterior, foram informados em consonncia com os

dispositivos legais e as prticas contbeis pertinentes, atendendo aos requisitos mnimos

necessrios descritos no Anexo V deste Manual.

O anexo V do Manual (*), por sua vez, descreve os seguintes procedimentos obrigatrios para a auditoria das contribuies:

(*) Foi mantida a redao original descrita na MNPO, anexo V, no entanto, vale acrescentar que no item c) onde se l em conexo com os exames, conforme NBC TA 805, itens 7 e A6, se o auditor contratado para auditoria dos quadros especficos ou de elementos especficos das demonstraes contbeis no tiver sido tambm contratado para auditar o conjunto completo de demonstraes contbeis, o auditor deve determinar se a auditoria de quadros especficos ou de elementos especficos das demonstraes contbeis de acordo com as normas de auditoria praticvel.

MNPO - Anexo V

RELATRIO DE AUDITORES INDEPENDENTES

Para emisso do Relatrio de Auditores Independentes, adotar os requisitos mnimos

necessrios:

1) Aspectos formais do relatrio:

a) Ttulo - indicar que Relatrio de Auditoria Independente;

b) Destinatrio - enderear ao Agente Financeiro ou Administrador da carteira;

c) Pargrafo Introdutrio - identificar o nome do agente financeiro, sua matrcula, e afirmar

que o exame das informaes operacionais apresentadas no relatrio foi realizado em

conexo com os exames dos registros contidos nas demonstraes financeiras relativas ao

exerccio (identificar o exerccio examinado), as quais foram elaboradas de acordo com as

normas contbeis aceitas no Brasil e tcnicas de auditoria aplicveis;

d) Local e data do relatrio do auditor independente - apor localidade do escritrio de

auditoria e data do relatrio.

e) Assinatura do auditor - o relatrio ser rubricado e assinado respectivamente pelo tcnico

responsvel e pelo representante legal da empresa de auditoria, quando pessoa jurdica, ou,

apenas pelo auditor, se pessoa fsica, com a qualificao profissional na rea contbil,

registro no CRC e IBRACON e/ou CVM.

f) Registro profissional do auditor - anexar ao relatrio de auditoria a certido do registro

ativo junto ao IBRACON e/ou CVM, contendo as informaes do cdigo, data e a situao do

cadastro na data de assinatura do relatrio.

2) Aspectos tcnicos

a) Responsabilidade da administrao da carteira - descrever a responsabilidade dos

responsveis nos controles internos para administrao da carteira;

b) Responsabilidade do Auditor - informar se houve, ou no, limitao no escopo dos

trabalhos, especificar a responsabilidade do auditor, quanto extenso necessria ao seu

opinamento, no que concerne a eficcia dos controles operacionais e contbeis mantidos pelo

agente financeiro, para apurao das bases de incidncia dirias das contribuies mensais,

e das bases de incidncia das contribuies trimestrais ao Fundo de Compensao de

Variaes Salariais - FCVS, e o alcance da auditoria, que incluir no mnimo:

b.1) A especificao de que a auditoria foi conduzida em conformidade com as normas de

auditoria, aos pressupostos contidos no Manual de Normas e Procedimentos Operacionais do

FCVS - MNPO/FCVS vigente, Roteiro de Anlise e Lei 10.150/00.

b.2) Metodologia de avaliao:

b.2.1) Reviso dos controles mantidos pelo Agente para segregao, clculo e acumulao

dos contratos de financiamentos com cobertura do FCVS (constatadas ressalvas, citar e

opinar sobre).

b.2.2) Apurao das bases de incidncia das contribuies mensais e trimestrais ao FCVS:

(constatadas ressalvas, citar e opinar sobre).

Observao: Constatadas bases de incidncia de contribuies ao FCVS e FUNDHAB, no

perodo em anlise e em perodos anteriores, no informadas Administradora do FCVS,

preencher um quadro especfico para o ms e trimestre de cada perodo.

b.2.2.1) Contribuio Trimestral: O valor da base de incidncia informada deve ser

posicionado no ltimo dia do trimestre de competncia da contribuio, na moeda vigente

poca, com a informao inclusive dos centavos, conforme exemplo a seguir:

EXERCCIO:

Competncia Valor da Base de Incidncia

1 Trimestre

2 Trimestre

3 Trimestre

4 Trimestre

b.2.2.2) Contribuio Mensal: Os valores das bases de incidncia devem ser demonstrados

por data de vencimento (dd/mm/aaaa), na moeda vigente poca, segregados por

competncia da contribuio, com a informao inclusive dos centavos, conforme exemplo a

seguir:

EXERCCIO:

Data

Vencimento Janeiro Fevereiro Maro Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

20

21

22

23

24

25

26

27

28

29

30

31

Total

b.3) Opinio do auditor - emitir opinio expressa e conclusiva sobre a adequao das bases

de incidncia aos pressupostos contidos no MNPO/FCVS, Roteiro de Anlise e Lei 10.150/00

ou, na sua impossibilidade, apontar as ressalvas, e opinar sobre. ENTENDIMENTO E ORIENTAO

4. O relatrio de auditoria requerido pelo FCVS por meio da referida Resoluo n. 305 um

exame adicional em relao auditoria das demonstraes contbeis dos agentes financeiros, por apresentar objetivos distintos e requer carta de contratao especfica.

5. Com base nessa Resoluo, os trabalhos para a emisso do relatrio de auditoria devem ser executados de acordo com a NBC TA 805 Consideraes Especiais - Auditoria de Quadros Isolados das Demonstraes Contbeis e de Elementos, Contas ou Itens Especficos das Demonstraes Contbeis, uma vez que a base para as contribuies mensais e trimestrais fundamentada na respectiva carteira de operaes de crdito especficas desses agentes e, portanto, enquadra-se na definio de elementos, contas ou itens especficos das demonstraes contbeis.

6. Conforme especificado no item A6 da NBC TA 805, esperado que o trabalho objeto deste

Comunicado seja executado pelo mesmo auditor independente que examina as demonstraes contbeis da entidade.

7. O auditor deve observar os requerimentos constantes da NBC TA 805, que incluem aspectos

relevantes para a emisso do relatrio dos auditores independentes, tais como a aceitao do trabalho, planejamento e a execuo do referido trabalho (envolve a definio de materialidade e sua considerao no planejamento, execuo e identificao de deficincias), e a formao da opinio e emisso do relatrio do auditor independente sobre quadros isolados das demonstraes contbeis ou sobre elementos, contas ou itens especficos das demonstraes contbeis. Dessa forma, recomenda-se a leitura, na ntegra, da referida norma para que o trabalho seja efetuado de acordo com seus requisitos. O relatrio do auditor deve

fazer referncia aos demonstrativos das bases de contribuies mensais e trimestrais previstos no MNPO, conforme item 3. Tambm devem ser apresentadas as respectivas notas explicativas, para que a apresentao do relatrio esteja em conformidade com os requerimentos da NBC TA 805.

8. Adicionalmente, de forma similar s outras representaes, os auditores devem obter da

administrao, conforme a NBC TA 580, representao formal sobre a adequao e a integridade das informaes inseridas nos demonstrativos das bases de contribuies mensais e trimestrais estabelecidas no MNPO. A contratao desse trabalho deve constar da carta de contratao que detalha os trabalhos e responsabilidades do auditor e da entidade a ser auditada, conforme requerido pela NBC TA 210, podendo ser emitida carta especfica para a realizao desse trabalho e da consequente emisso do relatrio do auditor independente.

9. Para que se consiga, a partir da data de emisso deste Comunicado, uma uniformidade na

emisso dos relatrios por parte dos auditores independentes, o Anexo I a este Comunicado inclui exemplo de relatrio a ser emitido. O referido exemplo no contempla eventuais modificaes provenientes de ressalvas, absteno de opinio ou opinio adversa, que podem ser necessrias em circunstncias especficas.

10. De forma a orientar os auditores independentes na execuo dos trabalhos necessrios para a emisso do relatrio, este Comunicado inclui, tambm, em seu Anexo II, procedimentos ilustrativos mnimos de auditoria a serem realizados. Cabe ressaltar que esse anexo no contempla uma lista exaustiva a ser utilizada. A abordagem a ser adotada pelos auditores independentes deve ser primariamente definida com base no uso de seu julgamento profissional e circunstncias especficas de cada entidade auditada, como requerem as normas de auditoria.

ANEXO I do CTA 16 Exemplo de Relatrio de Auditoria sobre os demonstrativos das bases de contribuies mensais e trimestrais ao FCVS Relatrio dos Auditores independentes sobre os demonstrativos das bases de contribuies mensais e trimestrais ao FCVS [Agente financeiro ou administrador da carteira] Examinamos os demonstrativos das bases de contribuies mensais e trimestrais efetuadas ao Fundo de Compensao de Variaes Salariais (FCVS) da (Companhia), referentes ao exerccio findo em ___ de ___________ de ____ e as respectivas notas explicativas, elaborados pela Administrao da Entidade com base no Manual de Normas e Procedimentos Operacionais institudo pelo Conselho Curador do FCVS (CCFCVS), de acordo com a Resoluo n. 305, de 9 de fevereiro de 2012.

Responsabilidade da Administrao pelo demonstrativo A Administrao da Entidade responsvel pela elaborao e adequada apresentao dos demonstrativos das bases de contribuies mensais e trimestrais efetuadas ao FCVS de acordo com o Captulo V do Manual de Normas e Procedimentos Operacionais do FCVS, institudos pela Resoluo n.o 158, de 31 de maro de 2004 (com as alteraes posteriores) e pelos controles internos que ela determinou como relevantes para a sua elaborao livre de distoro relevante, independentemente se causada por fraude ou erro. Responsabilidade dos auditores independentes Nossa responsabilidade a de expressar uma opinio sobre esses demonstrativos com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria, levando em considerao a NBC TA 805 Consideraes Especiais Auditoria de Quadros Isolados das Demonstraes Contbeis e de Elementos, Contas ou Itens Especficos das Demonstraes Contbeis. Essas normas requerem o cumprimento de exigncias ticas pelos auditores e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurana razovel de que o demonstrativo est livre de distoro relevante. Uma auditoria envolve a execuo de procedimentos selecionados para obteno de evidncia a respeito dos valores e divulgaes apresentados nos demonstrativos. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliao dos riscos de distoro relevante no demonstrativo, independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliao de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaborao e adequada apresentao do demonstrativo da entidade para planejar procedimentos de auditoria que so apropriados nas circunstncias, mas, no, para fins de expressar uma opinio sobre a eficcia desses controles internos da entidade. Uma auditoria inclui, tambm, a avaliao da adequao das prticas contbeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contbeis feitas pela Administrao, bem como a avaliao da apresentao dos referidos demonstrativos.

Acreditamos que a evidncia de auditoria obtida suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinio de auditoria. Opinio Em nossa opinio, as informaes financeiras apresentadas nos demonstrativos das bases de contribuies mensais e trimestrais ao FCVS da (Companhia), referentes ao exerccio findo em ___ de ___________ de ____ foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com o Manual de Normas e Procedimentos Operacionais institudo pelo Conselho Curador do FCVS com base na Resoluo n. 305, de 9 de fevereiro de 2012, no que se refere s contribuies mensais e trimestrais ao FCVS. Outros assuntos Base de elaborao do demonstrativo e restrio sobre distribuio

Sem modificar nossa opinio, chamamos a ateno para a Nota Explicativa 1 aos demonstrativos, que descreve sua base de elaborao. Esses demonstrativos foram elaborados especificamente para cumprimento dos requisitos do FCVS. Consequentemente, os demonstrativos podem no servir para outras finalidades. Nosso relatrio destina-se exclusivamente para utilizao e informao pela Entidade e pelo Conselho Curador do FCVS e no deve ser distribudo ou utilizado por outras partes. [Local (localidade do escritrio de auditoria que emitiu o relatrio) e data do relatrio do auditor independente] [Nome do auditor independente (pessoa fsica ou jurdica)] [Nome do profissional (responsvel tcnico, no caso de o auditor ser pessoa jurdica)] [Nmeros de registro no CRC da firma de auditoria e do profissional que assina o relatrio]

ANEXO II do CTA 16

Procedimentos de auditoria para emisso do relatrio dos auditores independentes sobre os demonstrativos das bases de contribuies mensais e trimestrais ao FCVS. Conforme ressaltado anteriormente neste Comunicado, os procedimentos abaixo listados no so exaustivos, e cabe ao auditor exercer julgamento profissional para identificar outros procedimentos adicionais que ele julgue necessrio para permitir a emisso de seu relatrio. 1. Obter entendimento da entidade e do seu ambiente, inclusive do controle interno, conforme

NBC TA 315.

2. Avaliar e efetuar testes dos controles internos mantidos pela entidade para segregao dos contratos de financiamento com cobertura do FCVS e clculo das contribuies mensais e trimestrais devidas ao Fundo implantados pela entidade para prevenir ou detectar e corrigir eventuais distores no clculo das referidas contribuies.

3. Efetuar totalizao das bases de incidncia, com base nos arquivos analticos dos contratos de

financiamento com cobertura do FCVS.

4. Selecionar uma amostra, atendendo s normas de auditoria (considerando a materialidade

estabelecida de acordo com a NBC TA 320 e a determinao do tamanho de amostras de acordo com a NBC TA 530), a natureza, o perodo e a extenso dos trabalhos, de contratos que fazem parte da base de incidncia das contribuies (mensais e trimestrais) ao FCVS e para os contratos de financiamento habitacional selecionados:

(a) obter documentao comprobatria do contrato;

(b)revisar se o contrato atende aos requisitos do Roteiro de Anlise;

(c) revisar o clculo das prestaes do contrato, com base no Banco de ndices atualizado e divulgado pela Caixa Econmica Federal e utilizado na evoluo dos saldos devedores dos contratos habilitados ao FCVS, em conformidade com as diretrizes emanadas pelo CCFCVS.

5. Efetuar testes dos clculos das contribuies mensais e trimestrais ao FCVS.

6. Confrontar os arquivos e os registros que sumariam o valor das contribuies mensais e trimestrais ao FCVS com os registros contbeis.

7. Obteno do quadro-resumo referente aos adquirentes de unidades habitacionais e verificar o

sumrio das contribuies mensais ao FCVS que esto includas nas prestaes dos financiamentos habitacionais.

8. Selecionar contribuies mensais para testes de reclculo (ou quando aplicvel, efetuar clculos

globais) e confrontar com os valores apurados pela entidade. Obter relatrios que sumariam as contribuies mensais e confrontar com os valores includos nas relaes das referidas contribuies.

9. Obter os mapas de recolhimento preenchidos pela entidade e confrontar os dados includos

testados com base nos procedimentos descritos acima com o pagamento ao agente centralizador das contribuies ao FCVS.

10. Verificar o cumprimento das normas regulamentares contidas no Captulo VI do MNPO-FCVS

vigente, Lei n. 10.150/00 e resolues pertinentes, relacionadas aos recolhimentos. ANEXO II do CTR 01

Modelo de relatrio sobre reviso das ITRs de entidades de incorporao imobiliria

RELATRIO SOBRE A REVISO DE INFORMAES TRIMESTRAIS (Destinatrio apropriado) Introduo Revisamos as informaes contbeis intermedirias, individuais e consolidadas, da Companhia ABC, contidas no Formulrio de Informaes Trimestrais (ITR) referente ao trimestre findo em __

de ______ de 20X1, que compreendem o balano patrimonial em __ de ___ de 20X1 e as respectivas demonstraes do resultado e do resultado abrangente [incluir quando aplicvel] para o(s) perodo(s) de trs [seis ou nove quando aplicvel] meses findo(s) naquela data e das mutaes do patrimnio lquido e dos fluxos de caixa para perodo de trs [seis ou nove] meses findo naquela data, incluindo as notas explicativas. A administrao responsvel pela elaborao das informaes contbeis intermedirias individuais de acordo com a NBC TG 21 Demonstrao Intermediria e das informaes contbeis intermedirias consolidadas de acordo com a NBC TG 21 e com a norma internacional IAS 34 Interim Financial Reporting, que considera o Comunicado Tcnico CTA 04 Aplicao da Interpretao Tcnica ITG 02 Contrato de Construo do Setor Imobilirio, aprovado pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e tambm pela Comisso de Valores Mobilirios (CVM), assim como pela apresentao dessas informaes de forma condizente com as normas expedidas pela Comisso de Valores Mobilirios, aplicveis elaborao das Informaes Trimestrais (ITR). Nossa responsabilidade a de expressar uma concluso sobre essas informaes contbeis intermedirias com base em nossa reviso. Alcance da reviso Conduzimos nossa reviso de acordo com as normas brasileiras e internacionais de reviso de informaes intermedirias (NBC TR 2410 Reviso de Informaes Intermedirias Executada pelo Auditor da Entidade e ISRE 2410 Review of Interim Financial Information Performed by the Independent Auditor of the Entity, respectivamente). Uma reviso de informaes intermedirias consiste na realizao de indagaes, principalmente s pessoas responsveis pelos assuntos financeiros e contbeis e na aplicao de procedimentos analticos e de outros procedimentos de reviso. O alcance de uma reviso significativamente menor do que o de uma auditoria conduzida de acordo com as normas de auditoria e, consequentemente, no nos permitiu obter segurana de que tomamos conhecimento de todos os assuntos significativos que poderiam ser identificados em uma auditoria. Portanto, no expressamos uma opinio de auditoria. Concluso sobre as informaes intermedirias individuais e consolidadas elaboradas de acordo com a NBC TG 21 Com base em nossa reviso, no temos conhecimento de nenhum fato que nos leve a acreditar que as informaes contbeis intermedirias individuais e consolidadas includas nas informaes trimestrais acima referidas no foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com a NBC TG 21 aplicvel elaborao de Informaes Trimestrais (ITR), e apresentadas de forma condizente com as normas expedidas pela Comisso de Valores Mobilirios. Concluso sobre as informaes intermedirias consolidadas elaboradas de acordo com a IAS 34 que considera o Comunicado Tcnico CTA 04 Aplicao da Interpretao Tcnica ITG 02 Contrato de Construo do Setor Imobilirio, aprovado pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e tambm pela Comisso de Valores Mobilirios (CVM) Com base em nossa reviso, no temos conhecimento de nenhum fato que nos leve a acreditar que as informaes contbeis intermedirias consolidadas includas nas informaes trimestrais acima referidas no foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com a IAS 34, que considera o Comunicado Tcnico CTA 04 Aplicao da Interpretao Tcnica ITG 02 Contrato de Construo do Setor Imobilirio, aprovado pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e tambm pela Comisso de Valores Mobilirios (CVM), aplicveis elaborao de Informaes Trimestrais (ITR), e apresentadas de forma condizente com as normas expedidas pela Comisso de Valores Mobilirios.

nfase

Conforme descrito na Nota X, as informaes contbeis intermedirias, individuais e consolidadas, foram elaboradas de acordo com as prticas contbeis adotadas no Brasil (NBC TG 21). As informaes contbeis intermedirias consolidadas elaboradas de acordo com as IFRS aplicveis a entidades de incorporao imobiliria no Brasil (IAS 34, para as informaes intermedirias), consideram, adicionalmente, o Comunicado Tcnico CTG 04 editado pelo CFC. Esse Comunicado trata do reconhecimento da receita desse setor e envolve assuntos relacionados ao significado e aplicao do conceito de transferncia contnua de riscos, benefcios e de controle na venda de unidades imobilirias, conforme descrito em maiores detalhes na Nota X. Nossa concluso no est ressalvada em funo desse assunto.

Outros assuntos Demonstraes do valor adicionado Revisamos, tambm, as demonstraes do valor adicionado (DVA), individuais e consolidadas, referentes ao perodo de trs [seis ou nove] meses findo em __ de ______ de 20X1, elaboradas sob a responsabilidade da administrao da Companhia, cuja apresentao nas informaes intermedirias requerida de acordo com as normas expedidas pela Comisso de Valores Mobilirios (CVM) aplicveis elaborao de Informaes Trimestrais (ITR) e considerada informao suplementar pelas IFRSs, que no requerem a apresentao da DVA. Essas demonstraes foram submetidas aos mesmos procedimentos de reviso descritos anteriormente e, com base em nossa reviso, no temos conhecimento de nenhum fato que nos leve a acreditar que no foram elaboradas, em todos os seus aspectos relevantes, de forma consistente com as informaes intermedirias individuais e consolidadas tomadas em conjunto. Local (localidade do escritrio de auditoria que emitiu o relatrio) e data do relatrio do auditor independente. Nome do auditor independente (pessoa fsica ou jurdica), nome do profissional (scio ou responsvel tcnico, no caso do auditor ser pessoa jurdica), nmeros de registro no CRC da firma de auditoria e do profissional que assina o relatrio. Assinatura do auditor independente.

RESOLUO CFC N. 1.407/12

Aprova o CTO 01 Emisso de Relatrio de Assegurao

Relacionado com Sustentabilidade e Responsabilidade Social e

altera os Anexos I e II do CTR 01.

O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exerccio de suas

atribuies legais e regimentais e com fundamento no disposto na alnea f do Art. 6 do Decreto-Lei n. 9.295/46, alterado pela Lei n. 12.249/10,

RESOLVE: Art. 1 Aprovar o Comunicado Tcnico CTO 01 Emisso de Relatrio de

Assegurao Relacionado com Sustentabilidade e Responsabilidade Social, que tem por base o Comunicado Tcnico IBRACON n. 07/12.

Art. 2 No CTR 01, aprovado pela Resoluo CFC n. 1.345/11, substituir

de acordo as por de forma consistente com as no texto do ttulo Demonstraes do valor adicionado dos Anexos I e II.

Art. 3 Esta Resoluo entra em vigor na data de sua publicao.

Braslia, 21 de setembro de 2012.

Contador Juarez Domingues Carneiro Presidente

Ata CFC n. 969

NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE CTO 01 EMISSO DE RELATRIO DE ASSEGURAO RELACIONADO COM

SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIAL

ndice Item

OBJETIVO 1

INTRODUO E CONTEXTO PARA EMISSO DESTE COMUNICADO 2 6

CONCEITOS-CHAVE, ESTRUTURA CONCEITUAL PARA ELABORAO DAS INFORMAES E TIPO DE INFORMAO APRESENTADA

7 16

Sustentabilidade 7 9

Balano social 10 12

Demonstrao de informaes de natureza social e ambiental 13

Informaes de natureza social, ambiental e de responsabilidade social apresentadas nessa demonstrao, em balanos sociais ou nos relatrios de sustentabilidade

14

Principais estruturas conceituais (frameworks) e critrios observados na elaborao das informaes sobre sustentabilidade e responsabilidade social

15 16

ENTENDIMENTO 17 20

Tipo de trabalho requerido pelo mercado e estrutura conceitual para trabalhos de assegurao

17 20

NBC TO 3000 TRABALHO DE ASSEGURAO DIFERENTE DE AUDITORIA E REVISO

21 33

Requisitos ticos (independncia) e controle de qualidade 21 23

Aceitao ou continuidade de relacionamento ou do trabalho e os termos de sua contratao

24 26

Contratao de outro auditor independente para execuo dos trabalhos de assegurao sobre as informaes relacionadas com sustentabilidade e responsabilidade social

27 28

Planejamento e execuo do trabalho sobre as informaes relacionadas com sustentabilidade e responsabilidade social e tipo de assegurao fornecida

29

Relevncia (ou materialidade) 30

Uso de especialista 31

Documentao 32 33

RELATRIO DE ASSEGURAO RELACIONADO COM AS INFORMAES SOBRE SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIAL

34 40

Contedo do relatrio 34 37

Concluso do relatrio de assegurao limitada 38

Concluso com ressalva, adversa ou absteno de concluso 39 40

Anexo I Principais estruturas conceituais (frameworks) e critrios utilizados na elaborao de informaes sobre sustentabilidade e responsabilidade social

Anexo II Exemplo de relatrio de assegurao limitada

Objetivo 1. Este Comunicado Tcnico tem por objetivo orientar os auditores independentes sobre a

execuo de trabalhos e a emisso de relatrios de assegurao sobre informaes relacionadas com sustentabilidade e responsabilidade social, objetivando prover alinhamento e uniformidade na aplicao dos procedimentos de reviso e na emisso dos relatrios de assegurao sobre esses temas divulgados no Balano Social, Demonstrao de Informaes de Natureza Social e Ambiental, Relatrio de Sustentabilidade ou em outras partes do Relatrio Anual da Administrao.

Introduo e contexto para emisso deste Comunicado 2. O Brasil, por meio do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), tem o compromisso de

adotar as normas internacionais de auditoria, de reviso, de assegurao e de outros servios correlatos emitidos pelo International Auditing and Assurance Standards Board (IAASB) da Federao Internacional de Contadores (IFAC). O IAASB vem trabalhando na emisso de normas para trabalhos dessa natureza. Como exemplo, j foi colocada em audincia pblica e aprovada a norma ISAE 3410 Assurance Engagements on Greenhouse Gas Statements, que trata do efeito estufa.

3. Como se trata de tema em desenvolvimento, alguns pases, como, por exemplo, a Alemanha e

a Holanda, possuem normas especficas para esses tipos de trabalho. Por sua vez, a Federao dos Peritos Contbeis Europeus (*) (Fdration des Experts Comptables Europens FEE) estudou o assunto e emitiu um extenso documento resumindo as prticas que vm sendo seguidas em quatro pases europeus (Sucia, Frana, Holanda e Alemanha).

(*) A Federao dos Peritos Contbeis Europeus (Fdration des Experts Comptables Europens FEE) a organizao representativa da profisso de contador na Europa. Entre os associados da FEE, contam-se 44 institutos profissionais de Contabilidade, referentes a 32 pases. Os rgos membros da FEE representam mais de 500.000 contadores na Europa.

4. Nesse documento, a FEE conclui que precisa ser emitida uma norma especfica para tratar de

trabalhos dos auditores independentes e emisso de relatrios de assegurao sobre os temas de sustentabilidade, uma vez que atualmente os auditores independentes tm utilizado a norma internacional ISAE 3000 Assurance Engagements Other than Audits or Reviews of Historical Financial Information (A NBC T0 3000 Trabalho de Assegurao Diferente de Auditoria e Reviso, emitida pelo CFC, a norma equivalente ao ISAE 3000 do IAASB da IFAC), mas que, considerando a complexidade do tema, essa norma no enderea completamente todas as peculiaridades e, assim, deveria ser editada norma especfica pelo IAASB da IFAC.

5. O desenvolvimento deste assunto vem sendo acompanhado e poder ocasionar a emisso de

orientaes adicionais no perodo de transio, at que se tenha uma norma internacional aprovada, que ensejar a emisso pelo CFC de uma NBC TO especfica para ser compulsoriamente aplicada no Brasil, aps amplo processo de audincia pblica.

6. Eliminado. Conceitos-chave, estrutura conceitual para elaborao das informaes e tipo de informao apresentada Sustentabilidade

7. O conceito de sustentabilidade nasceu na dcada de 80 com crticas da ONU sobre o comportamento predatrio de desenvolvimento econmico adotado pelos pases desenvolvidos que se mostravam incapazes em manter o progresso em todo o planeta e de, em longo prazo, partilh-lo com os pases em desenvolvimento.

8. Nascia, assim, o conceito de desenvolvimento sustentvel ou sustentabilidade. A ideia se

popularizou nas conferncias do Rio de Janeiro, a Eco Rio 92, e de Johanesburgo em 2002. Desde ento, o debate sobre desenvolvimento sustentvel est presente na sociedade civil, governos, empresas, organismos internacionais e ONGs e foi tema central na Rio+20, realizada neste ano no Rio de Janeiro.

9. O Banco Mundial e o International Finance Corporation (IFC), em pesquisas, constataram

que cada vez maior a preocupao das empresas multinacionais com questes relacionadas responsabilidade social corporativa. As negociaes internacionais tambm avanam nesse sentido e so preocupaes reais para a Unio Europeia, Canad e a maioria das naes emergentes, como Brasil, China e ndia.

Balano social 10. Balano social o nome dado divulgao do conjunto de informaes e de indicadores dos

investimentos e das aes realizadas pelas entidades no cumprimento de sua funo social, informaes essas dirigidas aos seus empregados, investidores, analistas de mercado, governo e s comunidades com quem interagem, direta ou indiretamente.

11. considerado, tambm, um instrumento de demonstrao das atividades das entidades, que

tem por finalidade conferir maior transparncia e visibilidade s informaes que interessam no apenas aos scios e acionistas das entidades, mas tambm a um nmero maior de interessados (stakeholders), formado pelos empregados, fornecedores, investidores, parceiros, financiadores, consumidores e comunidade em geral.

12. Ele surgiu como instrumento de comunicao de responsabilidade corporativa, constituindo o

conjunto de informaes de natureza econmica, social, laboral e ambiental pelo qual se avalia o desempenho da entidade na comunidade na qual est inserida e com a qual interage. Transcende, assim, da tradicional avaliao de natureza econmico-financeira, passando a medir o nvel de respeito e comprometimento das entidades com o seu meio social.

Demonstrao de informaes de natureza social e ambiental 13. Essa demonstrao, no obrigatria, foi instituda no Brasil pelo CFC, por intermdio da

NBC T 15, com vigncia a partir de 1 de janeiro de 2006. Quando apresentada, ela deve ser considerada como informao suplementar s demonstraes contbeis e no deve se confundir com as notas explicativas s demonstraes contbeis. A referida NBC T 15 estabelece quais so as informaes que devem ser includas nessa demonstrao.

Informaes de natureza social, ambiental e de responsabilidade social apresentadas nessa demonstrao, em balanos sociais ou em relatrios de sustentabilidade 14. Essas informaes possuem as seguintes caractersticas, que diferem de demonstrao

financeira ou outras informaes financeiras histricas e que afetam a forma pela qual os trabalhos de assegurao so executados:

O balano social, demonstrao de informaes de natureza social e ambiental ou relatrio de sustentabilidade, doravante denominados Informaes sobre Sustentabilidade e Responsabilidade Social neste Comunicado, so direcionados geralmente para um grupo

mais amplo e heterogneo de usurios do que os usurios previstos de demonstraes contbeis.

Elas geralmente incluem informaes qualitativas de divulgaes de polticas e gerenciamento, que so relevantes para ampla gama de usurios. A determinao da relevncia para o propsito de proporcionar assegurao em tais informaes requer entendimento das necessidades de informaes dos usurios e a aplicao de julgamento profissional.

As informaes quantitativas divulgadas no so necessariamente mensuradas em unidade monetria, mas em diversas unidades aplicveis para cada indicador e que so mutuamente independentes. Por exemplo, indicadores de desempenho relacionados emisso de dixido de carbono no podem ser agregados com informaes sobre recursos humanos.

As informaes quantitativas divulgadas so derivadas usualmente de sistemas de informaes no necessariamente integrados com os sistemas contbeis das entidades.

Em determinadas situaes, podem no existir sistemas de controles internos efetivos sobre essas informaes. Em alguns casos, os sistemas de informao so menos desenvolvidos do que aqueles existentes para a gerao de informaes contbeis ou financeiras e, consequentemente, a informao fornecida pode no ser to confivel no que se refere sua integridade e preciso.

As informaes relevantes podem ser obtidas de outras reas ou entidades sobre as quais a entidade que reporta possui diferentes nveis de influncia, como, por exemplo, informaes referentes a empreendimentos controlados em conjunto (joint ventures) e de fornecedores.

Principais estruturas conceituais (frameworks) e critrios observados na elaborao das informaes sobre sustentabilidade e responsabilidade social 15. Na elaborao das informaes que tratem de sustentabilidade e de responsabilidade social,

no existe apenas um instrumento ou estrutura conceitual que regule a sua elaborao ou que possa ser considerada a melhor alternativa para as entidades. Na prtica, observa-se que as entidades tm utilizado a estrutura conceitual que melhor atende as suas necessidades, considerando o seu nvel de maturidade frente dos temas relacionados.

16. Dessa forma, a divulgao, pela entidade, dos critrios utilizados na elaborao dessas

informaes, incluindo a estrutura conceitual utilizada informao relevante que deve constar das informaes submetidas anlise dos auditores independentes. Assim, esto apresentados no Anexo I deste Comunicado algumas das principais estruturas conceituais (frameworks) e critrios aceitos na elaborao das informaes relacionados com o tema.

Entendimento Tipo de trabalho requerido pelo mercado e estrutura conceitual para trabalhos de assegurao 17. A execuo de trabalhos e emisso de relatrios do tipo Procedimentos Previamente

Acordados (PPA), em que as partes especficas (cliente e auditor) acordam previamente a extenso dos trabalhos, no atende demanda do amplo mercado que requer uma assegurao sobre as informaes relacionadas com esses temas. Portanto, a NBC TSC 4400, que no se enquadra na Estrutura Conceitual para Trabalhos de Assegurao, no serve e no deve ser utilizada em trabalhos dessa natureza.

18. De acordo com a NBC TA ESTRUTURA CONCEITUAL Estrutura Conceitual para

Trabalhos de Assegurao, trabalho de assegurao significa um trabalho no qual o auditor

independente expressa uma concluso com a finalidade de aumentar o grau de confiana dos usurios previstos da informao, outros que no a parte responsvel, acerca do resultado da avaliao ou mensurao de determinado objeto de acordo com os critrios aplicveis.

19. Essa estrutura define dois tipos de trabalho de assegurao. O primeiro, como trabalho de

assegurao razovel, permite que o auditor independente emita uma opinio (como, por exemplo: Em nossa opinio, os controles internos so eficazes, em todos os seus aspectos relevantes, de acordo com os critrios XYZ; e o segundo, de natureza limitada, conhecido como trabalho de assegurao limitada, permite que o auditor emita uma concluso na forma negativa, do tipo Com base em nossa reviso, no temos conhecimento de nenhum fato que nos leve a acreditar que os controles internos no so eficazes, em todos os seus aspectos relevantes, de acordo com os critrios XYZ.

20. Os trabalhos de assegurao podem envolver informaes histricas, como no caso das

demonstraes contbeis, em que normalmente se utilizam os termos auditoria ou reviso, e observam-se as NBCs TA ou NBCs TR, conforme seja o tipo de segurana fornecido pelo auditor, ou informaes no histricas em que se utilizam as normas NBCs TO. No caso especfico de Informaes sobre Sustentabilidade e Responsabilidade Social, enquanto no houver norma especfica, deve ser utilizada a NBC TO 3000, cujos principais aspectos esto a seguir descritos.

NBC TO 3000 Trabalho de Assegurao Diferente de Auditoria e Reviso Requisitos ticos (independncia) e controle de qualidade 21. Este Comunicado tem como objetivo estabelecer os requisitos e procedimentos essenciais,

alm de fornecer orientao aos auditores independentes, para a realizao de trabalhos de assegurao sobre informaes no histricas, trabalhos esses que esto sujeitos ao cumprimento dos requisitos ticos de independncia e ao necessrio controle de qualidade sobre o trabalho e relatrio a ser emitido.

22. Na oportunidade em que a NBC TO 3000 foi originalmente emitida pelo CFC ainda no

existia a NBC PA 291, que trata da independncia do auditor em outros trabalhos de assegurao. Portanto, a NBC TO 3000 est dividida em duas partes. A primeira parte (Parte A) trata da norma tcnica propriamente dita, enquanto que a Parte B (que no existe na norma ISAE 3000) trata dos aspectos de independncia, que ora esto contidos na NBC PA 291, que tem por base a Seo 291 do Cdigo de tica do Contador do IESBA da IFAC e que, portanto, deve ser integralmente observado em trabalhos dessa natureza.

23. O auditor independente, para poder executar trabalho de assegurao sobre as informaes

que tratam de sustentabilidade e responsabilidade social, deve possuir um controle de qualidade apropriado. Em conformidade com a NBC PA 01(*) do CFC, esse controle de qualidade deve incluir polticas e procedimentos que tratam dos seguintes elementos:

responsabilidades da liderana pela qualidade na firma;

exigncias ticas relevantes;

aceitao e continuidade do relacionamento com clientes e de trabalhos especficos;

recursos humanos;

execuo do trabalho; e

monitoramento da qualidade.

(*) O CFC disponibilizou em seu website um guia prtico contendo orientaes para implantao de polticas e procedimentos de controle interno requeridos pela NBC PA 01.

Aceitao ou continuidade de relacionamento ou do trabalho e os termos de sua contratao 24. Conforme itens 7 a 9 da NBC TO 3000, o auditor independente somente deve aceitar (ou

manter, se for o caso) o trabalho de assegurao dessa natureza se o seu objeto for de responsabilidade de uma parte que no sejam os usurios previstos e nem o prprio auditor, e se nada indicar ao auditor que ele ou as pessoas que executaro o trabalho (equipe) no possuam a competncia tcnica necessria ou no possam cumprir com as exigncias ticas de independncia. Adicionalmente, o trabalho deve apresentar:

(a) objeto apropriado;

(b) critrios adequados e disponveis aos usurios previstos;

(c) acesso irrestrito, apropriado e suficiente do auditor independente s evidncias que respaldaro sua concluso;

(d) possibilidade de o auditor independente apresentar uma concluso por escrito; e

(e) possibilidade de o auditor independente se convencer de que h um propsito apropriado para o trabalho. Se houver limitao relevante na extenso de seu trabalho, provavelmente o trabalho no ter um propsito apropriado.

25. Dessa forma, essas condies devem ser consideradas nos termos da contratao, por meio de

contrato, carta de contratao ou outra forma que evidencie as condies estabelecidas e as responsabilidades de cada parte envolvida na contratao do trabalho. Nesse tocante, importante destacar, em particular, a identificao do objeto do trabalho e dos critrios a serem utilizados na elaborao e divulgao das Informaes sobre Sustentabilidade e Responsabilidade Social, que ser base para a concluso do auditor.

26. Esses critrios, que levam em considerao a Estrutura Conceitual selecionada (ver Anexo I),

devem ser adequados para permitir uma adequada mensurao do objeto, com vistas a atender s caractersticas apresentadas no item 19 da NBC TO 3000.

Contratao de outro auditor independente para execuo dos trabalhos de assegurao sobre as informaes relacionadas com sustentabilidade e responsabilidade social 27. Em princpio, no existe qualquer restrio e, dessa forma, a entidade pode contratar

diferentes auditores independentes para analisar suas demonstraes contbeis e suas informaes sobre sustentabilidade e responsabilidade social. Todavia, o auditor que for contratado nessa circunstncia para efetuar um trabalho isolado sobre essas informaes a respeito de sustentabilidade e responsabilidade social deve levar em considerao que ele no possui o mesmo nvel de conhecimento de como a entidade opera, do seu ambiente de controle interno e dos sistemas de controle interno que geram as informaes sobre as quais ele emitir seu relatrio de assegurao.

28. Assim, o auditor independente, contratado de forma isolada, deve aplicar procedimentos

adicionais em relao ao auditor independente das demonstraes contbeis que possui maior conhecimento e aplicou a NBC TA 315 para identificar e avaliar os riscos de distoro relevante nas demonstraes contbeis por meio do entendimento da entidade e seu ambiente de controle interno.

Planejamento e execuo do trabalho sobre as informaes relacionadas com sustentabilidade e responsabilidade social e tipo de assegurao fornecida 29. Conforme mencionado no item 14, as informaes sobre sustentabilidade e responsabilidade

social apresentam certas caractersticas especficas, destacando-se que, alm de os aspectos

quantitativos no serem mensurados em unidades monetrias, elas apresentam aspectos qualitativos. As evidncias so geralmente obtidas mais por indagaes e revises analticas do que por evidncias substantivas que poderiam fornecer segurana em nvel mais elevado do que aquele que o auditor independente pode obter em decorrncia dos procedimentos aplicados em trabalhos dessa natureza. Assim, embora a NBC TO 3000 admita as duas formas de assegurao (razovel ou limitada), o exemplo contido neste Comunicado, considerando os aspectos acima, de relatrio de assegurao limitada.

Relevncia (ou materialidade) 30. Conforme mencionado no item 23 da NBC TO 3000, o auditor independente deve considerar

a relevncia para determinar a natureza, a poca e a extenso dos procedimentos de obteno de evidncias e na avaliao se as informaes sobre o objeto no contm imprecises. Assim, o auditor independente deve entender o que relevante, principalmente para os usurios das informaes sobre sustentabilidade e responsabilidade social para estabelecer e documentar o raciocnio utilizado para determinar o nvel quantitativo da materialidade (se for o caso) e os seus fatores qualitativos.

Uso de especialista 31. Os trabalhos desenvolvidos sobre sustentabilidade e responsabilidade social geralmente

requerem algum nvel de especializao e podem exigir o uso de especialistas, que podem ser internos, ou seja, de outros departamentos da prpria firma de auditoria ou especialistas externos (ver requerimentos na NBC TA 620). De acordo com o item 30 da NBC TO 3000, o auditor independente deve envolver-se no trabalho e compreender o servio para o qual o especialista utilizado na extenso que lhe permita aceitar a responsabilidade pela concluso em relao s informaes sobre o objeto. O auditor independente avalia at que ponto os servios de especialista devem ser utilizados para formar a sua prpria concluso.

Documentao 32. Os trabalhos sobre essas informaes tm como objetivo assegurar os dados quantitativos e

qualitativos. Portanto, devem obedecer mesma conceituao e requerimentos de documentao observados na auditoria ou reviso de demonstraes contbeis. A documentao deve capacitar a reexecuo dos procedimentos e o entendimento sobre a adequao e a definio de amostras para os testes executados, bem como o necessrio controle de qualidade sobre o trabalho efetuado.

33. Esses aspectos acima destacados nos itens 29 a 32, assim como a avaliao da adequao do

objeto e dos critrios, preliminarmente analisados e avaliados na aceitao do trabalho, devem ser reavaliados e monitorados de forma permanente ao longo do trabalho (desde o planejamento at a concluso final). Assim, o auditor deve considerar integralmente a NBC TO 3000, cujos principais aspectos esto sumariados na tabela a seguir:

Itens da NBC TO 3000 Assuntos envolvidos

22 a 25 Relevncia e risco do trabalho de assegurao

26 a 32 Utilizao de servio de especialista 33 a 37 Obteno de evidncias 38 a 40 Representao da parte responsvel 41 Considerao de eventos subsequentes 42 a 44 Documentao

Relatrio de assegurao relacionado com as informaes sobre sustentabilidade e responsabilidade social Contedo do relatrio 34. A NBC TO 3000 no requer que os relatrios de trabalhos de assegurao tenham formato-

padro. Em vez disso, ela identifica, no seu item 49, os elementos bsicos que o relatrio de assegurao deve incluir, a saber: (a) ttulo que indique claramente que se trata de relatrio de assegurao emitido por auditor

independente e que ajude diferenci-lo de relatrios emitidos por outros profissionais;

(b) destinatrio, identificando a parte ou as partes a quem o relatrio de assegurao dirigido;

(c) identificao do objeto e descrio das informaes sobre esse objeto, incluindo, por exemplo: (i) data-base ou perodo a que a avaliao ou a mensurao se refere; (ii) nome da entidade qual o objeto se refere; e (iii) explicao das caractersticas do objeto ou das informaes sobre esse objeto. Por exemplo:

grau com que as informaes do objeto so quantitativa ou qualitativa, objetiva ou subjetiva e histrica ou prospectiva;

mudanas no objeto ou outras circunstncias do trabalho que afetam a comparabilidade das informaes de um perodo para outro;

(d) identificao dos critrios. O relatrio de assegurao pode incluir os critrios ou referir-se a eles, caso faam parte da afirmao ou das informaes elaboradas pela parte responsvel;

(e) quando apropriado, apresentao de qualquer limitao inerente que seja significativa;

(f) quando os critrios utilizados para avaliar ou medir o objeto so disponibilizados somente aos usurios previstos especficos ou so relevantes apenas para uma finalidade especfica, incluso de declarao restringindo o uso do relatrio de assegurao a esses usurios ou para essa finalidade;

(g) declarao, identificando a parte responsvel e suas responsabilidades, e as responsabilidades do auditor independente, ficando claro aos usurios a responsabilidade de cada parte;

(h) declarao de que o trabalho foi realizado de acordo com a NBC TO 3000;

(i) resumo do trabalho realizado, principalmente nos trabalhos de assegurao limitada, pois esse resumo ajuda aos usurios previstos entenderem a natureza da segurana proporcionada pelo relatrio de assegurao;

(j) concluso do auditor independente;

(k) data do relatrio de assegurao. Essa data torna implcito que o auditor independente considerou os efeitos de eventos ocorridos sobre as informaes relativas ao objeto at essa data;

(l) nome da firma e do auditor independente responsvel tcnico, os nmeros de seus respectivos registros profissionais e o local de emisso do relatrio.

35. Embora o relatrio possa ser na forma curta ou na forma longa, a experincia tem indicado a

preferncia pela forma curta. Os relatrios em forma curta costumam incluir apenas os elementos bsicos, enquanto na forma longa podem descrever em detalhe os termos do trabalho, os critrios utilizados, as constataes em relao a aspectos particulares do trabalho e, em alguns casos, as recomendaes. O exemplo apresentado no Anexo II de relatrio na forma curta.

36. Outro aspecto que est sendo considerado na apresentao do exemplo de relatrio neste

Comunicado o fato de que, conforme j mencionado anteriormente, a NBC TO 3000 no apresenta modelos de redao de relatrio e, dessa forma, est-se incorporando no exemplo apresentado os progressos verificados na Norma ISAE 3420 da IFAC, que no Brasil encontra-se em fase de emisso pelo CFC como NBC TO 3420.

37. Nesse sentido, a concluso do relatrio fornece assegurao sobre a compilao das

informaes no contexto de uma estrutura em conformidade com os critrios estabelecidos e divulgados pela parte responsvel.

Concluso do relatrio de assegurao limitada 38. A concluso pode ser na forma direta ou indireta. Na forma indireta, a avaliao ou a

mensurao do objeto realizada pela prpria parte responsvel e o auditor independente conclui quanto s afirmaes feitas pela parte responsvel, enquanto que na forma direta, o auditor faz a avaliao e apresenta sua prpria concluso. O exemplo apresentado no Anexo II considera apenas o relatrio na forma direta.

Concluso com ressalva, adversa ou absteno de concluso 39. De forma similar aos relatrios sobre informaes histricas (demonstraes contbeis), os

relatrios de assegurao sobre informaes de sustentabilidade e responsabilidade social podem ser emitidos com modificao, ou seja, concluso com ressalva ou adversa e absteno de concluso. Os itens 51 a 53 da NBC TO 3000 apresentam orientaes para essas situaes, que so similares s orientaes contidas na NBC TA 705.

40. Quando o relatrio contiver modificaes, ele deve apresentar em um pargrafo especfico a

descrio clara de todas as razes que levam o auditor a emitir o relatrio com ressalva, adverso ou com absteno de concluso, sob o ttulo: Base para emisso do relatrio com ressalva, adverso ou Base para absteno de concluso. O exemplo apresentado no Anexo II est na forma curta e no apresenta modificaes.

ANEXO I

Principais Estruturas Conceituais (Frameworks) e critrios utilizados na elaborao de Informaes sobre Sustentabilidade e

Responsabilidade Social

Estrutura Conceitual

(Framework)

Origem Ano de Criao

Conceito e Principais Caractersticas Maiores Informaes

Cdigo de Conduta Global (OCDE)

Frana 1961 A Organizao para Cooperao e Desenvolvimento Econmico (OCDE) uma organizao internacional e intergovernamental que agrupa os pases mais industrializados da economia do mercado. Na OCDE, os representantes dos pases membros se renem para trocar informaes e definir polticas e diretrizes com o objetivo de maximizar o crescimento econmico e o desenvolvimento dos pases membros.

As diretrizes descrevem padres voluntrios, recomendaes para uma conduta empresarial responsvel em ampla gama de questes sociais e ambientais, tais como direitos humanos, divulgao de informaes, trabalho e meio ambiente. O Brasil aderiu s diretrizes em 1997, o que foi reafirmado em junho de 2000 ao final do processo de reviso do documento.

www.oecd.org

http://www.cgu.gov.br/ocde/sobre/index.asp

IBASE Brasil 1997 O Balano Social IBASE (Instituto Brasileiro de Anlises Sociais e Econmicas) um demonstrativo numrico sobre as atividades sociais da entidade em forma de tabela de uma pgina. De fcil preenchimento, permite a verificao dos dados e a comparao com outras entidades.

De acordo com o IBASE, o balano social um demonstrativo publicado, anualmente, pelas entidades, que rene um conjunto de informaes sobre os projetos, benefcios e aes sociais, informaes essas dirigidas aos empregados, investidores, analistas de mercado, acionistas e comunidade. Este instrumento, que deve ser resultado de amplo processo participativo que envolva comunidade interna e externa, visa dar transparncia s atividades das empresas e apresentar os projetos efetivamente. Ou seja, sua funo principal tornar pblica a responsabilidade social empresarial, construindo maiores vnculos entre a entidade, a sociedade e o meio ambiente.

http://www.balancosocial.org.br/cgi/cgilua.e

xe/sys/start.htm

SA 8000 Estados Unidos

1997 A SA8000 (Social Accountability 8000) a primeira certificao internacional da responsabilidade social. Seu principal objetivo garantir os direitos dos trabalhadores, de forma que todos os envolvidos ganhem: empresas, trabalhadores, sindicatos, governo.

Lanada em 1997 pela Council on Economics Priorities Accreditation Agency (CEPAA), atualmente chamada Social Accountability International (SAI), organizao no governamental norte-americana, a Social Accountability 8000 (SA8000) a primeira certificao de um aspecto da responsabilidade social de empresas com alcance global. Com base em normas internacionais sobre direitos humanos e no cumprimento da legislao local, a SA8000 busca garantir direitos bsicos dos trabalhadores envolvidos em processos produtivos. A norma composta por 9 requisitos.

http://www.sa-

intl.org/index.cfm?&stopRedirect=1

Indicadores Brasil 1998 Trata-se de ferramenta de uso essencialmente interno, que permite a avaliao da gesto no que http://www.ethos.org.br/docs/conceitos_prat

ANEXO I

Principais Estruturas Conceituais (Frameworks) e critrios utilizados na elaborao de Informaes sobre Sustentabilidade e

Responsabilidade Social

Estrutura Conceitual

(Framework)

Origem Ano de Criao

Conceito e Principais Caractersticas Maiores Informaes

Ethos diz respeito incorporao de prticas de responsabilidade social, alm do planejamento de estratgias e do monitoramento do desempenho geral da empresa. Os indicadores abrangem os temas Valores, Transparncia e Governana, Pblico Interno, Meio Ambiente, Fornecedores, Consumidores e Clientes, Comunidade e Governo e Sociedade.

icas/indicadores/default.asp

AA1000 Reino Unido 1999 AA1000 (AccountAbility 1000) um padro de processo para a gesto da contabilidade, auditoria e relato da responsabilidade corporativa. Seu principal diferencial est na incluso das partes interessadas em todos os seus passos, dando credibilidade responsabilidade corporativa da organizao que o adota.

Lanada em novembro de 1999 pelo Institute of Social and Ethical Accountability (ISEA), a norma AA1000 tem o desafio de ser o primeiro padro internacional de gesto de responsabilidade corporativa. A verso preliminar da Estrutura AA1000 foi testada em projetos pilotos em vrias organizaes que realizaram auditoria social e tica em seu planejamento e gesto estratgica.

www.accountability.org.uk

Global Compact

Frum Econmico de Davos,

Sua

1999 Acordo para empresas elaborado pelas Organizaes das Naes Unidas, que pretende conciliar a fora do mercado aos ideais dos direitos humanos, levando-se em conta os impactos sociais e ambientais produzidos pela globalizao.

O acordo estabelece dez princpios bsicos relacionados com direitos humanos, trabalho, meio ambiente e combate corrupo, com os quais as empresas devem se comprometer voluntariamente. O Global Compact no monitora a obedincia aos princpios nem prev sanes em caso de rompimento. A adeso ao Pacto ocorre com a assinatura do documento, intitulado Os Nove Princpios do Pacto Global, no qual se comprometem a apoi-lo e realizar parcerias com as agncias e programas da ONU que promovem os princpios do Pacto. As premissas do Pacto foram inspiradas na Declarao Universal dos Direitos Humanos, nos Princpios Fundamentais dos Direitos ao Trabalho da Organizao Mundial do Trabalho (OIT) e dos Princpios do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento.

O Pacto Global no instrumento regularizador ou cdigo de conduta, mas uma plataforma baseada em valores que visam a promover a educao institucional. Utiliza o poder da transparncia e do dilogo para identificar e divulgar novas prticas que tenham como base princpios universais, como so aqueles dos direitos humanos.

http://www.unglobalcompact.org/

http://www.pactoglobal.org.br/

Global Reporting Initiative (GRI)

Holanda 2000 Iniciativa conjunta da organizao no governamental Coalition for Environmentally Responsible Economies (CERES) e do Programa das Naes Unidas para o Meio Ambiente, o Global Reporting Initiative (GRI) um processo internacional que conta com a participao de diversos stakeholders e cuja principal proposta desenvolver e disseminar globalmente diretrizes para a elaborao de relatrios de sustentabilidade (Sustainability Reporting

http://www.globalreporting.org/languages/po

rtugueseportugal/Pages/default.aspx

ANEXO I

Principais Estruturas Conceituais (Frameworks) e critrios utilizados na elaborao de Informaes sobre Sustentabilidade e

Responsabilidade Social

Estrutura Conceitual

(Framework)

Origem Ano de Criao

Conceito e Principais Caractersticas Maiores Informaes

Guidelines), para uso voluntrio por organizaes que queiram relatar as dimenses econmicas, sociais e ambientais de suas atividades, produtos e servios.

ISO 14000 Sucia 2006 ISO 14000 uma srie de normas desenvolvidas pela International Organization for Standardization (ISO) e que estabelecem diretrizes sobre a rea de gesto ambiental dentro de empresas.

O principal uso da ISO 14000 a certificao de uma terceira entidade, embora ela possa ser usada internamente com finalidades de autodeclarao e para o atendimento a demandas especficas. O principal uso, hoje em dia, est na certificao de terceiros, o que faz com que a ISO 14000 contenha apenas as exigncias que podem ser objeto de auditoria, com o objetivo de certificao e/ou de autodeclarao.

http://www.iso.org/iso/home/standards/man

agement-standards/iso14000.htm

Anexo II Exemplo de relatrio de assegurao limitada Relatrio de assegurao limitada dos auditores independentes relacionado com informaes sobre sustentabilidade e responsabilidade social [ou outra denominao apropriada] Ao Conselho de Administrao e Acionistas da Cia ABC So Paulo - SP Introduo Fomos contratados pela [identificar parte contratante, por exemplo, a Administrao da Cia ABC] para apresentar nosso relatrio de assegurao limitada sobre a compilao das Informaes relacionadas com Sustentabilidade e Responsabilidade Social [ou outra denominao apropriada] da Cia ABC, relativas ao exerccio findo em 31 de dezembro de 20X1. Responsabilidades da administrao da Companhia A administrao da Cia ABC responsvel pela elaborao e apresentao de forma adequada das informaes constantes do (colocar a denominao apropriada constante no pargrafo introdutrio) de acordo com os critrios xyz (descrever os critrios ou fazer referncia para o local onde esses critrios esto descritos) e pelos controles internos que ela determinou como necessrios para permitir a elaborao dessas informaes livres de distoro relevante, independentemente se causada por fraude ou erro. Responsabilidade dos auditores independentes Nossa responsabilidade expressar concluso sobre as informaes constantes do (colocar a denominao apropriada constante no pargrafo introdutrio), com base no trabalho de assegurao limitada conduzido de acordo com o Comunicado Tcnico CTO 01/12, aprovado pelo Conselho Federal de Contabilidade e elaborado tomando por base a NBC TO 3000 Trabalho de Assegurao Diferente de Auditoria e Reviso, emitida pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), que equivalente norma internacional ISAE 3000, emitida pela Federao Internacional de Contadores, aplicveis s informaes no histricas. Essas normas requerem o cumprimento de exigncias ticas, incluindo requisitos de independncia e que o trabalho seja executado com o objetivo de obter segurana limitada de que as informaes constantes do (colocar a denominao apropriada constante no pargrafo introdutrio), tomadas em conjunto, esto livres de distores relevantes. Um trabalho de assegurao limitada conduzido de acordo com a NBC TO 3000 (ISAE 3000) consiste principalmente de indagaes administrao da Companhia e outros profissionais da Companhia que esto envolvidos na elaborao das informaes constantes do (colocar a denominao apropriada constante no pargrafo introdutrio), assim como pela aplicao de procedimentos analticos para obter evidncia que nos possibilite concluir na forma de assegurao limitada sobre as informaes tomadas em conjunto. Um trabalho de assegurao limitada requer, tambm, a execuo de procedimentos adicionais, quando o auditor independente toma conhecimento de assuntos que o leve a acreditar que as informaes constantes do (colocar a denominao apropriada constante no pargrafo introdutrio), tomadas em conjunto, podem apresentar distores relevantes.

Os procedimentos selecionados basearam-se na nossa compreenso dos aspectos relativos compilao e apresentao das informaes constantes do (colocar a denominao apropriada constante no pargrafo introdutrio) e de outras circunstncias do trabalho e da nossa considerao sobre reas onde distores relevantes poderiam existir. Os procedimentos compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevncia, o volume de informaes

quantitativas e qualitativas e os sistemas operacionais e de controles internos que serviram de base para a elaborao das informaes constantes do (colocar a denominao apropriada constante no pargrafo introdutrio) da Cia ABC;

(b) o entendimento da metodologia de clculos e dos procedimentos para a compilao dos

indicadores por meio de entrevistas com os gestores responsveis pela elaborao das informaes;

(c) a aplicao de procedimentos analticos sobre as informaes quantitativas e indagaes sobre

as informaes qualitativas e sua correlao com os indicadores divulgados nas informaes constantes do (colocar a denominao apropriada constante no pargrafo introdutrio); e

(d) o confronto dos indicadores de natureza financeira com as demonstraes contbeis e/ou

registros contbeis. Os trabalhos de assegurao limitada compreenderam, tambm, a aderncia s diretrizes e critrios da estrutura de elaborao (ver exemplos de estruturas e critrios aplicveis no Anexo I) aplicvel na elaborao das informaes constantes do (colocar a denominao apropriada constante no pargrafo introdutrio). Acreditamos que a evidncia obtida em nosso trabalho suficiente e apropriada para fundamentar nossa concluso na forma limitada. Alcance e limitaes Os procedimentos aplicados no trabalho de assegurao limitada so substancialmente menos extensos do que aqueles aplicados no trabalho de assegurao que tem por objetivo emitir uma opinio sobre as informaes constantes do (colocar a denominao apropriada constante no pargrafo introdutrio). Consequentemente, no nos possibilitam obter segurana de que tomamos conhecimento de todos os assuntos que seriam identificados em trabalho de assegurao que tem por objetivo emitir uma opinio. Caso tivssemos executado um trabalho com objetivo de emitir uma opinio, poderamos ter identificado outros assuntos e eventuais distores que podem existir nas informaes constantes do (colocar a denominao apropriada constante no pargrafo introdutrio). Dessa forma, no expressamos uma opinio sobre essas informaes. Os dados no financeiros esto sujeitos a mais limitaes inerentes do que os dados financeiros, dada a natureza e a diversidade dos mtodos utilizados para determinar, calcular ou estimar esses dados. Interpretaes qualitativas de materialidade, relevncia e preciso dos dados esto sujeitos a pressupostos individuais e a julgamentos. Adicionalmente, no realizamos qualquer trabalho em dados informados para os perodos anteriores [se aplicvel], nem em relao a projees futuras e metas. Concluso Com base nos procedimentos realizados, descritos neste relatrio, nada chegou ao nosso conhecimento que nos leve a acreditar que as informaes constantes do (colocar a denominao apropriada constante no pargrafo introdutrio) no foram compiladas, em todos os aspectos

relevantes, de acordo com as diretrizes (mencionar a estrutura conceitual aplicvel e os critrios aplicveis, fazendo referncia ao local onde esto descritos).

[Local (localidade do escritrio de auditoria que emitiu o relatrio) e data do relatrio do auditor independente] [Nome do auditor independente (pessoa fsica ou jurdica)] [Nome do profissional (scio ou responsvel tcnico, no caso de o auditor ser pessoa jurdica)] [Nmeros de registro no CRC da firma de auditoria e do profissional que assina o relatrio] [Assinatura do auditor independente]

RESOLUO CFC N. 1.405/12

Aprova o CTA 15 Emisso do Relatrio do Auditor

Independente sobre as Demonstraes Contbeis

Intermedirias Individuais de Entidades Supervisionadas pela

SUSEP, referentes ao semestre findo em 30 de junho de 2012,

em decorrncia da edio da Circular SUSEP n. 446/12.

O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exerccio de suas atribuies legais e regimentais e com fundamento no disposto na alnea f do Art. 6 do Decreto-Lei n. 9.295/46, alterado pela Lei n. 12.249/10,

RESOLVE: Art. 1 Aprovar o Comunicado Tcnico CTA 15 Emisso do Relatrio do

Auditor Independente sobre as Demonstraes Contbeis Intermedirias Individuais de Entidades Supervisionadas pela SUSEP, referentes ao semestre findo em 30 de junho de 2012, em decorrncia da edio da Circular SUSEP n. 446/12, que tem por base o Comunicado Tcnico IBRACON n. 06/12.

Art. 2 Esta Resoluo entra em vigor na data de sua publicao.

Belm - PA, 25 de agosto de 2012.

Contador Juarez Domingues Carneiro Presidente

Ata CFC n. 968

NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE

CTA 15 EMISSO DE RELATRIO DE AUDITORIA SOBRE AS DEMONSTRAES CONTBEIS INTERMEDIRIAS INDIVIDUAIS DE ENTIDADES SUPERVISIONADAS

PELA SUSEP, REFERENTES AO SEMESTRE FINDO EM 30 DE JUNHO DE 2012

ndice Item

OBJETIVO 1 ANTECEDENTES 2 8

ENTENDIMENTO E ORIENTAO AOS AUDITORES INDEPENDENTES 9 15

EXEMPLO

16

Objetivo 1. Este Comunicado Tcnico tem por objetivo orientar os auditores independentes para a

emisso de seu relatrio de auditoria sobre as demonstraes contbeis intermedirias individuais de sociedades seguradoras, entidades abertas de previdncia complementar e resseguradores locais, referentes ao semestre findo em 30 de junho de 2012.

Antecedentes 2. As prticas contbeis adotadas no Brasil, em vigor, aplicveis s sociedades seguradoras,

entidades abertas de previdncia complementar e resseguradores locais, doravante referidos coletivamente como entidades supervisionadas pela SUSEP, foram estabelecidas pela Resoluo n. 86/02 do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) e alteraes posteriores.

3. A Circular SUSEP n. 430, de 5 de maro de 2012, mantm a obrigatoriedade da elaborao e

auditoria das demonstraes contbeis intermedirias individuais, referentes a 30 de junho, pelas entidades supervisionadas pela Superintendncia de Seguros Privados (SUSEP).

4. Em relao necessidade de elaborao de demonstraes contbeis consolidadas

intermedirias, de acordo com o 5, Art. 19, Anexo I, da Circular SUSEP n. 430/12, deve ser observado o seguinte: As sociedades supervisionadas esto dispensadas da elaborao das demonstraes financeiras consolidadas intermedirias.

5. Em 21 de janeiro de 2011, o CFC emitiu o Comunicado Tcnico CTA 04, cujos itens 19 e 20

so reproduzidos a seguir:

19. Conforme mencionado nos itens 4, 5, 6 e 7 deste CT, as normas contbeis estabelecidas pela SUSEP, que devem ser utilizadas pelas entidades para elaborao das demonstraes contbeis individuais (e para aquelas que elaborarem demonstraes contbeis consolidadas de acordo com essas normas contbeis) ainda no incorporam todas as normas, as interpretaes e os comunicados tcnicos emitidos pelo CFC; portanto, as prticas contbeis adotadas por essas entidades apresentam diferenas em relao s prticas contbeis adotadas pelas demais entidades que, por determinao de outro rgo regulador ou do prprio CFC, foram requeridas a adotar aqueles normativos.

20. Dessa forma, a concluso dos relatrios de auditoria a serem emitidos pelos auditores independentes sobre as demonstraes contbeis individuais e consolidadas de entidades supervisionadas pela SUSEP, elaboradas de acordo com as normas da SUSEP, devem usar, temporariamente, a expresso especfica: ... prticas contbeis adotadas no Brasil aplicveis s entidades supervisionadas pela Superintendncia de Seguros Privados (SUSEP), em substituio expresso: prticas