pragas quarentenÁrias a1,a2 e n querentenÁrias regulamentadas

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  • 7/16/2019 PRAGAS QUARENTENRIAS A1,A2 E N QUERENTENRIAS REGULAMENTADAS

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    PRAGAS QUARENTENRIAS A1So aquelas no presentes no Pas,porm,se introduzidas so

    potnciais causadoras de importantes danos econmicos.

    ESCALDADURA DAS FOLHAS( Xilella fastidiosa)

    Genoma o conjunto de material gentico de qualquerorganismo, determinado pela seqncia de bases doDNA. O conhecimento do genoma da Xylellafastidiosa permitir a identificao de genescausadores da doena, bem como o seu mecanismode ao na parasitose. Desse modo, o efeito parasitrio

    pode ser eliminado, aumentando a produo agrcola23/03/2009

    O bloqueio do xilema impede a ascenso da seivamineral, constituda por gua e sais minerais,absorvidos do solo pelas razes. Com isso, reduz-sea produo de alimento por fotossntese23/03/2009

    FOGO BACTERIANO DAS POMCEAS(Erwinia amilovora)

    DETEO - Toda a parte aerea das plantas hospedeiras pode ser infectada pela praga.Mesmoem plantas com a copa registente a planta pode morrer se os porta -enxertos for suceptivel eseus brotos forem infectados.23/03/2009

    SINTOMAS - Morte e murcha da inflorescencia;definhamento e morte dos ramos e galhosfinos;seca das folhas;seca dos frutos;limbo e tronco secos.23/03/2009

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    CONTROLE - Retirada e quiema dos ramos afetados;desinfeccao de ferramentas comhipoclorito de sodio a 1% ou alcool etilico a 70%;utilizacao de cobre no inicio da brotacao eaplicacao de estreptomicina ou de oxitetraciclina durante a floracao.23/03/2009

    MEDIDAS FITOSSANITRIAS - Erwinai amilovora e uma praga quarentenaria e suaintroducao e proibida em quese todos os paises,sendo exigido o CFO para a introducao de plhospedeiras,mesmo em paises em que a praga ja esteja estabelecida.Com excessao dasemente,todos os demais orgaos vegetais sao considerados como fontes com maior otencialde disseminacao do fogo bacteriano das pomaceas,apesar dos frutos apresentarem umpequeno risco.Os tratamentos para impedir a contaminacao devem ser preventivos,pois nao seconhece nenhum que seja curativo.E muito importante que seja evitado o estabelecimento dapraga,pois a pratica de erradicacao e cara e nao apresenta resultados positivos.23/03/2009

    MEDIDAS PREVENTIVAS - Impedir a introducao de mudas,porta-enxertos ou estacas deculturas hospedeiras da bacteria de regioes onde a doenca ocorre;Favorecer a importacao de

    mudas de paises onde a praga nao ocorre ou encontra-se restrita;Proibir a importacao defrutos,sementes ou polem de pomares infectados,Estabelecer um programa de treinamentospara os extencionistas e tecnicos que atuam no setor para viabilizar o diagnostico precoce dadoena.23/03/2009

    COCHONILHA ROSADA (Maconellicoccus hirsitus)

    Esta praga conhecida como cochonilha rosada pela sua colorao. Ela tem como centro deorigem a ndia, de onde espalhou-se para vrias regies do mundo. Atualmente encontra-se naAustrlia e ilhas do pacfico, sia, Oriente Mdio e frica.

    Em 1995 foi relatada em Granada, espalhando-se rapidamente em 16 ilhas da regio doCaribe e em 1997 foi detectada na Amrica do Sul, na Guiana. Em 1998 foi encontrada emMartinica e Guadalupe.26/03/2009

    Descrio e ciclo de vida:A cochonilha rosada forma colnias sobre a planta hospedeira, deixando grandes massas com

    cobertura cerosa branca sobre os ramos, estruturas frutferas e folhas. As fmeas e os machostm cerca de 3 mm de comprimento.Desprovida de asas, a fmea tem o corpo rosa com uma cobertura cerosa branca e formatooval. Os machos tm asas e duas longas caudas cerosas. A reproduo pode serpartenogentica (sem a presena do macho).

    O ciclo de vida da cochonilha rosada se completa em 23 a 30 dias. As fmeas depositam os

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    ovos em ovissaco de cra branco. Em cada ovissaco so depositados at 650 ovos, que levamentre 3 a 9 dias para eclodir.26/03/2009

    Os ovos so pequenos, variando de 0,3 a 0,4 mm de comprimento. Inicialmente, eles soalaranjados, tornando-se rosados com a maturidade. As ninfas recm eclodidas so muito

    mveis e dispersam-se sobre o hospedeiro, especialmente em direo s partes novas etenras. Podem ainda ser carregadas por longas distncias por agentes como o vento, homemou animais. Em clima frio, a praga entra em um estado de dormncia no solo ou na plantahospedeira, tanto no estgio de ovo ou como adulto26/03/2009

    DANOS:A cochonilha rosada pode causar grandes prejuzos, chegando mesmo a ocasionar a morte da

    rvore. A praga suga a seiva da planta hospedeira e injeta uma saliva txica que causa amalformao de folhas e frutos e os brotos ficam encarpilhados. Os frutos secam, reduzindo aproduo e seu valor comercial.26/03/2009

    CONTROLE:O uso de produtos qumicos no recomendado. Eles tm baixa eficincia no controle da

    cochonilha devido grossa camada cerosa que recobre seu corpo e impede a penetrao deinseticidas. A longo prazo, o controle biolgico a melhor soluo. Os principais inimigosnaturais so o parasitide Anagyrus kamalie a joaninha Cryptolaemus montrouzieri.26/03/2009

    BACTROCERA SPP EXCETO B. Carambolae

    O gnero derivado do nome grego antigo bakter "vara" e Kera "corno".23/03/2009

    Bactrocera um gnero de grande tephritid frutas moscas, com mais de 500 espciesatualmente descritas23/03/2009

    DanosAs moscas-das-frutas podem causar prejuzos das seguintes formas:

    A larva da mosca, ao se desenvolver no interior dos frutos, causa um violento desbalanohormonal, o que causa, por sua vez, amadurecimento desuniforme e culmina com necrose naregio afetada e queda precoce do fruto.[carece de fontes?]Os frutos podem apresentar deformaes e manchas nos locais onde as fmeas perfuram paratestar o substrato de oviposio (picada de prova) ou onde elas efetivamente ovipositam, massem a ecloso de larva.[carece de fontes?]

    H a possibilidade de entrada de microorganismos oportunistas nas leses deixadas pelasfmeas.[carece de fontes?]Muitas espcies de moscas-das-frutas que ocorrem no Brasil so consideradas pragas

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    quarentenrias em muitos pases importadores, o que gera uma srie de barreiras de impede aexportao de frutos para consumo sob forma "in natura".23/03/2009comentar

    BESOURO DO ARROZ E OUTROS GROS (Trogoderma granarium)

    PLANTAS HOSPEDEIRAS - O T.granarium e uma praga das graos armazenados,que ocorreem cereais e seus produtos,sementes oleaginosas(especialmente amendoim e torta deoleaginiosas),graos e produtos oleaginosos,assim como racoes para animais eespeciarias,como por exemplo o cominho.23/03/2009

    MTODO - O estagio larval mais indicado para se identificar a praga ,por meio de sua

    casca,atencao especial se deve ser dada a qualquer roduto oriundo das areas onde a pragaesta estabelecida,especialmente graos,produtos oleaginosos e gomosos,assim como sacosnovos e usados.O malte oriundo de paises de clima temperado deve ser cuidadosamenteexaminados.23/03/2009

    Em armazens suspeitos,frestas e rachaduras devem ser inspecionados,assim como atraz depaineis que se encontram encostados as paredes.23/03/2009

    CONTROLE - A arva do T. granarium e pouco mais resistente a fumigantes que a larvas damaioria das pragas de graos armazenados.O controle efetivo da praga presente na estrutura deedificios e em navios requer uma alta concenracao do produto quimico,como brometo de

    metilaq e fosfina e a ampliacao do tempo de fumigacao pra permitir a penetracao do gas nasfiestas e fendas.A exposicao da praga a uma temperatura de 60 C,durante 30 minutos,resultaem 100% de mortalidade para todas as fases.23/03/2009

    RISCO FITOSSANITRIO - A constante ocorrencia da praga em produtos importados depaises onde ela esta estabelecida e o potencial de sua dispersao devido ao aumento do uso deconteiners de cargas secas e transporte tipo roll-off,fazem a praga um risco fitossanitario muitogrande.E nescessario um periodo minimo de 4 meses.a uma temperatura media de 20 graus Cpara o T. granarium constituir-se numa praga.23/03/2009

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    PRAGAS QUARENTENRIAS A2

    SO AQUELAS DE IMPORTNCIA ECONMICA POTENCIAL,J PRESENTES NOPAS,PORM NO SE ENCONTRAM AMPLAMENTE DISTRIBUDAS E POSSUEMPROGRAMA OFICIAL DE CONTROLE.

    SIGATOKA NEGRA (Micospharella figiensis)A praga causada pelo fungo Mycosphaerella fijiensis Morelet. No Brasil foi detectadaprimeiramente no estado do Amazonas em 1998 e j se encontra nos estados do Acre, Amap,Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Par, Roraima, So Paulo, Paran e Minas Gerais, SantaCatarina, Rio Grande do Sul e Rondnia.Em decorrncia de trabalhos de cadastro com georreferenciamento e inspeo de

    propriedades produtoras de bananas, em atendimento a IN 17 da SDA/MAPA de 31 de maio de2005, realizados pela Adagro, o estado de Pernambuco reconhecido pelo Mapa (IN n44, de

    22/08/06), como "REA LIVRE DE SIGATOKA NEGRA"

    SINTOMAS: O ataque comea pelas folhas mais novas. Provoca estrias que parecem linhasmarrons claras bem finas que, com o decorrer do tempo, tornam-se um pouco mais largas e detom marrom escuro. Os reflexos da praga so sentidos pela rpida destruio da rea foliar,reduzindo a capacidade da planta realizar fotossntese e consequentemente a sua capacidadeprodutiva, expressa pela diminuio do tamanho e nmero de pencas e frutos por cacho e pelaocorrncia de maturao precoce dos frutos ainda no campo.

    A praga pode causar prejuzos de at 100%. Depois de instalada, provoca aumentosignificativo nos custos de produo, pois sero necessrias mais de trinta aplicaes deproduto qumico por ano, alm de aumentar drasticamente a poluio do meio ambiente.

    COMO PREVENIR:De acordo com a INSTRUO NORMATIVA N 17, da SDA/MAPA, de 31/05/05; Portaria daADAGRO 641/2000; 001/2004 e Portaria 022/2006." proibido o trnsito interestadual de bananas que no sejam produzidas em reasLivres da Sigatoka Negra ou no Sistema de Mitigao de Risco para Sigatoka Negra." proibido o trnsito de mudas de Musa spp. e seus cultivares, que no sejamProvenientes de bananais de reas Livres de Sigatoka Negra." proibido o trnsito de bananas em cacho em todo o territrio nacional." O trnsito de plantas ou partes de plantas de Helicnias obedecer aos mesmoscritrios e medidas previstos para o trnsito de mudas, partes de plantas e frutos de banana." O trnsito de plantas, mudas micropropagadas ou partes de plantas de bananeira(Musa spp e seus cultivares) obedecer legislao de certificao fitossanitria de origem

    (CFO), a certificao fitossanitria de origem consolidado (CFOC) e permisso de trnsito devegetais (PTV).

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    " Fica proibido o trnsito de folhas de bananeira ou parte da planta no acondiciona-mento de qualquer produto.

    Moko da Bananeira (Ralstonia solanacearum)O moko da bananeira ou murcha bacteriana causada pela bactria Ralstonia solanancearum

    raa 2. uma das doenas mais importantes da cultura da bananeira, pois pode causar perdasde at 100% da produo, pois os frutos afetados tornam-se imprprios para o consumo. defcil disseminao e de difcil controle. uma praga Quarentenria A2, com ocorrncia nos seguintes estados: Amazonas, Amap,Par, Acre, Rondnia, Roraima e Sergipe.

    Sintomas:Murcha, amarelecimento, com posterior quebra do pecolo das folhas basais e m formao

    foliar so principais sintomas nas plantas jovens. Nas plantas adultas, h murcha,amarelecimento e necrose das folhas basais, progredindo para as demais. No rizoma observa-se a descolorao dos feixes vasculares e no pseudocaule ocorre a descolorao vascularcaracterizada por pontos escurecidos. Com o avano da doena toda a parte central dopseudocaule torna-se necrosada e exala cheiro ftido caracterstico de bactrias. Afetatambm o engao, os frutos e as raquis feminina e masculina. No engao e na raquis ocorre adescolorao dos feixes vasculares com pontuaes avermelhadas. Nos frutos observa-seescurecimento e podrido seca da polpa.A sua disseminao ocorre pelo plantio de mudas infectadas. A capina, o desbaste, adesfolha, o corte do corao e a colheita so meios de disseminao da bactria no plantiodevido a contaminao das ferramentas. Pode ser disseminada tambm por insetos, como aabelha arapu, quando ocorre exudao da bactria pelas brcteas florais.

    Preveno e Controle:- Uso de mudas sadias, com origem comprovada (CFO)- Uso de cultivares resistentes- Inspecionar periodicamente os plantios, com erradicao imediata das plantas doentes- Desinfeco das ferramentas utilizadas no manejo da cultura- Eliminar o corao ou mangar, evitando que abelhas e outros insetos disseminem a doena.

    No existe controle qumico curativo para o moko da bananeira

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    MOSCAS DAS FRUTAS (Anastrepha e Ceratitis)As moscas-das-frutas so consideradas as pragas mais nocivas para a fruticultura, comrestries em quase todos os pases importadores. No Brasil se destacam as pertencentes aosGneros Anastrepha e Ceratitis. No programa de monitoramento no Vale do So Francisco,

    so utilizadas Armadilhas McPhail para as espcies de Anastrepha spp, e Armadilhas Jacksonpara Ceratitis capitata. Nas McPhail utiliza-se atrativo alimentar (protena hidrolisada a 5%) enas Jackson atrativo sexual para-feromnio sinttico (trimedlure).

    As coletas, e contagemdas moscas so semanais para McPhail e quinzenais para Jackson. utilizado o ndice Mosca Armadilha Dia - MAD, para medir a flutuao populacional dasmoscas, dando subsdios para incio de controle (MAD=0,5), registro de pomares (MAD1,0).

    PLANTAS HOSPEDEIRAS: As principais plantas hospedeiras no Vale do So Francisco so:acerola, caju, castanhola, goiaba, manioba, manga e uva.

    PREVENO E CONTROLE:" Evitar plantios de mangas prximos a reas com plantas hospedeiras das moscas,principalmente as sem cuidados ou abandonadas." No deixar frutos maduros cados no solo." Quando o MAD chegar prximo de 0,5, adotar medidas de controle qumico, ou seja,pulverizaes com iscas txicas, seguindo orientaes do Responsvel Tcnico.CUIDADOS:" Fique atento e mantenha sempre baixo o ndice MAD." Siga risca as instrues do responsvel tcnico." Colete e enterre, a 20 cm de profundidade, frutos maduros cados no solo." Mantenha o livro de campo sempre atualizado e na propriedade." No utilize defensivos agrcolas que no tenham registro no mapa." No permita que pessoas no autorizadas revisem sua armadilha.

    " Qualquer anormalidade comunique imediatamente a ADAGRO-PE." A Adagro dispe da portaria N 17/ 2005 que determina o controle de moscas-das-frutas nos pomares que participam oficialmente do programa de exportao de manga e empomares comerciais, no participantes do programa.

    COCHONILHA DO CARMIM (Dactylopiusopuntiae)A cochonilha do Carmim, Dactylopius opuntiae, um inseto que se alimenta da seiva dasplantas e alm de sugar a planta, a cochonilha tambm pode introduzir vrus ou toxinas quedeixam planta amarela e murcha podendo destruir a palma forrageira dentro de poucosmeses se no for combatida rapidamente.A melhor forma de identificar a praga verificando a presena de flocos brancos (colnias) nas

    raquetes da palma. Ao esmagar as colnias h a liberao de lquido avermelhado.A Cochonilha do Carmim uma praga quarentenria presente - A2 que est destruindo

    plantaes nos estados de Pernambuco, Paraba e Cear. Em Pernambuco ocorre em 39municpios.

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    PREVENO E CONTROLE" No adquirir palmas de regies com ocorrncia da praga Cohonilha do Carmim" No transitar com animais de regies com ocorrncia da praga para regies onde noocorra a praga" Eliminar imediatamente as primeiras raquetes atacadas (dar ao gado ou queimar)" Nos plantios adensados abrir ruas para facilitar a eliminao da praga

    " Destruir os plantios abandonados com ocorrncia da Cochonilha do Carmim" Pulverizar as raquetes com a mistura:600 mL de detregente neutro 01 L de detergente neutro300 mL de gua sanitria ou 20 L de gua20 L de guaRepetir a aplicao de 8 em 8 diasOs produtos precisam ser aplicados prximos s cochonilhas - cerca de 20 centmetros - paraque a prpria fora do jato d'gua ajude na remoo de suas camadas protetoras de cera egordura.Atualmente existem pesquisas que desenvolvem trabalhos com palmas resistentes cochonilha do carmim.

    CANCRO CTRICO (Xanthomonas axonopodis pv. citri)Causado pela bactria Xanthomonas axonopodis pv. citri, o cancro ctrico ataca todas as

    variedades e espcies de citros e uma das mais graves doenas da citricultura brasileira. uma praga quarentenria A2 e est presente nos estados do Mato Grosso do Sul, Paran, RioGrande do Sul, Santa Catarina e So Paulo.A bactria causadora dessa doena foi introduzida no Brasil em 1957 na regio de So Paulo.Ela de fcil disseminao e um de seus agentes de difuso o prprio homem. Altamentecontagiosa, ela resistente e consegue sobreviver em vrios ambientes por vrios meses. Emfolhas, ramos e frutos com sintomas, a sobrevivncia da bactria pode durar muitos anos.No h medidas capazes de eliminar completamente a doena. As plantas infectadas devemser erradicadas. Por ser uma "praga" quarentenria o comrcio de frutos e seus derivados parapases livres da doena fica impedido.

    A doena manifesta-se por leses em folhas, frutos e ramos, e pode provocar a queda dosfrutos e folhas contaminados. As leses podem ter caractersticas variadas, podendo serconfundidas com outras doenas e pragas.Sempre que houver suspeita de contaminao em um pomar. A Adagro deve ser avisadaimediatamente para que o material seja recolhido e levado para anlise em laboratriocredenciado.

    PREVENO E CONTROLE:" Implantao ou renovao do pomar com mudas sadias" Instalao de barreiras quebra-ventos colocadas a cada 100 metros, levando-se emconsiderao a direo do vento" Cuidados devem ser redobrados durante a colheita. Essa poca a mais favorvel

    para a disseminao da doena, por causa do intenso trnsito de pessoas e materiais dentroda propriedade." Rigorosa inspeo dos pomares.

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    " As escadas, sacolas e caixas devem ser desinfestadas." Antes de os trabalhadores entrarem no pomar, devem trocar de roupa e fazer adesinfeco de mos e calados." Evitar que os caminhes entrem nos pomares

    CLOROSE VARIEGATA DOS CTROS (Xelella fastidiosa)

    A clorose variegada dos citros tambm conhecida como "Amarelinho", causada pela bactriaXylella fastidiosa. uma praga quarentenria A2 e foi constatada em 1987 no Estado de SoPaulo e atualmente encontra-se nos seguintes estados: Bahia, Distrito Federal, Minas Gerais,Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Par, Rio de Janeiro, Santa Catarina e So Paulo.A bactria causa obstruo dos vasos do xilema, responsveis pelo transporte de gua e saisminerais da raiz para todas as partes da planta. Com a CVC, os frutos amadurecemprecocemente ficando pequenos e duros inviveis para o consumo e produo de sucoconcentrado.

    Sintomas :Nas folhas aparecem pequenas manchas amareladas na face inferior e leses cor palha naface inferior. No estgio avanado leses de cor palha nos dois lados da folha. Nos frutos num

    estgio mais avanado tornam-se pequenos, duros e amadurecem rpido.Preveno e Controle- Utilizar mudas sadias, produzidas em viveiros telados e livre de presena da cigarrinha.

    - Inspecionar periodicamente folhas e frutos para verificar a presena da doena no pomar.

    - Fazer a poda dos ramos doentes, e passar pasta cprica no local cortado.

    - Erradicar e destruir plantas doentes com menos de 3 anos substituindo-as.

    PINTA PRETA DOS CTROS (Guignardia citricarpa)

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    A pinta preta dos citros causada pelo fungo Guignardia citicarpa, tendo sido relatada em1980 no Rio de janeiro e a partir de 1982 se estabeleceu nos pomares do Estado de SoPaulo. O prejuzo direto a queda prematura dos frutos e a reduo do valor comercial.Sintomas:Os sintomas da Pinta Preta ocorrem principalmente nos frutos, formando-se pequenas leses

    pouco deprimidas com o centro pardacento, apresentando pontuaes pretas medindo entre 2a 6 mm de dimetro. Nas folhas o centro da leso tem cor cinza, as bordas so salientesmarrom-escuras com halo amarelado ao redor.O fungo sobrevive por um ano nos frutos pendentes e nas folhas cadas no solo. No fruto asleses contendo os esporos que so disseminados pela gua da chuva. Nas folhas liberamesporos que so disseminados pelo vento.

    Preveno e Controle:- Adquirir mudas de viveiristas que obedeam as normas de controle.

    - Evitar o trnsito de mquinas, mquinas e implementos dentro do pomar.

    - Eliminar frutos tempores afetados antes do incio da florada.

    - Garantir boa nutrio das plantas.

    - Separar pomares de diferentes variedades ctricas com barreiras naturais ou quebra ventos .

    CANCRO BACTERIANO DA VIDEIRA(Xabthomonas campestris pv.vitcola)O cancro bacteriano da videira causado pela bactria Xanthomonas campestris pv vitcola,

    foi detectada pela primeira vez no Brasil em 1998 no Submdio do Vale do So Francisco.Devido a sua importncia econmica, esta se constitui um dos principais problemasfitossanitrios para a videira nas reas irrigadas do Vale.Nessa regio o perodo mais favorvel para o desenvolvimento da infeco o primeirosemestre do ano, devido ocorrncia de chuvas, condio que favorece a disseminao da

    bactria. uma Praga Quarentenria A2 que ocorre no Estado de Pernambuco, no municpio dePetrolina. Ocorre tambm nos estados da Bahia, Piau, Cear e Roraima.

    Sintomas:Os sintomas nas folhas surgem como pontos necrticos com ou sem alos amarelados que

    podem coalescer e causar a morte de extensas reas do limbo foliar. Nas nervuras e pecolos,ramos e rquis dos frutos formam-se manchas escuras alongadas que evoluem para fissuraslongitudinais de colorao negra denominadas de cancros, resultando na dilacerao dostecidos e obstruo parcial do fluxo de seiva. As bagas so desuniformes em tamanho e cor,podendo apresentar leses necrticas.

    Disseminao :

    Ocorre por meio de material propagativo infectado, utilizado em enxertia e na formao dasmudas. Pode ocorrer tambm por meio de restos de cultura infectados espalhados pelo pomarou aderidos a contentores, tesouras, canivetes, luvas, roupas e implementos agrcolas

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    utilizados no manuseio de plantas doentes. A disseminao da bactria favorecida por ventosfortes associados a chuvas.Medidas de Preveno

    - Instalar pedilvio com amnia quarentenria 0,1% ou tapete de cal virgem na entrada dafazenda ou pomar.

    - Adquirir mudas e material propagativo com sanidade comprovadas (CFO)

    - Proceder a desinfeco de tesouras (poda, raleio e colheita) com soluo de hipoclorito desdio 2%, gua sanitria 50% ou amnia quaternria a 0,1%.

    - Realizar inspees peridicas no pomar, visando a deteco de focos iniciais de infeco.Medidas de Controle- Nas propriedades ou talhes com ocorrncia da bactria, as podas em variedades altamentesuscetveis no devero ser realizadas no perodo chuvoso.

    - Na rea ou talho com ocorrncia da bactria todo o material resultante das podas deproduo dever ser retirado da rea e queimado.

    - Utilizar variedades que apresentem altos nveis de resistncia a doenas em reascontaminadas com a bactria.

    - Eliminar plantas que comprovadas pela pesquisa sejam hospedeiras alternativas da bactria.A ADAGRO vem realizando cadastros e inspees fitossanitrias em reas produtoras de uvano municpio de Petrolina, e atendendo a Instruo Normativa do MAPA de n 09 de09/04/2006, que estabelece critrios para o controle da praga, inclusive erradicao de reasabandonadas.

    FERRUGEM DA VIDEIRA (Phakopsora euvitis)Causada pelo fungo Phakopsora euvitis, com grande potencial de disseminao, a doena foi

    inicialmente detectada na sia e na Amrica do Norte. No Brasil ela chegou pela primeira vez,em 2001, no estado do Paran. Atualmente, a ocorrncia do fungo j se estendeu aosparreirais de outras regies produtoras de uva do pas. Ocorre, principalmente, em reastropicais e subtropicais.

    SINTOMAS:Os sintomas da ferrugem na videira so leses que vo do amarelo ao castanho de vriasformas e tamanhos nas folhas. Manchas amarelo-alaranjadas so encontradas na parte debaixo das folhas, j na parte superior encontramos manchas pretas. O fungo causa a quedaprematura de folhas, prejudicando a produtividade.

    Medidas Preventivas e Controle- Uso de mudas sadias, produzidas em viveiros idneos.

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    - Monitoramento constante do plantio.

    - Enterrio ou queima de material podado e eliminao de plantas abandonadas em reasafetadas.

    - Evitar o trnsito de pessoas, mquinas, veculos e implementos de reas com ocorrncia dapraga para reas indenes.A doena favorecida por condies de alta umidade relativa do ar e temperatura entre 20 e30 C.

    Para o controle qumico da ferrugem da videira, normalmente no so necessriaspulverizaes especficas, uma vez que os fungicidas do grupo dos triazis, utilizados para ocontrole de odio, tambm so eficientes no controle de Phakopsora euvitis.

    MOSCA DA CARAMBOLA (Bactrocera carambolae)A Mosca da carambola Bactrocera carambolae foi introduzida no Continente Americano em1975, chegou a Guiana Francesa em 1989 e ao Brasil em 1996 no municpio do Oiapoque no

    Estado do Amap. Considerada uma Praga Quarentenria A2. Em 2006 foi detectada noDistrito de Monte Dourado no municpio de Almeirin no estado do Par.Os prejuzos causados pela mosca da carambola vo desde perdas na produo, j que osfrutos afetados podem ter a polpa totalmente destruda, tornando-os imprestveis para oconsumo, contaminao ambiental devido ao aumento do uso de agrotxicos, comconseqente aumento do custo de produo, alm da proibio da exportao de frutas edesemprego.A mosca da carambola ataca cerca de 26 hospedeiros tais como: carambola, goiaba, manga,maaranduba, sapoti, jambo vermelho, laranja caipira, caju, jaca, acerola, gomuto, abiu, laranjadoce, pomelo, tangerina, fruta-po, pitanga, tomate, bacupari, caj, jambo branco e rosa, jambodgua, jujuba, pimenta e amendoeira.Medidas de Preveno e Controle- Coleta e destruio dos frutos hospedeiros cados no solo com o objetivo de eliminar as

    reinfestaes.

    - No transportar frutas hospedeiras das reas contaminadas do Amap e Par para reasonde a praga est ausente.- Monitoramento para detectar a presena da mosca atravs do uso de armadilhas comprodutos atrativos.

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    PRAGAS NO QUARENTENRIAS REGULAMENTADAS

    So aquelas no quarentenrias cuja presena em plantas,ou parte destas para

    plantio,influi no seu uso preposto com impactos econmicos inaceitveis.(Mais embatatas).

    PODRIDO MOLE (Erwinia SP)

    O apodrecimento de tubrculos se inicia por ferimentos ou pelas lenticelas (Fig. 5). Da, sobalta temperatura e alta umidade, avana rapidamente e toma todo o tubrculo (Fig. 6), com umescurecimento no limite entre os tecidos afetados e sadios da polpa. O tecido apodrecido normalmente associado a um odor desagradvel em decorrncia da invaso de organismossecundrios. Em solos excessivamente midos, os sintomas nos tubrculos infectados seagravam pela ao de outras bactrias anaerbicas presentes no solo. Quando isto acontece,todo o tubrculo apodrece, s vezes permanecendo somente a sua casca.21/03/2009

    Quando a infeco ocorre pelas lenticelas e as condies ambientais tornarem-sedesfavorveis aps o incio do apodrecimento, por uma reduo da umidade do solo, porexemplo, as leses podem secar, formando pontuaes escuras e deprimidas na superfcie dotubrculo.

    Controle:O controle da canela-preta e da podrido- mole, seja da parte area ou de tubrculos, muitodifcil, tornando-se praticamente impossvel aps o estabelecimento da doena. A bactria estpresente no solo,em todas as zonas produtoras, estando, portanto, disponvel para iniciar o processo infecciosoassim que as condies ambientais se tornarem favorveis doena. Como o patgeno ficaprotegido nos vasos, nas lenticelas ou nos ferimentos, o tratamento om desinfestantes lquidosnormalmente pouco eficaz, no sendo disponvel, no momento, nenhum bactericida que evite totalmente oapodrecimento21/03/2009

    Algum controle relacionado com o efeito qumico sobre a populao bacteriana localizada nasuperfcie dos tubrculos pode ser conseguido com hipoclorito de sdio a 1% e o antibiticokasugamicina (HokkoKasumin). Entretanto, deve-se levar em conta que a imerso de batata-semente em soluo dehipoclorito de sdio ou de antibitico apresenta o risco de o princpio ativo ser inativado peloefeito das partculasde argila do solo e como consequncia, o tratamento ter um efeito contrrio por prover o filmede gua livre necessrio infeco e alm disso, servir como disseminador do patgeno paraoutros tubrculosou stios no contaminados. Portanto, em caso de imerso de tubrculos em soluoantibacteriana, necessria a renovao da soluo antes que ela se torne suja21/03/2009

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    Resumo das medidas de controle:

    1. Escolher rea de plantio que no tenha sido cultivada nos ltimos anos com batata ou comoutras hortalias;2. Preferir solos bem drenados, no sujeitos a empoamentos de gua;

    3. Plantar batata-semente certificada, bem brotada e seca;4. Plantar em solo ligeiramente mido e no irrigar nos primeiros dias aps o plantio;5. Controlar a irrigao, evitando principalmente excesso de gua e formao de poas dgua;6. Fazer adubao balanceada, evitando especialmente o excesso de nitrognio e a falta declcio;7. Evitar ferimentos planta durante a pulverizao e amontoa. Plantas feridas por granizo,vento ou mquinas devem ser imediatamente protegidas com pulverizao com antibitico e/oufungicida base de cobre;8. No usar gua contaminada por outras lavouras ou restos de produtos;9. Evitar ferimentos nos tubrculos durante a colheita, transporte e lavao;10. Colher os tubrculos somente aps a fixao da casca (cerca de uma semana aps amorte das ramas21/03/2009

    PVX VRUSClassificao: POTEXVIRUXNome Vulgar: Mosaico suave da batateira

    Trata-se de um vrus muito disseminado em todo o mundo, conhecido pelo vrus das batateirasss, uma vez que se encontra, normalmente, presente em quase todas as batateiras emboraapenas cause mosaico e os seus estragos sejam considerados insignificantes.Surge muitas vezes associado ao vrus Y, constituindo o complexo X+Y, responsvel por umavirose denominada o frisado da batateira21/03/2009

    Sintomatologia:

    As plantas infectadas, apresentam um ligeiro mosaico das folhas, constitudo por umadescolorao do limbo, com manchas dum verde mais plido visveis transparncia.Os sintomas de variegado aparecem nas plantas desenvolvidas e nas folhas mais velhas:surgem primeiro manchas amarelas, que depois evoluem para necroses pontuais ao longo dasnervuras ou entre nervuras, conforme as variedades atingidas21/03/2009

    Biologia :

    Trata-se dum vrus de carcter muito infeccioso. A transmisso faz-se apenas por contacto,no se conhecendo insectos vectores e sendo o homem o principal agente disseminador.Tempo encoberto com temperaturas baixas (16 a 20 C) favorece a expresso da

    doena.21/03/2009

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    PVY VRUS

    A Embrapa vem trabalhando desde 1994 em projetos para obteno de plantas de batata comresistncia a vrus com o uso da tecnologia do DNA recombinante. Como resultado foi obtidoum clone da cultivar Achat transformada com o gene CP-PVY (capa protica do Potato virus Y)o qual apresentou nos bioensaios de casa de vegetao e campo alta resistncia ao PVY20/03/2009

    Como continuao do desenvolvimento do material, faz-se necessrio que sejam avaliadosaspectos relativos biossegurana do OGM para atendimento das exigncias legais visandosua posterior utilizao comercial. Assim, os estudos se propem a desenvolver protocolospara avaliao da segurana alimentar e ambiental do OGM e sua avaliao per si, paraatendimento das exigncias legais para liberao comercial do OGM. Esta abordagem tem queser realizada em rede, pois exige competncias variadas para atingimento conclusivo de seusobjetivos. Ao fim dos estudos, o OGM objeto estar apto a ser liberado comercialmente,ocupando um nicho entre pequenos produtores, que ainda se utilizam de semente prpria eno tm como ingressar num sistema tecnificado de produo.20/03/2009

    Como a cv. Achat j apresenta alta tolerncia ao Potato leaf roll virus (PLRV), a combinaocom a resistncia ao PVY evitar a degenerescncia do material de propagao, permitindoaos produtores a manuteno de alta produtividade com o uso consecutivo da mesma

    semente. Outro ganho ao fim dos estudos ter sido o estabelecimento de protocolos padropara avaliao da biossegurana de batata geneticamente modificada, capacitando a Embrapapara a avaliao de materiais desenvolvidos num futuro breve.20/03/2009

    No so esperados impactos ambientais negativos motivados por fluxo gnico, uma vez que oOGM objeto desse projeto no floresce, no havendo risco de fluxo gnico. O gene inseridocodifica para uma protena que j largamente consumida em materiais naturalmenteinfectados por vrus, no sendo esperados tambm problemas derivados de seu consumo porhumanos ou animais.20/03/2009

    Ao propor o presente estudo, a Embrapa contar com 13 unidades de pesquisa que j

    possuem o Certificado de Qualidade em Biossegurana (CQB) outorgado pela ComissoTcnica Nacional de Biossegurana, conforme exigncia da Lei de Biossegurana. Essaabrangncia geogrfica torna-se um fator importante na avaliao a campo dos produtos, poispermite um melhor controle do material testado, permitindo ao mesmo tempo sua avaliaoagronmica sob diferentes condies.20/03/2009

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    NEMATIDE (Meloidogine spp)

    Os nematides so vermes que possuem o corpo em formato cilndrico, geralmente alongadoe com as extremidades afiladas. Em algumas situaes, as fmeas assumem formasaberrantes de rim, ma ou outras que fogem da aparncia corriqueira dos vermes. O tamanhodos nematides bastante varivel. Os parasitas de plantas medem de 0,3 a trs milmetros decomprimento e os de animais chegam a atingir at vrios centrmetros de comprimento. Elesso capazes de viver em qualquer ambiente que tenha disponibilidade de gua e mostram-se

    extremamente sensveis falta de gua e temperaturas extremas. Entretanto, h espcies denematides que conseguem resistir ao estresse hdrico durante meses ou anos20/03/2009

    H vrios gneros de nematides relacionados aos cultivos agrcolas. Os vermes atingemdiversas culturas, mas vrias espcies, mesmo parasitando plantas, no so responsveis porprejuzos significativos. Os nematides mais importantes so: Meloidogyne, Heterodera,Globodera, Pratylenchus, Rodopholus, Rotylenchulus, Nacobbus e Tylenchulus.

    Esses parasitas tm um estilete bucal que, alm de retirar substncias nutritivas das plantas,viabilizam a injeo de substncias txicas no interior da clula vegetal. Geralmente, osnematides esto presentes no solo e atuam nas razes das plantas. Quase sempre esse

    parasitismo fica evidente pelo aparecimento de formas aberrantes de estruturas - galhas eescurecimento do tecido20/03/2009

    Os nematides podem utilizar os seguintes meios para chegar s reas de cultivo: gua deirrigao, ventos fortes, mudas produzidas em substratos ou solos infectados, mquinas eimplementos agrcolas e movimentos de animais e pessoas na rea.

    Os problemas comeam a ser percebidos na parte area da planta, que passa a ter dificuldadepara retirar gua e nutrientes do solo. Normalmente, os ataques ocorrem nas reboleiras, ondeas plantas apresentam menor crescimento e amarelecimento das folhas (Figura 1). Os fatoresque mais influenciam a ao dos nematides so: solo, clima, regio e tipo do manejo20/03/2009

    Formas de controle:

    Manter a rea livre da entrada de nematides a melhor medida de controle. Outras formasde preveno ajudam bastante, como os seguintes cuidados:

    limpar os reservatrios de gua e os canais de irrigao;usar mudas produzidas em substratos esterelizados;lavar cuidadosamente as mquinas e os implementos agrcolas, sobretudo, aps sua utilizaoem reas infestadas pelos vermes;evitar acesso de pessoas e animais domsticos em reas infestadas;evitar plantios consecutivos com culturas suscetveis ao verme;fazer rotao de culturas com gramneas, como milho e sorgo. Essas plantas reduzem apopulao dos nematides;

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    utilizar cultivares resistentes;expor as camadas profundas20/03/2009

    PRLV VRUS

    O vrus do enrolamento da folha da batata (Potato leafroll virus, PLRV) e o vrus Y da batata

    (Potato virus Y, PVY) constituem as principais causas da degenerescncia da batata-sementeno Brasil. Com o objetivo de determinar, nas condies do Rio Grande do Sul, a resistncia decampo de gentipos de batata infeco por estes vrus, avaliaram-se, na presena deinfectores, durante trs plantios consecutivos de primavera, 20 cultivares e clones de batata. Adeteco dos vrus foi efetuada por meio de testes sorolgicos (DAS-ELISA). Pela anlise deagrupamento os gentipos foram separados em trs grupos para resistncia ao PLRV (Elvira,Achat, Bintje, Monalisa, Monte Bonito, Panda e Araucria, resistentes; Baronesa, Asterix,Atlantic, 2CRI-1149-1-78, C-1226-35-80, Astrid, C-1714-7-94, A-1139-12-92, Macaca, Eliza eSanto Amor, suscetveis; Catucha e Cristal, muito suscetveis) e em quatro grupos pararesistncia ao PVY (Asterix, Astrid, Catucha, Cristal, Macaca, Monte Bonito, A-1139-12-92, C-1226-35-80 e C-171420/03/2009

    Para o controle do PLRV, considerado o principal vrus da batata no Brasil, algumas medidaspodem ser usadas, incluindo esquemas de certificao de batata-semente, mtodos especiaisde cultivo e controle dos vetores (Barker e Harrison, 1985). Em adio, deve-se plantar,preferencialmente, gentipos com algum grau de resistncia, embora a efetividade dependa dapresso de infeco, que est relacionada com a abundncia de fontes de inculo (plantasinfectadas pelo vrus) dentro da lavoura e/ou na regio de cultivo, alm da populao e daatividade dos afdeos vetores20/03/2009

    Tentativas de desenvolver cultivares resistentes ao PLRV tm sido frustradas devido a doisfatores: 1) os genes que conferem resistncia ao vrus so freqentemente ligados comcaracteres indesejveis, como formato irregular e tamanho pequeno de tubrculo, e baixaprodutividade; 2) o controle gentico da re sistncia complexo, envolvendo diversos genes

    (Barker e Harrison, 1985).20/03/2009

    A resistncia ao PLRV provavelmente controlada por genes menores, sendo, portanto,polignica e expressa como uma resistncia quantitativa. Trs componentes da resistnciapodem ser encontrados em alguns gentipos: 1) restrio multiplicao do vrus; 2)resistncia infeco; 3) inibio do movimento do vrus da folhagem para os tubrculos. Oprimeiro destes componentes controlado por um gene dominante (Solomon-Blackburn eBarker, 1993).20/03/2009

    A caracterstica de resistncia infeco pelo PLRV tem sido estimada por meio deexperimentos utilizando-se a exposio de gentipos em campo, sendo, portanto, demorada,dispendiosa e, muitas vezes, imprecisa, no fornecendo muita informao sobre osmecanismos de resistncia envolvidos. Como a resistncia multiplicao do vrus est

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    associada com altas taxas de resistncia em experimentos de campo, a sua avaliao, pormeio de testes sorolgicos quantitativos, tem sido tambm recomendada para acessar aresistncia de gentipos de batata (Solomon-Blackburn e Barker, 1993).20/03/2009

    MURCHA BACTERIANA(Raltonia solanacearum)

    Prticas de manejo fundamental a utilizao de batata semente sadia e o plantio em realivre do patgeno.. Cuidados no momento da colheita e durante o perodo de estocagem soessenciais a fim de evitar ferimentos. O armazenamento dos tubrculos deve ser feito sobtemperaturas entre 3 a 6C (para manter o patgeno em estgio dormente) e umidade entre 85a 90%. Existem organismos antagonistas recomendados para o controle biolgico do fungocomo bactrias das espcies Bacillus subtilis e B. pumilus, e fungos da espcie Trichodermaharzianum. O controle qumico recomendado durante e ps-colheita20/03/2009

    Importncia da doenaA murcha-bacteriana ocorre em todas as regies do Brasil, sendo

    altamente destruidora e mais problemtica em cultivos na regio Norte, Nordeste e Centro-Oeste do pas. O patgeno ataca tambm outras espcies de solanceas, banana, gengibre,amendoim e vrias espcies de plantas daninhas sem expressar nenhum sintoma. uma dasdoenas bacterianas mais estudadas do mundo e de difcil controle20/03/2009

    Sintomatologia -A doena causa murcha, inicialmente nas folhas mais altas, sendo comumocorrendo em apenas uma haste, podendo evoluir para toda a planta. Tambm ocorre necrosedas razes e escurecimento vascular prximo regio do colo, que apresenta exsudaobacteriana. Tubrculos afetados apresentam aderncia de terra e apodrecem rapidamente

    durante o armazenamento.

    Sintoma morfolgico: murcha

    Ciclo da doena e epidemiologia: O patgeno pode sobreviver por at dez anos no solo e asua disseminao se d pela gua, solo, tratos culturais, implementos agrcolas, homem,insetos, batatas-semente e esterco contaminado. A bactria infecta o hospedeiro atravs deferimentos, aberturas naturais e principalmente pelas razes. A colonizao se d no xilemaaonde ocorre a paralisao do fluxo de gua e a degradao das paredes dos vasos.Condies que favorecem a doena so o plantio em solos pesados, com alta umidade etemperaturas entre 28C e 30C.20/03/2009

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    Prticas de manejoRecomenda-se o plantio em reas livres do patgeno, de solos maisarenosos, bem drenados e com menores condies de abrigar a bactria. Utilizar cultivares queapresentam maior resistncia e rotacionar com culturas como gramneas que no sohospedeiros da bactria, por no mnimo dois anos. Outras medidas culturais envolvem adesinfestao do solo pelo mtodo da solarizao. Recomenda-se ainda erradicar as plantasdoentes e fazer o controle de plantas daninhas hospedeiras20/03/2009

    comentar

    PODRIDO RADICULAR SECA (Fusaruim solani)

    Importncia da doena:A podrido seca causada por varias espcies de fungos do gneroFusarium, especialmente por F. solani e F. sambucinum. Pode causar perdas de at 25% nocampo e de 60% na ps colheita.20/03/2009

    Sintomatologia: Leses secas e deprimidas, de tamanho varivel, principalmente durante aestocagem. Sob condies de alta umidade, as leses apresentam colorao branca ou rosadadevido esporulao do fungo. As partes atacadas no tubrculo se tornam ressequidas emumificadas com a evoluo da doena. Os sintomas de murcha no tubrculo so

    denominados comumente de olhos pretos, devido s leses escuras de formato circular. Ofungo penetra na planta atravs do estolo causando um sinal visvel de uma ponta seca.

    Ciclo da doena e epidemiologia: O fungo sobrevive em tubrculos infectados e no solo porlongos perodos e uma vez em contato com tubrculo sadio, no tem a capacidade de penetrardiretamente o tecido do hospedeiro, mas restritamente atravs de ferimentos. Os cortes debatatas-sementes que so plantadas em solos contaminados facilitam a infeco resultando nosurgimento de plantas com crescimento debilitado. O fungo presente no solo mantm-seaderido a plantas assintomticas, podendo infectar os tubrculos sadios nas operaes decolheita quando estes sofrem injrias, podendo a doena se manifestar no armazenamento..Condies climticas favorveis ao desenvolvimento da doena so de temperaturas entre 15a 25C e umidade entre 50 e 75%.

    temperaturas entre 15 a 25C e umidade entre 50 e 75%.20/03/2009

    Prticas de manejo: fundamental a utilizao de batata semente sadia e o plantio em realivre do patgeno.. Cuidados no momento da colheita e durante o perodo de estocagem soessenciais a fim de evitar ferimentos. O armazenamento dos tubrculos deve ser feito sobtemperaturas entre 3 a 6C (para manter o patgeno em estgio dormente) e umidade entre 85a 90%. Existem organismos antagonistas recomendados para o controle biolgico do fungocomo bactrias das espcies Bacillus subtilis e B. pumilus, e fungos da espcie Trichoderma

    harzianum. O controle qumico recomendado durante e ps-colheita

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    REQUEIMA (Phytophora infestans)

    Caractersticas uma das doenas mais destrutivas da cultura batata, podendocomprometer todo o campo de produo em poucos dias. favorecida por umidade elevada(neblina, chuva fina, orvalho, irrigao freqente) e temperaturas em torno de 20 0 C, mas podeocorrer em regies de clima mais quente, desde que as noites sejam frias. A infeco ocorre

    por meio de esporos do fungo carregados pelo vento, provenientes de outros cultivos detomate, batatas infectadas ou de plantas daninhas e soqueira.20/03/2009

    Danos A requeima afeta todos os rgos areos da batata. Nas folhas, a doena se iniciacom pequenas manchas de aparncia mida, que se tornam necrosadas, marrons, com umhalo verde claro. Sob alta umidade (acima de 90%), parte de baixo da folha mostraabundante esporulao do fungo em volta da leso. No caule, as leses so escuras e podemcausar a morte do broto terminal20/03/2009

    Controle Entre as medidas de controle recomendam-se: eliminar os restos culturais logoaps a colheita, aplicar fungicidas preventivamente, preferencialmente os sistmicos em

    pocas de clima frio e mido e evitar irrigao muito freqente , principalmente por asperso.

    Dentro do controle qumico e obedecendo ao programa de manejo integrado, a Empresa BayerCroPscience lana no mercado dois novos fungicidas para o controle de Requeima(Phytophthora insfestans): Positron Duo e Censor20/03/2009

    CROSTA PRETA (Rhizoctonia solani)

    A rizoctoniose na cultura da batata ocorre com relativa freqncia. Est presente em todas asregies produtoras do mundo, principalmente em solos muito cultivados e onde a rotao deculturas no praticada. O objetivo desse trabalho foi avaliar a eficincia do fungicida

    Thifluzamide no controle da Rhizoctonia solani na cultura da batata. A aplicao fungicida foirealizada durante o plantio. Os tratamentos utilizados foram: 1) Testemunha; 2) Thifluzamide -192 g.i.a/ton com imerso de tubrculos; 3) Thifluzamide - 384 g.i.a/ton com imerso de

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    tubrculos; 4) Thifluzamide - 384 g.i.a/ha pulverizado no sulco de plantio; 5) Thifluzamide - 768g.i.a/ha pulverizado no sulco de plantio; 6) Pencycuron - 250 g.i.a/ton com imerso detubrculos e 7) Pencycuron - 1000 g.i.a/ha pulverizado no sulco de plantio.20/03/2009

    Todos os fungicidas foram eficientes no controle da rizoctoniose na cultura da batata. O

    produto Thifluzamide utilizado tanto na pulverizao do sulco quanto no tratamento detubrculos em todas as dosagens, comportou-se de forma semelhante ao produto padroPencycuron, no controle da rizoctoniose na cultura da batata.20/03/2009

    SARNA DA BATATA (Streptomyces spp)

    O gnero Streptomyces constitui-se em um grupo diferenciado de procariotos fitopatognicos,por serem morfologicamente similares aos fungos e produzirem diversos importantesmetablitos secundrios. A sarna comum da batata principal doena causada pelo gnero. Oprincipal agente causal da doena, Streptomyces scabies, produz fitotoxinas denominadasconcanamicinas, porm, no foi comprovada a importncia da produo das mesmas naagressividade dos isolados de S. scabies. Dessa forma, neste trabalho procurouse avaliar a

    reao dos cultivares mais plantados no Brasil a isolados de S. scabies exibindo diferentesnveis de produo de concanamicinas. O nvel de produo de concanamicinas A e B de dezisolados de Streptomyces spp.24/03/2009

    Foi avaliado por cromatografia lquida de alta presso (HPLC) e dois isolados (produtor de altonvel da toxina; baixo produtor) foram selecionados e utilizados na avaliao da resistncia deseis cultivares de batata em casa de vegetao. Vasos contendo o substrato esterilizadoreceberam a suspenso de esporos bacterianos junto com os tubrculos sadios no momentodo plantio e aps quatro meses, a severidade da doena foi avaliada. Os resultadosdemonstraram aumento na agressividade do isolado produtor de elevadas quantidades deconcanamicinas apenas sobre os cultivares Mondial, Monalisa e Asterix. Por sua vez, osresultados da avaliao do nvel de resistncia ao patgeno demonstraram que os cultivares

    Monalisa, gata, Asterix e Cupido so suscetveis e os cultivares Atlantic e Mondial mostraram-se resistentes aos dois isolados de Streptomyces spp. avaliados.24/03/2009

    Por outro lado, a fitotoxina taxtomina A a toxina mais frequentemente produzida pelasespcies fitopatognicas de Streptomyces spp. O estudo do mecanismo de ao destafitotoxina poder auxiliar no entendimento de sua contribuio no desenvolvimento da doena.A taxtomina A uma fitotoxina no especfica e causa efeitos semelhantes em plantas dediferentes famlias botnicas. Desta forma, modificaes citolgicas, ultraestruturais ebioqumicas induzidas pela taxtomina A foram analisadas em plntulas de sorgo. Os tecidosforam tratados com taxtomina A e avaliados aps sete dias do tratamento. Observou-sedesorganizao em todas as clulas dos tecidos tratados com a taxtomina A. A membranaplasmtica das clulas do mesofilo foliar foi retrada e destacada da parede celular em diversos

    pontos. Entretanto, o plasmalema no pareceu rompido.24/03/2009

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    O efeito sobre a permeabilidade seletiva da membrana plasmtica tambm foi avaliadobioquimicamente, onde foi observado aumentos na sada de eletrlitos. Os cloroplastosapresentaram deformaes na superfcie e perda de turgidez. Estas deformaesprovavelmente contriburam para a reduo do teor de clorofilas A e B. As plntulas tambm

    apresentaram elevado acmulo de fitoalexinas do tipo deoxiantocianidinas. Desta forma,conclui-se que a taxtomina A age principalmente sobre a membrana plasmtica e organelasmembranosas. Em contrapartida, o acmulo de fitoalexinas evidencia que concentraesmnimas desta toxina podem ser exploradas como eliciador da resposta de defesa emplantas.24/03/2009comentar