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PÁGINA 1 Conselhos de profissões regulamentadas se reúnem no CRECISP Em um clima rico e agradá- vel de troca de experiências, ocorreu, no fim de julho, o Fó- rum de Conselhos Regionais de Profissões Regulamentadas, na sede do Conselho de Correto- res de Imóveis do Estado de São Paulo. Foram realizadas três reu- niões que trataram de questões relacionadas ao dia a dia das entidades. O fórum foi dividido nos seguintes painéis: Compras e Licitação, Auditoria Interna e Externa e Jurídico. Foram cerca de nove horas de troca de co- nhecimentos, com a presença de aproximadamente 90 repre- sentantes dos conselhos. Durante o encontro, o presi- dente do CRECISP, José Augus- to Viana Neto, sugeriu que se criasse futura- mente um ma- O objetivo de estabelecer um fórum de debates foi alcançado com sucesso, a conexão foi estabelecida, segundo os participantes

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Conselhos de profissões regulamentadas se reúnem no CRECISP

Em um clima rico e agradá-vel de troca de experiências, ocorreu, no fim de julho, o Fó-rum de Conselhos Regionais de Profissões Regulamentadas, na sede do Conselho de Correto-res de Imóveis do Estado de São Paulo. Foram realizadas três reu-niões que trataram de questões relacionadas ao dia a dia das entidades. O fórum foi dividido nos seguintes painéis: Compras

e Licitação, Auditoria Interna e Externa e Jurídico. Foram cerca de nove horas de troca de co-nhecimentos, com a presença de aproximadamente 90 repre-sentantes dos conselhos.

Durante o encontro, o presi-dente do CRECISP, José Augus-to Viana Neto, sugeriu que se criasse futura-mente um ma-

O objetivo de estabelecer um fórum de debates foi alcançado com sucesso, a conexão foi estabelecida, segundo os participantes

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nual de procedimentos, para quando necessário diante de dificuldades ou problemas, exis-ta um referencial de soluções. O objetivo é que o manual con-tribua para que os conselhos executem suas atividades com uma excelência ainda maior, contribuindo diretamente para a melhoria da imagem de cada entidade perante a sua cate-goria profissional e, consequen-temente, diante da sociedade como um todo.

Além disso, foi decidida ain-da a criação de grupos de What-sApp para os representantes das três áreas comunicarem novida-des relacionadas ao aperfeiço-amento da rotina de trabalhos nos conselhos de fiscalização.

Em linhas gerais, todos con-sideraram o encontro muito proveitoso entre os colaborado-res das entidades. Já faz algum tempo que reuniões semelhan-tes não eram realizadas envol-vendo todos conselhos regio-nais. Segundo os representantes dos conselhos, o objetivo de es-tabelecer um fórum de deba-tes foi alcançado com sucesso, a conexão foi estabelecida. A iniciativa de aproximar profissio-nais e órgãos para trocar expe-riências foi considerada válida. Ganharam todos! Esse foi o sen-timento dos participantes.

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Na abertura do fórum, foi destacado que o propósito des-sa reunião era justamente o de discutir as mais diversas expe-riências, dando um novo ca-minho às necessidades que os conselhos profissionais e autar-quias públicas estão enfrentan-do. “A nossa proposta é desen-volver um trabalho no âmbito federal, pois temos, em cada

um dos conselhos, pessoas que são extremamente capazes e conhecedoras das grandes di-ficuldades. Muitos desses pro-fissionais já conseguiram algum tipo de solução que, por vezes, acaba não sendo compartilha-da com outras entidades que passam pelas mesmas dificulda-des. Assim, a experiência de um terceiro conselho pode trazer a

Compras e Licitação

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segurança necessária para seu ato administrativo”, disse Viana.

O evento foi dividido em três pautas. A discussão inicial deu destaque para compras e licita-ções, com ênfase à questão da adesão à ata de registro de pre-ços. Com esse sistema especial

de licitação, é possível utilizar um registro de preços visando a contratação futura para a aqui-sição de um bem ou serviço. En-tretanto, ele também possibilita a adesão à ata de registro por órgão que não tenha participa-do do procedimento licitatório.

Inicialmente, o sistema de re-gistro de preços foi regulamen-tado pelo Decreto 3.931/2001, posteriormente revogado pelo Decreto 7.892/13, atualmente responsável pela regulamen-tação. Os representantes dos conselhos explanaram ainda

suas experiências com relação à ata de adesão, destacando os pontos positivos e suas princi-pais dificuldades. Willian Cândi-do dos Reis, do Conselho Regio-nal de Contabilidade, comentou que a entidade sempre permitiu a adesão, mas ressaltou que alguns

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acórdãos do TCU obrigam que tal procedimento seja justificado.

A representante do Conse-lho Regional de Odontologia, Abigail Malerba Veiga, disse ter participado de dois cursos so-bre o tema, nos quais os mes-tres eram contra a ‘carona de adesão’ dos conselhos. “Nos posicionamos a favor, no en-tanto, pois com esse sistema, conseguimos, por exemplo, ad-quirir um automóvel com valor mais em conta”, afirmou Veiga.

O advogado Maurício Al-barelli Seoud, representante do Conselho Regional de Me-dicina, falou sobre os benefí-cios do sistema, embora tenha ressaltado que muitos doutrina-dores acreditam que a ata de adesão pode não ser a melhor solução. “A adesão à ata de registro de preço é uma facili-dade para órgão. O novo de-creto limitou o quantitativo e a adesão. Antigamente não se tinha controle”, relatou Seoud.

Alexandre Picorallo Medei-ros, representante do Conse-lho Regional de Farmácia, de-monstrou que existem algumas caraterísticas, no momento em que for elaborado o proces-so, que precisam ser respeita-das. “O TCU recomenda, com

bastante importância, que se justifiquem as quantidades. Se o CRECI, por exemplo, possuir 300 funcionários, e fizer um re-gistro de preço de 800 com-putadores, não existe lógica!”, disse Medeiros

A representante do Con-selho Regional de Nutricionis-tas, Mariana Oliveira de Souza, destacou que a entidade ade-re à várias atas, incluindo as de aquisição de computadores, de eventos, entre outras. “As-sinamos um sistema chamado ‘banco de preços para negó-cios públicos’, em que conse-guimos pesquisar editais, atas de registro, valores e fazer or-çamentos”, explicou Mariana.

A consultora jurídica de Compras, Contratos e Licita-ções, do Conselho Regional de Administração, Tania Ma-rins, tem acompanhado todas as alterações relacionadas ao

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sistema de Adesão à Ata de Registro de Preços. “Não preci-samos gastar com o banco de preços, e a orientação do pró-prio TCU, da CGU e do Ministé-rio do Planejamento é para que utilizemos o sistema Compras Net, que é gratuito. A adesão às atas é utilizada por órgãos da mesma esfera”, relatou Tania.

Ela comentou, ainda, que

o CRA está desenvolvendo um projeto chamado de complian-ce público. “Nossos órgãos par-ceiros têm que, obrigatoriamen-te, ter um grande planejamento de todas as licitações, para não cair na má utilização do valor. Está na hora de os conselhos se unirem e formarem um grande compliance público, para lidar com o grupo privado”

Com serviços prestados há mais de 15 anos na administra-ção pública e professora de licitação e contratos, a advoga-da e coordenadora de compras do Conselho de Arquitetura e Urbanismo, Andreane Rocha Thomaz, observa que há um medo generalizado com relação aos órgãos de fiscalização. “Posso ou não posso? O TCU permite? Penso que não preci-samos temer, temos que justificar e planejar. Este grupo é um grande instrumento, para nós conseguirmos fazer isso. É impor-tante ter uma linha de frente perante os conselhos e que isso seja levado ao âmbito federal”, disse Andreane.

A primeira pauta do evento também foi acompanhada por Dácio Eduardo Leandro Campos (presidente do Conselho Regional de Biomedicina), Rafael Oliveira, Marcelo Vicente Vangoni, Mar-celo Abissamra Issas e Durval Ro-drigues (Biomedicina), Doris Satie Maruyama (presidente do Conse-lho Regional de Estatística), Inês N. Nishimoto (Estatística), Eliézer José

Marques (presidente do Conselho Regional de Biologia), William dos Santos, Celso Luis Marino (Biologia), Márcio Teixeira da Silva (presiden-te da Ordem dos Músicos), Mar-co Ribeiro e Maria Cristina Barba-to (Ordem dos Músicos), Wagner Oliveira e Antônio Carlos Barbosa (Representantes Comerciais), Ra-mon Cerqueira de Sousa Corrêa e Willian Miguel da Silva (Economia),

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Caio Tadeu de Souza Paschoal (Enfermagem), Claudia Alcân-tara (Biblioteconomia), Rubens Fernando Mafra (Fisioterapia e Terapia Ocupacional), Leandro Cintra Vilas Boas, Alessandra Aparecida Alves, Artur Moura Reis, Luciano Baptista da Silva e Júlia Barros Gouvêa (Educação Física), Carla Dortas Schonho-

fen e Mauricio Albarelli Seoud (Medicina), Roseli Paixão dos Santos e Cristina Santo Santa-na (Serviço Social), Fábio Gusen (Medicina Veterinária), André Luiz Pavão e Sara Cristina Fave-ro Santos (Psicologia), Waldemir Menezes (Química), além dos advogados do CRECISP, Ademir Lemos Filho e Rodrigo de Maio..

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No período da tarde, a Reu-nião de Trabalho da Câmara abordou o tema “Auditoria In-terna e Externa”. Os trabalhos foram abertos falando sobre o acórdão do Tribunal de Contas da União (TCU) que, a partir de 2013, determinou que as entida-des de classe voltassem a pres-tar contas das suas atividades ao órgão. “O que nos traz uma segurança maior em relação aos nossos procedimentos, já que as nossas contas voltaram a ser apreciadas pelo órgão má-ximo de fiscalização da União”,

comentou Viana.Devido a decisão do TCU,

fez-se necessário que os con-selhos passassem a se preocu-par em estruturar melhor os seus processos internos, a partir do desenvolvimento de um traba-lho de auditoria. “A nossa res-ponsabilidade como gestores é imensa, temos que estar aten-tos a todos os detalhes da le-gislação vigente para que tudo ocorra dentro dos princípios da legitimidade, legalidade e efi-ciência. Por isso, estamos aqui para trocar experiências, agre-

Auditoria Interna e Externa

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gar conhecimento e otimizar ainda mais um trabalho tão delicado e meticuloso”, des-tacou Viana

O representante do Conse-lho Regional Enfermagem do Estado de São Paulo (Coren), Nivaldo Germano, discorreu sobre a sua longa experiência no tema. Germano pertence aos quadros da Controlado-ria Geral da União (CGU) e foi cedido ao Coren para que im-plantasse o setor de Controla-doria na entidade.

“É um privilégio contar com um profissional do seu ní-vel aqui na Câmara, com cer-teza o senhor tem muito a nos orientou com toda a sua ca-pacidade”, afirmou Viana.

A partir de então, Germa-no concedeu uma palestra a respeito da matéria discutida. O controlador geral do Coren ensinou que, na verdade, é a Controladoria que deve ter o protagonismo nas organiza-ções, e, não, a Auditoria. Isso porque esta deve ser especí-fica, não rotineira, enquanto que aquela funciona como um acompanhamento para-lelo dos processos, feito de for-ma contínua e ininterrupta.

“Auditoria de Contas é um desastre. Recomendo como caminho mais correto, o pla-

nejamento prévio, a definição dos problemas, atenção máxi-ma aos procedimentos de pa-gamentos dentro dos órgãos, porque geralmente é onde se paga que há corrupção”.

Conforme o controlador, uma lição aprendida por ele com um especialista em trans-parência em gestão foi a de que “a ocasião faz o ladrão sim, devemos trabalhar para que quando as ocasiões apa-recerem, o ladrão não esteja por perto”.

Para Germano, planeja-mento é uma das etapas mais importantes, isso porque agir dentro da legalidade não é su-ficiente, pois nem tudo que é legal, é executável. “Visão sistê-mica, domínio dos fluxos e pro-cessos e estudos de viabilidade devem fazer parte da nossa ro-tina profissional. Devemos usar o bom senso e só incluir nos nossos planos plurianuais, por exemplo, ações que possam caber no orçamento. Sem previsão orça-mentária, nada pode ser feito, ela é mais importante inclusive do que dinheiro em caixa”.

Ele afirmou ainda que exis-tem três pilares que garantem um bom controle de contas e processos: Segregação de Função, Normatização das Ro-tinas e Treinamento de Pessoal.

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Já os participantes do Conse-lho Regional de Serviço Social do Estado de São Paulo (Cress-SP), Odair Dutra e Talita de Oliveira, questionaram o controlador so-bre como seria possível implan-tar em conselhos pequenos, com pouca arrecadação, um setor eficiente de Controladoria.

Basta força de vontade e empenho, respondeu Germano. “Com esforço e direcionamento podemos fazer tudo, em todos os órgãos existem ilhas de ociosi-dade, sempre haverá, nem que seja apenas uma pessoa, com tempo e capacidade para fazer o trabalho que precisa ser feito”.

Participaram do encontro outros representantes de con-selhos da área de auditoria in-terna e externa. Foram eles: Carlos Leite e Sérgio Rober-to (CRECISP), Fernando Stabile Bustos (Representantes Comer-

ciais), Silvério dos Santos (Eco-nomia), Luiz Carlos Silva (Admi-nistração), Cláudio Alcântara e Ana Cláudia Martins (Biblioteco-nomia), Eliézer José Marques e Celso Luis Marino (Biologia), Ra-fael Oliveira e Durval Rodrigues (Biomedicina), Zilton Mendes da Silva (Contabilidade), Felipe de Oliveira Simoyama (Fisioterapia e Terapia), Júlia de Barros Gou-vêa, Leandro Cintra Vilas Boas, Roberto Jorge Saad (Educa-ção Física), Cintia Marques Teles (Medicina), Odair Dutra e Tali-ta de Oliveira (Serviço Social), Emanoel Tadeu Coelho Cos-ta (Medicina Veterinária), Jor-ge Youshimura (Odontologia), Paulo Hamilton Siqueira Júnior (Psicologia), José Sérgio Acklel (Química), Antônio Pascinho Fi-lho (Radiologia), Márcio Teixeira da Silva, Marco Ribeiro, Maria Cristina Barbato (Músicos).

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No terceiro painel do dia no fórum dos conselhos regio-nais do Estado de São Paulo, o assunto foi jurídico. Na mesa, representantes da área jurídica dos conselhos regionais tiveram a oportunidade de trocar infor-mações. A cobrança de anui-dades e o regime jurídico de pessoal ocuparam os comentá-rios dos presentes.

Jurídico

Logo após a fala inicial do presidente José Augusto Viana Neto, a advogada do Conse-lho Regional de Medicina (CRE-MESP), Paula Véspoli Godoy, abriu a rodada dizendo que sua entidade vem encontrando difi-culdades junto ao Poder Judici-ário, nas ações relativas às exe-cuções fiscais, em razão da lei 11.000/2004, que teve declarado inconstitucional o artigo 2, pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Como não poderia ser di-ferente, houve um espírito de compartilhamento de ideias. Os demais conselhos se sentiram

sensibilizados com o relato da colega e dividiram suas ex-periências. O advogado do Conselho Regional de Psico-logia (CRP), Paulo Hamilton Siqueira Júnior, disse que seu órgão teve poucas perdas

em relação às anuidades e se propôs a distribuir aos parti-

cipantes do fórum matéria dou-trinária que pode ajudar a todos na defesa da cobrança.

Para alguns colegas que si-nalizaram preocupação com eventual fim da cobrança de anuidades, por determinação da Justiça, podendo ameaçar a existência dos órgãos de fisca-

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lização, o coordenador jurídico do Conselho Regional de Odon-tologia, José Cristóbal Aguírre Lo-bato, lembra da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 4667), que posiciona pela constitucio-nalidade da Lei 12.514/2011. Com base na legislação, Lobato comentou que os conselhos po-dem ter anuidades, desde que respeitada as regras e o trâmite legal de sua aplicação.

Para tentar sanear a ques-tão, o assessor jurídico do Conse-lho Regional de Biomedicina, Ad-nan Saab, sugeriu que o assunto fosse levado aos conselhos fede-

rais de profissões regulamenta-das, em Brasília, para apresentar uma regulamentação que não cause mais dúvidas.

O assessor jurídico do Con-selho Regional de Serviço Social, Henrique Klassmann Wendland, deu uma contribuição também ao tema com o desdobramen-to para outro aspecto. Ele disse que uma decisão do Supremo Tribunal de Justiça assegura que as anuidades não sofram pres-crição até serem constituídas quatro pagamentos devidos, com o advento do artigo 8º da Lei 12.514.

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Em outra etapa do pai-nel jurídico, o assessor jurídico adjunto do CRECISP, Cláudio Borrego Nogueira, discorreu sobre Regime Jurídico de Pes-soal, tema que reconheceu ser complexo. Em sua explanação, entre outros pontos, Nogueira abordou o engessamento dos conselhos perante ao Tribunal de Contas da União.

Ele explicou que suas recei-

tas não integram o orçamento público por força de leis de di-retrizes orçamentárias da União que regulamentam a Constitui-ção Federal, razão pela qual os conselhos sequer precisariam se submeter a processo de licita-ção. Em seu entendimento, os conselhos não se submetem ao TCU: deveriam prestar contas apenas à categoria, tal como ocorre com a OAB.

Sustenta que os conselhos não precisariam contratar me-diante concurso público ou motivar o ato de dispensa, pois não têm em seus respectivos quadros de pessoal servidores públicos (estatutários ou empregados públicos), mas empre-gados privados, contratados para prestarem exclusivamente serviço público. O que é bem diferente, em sua opinião.

Complementa Nogueira di-zendo ter requerido junto ao STF num determinado processo (ain-da não julgado) a suspensão de todos os processos envolvendo regime jurídico de pessoal para todos os Conselhos de Profissões Regulamentadas do pais, en-quanto a matéria regime jurídi-co de pessoal não for devida-mente apreciada pelo plenário do STF, conforme três ações que lá tramitam (que serão julgadas em conjunto).

Nogueira faz menção à ma-nifestação da Procuradoria Ge-ral da República (PGR) nos au-tos de um processo envolvendo vários Conselhos de Profissões Regulamentadas do Rio Grande do Sul, no qual por decisão mo-nocrática, o STF mandou aplicar o regime estatutário (processo que ainda não foi concluído).

Nesse processo, afirmou No-gueira, a PGR propôs um regi-me provisório incluindo regras da CLT (Consolidação das Leis

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Trabalhistas) e do regime estatu-tário, até a decisão final da ADI 2135 (Ação Direta de Inconstitu-cionalidade), que ainda não foi julgada no seu mérito. E na vi-são da PGR, todos os contratos de trabalho relacionados nesse processo seriam extintos após esse julgamento.

De modo que, após a cria-ção de cargos públicos por lei federal, serão abertos concur-sos públicos para toda socieda-de, deles podendo participar,

também e querendo, os então ex-empregados desses conse-lhos, induzindo que seria ilusória a expectativa de que esses em-pregados fossem transformados de celetistas para estatutários.

Embora muito bem emba-sado, o ponto de vista Nogueira recebeu contestações, em es-pecial do representante do Con-selho Regional de Odontologia, com relação à forma de contra-tação de funcionários e à natu-reza jurídica das anuidades.

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Participaram do encontro outros represen-tantes de conselhos da área jurídica. Foram eles: Hamilton Siqueira Júnior (Psicologia), José Rodrigues (Arquitetura e Urbanismo), Marcio Luiz Henriques (Representantes Comerciais), Willian Miguel (Economia), Fernando Henrique Leite (Enfermagem), Luciano de Souza (Administra-ção), Roberta Scherrer Oliveira e Ana Claudia Martins (Biblioteconomia), Rafael Oliveira (Bio-medicina), Herberto Antonio Lupatelli e Marco Antonio Roccato Ferreroni (Fisioterapia e Tera-pia Ocupacional), Júlia de Barros, Leandro Cin-tra Villas Boas e Roberto Jorge Saad (Educação Física), Samuel Henrique Delapria (Farmácia), Bruno Fassoni Alves de Oliveira (Medicina Ve-terinária), Gabriela Souza Miranda (Nutrição), Edmilson José da Silva (Química). Neste painel, a condução do Fórum, teve, além de Cláudio Borrego Nogueira, a presença do Milton Mo-reira de Barros Neto (assessor jurídico adjunto) e André Luís Camargo Arantes (chefe do setor de Contencioso Geral).

Boletim Informativo da Câmara dos Profissionais Registrados

em Conselhos e Ordens de São Paulo

Presidente: José Augusto Viana Neto - CRECISP

Edição: César Miranda

Textos: César Miranda (Jurídico), Christiane Saggese (Compras e Licitação) e

Jully Gomes (Auditoria Interna e Externa)

Imagens: Departamento de Audiovisual - CRECISP

Diagramação: Marian Castello Branco Leal