nimf_11_2004_pt_0. anÁlise de risco de pragas para pragas quarentenÁrias

Upload: tadeu-montenegro

Post on 03-Jun-2018

229 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 8/12/2019 NIMF_11_2004_PT_0. ANLISE DE RISCO DE PRAGAS PARA PRAGAS QUARENTENRIAS

    1/27

    FAO 2006

    NIMF N 11

    NORMAS INTERNACIONAIS PARAMEDIDAS FITOSSANITRIAS

    NIMF N 11

    ANLISE DE RISCO DE PRAGAS PARA PRAGASQUARENTENRIAS, INCLUINDO ANLISE DE RISCOS

    AMBIENTAIS E DE ORGANISMOS VIVOSMODIFICADOS

    (2004)

    Produzido pela Secretaria da Conveno Internacional para a Proteo dos Vegetais

    Published by arrangement with the

    Food and Agriculture Organization of the United Nations

    by the Ministry of Agriculture, Livestock and Food Supply of Brazil

  • 8/12/2019 NIMF_11_2004_PT_0. ANLISE DE RISCO DE PRAGAS PARA PRAGAS QUARENTENRIAS

    2/27

    MAPA, 2009

    MAPA, 2010 (Traduo em portugus) FAO, 1995-2009 (Edio em ingls)

    Este trabalho foi originalmente publicado pela Organizao dasNaes Unidas para Agricultura e Alimentao em ingls como

    International Standards for Phytosanitary Measures. Estatraduo para portugus foi produzida pelo Ministrio daAgricultura, Pecuria e Abastecimento (MAPA) do Brasil

    As designaes empregadas e a apresentao do material nestapublicao no implicam na expresso de qualquer opinio dequalquer tipo da parte da Organizao das Naes Unidas paraAgricultura e Alimentao relativa ao status legal de qualquer pas,territrio, cidade ou rea ou suas autoridades, ou relativa delimitao de suas fronteiras ou limites. A meno de empresasou produtos manufaturados especficos, se patenteados ou no, noimplica que foram aprovados ou recomendados pela FAO emdetrimento a outros de natureza similar no mencionados.

  • 8/12/2019 NIMF_11_2004_PT_0. ANLISE DE RISCO DE PRAGAS PARA PRAGAS QUARENTENRIAS

    3/27

    Anlise de risco de pragas para pragas quarentenrias, incluindo anlise de riscos ambientais e de organismos vivos modificados

    NIMF N 11

    Normas Internacionais para Medidas Fitossanitrias 3

    CONTEDO

    APROVAO .................................................. ............................................................ .................................................... 5

    INTRODUO

    ESCOPO............ ........................................................... ........................................................... ........................................... 5REFERNCIAS ........................................................... ........................................................... ........................................... 5DEFINIES..................................................... ............................................................ .................................................... 6RESUMO...................................................................... ............................................................ .......................................... 6

    ANLISE DE RISCO DE PRAGAS PARA PRAGAS QUARENTENRIAS

    1. Fase 1: Incio ........................................................... ........................................................... ................................. 71.1 Pontos de incio ........................................................ ........................................................... ................................. 71.1.1 ARP iniciada pela identificao de uma via de ingresso................................................................ ....................... 81.1.2 ARP iniciada pela identificao de uma praga .......................................................... ........................................... 81.1.3 ARP iniciada pela reviso ou alterao de uma poltica ...................................................... ................................. 81.2 Identificao da rea de ARP ....................................................... ........................................................... ............. 81.3 Informaes .................................................... ............................................................ .......................................... 8

    1.3.1 ARPs anteriores ........................................................ ........................................................... ................................. 91.4 Concluso do incio .................................................. ........................................................... ................................. 9

    2. Fase 2: Avaliao de Risco de Pragas ........................................................... .................................................... 92.1 Categorizao das pragas................................ ........................................................... ......................................... 102.1.1 Elementos de categorizao...................................... ........................................................... ............................... 102.1.1.1 Identidade das pragas................................................ ........................................................... ............................... 102.1.1.2 Presena ou ausncia na rea de ARP............................................................... .................................................. 102.1.1.3 Status de regulamentao................................ ........................................................... ......................................... 102.1.1.4 Potencial de estabelecimento e disseminao na rea de ARP ...................................................... ..................... 102.1.1.5 Potencial de consequncias econmicas na rea de ARP .................................................... ............................... 112.1.2 Concluso da categorizao das pragas ............................................................ .................................................. 11

    2.2 Avaliao da probabilidade de introduo e disseminao................................................................................ . 112.2.1 Probabilidade de entrada de uma praga ............................................................ .................................................. 122.2.1.1 Identificao de vias de ingresso para uma ARP iniciada por uma praga...................................... ..................... 122.2.1.2 Probabilidade de a praga estar associada com a via de ingresso na origem............................................. ........... 122.2.1.3 Probabilidade de sobrevivncia durante o transporte ou armazenamento.......................................................... . 122.2.1.4 Probabilidade de a praga sobreviver aos procedimentos existentes de manejo de pragas .................................. 132.2.1.5 Probabilidade de transferncia para um hospedeiro apropriado .................................................... ..................... 132.2.2 Probabilidade de estabelecimento.............................................................................. ......................................... 132.2.2.1 Disponibilidade de hospedeiros apropriados, hospedeiros alternativos e vetores na rea de ARP.......... ........... 132.2.2.2 Adequao do ambiente...................................................... ........................................................... ..................... 142.2.2.3 Prticas culturais e medidas de controle ........................................................... .................................................. 142.2.2.4 Outras caractersticas da praga que afetam a probabilidade de estabelecimento ................................................ 142.2.3 Probabilidade de disseminao aps o estabelecimento...................................................... ............................... 14

    2.2.4 Concluso sobre a probabilidade de introduo e disseminao ................................................... ..................... 152.2.4.1 Concluso com relao a reas em perigo ....................................................... ................................................... 152.3 Avaliao das consequncias econmicas potenciais .......................................................... ............................... 152.3.1 Efeitos da praga ........................................................ ........................................................... ............................... 152.3.1.1 Efeitos diretos da praga ...................................................... ........................................................... ..................... 162.3.1.2 Efeitos indiretos da praga ................................................... ........................................................... ..................... 162.3.2 Anlise das consequncias econmicas ............................................................ .................................................. 172.3.2.1 Fatores de tempo e lugar............. ............................................................ ........................................................... . 172.3.2.2 Anlise das consequncias comerciais................................ ........................................................... ..................... 172.3.2.3 Tcnicas analticas.................................................... ........................................................... ............................... 172.3.2.4 Consequncias no comerciais e ambientais.............................................................. ......................................... 182.3.3 Concluso da avaliao das consequncias econmicas......................... ........................................................... . 18

    2.3.3.1 rea em perigo ......................................................... ........................................................... ............................... 182.4 Grau de incerteza...................................................... ........................................................... ............................... 182.5 Concluso da fase de avaliao de risco de pragas ................................................... ......................................... 19

  • 8/12/2019 NIMF_11_2004_PT_0. ANLISE DE RISCO DE PRAGAS PARA PRAGAS QUARENTENRIAS

    4/27

    NIMF N 11

    Anlise de risco de pragas para pragas quarentenrias, incluindo anlise de riscos ambientais e de organismos vivos modificados

    4 Normas Internacionais de Medidas Fitossanitrias N 1 a 24 (edio de 2005)

    3. Fase 3: Manejo de Risco de Pragas ..................................................... ........................................................... . 193.1 Nvel de risco........... ........................................................... ........................................................... ..................... 193.2 Informaes tcnicas necessrias.............................. ........................................................... ............................... 193.3 Aceitabilidade do risco ....................................................... ........................................................... ..................... 193.4 Identificao e seleo de opes apropriadas de manejo do risco ......................................................... ........... 193.4.1 Opes para os envios ........................................................ ........................................................... ..................... 203.4.2 Opes para prevenir ou reduzir a infestao no cultivo ..................................................... ............................... 21

    3.4.3 Opes para garantir que a rea, lugar ou local de produo ou cultivo esteja livre da praga........................... . 213.4.4 Opes para outros tipos de vias de ingresso.................................................... .................................................. 213.4.5 Opes dentro do pas importador.......................................................... ........................................................... . 213.4.6 Proibio de produtos bsicos ...................................................... ........................................................... ........... 223.5 Certificados fitossanitrios e outras medidas de conformidade ..................................................... ..................... 223.6 Concluso do manejo do risco de pragas.......................................................... .................................................. 223.6.1 Monitoramento e reviso das medidas fitossanitrias......... ........................................................... ..................... 22

    4. Documentao da Anlise de Risco de Pragas4.1 Requisitos da documentao......................................................... ........................................................... ........... 23

    ANEXO 1

    Comentrios sobre o escopo da CIPV com relao aos riscos ambientais......................................... ............................... 24

    ANEXO 2

    Comentrios sobre o escopo da CIPV com relao anlise de risco de pragas para organismos vivos modificados.... . 25

    ANEXO 3

    Determinao do potencial de um organismo vivo modificado ser uma praga...................................................... ........... 26

  • 8/12/2019 NIMF_11_2004_PT_0. ANLISE DE RISCO DE PRAGAS PARA PRAGAS QUARENTENRIAS

    5/27

    Anlise de risco de pragas para pragas quarentenrias, incluindo anlise de riscos ambientais e de organismos vivos modificados

    NIMF N 11

    Normas Internacionais para Medidas Fitossanitrias 5

    APROVAO

    A NIMF N 11 foi aprovada pela Comisso Interina para Medidas Fitossanitrias, em abril de 2001. Em abril de 2003, aComisso Interina para Medidas Fitossanitrias aprovou um suplemento NIMF N 11 (Anlise de risco de pragas parapragas quarentenrias) sobre anlise de riscos ambientais e concordou que deveria ser integrada NIMF N 11. Issoresultou na NIMF N 11 Rev. 1 (Anlise de risco de pragas para pragas quarentenrias, incluindo anlise de riscosambientais). Em abril de 2004, a Comisso Interina para Medidas Fitossanitrias aprovou um suplemento sobre anlise

    de risco de pragas para organismos vivos modificados (OVMs) e concordou que deveria ser integrado NIMF N 11Rev. 1. Isso foi feito para produzir a presente norma, NIMF N 11 (2004). O texto suplementar sobre riscos ambientaisest indicado com "S1" e o texto suplementar sobre OVMs est indicado com "S2".

    A Comisso Interina para Medidas Fitossanitrias reconhece a colaborao e o apoio da Secretaria da Conveno sobrea Diversidade Biolgica, bem como a participao de especialistas de Partes da Conveno, na preparao dossuplementos da NIMF N 11.

    INTRODUO1

    ESCOPO

    A presente norma fornece detalhes para a conduo de anlise de risco de pragas (ARP) para determinar se as pragas

    so pragas quarentenrias. Ela descreve os processos integrados a serem utilizados para avaliao de risco, bem como aseleo de opes de manejo de risco.

    S1 Tambm inclui detalhes referentes anlise dos riscos de pragas dos vegetais para o ambiente e para a diversidadebiolgica, incluindo aqueles riscos que afetam as plantas no cultivadas/no manejadas, flora silvestre, habitats eecossistemas contidos na rea de ARP. Alguns comentrios explicativos sobre o escopo da CIPV com relao aos riscosambientais so apresentados no Anexo 1.

    S2 Inclui a orientao sobre avaliao dos riscos fitossanitrios potenciais para plantas e produtos vegetais apresentadospelos organismos vivos modificados (OVMs). Esta orientao no altera o escopo da NIMF N 11, mas pretendeesclarecer questes relacionadas ARP para OVMs. Alguns comentrios explicativos sobre o escopo da CIPV comrelao ARP para OVMs so apresentados no Anexo 2.

    REFERNCIASAgreement on the Application of Sanitary and Phytosanitary Measures, 1994. World Trade Organization, Geneva.

    S2 Cartagena Protocol on Biosafety to the Convention on Biological Diversity, 2000. CBD, Montreal.S2 Code of conduct for the import and release of biological control agents, 1996. NIMF N 3, FAO, Rome.S2 Convention on Biological Diversity, 1992. CBD, Montreal.

    Determination of pest status in an area, 1998. NIMF N 8, FAO, Rome.Export certification system, 1997. NIMF N 7, FAO, Rome

    S2 Glossary of Biotechnology for Food and Agriculture, 2002. Research and Technology Paper 9, FAO, Rome.Glossary of phytosanitary terms, 2004. NIMF N 5, FAO, Rome.

    S2 Glossary supplement No. 1: Guidelines on the interpretation and application of the concept of official control forregulated pests, 2001. NIMF N 5, FAO, Rome.

    S2 Glossary supplement No. 2: Guidelines on the understanding of potential economic importance and related terms

    including reference to environmental considerations, 2003. NIMF N 5, FAO, Rome.Guidelines for pest risk analysis, 1996. NIMF N 2, FAO, Rome.S2 Guidelines for phytosanitary certificates, 2001. NIMF N 12, FAO, Rome.

    Guidelines for surveillance, 1998. NIMF N 6, FAO, Rome.International Plant Protection Convention, 1997. FAO, Rome.Principles of plant quarantine as related to international trade, 1995. NIMF N 1, FAO, Rome.Requirements for the establishment of pest free areas, 1996. NIMF N 4, FAO, Rome.Requirements for the establishment of pest free places of production and pest-free production sites, 1999. NIMF N 10,FAO, Roma.

    1Ao longo deste texto, S1 indica o texto suplementar sobre riscos ambientais e S2 o texto suplementar sobre organismos vivosmodificados. Ver explicao completa na seoAprovao na pgina 1.

  • 8/12/2019 NIMF_11_2004_PT_0. ANLISE DE RISCO DE PRAGAS PARA PRAGAS QUARENTENRIAS

    6/27

    NIMF N 11

    Anlise de risco de pragas para pragas quarentenrias, incluindo anlise de riscos ambientais e de organismos vivos modificados

    6 Normas Internacionais para Medidas Fitossanitrias

    DEFINIES

    As definies de termos fitossanitrios usados na presente norma podem ser encontradas na NIMF N 5 (Glossrio determos fitossanitrios).

    RESUMO

    Os objetivos de uma ARP so, para uma rea especificada, identificar as pragas e/ou vias de ingresso de interesse

    quarentenrio e avaliar o seu risco, identificar reas em perigo e, se apropriado, identificar opes de manejo de risco. Aanlise de risco de pragas (ARP) para pragas quarentenrias segue um processo definido por trs fases:

    Fase 1 (incio do processo) envolve a identificao da(s) praga(s) e vias de ingresso que so de interesse quarentenrio edeveriam ser consideradas para anlise de risco em relao rea de ARP identificada.

    Fase 2 (avaliao de risco) comea com a categorizao de pragas individuais para determinar se os critrios para umapraga quarentenria so satisfeitos. A avaliao do risco continua com uma avaliao da probabilidade de entrada,estabelecimento e disseminao da praga, e suas consequncias econmicas potenciais (incluindo consequnciasambientais - S1).

    Fase 3 (manejo do risco) envolve identificao das opes de manejo para reduzir os riscos identificados na fase 2.

    Essas opes so avaliadas por sua eficcia, viabilidade e impacto, de modo a selecionar aquelas que so apropriadas.

  • 8/12/2019 NIMF_11_2004_PT_0. ANLISE DE RISCO DE PRAGAS PARA PRAGAS QUARENTENRIAS

    7/27

    Anlise de risco de pragas para pragas quarentenrias, incluindo anlise de riscos ambientais e de organismos vivos modificados

    NIMF N 11

    Normas Internacionais para Medidas Fitossanitrias 7

    ANLISE DE RISCO DE PRAGAS PARA PRAGAS QUARENTENRIAS

    1. Fase 1: Incio

    O objetivo da fase de incio identificar a(s) praga(s) e vias de ingresso que so de interesse quarentenrio e deveriamser consideradas para a anlise de risco em relao rea de ARP identificada.

    S2 Alguns OVMs podem apresentar um risco fitossanitrio e, por isso, justifica uma ARP. Entretanto, outros OVMs noapresentaro riscos fitossanitrios alm daqueles apresentados pelos organismos no OVMs relacionados,consequentemente, no justificaro uma ARP completa. Dessa forma, para os OVMs, o objetivo da fase de incio identificar aqueles OVMs que tm as caractersticas de uma praga potencial e precisam ser avaliados posteriormente, eaqueles que no necessitam de avaliao posterior sob a NIMF N 11.

    S2 Os OVMs so organismos que foram modificados usando tcnicas da biotecnologia moderna para expressar uma oumais caractersticas alteradas. Na maioria dos casos, o organismo parental no normalmente considerado ser umapraga de vegetais,, mas pode ser necessrio fazer uma avaliao para determinar se a modificao gentica (isto , gene,nova sequncia gnica que regula outros genes, ou produto gnico) resulta em um novo trao ou caracterstica que podeapresentar um risco de praga para as plantas.

    S2 Um risco de praga para as plantas derivado dos OVMs pode ser apresentado por:

    - organismo(s) com o(s) gene(s) inserido(s) (isto , o OVM)- combinao de material gentico (por exemplo, gene das pragas de plantas, tais como vrus) ou- consequncias do material gentico que passa para outro organismo.

    1.1 Pontos do incio

    O processo de ARP pode ser iniciado como um resultado da:

    - identificao de uma via de ingresso que apresenta um perigo potencial de pragas- identificao de uma praga que pode requerer medidas fitossanitrias- reviso ou alterao das polticas e prioridades fitossanitrias.

    S1 Os pontos de incio geralmente se referem a "pragas". A CIPV define uma praga como "qualquer espcie, raa oubitipo vegetal, animal ou agente patognico, nocivo para as plantas ou produtos vegetais." Ao aplicar esses pontos de

    incio para o caso especfico de plantas como pragas, importante notar que as plantas de interesse deveriam satisfazeresta definio. As pragas que afetam diretamente as plantas satisfazem essa definio. Alm disso, muitos organismosque afetam as plantas indiretamente tambm satisfazem essa definio (tais como plantas nocivas/invasoras). O fato deelas serem nocivas s plantas pode estar baseado na evidncia obtida em uma rea onde elas ocorrem. No caso deorganismos onde h evidncia insuficiente de que eles afetam indiretamente as plantas, pode ser apropriado avaliar combase na informao pertinente disponvel, se eles so potencialmente nocivos na rea de ARP pelo uso de um sistematransparente, aplicado consistentemente e claramente documentado. Isso particularmente importante para as espciesou cultivares vegetais que so importadas para plantio.

    S2 Os tipos de OVMs que uma ONPF pode ser solicitada para avaliar o risco fitossanitrio incluem:

    - plantas para uso (a) como cultivos agrcolas, para alimento humano e animal, plantas ornamentais ou florestasmanejadas; (b) em biorremediao (como um organismo que elimina a contaminao); (c) para fins industriais

    (por exemplo, produo de enzimas ou bioplsticos); (d) como agentes teraputicos (por exemplo, produofarmacutica)- agentes de controle biolgico modificados para melhorar o seu rendimento naquela funo- pragas modificadas para alterar sua caracterstica patognica e, desse modo, torn-las teis para controle

    biolgico (ver NIMF N 3: Cdigo de conduta para a importao e liberao de agentes de controle biolgicoexticos)

    - organismos geneticamente modificados para melhorar suas caractersticas, tais como para biofertilizante ououtras influncias no solo, biorremediao ou usos industriais.

    S2 A fim de ser categorizado como uma praga, um OVM, tem de ser nocivo ou potencialmente nocivo s plantas ouprodutos vegetais sob condies na rea de ARP. Esse dano pode ser na forma de efeitos diretos ou indiretos nas plantasou produtos vegetais. Para orientao sobre o processo de determinao se um OVM tem o potencial para ser umapraga, ver Anexo 3, Determinao do potencial de um OVM ser uma praga.

  • 8/12/2019 NIMF_11_2004_PT_0. ANLISE DE RISCO DE PRAGAS PARA PRAGAS QUARENTENRIAS

    8/27

    NIMF N 11

    Anlise de risco de pragas para pragas quarentenrias, incluindo anlise de riscos ambientais e de organismos vivos modificados

    8 Normas Internacionais para Medidas Fitossanitrias

    1.1.1 ARP iniciada pela identificao de uma via de ingressoA necessidade de uma ARP nova ou revisada de uma via de ingresso especfica pode surgir nas seguintes situaes:

    - comrcio internacional iniciado em um produto bsico no importado anteriormente pelo pas (normalmenteuma planta ou produto vegetal, incluindo plantas alteradas geneticamente) ou um produto bsico de uma novarea ou novo pas de origem

    - novas espcies de plantas so importadas para fins de seleo e pesquisa cientfica- outra via de ingresso, que no o produto bsico importado, identificada (disseminao natural, material de

    embalagem, correio, lixo, bagagem de passageiros, etc.).Uma lista de pragas provavelmente associadas via de ingresso (por exemplo, veiculadas pelo produto bsico) pode sergerada por qualquer combinao de fontes oficiais, bancos de dados, literatura cientfica e outras, ou consulta aespecialista. prefervel priorizar a listagem, baseada na opinio de especialistas sobre distribuio e tipos de pragas.Se nenhuma praga quarentenria potencial for identificada como provvel de seguir com a via de ingresso, a ARP podeparar neste ponto.

    S2 A frase "plantas alteradas geneticamente" entendida como plantas obtidas por meio do uso da biotecnologia moderna.

    1.1.2 ARP iniciada pela identificao de uma praga

    Uma necessidade de uma ARP nova ou revisada sobre uma praga especfica pode surgir nas seguintes situaes:

    - uma emergncia surge na descoberta de uma infestao estabelecida ou um foco de uma nova praga dentro da

    rea de ARP- uma emergncia surge na interceptao de uma nova praga em um produto bsico importado- um novo risco de praga identificado pela pesquisa cientfica- uma praga introduzida em uma rea- uma praga relatada como mais nociva em outra rea que no na sua rea de origem- uma praga interceptada repetidamente- uma solicitao feita para importar um organismo- um organismo identificado como um vetor de outras pragas- um organismo geneticamente alterado de modo que identifique claramente seu potencial como uma praga de

    plantas.

    S2 A frase "alterada geneticamente" entendida como obtida por meio do uso da biotecnologia moderna.

    1.1.3 ARP iniciada pela reviso ou alterao de uma poltica

    Uma necessidade por uma ARP nova ou revisada derivada de interesses polticos surgir mais frequentemente nasseguintes situaes:

    - uma deciso nacional adotada para revisar regulamentaes, requisitos ou operaes fitossanitrias- uma proposta feita por outro pas ou por uma organizao internacional (ORPF, FAO) revisada- um novo tratamento ou perda de um sistema de tratamento, um processo novo, ou nova informao tm

    impacto sobre uma deciso prvia- um conflito surge em relao s medidas fitossanitrias- a situao fitossanitria em um pas muda, um pas novo criado ou as fronteiras polticas mudam.

    1.2 Identificao da rea de ARP

    A rea de ARP deveria ser definida to precisamente quanto possvel, a fim de identificar a rea para a qual se necessitaa informao.

    1.3 Informaes

    A coleta de informaes um elemento essencial de todas as fases da ARP. importante na fase de incio, a fim deesclarecer a identidade da(s) praga(s), sua(s) distribuio atual e associao com plantas hospedeiras, produtos bsicos,etc. Outras informaes sero coletadas como requeridas para atingir as decises necessrias medida que a ARPcontinua.

    As informaes para a ARP podem vir de vrias fontes. O fornecimento de informao oficial sobre o status da praga uma obrigao prevista na CIPV (Art. VIII.1c) facilitada pelos pontos de contato oficiais (Art. VIII.2).

    S1 Para riscos ambientais, a variedade de fontes de informao ser, em geral, mais ampla que a tradicionalmente usadapelas ONPFs. Contribuies maiores podem ser necessrias. Essas fontes podem incluir avaliaes de impactoambiental, mas deveria ser reconhecido que tais avaliaes normalmente no tm o mesmo propsito das ARP e nopodem substituir a ARP.

  • 8/12/2019 NIMF_11_2004_PT_0. ANLISE DE RISCO DE PRAGAS PARA PRAGAS QUARENTENRIAS

    9/27

    Anlise de risco de pragas para pragas quarentenrias, incluindo anlise de riscos ambientais e de organismos vivos modificados

    NIMF N 11

    Normas Internacionais para Medidas Fitossanitrias 9

    S2 Para OVMs, as informaes necessrias para uma anlise de risco completa podem incluir:

    - nome, identidade e status taxonmico do OVM (incluindo qualquer cdigo de identificao pertinente) e asmedidas de manejo de risco aplicadas ao OVM no pas exportador

    - status taxonmico, nome comum, ponto de coleta ou aquisio e caractersticas do organismo doador- descrio do cido nuclico ou a modificao introduzida (incluindo construo gentica) e as caractersticas

    genotpicas e fenotpicas resultantes do OVM- detalhes do processo de transformao- deteco apropriada e mtodos de identificao e sua especificidade, sensibilidade e confiabilidade- uso proposto, incluindo a conteno prevista- quantidade ou volume de OVM a ser importado.

    S2 A informao concernente ao status da praga uma obrigao prevista na CIPV (Artigo VIII.1c) facilitada pelos pontosde contato oficiais (Artigo VIII.2). Um pas pode ter obrigaes de fornecer informao sobre os OVMs, de acordo comoutros acordos internacionais tais como o Protocolo de Cartagena sobre Biossegurana da Conveno sobre aDiversidade Biolgica (2000; Protocolo de Cartagena). O Protocolo de Cartagena tem um Centro de Intercmbio sobreBiossegurana que pode conter informaes relevantes. As informaes sobre os OVMs so s vezes comercialmenteconfidenciais e obrigaes aplicveis com relao divulgao e manipulao dessas informaes.deveriam serobservadas

    1.3.1 ARPs anteriores

    Uma verificao deveria ser feita tambm se as vias de ingresso, pragas ou polticas j foram submetidas ao processo deARP, seja nacional ou internacionalmente. Se uma ARP existe, sua validade deveria ser verificada porque ascircunstncias e informaes podem ter mudado. A possibilidade de usar uma ARP de uma via de ingresso ou pragasimilar, que pode substituir, parcial ou totalmente, a necessidade de uma nova ARP, tambm deveria ser investigada.

    1.4 Concluso do incio

    Ao final da Fase 1, o ponto de incio, as pragas e vias de ingresso de interesse e a rea de ARP tero sido identificados.As informaes pertinentes foram coletadas e as pragas foram identificadas como possveis candidatas a medidasfitossanitrias, tanto individualmente como em associao com uma via de ingresso.

    S2 Para OVMs, ao final da Fase 1, uma ONPF pode decidir que o OVM:- uma praga potencial e precisa ser avaliada posteriormente na Fase 2 ou- no uma praga potencial e no necessita anlise posterior sob a NIMF N 11 (mas, ver tambm o pargrafo

    seguinte)

    S2 A ARP, segundo a CIPV, somente est relacionada com a avaliao e manejo dos riscos fitossanitrios. Como comoutros organismos ou vias de ingresso avaliadas por uma ONPF, os OVMs podem apresentar outros riscos que excedemo escopo da CIPV. Para os OVMs, a ARP pode constituir somente uma parte de toda a anlise de risco necessria. Porexemplo, os pases podem requerer a avaliao de riscos sade humana e animal ou ao ambiente, alm do coberto pelaCIPV. Quando uma ONPF descobre um potencial para risco que no seja fitossanitrio, pode ser apropriado notificar sautoridades competentes.

    2. Fase 2: Avaliao de Risco de Pragas

    O processo para avaliao de risco de pragas pode ser amplamente dividido em trs etapas interligadas:

    - categorizao das pragas- avaliao da probabilidade de introduo e disseminao- avaliao das consequncias econmicas potenciais (incluindo impactos ambientais).

    Na maioria dos casos, essas etapas sero aplicadas em sequncia em uma ARP, contudo, no essencial seguir umaordem em particular. A avaliao de risco de pragas necessita apenas ser to complexa quanto tecnicamente justificadapelas circunstncias. Esta norma permite que uma ARP especfica seja julgada de acordo com os princpios danecessidade, impacto mnimo, transparncia, equivalncia, anlise de risco, manejo de risco e no discriminao,estabelecidos na NIMF N 1: Princpios de quarentena vegetal relacionados ao comrcio internacional (FAO, 1995).

    S2 Para OVMs, a partir deste ponto, na ARP, pressupe-se que o OVM est sendo avaliado como uma praga e,

    consequentemente, OVM refere-se a um OVM que uma praga quarentenria potencial devido s caractersticas oupropriedades novas ou alteradas resultantes da modificao gentica. A avaliao de risco deveria ser efetuada caso acaso. Os OVMs que tm caractersticas de pragas no relacionadas com a modificao gentica deveriam ser avaliadosusando os procedimentos normais.

  • 8/12/2019 NIMF_11_2004_PT_0. ANLISE DE RISCO DE PRAGAS PARA PRAGAS QUARENTENRIAS

    10/27

    NIMF N 11

    Anlise de risco de pragas para pragas quarentenrias, incluindo anlise de riscos ambientais e de organismos vivos modificados

    10 Normas Internacionais para Medidas Fitossanitrias

    2.1 Categorizao das pragas

    No incio, pode no estar claro qual praga(s) identificada(s) na Fase 1 requer(em) uma ARP. O processo decategorizao verifica, para cada praga, se os critrios na definio para uma praga quarentenria so satisfeitos.

    Na avaliao de uma via de ingresso associada com um produto bsico, vrias ARPs individuais podem ser necessriaspara as diversas pragas potencialmente associadas com a via de ingresso. A oportunidade para eliminar um organismoou organismos da considerao antes de um exame aprofundado uma caracterstica valiosa do processo decategorizao.

    Uma vantagem da categorizao das pragas que pode ser feita com relativamente pouca informao, no entanto, essainformao deveria ser suficiente para realizar adequadamente a categorizao.

    2.1.1 Elementos de categorizao

    A categorizao de uma praga como uma praga quarentenria inclui os seguintes elementos principais:

    - identidade da praga- presena ou ausncia na rea da ARP- status da regulamentao- potencial de estabelecimento e disseminao na rea de ARP- potencial para consequncias econmicas (incluindo consequncias ambientais) na rea da ARP.2.1.1.1 Identidade da praga

    A identidade da praga deveria ser claramente definida para assegurar que a avaliao esta sendo efetuada sobre umorganismo determinado, e que as informaes biolgicas ou outras, usadas na avaliao so relevantes ao organismo emquesto. Se isso no for possvel porque o agente causal de determinados sintomas ainda no est completamenteidentificado, ento deveria ter sido demonstrado que produz sintomas consistentes e transmissvel.

    A unidade taxonmica para a praga normalmente a espcie. O uso de um nvel taxonmico mais alto ou mais baixodeveria estar apoiado em razes cientificamente seguras Nos casos de nveis inferiores espcie, isso deveria incluirevidncias demonstrando que fatores tais como diferena da virulncia, gama de hospedeiros ou relaes de vetor sosignificantes o suficiente para afetar o status fitossanitrio.

    Nos casos onde um vetor est envolvido, o vetor pode tambm ser considerado uma praga na medida em que estassociado com o organismo causal e necessrio para a transmisso da praga.

    S2 No caso de OVMs, a identificao requer informaes relacionadas s caractersticas do organismo parental ou receptor,do organismo doador, da construo gnica, do vetor do gene ou transgene e da natureza da modificao gentica. Asinformaes necessrias esto contidas na seo 1.3..

    2.1.1.2 Presena ou ausncia na rea de ARP

    A praga deveria estar ausente da totalidade ou de uma parte definida da rea da ARP.

    S2 No caso dos OVMs, isso deveria se referir ao OVM de interesse fitossanitrio.

    2.1.1.3 Status de regulamentao

    Se a praga est presente, mas no amplamente distribuda na rea da ARP, deveria estar sob controle oficial ou naexpectativa de estar sob controle oficial no futuro prximo.

    S1 O controle oficial das pragas que apresentam um risco ambiental podem envolver outras instituies alm da ONPF. Noentanto, reconhecido que a NIMF N 5 Glossrio de termos fitossanitrios, Suplemento N 1 sobre controle oficial,particularmente na Seo 5.7, se aplica.

    S2 No caso de OVMs, controle oficial deveria estar relacionado s medidas fitossanitrias aplicadas devido natureza depraga do OVM. Pode ser conveniente considerar quaisquer medidas de controle oficial estabelecidas para o organismoparental, organismo doador, vetor de transgene ou vetor de gene.

    2.1.1.4 Potencial de estabelecimento e disseminao na rea de ARP

    As evidncias deveriam ser disponibilizadas para justificar a concluso de que a praga poderia tornar-se estabelecida oudisseminada na rea da ARP. A rea de ARP deveria ter condies ecolgicas/climticas, incluindo aquelas emcondies protegidas, adequadas para o estabelecimento e disseminao da praga e, quando relevante, as espcies

  • 8/12/2019 NIMF_11_2004_PT_0. ANLISE DE RISCO DE PRAGAS PARA PRAGAS QUARENTENRIAS

    11/27

    Anlise de risco de pragas para pragas quarentenrias, incluindo anlise de riscos ambientais e de organismos vivos modificados

    NIMF N 11

    Normas Internacionais para Medidas Fitossanitrias 11

    hospedeiras (ou parentes prximos), hospedeiros alternativos e vetores deveriam estar presentes na rea de ARP.

    S2 Para OVMs, o seguinte tambm deveria ser considerado:

    - mudanas nas caractersticas adaptativas resultantes de modificao gentica que podem aumentar o potencialde estabelecimento e disseminao

    - transferncia ou fluxo de genes que pode resultar no estabelecimento e disseminao de pragas, ou oaparecimento de novas pragas

    - instabilidade genotpica e fenotpica que poderia resultar no estabelecimento e disseminao de organismoscom caractersticas de novas pragas, por exemplo, a perda de genes de esterilidade propostos para prevenir ocruzamento.

    S2 Para orientao mais detalhada na avaliao dessas caractersticas, ver Anexo 3.

    2.1.1.5 Potencial de consequncias econmicas na rea de ARP

    Deveria haver indicaes claras de que a praga provavelmente tenha um impacto econmico inaceitvel (incluindo oimpacto ambiental) na rea de ARP.

    S1 Impacto econmico inaceitvel descrito na NIMF N 5, Glossrio de termos fitossanitrios, Suplemento N 2:Diretrizes sobre o entendimento da importncia econmica potencial e termos relacionados.

    S2 No caso de OVMs, o impacto econmico (incluindo impacto ambiental) deveria estar relacionado natureza de praga(nocivas a plantas e produtos vegetais) do OVM.

    2.1.2 Concluso da categorizao das pragas

    Caso tenha sido determinado que a praga tem o potencial para ser uma praga quarentenria, o processo de ARP deveriaprosseguir. Caso uma praga no preencha todos os critrios para uma praga quarentenria, o processo de ARP paraaquela praga pode parar. Na ausncia de informaes suficientes, as incertezas deveriam ser identificadas e o processode ARP deveria prosseguir.

    2.2 Avaliao da probabilidade de introduo e disseminao

    A introduo da praga compreende a entrada e o estabelecimento. Avaliar a probabilidade de introduo requer uma

    anlise de cada uma das vias de ingresso com as quais uma praga pode estar associada, desde sua origem at oestabelecimento na rea de ARP. Em uma ARP iniciada por uma via de ingresso especfica (normalmente um produtobsico importado), a probabilidade de entrada da praga avaliada para a via de ingresso em questo. As probabilidadesde entrada da praga associada com outras vias de ingresso tambm precisam ser investigadas.

    Para as anlises de risco que foram iniciadas por uma praga especfica, sem nenhum produto bsico particular ou via deingresso sob considerao, o potencial de todas as vias de ingresso provveis deveria ser considerado.

    A avaliao da probabilidade de disseminao baseia-se principalmente em consideraes biolgicas similares quelaspara entrada e estabelecimento.

    S1 Com relao a uma planta sendo avaliada como uma praga com efeitos indiretos, sempre que uma referncia feita para

    um hospedeiro ou uma gama de hospedeiros, deveria ser entendido que se refere a um habitat apropriado

    2

    (que umlugar onde a planta pode crescer) na rea da ARP.

    S1 O habitat proposto o lugar onde se pretende que as plantas cresam e o habitat no proposto o lugar onde no sepretende o crescimento. .

    S1 No caso das plantas que so importadas, os conceitos de entrada, estabelecimento e disseminao tm de serconsiderados de modo diferente.

    S1 As plantas para plantio que so importadas entraro e depois sero mantidas em um habitat proposto, provavelmente emquantidades considerveis e por um perodo indeterminado. Nesse caso, a Seo 2.2.1 sobre Entrada no se aplica. Orisco surge devido probabilidade de que a planta pode se disseminar do habitat proposto para habitats no propostosdentro da rea de ARP, e ento se estabelece nesses habitats. Nesse caso, a seo 2.2.3 pode ser considerada antes da

    2 No caso de organismos que afetam indiretamente as plantas, por meio de efeitos sobre outros organismos, os termoshospedeiro/habitat se estendero tambm para esses outros organismos.

  • 8/12/2019 NIMF_11_2004_PT_0. ANLISE DE RISCO DE PRAGAS PARA PRAGAS QUARENTENRIAS

    12/27

    NIMF N 11

    Anlise de risco de pragas para pragas quarentenrias, incluindo anlise de riscos ambientais e de organismos vivos modificados

    12 Normas Internacionais para Medidas Fitossanitrias

    seo 2.2.2. Habitats no propostos podem ocorrer nas imediaes do habitat proposto na rea de ARP.

    S1 Plantas importadas no destinadas ao plantio podem ser usadas para diferentes finalidades (por exemplo, como sementespara alimento de aves, forragem ou para processamento). O risco surge por causa da probabilidade de que a planta podeescapar ou ser desviada do uso proposto para um habitat no proposto e estabelecer-se ali.

    S2 Avaliar a probabilidade de introduo de um OVM requer uma anlise das vias de ingresso intencionais e no

    intencionais de introduo e uso proposto.

    2.2.1 Probabilidade de entrada de uma pragaA probabilidade de entrada de uma praga depende das vias de ingresso do pas exportador at o destino, e da frequnciae quantidade de pragas associadas com elas. Quanto maior o nmero de vias de ingresso, maior a probabilidade de apraga entrar na rea de ARP.

    Deveriam ser observadas as vias de ingresso documentadas para a praga entrar em novas reas. Vias de ingressopotenciais, que podem no existir no momento, deveriam ser avaliadas. Os dados de interceptao da praga podemfornecer evidncias da capacidade de uma praga estar associada com uma via de ingresso e sobreviver no transporte ouarmazenamento.

    S1 No caso das plantas a serem importadas, elas entraro e uma avaliao da probabilidade de entrada no ser necessria.Portanto, esta seo no se aplica. Contudo, esta seo se aplica a pragas que podem ser veiculadas por tais plantas (porexemplo, sementes de plantas nocivas com sementes importadas para semeadura).

    S2 Esta seo no relevante para OVMs importados para liberao intencional no ambiente.

    2.2.1.1 Identificao de vias de ingresso para uma ARP iniciada por uma praga

    Todas as vias de ingresso relevantes deveriam ser consideradas. Elas podem ser identificadas principalmente em relao distribuio geogrfica e gama de hospedeiros da praga. Os envios de plantas e produtos vegetais movimentados nocomrcio internacional so as principais vias de ingresso de interesse e os padres existentes desse comrciodeterminaro, de forma substancial, quais vias de ingresso so relevantes. Quando necessrio, deveriam ser consideradasoutras vias de ingresso tais como outros tipos de produtos bsicos, materiais de embalagem, pessoas, bagagem, correio,

    meios de transporte e intercmbio de material cientfico. A entrada por meios naturais tambm deveria ser avaliada, poisa disseminao natural provavelmente reduz a eficcia das medidas fitossanitrias.

    S2 Para OVMs, todas as vias de ingresso relevantes de introduo (intencionais e no intencionais) deveriam serconsideradas.

    2.2.1.2 Probabilidade de a praga estar associada com a via de ingresso na origem

    A probabilidade de a praga estar associada, espacial ou temporalmente, com a via de ingresso na origem deveria serestimada. Os fatores a considerar so:

    - prevalncia da praga na rea de procedncia- ocorrncia da praga em um estgio de desenvolvimento que estaria associado com produtos bsicos,

    contineres ou meios de transporte

    - volume e frequncia de movimento da via de ingresso- calendrio sazonal- procedimentos comerciais, culturais e de manejo de pragas aplicados no lugar de origem (aplicao de

    produtos de proteo de plantas, manipulao, seleo, rouginge classificao).

    2.2.1.3 Probabilidade de sobrevivncia durante o transporte ou armazenamento

    So exemplos de fatores a considerar:

    - velocidade e condies de transporte e durao do ciclo de vida da praga em relao ao tempo de transporte earmazenamento

    - vulnerabilidade dos estgios de desenvolvimento durante o transporte ou armazenamento- prevalncia de pragas provavelmente associadas com um envio- procedimentos comerciais (por exemplo, refrigerao) aplicados aos envios no pas de origem, no pas de

    destino, ou no transporte ou armazenamento.

  • 8/12/2019 NIMF_11_2004_PT_0. ANLISE DE RISCO DE PRAGAS PARA PRAGAS QUARENTENRIAS

    13/27

  • 8/12/2019 NIMF_11_2004_PT_0. ANLISE DE RISCO DE PRAGAS PARA PRAGAS QUARENTENRIAS

    14/27

    NIMF N 11

    Anlise de risco de pragas para pragas quarentenrias, incluindo anlise de riscos ambientais e de organismos vivos modificados

    14 Normas Internacionais para Medidas Fitossanitrias

    usuais- se um vetor, quando necessrio para a disseminao da praga, j est presente na rea de ARP ou h

    possibilidade de ser introduzido- se outras espcies de vetores ocorrem na rea de ARP.

    O nvel taxonmico ao qual os hospedeiros so considerados deveria normalmente ser a "espcie". O uso de um nveltaxonmico mais alto ou mais baixo deveria ser justificado por uma razo cientificamente segura.

    2.2.2.2 Adequao do ambiente

    Deveriam ser identificados os fatores ambientais (por exemplo, adequabilidade de clima, solo, competio das pragas edos hospedeiros) que so crticos para o desenvolvimento da praga, seu hospedeiro e, se for o caso, seu vetor, e para suacapacidade de sobreviver a perodos de stress climtico e completar seu ciclo de vida. Deveria ser observado que provvel que o ambiente tenha diferentes efeitos sobre a praga, seu hospedeiro e seu vetor. Isso precisa ser reconhecidoao determinar se a interao entre esses organismos na rea de origem, mantida, na rea de ARP, seja para benefcio ouprejuzo da praga. A probabilidade de estabelecimento em um ambiente protegido (por exemplo, estufas) tambmdeveria ser considerada.

    Sistemas de modelagem climtica podem ser usados para comparar dados climticos sobre a distribuio conhecida deuma praga com aqueles na rea de ARP.

    2.2.2.3 Prticas culturais e medidas de controle

    Se for o caso, as prticas empregadas no cultivo/produo de culturas hospedeiras deveriam ser comparadas, paradeterminar se existem diferenas em tais prticas entre a rea de ARP e a rea de origem da praga, que podeminfluenciar sua capacidade de estabelecimento.

    S2 Para plantas que so OVMs, pode tambm ser apropriado considerar prticas culturais, de controle e manejo especficas.

    Programas de controle de pragas ou inimigos naturais presentes na rea de ARP que reduzam a probabilidade deestabelecimento podem ser considerados. Deveria ser considerado que as pragas para as quais o controle no vivelapresentam um risco maior que aquelas para as quais um tratamento facilmente realizado. A disponibilidade (ou falta)de mtodos adequados para a erradicao tambm deveria ser considerada.

    2.2.2.4 Outras caractersticas da praga que afetam a probabilidade de estabelecimentoEstas incluem:

    - Estratgia reprodutiva das pragas e mtodo de sobrevivncia da praga - Deveriam ser identificadas ascaractersticas que permitem praga reproduzir-se de modo efetivamente no novo ambiente, tais como,partenognese/autocruzamento, durao do ciclo de vida, nmero de geraes por ano, fase de repouso, etc.

    - Adaptabilidade gentica - Deveria ser considerado se a espcie polimrfica e o grau com que a pragademonstra a habilidade de adaptao s condies como aquelas na rea da ARP, por exemplo, raasespecficas ao hospedeiro ou raas adaptadas a uma ampla gama de habitats ou a novos hospedeiros. Estavariabilidade genotpica (e fenotpica) facilita a capacidade da praga resistir s flutuaes ambientais, adaptar-se a uma ampla gama de habitats, desenvolver resistncia a pesticidas e de quebrar a resistncia do hospedeiro.

    - Populao mnima necessria para o estabelecimento - Se possvel, deveria ser estimado o limiar dapopulao que necessrio para o estabelecimento.

    S2 Para OVMs, deveria ser considerada se h evidncia de instabilidade genotpica e fenotpica.

    S2 Tambm pode ser apropriado considerar a proposta de produo e prticas de controle, relacionadas ao OVM no pasimportador.

    2.2.3 Probabilidade de disseminao aps o estabelecimento

    Uma praga com um alto potencial de disseminao tambm pode ter um alto potencial de estabelecimento,e aspossibilidades para sua conteno e/ou erradicao bem sucedidas so mais limitadas. Para estimar a probabilidade dedisseminao da praga, deveriam ser obtidas informaes biolgicas confiveis das reas onde a praga ocorreatualmente. A situao na rea de ARP pode ento ser cuidadosamente comparada com aquelas das reas onde a pragaocorre atualmente e a opinio de especialistas usada para avaliar a probabilidade de disseminao. Os casos anteriores

    relativos a pragas comparveis podem ser considerados teis. So exemplos de fatores a considerar:- adequao do ambiente natural e/ou manejado para disseminao natural da praga- presena de barreiras naturais

  • 8/12/2019 NIMF_11_2004_PT_0. ANLISE DE RISCO DE PRAGAS PARA PRAGAS QUARENTENRIAS

    15/27

    Anlise de risco de pragas para pragas quarentenrias, incluindo anlise de riscos ambientais e de organismos vivos modificados

    NIMF N 11

    Normas Internacionais para Medidas Fitossanitrias 15

    - o potencial de movimentao com produtos bsicos ou meios de transporte- uso proposto dos produtos bsicos- vetores potenciais da praga na rea de ARP- inimigos naturais potenciais da praga na rea de ARP.

    S1 No caso de plantas a serem importadas, a avaliao da disseminao refere-se disseminao do habitat proposto ou douso proposto para um habitat no proposto, onde a praga pode se estabelecer. A disseminao posterior pode ento

    ocorrer para outros habitats no propostos.

    As informaes sobre probabilidade de disseminao so usadas para estimar a velocidade com que a importnciaeconmica potencial de uma praga pode ser expressa na rea de ARP. Isso tambm importante se a praga capaz deentrar e estabelecer-se em uma rea de baixa importncia econmica potencial e, ento, disseminar-se para uma rea dealta importncia econmica potencial. Alm disso, pode ser importante na fase de manejo do risco, quando se consideraa possibilidade de conteno ou erradicao de uma praga introduzida.

    S1 Algumas pragas podem no causar efeitos nocivos nas plantas imediatamente aps seu estabelecimento e, em particular,podem somente se disseminar aps certo tempo. Na avaliao da possibilidade de disseminao, isso deveria serconsiderado, com base na evidncia de tal comportamento.

    2.2.4 Concluso sobre a probabilidade de introduo e disseminao

    A probabilidade geral de introduo deveria ser expressa nos termos mais adequados para os dados, os mtodosutilizados para a anlise e o pblico alvo. Esses podem ser quantitativos ou qualitativos, dado que o produto obtido emambos os casos o resultado de uma combinao de informaes quantitativas e qualitativas. A probabilidade deintroduo pode ser expressa como uma comparao com aquela obtida de ARPs de outras pragas.

    2.2.4.1 Concluso com relao a reas em perigo

    A parte da rea de ARP onde fatores ecolgicos favorecem o estabelecimento da praga deveria ser identificada a fim dedefinir a rea em perigo. Essa pode ser a totalidade ou uma parte da rea de ARP.

    2.3 Avaliao das consequncias econmicas potenciais

    Os requisitos descritos nesta etapa indicam quais informaes relacionadas praga e suas plantas hospedeiras potenciaisdeveriam ser reunidas, e os nveis de anlise econmica propostos que poderiam ser realizados usando essasinformaes, a fim de avaliar todos os efeitos da praga, isto , as consequncias econmicas potenciais. Sempre quenecessrio, os dados quantitativos que fornecero valores monetrios deveriam ser obtidos. Os dados qualitativostambm podem ser usados. A consulta a um economista pode ser til.

    Em muitos casos, uma anlise detalhada das consequncias econmicas estimadas no necessria, se h evidnciasuficiente ou amplamente aceito que a introduo de uma praga ter consequncias econmicas inaceitveis (incluindoconsequncias ambientais). Em tais casos, a avaliao de risco se concentrar principalmente na probabilidade deintroduo e disseminao. Entretanto, ser necessrio examinar os fatores econmicos mais detalhadamente quando onvel das consequncias econmicas est em questo ou quando o nvel das consequncias econmicas necessrio paraavaliar a intensidade das medidas usadas para manejo do risco ou na avaliao da relao custo benefcio da excluso oucontrole.

    S2 No caso de OVMs, o impacto econmico (incluindo impacto ambiental) deveria estar relacionado natureza de praga(nociva a plantas e produtos vegetais) do OVM.

    S2 Para OVMs, as seguintes evidncias tambm deveriam ser consideradas:

    - consequncias econmicas potenciais que poderiam resultar dos efeitos adversos sobre organismos no alvoque so nocivos s plantas ou produtos vegetais

    - consequncias econmicas que poderiam resultar das propriedades da praga.

    S2 Para orientao mais detalhada sobre a avaliao dessas caractersticas, ver Anexo 3.

    2.3.1 Efeitos da praga

    A fim de estimar a importncia econmica potencial da praga, deveriam ser obtidas informaes de reas onde a praga

    ocorre naturalmente ou foi introduzida. Essas informaes deveriam ser comparadas com a situao na rea de ARP.Pode ser til considerar casos anteriores relativos a pragas comparveis. Os efeitos considerados podem ser diretos ouindiretos.

  • 8/12/2019 NIMF_11_2004_PT_0. ANLISE DE RISCO DE PRAGAS PARA PRAGAS QUARENTENRIAS

    16/27

    NIMF N 11

    Anlise de risco de pragas para pragas quarentenrias, incluindo anlise de riscos ambientais e de organismos vivos modificados

    16 Normas Internacionais para Medidas Fitossanitrias

    S1 O mtodo bsico para estimar a importncia econmica potencial de pragas nesta seo tambm se aplica a:

    - pragas que afetam plantas no cultivadas/no manejadas- plantas nocivas e/ou plantas invasoras e- pragas que afetam plantas por meio de efeitos sobre outros organismos.

    S1 So necessrias evidncias especficas no caso de efeitos diretos e indiretos no ambiente.

    S1 No caso de plantas a serem importadas para plantio, as consequncias a longo prazo para o habitat proposto podem serincludas na avaliao. O plantio pode afetar o uso posterior ou ter um efeito nocivo no habitat proposto.

    S1 Os efeitos ambientais e as consequncias consideradas deveriam resultar dos efeitos nas plantas. No entanto, tais efeitosnas plantas podem ser menos significantes do que os efeitos e/ou consequncias sobre outros organismos ou sistemas.Por exemplo, uma planta nociva secundria pode ser consideravelmente alergnica para humanos ou um patgenovegetal secundrio pode produzir toxinas que afetam seriamente animais de criao. Porm, a regulamentao dasplantas baseada exclusivamente em seus efeitos sobre outros organismos ou sistemas (por exemplo, na sade humana ouanimal) est fora do escopo desta norma. Se o processo de ARP revela evidncias de um perigo potencial para outrosorganismos ou sistemas, isso deveria ser comunicado s autoridades competentes que tm a responsabilidade legal paratratar do assunto.

    2.3.1.1 Efeitos diretos da pragaPara identificao e caracterizao dos efeitos diretos da praga sobre cada hospedeiro potencial na rea de ARP, ouaqueles efeitos que so especficos a um hospedeiro, os seguintes exemplos que poderiam ser considerados so:

    - plantas hospedeiras conhecidas ou potenciais (no campo, em cultivos protegidos ou na natureza)- tipos, quantidade e frequncia de danos- perdas de produo, em rendimento e qualidade- fatores biticos (por exemplo, adaptabilidade e virulncia da praga) que influenciam danos e perdas- fatores abiticos (por exemplo, clima) que influenciam danos e perdas- taxa de disseminao- taxa de reproduo- medidas de controle (incluindo medidas existentes), sua eficcia e custo- efeitos sobre as prticas de produo existentes

    - efeitos ambientais.Para cada hospedeiro potencial, a rea total do cultivo e a rea potencialmente em perigo deveria ser estimada emrelao aos elementos mencionados acima.

    S1 No caso da anlise de riscos ambientais, os exemplos dos efeitos diretos das pragas sobre as plantas e/ou suasconsequncias ambientais que poderiam ser considerados, incluem:

    - reduo das espcies de plantas chave;- reduo das espcies de plantas que so componentes principais dos ecossistemas (quanto abundncia ou

    tamanho), e das espcies de plantas nativas em risco de extino (includos os efeitos abaixo do nvel deespcie quando h evidncias de que tais efeitos sejam significativos);

    - reduo significativa, substituio ou eliminao de outras espcies vegetais.

    S1 A estimativa da rea potencialmente em perigo deveria estar relacionada a esses efeitos.

    2.3.1.2 Efeitos indiretos da praga

    Para identificao e caracterizao dos efeitos indiretos da praga na rea de ARP, ou daqueles efeitos que no soespecficos a um hospedeiro, os seguintes exemplos que poderiam ser considerados so:

    - efeitos sobre os mercados domstico e de exportao, incluindo, em particular, os efeitos sobre o acesso amercados de exportao. Deveriam ser estimadas as consequncias potenciais para acesso a mercados, quepodem resultar do estabelecimento da praga. Isso envolve considerar a extenso de qualquer regulamentaofitossanitria imposta (ou provvel de ser imposta) por parceiros comerciais

    - alteraes nos custos ou na demanda de insumos para os produtores, incluindo custos de controle- alteraes na demanda interna ou externa de consumo de um produto como resultado de mudanas naqualidade

    - efeitos ambientais e outros efeitos indesejados das medidas de controle- viabilidade e custo de erradicao ou conteno- capacidade de atuar como um vetor para outras pragas

  • 8/12/2019 NIMF_11_2004_PT_0. ANLISE DE RISCO DE PRAGAS PARA PRAGAS QUARENTENRIAS

    17/27

    Anlise de risco de pragas para pragas quarentenrias, incluindo anlise de riscos ambientais e de organismos vivos modificados

    NIMF N 11

    Normas Internacionais para Medidas Fitossanitrias 17

    - recursos necessrios para pesquisa e consultoria adicional- efeitos sociais e outros (por exemplo, turismo).

    S1 No caso da anlise de riscos ambientais, os exemplos dos efeitos indiretos das pragas sobre as plantas e/ou suasconsequncias ambientais que poderiam ser consideradas, incluem:

    - efeitos significativos nas comunidades de plantas- efeitos significativos em reas consideradas ambientalmente sensveis ou reas protegidas- mudana significativa nos processos ecolgicos e na estrutura, estabilidade ou processos de um ecossistema

    (includos os efeitos adicionais nas espcies vegetais, eroso, mudanas no lenol fretico, aumento nos riscosde incndio, ciclo de nutrientes, etc.)

    - efeitos nas atividades humanas (por exemplo, qualidade da gua, lazer, turismo, pastoreio, caa, pesca); e- custos de recuperao ambiental.

    S1 Os efeitos na sade humana e animal (por exemplo, toxicidade, alergenicidade), lenis freticos, turismo, etc. poderiamtambm ser considerados, se apropriado, por outras instituies/autoridades.

    2.3.2 Anlise das consequncias econmicas

    2.3.2.1 Fatores de tempo e lugar

    As estimativas feitas na seo anterior esto relacionadas a uma situao hipottica em que se supe que a praga tenhasido introduzida e suas consequncias econmicas potenciais (por ano) se manifestam plenamente na rea de ARP.Entretanto, na prtica, as consequncias econmicas so manifestadas com o tempo, e podem causar preocupaodurante um ano, vrios anos ou um perodo indeterminado. Vrios cenrios deveriam ser considerados. Asconsequncias econmicas totais durante mais de um ano podem ser expressas como valor lquido atual dasconsequncias econmicas anuais, selecionando uma taxa de desconto apropriada para calcular o valor lquido atual.

    Outros cenrios poderiam referir se a praga ocorre em um nico, poucos ou em muitos pontos na rea de ARP, e aexpresso das consequncias econmicas potenciais depender da taxa e forma de disseminao na rea de ARP. A taxade disseminao pode ser prevista como sendo lenta ou rpida; em alguns casos, supe-se que a disseminao pode serevitada. Uma anlise apropriada pode ser usada para estimar as consequncias econmicas potenciais durante o perodode tempo em que uma praga est se disseminando na rea de ARP. Alm disso, muitos dos fatores ou efeitosconsiderados acima poderiam ser esperados mudar com o tempo, com os consequentes efeitos das consequncias

    econmicas potenciais. A opinio e as estimativas de especialistas sero solicitadas.

    2.3.2.2 Anlise das consequncias comerciais

    Como determinado acima, a maioria dos efeitos diretos de uma praga e alguns dos efeitos indiretos sero de naturezacomercial ou tero consequncias para um determinado mercado. Esses efeitos, que podem ser positivos ou negativos,deveriam ser identificados e quantificados. Pode ser til considerar o seguinte:- efeito de mudanas induzidas pela praga nos lucros do produtor que resultam de mudanas nos custos de

    produo, rendimento ou preos- efeito de mudanas induzidas pela praga nas quantidades demandadas ou preos pagos por produtos bsicos

    pelos consumidores nacionais e internacionais. Esses poderiam incluir mudanas na qualidade dos produtose/ou restries comerciais relacionadas quarentena como resultado da introduo de uma praga.

    2.3.2.3 Tcnicas analticasExistem tcnicas analticas que podem ser usadas em consulta com especialistas em economia para fazer uma anlisemais detalhada dos efeitos econmicos potenciais de uma praga quarentenria. Essas deveriam incorporar todos osefeitos que tenham sido identificados. Essas tcnicas podem incluir:

    - oramento parcial: isso ser adequado, se os efeitos econmicos induzidos pela ao da praga nos lucros doprodutor forem geralmente limitados aos produtores e forem considerados ser relativamente menores

    - equilbrio parcial: isso recomendado se, no ponto 2.3.2.2, houver uma mudana significativa nos lucros doprodutor ou se houver uma mudana significativa na demanda dos consumidores. A anlise de equilbrioparcial necessria para medir as mudanas sociais ou a variao lquida decorrente dos impactos da pragapara produtores e consumidores

    - equilbrio geral: se as mudanas econmicas so significantes para uma economia nacional e poderiam causarmudanas em fatores tais como os salrios, taxas de juros ou taxas cambiais, ento uma anlise do equilbrio

    geral poderia ser usada para estabelecer a gama completa de efeitos econmicos.

    O uso de tcnicas analticas frequentemente limitado pela falta de dados, pelas incertezas nos dados e pelo fato de quepara certos efeitos somente informaes qualitativas podem ser obtidas.

  • 8/12/2019 NIMF_11_2004_PT_0. ANLISE DE RISCO DE PRAGAS PARA PRAGAS QUARENTENRIAS

    18/27

    NIMF N 11

    Anlise de risco de pragas para pragas quarentenrias, incluindo anlise de riscos ambientais e de organismos vivos modificados

    18 Normas Internacionais para Medidas Fitossanitrias

    2.3.2.4 Consequncias no comerciais e ambientais

    Alguns dos efeitos diretos e indiretos da introduo de uma praga determinados nas sees 2.3.1.1 e 2.3.1.2 sero denatureza econmica ou afetaro algum tipo de valor, mas no tem um mercado existente que possa ser identificadofacilmente. Como resultado, os efeitos podem no ser adequadamente medidos em termos de preos em mercados deservios ou produtos estabelecidos. Os exemplos incluem, em particular, efeitos ambientais (tais como, estabilidade dosecossistemas, biodiversidade, valor recreativo) e efeitos sociais (tais como emprego, turismo) resultantes da introduode uma praga. Esses impactos poderiam ser estimados com um mtodo apropriado de avaliao no relacionado aomercado. Mais detalhes sobre o ambiente so dados abaixo.

    Se a avaliao quantitativa dessas consequncias no for vivel, informaes qualitativas sobre as consequncias podemser fornecidas. Uma explicao de como essas informaes tm sido incorporadas nas decises tambm deveria serfornecida.

    S1 A aplicao desta norma aos perigos ambientais requer uma categorizao clara dos valores ambientais e como elespodem ser avaliados. O ambiente pode ser estimado usando diferentes metodologias, mas essas metodologias so maisbem usadas consultando especialistas em economia. As metodologias podem incluir considerao de valores de "uso" e"no uso". Os valores de "uso" surgem do consumo de um elemento do ambiente, tais como acesso gua limpa ou pesca em um lago, e tambm aqueles que no se consomem, tais como uso das florestas para atividades recreativas.

    Valores de "no uso" podem ser subdivididos em:- "valor de opo" (valor para uso futuro)- "valor de existncia" (conhecimento de que existe um elemento do ambiente) e- "valor de legado" (conhecimento de que um elemento do ambiente est disponvel para as geraes futuras).

    S1 Se o elemento do ambiente est sendo avaliado em termos de valores de uso ou no uso, existem mtodos para suaestimativa, tais como abordagens baseadas no mercado, mercados substitutos, mercados simulados e transferncia dosbenefcios. Cada mtodo tem suas vantagens, desvantagens e situaes onde particularmente til.

    S1 A avaliao das consequncias pode ser quantitativa ou qualitativa e, em muitos casos, os dados qualitativos sosuficientes. Um mtodo quantitativo pode no existir para abordar uma situao (por exemplo, efeitos catastrficos emuma espcie chave), ou uma anlise quantitativa pode no ser possvel (no h mtodos disponveis). Anlises teis

    podem ser baseadas em estimativas no monetrias (nmero de espcies afetadas, qualidade da gua) ou na opinio deespecialistas, se a anlise seguir procedimentos documentados, coerentes e transparentes.

    S1 O impacto econmico est descrito na NIMF N 5: Glossrio de termos fitossanitrios, Suplemento N 2: Diretrizessobre o entendimento da importncia econmica potencial e termos relacionados.

    2.3.3 Concluso da avaliao das consequncias econmicas

    Quando apropriado, o resultado da avaliao das consequncias econmicas descritas nesta etapa deveria ser em termosde um valor monetrio. As consequncias econmicas tambm podem ser expressas qualitativamente ou usandomedidas quantitativas sem termos monetrios. Fontes de informaes, hipteses e mtodos de anlise deveriam serclaramente especificados.

    2.3.3.1 rea em perigo

    A parte da rea de ARP onde a presena da praga resultar em perdas economicamente importantes deveria seridentificada como apropriado. Isso necessrio para definir a rea em perigo.

    2.4 Grau de incerteza

    A estimativa da probabilidade de introduo de uma praga e de suas consequncias econmicas envolve muitasincertezas. Em particular, essa estimativa uma extrapolao da situao onde a praga ocorre para a situao hipotticana rea de ARP. importante documentar as reas de incerteza e o grau de incerteza na avaliao, e indicar quando oparecer de especialistas foi usado. Isso necessrio para a transparncia e tambm pode ser til para identificar epriorizar necessidades de pesquisa.

    S1 Deveria ser observado que a avaliao da probabilidade e das consequncias dos perigos ambientais das pragas deplantas no cultivadas e no manejadas frequentemente envolve maior grau de incerteza do que das pragas de plantas

    cultivadas ou manejadas. Isso se deve falta de informaes, complexidade adicional associada aos ecossistemas evariabilidade associada s pragas, hospedeiros ou habitats.

  • 8/12/2019 NIMF_11_2004_PT_0. ANLISE DE RISCO DE PRAGAS PARA PRAGAS QUARENTENRIAS

    19/27

    Anlise de risco de pragas para pragas quarentenrias, incluindo anlise de riscos ambientais e de organismos vivos modificados

    NIMF N 11

    Normas Internacionais para Medidas Fitossanitrias 19

    2.5 Concluso da fase de avaliao de risco de pragas

    Como um resultado da avaliao de risco de pragas, todas ou algumas das pragas categorizadas podem ser consideradasapropriadas para o manejo de risco de pragas. Para cada praga, toda ou parte da rea de ARP pode ser identificada comouma rea em perigo. Uma estimativa quantitativa ou qualitativa da probabilidade de introduo de uma praga ou pragas,e uma correspondente estimativa quantitativa ou qualitativa das consequncias econmicas (incluindo consequnciasambientais), foram obtidas e documentadas ou uma classificao geral poderia ter sido atribuda. Essas estimativas, comincertezas associadas, so utilizadas na fase de manejo de risco de pragas da ARP.

    3. Fase 3: Manejo de Risco de Pragas

    As concluses da avaliao de risco de pragas so usadas para decidir se o manejo de risco necessrio e a intensidadedas medidas a serem usadas. Uma vez que risco zero no uma opo razovel, o princpio direcionador para o manejode risco deveria ser manejar o risco para atingir o grau de segurana necessrio que pode ser justificado e viveldentro dos limites de opes e recursos disponveis. O manejo de risco de pragas (no sentido analtico) o processo deidentificao de modos para reagir a um risco percebido, avaliando a eficcia dessas aes e identificando as opesmais apropriadas. A incerteza observada nas avaliaes das consequncias econmicas e a probabilidade de introduotambm deveriam ser consideradas e includas na seleo de uma opo de manejo de praga.

    S1 Ao considerar o manejo dos riscos ambientais, deveria ser salientado que medidas fitossanitrias so propostasconsiderando a incerteza e deveriam ser planejadas proporcionalmente ao risco. As opes de manejo de risco de pragas

    deveriam ser identificadas, levando em considerao o grau de incerteza na avaliao das consequncias econmicas,probabilidade de introduo e a respectiva justificativa tcnica dessas opes. Com relao a isso, o manejo dos riscospara o ambiente causados por pragas de plantas no difere do manejo de outros riscos de pragas de plantas.

    3.1 Nvel de risco

    O princpio do "manejo de risco" (NIMF N 1: Princpios de quarentena vegetal relacionados ao comrcio internacional)afirma que: "Porque algum risco de introduo de uma praga quarentenria sempre existe, os pases devero concordarcom uma poltica de manejo de risco ao formular medidas fitossanitrias." Na implementao desse princpio, os pasesdeveriam decidir qual nvel de risco aceitvel para eles.

    O nvel aceitvel de risco pode ser expresso de vrias maneiras, tais como:

    - referncia a requisitos fitossanitrios existentes

    - indexado a perdas econmicas estimadas- expresso em uma escala de tolerncia de risco- comparado com o nvel de risco aceito por outros pases.

    S2 Para OVMs, o nvel aceitvel de risco pode tambm ser expresso pela comparao do nvel de risco associado comorganismos similares ou relacionados, baseado em suas caractersticas e comportamento em um ambiente similar reade ARP.

    3.2 Informaes tcnicas necessrias

    As decises a serem tomadas no processo de manejo de risco de pragas sero baseadas nas informaes coletadasdurante as fases anteriores da ARP. Essas informaes sero compostas de:

    - razes para iniciar o processo

    - estimativa da probabilidade de introduo na rea de ARP- avaliao das consequncias econmicas potenciais na rea da ARP.

    3.3 Aceitabilidade do risco

    O risco geral determinado pela anlise dos resultados das avaliaes da probabilidade de introduo e do impactoeconmico. Se o risco considerado inaceitvel, ento a primeira etapa no manejo de risco identificar possveismedidas fitossanitrias que reduziro o risco a um nvel aceitvel ou abaixo deste. As medidas no so justificadas se orisco j aceitvel ou deve ser aceito porque no manejvel (como pode ser o caso da disseminao natural). Ospases podem decidir que um nvel baixo de monitoramento ou auditoria seja mantido para garantir que futurasalteraes do risco de pragas sejam identificadas.

    3.4 Identificao e seleo de opes apropriadas de manejo de risco

    Medidas apropriadas deveriam ser escolhidas baseadas na sua eficcia em reduzir a probabilidade de introduo dapraga. A escolha deveria estar baseada nas seguintes consideraes, que incluem vrios dos Princpios de quarentenavegetal relacionados ao comrcio internacional(NIMF N 1):

    - Medidas fitossanitrias demonstradas ser econmicas e viveis - O benefcio do uso de medidas fitossanitrias

  • 8/12/2019 NIMF_11_2004_PT_0. ANLISE DE RISCO DE PRAGAS PARA PRAGAS QUARENTENRIAS

    20/27

    NIMF N 11

    Anlise de risco de pragas para pragas quarentenrias, incluindo anlise de riscos ambientais e de organismos vivos modificados

    20 Normas Internacionais para Medidas Fitossanitrias

    que a praga no ser introduzida e, consequentemente, a rea de ARP no estar sujeita s consequnciaseconmicas potenciais. A anlise do custo benefcio para cada uma das medidas mnimas consideradas parafornecer segurana aceitvel pode ser estimada. Aquelas medidas com uma relao custo benefcio aceitveldeveriam ser consideradas.

    - Princpio do "impacto mnimo" - As medidas no deveriam ser mais restritivas ao comrcio do que onecessrio. As medidas deveriam ser aplicadas mnima rea necessria para a proteo efetiva da rea emperigo.

    - Reavaliao dos requisitos anteriores - Nenhuma medida adicional deveria ser imposta se as medidasexistentes so eficazes.

    - Princpio da "equivalncia"- Se diferentes medidas fitossanitrias com o mesmo efeito so identificadas, elasdeveriam ser aceitas como alternativas.

    - Princpio da "no discriminao" - Se a praga sob considerao est estabelecida na rea de ARP, mas dedistribuio limitada e sob controle oficial, as medidas fitossanitrias relacionadas s importaes no deveriamser mais restritivas do que aquelas aplicadas na rea de ARP. Da mesma forma, as medidas fitossanitrias nodeveriam discriminar entre pases exportadores com o mesmo status fitossanitrio.

    S1 O princpio da no discriminao e o conceito de controle oficial tambm se aplica a:

    - pragas que afetam plantas no cultivadas/no manejadas- plantas nocivas e/ou plantas invasoras e

    - pragas que afetam plantas por meio dos efeitos sobre outros organismos.

    S1 Se alguma dessas pragas se estabelecer na rea de ARP e se o controle oficial for aplicado, ento as medidasfitossanitrias para a importao no deveriam ser mais restritivas do que as medidas de controle oficial.

    O principal risco de introduo de pragas de plantas com envios importados de plantas e produtos vegetais, mas(especialmente para uma ARP realizada para uma praga especfica) necessrio considerar o risco de introduo comoutros tipos de vias de ingresso (por exemplo, materiais de embalagem, meios de transporte, viajantes e suas bagagens, ea disseminao natural de uma praga).

    As medidas citadas abaixo so exemplos daquelas que so aplicadas mais frequentemente aos produtos bsicoscomercializados. Elas so aplicadas s vias de ingresso, normalmente envios de um hospedeiro, de uma origemespecfica. As medidas deveriam ser to especficas quanto possvel ao tipo de envio (hospedeiros, partes de plantas) e origem, de modo a no atuarem como barreiras ao comrcio pela limitao importao de produtos onde isso no

    justificado. Combinaes de duas ou mais medidas podem ser necessrias para reduzir o risco a um nvel aceitvel. Asmedidas disponveis podem ser classificadas em categorias gerais, relacionadas ao status da praga na via de ingresso nopas de origem. Essas medidas incluem:

    - aplicadas ao envio- aplicadas para evitar ou reduzir a infestao original do cultivo- para garantir que a rea ou lugar de produo est livre da praga- relacionadas proibio de produtos bsicos.

    Outras opes podem surgir na rea de ARP (restries no uso de um produto bsico), medidas de controle, introduode um agente de controle biolgico, erradicao e conteno. Tais opes tambm deveriam ser avaliadas e seroaplicadas, em particular, se a praga j est presente, mas no amplamente distribuda na rea de ARP.

    3.4.1 Opes para os envios

    As medidas podem incluir quaisquer combinaes das seguintes:

    - inspeo ou anlise para ausncia de uma praga ou para uma tolerncia especificada; o tamanho da amostradeveria ser adequado para dar uma probabilidade aceitvel de deteco da praga

    - proibio de partes do hospedeiro- um sistema de quarentena de pr ou ps entrada esse sistema poderia ser considerado a forma mais intensiva

    de inspeo ou anlise quando instalaes e recursos adequados esto disponveis e pode ser a nica opo paracertas pragas no detectveis na entrada

    - condies especficas de preparao do envio (por exemplo, manipulao para prevenir infestao oureinfestao)

    - tratamento especfico do envio - tais tratamentos so aplicados aps a colheita e poderiam incluir mtodos

    qumicos, trmicos, irradiao ou outros mtodos fsicos- restries ao uso final, distribuio e aos perodos de entrada do produto bsico.

  • 8/12/2019 NIMF_11_2004_PT_0. ANLISE DE RISCO DE PRAGAS PARA PRAGAS QUARENTENRIAS

    21/27

    Anlise de risco de pragas para pragas quarentenrias, incluindo anlise de riscos ambientais e de organismos vivos modificados

    NIMF N 11

    Normas Internacionais para Medidas Fitossanitrias 21

    As medidas tambm podem ser aplicadas para restringir a importao de envios de pragas.

    S1 O conceito de envios de pragas pode ser aplicado importao de plantas consideradas pragas. Esses envios podem serrestritos a espcies ou variedades que apresentem menos risco.

    S2 Para OVMs, como para outros organismos, as informaes podem ter sido obtidas com relao s medidas de manejo derisco aplicadas ao OVM no pas exportador (ver seo 1.3). Essas deveriam ser avaliadas para determinar se elas so

    apropriadas para as condies na rea de ARP e, se for conveniente, para o uso proposto.

    S2 Para OVMs, as medidas tambm podem incluir procedimentos para o fornecimento de informaes sobre a integridadefitossanitria dos envios (por exemplo, sistemas de rastreabilidade, sistemas de documentao, sistemas de preservaode identidade).

    3.4.2 Opes para prevenir ou reduzir a infestao no cultivo

    As medidas podem incluir:

    - tratamento do cultivo, campo ou lugar de produo- restrio da composio de um envio, de modo que seja constitudo por plantas pertencentes a espcies

    resistentes ou menos suscetveis- cultivo de plantas sob condies especialmente protegidas (estufa, isolamento)

    - colheita das plantas em uma determinada idade ou em uma poca especfica do ano- produo em um sistema de certificao. Um sistema de produo vegetal monitorado oficialmente envolvenormalmente um nmero de geraes cuidadosamente controladas, iniciando com matrizes nucleares de plantasde elevado status sanitrio. Pode ser especificado que as plantas sejam derivadas de plantas dentro de umnmero limitado de geraes.

    S2 As medidas podem ser aplicadas para reduzir a probabilidade que OVMs (ou material gentico dos OVMs) queapresentem um risco fitossanitrio poderiam estar em outros cultivos. Essas incluem:- sistemas de manejo (por exemplo, zonas tampo, refgios)- manejo da expresso da caracterstica- controle da capacidade reprodutiva (por exemplo, macho estril)- controle de hospedeiros alternativos.

    3.4.3 Opes para garantir que a rea, lugar ou local de produo ou cultivo esto livres da pragaAs medidas podem incluir:

    - rea livre de pragas - requisitos para o status de rea livre de pragas esto descritos na NIMF N 4:Requisitospara o estabelecimento de reas livres de pragas

    - lugar de produo livre de praga ou local de produo livre de praga - requisitos esto descritos na NIMF N10:Requisitos para o estabelecimento de lugares de produo livres de pragas e locais de produo livres depragas

    - inspeo do cultivo para confirmar a ausncia de pragas.

    3.4.4 Opes para outros tipos de vias de ingresso

    Para muitos tipos de vias de ingresso, as medidas consideradas acima para plantas e produtos vegetais para detectar apraga no envio ou para evitar a infestao do envio, tambm podem ser utilizadas ou adaptadas. Para certos tipos de viasde ingresso, os seguintes fatores deveriam ser considerados:

    - Disseminao natural de uma praga inclui a movimentao da praga pelo vo, disperso pelo vento, transportepor vetores, tais como insetos ou pssaros e a migrao natural. Se a praga est entrando na rea de ARP pordisseminao natural ou tem a possibilidade de entrar no futuro imediato, as medidas fitossanitrias podem terpouco efeito. As medidas de controle aplicadas na rea de origem poderiam ser consideradas. Da mesma forma,poderia ser considerada a conteno ou erradicao, apoiada pela supresso e vigilncia, na rea de ARP aps aentrada da praga.

    - As medidas para viajantes e suas bagagens poderiam incluir inspees direcionadas, publicidade e multas ouincentivos. Em poucos casos, tratamentos podem ser possveis.

    - O maquinrio ou meios de transporte contaminados (barcos, trens, avies, transporte rodovirio) poderiamestar sujeitos limpeza ou desinfestao.

    3.4.5 Opes dentro do pas importadorCertas medidas aplicadas dentro do pas importador tambm podem ser usadas. Essas poderiam incluir a vigilnciacuidadosa para buscar e detectar a entrada de pragas to cedo quanto possvel, programas de erradicao para eliminar

  • 8/12/2019 NIMF_11_2004_PT_0. ANLISE DE RISCO DE PRAGAS PARA PRAGAS QUARENTENRIAS

    22/27

    NIMF N 11

    Anlise de risco de pragas para pragas quarentenrias, incluindo anlise de riscos ambientais e de organismos vivos modificados

    22 Normas Internacionais para Medidas Fitossanitrias

    qualquer foco de infestao e/ou aes de conteno para limitar a disseminao.

    S1 Para as plantas a serem importadas, quando h um alto nvel de incerteza relacionado ao risco de pragas, pode serdecidido pela no adoo de medidas fitossanitrias na importao, mas somente pela aplicao da vigilncia ou outroprocedimento aps a entrada (por exemplo, pela ONPF ou sob sua superviso).

    S2 O potencial de risco de pragas OVM depende, em parte, de seu uso proposto. Como para outros organismos, alguns

    usos propostos (tais como uso em conteno de alta segurana) podem manejar o risco significativamente.

    S2 Para OVMs, como para outras pragas, as opes dentro do pas tambm incluem o uso de medidas emergenciaisrelacionadas aos riscos fitossanitrios. Quaisquer medidas emergenciais deveriam estar de acordo com o Artigo VII.6 daCIPV (1997).

    3.4.6 Proibio de produtos bsicos

    Se nenhuma medida satisfatria para reduzir o risco a um nvel aceitvel pode ser encontrada, a opo final pode serproibir a importao dos produtos bsicos em questo. Isso deveria ser visto como uma medida de ltima opo edeveria ser considerada tendo em vista a eficcia prevista, especialmente nos casos onde os incentivos para importaesilegais podem ser significativos.

    3.5 Certificados fitossanitrios e outras medidas de conformidadeO manejo do risco inclui a considerao de procedimentos apropriados de conformidade. O mais importante deles acertificao para exportao (ver NIMF N 7: Sistema de certificao para exportaes). A emisso de certificadosfitossanitrios (ver NIMF N 12: Diretrizes para Certificados Fitossanitrios) fornece garantia oficial de que um envio "considerado estar livre de pragas quarentenrias especificadas pela parte contratante importadora e conforme com osrequisitos fitossanitrios vigentes da parte contratante importadora." Isso ento confirma que as opes de manejo dorisco especificadas foram seguidas. Uma declarao adicional pode ser solicitada para indicar que uma medidaespecfica tenha sido aplicada. Outras medidas de conformidade podem ser usadas, sujeitas a acordos bilaterais oumultilaterais.

    S2 As informaes nos Certificados Fitossanitrios com relao aos OVMs (como qualquer outro artigo regulamentado)deveriam estar relacionadas somente s medidas fitossanitrias (ver NIMF N 12: Diretrizes para certificados

    fitossanitrios).3.6 Concluso do Manejo do Risco de Pragas

    O resultado do procedimento de manejo do risco de pragas ser que nenhuma medida foi identificadas comoapropriadas ou que a seleo de uma ou mais opes de manejo foi considerada para reduzir o risco associado (s)praga(s) a um nvel aceitvel. Essas opes de manejo formam a base das regulamentaes ou requisitos fitossanitrios.

    A aplicao e manuteno de tais regulamentaes est sujeita a certas obrigaes, no caso das partes contratantes daCIPV.

    S1 As medidas fitossanitrias aplicadas em relao aos perigos ambientais deveriam como apropriado, ser notificadas srespectivas autoridades competentes responsveis pelas polticas de biodiversidade nacional, estratgias e planos deao.

    S1 observado que a comunicao dos riscos associados aos perigos ambientais de suma importncia para promover aconscientizao.

    3.6.1 Monitoramento e reviso das medidas fitossanitrias

    O princpio da "modificao" estabelece: "Como as condies mudam e como fatos novos tornam-se disponveis, asmedidas fitossanitrias devero ser prontamente modificadas, seja pela incluso de proibies, restries ou requisitosnecessrios ao seu sucesso, ou pela remoo daquelas consideradas desnecessrias" (NIMF N 1: Princpios dequarentena vegetal relacionadas ao comrcio internacional).

    Assim, a implementao de determinadas medidas fitossanitrias no deveria ser considerada permanente. Aps aaplicao, o sucesso das medidas em alcanar seu objetivo deveria ser determinado pelo monitoramento durante o uso.

    Isso frequentemente obtido pela inspeo do produto bsico na chegada, observando quaisquer interceptaes ouquaisquer entradas de pragas na rea de ARP. As informaes de apoio anlise de risco de pragas deveriam serrevisadas periodicamente para garantir que qualquer nova informao que se torne disponvel no invalide a decisotomada.

  • 8/12/2019 NIMF_11_2004_PT_0. ANLISE DE RISCO DE PRAGAS PARA PRAGAS QUARENTENRIAS

    23/27

    Anlise de risco de pragas para pragas quarentenrias, incluindo anlise de riscos ambientais e de organismos vivos modificados

    NIMF N 11

    Normas Internacionais para Medidas Fitossanitrias 23

    4. Documentao da Anlise de Risco de Pragas

    4.1 Requisitos da documentao

    A CIPV e o princpio da "transparncia" (NIMF N 1: Princpios de quarentena vegetal relacionados ao comrciointernacional) requerem que os pases deveriam, a pedido, disponibilizar as razes para os requisitos fitossanitrios.Todo o processo, do incio ao manejo de risco de pragas, deveria ser suficientemente documentado, de modo quequando ocorra uma reviso ou uma diferena de opinio, as fontes de informao e as razes usadas para obter deciso

    de manejo possam ser claramente demonstradas.

    Os principais elementos da documentao so:

    - finalidade da ARP- praga, lista de pragas, vias de ingresso, rea de ARP, rea em perigo- fontes de informao- lista de pragas categorizadas- concluses da avaliao de risco

    probabilidade consequncias

    - manejo de risco opes identificadas

    - opes selecionadas.

  • 8/12/2019 NIMF_11_2004_PT_0. ANLISE DE RISCO DE PRAGAS PARA PRAGAS QUARENTENRIAS

    24/27

    NIMF N 11

    Anlise de risco de pragas para pragas quarentenrias, incluindo anlise de riscos ambientais e de organismos vivos modificados

    24 Normas Internacionais para Medidas Fitossanitrias

    S1 ANEXO 1

    COMENTRIOS SOBRE O ESCOPO DA CIPV COM RELAO AOS RISCOS AMBIENTAIS

    A gama completa de pragas coberta pela CIPV estende-se alm das pragas que afetam diretamente as plantas cultivadas.A cobertura da definio da CIPV para pragas de plantas inclui plantas nocivas e outras espcies que tm efeitos

    indiretos sobre as plantas, e a Conveno se aplica proteo da flora silvestre. O escopo da CIPV tambm se estende aorganismos que so pragas porque eles:

    - afetam diretamente plantas no cultivadas/no manejadasA introduo dessas pragas pode ter poucas consequncias comerciais e, por isso, elas tm menos probabilidade deserem avaliadas, regulamentadas e/ou colocadas sob controle oficial. Um exemplo desse tipo de praga a doena doolmo holands (Ophiostoma novo-ulmi).

    - afetam indiretamente as plantasAlm das pragas que afetam diretamente as plantas hospedeiras, existem aquelas, como a maioria das plantasnocivas/invasoras, que afetam as plantas principalmente por outros processos, tais como competio (por exemplo, paraplantas cultivadas: cardo-canadense (Cirsium arvense) [planta nociva dos cultivos agrcolas], ou para plantas no

    cultivadas/no manejadas: salicria (Lythrum salicaria) [competidor em habitats naturais e semi-naturais]).

    - afetam indiretamente as plantas por meio dos efeitos sobre outros organismos.Algumas pragas podem afetar principalmente outros organismos, mas, dessa maneira, causam