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CONHECENDO A CAMARA DE MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM DO CREA RS EDIÇÃO 2008 1 CONHECENDO A CMA DO CREA-RS EDIÇÃO 2008

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CONHECENDO A CAMARA DE MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM DO CREA RS – EDIÇÃO 2008 1

CONHECENDO A CMA

DO CREA-RS

EDIÇÃO 2008

CONHECENDO A CAMARA DE MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM DO CREA RS – EDIÇÃO 2008 2

Í N D I C E

1. LEGISLAÇÃO

1.1. Lei n°9307, de 23 de Setembro de 1996............................................................................5

2. DECISÕES PLENÁRIAS

2.1. PL/RS – 039/2001 – Decisão do Plenário do CREA-RS...................................................14

2.2 PL/RS – 057/2003 – Decisão do Plenário do CREA-RS ...................................................16

2.3 PL/RS – 016/2008 – Decisão do Plenário do CREA-RS....................................................17

3. REGULAMENTOS

3.1. Regulamento de ARBITRAGEM da CMA do CREA-RS ..................................................18

3.2. Regulamento de MEDIAÇÃO da CMA do CREA-RS........................................................31

3.3. Regulamento de ARBITRAGEM EXPEDITA.....................................................................34

4. CÓDIGO DE CONDUTA ÉTICA

4.1 Código de Conduta Ética dos ÁRBITROS da CMA do CREA-RS .....................................38

4.2. Código de Conduta Ética dos MEDIADORES da CMA do CREA-RS...............................42

5. REGIMENTO INTERNO

5.1. Regimento Interno da CMA do CREA-RS ........................................................................45

6. ATOS REGIMENTAIS

6.1. Ato Regimental CMA CREA–RS N° 01, de 22/11/2002....................................................48

6.2. Ato Regimental CMA CREA–RS N° 02, de 28/10/2004....................................................49

6.3. Ato Regimental CMA CREA–RS N° 03, de 28/10/2004....................................................50

6.4. Ato Regimental CMA CREA–RS N° 04, de 18/08/2005....................................................51

6.5. Ato Regimental CMA CREA–RS N° 05, de 08/09/2005....................................................52

7. DOCUMENTOS UTILIZADOS PELA SECRETARIA DA CMA

7.1. Requerimento Protocolo – Mediação e Arbitragem..........................................................54

7.2. Requerimento de ARBITRAGEM......................................................................................55

7.3. Convite de ARBITRAGEM................................................................................................56

7.4. Convocação para Firmar Termo de Compromisso Arbitral..............................................58

7.5. Notificação de Arquivamento...........................................................................................59

7.6. Termo de Compromisso ARBITRAL................................................................................60

7.7. Indicação de ÁRBITRO....................................................................................................62

7.8. Termo de Aceitação de ÁRBITRO...................................................................................63

7.9. Convocação da Audiência de CONCILIAÇÃO.................................................................64

7.10. Requerimento de MEDIAÇÃO........................................................................................65

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7.11. Termo de Compromisso de MEDIAÇÃO..................................................................66

7.12. Indicação de MEDIADOR.........................................................................................68

7.13. Termo de Aceitação de MEDIADOR........................................................................69

7.14. Termo de Encerramento de Mediação COM Acordo...............................................70

7.15. Termo de Encerramento de Mediação SEM Acordo................................................71

CONHECENDO A CAMARA DE MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM DO CREA RS – EDIÇÃO 2008 4

A Câmara de Mediação e Arbitragem do CREA RS nasceu da determinação de um

grupo de profissionais que acreditou que poderia fazer mais pela classe e pela

sociedade e, principalmente colaborar para um novo paradigma nas relações

contratuais baseado no Instituto da Arbitragem que agora estava sedimentado pela

Lei N° 9.307, de 23 de Setembro de 1996.

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1 LEGISLAÇÃO

1.1 - LEI N° 9.307, DE 23 DE SETEMBRO DE 1996.

D.O.U.: 23.09.1996 Dispõe sobre a arbitragem.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1° As pessoas capazes de contratar poderão valer-se da arbitragem para dirimir litígios relativos a direitos patrimoniais disponíveis. Art. 2° A arbitragem poderá ser de direito ou de eqüidade, a critério das partes. 1° Poderão as partes escolher, livremente, as regras de direito que serão aplicadas na arbitragem, desde que não haja violação aos bons costumes e à ordem pública. 2° Poderão, também, as partes, convencionar que a arbitragem se realize com base nos princípios gerais de direito, nos usos e costumes e nas regras internacionais de comércio.

CAPÍTULO II DA CONVENÇÃO DE ARBITRAGEM E SEUS EFEITOS

Art. 3° As partes interessadas podem submeter a solução de seus litígios ao juízo arbitral mediante convenção de arbitragem, assim entendida a cláusula compromissória e o compromisso arbitral. Art. 4° A cláusula compromissória é a convenção através da qual, as partes em um contrato comprometem-se a submeter à arbitragem os litígios que possam vir a surgir, relativamente a tal contrato. 1° A cláusula compromissória deve ser estipulada por escrito, podendo estar inserta no próprio contrato ou em documento apartado que a ele se refira. 2° Nos contratos de adesão, a cláusula compromissória só terá eficácia se o aderente tomar a iniciativa de instituir a arbitragem ou concordar, expressamente, com a sua instituição, desde que por escrito em documento anexo ou em negrito, com a assinatura ou visto especialmente para essa cláusula. Art. 5° Reportando-se as partes, na cláusula compromissória, às regras de algum órgão arbitral institucional ou entidade especializada, a arbitragem será instituída e processada de acordo com tais regras, podendo, igualmente, as partes estabelecer na própria cláusula, ou em outro documento, a forma convencionada para a instituição da arbitragem. Art. 6° Não havendo acordo prévio sobre a forma de instituir a arbitragem, a parte interessada manifestará à outra parte sua intenção de dar início à arbitragem, por via

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postal ou por outro meio qualquer de comunicação, mediante comprovação de recebimento, convocando-a para, em dia, hora e local certos, firmar o compromisso arbitral. Parágrafo único. Não comparecendo a parte convocada ou, comparecendo, recusar-se a firmar o compromisso arbitral, poderá a outra parte propor a demanda de que trata o art. 7° desta Lei, perante o órgão do Poder Judiciário a que, originariamente, tocaria o julgamento da causa. Art. 7° Existindo cláusula compromissória e havendo resistência quanto à instituição da arbitragem, poderá a parte interessada requerer a citação da outra parte para comparecer em juízo a fim de lavrar-se o compromisso, designando o juiz audiência especial para tal fim. 1° O autor indicará, com precisão, o objeto da arbitragem, instruindo o pedido com o documento que contiver a cláusula compromissória. 2° Comparecendo as partes à audiência, o juiz tentará, previamente, a conciliação acerca do litígio. Não obtendo sucesso, tentará o juiz conduzir as partes à celebração, de comum acordo, do compromisso arbitral. 3° Não concordando as partes sobre os termos do compromisso, decidirá o juiz, após ouvir o réu, sobre seu conteúdo, na própria audiência ou no prazo de dez dias, respeitadas as disposições da cláusula compromissória e atendendo ao disposto nos arts. 10 e 21, § 2°, desta Lei. 4° Se a cláusula compromissória nada dispuser sobre a nomeação de árbitros, caberá ao juiz, ouvidas as partes, estatuir a respeito, podendo nomear árbitro único para a solução do litígio. 5° A ausência do autor, sem justo motivo, à audiência designada para a lavratura do compromisso arbitral, importará a extinção do processo sem julgamento de mérito. 6° Não comparecendo o réu à audiência, caberá ao juiz, ouvido o autor, estatuir a respeito do conteúdo do compromisso, nomeando árbitro único. 7° A sentença que julgar procedente o pedido valerá como compromisso arbitral. Art. 8° A cláusula compromissória é autônoma em relação ao contrato em que estiver inserta, de tal sorte que a nulidade deste não implica, necessariamente, a nulidade da cláusula compromissória. Parágrafo único: Caberá ao árbitro decidir de ofício, ou por provocação das partes, as questões acerca da existência, validade e eficácia da convenção de arbitragem e do contrato que contenha a cláusula compromissória. Art. 9° O compromisso arbitral é a convenção através da qual as partes submetem um litígio à arbitragem de uma ou mais pessoas, podendo ser judicial ou extrajudicial. 1° O compromisso arbitral judicial celebrar-se-á por termo nos autos, perante o juízo ou tribunal, onde tem curso a demanda. 2° O compromisso arbitral extrajudicial será celebrado por escrito particular, assinado por duas testemunhas, ou por instrumento público. Art. 10. Constará, obrigatoriamente, do compromisso arbitral:

I - o nome, profissão, estado civil e domicílio das partes; II - o nome, profissão e domicílio do árbitro, ou dos árbitros, ou, se for o caso, a

identificação da entidade à qual as partes delegaram a indicação de árbitros;

III - a matéria que será objeto da arbitragem; e

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IV - o lugar em que será proferida a sentença arbitral. Art. 11. Poderá, ainda, o compromisso arbitral conter:

I - local, ou locais, onde se desenvolverá a arbitragem; II - a autorização para que o árbitro ou os árbitros julguem por eqüidade, se

assim for convencionado pelas partes; III - o prazo para apresentação da sentença arbitral; IV - a indicação da lei nacional ou das regras corporativas aplicáveis à

arbitragem, quando assim convencionarem as partes; V - a declaração da responsabilidade pelo pagamento dos honorários e das

despesas com a arbitragem; e VI - a fixação dos honorários do árbitro, ou dos árbitros.

Parágrafo único: Fixando as partes os honorários do árbitro, ou dos árbitros, no compromisso arbitral, este constituirá título executivo extrajudicial; não havendo tal estipulação, o árbitro requererá ao órgão do Poder Judiciário que seria competente para julgar, originariamente, a causa que os fixe por sentença. Art. 12. Extingue-se o compromisso arbitral:

I - escusando-se qualquer dos árbitros, antes de aceitar a nomeação, desde que as partes tenham declarado, expressamente, não aceitar substituto;

II - falecendo ou ficando impossibilitado de dar seu voto algum dos árbitros, desde que as partes declarem, expressamente, não aceitar substituto; e

III - tendo expirado o prazo a que se refere o art. 11, inciso III, desde que a parte interessada tenha notificado o árbitro, ou o presidente do tribunal arbitral, concedendo-lhe o prazo de dez dias para a prolação e apresentação da sentença arbitral.

CAPÍTULO III

DOS ÁRBITROS Art. 13 Pode ser árbitro qualquer pessoa capaz e que tenha a confiança das partes. § 1° As partes nomearão um ou mais árbitros, sempre em número ímpar, podendo nomear, também, os respectivos suplentes. § 2° Quando as partes nomearem árbitros em número par, estes estão autorizados, desde logo, a nomear mais um árbitro. Não havendo acordo, requererão as partes ao órgão do Poder Judiciário a que tocaria, originariamente, o julgamento da causa a nomeação do árbitro, aplicável, no que couber, o procedimento previsto no art. 7° desta Lei. § 3° As partes poderão, de comum acordo, estabelecer o processo de escolha dos árbitros, ou adotar as regras de um órgão arbitral institucional ou entidade especializada. § 4° Sendo nomeados vários árbitros, estes, por maioria, elegerão o presidente do tribunal arbitral. Não havendo consenso, será designado presidente o mais idoso. § 5° O árbitro ou o presidente do tribunal designará, se julgar conveniente, um secretário, que poderá ser um dos árbitros. § 6° No desempenho de sua função, o árbitro deverá proceder com imparcialidade, independência, competência, diligência e discrição. § 7° Poderá o árbitro ou o tribunal arbitral determinar às partes o adiantamento de verbas para despesas e diligências que julgar necessárias.

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Art. 14. Estão impedidos de funcionar como árbitros as pessoas que tenham, com as partes ou com o litígio que lhes for submetido, algumas das relações que caracterizam os casos de impedimento ou suspeição de juízes, aplicando-se-lhes, no que couber, os mesmos deveres e responsabilidades, conforme previsto no Código de Processo Civil. 1° As pessoas indicadas para funcionar como árbitro têm o dever de revelar, antes da aceitação da função, qualquer fato que denote dúvida justificada quanto à sua imparcialidade e independência. 2° O árbitro somente poderá ser recusado por motivo ocorrido após sua nomeação. Poderá, entretanto, ser recusado por motivo anterior à sua nomeação, quando: a) não for nomeado, diretamente, pela parte; ou b) o motivo para a recusa do árbitro for conhecido posteriormente à sua nomeação. Art. 15. A parte interessada em argüir a recusa do árbitro apresentará, nos termos do art. 20, a respectiva exceção, diretamente ao árbitro ou ao presidente do tribunal arbitral, deduzindo suas razões e apresentando as provas pertinentes. Parágrafo único. Acolhida a exceção, será afastado o árbitro suspeito ou impedido, que será substituído, na forma do art. 16 desta Lei. Art. 16. Se o árbitro escusar-se antes da aceitação da nomeação, ou, após a aceitação, vier a falecer, tornar-se impossibilitado para o exercício da função, ou for recusado, assumirá seu lugar o substituto indicado no compromisso, se houver. 1° Não havendo substituto indicado para o árbitro, aplicar-se-ão as regras do órgão arbitral institucional ou entidade especializada, se as partes as tiverem invocado na convenção de arbitragem. 2° Nada dispondo a convenção de arbitragem e não chegando as partes a um acordo sobre a nomeação do árbitro a ser substituído, procederá a parte interessada da forma prevista no art. 7º desta Lei, a menos que as partes tenham declarado, expressamente, na convenção de arbitragem, não aceitar substituto. Art. 17. Os árbitros, quando no exercício de suas funções ou em razão delas, ficam equiparados aos funcionários públicos, para os efeitos da legislação penal. Art. 18. O árbitro é juiz de fato e de direito, e a sentença que proferir não fica sujeita a recurso ou a homologação pelo Poder Judiciário.

CAPÍTULO IV DO PROCEDIMENTO ARBITRAL

Art. 19. Considera-se instituída a arbitragem quando aceita a nomeação pelo árbitro, se for único, ou por todos, se forem vários. Parágrafo único. Instituída a arbitragem e entendendo o árbitro ou o tribunal arbitral que há necessidade de explicitar alguma questão disposta na convenção de arbitragem, será elaborado, juntamente com as partes, um adendo, firmado por todos, que passará a fazer parte integrante da convenção de arbitragem. Art. 20. A parte que pretender argüir questões relativas à competência, suspeição ou impedimento do árbitro ou dos árbitros, bem como nulidade, invalidade ou ineficácia da convenção de arbitragem, deverá fazê-lo na primeira oportunidade que tiver de se manifestar, após a instituição da arbitragem.

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1° Acolhida a argüição de suspeição ou impedimento, será o árbitro substituído nos termos do art. 16 desta Lei, reconhecida a incompetência do árbitro ou do tribunal arbitral, bem como a nulidade, invalidade ou ineficácia da convenção de arbitragem, serão as partes remetidas ao órgão do Poder Judiciário competente para julgar a causa. 2° Não sendo acolhida a argüição, terá normal prosseguimento a arbitragem, sem prejuízo de vir a ser examinada a decisão pelo órgão do Poder Judiciário competente, quando da eventual propositura da demanda de que trata o art. 33 desta Lei. Art. 21. A arbitragem obedecerá ao procedimento estabelecido pelas partes na convenção de arbitragem, que poderá reportar-se às regras de um órgão arbitral institucional ou entidade especializada, facultando-se, ainda, às partes delegar ao próprio árbitro, ou ao tribunal arbitral, regular o procedimento. 1° Não havendo estipulação acerca do procedimento, caberá ao árbitro ou ao tribunal arbitral discipliná-lo. 2° Serão, sempre, respeitados no procedimento arbitral os princípios do contraditório, da igualdade das partes, da imparcialidade do árbitro e de seu livre convencimento. 3° As partes poderão postular por intermédio de advogado, respeitada, sempre, a faculdade de designar quem as represente ou assista no procedimento arbitral. 4° Competirá ao árbitro ou ao tribunal arbitral, no inicio do procedimento, tentar a conciliação das partes, aplicando-se, no que couber, o art. 28 desta Lei. Art. 22. Poderá o árbitro ou o tribunal arbitral tomar o depoimento das partes, ouvir testemunhas e determinar a realização de perícias ou outras provas que julgar necessárias, mediante requerimento das partes ou de ofício. 1° O depoimento das partes e das testemunhas será tomado em local, dia e hora previamente comunicados, por escrito, e reduzido a termo, assinado pelo depoente, ou a seu rogo, e pelos árbitros. 2° Em caso de desatendimento, sem justa causa, da convocação para prestar depoimento pessoal, o árbitro ou o tribunal arbitral levará em consideração o comportamento da parte faltosa, ao proferir sua sentença; se a ausência for de testemunha, nas mesmas circunstâncias, poderá o árbitro ou o presidente do tribunal arbitral requerer à autoridade judiciária que conduza a testemunha renitente, comprovando a existência da convenção de arbitragem. 3° A revelia da parte não impedirá que seja proferida a sentença arbitral. 4° Ressalvado o disposto no § 2°, havendo necessidade de medidas coercitivas ou cautelares, os árbitros poderão solicitá-las ao órgão do Poder Judiciário que seria, originariamente, competente para julgar a causa. 5° Se, durante o procedimento arbitral, um árbitro vier a ser substituído fica a critério do substituto, repetir as provas já produzidas.

CAPÍTULO V DA SENTENÇA ARBITRAL

Art. 23. A sentença arbitral será proferida no prazo estipulado pelas partes. Nada tendo sido convencionado, o prazo para a apresentação da sentença é de seis meses, contado da instituição da arbitragem ou da substituição do árbitro. Parágrafo único. As partes e os árbitros, de comum acordo, poderão prorrogar o prazo estipulado.

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Art. 24. A decisão do árbitro ou dos árbitros será expressa em documento escrito. § 1° Quando forem vários os árbitros, a decisão será tomada por maioria. Se não houver acordo majoritário, prevalecerá o voto do presidente do tribunal arbitral. § 2º O árbitro que divergir da maioria poderá, querendo, declarar seu voto em separado. Art. 25. Sobrevindo no curso da arbitragem controvérsia acerca de direitos indisponíveis e verificando-se que de sua existência, ou não, dependerá o julgamento, o árbitro ou o tribunal arbitral remeterá as partes à autoridade competente do Poder Judiciário, suspendendo o procedimento arbitral. Parágrafo único. Resolvida a questão prejudicial e juntada aos autos a sentença ou acórdão transitado em julgado, terá normal seguimento a arbitragem. Art. 26. São requisitos obrigatórios da sentença arbitral:

I - o relatório, que conterá os nomes das partes e um resumo do litígio; II - os fundamentos da decisão, onde serão analisadas as questões de fato e de

direito, mencionando-se, expressamente, se os árbitros julgaram por eqüidade;

III - o dispositivo, em que os árbitros resolverão as questões que lhes forem submetidas e estabelecerão o prazo para o cumprimento da decisão, se for o caso; e

IV - a data e o lugar em que foi proferida. Parágrafo único. A sentença arbitral será assinada pelo árbitro ou por todos os árbitros. Caberá ao presidente do tribunal arbitral, na hipótese de um ou alguns dos árbitros não poder ou não querer assinar a sentença, certificar tal fato. Art. 27. A sentença arbitral decidirá sobre a responsabilidade das partes acerca das custas e despesas com a arbitragem, bem como sobre verba decorrente de litigância de má-fé, se for o caso, respeitadas as disposições da convenção de arbitragem, se houver. Art. 28. Se, no decurso da arbitragem, as partes chegarem a acordo quanto ao litígio, o árbitro ou o tribunal arbitral poderá, a pedido das partes, declarar tal fato mediante sentença arbitral, que conterá os requisitos do art. 26 desta Lei. Art. 29. Proferida a sentença arbitral, dá-se por finda a arbitragem, devendo o árbitro, ou o presidente do tribunal arbitral, enviar cópia da decisão às partes, por via postal ou por outro meio qualquer de comunicação, mediante comprovação de recebimento, ou, ainda, entregando-a diretamente às partes, mediante recibo. Art. 30. No prazo de cinco dias, a contar do recebimento da notificação ou da ciência pessoal da sentença arbitral, a parte interessada, mediante comunicação à outra parte, poderá solicitar ao árbitro ou ao tribunal arbitral que:

I - corrija qualquer erro material da sentença arbitral; II - esclareça alguma obscuridade, dúvida ou contradição da sentença arbitral,

ou se pronuncie sobre ponto omitido a respeito do qual devia manifestar-se a decisão.

Parágrafo único. O árbitro ou o tribunal arbitral decidirá, no prazo de dez dias, aditando a sentença arbitral e notificando as partes na forma do art. 29.

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Art. 31 A sentença arbitral produz, entre as partes e seus sucessores, os mesmos efeitos da sentença proferida pelos órgãos do Poder Judiciário e, sendo condenatória, constitui título executivo. Art. 32. É nula a sentença arbitral se:

I - for nulo o compromisso; II - emanou de quem não podia ser árbitro; III - não contiver os requisitos do art. 26 desta Lei; IV - for proferida fora dos limites da convenção de arbitragem; V - não decidir todo o litígio submetido à arbitragem; VI - comprovado que foi proferida por prevaricação, concussão ou corrupção

passiva; VII - proferida fora do prazo, respeitado o disposto no art. 12, inciso III, desta

Lei; e VIII - forem desrespeitados os princípios de que trata o art. 21, § 2°, desta Lei.

Art. 33. A parte interessada poderá pleitear ao órgão do Poder Judiciário competente a decretação da nulidade da sentença arbitral, nos casos previstos nesta Lei. 1° A demanda para a decretação de nulidade da sentença arbitral seguirá o procedimento comum, previsto no Código de Processo Civil, e deverá ser proposta no prazo de até noventa dias após o recebimento da notificação da sentença arbitral ou de seu aditamento. 2° A sentença que julgar procedente o pedido:

I - decretará a nulidade da sentença arbitral, nos casos do art. 32, incisos I, II, VI, VII e VIII;

II - determinará que o árbitro ou o tribunal arbitral profira novo laudo, nas demais hipóteses.

3° A decretação da nulidade da sentença arbitral também poderá ser argüida mediante ação de embargos do devedor, conforme o art. 741 e seguintes do Código de Processo Civil, se houver execução judicial.

CAPÍTULO VI DO RECONHECIMENTO E EXECUÇÃO DE SENTENÇAS ARBITRAIS

ESTRANGEIRAS

Art. 34. A sentença arbitral estrangeira será reconhecida ou executada no Brasil de conformidade com os tratados internacionais com eficácia no ordenamento interno e, na sua ausência, estritamente de acordo com os termos desta Lei. Parágrafo único. Considera-se sentença arbitral estrangeira a que tenha sido proferida fora do território nacional. Art. 35. Para ser reconhecida ou executada no Brasil, a sentença arbitral estrangeira está sujeita, unicamente, à homologação do Supremo Tribunal Federal. Art. 36. Aplica-se à homologação para reconhecimento ou execução de sentença arbitral estrangeira, no que couber, o disposto nos arts. 483 e 484 do Código de Processo Civil. Art. 37. A homologação de sentença arbitral estrangeira será requerida pela parte interessada, devendo a petição inicial conter as indicações da lei processual,

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conforme o art. 282 do Código de Processo Civil, e ser instruída, necessariamente, com: I - o original da sentença arbitral ou uma cópia devidamente certificada, autenticada pelo consulado brasileiro e acompanhada de tradução oficial; II - o original da convenção de arbitragem ou cópia devidamente certificada, acompanhada de tradução oficial. Art. 38. Somente poderá ser negada a homologação para o reconhecimento ou execução de sentença arbitral estrangeira, quando o réu demonstrar que:

I - as partes na convenção de arbitragem eram incapazes; II - a convenção de arbitragem não era válida segundo a lei a qual as partes a

submeteram, ou, na falta de indicação, em virtude da lei do país onde a sentença arbitral foi proferida;

III - não foi notificado da designação do árbitro ou do procedimento de arbitragem, ou tenha sido violado o princípio do contraditório, impossibilitando a ampla defesa;

IV - a sentença arbitral foi proferida fora dos limites da convenção de arbitragem, e não foi possível separar a parte excedente daquela submetida à arbitragem;

V - a instituição da arbitragem não está de acordo com o compromisso arbitral ou cláusula compromissória;

VI - a sentença arbitral não se tenha, ainda, tornado obrigatória para as partes, tenha sido anulada, ou, ainda, tenha sido suspensa por órgão judicial do país onde a sentença arbitral for prolatada.

Art. 39. Também será denegada a homologação para o reconhecimento ou execução da sentença arbitral estrangeira, se o Supremo Tribunal Federal constatar que:

I - segundo a lei brasileira, o objeto do litígio não é suscetível de ser resolvido por arbitragem;

II - a decisão ofende a ordem pública nacional. Parágrafo único. Não será considerada ofensa à ordem pública nacional a efetivação da citação da parte residente ou domiciliada no Brasil, nos moldes da convenção de arbitragem ou da lei processual do país onde se realizou a arbitragem, admitindo-se, inclusive, a citação postal com prova inequívoca de recebimento, desde que assegure à parte brasileira tempo hábil para o exercício do direito de defesa. Art. 40. A denegação da homologação para reconhecimento ou execução de sentença arbitral estrangeira por vícios formais, não obsta que a parte interessada renove o pedido, uma vez sanados os vícios apresentados.

CAPÍTULO VII

DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 41. Os arts. 267, inciso VII; 301, inciso IX; e 584, inciso III, do Código de Processo Civil passam a ter a seguinte redação: "Art. 267 VII - pela convenção de arbitragem;" "Art. 301 IX - convenção de arbitragem;"

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"Art. 584. III - a sentença arbitral e a sentença homologatória de transação ou de conciliação;" Art. 42. O art. 520 do Código de Processo Civil passa a ter mais um inciso, com a seguinte redação: "Art. 520. VI - julgar procedente o pedido de instituição de arbitragem." Art. 43. Esta Lei entrará em vigor sessenta dias após a data de sua publicação. Art. 44. Ficam revogados os arts. 1.037 a 1.048 da Lei n° 3.071, de 1° de janeiro de 1916, Código Civil Brasileiro; os arts. 101 e 1.072 a 1.102 da Lei n° 5.869, de 11 de janeiro de 1973, Código de Processo Civil; e demais disposições em contrário. Brasília, 23 de setembro de 1996; 175° da Independência e 108° da República. FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Nelson A. Jobim

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2 DECISÕES PLENÁRIAS

2.1 – PL/RS-039/2001 - DECISÃO DO PLENÁRIO DO CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS

Decisão nº.: PL/RS-039/2001

Sessão: Plenária Ordinária nº 1.565

Data: 14 de setembro de 2001

Interessado: CREA/RS

Ementa: Aprova a criação da Câmara de Mediação e Arbitragem do CREA/RS, seus Regulamentos e os Códigos de Conduta Ética dos Árbitros e Mediadores.

O Plenário do CREA/RS, reunido ordinariamente na data supra, considerando o disposto na Lei n° 9.307, de 23 de setembro de 1996, que “Dispõe sobre a Arbitragem”; considerando que as Câmaras de Mediação e Arbitragem visam a servir as partes que manifestarem vontade de solucionar, amigavelmente, divergências e pendências judiciais ou extrajudiciais relativas a direitos patrimoniais disponíveis de qualquer valor, sobre os quais seja admitida transação; considerando a perspectiva de participação de profissionais do Sistema CONFEA/CREAs no processo de Mediação e Arbitragem; considerando que ante a relevância destes fatos, foi instituído no CREA-RS, por meio da Portaria n° 37, de 5 de maio de 2000, Grupo de Trabalho com a incumbência de estudar a forma de criação da Câmara de Mediação e Arbitragem do órgão; considerando que, concluído o estudo, este é trazido à consideração e deliberação do Colegiado, o Plenário DECIDIU, por 50 (cinqüenta) votos favoráveis e 1 (um) contrário, aprovar a criação da Câmara de Mediação e Arbitragem do CREA-RS e, por extensão, os respectivos Regulamentos e Códigos de Conduta Ética dos Árbitros e Mediadores, documentos elaborados pelo Grupo de Trabalho com base no Regulamento do CONIMA - Conselho Nacional das Instituições de Mediação e Arbitragem, relacionados a seguir: I) Regulamento de Arbitragem (composto de 22 capítulos e 26 artigos); II) Regulamento de Arbitragem Expedita (9 capítulos e 15 artigos); III) Regulamento de Mediação (10 capítulos e 21 artigos); IV) Código de Conduta Ética dos Árbitros (8 capítulos e 8 artigos) e V) Código de Conduta Ética dos Mediadores (6 capítulos e 6 artigos). Do teor dos documentos supramencionados, cujos respectivos exemplares estão juntados à presente Decisão, depreende-se, em linhas gerais, que a Câmara de Mediação e Arbitragem do CREA-RS zelará pelo procedimento arbitral, sendo constituída pela Coordenadoria, composta por Coordenador e Coordenador-Adjunto, indicados pelo presidente do CREA-RS e com mandato, de caráter honorífico, de 2 (dois) anos, sendo permitida uma recondução, e pelo Quadro de Mediadores e Árbitros. Integrarão também a Coordenadoria, um representante de Cada Câmara Especializada do CREA-RS, um representante de conselhos profissionais, entidades ou categorias profissionais não vinculadas ao CREA-RS que desejarem participar como convidados, e um representante do Quadro de Mediadores e Árbitros. Para utilizar a arbitragem, alternativa de resolução de conflitos, as partes deverão firmar

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uma convenção de arbitragem, via cláusula compromissória, que pode ser inserida no próprio contrato ou documento apartado, acordando que todas as controvérsias do contrato serão resolvidas definitivamente de acordo com o regulamento de mediação ou arbitragem da Câmara de Mediação e Arbitragem do CREA-RS, por um ou mais árbitros escolhidos pelas partes ou nomeados de conformidade com o regulamento específico.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.- -.-.-.-.-.-.- -.-.-.-.-.

Registre-se. Publique-se. Cumpra-se. Porto Alegre, 14 de setembro de 2001.

Arqº Edson Luis Dal Lago Presidente

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2.2 – PL/RS–057/2003 - DECISÃO DO PLENÁRIO DO CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS

Decisão Nº: PL/RS–057/2003

Sessão: Plenária Ordinária n. 1.593

Data: 7 de novembro de 2003

Interessado: CREA-RS.

Ementa: Aprova o Relatório Final com voto de vista do Grupo de Trabalho Encarregado da Revisão dos Instrumentos da Câmara de Mediação e Arbitragem do Crea-RS.

D E C I S Ã O O Plenário do CREA–RS, reunido ordinariamente na data supra, ao apreciar o Relatório Final do Grupo de Trabalho Encarregado da Revisão dos Instrumentos da Câmara de Mediação e Arbitragem do Crea-RS, instituído pela Portaria n. 032, de 28 de março de 2003, e o voto de vista do conselheiro Ivo Germano Hoffmann, adotado pelo Grupo de Consenso criado na Sessão Plenária Ordinária n. 1.592, de 10 de outubro de 2003, DECIDIU por 53 votos favoráveis, 1 contrário e 13 abstenções, aprovar o novo Regulamento de Arbitragem da Câmara de Mediação e Arbitragem do Crea-RS, de exemplar anexo, e, por extensão, os itens 2 a 6 do relatório do GT de Revisão dos Instrumentos, onde o organismo propõe: 1) a revogação do Regulamento de Arbitragem da Câmara de Mediação e Arbitragem anterior e do Regulamento de Arbitragem Expedita, aprovados na Sessão Plenária Ordinária n. 1.565, de 14 de setembro de 2001; e 2) a manutenção do Regulamento de Mediação da Câmara de Mediação e Arbitragem, do Código de Conduta Ética dos Árbitros e do Código de Conduta Ética dos Mediadores, aprovados pelo Plenário do Crea-RS na mesma sessão.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.- Registre-se. Divulgue-se. Cumpra-se. Porto Alegre, 7 de novembro de 2003. Eng° Agrônomo GUSTAVO ANDRÉ LANGE PRESIDENTE.

Serviço de Registro de Títulos e Documentos de Porto Alegre Av. Borges de Medeiros, 309/2º andar - fone: (51)32113666

Apresentado, protocolado e registrado em microfilme, nesta data, no Registro Integral de Títulos e Documentos sob nº. 1382929

Porto Alegre, 13 janeiro de 2004.

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2.3 - PL/RS–016/2008 - DECISÃO DO PLENÁRIO DO CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS

Decisão Nº: PL/RS–016/2008

Sessão: Plenária Ordinária n. 1.649

Data: 14 de março de 2008.

Interessado: Plenário do Crea-RS.

Ementa: Recompõe a Câmara de Mediação e Arbitragem do Crea-RS – CMA.

D E C I S Ã O O PLENÁRIO DO CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS, reunido ordinariamente em Porto Alegre (RS), considerando o estabelecido no art. 4º do Regulamento de Arbitragem da Câmara de Mediação e Arbitragem do Crea-RS, que trata da composição de sua coordenadoria, DECIDIU, por unanimidade, aprovar a indicação dos nomes dos seguintes conselheiros regionais para integrar o organismo arbitral, com mandatos até 31 de dezembro de 2008: arquiteta Marilze Benvenuti Denes, designada coordenadora pela Presidência, engenheiro agrônomo Luiz Cláudio Ziulkoski, designado coordenador-adjunto pelo Plenário, técnico em mecânica Maurício Flores dos Santos, engenheiro florestal Luiz Alberto Carvalho Júnior, engenheiro civil Silverius Kist Júnior, engenheiro eletricista Sérgio Roberto dos Santos, geólogo Antonio Pedro Viero e engenheiro químico Nilo Antônio Rigotti Cientifique-se, divulgue-se e cumpra-se. Porto Alegre (RS), 14 de março de 2008. Engº. Agrônomo GUSTAVO ANDRÉ LANGE Presidente

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3 REGULAMENTOS

3.1 - REGULAMENTO DE ARBITRAGEM DA CÂMARA DE MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM DO CREA-RS

ANEXO DA DECISÃO PLENÁRIA N° P–057/2003, DE 7/11/2003.

Do âmbito de aplicação Art. 1° As partes, por meio de convenção de arbitragem, ao avençarem submeter à arbitragem qualquer litígio à Câmara de Mediação e Arbitragem do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio Grande do Sul (Crea-RS), doravante denominada de INSTITUIÇÃO ADMINISTRADORA, concordam e ficam vinculadas ao presente Regulamento, reconhecendo a competência originária e exclusiva da mesma, para administrar o Juízo Arbitral. § 1° As regras e condições procedimentais estabelecidas pelas partes que não estejam previstas neste regulamento ou que com ele conflitem, somente prevalecerão para os casos especificamente determinados pelas partes. § 2° A INSTITUIÇÃO ADMINISTRADORA não decide por si mesma os litígios que lhe forem submetidos; apenas administra o desenvolvimento do processo arbitral nos parâmetros definidos por este Regulamento. § 3° A INSTITUIÇÃO ADMINISTRADORA, nem seus membros, nem o Crea-RS serão responsáveis perante qualquer pessoa por quaisquer fatos, atos ou omissões relacionados com uma arbitragem. § 4° A INSTITUIÇÃO ADMINISTRADORA tem sede e foro na cidade de Porto Alegre – RS.

Definições Art. 2° Para efeitos deste Regulamento a expressão “Tribunal Arbitral” aplica-se indiferentemente a um ou a mais árbitros e os termos Demandante e Demandado, aplicam-se tanto para um ou mais demandantes ou demandados. Entende-se por: I - CONVENÇÃO DE ARBITRAGEM é o acordo no qual as partes conferem ao Tribunal Arbitral o poder de resolver o conflito, seja através de uma cláusula compromissória ou compromisso arbitral; II - CLÁUSULA COMPROMISSÓRIA é a convenção através da qual as partes em um contrato ou em um documento apartado, comprometem-se a submeter à arbitragem os litígios que possam vir a surgir, relativamente a tal contrato; III - DOCUMENTO APARTADO, inclui a troca de correspondência epistolar, telegrama, fax, correio eletrônico ou outro meio capaz de provar a existência da convenção de arbitragem; V - COMPROMISSO ARBITRAL é a convenção através da qual as partes submetem um litígio à arbitragem; V - LITÍGIO abrange qualquer controvérsia, conflito de interesses, disputa ou diferença passível de ser resolvida por arbitragem;

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VI - JUÍZO ARBITRAL é uma instância jurisdicional privada de cunho convencional, que inicia com o protocolo do Requerimento de Instauração do Juízo Arbitral, pela parte interessada junto à Secretaria Executiva da INSTITUIÇÃO ADMINISTRADORA e encerra com a Sentença Arbitral transitada em julgado. VII - ARBITRAGEM é um método alternativo de resolver conflitos de interesses, regulada pela Lei n 9307, de 23 de setembro de 1996, sendo considerada instituída quando aceita a nomeação pelo árbitro, se for único, ou por todos, se forem vários.

Composição, Competência e Administração Art. 3º A INSTITUIÇÃO ADMINISTRADORA compõe-se dos seguintes órgãos: I - Coordenadoria da Câmara de Mediação e Arbitragem; II - Quadro de Mediadores e Árbitros; III - Secretaria Executiva. Art. 4º A Coordenadoria da Câmara de Mediação e Arbitragem, órgão consultivo da Câmara de Mediação e Arbitragem: § 1º Será composta pelos seguintes membros: I – Coordenador, profissional do sistema Confea/Crea, indicado pelo Presidente do Crea-RS; II – Coordenador Adjunto, profissional do sistema Confea/Crea, indicado pela plenária do Crea-RS; III - Um membro, conselheiro de cada Câmara Especializada do Crea-RS, indicado pela respectiva Câmara; IV - Um membro do Quadro de Mediadores e Árbitros, indicado pelo referido quadro. § 2º A Coordenadoria da Câmara de Mediação e Arbitragem designará os profissionais de notório saber e reputação ilibada, que formarão o Quadro de Mediadores e Árbitros, na forma de seu respectivo Regimento Interno. § 3º Fica expressamente vedado, com exceção do membro do Quadro de Mediadores e Árbitros, aos demais membros da Coordenadoria e funcionários da Secretaria Executiva, integrar o Quadro de Mediadores e Árbitros; § 4º Os membros da Coordenadoria exercerão gratuitamente o mandato, cuja duração será no máximo de 01 (um) ano, encerrando impreterivelmente, no dia 31 de dezembro do ano de sua posse na Coordenadoria, sendo permitido somente uma recondução. § 5º O Regimento Interno da Coordenadoria da Câmara de Mediação e Arbitragem, aprovado por no mínimo três quartos de seus membros da Coordenadoria, regulará o funcionamento e atribuições da mesma. Art. 5° Compete ao Coordenador da Coordenadoria da Câmara de Mediação e Arbitragem: I - representar a INSTITUIÇÃO ADMINISTRADORA; II - convocar e presidir as reuniões da Coordenadoria; III - cumprir e fazer cumprir o Regulamento, o Regimento Interno da Coordenadoria, as Normas, as Tabelas de Custas e de Honorários e decisões da Coordenadoria; e IV - solicitar a Diretoria do Crea-RS providências necessárias à operacionalidade da INSTITUIÇÃO ADMINISTRADORA.

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Art. 6° Compete ao Coordenador Adjunto da Coordenadoria da Câmara de Mediação e Arbitragem: I - auxiliar o Coordenador no desempenho de suas funções, em todos assuntos pertinentes aos objetivos da INSTITUIÇÃO ADMINISTRADOR; e II - substituir o Coordenador nas suas ausências e nos impedimentos; Art. 7° A INSTITUIÇÃO ADMINISTRADORA será assistida pela SECRETARIA EXECUTIVA que se incumbirá, da assessoria jurídica, elaboração, redação e digitação das atas, termos de compromissos, termos de acordo, notificações, convocações, comunicações, ofícios e demais atos relativos ao procedimento arbitral, bem como a guarda e reprodução de todos os documentos próprios da Mediação e do Juízo Arbitral, respeitado o princípio de total sigilo. Incumbir-se-á, também, da marcação das audiências e preenchimento das guias para recolhimento de taxas e custas nas distintas formas procedimentais e demais atividades pertinentes de apoio à Coordenadoria e ao Quadro de Mediadores e Árbitros.

Instituição da Arbitragem por Cláusula Compromissória Art. 8° A parte, em um contrato ou documento apartado que contenha a cláusula compromissória prevendo a competência da INSTITUIÇÃO ADMINISTRADORA, para dirimir conflitos solucionáveis por arbitragem, deve apresentar Requerimento de Instauração do Juízo Arbitral à Secretaria Executiva, manifestando à outra parte sobre sua intenção de instaurar o Juízo Arbitral, anexando cópia do contrato do qual resulta o litígio ou que a ele esteja relacionado e outros documentos necessários ao entendimento do conflito, mencionando, desde logo: I - o nome, profissão, estado civil, domicílio, endereço das partes e seus respectivos procuradores, se houverem; II - uma exposição da natureza e das circunstâncias da disputa, indicando o objeto do conflito e pontos controversos; III - o idioma, se for internacional; IV - o valor real ou estimado da causa; e V - outras indicações ou observações úteis e necessárias relativas ao entendimento do conflito. § 1° A parte requerente, Demandante, ao protocolizar o Requerimento de Instauração do Juízo Arbitral na Secretaria Executiva, deverá anexar o comprovante de pagamento da Taxa de Registro de Arbitragem. § 2° Verificada a impossibilidade de entendimento do conflito pela falta de um ou mais dos elementos acima mencionados, a Secretaria Executiva, solicitará à parte requerente, Demandante, que, no prazo de 15 (quinze) dias, efetue a respectiva complementação; transcorrido este prazo sem o cumprimento do solicitado, será o Juízo Arbitral suspenso por 15 (quinze) dias, após o que, o Requerimento de Instauração do Juízo Arbitral será arquivado, sem prejuízo de ser renovado oportunamente. § 3° A Secretaria Executiva, enviará por via postal ou outro meio qualquer de comunicação, mediante comprovação de recebimento, cópia do Requerimento de Instauração do Juízo Arbitral à outra parte, Demandado, juntamente com uma cópia dos eventuais documentos que o acompanharem, notificando-lhe para que, no prazo de 15 (quinze) dias, apresente sua manifestação sobre a proposta da parte requerente.

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§ 4° Terminado o prazo, com ou sem a apresentação da Manifestação do Demandado, serão as partes convocadas pela Secretaria Executiva para, em dia, hora e local certos, estatuir sobre o conteúdo do Compromisso Arbitral e firmar o respectivo Termo de Compromisso Arbitral. § 5° O Requerimento de Instauração do Juízo Arbitral e a Manifestação do Demandado são manifestações preliminares à instituição da arbitragem. As Alegações do Demandante e as Alegações de Defesa do Demandado serão apresentadas oportunamente ao Tribunal Arbitral, após a lavratura do Termo de Início do Procedimento Arbitral. § 6° Considera-se iniciado o Juízo Arbitral visando à instituição da arbitragem o dia do protocolo do Requerimento de Instauração do Juízo Arbitral, perante à Secretaria Executiva.

Do Termo de Compromisso Arbitral

Art. 9° No dia, local e hora previamente fixados, a Secretaria Executiva, ouvindo as partes e/ou seus procuradores, estatuirá a respeito do conteúdo do compromisso arbitral e elaborará o Termo de Compromisso Arbitral, o qual conterá: I - o nome, profissão, estado civil, domicílio, endereço das partes e seus respectivos procuradores, se houverem; II - o nome, profissão e domicílio do árbitro, ou dos árbitros e seus substitutos; III - a matéria que será objeto da arbitragem; IV - o lugar em que será proferida a sentença arbitral; V - local, ou locais, onde se desenvolverá a arbitragem; VI - a autorização para que o árbitro ou os árbitros julguem por eqüidade, se assim for convencionado pelas partes; VII - o prazo para apresentação da sentença arbitral; VIII - a indicação da lei acional ou das regras corporativas aplicáveis à arbitragem, quando assim convencionarem as partes; IX - a declaração da responsabilidade pelo pagamento dos Honorários dos árbitros, despesas e das custas com arbitragem; X - a fixação do valor das custas e dos honorários do árbitro, ou dos árbitros; e X I - o valor da demanda; § 1° O Termo de Compromisso Arbitral será assinado pelas partes e/ou procuradores e pelo funcionário de apoio da Secretaria Executiva; § 2° Se uma das partes suscitar dúvidas quanto à nulidade, invalidade ou eficácia da cláusula compromissória, compromisso arbitral, contrato onde consta a cláusula compromissória, ou controvérsia acerca dos direitos indisponíveis, a Secretaria Executiva dará seguimento ao Juízo Arbitral, remetendo estas questões para oportuna deliberação do Tribunal Arbitral. § 3° Fica dispensado a lavratura do Termo de Compromisso Arbitral, se as partes tiverem celebrado o compromisso arbitral perante o juízo estatal, ou por escrito particular, assinado pelas partes e duas testemunhas ou por instrumento público.

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Do não comparecimento de uma das Partes

Art. 10. Na hipótese do Demandado deixar de comparecer, no dia, horário e local fixados pela Secretaria Executiva para elaborar e firmar o Termo de Compromisso Arbitral, ou comparecendo, recusar-se a firmar o mesmo, a Secretaria Executiva nomeará árbitro único e substituto sucessivos. Se entender que as características do conflito ou os valores envolvidos estão a recomendar mais de um, nomeará 3 (três) árbitros. § 1º O não comparecimento do Demandado ou, se comparecer, demonstrar resistência, não obstará o andamento do Juízo Arbitral, cabendo ao Tribunal Arbitral, ouvindo o Demandante, estatuir a respeito do conteúdo do compromisso arbitral. § 2º O não comparecimento do Demandante, sem justo motivo, para a lavratura do Termo de Compromisso Arbitral, importará no arquivamento dos autos de arbitragem, sem prejuízo do pagamento das custas e demais despesas já realizadas. § 3º Se nenhuma das partes comparecer para a elaboração e assinatura do Termo de Compromisso Arbitral, o Juízo Arbitral será suspenso por um prazo de 15 (quinze) dias; transcorrido este prazo, sem a manifestação das partes, os autos da arbitragem serão arquivados.

Da Instituição da Arbitragem inexistindo cláusula compromissória ou com cláusula compromissória sem referência de qualquer Entidade Especializada

Art. 11. Inexistindo cláusula compromissória e havendo interesse das partes em solucionar o conflito por arbitragem, as partes interessadas deverão protocolizar na Secretaria Executiva requerimento visando à elaboração do Termo de Compromisso Arbitral, com nome completo, qualificação e endereço das partes, bem como de seus procuradores, anexando cópia do contrato do qual resulta o conflito ou a que ele esteja relacionado, indicando o objeto do conflito e pontos controversos e fazendo prova do recolhimento da Taxa de Registro de Arbitragem. § 1° A Secretaria Executiva, de posse da documentação apresentada, convocará as partes, para em dia, local e hora, elaborarem e firmarem o Termo de Compromisso Arbitral. § 2° Ainda na hipótese de inexistência de cláusula compromissória ou, existindo e elegendo somente a arbitragem para resolução de litígios, sem indicar nenhuma Entidade Especializada, qualquer parte poderá requerer a instauração do Juízo Arbitral, através do Requerimento de Instauração do Juízo Arbitral, fazendo prova do recolhimento da Taxa de Registro de Arbitragem. A Secretaria Executiva notificará a outra parte para, dentro do prazo de 15 (quinze) dias, venha se manifestar sobre o pedido de instauração do Juízo Arbitral. § 3° Transcorrido o prazo mencionado no parágrafo anterior, sem que tenha havido manifestação da outra parte; ou, em havendo, tenha sido contrária à via arbitral, o requerimento será arquivado, ficando os documentos que eventualmente o instruíram, à disposição das partes. Art. 12. Quando a natureza do conflito assim exigir, poderão ser indicados pelas partes, ou pela Instituição Administradora, para a função de árbitro, profissionais de notório saber e reputação ilibada, não pertencente ao Quadro de Mediadores e Árbitros da mesma. §1° Na primeira hipótese, a Instituição Administradora reserva-se a prerrogativa de acolher ou rejeitar a indicação, dispensando-se-lhe de justificar as razões de sua decisão.

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§ 2° O árbitro ou os árbitros indicados deverão firmar o TERMO DE ACEITACÃO DE ÁRBITRO. Antes da aceitação da função, deverá revelar à Secretaria Executiva, todas as circunstâncias ou qualquer fato que denote dúvida justificada quanto ao seu impedimento, suspeição, imparcialidade, competência e independência.

Do Procedimento Arbitral

Art. 13. Instituída a arbitragem, o Presidente do Tribunal Arbitral designará audiência de conciliação. § 1º A Secretaria Executiva convocará as partes e/ou seus procuradores, mediante registro postal, com aviso de recebimento, do dia, hora e local da audiência de conciliação. § 2º Aberta a audiência o presidente do Tribunal Arbitral, ouvirá as partes propondo a conciliação. § 3º Se houver acordo, lavrar-se-á o respectivo Termo de Conciliação, que será assinado pelos árbitros do Tribunal, partes e/ou procuradores, o qual, a pedido das partes, poderá ser homologado por sentença arbitral. § 4º Não havendo acordo, o presidente do Tribunal Arbitral, lido o Termo de Compromisso Arbitral, ou dispensada a leitura, elaborará, juntamente com as partes, o Termo de Início do Procedimento, que visa, se for o caso, suprir, corrigir falhas ou explicar alguma questão disposta na convenção de arbitragem, firmado por todos, que passará a fazer parte integrante do Termo de Compromisso Arbitral. Art. 14. No Termo de Início do Procedimento Arbitral constará: I - o nome, qualificação e endereço das partes e/ou de seus procuradores ; II - o endereço para onde as notificações, convocações ou comunicações serão enviadas; III - a composição do Tribunal Arbitral, com o nome dos respectivos substitutos; IV - o sumário das pretensões das partes; V - outros pormenores que o Tribunal Arbitral entenda relevantes para suprir, corrigir falhas ou explicar alguma questão disposta na convenção de arbitragem. Art. 15. Lavrado o Termo de Início do Procedimento Arbitral, o presidente do Tribunal Arbitral concederá prazo de 15 (quinze) dias para o Demandante apresentar suas alegações escritas, contendo: I - os nomes, prenomes, estado civil, profissão, domicílio e residência do Demandante e do Demandado; II - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido; III - o pedido, com as suas especificações; IV - o valor da demanda; e V - as provas com que pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados; § 1º Após a apresentação das Alegações do Demandante, a Secretária Executiva enviará cópia das alegações ao Demandado, concedendo o prazo de 15 (quinze) dias para apresentar suas Alegações de Defesa, devendo o Demandado, alegar toda a matéria de defesa, expondo as razões de fato e de direito, com que impugna o pedido do Demandante e especificando as provas que pretende produzir. § 2° Dentro do mesmo prazo, as partes poderão argüir, nas suas alegações, as questões relativas à nulidade, invalidade ou ineficácia da convenção da arbitragem e do contrato que contenha a cláusula compromissória. Neste prazo, ainda, as partes poderão oferecer em separado as exceções de impedimento ou

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suspeição de um ou mais árbitros, especificando os fatos e circunstâncias que lhe serviram de fundamento, devendo a petição ser apensada aos autos da arbitragem. § 3° Sobrevindo no curso da arbitragem controvérsia acerca de direitos indisponíveis e verificando que, de sua existência, ou não, dependerá o julgamento, o Tribunal Arbitral, remeterá as partes à autoridade competente do Poder Judiciário, suspendendo o procedimento arbitral, até a juntada aos autos da arbitragem da decisão judicial transitada em julgado. § 4° Após o término do prazo para oferecimento das alegações, o Tribunal Arbitral apreciará as eventuais questões incidentais e as exceções de impedimento e suspeição, podendo julgá-las de imediato ou deixar para o momento da prolatação da sentença arbitral.

Das Audiências

Art. 16. O Presidente do Tribunal Arbitral informará previamente às partes o dia, o local e a hora da audiência. § 1° A audiência será instalada pelo Presidente do Tribunal Arbitral com a presença das partes e dos árbitros. § 2° A audiência terá lugar, ainda que qualquer das partes, regularmente convocada, a ela não compareça. Todavia, a sentença arbitral não poderá fundar-se na ausência da parte, para decidir. § 3° Instalada a audiência, o Presidente do Tribunal Arbitral convidará as partes e/ou seus procuradores a dela participarem, consultando-as sobre a possibilidade de conciliação. Havendo a conciliação, será lavrado o acordo, que poderá, a pedido das partes, ser homologado, por sentença arbitral. § 4° Não havendo conciliação, serão tomadas as provas deferidas, obedecendo-se a seguinte ordem: a) depoimento pessoal do Demandante e do Demandado; b) inquirição de testemunhas arroladas pelo Demandante e pelo Demandado; e c) esclarecimentos do(s) perito(s), quando necessário. § 5° A Secretaria Executiva providenciará, a pedido de uma ou das partes, cópia dos depoimentos, bem como do serviço de intérprete ou tradutor. A parte que tenha solicitado o serviço de intérprete ou tradutor deverá recolher antecipadamente, perante a Secretaria Executiva, o montante de seu custo estimado. § 6° Recusando-se qualquer testemunha a comparecer à audiência ou, comparecendo, escusar-se de depor sem motivo legal, poderá o Presidente do Tribunal Arbitral, de ofício, ou a pedido de qualquer das partes, requerer ao Juízo competente a adoção das coercitivas judiciais adequadas para a tomada de depoimento da testemunha faltosa. § 7° O adiamento da audiência somente será concedido se expressamente solicitado, em conjunto, pelas partes ou, por motivo relevante, a critério do Presidente do Tribunal Arbitral, o qual designará, de imediato, nova data para a sua realização. § 8° Quando um árbitro, sem motivo justificável, não participar ou interromper sua participação nos trabalhos do Tribunal Arbitral, ficará facultado aos demais árbitros dar seqüência na arbitragem, proferindo, inclusive, a sentença arbitral. § 9° Qualquer pessoa, com exceção dos funcionários da Secretaria Executiva e dos árbitros substitutos, não envolvidos com a arbitragem, não poderá acompanhar as audiências, salvo se aceita pelas partes e pelo Tribunal Arbitral.

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§ 10° Encerrada a instrução, o Tribunal Arbitral concederá prazo para que as partes ofereçam suas Alegações Finais, podendo ser substituídas por razões orais na mesma audiência, se for de conveniência do Tribunal Arbitral.

Da Sentença Arbitral

Art.17. Salvo se as partes convencionarem de modo diverso, o Tribunal Arbitral proferirá a sentença em até 30 (trinta) dias, contados do término do prazo para as alegações finais das partes, podendo tal prazo, ser prorrogado pelo Presidente do Tribunal Arbitral, se julgar oportuno, observando o prazo previsto no Termo de Compromisso Arbitral ou o legal de seis meses. § 1° Quando forem vários os árbitros, a decisão será tomada por maioria. Se não houver acordo majoritário, prevalecerá o voto do Presidente do Tribunal Arbitral. O árbitro que divergir da maioria poderá declarar seu voto em separado. § 2° A sentença arbitral será assinada pelo árbitro ou por todos os árbitros. Caberá ao Presidente do Tribunal Arbitral, na hipótese de um ou alguns dos árbitros não poder ou não querer assinar a sentença, certificar tal fato. § 3° A sentença arbitral conterá necessariamente: a) o relatório do caso, que conterá os nomes das partes e um resumo do litígio; b) os fundamentos da decisão, onde serão analisadas as questões de fato e de direito, mencionando-se, expressamente, se os árbitros julgaram por eqüidade; c) o dispositivo em que o Tribunal Arbitral resolverá as questões que lhe foram submetidas e estabelecerá o prazo para o cumprimento da sentença, se for o caso; e d) a data e lugar em que foi proferida. § 4° A sentença arbitral decidirá acerca das custas e despesas com a arbitragem, inclusive os honorários dos árbitros e peritos, bem como da responsabilidade de cada parte pelo pagamento destas verbas, cujos valores serão extraídos de conformidade com o contido na Tabela de Custas e Honorários dos Árbitros da INSTITUIÇÃO ADMINISTRADORA, respeitando o disposto pelas partes no Termo de Compromisso Arbitral. § 5 º Se no Termo de Compromisso Arbitral não constar a responsabilidade pelo pagamento das custas ou dos honorários dos árbitros, o Tribunal Arbitral aplicará o princípio da sucumbência. § 6° A revelia da parte não impede que seja proferida a sentença arbitral, nos termos do artigo 10. § 7° A Secretaria Executiva, tão logo seja proferida a sentença arbitral, apresentará a mesma diretamente às partes, entregando uma cópia certificada, mediante recibo, podendo encaminhá-la por via postal ou outro meio de comunicação, mediante aviso de recebimento. § 8º A parte interessada, mediante comunicação a outra parte, através da Secretaria da Executiva, no prazo de 5 (cinco) dias a contar da data de apresentação da sentença, poderá solicitar ao Tribunal Arbitral a correção de erro material, bem como esclarecimentos sobre obscuridade, dúvida ou contradição da sentença, ou ainda pronunciar-se sobre pontos omissos a respeito do qual devia manifestar-se na sentença arbitral. § 9º Após o término do prazo para o recebimento das observações da parte adversa , o Tribunal Arbitral terá o prazo de dez dias para decidir. A decisão deve ser proferida em forma de Aditamento da Sentença Arbitral que será comunicada às partes, na forma do parágrafo 7º.

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Do Cumprimento da Sentença Arbitral

Art.18. As partes ficam obrigadas a cumprir a sentença arbitral, tal como proferida, na forma e prazo consignados.

Dos Árbitros Art. 19. Os conflitos devem ser resolvidos por árbitro único ou por 3 (três) árbitros. § 1° As partes podem acordar que a arbitragem seja instaurada por árbitro único, indicado por consenso. § 2° Se as partes acordarem que a arbitragem seja composta de 3 (três) árbitros, cada parte indicará um árbitro e o terceiro será nomeado segundo o regimento interno. § 3º No caso de não haver consenso quanto à indicação do árbitro, este será nomeado de acordo com o regimento interno.

Dos Impedimentos Art. 20. Está impedido de exercer as suas funções de árbitro no procedimento arbitral aquele que: I - for parte no litígio; II - tenha intervindo na solução do litígio como mandatário judicial de uma das partes, prestado depoimento como testemunha, atuado como perito ou apresentado parecer; III - for cônjuge, parente consangüíneo ou afim, em linha reta ou na colateral, até o terceiro grau, de uma das partes; IV - for cônjuge, parente consangüíneo ou afim, em linha reta ou na colateral, até o segundo grau, do procurador de uma das partes; e V - participar de órgão de direção ou administração de pessoa jurídica parte no litígio, ou seja, dela quotista, acionista ou debenturista. Art. 21. Reputa-se fundada a suspeição de parcialidade do árbitro, podendo o árbitro declará-la por motivo íntimo, quando: I - for amigo íntimo ou inimigo de uma das partes; II - alguma das partes for seu credor ou devedor, ou de seu cônjuge, ou de parentes, em linha reta ou na colateral, até o terceiro grau; III - for herdeiro presuntivo, donatário, empregador, empregado de uma das partes; IV - receber dádivas antes ou depois de iniciado o litígio, aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa ou fornecer recursos para atender às despesas do processo; V - for interessado no julgamento da causa, em favor de uma das partes; VI - ter atuado como mediador antes da instituição da arbitragem, salvo convenção em contrário das partes. Art. 22. Ocorrendo qualquer das hipóteses de impedimento ou suspeição, compete à parte interessada argüi-la, podendo o árbitro de ofício, a qualquer momento declará-la e recusar sua nomeação, ou apresentar sua renúncia mesmo que tenha sido indicado por ambas as partes. § 1° Se o árbitro escusar-se antes da aceitação da nomeação, ou, após a aceitação, vier a falecer, tornar-se

CONHECENDO A CAMARA DE MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM DO CREA RS – EDIÇÃO 2008 27

impossibilitado para o exercício da função, ou for recusado, assumirá seu lugar o substituto indicado no Termo de Compromisso Arbitral. § 2º Se o árbitro escusar-se após a aceitação da nomeação deverá fundamentar sua justificativa e declinar dos honorários pelos serviços até então prestados. § 3º Não havendo indicação de substituto ou diante da impossibilidade de assunção pelo substituto anteriormente indicado, a Secretaria Executiva fará a respectiva nomeação. Art. 23. Considera-se instituída a arbitragem a partir da data em que o árbitro ou todos os árbitros, se forem vários, indicados pelas partes ou nomeados pela Secretaria Executiva, firmarem os respectivos Termos de Aceitação do Árbitro, iniciando-se a contagem do prazo para prolatação da Sentença Arbitral.

Das Partes e de seus Procuradores Art. 24 As partes podem se fazer assistir ou representar por procurador, devidamente credenciado através de procuração por instrumento público ou particular que lhe outorgue poderes suficientes para a prática de todo e qualquer ato relativo ao procedimento arbitral. § 1° Excetuada a manifestação expressa contrária da parte, todas as comunicações, convocação e notificações poderão ser efetuadas ao procurador por ela nomeado que deverá, por escrito, comunicar à Secretaria Executiva o seu endereço para tal finalidade. § 2° Na hipótese de alteração do endereço para onde devem ser enviadas as notificações, convocações e comunicações, sem que a Secretaria Executiva seja comunicada na forma prevista no parágrafo anterior, poderá valer para os fins previstos neste regulamento, todas as notificações, convocações ou comunicações encaminhadas para o endereço anterior.

Das Notificações, Convocações, Comunicações, Prazos e Entrega de Documentos

Art. 25. Para todos os efeitos do presente Regulamento, as notificações, convocações e comunicações serão mediante registro postal ou via registral. §1° Poderão também, sempre que possível, ser efetuadas por telegrama, telefax, correio eletrônico ou meio equivalente, com confirmação, mediante a remessa dos documentos originais ou cópias enviados por meio de carta registrada ou courier. § 2° Se à parte foi enviada a notificação, convocação ou comunicação, será considerado como dia de recebimento, para efeitos da contagem do prazo, o dia do aviso de recebimento do registro postal ou dia da data do courier. Se a ciência do ato der-se exclusivamente por via registral, considera-se o dia do recebimento, o do cumprimento da diligência pelo Cartório de Registro de Títulos e Documentos. § 3° A notificação, convocação ou comunicação determinará o prazo para cumprimento da providência solicitada, contando-se este por dias, excluindo o dia do recebimento e incluindo o dia do vencimento. O prazo é corrido, não se interrompendo ou se suspendendo pela ocorrência de feriado ou dia de não expediente comercial. § 4° Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil seguinte se o dia do vencimento tiver lugar em dia feriado ou em dia em que não haja expediente útil na localidade, para cujo endereço foi remetida a notificação, convocação ou comunicação.

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§ 5° Todo e qualquer documento endereçado ao Tribunal Arbitral será entregue e protocolizado na Secretaria Executiva, em número de vias equivalentes ao de árbitros, partes e um exemplar para arquivo.

Do Local da Arbitragem Art. 26. Na falta de acordo entre as partes sobre o local da arbitragem, este será determinado pelo Tribunal Arbitral, tendo em conta as circunstâncias do caso. Parágrafo único. Para o oportuno desenvolvimento da arbitragem, o Tribunal Arbitral poderá, salvo convenção das partes em contrário, reunir-se em qualquer local que julgue apropriado para consultas entre os seus membros, para oitiva de testemunhas, de peritos ou das partes, para exame de quaisquer bens ou documentos.

Do Idioma

Art. 27. As partes podem escolher livremente o idioma a utilizar no procedimento arbitral. Na falta de acordo, o Tribunal Arbitral o determinará, considerando as circunstâncias relevantes da relação jurídica em litígio, em especial o idioma em que foi redigido o contrato. Parágrafo único. O Tribunal Arbitral poderá determinar que qualquer peça integrante dos autos seja acompanhada de tradução no idioma convencionado pelas partes ou por ele definido.

Das Provas

Art. 28. As partes podem apresentar todas as provas que julgarem úteis à instrução da arbitragem e ao esclarecimento do Tribunal Arbitral. § 1° As partes devem apresentar todas as provas disponíveis que, à juízo de qualquer membro do Tribunal Arbitral sejam necessárias para a compreensão e solução do conflito. O Tribunal Arbitral é o juiz da aceitabilidade das provas apresentadas. § 2° As partes deverão comparecer na Audiência de Instrução e Julgamento acompanhadas das respectivas testemunhas, dispensando convocação prévia; convocadas as partes, considera-se convocadas as testemunhas. § 3° Todas as provas serão produzidas perante o Tribunal Arbitral que delas dará ciência à outra parte. § 4° Considerando necessária a diligência fora da sede do lugar da arbitragem, o Presidente do Tribunal Arbitral comunicará às partes sobre o dia, hora e local da realização da diligência para, se o desejarem, acompanhá-la. § 5° Realizada a diligência, o Presidente do Tribunal Arbitral fará lavrar o respectivo termo enviando cópia às partes, fixando prazo para, se houver interesse, sobre ele se manifestarem. § 6° Admitir-se-á prova pericial quando, a critério do Tribunal Arbitral, se fizer necessária para a constatação de matéria que não possa ser elucidada pelo próprio Tribunal. § 7° A prova pericial será executada por perito nomeado pelo Tribunal Arbitral, entre pessoas que tenha reconhecido domínio na matéria, objeto do conflito. § 8° O perito apresentará o seu laudo técnico no prazo fixado pelo Tribunal Arbitral que enviará cópias às partes, fixando prazo para, se houver interesse, sobre ele se manifestarem.

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Das Medidas Cautelares e Coercitivas

Art. 29. O Tribunal Arbitral, havendo necessidade de medidas coercitivas ou cautelares, solicitará ao órgão do Poder Judiciário que seria, originariamente, competente para julgar a causa, a execução de tais medidas.

Das despesas, custas da arbitragem e honorários dos árbitros

Das Disposições Finais Art. 30. Constituem despesas da arbitragem: I – Os gastos de viagem e outras despesas realizadas pelo Tribunal Arbitral; II – Os honorários periciais, bem como qualquer outra despesa decorrente de assistência requerida pelo Tribunal Arbitral; III – As despesas suportadas pelas testemunhas, na medida em que sejam aprovadas pelo Tribunal Arbitral; IV – As despesas decorrentes dos serviços prestados pela Secretaria Executiva. § 1º Instituída a arbitragem, o Tribunal Arbitral poderá determinar às partes que antecipem o valor das despesas a que se refere o presente artigo, as custas e honorários dos árbitros fixados segundo a Tabela de Custas e Honorários dos Árbitros, bem como de outras diligências e despesas que julgar necessárias. Tal faculdade persiste durante todo o curso do Juízo Arbitral. § 2º Se a verba requisitada não for disponibilizada dentro do prazo determinado, o Tribunal Arbitral informará tal fato às partes, a fim de que uma delas possa efetuar a antecipação integral da verba requisitada. § 3º Se, ainda assim, tal antecipação não for disponibilizada, o Presidente do Tribunal Arbitral poderá suspender o procedimento arbitral, sem prejuízo da cobrança das importâncias efetivamente devidas. § 4º Todas as despesas que incidirem ou forem incorridas durante a arbitragem serão suportadas pela parte que requereu, ou pelas partes, igualmente, se decorrentes de providências requeridas pelas mesmas ou pelo Tribunal Arbitral. § 5º Juntamente com a sentença arbitral, a Secretaria Executiva apresentará às partes um demonstrativo das despesas e demais gastos, para que sejam efetuados os eventuais valores remanescentes. Existindo crédito a favor das partes, a Secretaria Executiva providenciará os respectivos reembolsos. § 6º A Tabela de Custas e Honorários aprovada pela Coordenadoria poderá periodicamente ser revista, aplicando-se às arbitragens já iniciadas, o previsto na a tabela então vigente. § 7º Os casos omissos, ou situações particulares, envolvendo custas, despesas da arbitragem e honorários dos árbitros serão analisados e definidos pela Secretaria Executiva. Art. 31. Salvo estipulação em contrário das partes, aplicar-se-á a versão do Regulamento vigente na data da protocolização, na Secretaria Executiva do Requerimento de Instauração do Juízo Arbitral. Art. 32. O procedimento arbitral é rigorosamente sigiloso, sendo vedado às partes, aos funcionários, aos árbitros, aos membros da Coordenadoria e às pessoas que tenham participado no referido procedimento, divulgar quaisquer informações a ele relacionadas.

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Art. 33. Quando houver interesse das partes, comprovado através de expressa e conjunta autorização, poderá a Secretaria Executiva divulgar a sentença arbitral, desde que preservada a identidade das partes. Art. 34. A Secretaria Executiva poderá fornecer a qualquer das partes, mediante solicitação escrita, e, recolhidas as despesas devidas, cópias certificadas de documentos relativos ao procedimento arbitral. Art. 35. Instaurado o Juízo Arbitral, e, verificando-se a existência de lacuna no presente Regulamento, fica entendido que as partes delegam ao Tribunal Arbitral, amplos poderes para disciplinar sobre o ponto omisso. Se a lacuna for constatada antes da instituição da arbitragem, subentende-se que as partes delegam tais poderes à Secretaria Executiva e em qualquer hipótese, a decisão será definitiva. Parágrafo único. Será igualmente definitiva a decisão tomada pelo presidente do Tribunal Arbitral acerca de eventual controvérsia surgida entre os árbitros. Art. 36. O presente Regulamento poderá ser alterado por proposta de maioria absoluta da Coordenadoria da Câmara de Mediação e Arbitragem e aprovado pelo Plenário do Crea-RS. Art. 37. O presente Regulamento passa a vigorar a partir da sua aprovação pelo Plenário do Crea-RS, revogando o Regulamento anterior aprovado na Sessão Plenária Ordinária n° 1.565, de 14 de setembro de 2001. Eng° Agrônomo GUSTAVO ANDRÉ LANGE, PRESIDENTE. Aprovado na Sessão Plenária Ordinária n. 1.593, de 7 de novembro de 2003.

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Porto Alegre, 13 janeiro de 2004.

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3.2 - REGULAMENTO DE MEDIAÇÃO

DA CÂMARA DE MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM DO CREA-RS

I - INÍCIO DO PROCESSO Artigo 1º Qualquer pessoa jurídica ou física capaz poderá requerer a Mediação para solução de uma controvérsia a instituições ou entidades especializadas, ou a Mediadores ad hoc . Artigo 2º A solicitação da Mediação, bem como o convite à outra parte para dela participar, deverão, preferencialmente, ser formulados por escrito. Artigo 3º Quando a outra parte não concordar em participar da Mediação, a primeira será imediatamente comunicada por escrito.

II - REPRESENTAÇÃO E ASSESSORAMENTO Artigo 4º As partes deverão participar do processo pessoalmente. Na impossibilidade comprovada de fazê-lo, poderão se fazer representar por uma outra pessoa, com procuração que outorgue poderes de decisão. Parágrafo único. As partes poderão se fazer acompanhar por advogados e outros assessores técnicos, e pessoas de sua confiança ou escolha, desde que estas presenças sejam convencionadas entre as partes e consideradas pelo Mediador úteis e pertinentes ao necessário equilíbrio do processo.

III - PREPARAÇÃO Artigo 5º O processo iniciará com uma entrevista que cumprirá os seguintes procedimentos: I - as partes deverão descrever a controvérsia e expor as suas expectativas; II - as partes serão esclarecidas sobre o processo da Mediação, seus procedimentos e suas técnicas; III - as partes escolherão o Mediador, nos termos dos artigos 7°, que poderá ser ou não aquele que estiver coordenando os trabalhos da entrevista. Artigo 6º Reunidas, após a escolha do Mediador, e com a sua orientação, as partes deverão firmar o contrato onde fiquem estabelecidas: I - a agenda de trabalho; II - os objetivos da Mediação proposta; III - as regras de procedimento, ainda que sujeitas à redefinição negociada, a qualquer momento, durante o processo; IV - as pessoas que as representarão, mediante procuração com poderes de decisão expressos, ou as acompanharão, se for o caso; V - o lugar e o idioma da Mediação, ou, se assim o desejarem, deixar a critério da instituição ou entidade organizadora do serviço; VI - as custas e forma de pagamento da Mediação, observado o disposto nos artigos 16 e 17.

IV - ESCOLHA DO MEDIADOR Artigo 7º O Mediador será escolhido livremente pelas partes em lista de Mediadores oferecida pela INSTITUIÇÃO ADMINISTRADORA ou, se as partes

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assim o desejarem, indicado pela referida instituição; ou ainda, profissional escolhido pelas partes. Artigo 8º O Mediador único escolhido poderá recomendar a co-mediação sempre que julgar benéfica ao propósito da Mediação.

V - ATUAÇÃO DO MEDIADOR Artigo 9º As reuniões de Mediação serão realizadas preferencialmente em conjunto com as partes. § 1° Havendo necessidade e concordância das partes, o Mediador poderá reunir-se separadamente com cada uma delas, respeitado o disposto no Código de Conduta Ética dos Mediadores da INSTITUIÇÃO ADMINISTRADORA, quanto à igualdade de oportunidades e quanto ao sigilo nessa circunstância. § 2° Considera-se INSTITUIÇÃO ADMINISTRADORA, para fins deste Regulamento, a Câmara de Mediação e Arbitragem do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio Grande do Sul – CREA-RS. Artigo 10. O Mediador poderá conduzir os procedimentos da maneira que considerar apropriada, levando em conta as circunstâncias, o estabelecido na negociação com as partes e a própria celeridade do processo. Artigo 11. O Mediador cuidará para que haja equilíbrio de participação, informação e poder decisório entre as partes. Artigo 12. Salvo se as partes dispuserem em contrário, ou a lei impedir, o Mediador poderá: I - aumentar ou diminuir qualquer prazo; II - interrogar o que entender necessário para o bom desenvolvimento do processo; III - solicitar às partes que deixem à sua disposição tudo o que precisar para sua própria inspeção ou de qualquer perito; bem como a apresentação de documento ou classe de documentos que se encontrem em sua posse, custódia ou poder de disposição, desde que entenda relevante para sua análise, ou por qualquer das partes; IV - solicitar às partes que procurem toda informação técnica e legal necessária para a tomada de decisões.

VI - IMPEDIMENTOS E SIGILO Artigo 13. O Mediador ficará impedido de atuar ou estar diretamente envolvido em procedimentos subseqüentes à Mediação, tais como na Arbitragem ou no processo judicial, quando a Mediação obtiver êxito ou não, a menos que as partes disponham diferentemente. Artigo 14. As informações da Mediação são confidenciais e privilegiadas. O Mediador, qualquer das partes, ou outra pessoa que atue na Mediação, não poderão revelar a terceiros ou serem chamados ou compelidos, inclusive em posterior Arbitragem ou processo judicial, a revelar fatos, propostas e quaisquer outras informações obtidas durante a Mediação. Artigo 15. Os documentos apresentados durante a Mediação deverão ser devolvidos às partes, após análise. Os demais deverão ser destruídos ou arquivados conforme o convencionado.

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VII - DAS CUSTAS Artigo 16. As custa relativas às despesas administrativas e os honorários do Mediador serão rateados entre as partes, de acordo com a tabela de custas e honorários da INSTITUIÇÃO ADMINISTRADORA. Artigo 17. Os honorários do Mediador deverão ser acordados previamente e poderão ser estabelecidos por hora trabalhada ou outro critério definido com as partes. VIII - RESPONSABILIDADE DO MEDIADOR Artigo 18. O Mediador não poderá ser responsabilizado por qualquer das partes por ato ou omissão relacionada com a mediação conduzida de acordo com as normas éticas e regras com as partes acordadas.

IX - ENCERRAMENTO Artigo 19. O processo da Mediação encerrar-se-á: I - com a assinatura do termo de acordo pelas partes; II - por uma declaração escrita do Mediador, no sentido de que não se justifica aplicar mais esforços para buscar a composição; III – por uma declaração conjunta das partes, dirigida ao Mediador, com o efeito de encerrar a Mediação; IV - por uma declaração escrita de uma parte para a outra e para o Mediador, com o efeito de encerrar a Mediação.

X - DISPOSIÇÕES FINAIS Artigo 20. É recomendável que as partes passem a inserir CLÁUSULA DE MEDIAÇÃO nos contratos em geral que venham a firmar, tal como o modelo proposto: “Se uma controvérsia surgir em razão deste contrato ou posteriores adendos, incluindo, sem limitação, o seu descumprimento, término, validade ou invalidade, ou qualquer questão relacionada com o mesmo, as partes convencionam desde já que primeiramente irão buscar uma solução por meio da Mediação , fundadas no princípio da boa fé, antes de recorrer a outros meios judiciais ou extrajudiciais para resolução de controvérsias.” Artigo 21. Caberá às partes deliberarem sobre lacunas do presente regulamento, podendo delegar essa tarefa à INSTITUIÇÃO ADMINISTRADORA, se assim o desejarem. O presente Regulamento foi aprovado pelo Plenário do CREA-RS na Sessão Ordinária nº 1.565, de 14 de setembro de 2001. ____________________________ Arqº Edson Luis Dal Lago Presidente

NNG/FM (SECRETARIA VENUS \ COM_GTs \ CAMARBITRAGEM \ REGULAMENTO DE ARBITRAGEM DE MEDIAÇÃO)

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Porto Alegre, 26 de Novembro de 2001.

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3.3 - REGULAMENTO DE ARBITRAGEM EXPEDITA DA CÂMARA DE MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM DO – CREA-RS

I – DO ÂMBITO DE APLICAÇÃO Art. 1º As partes, por meio de convenção de arbitragem, ao avençarem submeter à arbitragem qualquer litígio à Câmara de Mediação e Arbitragem do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio Grande do Sul – CREA-RS, doravante denominada INSTITUIÇÃO ADMINISTRADORA, concordam e ficam vinculadas ao presente Regulamento de Arbitragem Expedita e às Normas de Funcionamento da mesma. § 1º Este Regulamento consiste em versão simplificada do Regulamento de Arbitragem da INSTITUIÇÃO ADMINISTRADORA e objetiva oferecer procedimento mais célere de solução de litígios. § 2º Qualquer alteração ao presente Regulamento que tenha sido acordada pelas partes só terá aplicação ao caso específico. § 3º A INSTITUIÇÃO ADMINISTRADORA não decide por si mesmo os litígios que lhe forem submetidos. A sua função é assegurar a observância desse Regulamento no procedimento arbitral. § 4º AINTITUIÇÃO ADMINISTRADORA está localizada em Porto Alegre – RS.

II – DA INSTITUIÇÃO DA ARBITRAGEM Art. 2º A parte, em um contrato ou documento apartado que contenha a convenção arbitral prevendo a competência da INSTITUIÇÃO ADMINISTRADORA para dirimir conflitos solucionáveis por arbitragem, deve notificá-la sobre a sua intenção de instituir a arbitragem, anexando cópia do contrato do qual resulta o litígio ou que a ele esteja relacionado, mencionado, desde logo: I – o nome, qualificação e endereço das partes, e, se houver, os respectivos números de telefone, telefax e correio eletrônico; II – a indicação da cláusula compromissória; III – a matéria que será objeto da arbitragem; IV – o valor real ou estimado da demanda; § 1º Na notificação de arbitragem, a parte demandante apresentará, em três vias, as suas alegações escritas acompanhadas de todos os documentos com os quais pretende comprovar o alegado, incluindo, se for o caso, parecer técnico de perito e declaração de testemunha, prestada a notário público. § 2º A parte demandante, ao protocolizar a Notificação de Arbitragem na INSTITUIÇÃO ADMINISTRADORA, deverá anexar o comprovante de pagamento da Taxa de Registro, de conformidade com a Tabela de Custas e Honorários da mesma. § 3º A INSTITUIÇÃO ADMINISTRADORA enviará cópia da notificação recebida à outra parte, juntamente com um cópia dos eventuais documentos que a acompanham, convidando-a para, no prazo de 15 (quinze) dias, apresentar, em três vias, suas alegações escritas acompanhadas de todos os documentos com os quais pretende comprovar o alegado, incluindo, se for o caso, parecer técnico de perito e declaração de testemunha, prestada a notário público. § 4º Terminado prazo, com ou sem manifestação da outra parte, serão as partes convocadas para, em data, hora e local fixados pela INSTITUIÇÃO

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ADMINISTRADORA, instituir a arbitragem, elaborando-se o TERMO DE ARBITRAGEM a que se alude o art. 3º. § 5º Se uma das partes não tiver respondido a notificação, deixar de atender a convocação de que trata o § 3º, ou por qualquer motivo, recusar-se a participar da arbitragem, esta será regularmente instituída para normal prosseguimento, fazendo-se constar a ocorrência no TERMO DE ARBITRAGEM. § 6º A arbitragem instituída e processada de acordo com o presente Regulamento consistirá de apenas 1 (um) árbitro, que será indicado pela INSTITUIÇÃO ADMINISTRADORA, se as partes não tiverem acordado na indicação do árbitro único. § 7º A pessoa indicada a atuar como árbitro deverá revelar qualquer fato que denote dúvida justificada quanto à sua imparcialidade e independência. A decisão quanto a eventual recusa do árbitro será tomada pela INSTITUIÇÃO ADMINISTRADORA. § 8º O árbitro, no desempenho de suas funções, deverá ser e manter-se independente, imparcial, competente, diligente e discreto, respeitando o contido na convenção de arbitragem, no presente Regulamento e no Código de Conduta Ética adotada pela INSTITUIÇÃO ADMINISTRADORA. § 9º Se o árbitro indicado vier a falecer, renunciar ou tiver a sua recusa aceita, e, não havendo na convenção de arbitragem menção a árbitro substituto, a INSTITUIÇÃO ADMINISTRADORA indicará, no prazo de 10 (dez) dias o respectivo substituto.

III – DO TERMO DE ARBITRAGEM Art. 3º Na data, local e hora previamente fixados, e, não tendo sido firmado anteriormente pelas partes, a INSTITUIÇÃO ADMINISTRADORA, com a assistência da partes e/ou seus procuradores ou advogados, elaborará o TERMO DE ARBITRAGEM, o qual conterá: I – o nome, qualificação e endereço das partes, bem como seus respectivos procuradores ou advogados, se houver; II – o nome e qualificação do árbitro; III – a matéria que será objeto da arbitragem, com especificações e valor; IV – a responsabilidade pelo pagamento das custas da arbitragem, observando o contido no art. 8º; V – o lugar em que será proferida a sentença arbitral; VI – a autorização para que o árbitro julgue por eqüidade, se assim for convencionado pelas parte. § 1º As partes firmarão o TERMO DE ARBITRAGEM, o qual ficará arquivado na Secretaria da INSTITUIÇÃO ADMINISTRADORA, juntamente com o árbitro indicado e por duas testemunhas. § 2º A audiência de assinatura de uma das partes não impedirá que a arbitragem seja processada nem tampouco que a sentença arbitral seja proferida, observando-se, no que couber, o disposto no art. 2, § 5º.

IV – DO PROCEDIMENTO ARBITRAL Art. 4º Com a reserva das disposições deste Regulamento e da convenção de arbitragem, o árbitro conduzirá a arbitragem do modo que lhe aprouver, sempre respeitando os princípios do contraditório, da igualdade das partes, da sua imparcialidade e de seu livre convencimento. § 1º Instituída a arbitragem, o árbitro abrirá, desde logo, prazo de 10 (dez) dias para as partes se manifestem-se sobre as alegações apresentadas.

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§ 2º Decorrido o prazo supra e ficando constatada, a critério do árbitro, a necessidade de se buscar algum esclarecimento suplementar, poderá ser designada data para audiência na qual serão ouvidas as partes e prestados os esclarecimentos quanto à provas produzidas. § 3º A audiência poderá ser realizada mediante solicitação das partes, desde que o façam por ocasião da apresentação das alegações de que trata o art. 4, § 1º, supra e quando tenham questões que julguem efetivamente necessárias esclarecer. § 4º O adiamento da audiência somente será concedido se expressamente solicitado, em conjunto, pelas partes ou, por motivo relevante, e a critério do árbitro, o qual designará, de imediato, nova data para sua realização. § 5º Encerrada a audiência, o árbitro poderá conceder prazo para que as partes ofereçam suas alegações finais por escrito, podendo ser substituídas por razões orais na mesma audiência, se for de conveniência do árbitro.

V – DA SENTENÇA ARBITRAL Art. 5º Após a apresentação das alegações de que trata o artigo 4º, § 1º ou, se for o caso, das alegações finais de que trata o artigo 4º, § 5º, o árbitro proferirá a sentença no prazo de 20 (vinte) dias. § 1º A sentença arbitral conterá necessariamente: I – o relatório do caso, que conterá os nomes das partes e um resumo do litígio; II – os fundamentos da decisão, onde serão analisadas as questões de fato e de direito, mencionado-se, expressamente, se o árbitro julgou por eqüidade; III – o dispositivo em que o árbitro resolverá as questões que lhe foram submetidas e estabelecerá o prazo para o cumprimento da sentença, se for o caso; e IV – a data e lugar em que foi proferida; § 2º Da sentença arbitral constará também a fixação das custas com a arbitragem, observando o contido na Tabela de Custas e Honorários da INSTITUIÇÃO ADMINISTRADORA, bem como o acordado pelas partes em convenção de arbitragem ou no TERMO DE ARBITRAGEM. § 3º A INSTITUIÇÃO ADMINISTRADORA, tão logo receba a sentença arbitral, entregará pessoalmente às partes uma via, podendo encaminhar-lhas por via postal ou outro meio de comunicação, mediante comprovação de recebimento. § 4º As partes ficam obrigadas a cumprir a sentença arbitral, tal como proferida, na forma e prazo consignados. § 5º Na hipótese de descumprimento da sentença arbitral a parte prejudicada poderá comunicar o fato à INSTITUIÇÃO ADMINSITRADORA para que o divulgue a outras instituições arbitrais e às Câmaras ou entidade análogas, no país e no exterior.

VI – DAS PARTES E DE SEUS PROCURADORES Art. 6º As partes podem se fazer assistir ou representar por procuradores, ou advogados, legalmente constituídos por documentos procuratórios. § 1º Excetuada a manifestação expressa contrária da(s) parte(s), todas as comunicações e notificações poderão ser efetuadas ao procurador, ou advogado, por ela(s) nomeado que deverá, por escrito, comunicar à INSTITUIÇÃO ADMINISTRADORA o seu endereço para tal finalidade. § 2º Na hipótese de alteração do endereço para onde devem ser enviadas as notificações e/ou comunicações, sem que a INSTITUIÇÃO ADMINISTRADORA, seja comunicada na forma prevista no item anterior, valerá para os fins previstos neste

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regulamento, todas as notificações ou comunicações encaminhadas par ao endereço anterior.

VII – DAS NOTIFICAÇÕES, PRAZOS E ENTREGA DE DOCUMENTOS Art. 7º Para todos os efeitos do presente Regulamento, as notificações e comunicações serão efetuadas por carta registrada por via notarial. Poderão também, sempre que possível, ser efetuadas por telegrama, telefax, telex, correio eletrônico ou meio equivalente, com confirmação mediante a remessa dos documentos originais ou cópias enviadas por meio de carta registrada ou courier. § 1º A notificação ou comunicação determinará o prazo para cumprimento da providência solicitada, contando-se este por dias corridos, excluindo-se o do começo e contando-se o do vencimento, não se interrompendo ou se suspendendo pela ocorrência de feriado ou dia de não expediente comercial. § 2º Todo e qualquer documento endereçado ao árbitro será entregue e protocolizado na Secretaria da INSTITUIÇÃO ADMINISTRADORA, em 3 (três) vias.

VIII – DAS CUSTAS DA ARBITRAGEM Art. 8º A INSTITUIÇÃO ADMINISTRADORA elaborará tabela de custas e honorários dos árbitros e demais despesas, estabelecendo o modo e a forma dos depósitos, dando conhecimento prévio de seu teor às partes.

IX – DAS DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 9º Salvo estipulado em contrário das partes, aplicar-se-á a versão do Regulamento vigente na data da protocolização, na INSTITUIÇÃO ADMINISTRADORA, da Notificação de Arbitragem. Art. 10 O procedimento arbitral é rigorosamente sigiloso, sendo vedado às partes, ao árbitro, aos membros da INSTITUIÇÃO ADMINISTRADORA e às pessoas que tenham participado no referido procedimento, divulgar informações a ele relacionadas.

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4 CÓDIGOS DE CONDUTA

4.1 - CÓDIGO DE CONDUTA ÉTICA DOS ÁRBITROS DA CÂMARA DE MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM DO CREA-RS

I – AUTONOMIA DA VONTADE DAS PARTES Artigo 1° O árbitro deve reconhecer que a arbitragem fundamenta-se na autonomia da vontade das partes, devendo centrar sua atuação nesta premissa. Nota Explicativa: O princípio da autonomia da vontade é o principal sustentáculo do instituto da arbitragem. É consagrado desde a liberdade das partes em transacionar direitos patrimoniais disponíveis em um negócio, a livre escolha de optar pela arbitragem para solucionar suas controvérsias, com a inclusão da cláusula compromissória no contrato celebrado, passando pelo estabelecimento de regras quanto ao procedimento arbitral, até a fixação de prazo para prolatar a sentença arbitral. Esse princípio, em nenhum momento, deverá ser relegado a segundo plano pelo árbitro no desempenho de suas funções, posto ser sua investidura delegada pelas partes e delimitada, por elas próprias, em aspectos relativos a seus interesses no âmbito da controvérsia.

II – PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS Artigo 2° No desempenho de sua função, o árbitro deverá proceder com imparcialidade, independência, competência, diligência e confidencialidade, bem como exigir que esses princípios sejam rigidamente observados pela instituição em que for escolhido, visando proporcionar aos demandantes uma decisão justa e eficaz da controvérsia. Nota Explicativa: A investidura do árbitro é derivada da confiança a ele depositada pelas partes ou pela instituição que o escolher, desde o início, com sua nomeação, durante todo o decorrer do procedimento, até seu final , com a elaboração da sentença. Essa confiança a ele delegada é imanente à decisão que será proferida, bem como à sua conduta quanto ao desenrolar de todo o procedimento arbitral, motivo pelo qual o árbitro deverá sempre ser imparcial, no sentido de evitar qualquer privilégio a uma das partes em detrimento da outra; independente, entendendo-se não estar vinculado a qualquer das partes envolvidas na controvérsia; competente, no sentido de conhecer profundamente os parâmetros ditados pelas partes para elaboração de sua decisão; e diligente, pressupondo-se que não poupará esforços para proceder da melhor maneira possível quanto à investigação dos fatos relacionados à controvérsia.

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III – DO ÁRBITRO FRENTE A SUA NOMEAÇÃO Artigo 3° O árbitro aceitará o encargo se estiver convencido de que pode cumprir sua tarefa com competência, celeridade, imparcialidade e independência. Nota Explicativa: O árbitro somente deverá aceitar sua nomeação quando possuir as qualificações necessárias e disponibilidade de tempo para satisfazer as expectativas razoáveis das partes; O árbitro deverá revelar às partes, frente à sua nomeação, interesse ou relacionamento de qualquer natureza (negocial, profissional ou social) que possa ter ou que tenha tido com qualquer uma delas, e que possa afetar a sua imparcialidade e sua independência ou comprometer sua imagem decorrente daqueles fatores.

IV – DO ÁRBITRO FRENTE À ACEITAÇÃO DO ENCARGO Artigo 4° Uma vez aceita a nomeação, o árbitro se obrigará com as partes, devendo atender aos termos convencionados por ocasião de sua investidura. Parágrafo único. Não deve o árbitro renunciar, salvo excepcionalmente, por motivo grave que o impossibilite para o exercício da função. Nota Explicativa: Uma vez que o árbitro aceitou o encargo, se subentende que ele já avaliou o fato de que é imparcial, e que poderá atuar com independência, com celeridade, e com competência. Também não se admite a renuncia do árbitro. Sua nomeação e aceitação do cargo vincula-o ao processo até o fim. Sua renuncia, poderá acarretar a finalização desse procedimento, e o começo de um novo, face a designação de um novo árbitro.

V – DO ÁRBITRO FRENTE ÀS PARTES Artigo 5° Deverá o árbitro frente às partes: a) utilizar a prudência e a veracidade, se abstendo de promessas e garantias

a respeito dos resultados. b) evitar conduta ou aparência de conduta imprópria ou duvidosa. c) ater-se ao compromisso constante da convenção arbitral, bem como não

possuir qualquer outro compromisso com a parte que o indicou. d) revelar qualquer interesse ou relacionamento que provavelmente afete a

independência ou que possa criar uma aparência de parcialidade ou tendência.

e) ser leal, bem como fiel ao relacionamento de confiança e confidencialidade inerentes ao seu ofício.

Nota Explicativa: O árbitro deverá atuar com suma prudência na sua relação com as partes. Seu relacionamento não deve gerar nenhum vestígio de dúvida quanto à sua imparcialidade e independência. O árbitro é o juiz do procedimento arbitral, portanto, seu comportamento deverá ser necessariamente acorde com a posição que ele detém.

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O fato de o árbitro ter sido nomeado por uma das partes, não significa que a ela esteja vinculado; ao contrário, deverá manter-se independente e imparcial frente a ambas. Deverá manter comportamento probo e urbano para com as partes, dentro e fora do processo.

VI – DO ÁRBITRO FRENTE AOS DEMAIS ÁRBITROS Artigo 6° A conduta do árbitro em relação aos demais árbitros deverá: a) obedecer aos princípios de cordialidade e solidariedade; b) ser respeitoso nos atos e nas palavras; c) evitar fazer referências de qualquer modo desabonadoras a arbitragens

que saiba estar ou ter estado a cargo de outro árbitro; d) preservar o processo e a pessoa dos árbitros, inclusive quando das

eventuais substituições.

VII – DO ÁRBITRO FRENTE AO PROCESSO

Artigo 7° O árbitro deverá: a) manter a integridade do processo; b) conduzir o procedimento com justiça e diligência; c) decidir com imparcialidade, independência e de acordo com sua livre

convicção; d) guardar sigilo sobre os fatos e as circunstâncias que lhe forem expostas

pelas partes antes, durante e depois de finalizado o procedimento arbitral; e) comportar-se com zelo, empenhando-se para que as partes se sintam

amparadas e tenham a expectativa de um regular desenvolvimento do processo arbitral;

f) incumbir-se da guarda dos documentos, quando a arbitragem for “ad hoc” e zelar para que essa atribuição seja bem realizada pela instituição que a desenvolve.

Nota Explicativa: Todos os deveres elencados neste item pressupõem uma conduta do árbitro de forma inatacável, no sentido de não ser objeto de qualquer crítica pelas partes ou por outras pessoas eventualmente interessadas na controvérsia. Daí ser imprescindível sua atribuição de manter a integridade do processo, conduzindo-o de forma escorreita, com extrema retidão em todas as suas ações e atitudes.

VIII - DO ÁRBITRO FRENTE À ENTIDADE ARBITRAL Artigo 8° Deverá o árbitro frente a órgão institucional ou entidade especializada: a) cooperar para a boa qualidade dos serviços prestados pela entidade

especializada; b) manter os padrões de qualificação exigidos pela entidade; c) acatar as normas institucionais e éticas da arbitragem; d) submeter-se a este Código de Conduta Ética, à instrução pela Comissão

Permanente de Ética da INSTITUICÃO ADMINISTRADORA e ao julgamento

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pela Coordenadoria da Câmara de Mediação e Arbitragem, sendo que em caso de empate o voto decisório será do Coordenador.

O presente Código de Conduta Ética foi aprovado pelo Plenário do CREA-RS na Sessão Ordinária nº 1.565, de 14 de setembro de 2001. _____________________________________ Arqº Edson Luis Dal Lago Presidente

NNG/FM (SECRETARIA VENUS \ COM_GTs \ CAMARBITRAGEM \ CODIGO DE CONDUTA ETICA ARBITROS)

Serviço de Registro de Títulos e Documentos de Porto Alegre Av. Borges de medeiros, 309/2º andar fone: (51)32113666

Apresentado, protocolado e registrado em microfilme, nesta data, no Registro Integral de Títulos e Documentos sob nº. 1382926.

Porto Alegre, 26 de novembro de 2001.

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4.2 - CÓDIGO DE CONDUTA ÉTICA DOS MEDIADORES DA CÂMARA DE MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM DO CREA-RS

I - AUTONOMIA DA VONTADE DAS PARTES Artigo 1° A Mediação fundamenta-se na autonomia da vontade das partes, devendo o Mediador centrar sua atuação nesta premissa. Nota explicativa: O caráter voluntário do processo da Mediação, garante o poder das partes de administrá-lo, estabelecer diferentes procedimentos e a liberdade de tomar as próprias decisões durante ou ao final do processo.

II – PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS Artigo 2° O Mediador pautará sua conduta nos seguintes princípios: Imparcialidade, Credibilidade, Competência, Confidencialidade, e Diligência. Nota Explicativa: Imparcialidade: condição fundamental ao Mediador; não pode existir qualquer conflito de interesses ou relacionamento capaz de afetar sua imparcialidade; deve procurar compreender a realidade dos mediados, sem que nenhum preconceito ou valores pessoais venham a interferir no seu trabalho. Credibilidade: O Mediador deve construir e manter a credibilidade perante as partes, sendo independente, franco e coerente. Competência: a capacidade para efetivamente mediar a controvérsia existente. Por isso o Mediador somente deverá aceitar a tarefa quando tiver as qualificações necessárias para satisfazer as expectativas razoáveis das partes. Confidencialidade: os fatos, situações e propostas, ocorridos durante a Mediação, são sigilosos e privilegiados. Aqueles que participarem do processo devem obrigatoriamente manter o sigilo sobre todo conteúdo a ele referente, não podendo ser testemunhas do caso, respeitado o princípio da autonomia da vontade das partes, nos termos por elas convencionados, desde que não contrarie a ordem pública. Diligência: cuidado e a prudência para a observância da regularidade, assegurando a qualidade do processo e cuidando ativamente de todos os seus princípios fundamentais.

III - DO MEDIADOR FRENTE A SUA NOMEAÇÃO Artigo 3° Aceitará o encargo somente se estiver imbuído do propósito de atuar de acordo com os Princípios Fundamentais estabelecidos e Normas Éticas, mantendo íntegro o processo de Mediação. § 1° Revelará, antes de aceitar a indicação, interesse ou relacionamento que possa afetar a imparcialidade, suscitar aparência de parcialidade ou quebra de independência, para que as partes tenham elementos de avaliação e decisão sobre sua continuidade. § 2° Avaliará a aplicabilidade ou não de Mediação ao caso. § 3° Obrigar-se-á, aceita a nomeação, a seguir os termos convencionados.

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IV - DO MEDIADOR FRENTE ÀS PARTES

Artigo 4° A escolha do Mediador pressupõe relação de confiança personalíssima, somente transferível por motivo justo e com o consentimento expresso dos mediados, e para tanto deverá: a) garantir às partes a oportunidade de entender e avaliar as implicações e o desdobramento do processo e de cada item negociado nas entrevistas preliminares e no curso da Mediação; b) esclarecer quanto aos honorários, custas e forma de pagamento; c) utilizar a prudência e a veracidade, abstendo-se de promessas e garantias a respeito dos resultados; d) dialogar separadamente com uma parte somente quando for dado o conhecimento e igual oportunidade à outra; e) esclarecer a parte, ao finalizar uma sessão em separado, quais os pontos sigilosos e quais aqueles que podem ser do conhecimento da outra parte; f) assegurar-se que as partes tenham voz e legitimidade no processo, garantindo assim equilíbrio de poder; g) assegurar-se de que as partes tenham suficientes informações para avaliar e decidir; h) recomendar às partes uma revisão legal do acordo antes de subscrevê-lo. i) eximir-se de forçar a aceitação de um acordo e/ou tomar decisões pelas partes. j) observar a restrição de não atuar como profissional contratado por qualquer uma das partes, para tratar de questão que tenha correlação com a matéria mediada.

V - DO MEDIADOR FRENTE AO PROCESSO Artigo 5° O Mediador deverá: a) descrever o processo da Mediação para as partes; b)definir, com os mediados, todos os procedimentos pertinentes ao processo; c) esclarecer quanto ao sigilo; d) assegurar a qualidade do processo, utilizando todas as técnicas disponíveis e capazes de levar a bom termo os objetivos da Mediação; e) zelar pelo sigilo dos procedimentos, inclusive no concernente aos cuidados a serem tomados pela equipe técnica no manuseio e arquivamento dos dados; f) sugerir a busca e/ou a participação de especialistas na medida que suas presenças se façam necessárias a esclarecimentos para a manutenção da equanimidade; g) interromper o processo frente a qualquer impedimento ético ou legal; h) suspender ou finalizar a Mediação quando concluir que sua continuação possa prejudicar qualquer dos mediados ou quando houver solicitação das partes; i) fornecer às partes, por escrito, as conclusões da Mediação, quando por elas solicitado.

VI - DO MEDIADOR FRENTE À INSTITUIÇÃO Artigo 6° O Mediador deverá: a) cooperar para a qualidade dos serviços prestados pela instituição ou entidade especializada;

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b) manter os padrões de qualificação de formação, aprimoramento e especialização exigidos pela instituição ou entidade especializada; c) acatar as normas institucionais e éticas da profissão; d) submeter-se a este Código de Conduta Ética, à instrução pela Comissão Permanente de Ética da INSTITUIÇÃO ADMINISTRADORA e ao julgamento pela Coordenadoria da Câmara de Mediação e Arbitragem, sendo que em caso de empate, o voto decisório será do Coordenador. O presente Código de Conduta Ética foi aprovado pelo Plenário do CREA-RS na Sessão Ordinária nº 1.565, de 14 de setembro de 2001. _____________________________________ Arqº Edson Luis Dal Lago Presidente

NNG/FM (SECRETARIA VENUS \ COM_GTs \ CAMARBITRAGEM \ CODIGO DE CONDUTA ÉTICA DE MEDIADORES)

Serviço de Registro de Títulos e Documentos de Porto Alegre Av. Borges de Medeiros, 309/2º andar fone:(51)32113666

Apresentado, protocolado e registrado em microfilme, nesta data, no Registro Integral de Títulos e Documentos sob nº. 1382925.

Porto Alegre, 26 de novembro de 2001.

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5 REGIMENTO INTERNO

5.1. REGIMENTO INTERNO DA COORDENADORIA DA CÂMARA DE MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM DO CREA-RS

Conforme Art. 4º, § 5º do Regulamento de Arbitragem da CMA, datado de 07/11/03.

DISPOSIÇÕES GERAIS Art.1° - Este Regimento Interno - R. I., regulará o funcionamento e atribuições da COORDENADORIA DA CÂMARA DE MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM (COORDENADORIA DA CMA) e da SECRETARIA EXECUTIVA que assistirá a COORDENADORIA DA CMA do Crea-RS. Art. 2º - A periodicidade das reuniões da Coordenadoria da CMA será mensal, ordinariamente e, extraordinariamente, por convocação do Coordenador da CMA ou por metade mais um de seus membros. Parágrafo único - A convocação para reunião ocorrerá com antecedência de, no mínimo, 5(cinco) dias consecutivos , por meio escrito. Art. 3° - Os serviços prestados pela Secretaria Executiva (Art. 7º do Regulamento de Arbitragem da CMA) serão organizados dentro da estrutura operacional do CREA-RS, utilizando seu apoio logístico e intelectual. Art. 4º - Os Atos Regimentais serão aprovados por no mínimo cinqüenta por cento mais um dos membros da Coordenadoria. Parágrafo único - Para efeitos deste R.I., entende-se como Ato Regimental, o ato de complementação ao Regimento Interno, sem agregação ao texto legal.

DO QUADRO DE MEDIADORES E ÁRBITROS Art. 5º - Considera-se para a formação do quadro inicial de mediadores e ou árbitros, para os fins deste R.I., os profissionais do sistema Confea/Crea-RS que foram capacitados pelo programa de formação de Mediadores e Árbitros do Crea-RS, que receberão inscrição nos Quadros de Mediadores e ou Árbitros; Art. 6º - Para aqueles profissionais que obtiveram formação, e que buscam sua inscrição nos quadros de Mediadores e ou Árbitros do Crea-RS, requererão à CMA. Art. 7º- A Secretaria Executiva manterá registros de Mediadores e ou Árbitros, contendo a relação atualizada de todos habilitados a atuar no âmbito da CMA, por área profissional.

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Art. 8º - O Mediador e ou Árbitro no exercício de suas funções, fica vinculado ao Código de Conduta Ética dos Mediadores e ao Código de Conduta Ética dos Árbitros. Art. 9º - A Coordenadoria da CMA excluirá dos Quadros de Mediadores e ou Árbitros aquele que: I – assim o solicitar, independentemente de justificativa; II – agir com dolo ou culpa na condução da mediação e arbitragem sob sua responsabilidade; III – violar a confidencialidade e ou a neutralidade; IV – funcionar em procedimento de Mediação e/ou Arbitragem mesmo sendo impedido; Parágrafo único- Os casos previstos nos incisos II a IV deste artigo, serão apurados em regular processo ético, nos termos do Art. 8º. Art. 10 - A solicitação de re-inscrição aos quadros de Mediadores e/ou Árbitros, por aquele que teve sua exclusão do respectivo quadro motivada pelos incisos II a IV do Art. 9º, será requerida à CMA, sob justificativa. Art. 11 - No caso de impossibilidade temporária do exercício da função, o mediador e/ou árbitro informará o fato à CMA para que, durante o período em que perdurar a sua impossibilidade, não lhe sejam feitas novas distribuições, sem prejuízo daquelas mediações e arbitragens em andamento sob sua responsabilidade. Art. 12 - O Mediador e/ou Árbitro fica impedido de prestar serviços profissionais ao Demandante e Demandado, pelo prazo de seis meses, contados a partir do término da mediação e/ou arbitragem na qual teve atuação. Art. 13 - Os serviços do mediador e/ou árbitro serão sempre remunerados, nos termos e segundo os critérios fixados pelo R.I., através da Tabela de Custas e Honorários. Art. 14 - Sob o ponto de vista jurídico, os serviços de mediação e de arbitragem são prestados pelos mediadores e/ou árbitros diretamente aos demandantes e demandados que se utilizam da CMA, sendo esta a administradora do processo.

TABELA DE CUSTAS E HONORÁRIOS Art. 15 - A Tabela de Custas e Honorários elaborada pela Coordenadoria da CMA, poderá ser por ela periodicamente revista, sem prejuízo das ações em andamento. Art. 16 - Os casos omissos, ou situações particulares, envolvendo as custas da arbitragem serão analisados e definidos pela Coordenadoria da CMA.

DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 17 - Qualquer membro da Coordenadoria poderá propor alterações a este Regimento. A aprovação se dará por no mínimo ¾ de sua composição conforme determina o regulamento de Arbitragem.

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Art. 18 - As providências complementares e de execução do presente R.I., serão regidas por Atos Regimentais elaborados pela Coordenadoria da CMA. Art. 19 - A Secretaria Executiva deverá, mediante aprovação da Coordenadoria da CMA, emitir avisos e outros documentos para informação das partes e dos mediadores e/ou árbitros que se revelem necessários à adequada condução do processo. Art. 20 - O R.I. fica vinculado ao Regulamento de Mediação, ao Regulamento da Arbitragem, ao Código de Conduta Ética dos Mediadores e ao Código de Conduta Ética dos Árbitros da CMA do Crea-RS. Art. 21 - Na eventual dúvida, sobre a atribuição para a prática de atos, a solução incumbe à Coordenadoria da CMA. Art. 22 - O presente R. I. passa a vigorar na data de seu registro no Cartório de Títulos e Documentos.

Serviço de Registro de Títulos e Documentos de Porto Alegre Av. Borges de Medeiros, 309/2º andar

fone:(51)32113666 Apresentado, protocolado e registrado em microfilme, nesta data, no

Registro Integral de Títulos e Documentos sob nº. 1423885.

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6 ATOS REGIMENTAIS

6.1. Ato Regimental CMA - CREA–RS, Nº. 01, de 22 de Novembro de 2002.

Dispõe sobre os honorários dos árbitros,

mediadores, custas e taxa de registro.

A Coordenadoria da Câmara de Mediação e Arbitragem do CREA-RS, no uso de suas atribuições conferidas pela decisão P-039/2001 do Plenário do CREA/RS, que aprovou a criação da Câmara de Mediação e Arbitragem do CREA-RS, seus regulamentos e os Códigos de Conduta Ética, e

Considerando o que dispõe o artigo 5º, § 6º, do Regulamento da Câmara de Mediação e Arbitragem do CREA/RS;

RESOLVE: Art. 1º A solicitação de instauração do Juízo Arbitral ou Mediação será

acompanhada de prova de recolhimento da taxa de registro, por meio de guia própria no valor de R$ 100,00 (cem reais), valor esse que será reajustado anualmente no mês de janeiro pela inflação do ano anterior.

Art. 2º Por ocasião de instauração de arbitragem, as partes depositarão um percentual de 10% (dez por cento) do valor da causa para pagamento dos honorários dos árbitros e custas (7,5% para honorários e 2,5% para as custas).

Parágrafo único. O valor total dos honorários dos árbitros e custas será rateado igualmente entre as partes, salvo se no Termo de Compromisso Arbitral ficar acordado pelas partes de maneira diferente, mínimo R$ 500,00 (quinhentos reais).

Art. 3º Os honorários dos mediadores serão fixados à razão de R$ 100,00 (cem reais) até R$ 300,00 (trezentos reais) por hora para cada mediador, reajustados anualmente no mês de janeiro pela inflação do ano anterior.

Parágrafo único. A Câmara de Mediação e Arbitragem poderá, através do Coordenador, estipular honorário equivalente ao valor da causa, no percentual de 2% (dois por cento) a 10% (dez por cento) considerando a complexidade do conflito, dispensando neste caso o critério hora, mínimo R$ 500,00 (quinhentos reais).

Art. 4º A presente Norma entra em vigor a partir da publicação.

Eng° Civil Alice Helena Coelho Scholl COORDENADORA DA CÂMARA DE MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM DO CREA-RS

Aprovada na Reunião n° 01/2002 da Coordenadoria da Câmara de Mediação e Arbitragem do Crea-RS,

realizada em 22/11/2002.

a) Este Ato Regimental nasceu com a denominação de

Norma 01/2002 e foi renomeado pelo Ato Regimental CMA - Crea–RS, nº. 04, de 18 de agosto de 2005, em atendimento ao conforme artigo 18 do Regimento.

b) Revogado pelo Ato Regimental CMA do Crea–RS, nº. 05, de 08 de setembro de 2005.

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6.2 - Ato Regimental CMA CREA–RS, Nº. 02, de 28 de outubro de 2004

Dispõe sobre a composição do Quadro de Mediadores e Árbitros da CMA.

A Coordenadoria da CMA CREA - RS, no uso de suas atribuições conferidas pela decisão do Plenário do CREA/RS Nº P-039/2001, que aprovou a criação da Câmara de Mediação e Arbitragem do CREA - RS, e

Considerando seus Regulamentos de Mediação e Arbitragem; Considerando seus Códigos de Conduta Ética para os Mediadores e

Árbitros; Considerando o que dispõe o artigo 6º, do seu Regimento Interno, RESOLVE: Art. 1º- Aqueles profissionais que obtiveram formação, e que buscam sua

inscrição nos Quadros de Mediadores e/ou Árbitros do Crea – RS, requererão à CMA, instruindo o requerido com:

a) Cópia da Carteira de Identidade do CREA - RS; b) Certidão emitida pelo CREA - RS de que o interessado encontra-se em

situação regular com suas obrigações perante o Conselho. c) Comprovação de conhecimento teórico e prático de Instituto de

Mediação e/ou Arbitragem, através de apresentação de certificados de conclusão de cursos de Mediação e/ou Arbitragem, com o mínimo de 60 (sessenta) horas por Instituto;

d) Míni Currículo; Art. 2º- Tramitação do processo: § 1º- A CMA encaminhará o processo à Comissão de Ética para que esta

certifique a Conduta Ética do profissional requerente; § 2º- A Câmara Especializada da modalidade do profissional requerente,

ao receber o processo da Comissão de Conduta Ética o apreciará, e o encaminhará para a CMA, com sua manifestação sobre a inclusão do profissional nos Quadros de Mediadores e/ou Árbitros da CMA Crea – RS.

Art. 3º- A inclusão do requerente nos Quadros de Mediadores e/ou Árbitros

da CMA Crea – RS, fica condicionada a homologação pela Coordenadoria da CMA. § Único- A CMA poderá solicitar ao requerente complementação de

informações.

Art. 4º- O presente Ato Regimental passa a vigorar na data de sua aprovação.

Aprovado em 28 de outubro de 2004.

Eng° Civil Alice Helena Coelho Scholl COORDENADORA DA CÂMARA DE MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM DO CREA-RS

CONHECENDO A CAMARA DE MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM DO CREA RS – EDIÇÃO 2008 50

6.3 - Ato Regimental CMA - CREA–RS, Nº. 03, de 28 de outubro de 2004

Dispõe sobre a validade dos Certificados dos Mediadores e Árbitros da CMA do CREA - RS.

A Coordenadoria da CMA CREA - RS, no uso de suas atribuições conferidas pela decisão do Plenário do CREA/RS Nº P – 039 / 2001, que aprovou a criação da Câmara de Mediação e Arbitragem do CREA - RS, e

Considerando seus Regulamentos de Mediação e Arbitragem; Considerando seus Códigos de Conduta Ética para os Mediadores e

Árbitros; RESOLVE: Art. 1º- Estabelecer que o prazo de validade dos Certificados de

Mediadores e ou Árbitros da CMA CREA – RS corresponderá ao Ano Civil. Parágrafo único: somente os certificados entregues no ano de 2004 terão validade até o final do decurso do ano seguinte.

Art. 2º- A revalidação dos Certificados de Mediador e ou Árbitro será automática e correspondente ao Ano Civil, satisfazendo as seguintes condições:

O Mediador e ou Árbitro deverá estar regular com suas obrigações perante o Conselho; Deverá ser certificada a conduta ética do profissional junto à Comissão de Ética deste Conselho.

Art. 3º- O presente Ato Regimental passa a vigorar na data de sua

aprovação.

Aprovado em 11 de novembro de 2004.

Eng° Civil Alice Helena Coelho Scholl COORDENADORA DA CÂMARA DE MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM DO CREA-RS

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6.4 - Ato Regimental CMA - CREA–RS, Nº. 04, de 18 de agosto de 2005

Altera a denominação da Norma 01/2002.

A Coordenadoria da Câmara de Mediação e Arbitragem do Crea-RS,

no uso de suas atribuições conferidas pela decisão plenária P-057/2003 do CREA-RS, de 07 de Novembro de 2003, que aprovou a criação da CMA Crea-RS, seus regulamentos e os Códigos de Conduta Ética, e

Considerando que a Norma 01/2002 aprovada em 22 de novembro

de 2002, foi equivocadamente assim denominada; Considerando que compete a Coordenadoria da CMA elaborar Atos

Regimentais como providências complementares ao Regimento Interno, conforme artigo 18 do Regimento;

Considerando o que dispõem o parágrafo único do artigo 4º do

Regimento Interno da Coordenadoria da Câmara de Mediação e Arbitragem do Crea-RS, de 7 de Novembro de 2003;

RESOLVE: Art. 1º A Norma 001/2002 desta CMA, passa a ser denominada de

Ato Regimental 001/2002. Art. 2º O presente Ato Regimental passa a vigorar na data de sua

aprovação.

Aprovado em 18 de agosto de 2005.

Arquiteta Orildes Tres COORDENADORA DA CÂMARA DE MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM DO CREA-RS

CONHECENDO A CAMARA DE MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM DO CREA RS – EDIÇÃO 2008 52

6.5 - Ato Regimental CMA - CREA–RS, Nº. 05, de 08 de setembro de 2005.

Dispõe sobre os honorários dos árbitros e mediadores, taxas de registro e administração.

A Coordenadoria da Câmara de Mediação e Arbitragem do Crea-RS, no

uso de suas atribuições conferidas pela decisão P-057/2003, de 07 de Novembro de 2003, do Plenário do Crea-RS, que aprovou a criação da CMA Crea-RS, seus regulamentos e os Códigos de Conduta Ética, e

Considerando o que dispõe o artigo 4º, § 5º, do Regulamento da Câmara

de Mediação e Arbitragem do Crea-RS; Considerando o que dispõem o artigo 15º, do Regimento Interno da

Coordenadoria da Câmara de Mediação e Arbitragem do Crea-RS, de 7 de Novembro de 2003;

RESOLVE: Art. 1º A solicitação de instauração do Juízo Arbitral ou Mediação será

acompanhada de prova de recolhimento da taxa de registro, por meio de guia própria no valor de R$ 100,00 (cem reais).

Art. 2º Para a mediação, as partes arcarão com as taxas e honorários

descritos da seguinte forma:

MEDIAÇÃO

TAXAS (R$) HONORÁRIOS (R$)

Registro Administração Valor por hora Valor mínimo

100,00 200,00 150,00 800,00

Art. 3º Para a arbitragem, as partes arcarão com as taxas e honorários descritos da seguinte forma:

ARBITRAGEM

VALOR DO LITÍGIO (R$) TAXA (R$) HONORÁRIOS (R$)

Registro Administração Aplicar sobre o valor do litígio

Mínimo

Até 10.000,00

100,00

200,00 800,00

Faixa

10.001,00 25.000,00 400,00 8% 800,00

25.001,00 50.000,00 600,00 7% 2.000,00

50.001,00 100.000,00 1.000,00 6% 3.500,00

100.001,00 250.000,00 1.500,00 5% 6.000,00

250.001,00 500.000,00 2.500,00 4% 12.500,00

500.001,00 1.000.000,00 3.500,00 3% 20.000,00 Acima 1.000.001,00 5.000,00 A ser fixado pela Coordenação CMA

Art. 4º As taxas e honorários decorrentes da mediação e ou arbitragem, serão rateadas igualmente entre as partes, assim como despesas adicionais inerentes ao bom andamento do processo, salvo outro acordo entre as partes.

Art. 5º O presente Ato Regimental passa a vigorar na data de sua

aprovação.

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Art. 6º Fica revogado o Ato Regimental nº. 01 da Câmara de Mediação e Arbitragem, de 22 de novembro de 2002. (Renomeado através do Ato Regimental nº. 04 de 18 de agosto de 2005).

Aprovado em 08 de setembro de 2005.

Arquiteta Orildes Tres COORDENADORA DA CÂMARA DE MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM DO CREA-RS

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7 DOCUMENTOS UTILIZADOS PELA SECRETARIA DA CMA

7.1 – REQUERIMENTO PROTOCOLO – MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM

DEMANDANTE:

Nome/Razão Social: Nº de Reg.: E-mail:

Título Profissional/ Ramo de Atividade: CIC./CGC.:

End.: Nº C.P.: Sala nº: Conj. nº: Fone/Fax:

Bairro: Cidade: Cep.: UF.:

DEMANDADO:

Nome/Razão Social: Nº de Reg.: E-mail:

Título Profissional/ Ramo de Atividade: CIC./CGC.:

End.: Nº Fone/Fax:

Bairro: Cidade: CEP.: UF.:

Porto Alegre, ________ de ___________________________ de _________.

______________________________________

Assinatura do demandante

Requerimento devidamente conferido por: Recebi o documento solicitado

____________________________________ Em: / /

Sede/inspetoria Nome:

___/___/___ ________________

Data Funcionário Assinatura

Cód. 3000

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7.2 - REQUERIMENTO DE ARBITRAGEM

Ref.: Arbitragem protocolo n.º XX/XXXXX Porto Alegre, XX de XXXX de XXX

Demandante: Nome, Profissão, estado civil, domicílio

O Demandante concorda expressamente em resolver seu conflito, através do processo de Arbitragem, requerendo que seja chamada para participar desta alternativa privada de solução de conflito, a outra parte abaixo qualificada, denominada de Demandada:

Nome: ___________________________________________________________________ Endereço: ________________________________________________________________ Telefones para contato: _____________________________________________________ Relato do conflito: ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Valor estimado da ação em reais: R$ ____________________________________________ Contrato de origem:__________________________________________________________ Informações complementares: ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Atenciosamente,

____________________________ Fulano de tal Demandante

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7.3 - CONVITE DE ARBITRAGEM

Porto Alegre, xx de xxxx de xxx

Ref.: Arbitragem Protocolo n.º xxxxxxxxxxx

À

DEMANDADO Rua Bairro: Cidade

Prezado Senhor,

Informamos a V. Sa que esta Câmara de Mediação e Arbitragem do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio Grande do Sul (CREA-RS) recebeu um Requerimento de Instituição do Juízo Arbitral (CÓPIA ANEXA), formulado por DEMANDANTE, ENDEREÇO COMPLETO, no Município de , tendo em vista a manifestação de conflito entre as Partes oriundo da execução de obras na piscina de uma unidade residencial, localizada no Município de Gravataí-RS.

Analisando os documentos anexados ao requerimento formulado pela referido demandante, esta Câmara de Mediação e Arbitragem constatou a inexistência no contrato firmado pelas Partes da denominada “Cláusula Compromissória”.

Entretanto, a falta desta cláusula não impede a intervenção e atuação desta Câmara de Mediação e Arbitragem na busca de uma solução para o conflito noticiado pela Parte Demandante, mesmo porque há no seu Regulamento (artigo 11 §2) previsão expressa que a autoriza a agir neste sentido, procedimento que não é vedado pela lei de Arbitragem 9307/96:

“Artigo 11 - § 2º Inexistindo cláusula compromissória e havendo interesse das partes em solucionar o conflito por arbitragem, as partes interessadas deverão protocolizar na Secretaria Executiva requerimento visando à elaboração do Termo de Compromisso Arbitral, com nome completo, qualificação e endereço das partes, bem como de seus procuradores, anexando cópia do contrato do qual resulta o conflito ou a que ele esteja relacionado, indicando o objeto do conflito e pontos controversos e fazendo prova do recolhimento da Taxa de Registro Arbitral.”

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Para tanto, enviamos cópia do regulamento de Arbitragem da CMA/CREA-RS, da Lei de Arbitragem 9307/96 e do Requerimento do Demandante. Informamos que esclarecimentos adicionais poderão ser obtidos junto à Secretaria Executiva da Câmara de Mediação e Arbitragem do CREA-RS, na rua Guilherme Alves, 1010 – térreo, bairro Partenon, Porto Alegre-RS, no horário das 9h00 às 12h00 e das 13h00 às 18h00, pelo telefone (51) 33202155 ou pelo e-mail: [email protected]. Considerando que as Partes em conflito podem dispor de meio alternativo para solução de conflitos extrajudicial, vimos através deste, CONVIDAR o DEMANDADO, para no prazo de 15 (quinze) dias a contar do recebimento desta, manifestar-se favoravelmente ou não, a respeito do Requerimento de Instauração do Juízo Arbitral e início do procedimento para solução do conflito.

Atenciosamente,

Secretaria da CMA CREA-RS

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7.4 – CONVOCAÇÃO PARA FIRMAR TERMO DE COMPROMISSO ARBITRAL

Convocação __ /200_ Porto Alegre, __ de ________ de ____

Ref.: Arbitragem ___/200

Demandante:

Demandado:

Prezado(a) Senhor(a): Consoante dispõe o artigo __, do Regulamento da Câmara de Mediação e Arbitragem do CREA-RS, vimos CONVOCAR Vossa Senhoria para comparecer ou se fazer representar mediante procuração às __ horas do dia __ de ________ , do presente ano, na Rua Guilherme Alves, n 1010, térreo, com a finalidade de estatuir, de comum acordo, a respeito do conteúdo do Compromisso Arbitral e firmar o respectivo Termo de Compromisso Arbitral, conforme o pactuado na Cláusula Compromissória constante no contrato, assim como para entabular contatos iniciais tendentes a dar uma solução amigável à controvérsia apresentada na arbitragem em epígrafe, através de conciliação, antes de estabelecer o contraditório.

Informamos que esclarecimentos adicionais poderão ser obtidos junto à Secretaria Executiva desta Instituição Especializada, na Rua Guilherme Alves, nº. 1010, térreo, no horário das 9h00 às 12h00 e das 13h00 às 18h00, pelo telefone (51) 3320 2155 ou através do e-mail [email protected]. Atenciosamente,

Secretaria da CMA CREA-RS

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7.5 - NOTIFICAÇÃO DE ARQUIVAMENTO

Ref.: Arbitragem protocolo nº Porto Alegre, ___ de _______ de 200.

À DEMANDANTE Endereço:

Prezado(a) Senhor(a):

Em razão da ausência de manifestação do (DEAMANDADO), informamos a V. S. As que o processo nº ____ foi ARQUIVADO, nos termos do Regulamento

dessa Câmara de Mediação e Arbitragem, segundo o § 3º do Art. 11 – Regulamento de Arbitragem:

Art. 11. Inexistindo cláusula compromissória e havendo interesse das partes em solucionar o conflito por arbitragem, as partes interessadas deverão protocolizar na Secretaria Executiva requerimento visando à elaboração do Termo de Compromisso Arbitral, com nome completo, qualificação e endereço das partes, bem como de seus procuradores, anexando cópia do contrato do qual resulta o conflito ou a que ele esteja relacionado, indicando o objeto do conflito e pontos controversos e fazendo prova do recolhimento da Taxa de Registro de Arbitragem. § 1º A Secretaria Executiva, de posse da documentação apresentada, convocará as partes, para em dia, local e hora, elaborar e firmarem o Termo de Compromisso Arbitral. § 2º Ainda na hipótese de inexistência de cláusula compromissória ou, existindo e elegendo somente a arbitragem para resolução de litígios, sem indicar nenhuma Entidade Especializada, qualquer parte poderá requerer a instauração do Juízo Arbitral, fazendo prova do recolhimento da Taxa de Registro de Arbitragem. A Secretaria Executiva notificará a outra parte para, dentro do prazo de 15 (quinze) dias, venha se manifestar sobre o pedido de instauração do Juízo Arbitral.

§ 3º Transcorrido o prazo mencionado no parágrafo anterior, sem que tenha havido manifestação da outra parte; ou, em havendo, tenha sido contrária à via arbitral, o requerimento será arquivado, ficando os documentos que eventualmente o instruíram, à disposição das partes

Atenciosamente,

Secretaria da CMA CREA-RS

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7.6 - TERMO DE COMPROMISSO ARBITRAL

Ref.: Arbitragem protocolo nº ____/200 Porto Alegre, ___ de _______ de 200

Servirá o presente TERMO DE COMPROMISSO ARBITRAL, elaborado na forma da Lei 9307/96, respeitando o princípio da autonomia da vontade, para composição ou resolução da controvérsia instalada entre as partes através da arbitragem que deverá ser desenvolvida na Câmara de Mediação e Arbitragem do CREA-RS, segundo Regulamento desta, na forma e nos termos adiante especificados. PARTES Demandante: Fulano de tal , estudante, casado, domiciliado. Demandado: Fulano de tal , estudante, casado, domiciliado. ÁRBITROS nome, profissão, domicílio ÁRBITROS SUBSTITUTOS EM ORDEM PROGRESSIVA nome, nacionalidade, profissão, domicílio MATÉRIA OBJETO DA ARBITRAGEM LOCAL DA ARBITRAGEM O procedimento arbitral se desenvolverá na cidade de Porto Alegre, na sede da Câmara de Mediação e Arbitragem do CREA-RS, sito a Rua Guilherme Alves, 1010, ........ LUGAR ONDE SERÁ PROFERIDA A SENTENÇA ARBITRAL Será proferida a sentença arbitral na sede da CMA CREA – RS. PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DA SENTENÇA ARBITRAL Fica definido que os árbitros nomeados terão um prazo máximo de __ dias, constados da data de assinatura de Aceitação de todos os árbitros, para apresentação da Sentença Arbitral. VALOR DA DEMANDA O valor da demanda é estimado em R$ ____________ FIXAÇÃO DOS HONORÁRIOS DOS ÁRBITROS

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Os honorários dos árbitros indicados e compromissados, será de, R$ ___________, conforme estabelece a Tabela de Honorários dos Árbitros da Câmara de Mediação e Arbitragem do CREA-RS. FIXAÇAO DOS VALORES DAS CUSTAS DA ARBITRAGEM O valor das custas será de R$______, conforme Tabela de Custas e Honorários da CMA do CREA-RS. RESPONSABILIDADE PELO PAGAMENTO DOS HONORÁRIOS E DAS CUSTAS DA ARBITRAGEM Os valores dos honorários e das custas com a arbitragem serão rateados igualmente entre Demandante e Demandado. Os honorários serão pagos diretamente aos árbitros e as custas à CMA do CREA-RS. FORMA DE JULGAMENTO As partes acordam que a controvérsia ora instalada deverá ser resolvida por ______________. Tendo comparecido a esta CMA o Demandante e o Demandado, já acima qualificados, lavrou-se o presente Termo de Compromisso Arbitral, em três vias, e que lido e em tudo achado conforme, vai devidamente assinado pelo Demandante, Demandado e duas testemunhas.

_____________________________________________ DEMANDANTE

____________________________________________

DEMANDADO

_____________________________________________

TESTEMUNAS

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7.7 - INDICAÇÃO DE ÁRBITRO

Ref.: Arbitragem protocolo nº ____/200 Porto Alegre, ___ de _______ de 200

Demandante:

Endereço:

Demandado:

Endereço:

Prezado(a) Senhor(a):

Consoante dispõe Regulamento de Arbitragem da Câmara de Mediação e Arbitragem do CREA-RS, vimos SOLICITAR à Vossa Senhoria para, no prazo de 15 dias, a contar da data do recebimento, indicar o(s) árbitro(s) que pretender na composição do tribunal arbitral, que deverá julgar a controvérsia objeto da arbitragem em epígrafe.

Para tanto, enviamos relação dos nomes dos profissionais que integram o Quadro de Árbitros e os resumos dos currículos.

Informamos que esclarecimentos adicionais poderão ser obtidos junto à Secretaria Executiva da Câmara de Mediação e Arbitragem do CREA-RS, na rua Guilherme Alves 1010 – Térreo, Bairro Partenon, Porto Alegre-RS, no horário das 9h às 12h e das 13h às

18h, pelo telefone (51) 3320 2155 ou pelo e-mail: [email protected].

Atenciosamente,

____________________________ Fulano de tal

Secretaria da CMA CREA-RS

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7.8 - TERMO DE ACEITAÇÃO DE ÁRBITRO

Ref.: Arbitragem protocolo nº ____/200 Porto Alegre, ___ de _______ de 200

Demandante:

Endereço:

Demandado:

Endereço:

(Nome, nacionalidade, profissão, domicílio), indicado como árbitro pelas partes, no Termo de Compromisso Arbitral, fls. __ dos autos da arbitragem nº ___, supra referenciada, declaro aceitar o encargo para exercer a função de árbitro, que me foi incumbida, assumindo o compromisso de proceder com imparcialidade, competência, diligência, independência, sigilo e discrição visando proporcionar às partes uma decisão justa e eficaz da controvérsia objeto da arbitragem, no prazo máximo de __ dias, e de respeitar o que dispõe a Lei 9307/96, Regulamento de Arbitragem da Câmara de Mediação e Arbitragem do CREA-RS e deveres constantes do Código de Ética dos Árbitros. Declara que não tem com as partes, Demandante e Demandado e o litígio, nenhuma das relações que caracterizam os casos de impedimento ou suspeição, dispostos na Lei 9307/96 e no Regulamento da CMA do CREA-RS.

Atenciosamente,

____________________________

Fulano de tal Árbitro da CMA CREA-RS

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7.9 – CONVOCAÇÃO DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO

Convocação: __/200 Porto Alegre, __ de _______ de 200

Ref.: Arbitragem ___/200 Demandante: Demandado: Prezado(a) Senhor(a): Consoante dispõe o art. 21, parágrafo 4, da Lei 9307/96, vimos CONVOCAR Vossa Senhoria para comparecer ou se fazer representar mediante procuração às __ horas do dia __, na Câmara de Mediação e Arbitragem do CREA-RS, situada à rua Guilherme Alves, n 1010, 2 andar, para AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO. Havendo acordo será lavrado o respectivo termo de acordo e, se requerido, pelas partes, homologado por sentença arbitral. Não havendo acordo, conforme dispõe o Regulamento da Instituição Especializada, será lavrado o Termo de Início do Procedimento Arbitral, para explicar questões dispostas na convenção de arbitragem, que passará a fazer parte integrante do compromisso arbitral da arbitragem em epígrafe. Informamos que esclarecimentos adicionais poderão ser obtidos junto à Secretaria Executiva da Instituição Especializada situada à Rua Guilherme Alves, 1010, térreo, das 9h às 12h e das 12h às 18h, pelo telefone (51) 3320 21 55 ou através do e-mail [email protected].

Atenciosamente,

Secretaria da CMA CREA-RS

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7.10 - REQUERIMENTO DE MEDIAÇÃO

Ref.: Mediação protocolo nº ____/200 Porto Alegre, ___ de _______ de 200

Solicitante:

Endereço:

O Solicitante concorda expressamente em resolver seu conflito, através do processo de Mediação, requerendo que seja chamada para participar desta alternativa privada de solução de conflito, a outra parte abaixo qualificada, denominada de Solicitada:

Nome: _________________________________________________________________ Endereço: ______________________________________________________________ Telefones para contato: ___________________________________________________ Relato do conflito: __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________Valor aproximado da ação em reais: R$ _________________________________________ Contrato de origem: _________________________________________________________ Informações complementares: __________________________________________________________________________

Atenciosamente,

Fulano de tal Solicitante

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7.11 - TERMO DE COMPROMISSO DE MEDIAÇÃO

Ref.: Mediação protocolo nº ____/200 Porto Alegre, ___ de _______ de 200

SOLICITANTE: ENDEREÇO:

SOLICITADO: ENDEREÇO: Servirá o presente documento como Termo de Mediação, com fim de, indicado(s) e compromissado(s) o(s) mediador(es), seja instaurada, na forma do Regulamento da CMA do CREA-RS, a Mediação, para composição da controvérsia. Caso, não seja solucionado, o litígio em questão através de mediação, as partes concordam em resolver através de Arbitragem através da mesma CMA.

DAS PARTES

(nome, endereço...) MEDIADOR(ES) INDICADO(S) As partes, conforme Regulamento da CMA do CREA - RS, indicam o(s) __________________________ para realizar a presente Mediação. MEDIADOR(ES) SUBSTITUTO(S) As partes, conforme Regulamento da CMA do CREA - RS, indicam o(s) _______________________ como Mediador(es) Substituto(s). MATÉRIA OBJETO DA MEDIAÇÃO O conteúdo da matéria que será objeto da Mediação ________ LOCAL DA MEDIAÇÃO Fica estabelecido como local da presente Mediação a cidade de Porto Alegre – RS. PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DA MEDIAÇÃO As partes definem juntamente com o(s) Mediador(es) um prazo máximo de ____ dias para concluírem a mediação VALOR DA DEMANDA

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O valor da demanda será de _____________ FIXAÇÃO DOS HONORÁRIOS DO MEDIADOR Os honorários do(s) Mediador(es) indicado(s) e compromissado(s), assim como o do(s) mediador(es) substituto(s) será de R$___, pagos diretamente a cada um, conforme Tabela de Custas e Honorários da CMA do CREA-RS. FIXAÇÃO DOS VALORES DAS CUSTAS DA MEDIAÇÃO O valor de custas será de R$_______, pagos diretamente à CMA, conforme Tabela de Custas e Honorários da CMA do CREA-RS. DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE PELO PAGAMENTO DOS HONORÁRIOS E DAS CUSTAS DE MEDIAÇÃO A responsabilidade pelo pagamento do valor dos honorários e das custas com a presente Mediação será de __________. REUNIÕES Fica definido como local das reuniões a Câmara de Mediação e Arbitragem do CREA-RS, sempre no horário __________. Tendo comparecido a esta CMA o Solicitante e o Solicitado, já acima qualificados, lavrou-se o presente Termo de Compromisso Arbitral, em três vias, e que lido e em tudo achado conforme, vai devidamente assinado pelas partes e duas testemunhas.

_____________________________________________ DEMANDANTE

____________________________________________

DEMANDADO

_____________________________________________

TESTEMUNAS

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7.12 - INDICAÇÃO DE MEDIADOR

Ref.: Mediação protocolo nº ____/200 Porto Alegre, ___ de _______ de 200

SOLICITANTE: ENDEREÇO:

SOLICITADO: ENDEREÇO:

Prezado(a) Senhor(a):

Consoante dispõe Regulamento de Mediação e Arbitragem da CMA do CREA-RS, vimos SOLICITAR à Vossa Senhoria para, no prazo de 15 dias, a contar da data do recebimento, indicar o(s) mediador(s) que pretender na composição da mediação em epígrafe.

Para tanto, enviamos relação dos nomes dos profissionais que integram o Quadro de Mediadores e os resumos dos currículos.

Informamos que esclarecimentos adicionais poderão ser obtidos junto à Secretaria Executiva da Câmara de Mediação e Arbitragem do CREA-RS, na Rua Guilherme Alves 1010 – Térreo, Bairro Partenon, Porto Alegre-RS, no horário das 9h00 às 12h00 e das

13h00 às 18h00, pelo telefone (51) 3320 2155 ou pelo e-mail: [email protected].

Atenciosamente,

Fulano de tal Secretaria da CMA CREA-RS

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7.13 - TERMO DE ACEITAÇÃO DE MEDIADOR

Ref.: Mediação protocolo nº ____/200 Porto Alegre, ___ de _______ de 200 SOLICITANTE: ENDEREÇO:

SOLICITADO: ENDEREÇO:

Eu, _______________________________________________________________,

Nac.____________, Est. Civil ___________, Profissão ______________, RG nº.

______________________, CNPF nº ____________________, residente e

domiciliado na Rua ____________________________________, nº _______,Bairro

________________, Cidade________________, UF _____, assumo o encargo da

mediação e o compromisso de manter sigilo absoluto quanto aos assuntos tratados

na Mediação referida.

Mediador

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7.14 - TERMO DE ENCERRAMENTO DE MEDIAÇÃO COM ACORDO

Ref.: Mediação protocolo nº. ____/200 Porto Alegre, ___ de _______ de 200 SOLICITANTE: ENDEREÇO: SOLICITADO: ENDEREÇO: Nº. Sessões: _______; Nº. Horas:________ CONDIÇÕES DO ACORDO Em decorrência de procedimento de Mediação realizado sob a supervisão da CMA do CREA-RS, as partes dão por findo o litígio existente entre si, de acordo com as condições abaixo: ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Diante do exposto, as partes signatárias obrigam-se mutuamente ao cumprimento voluntário do avençado, certo que, na hipótese de descumprimento, arcará a parte infratora com a multa de 10% (dez por cento) do valor pactuado no acordo, além das cominações legais, executáveis judicialmente.

_____________________________________________ SOLICITANTE

____________________________________________

SOLICITADO(A)

_____________________________________________

MEDIADOR(ES)

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7.15 - TERMO DE ENCERRAMENTO DE MEDIAÇÃO COM ACORDO Ref.: Mediação protocolo nº ____/200 Porto Alegre, ___ de _______ de 200 SOLICITANTE: ENDEREÇO: SOLICITADO: ENDEREÇO: Nº. Sessões: _______; Nº. Horas: ________ ENCERRAMENTO SEM ACORDO Em decorrência de procedimento de Mediação realizado sob a supervisão da CMA do CREA-RS, as partes dão por findo o Instituto da Mediação, sem lograrem êxito de acordo. No entanto declaram aceito o Instituto da Arbitragem para a busca da solução do conflito em pauta e elegem a CMA do CREA – RS.

_____________________________________________ SOLICITANTE

_______________________ _____________________

SOLICITADO(A)

_____________________________________________

MEDIADOR(ES)