ecumenismoprovém da palavra grega "oikos" (casa), designando "toda a terra

habitada"

Ecologia deriva do grego oikos + logos:estudo de toda a terra habitada

• economia vem do grego oikos (casa) e nomos (costume ou lei)ou também gerir, administrar: daí "regras da casa" (lar) e "administraçao da casa"

uma fraternidade de 348 igrejas cristãs de 120 países

CONSELHO

MUNDIAL DE

IGREJAS

Iansã e Sta Bárbara: a outra é a mesma?

Nesta quinta-feira, dia 3 de setembro, foi sancionada a lei que legitima o dia da Marcha para Jesus no Brasil. Projeto de autoria do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ).

Acordo entre Brasil e Santa Sé.

O Vale de Ossos Secos

• Então me disse: Filho do homem, estes ossos são toda a casa de Israel. Eis que dizem: Os nossos ossos se secaram, e pereceu a nossa esperança; nós mesmos estamos cortados.(Ezequiel 37, 11)

A referência à violência da ocupação babilônica (597aec) pode ser exata mas não expressa o amontoado de história e políticas que levaram o povo de Judá a uma experiência tão extrema de dissolução. As marcas dos imperialismos continuados (Egito, Assíria, Babilônia...) devem ser somados aos desmandos das elites nacionais numa equação dramática de desgaste das alternativas políticas para Judá.

Os ossos secos então... o que são? Representam o Estado prostrado pela imposição imperial? Ou expressariam o povo-nação? Traduziriam a sequidão das tradições, o templo derrubado, os rituais interrompidos?

Um movimento! Um rebuliço!

• A profecia de Ezequiel vai desenvolver a imagem de “corpo” como totalidade social: sobre os ossos secos sopra a palavra que engendra nervos, carne e pele. Engendrado o corpo a palavra sopra o espírito que faz viver (Ezequiel 37, 6). A imagem sequíssima é substituída pela animação dos ossos que se erguem e se batem num rebuliço (v. 7).

mas....!• Quando proclama os ossos reanimados feito corpo

Ezequiel vai usar a imagem de “exército grande em extremo” (v. 10) e a partir daí afirmar a posse da terra pelo povo reanimado (v.14). Alguns vão dizer que uma correta tradução do texto hebraico pode deslocar esta perspectiva da reorganização do povo com um imaginário militar-masculino. Pode ser. Mas as traduções disponíveis e a leitura do dia-a-dia acabam assumindo a linguagem de Ezequiel sem elemento de crítica: o povo reerguido é um exército!

...ah! O poder

• Na continuação do texto o imaginário da linguagem de Ezequiel continua comprometida com a simbologia do poder: a vara, a escrita, as tribos e seus patriarcas... “ e um rei será o rei de todos eles” (v. 22).

Ecumenismo então o que é?

• Quando pensamos sobre a unidade dos cristãos/ãs devemos escolher de modo cuidadoso as imagens, textos e símbolos que vamos usar. O texto de Ezequiel 37 pode ser valioso na apresentação do processo de fragmentação, da desolação e do abandono mas, a crítica bíblica e, de modo especial, a leitura popular da Bíblia, deve ajudar a ler a proposta de Ezequiel com os olhos do povo, com as securas da vida.

o mundo habitado! circulação de poder!

• Quando oramos pela unidade... não nos descuidamos de identificar os aparatos de poder das hierarquias eclesiais que muitas vezes manipulam o discurso, as práticas e o espaço da religião como reforço de poder masculino clerical e de uma elite branca e adulta. Reconhecemos nossa fragmentação e sofremos com a sequíssima presença do cristianismo em nossa sociedade também um grande vale de secos ossos.

A unidade que buscamos...

• A unidade que buscamos é a unidade do corpo social, do metabolismo de fazer a vida e não a unidade representada pelas cabeças pensantes e dos escolhidos no poder. Nossa unidade é uma unidade que nasce na luta pela vida, é uma unidade de classe que reconhece os ossos de camponeses, operários, povos da floresta, gentes das periferias da cidade- homens e mulheres. Não nos reconhecemos nos exércitos, nos nomes dos patriarcas e varas.

Novas formas de poder! Novas formas de ser Igreja!

• A unidade da igreja de Jesus acontece e perpassa a busca pela unidade da totalidade social (ossos, nervos, carne, pele) orgânicamente a serviço da vida, disposta a reinventar novas formas de poder e novas formas de ser igreja.