conhe banca e atual do merca finan bb escri intensivao 5-8-apostila

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Atribuições Legais e Regulamentares de Supervisão A Lei 4.595/64 atribuiu competência ao BACEN para fiscalizar: a) bancos comerciais; b) bancos múltiplos; c) bancos de desenvolvimento; d) bancos de investimentos; e) Caixa Econômica Federal (CEF); e f) sociedades de crédito, financiamento e investimento. A mesma lei deu competência ao BACEN para regular o mercado cambial. Outras instituições ou operações supervisionadas pelo BACEN em decorrência de atribuições legais: a) Sociedades de Crédito Imobiliário (Lei 4.380/64; b) Corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários (Lei 4.728/65). O Bacen fiscaliza as operações com títulos de renda fixa e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), as transações com títulos e valores mobiliários. c) Associações de Poupança e Empréstimos (Dec. Lei 70/66). d) Cooperativas de Crédito (Lei 5.764/71 e Lei Complem. 130/2009). e) Sociedades de Arrendamento Mercantil (Lei 6.099/74). f) Administradoras de Consórcio (Lei 11.795/2008*. g) Escritórios de representação de instituições financeiras sediadas no exterior (Lei 9.613/98*. h) Sociedades de Crédito ao Microempreendedor (Lei 10.194/2001). i) Agências de Fomento (Medida Provisória 2.192-70, de 2001). j) Empresas de auditoria contábil e auditores contábeis independente. k) Agências de turismo e meios de hospedagem autorizados pelo BACEN a operar no mercado de câmbio (Lei 4.595/64). l) Empresas brasileiras que administram cartões de crédito de uso internacional (Lei 4.595/64). m) Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), nas transferências internacionais de recursos vinculados a vales postais internacionais (4.595/64). O Bacen fiscaliza as seguintes operações: a) Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR): b) Sistema Financeiro de Habitação (SFH); c) Aplicação dos recursos do Programa de Subsídio à Habitação de Interesse Social (PSH). Embora a supervisão dos fundos de investimentos, conforme Lei 10.313/2001, seja exclusiva da CVM, cabe ao BACEN verificar: a) mecanismos de gestão e controle dos riscos da administradora de recursos; e b) segregação entre administração do fundo e gestão da instituição administradora (Chinese Wall). O Bacen não dispõe de competência para fiscalizar quaisquer outras sociedades, como por exemplo, as de fomento comercial (factoring) e das administradoras de cartão de crédito de validade nacional, quando desenvolvem suas atividades regulares. Ainda, de acordo com a Lei 4.595/64, o BACEN poderá exigir de quaisquer pessoas físicas ou jurídicas, que atuem como instituição financeira, sem estarem autorizadas, a exibição de documentos, papéis e livros de escrituração. Esses trabalhos somente serão executados se houver elementos de convicção das representações fundamentadas e documentos que comprovem tais atividades. (Fonte: BACEN). Operações de administradoras de consórcios, sem prévia autorização, e desde que típicas do segmento, poderão sujeitar-se à fiscalização do BCB, no uso da competência legal deferida pela Lei n° 11.795, de 2008, em seus arts. 5º e 7º, inc. I, sendo tais trabalhos também restritos à existência prévia de representações fundamentadas, que contenham seguros elementos de convicção e documentos comprobatórios. O BACEN dispõe de instrumentos disciplinares e punitivos para coibir práticas irregulares, implementar medidas de natureza educativa e enfrentar situações que coloquem em risco a estabilidade do Sistema Financeiro Nacional. São eles: a) processo administrativo punitivo; b) medidas cautelares; c) classificação de instituições supervisionadas na situação “em evidência”. Processo administrativo punitivo: a) advertência; b) multa; c) suspensão do exercício de cargos; d) inabilitação para o exercício de cargos de direção na administração ou na gerência de instituições supervisionadas;

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Page 1: Conhe Banca e Atual Do Merca Finan Bb Escri Intensivao 5-8-Apostila

Atribuições Legais e Regulamentares de Supervisão A Lei 4.595/64 atribuiu competência ao BACEN para fiscalizar:

a) bancos comerciais; b) bancos múltiplos; c) bancos de desenvolvimento; d) bancos de investimentos; e) Caixa Econômica Federal (CEF); e f) sociedades de crédito, financiamento e investimento.

A mesma lei deu competência ao BACEN para regular o mercado cambial. Outras instituições ou operações supervisionadas pelo BACEN em decorrência de atribuições legais:

a) Sociedades de Crédito Imobiliário (Lei 4.380/64; b) Corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários (Lei 4.728/65). O Bacen fiscaliza as

operações com títulos de renda fixa e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), as transações com títulos e valores mobiliários.

c) Associações de Poupança e Empréstimos (Dec. Lei 70/66). d) Cooperativas de Crédito (Lei 5.764/71 e Lei Complem. 130/2009). e) Sociedades de Arrendamento Mercantil (Lei 6.099/74). f) Administradoras de Consórcio (Lei 11.795/2008*. g) Escritórios de representação de instituições financeiras sediadas no exterior (Lei 9.613/98*. h) Sociedades de Crédito ao Microempreendedor (Lei 10.194/2001). i) Agências de Fomento (Medida Provisória 2.192-70, de 2001). j) Empresas de auditoria contábil e auditores contábeis independente. k) Agências de turismo e meios de hospedagem autorizados pelo BACEN a operar no mercado

de câmbio (Lei 4.595/64). l) Empresas brasileiras que administram cartões de crédito de uso internacional (Lei 4.595/64). m) Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), nas transferências internacionais de

recursos vinculados a vales postais internacionais (4.595/64). O Bacen fiscaliza as seguintes operações:

a) Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR): b) Sistema Financeiro de Habitação (SFH); c) Aplicação dos recursos do Programa de Subsídio à Habitação de Interesse Social (PSH).

Embora a supervisão dos fundos de investimentos, conforme Lei 10.313/2001, seja exclusiva da CVM,

cabe ao BACEN verificar: a) mecanismos de gestão e controle dos riscos da administradora de recursos; e b) segregação entre administração do fundo e gestão da instituição administradora (Chinese

Wall). O Bacen não dispõe de competência para fiscalizar quaisquer outras sociedades, como por exemplo,

as de fomento comercial (factoring) e das administradoras de cartão de crédito de validade nacional, quando desenvolvem suas atividades regulares.

Ainda, de acordo com a Lei 4.595/64, o BACEN poderá exigir de quaisquer pessoas físicas ou jurídicas, que atuem como instituição financeira, sem estarem autorizadas, a exibição de documentos, papéis e livros de escrituração. Esses trabalhos somente serão executados se houver elementos de convicção das representações fundamentadas e documentos que comprovem tais atividades. (Fonte: BACEN). Operações de administradoras de consórcios, sem prévia autorização, e desde que típicas do segmento, poderão sujeitar-se à fiscalização do BCB, no uso da competência legal deferida pela Lei n° 11.795, de 2008, em seus arts. 5º e 7º, inc. I, sendo tais trabalhos também restritos à existência prévia de representações fundamentadas, que contenham seguros elementos de convicção e documentos comprobatórios.

O BACEN dispõe de instrumentos disciplinares e punitivos para coibir práticas irregulares, implementar

medidas de natureza educativa e enfrentar situações que coloquem em risco a estabilidade do Sistema Financeiro Nacional. São eles:

a) processo administrativo punitivo; b) medidas cautelares; c) classificação de instituições supervisionadas na situação “em evidência”.

Processo administrativo punitivo:

a) advertência; b) multa; c) suspensão do exercício de cargos; d) inabilitação para o exercício de cargos de direção na administração ou na gerência de

instituições supervisionadas;

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e) cassação da autorização de funcionamento ou para administração de grupos de consórcio; f) proibição temporária de praticar atividade de auditoria em instituições supervisionadas.

Medida Cautelar:

Constitui-se em limitação à atuação dos indiciados durante o trâmite do processo administrativo punitivo. A Diretoria do BACEN pode, cautelarmente, considerando a gravidade da falta:

a) determinar o afastamento dos indiciados da administração dos negócios da instituição, enquanto perdurar a apuração de suas responsabilidades;

b) impedir que os indiciados assumam quaisquer cargos de direção ou administração de instituições ou atuem como mandatários ou prepostos de diretores ou administradores;

c) impor restrições às atividades da instituição; d) determinar à instituição a substituição da empresa de auditoria contábil independente.

Classificação “em evidência”:

Classificam-se as instituições supervisionadas que apresentam necessidade de acompanhamento específico por parte da Supervisão, decorrente de situações de comprometem ou venham a comprometer as condições indispensáveis para o funcionamento regular, tais como descumprimento dos padrões mínimos de capital, grave situação dos controles internos, crise de liquidez ou outras deficiências de natureza grave. Tal condição pode submeter as instituições a restrições no âmbito do BACEN.

Além do já citado, a Lei 4.595/1964 ainda determina as seguintes competências ao BACEN (cópia da lei).

Art. 9º - Compete ao Banco Central do Brasil cumprir e fazer cumprir as disposições que lhe são atribuídas pela legislação em vigor e as normas expedidas pelo Conselho Monetário Nacional. Art. 10 - Compete privativamente ao Banco Central do Brasil: I - emitir moeda-papel e moeda metálica, nas condições e limites autorizados pelo Conselho Monetário Nacional ; II - executar os serviços do meio circulante; III - determinar o recolhimento de até cem por cento do total dos depósitos à vista e de até sessenta por cento de outros títulos contábeis das instituições financeiras, seja na forma de subscrição de letras ou obrigações do Tesouro Nacional ou compra de títulos da dívida pública federal, seja através de recolhimento em espécie, em ambos os casos entregues ao Banco Central do Brasil, na forma e condições por ele determinadas, podendo: a) adotar percentagens diferentes em função: 1- das regiões geo-econômicas; 2- das prioridades que atribuir as aplicações; 3- da natureza das instituições financeiras; b) determinar percentuais que não serão recolhidos, desde que tenham sido reaplicados em financiamentos à agricultura, sob juros favorecidos e outras condições por ele fixadas. IV - receber os recolhimentos compulsórios de que trata o inciso anterior e, ainda, os depósitos voluntários à vista das instituições financeiras. V - realizar operações de redesconto e empréstimo a instituições financeiras bancárias e as referidas no inciso III, alínea b, deste artigo, e no § 4º do art.49 desta Lei; § 4º No caso de despesas urgentes e inadiáveis do Governo Federal, a serem atendidas mediante créditos suplementares ou especiais, autorizados após a lei do orçamento, o Congresso Nacional determinará, especificamente, os recursos a serem utilizados na cobertura de tais despesas, estabelecendo, quando a situação do Tesouro Nacional for deficitária, a discriminação prevista neste artigo.

VI - exercer o controle do crédito sob todas as suas formas; VII - efetuar o controle dos capitais estrangeiros, nos termos da Lei; VIII - ser depositário das reservas oficiais de ouro, de moeda estrangeira e de direitos especiais de saque e fazer com estas últimas todas e quaisquer operações previstas no convênio constitutivo do Fundo Monetário Internacional. IX - exercer a fiscalização das instituições financeiras e aplicar as penalidades previstas; X - conceder autorização às instituições financeiras, a fim de que possam: a) funcionar no País; b) instalar ou transferir suas sedes, ou dependências, inclusive no exterior; c) ser transformadas, fundidas, incorporadas ou encampadas; d) praticar operações de câmbio, crédito real e venda habitual, de títulos da dívida pública federal, estadual ou municipal, ações, debêntures, letras hipotecárias e outros títulos de crédito ou mobiliários; e) ter prorrogados os prazos concedidos para funcionamento;

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f) alterar seus estatutos. g) alienar ou, por qualquer outra forma, transferir o seu controle acionário.

XI - estabelecer condições para a posse e para o exercício de quaisquer cargos de administração de instituições financeiras privadas, assim como para o exercício de quaisquer funções em órgãos consultivos, fiscais e semelhantes, segundo normas que forem expedidas pelo Conselho Monetário Nacional; XII - efetuar, como instrumento de política monetária, operações de compra e venda de títulos públicos federais; XIII - determinar que as matrizes das instituições financeiras registrem os cadastros das firmas que operam com suas agências há mais de um ano. § 1º No exercício das atribuições a que se refere o inciso X deste artigo, com base nas normas estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional, o Banco Central do Brasil estudará os pedidos que lhes sejam formulados e resolverá conceder ou recusar a autorização pleiteada, podendo incluir as cláusulas que reputar convenientes ao interesse público. § 2º Observado o disposto no parágrafo anterior, as instituições financeiras estrangeiras dependem de autorização do poder executivo, mediante decreto, para que possam funcionar no País. Art. 11 - Compete ainda ao Banco Central do Brasil: I - entender-se, em nome do Governo Brasileiro, com as instituições financeiras estrangeiras e internacionais; II - promover, como agente do Governo Federal, a colocação de empréstimos internos ou externos, podendo, também, encarregar-se dos respectivos serviços; III - atuar no sentido de funcionamento regular do mercado cambial, da estabilidade relativa das taxas de câmbio e do equilíbrio no balanço de pagamentos, podendo para esse fim comprar e vender ouro e moeda estrangeira, bem como realizar operações de crédito no exterior, inclusive as referentes aos direitos especiais de saque, e separar os mercados de câmbio financeiro e comercial. IV - efetuar compra e venda de títulos de sociedades de economia mista e empresas do Estado; V - emitir títulos de responsabilidade própria, de acordo com as condições estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional; VI - regular a execução dos serviços de compensação de cheques e outros papéis; VII - exercer permanente vigilância nos mercados financeiros e de capitais sobre empresas que, direta ou indiretamente, interfiram nesses mercados e em relação às modalidades ou processos operacionais que utilizem; VIII - prover, sob controle do Conselho Monetário Nacional, os serviços de sua Secretaria.

§ 1º No exercício das atribuições a que se refere o inciso IX do artigo 10 desta Lei, o Banco Central do Brasil poderá examinar os livros e documentos das pessoas naturais ou jurídicas que detenham o controle acionário de instituição financeira, ficando essas pessoas sujeitas ao disposto no artigo 44, § 8º, desta Lei. § 2º O Banco Central do Brasil instalará delegacias, com autorização do Conselho Monetário Nacional, nas diferentes regiões geo-econômicas do País, tendo em vista a descentralização administrativa para distribuição e recolhimento da moeda e o cumprimento das decisões adotadas pelo mesmo Conselho ou prescritas em Lei. Art. 12 - O Banco Central do Brasil operará exclusivamente com instituições financeiras públicas e privadas, vedadas operações bancárias de qualquer natureza com outras pessoas de direito público ou privado, salvo as expressamente autorizadas por Lei. Art. 13 - Os encargos e serviços de competência do Banco Central, quando por ele não executados diretamente, serão contratados de preferência com o Banco do Brasil S.A., exceto nos casos especialmente autorizados pelo Conselho Monetário Nacional.

Glossário:

Liquidez da economia: Dinheiro emitido pelo BACEN em circulação no país. Executar os serviços do meio circulante: distribuir dinheiro aos bancos, recolher cédulas dilaceradas, etc.

Instrumentos de Política Monetária

O governo atua sobre a quantidade de moeda, de crédito e sobre o índice das taxas de juros de sua economia. Para isso, utiliza os seguintes instrumentos: Operações de mercado aberto: também conhecida como open-market. Por meio desse instrumento o

Bacen regula o fluxo de moeda via compra e venda dos títulos públicos federais – chamados de títulos da dívida pública. Fluxo de moeda é o movimento de entrada e saída de moeda de um mercado. É um instrumento bastante versátil por acomodar as variações diárias de liquidez. Operações de open-market são realizadas no mercado secundário. Redesconto: também chamada de empréstimo de liquidez. Trata-se de uma linha de crédito do Bacen

destinada às instituições financeiras, com o objetivo de suprir eventuais necessidades de caixa.

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Depósito Compulsório: é o percentual sobre produtos financeiros (depósitos à vista, depósitos a prazo,

poupança, etc) que os bancos são obrigados a recolher ao Bacen. Com estes instrumentos o Bacen pode aumentar ou diminuir reservas bancárias em pouco tempo.

Sistema Especial De Liquidação E Custódia De Títulos Públicos – Selic

O SELIC foi criado em 1980, e é um grande sistema computadorizado para registrar todas as operações envolvendo títulos públicos, transferindo automaticamente o registro do título do Banco Vendedor para o Banco Comprador, bem como realizando a transferência monetária do Comprador para o Vendedor.

Hoje, Selic identifica também a taxa de juros que reflete a média de remuneração dos títulos federais negociados com os bancos. Ela é considerada a taxa básica porque é usada em operações entre bancos e, por isso, tem influencia sobre os juros de toda a economia. A Selic é uma espécie de teto para os juros pagos pelos bancos nos depósitos a prazo. A partir dela, os bancos também definem quanto cobram em empréstimos a empresas e pessoas físicas. A meta da taxa Selic é definida em reuniões previamente agendadas do Copom (Comitê de Política Monetária), um colegiado formado por diretores do BC (com direito a voto), assessores e chefes de departamento da instituição. O SELIC registra apenas os títulos públicos de emissão emitidos pelo Tesouro Nacional ou pelo Banco Central, e os títulos públicos estaduais e municipais, estes últimos emitidos até 1992. O horário normal de funcionamento é das 6h30 às 18h30, em todos os dias considerados úteis.

Títulos Públicos Federais

O Tesouro Nacional utiliza a emissão de títulos públicos como uma das formas de captação de recursos para financiar atividades do governo federal, tais como educação, saúde e infra-estrutura. Os títulos públicos são uma opção de investimento para a sociedade e representam a dívida mobiliária da União. Os títulos públicos são resgatados em data predeterminada por um valor específico, atualizado ou não por indicadores de mercado, como, por exemplo, índices de preços. A venda de títulos públicos no Brasil pode ser realizada por meio de três modalidades:

Oferta pública com a realização de leilão;

Participam diretamente: bancos; caixas econômicas; sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários; sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários; sociedades de crédito, financiamento e investimento; e sociedades de crédito imobiliário. Dealers é o termo técnico dado às instituições financeiras que formam um grupo de compradores e

negociadores de títulos públicos credenciados a operar com o Governo, que possuem direitos e obrigações específicas.

Emissões diretas para atender a necessidades específicas determinadas em lei.

Outros Títulos Entre outros títulos públicos emitidos, podemos citar os Títulos Precatórios. A emissão de títulos públicos para pagar precatórios significa fazer uma nova dívida em títulos para levantar recursos com o objetivo de saldar uma dívida já existente precatórios. Os precatórios são resultado da perda de ações judiciais pelos governos federal, estaduais e municipais. Esta perda será colocada no orçamento público para o pagamento em exercícios seguintes. Poderão ser autorizados, portanto, a emissão de títulos públicos para pagamento dos precatórios. Os títulos emitidos para saldar os Precatórios podem ser negociados no SFN, devendo estar custodiados no SELIC.

Oferta pública sem a realização de leilão (Tesouro Direto)

No Tesouro Direto escolhe-se entre diversos tipos de títulos, que podem ser divididos entre dois grupos: prefixados e pós-fixados. Prefixados são aqueles para os quais você sabe exatamente a rentabilidade que irá receber se mantiver o título até a data de vencimento. Esses títulos são indicados para quem acredita que a taxa oferecida prefixada será maior que a Taxa Selic, a taxa de juros básica da economia. Pós-fixados são aqueles cujo valor é corrigido por um indexador. A rentabilidade da aplicação é composta pela Selic (taxa de juros) ou por uma taxa predefinida no momento da compra do título mais a variação do IPCA (índice de inflação). Incidência de Imposto de Renda:

Alíquota Prazo 22,50% até 180 dias 20% de 181 dias até 360 dias 17,5% de 361 dias até 720 dias 15% acima de 720 dias. Características dos títulos públicos federais:

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TESOURO PREFIXADO: são títulos com rentabilidade definida (taxa fixa) no momento da compra. Por se

tratar de um título pré-fixado, o investidor sabe exatamente a rentabilidade a ser recebida até a data de vencimento. O pagamento do principal (valor total investido) e dos juros é realizado em uma única parcela, na data de vencimento do título. O Tesouro Prefixado é indicado para o investidor que acredita que a taxa de juros pré-fixada será maior que a taxa básica de juros (SELIC) ou que a taxa de inflação (IGP-M ou IPCA). Características • O investidor sabe exatamente a rentabilidade a ser recebida até a data de vencimento; • O investidor sabe exatamente o valor bruto, em reais, a ser recebido por unidade de título na data de vencimento (R$ 1.000,00): • Tem fluxo simples: uma aplicação e um resgate; • Maior disponibilidade de vencimentos para a negociação no Tesouro Direto; • Indicado para o investidor que acredita que a taxa prefixada será maior que a taxa de juros básica da economia naquele mesmo prazo do título. Caso necessite vender o título antecipadamente, o Tesouro Nacional pagará o seu valor de mercado, de modo que a rentabilidade poderá ser maior ou menor do que a contratada na data da compra, dependendo do preço do título no momento da venda. TESOURO PREFIXADO COM JUROS SEMESTRAIS: é mais indicado para quem deseja utilizar seus

rendimentos para complementar sua renda a partir do momento da aplicação, pois esse título faz pagamento de juros a cada seis meses. Isso significa que o rendimento é recebido pelo investidor ao longo do período da aplicação, diferentemente do título Tesouro Prefixado (LTN). Os pagamentos semestrais, nesse caso, representam uma antecipação da rentabilidade contratada. • Cabe destacar, adicionalmente, que no pagamento desses rendimentos semestrais há incidência de imposto de renda (IR), obedecendo a tabela regressiva. Alíquota de 22,5% - sobre os rendimentos nas vendas antecipadas, nos vencimentos de títulos e no pagamento de cupons ocorridos até 180 dias após a aplicação. Alíquota de 20% - sobre os rendimentos nas vendas antecipadas, nos vencimentos de títulos e no pagamento de cupons ocorridos no prazo de 181 dias até 360 dias após a aplicação. Alíquota de 17,5% - sobre os rendimentos nas vendas antecipadas nos vencimentos de títulos e no pagamento de cupons ocorridos no prazo de 361 dias até 720 dias após a aplicação. Alíquota de 15% - sobre os rendimentos nas vendas antecipadas, nos vencimentos de títulos e no pagamento de cupons ocorridos até 720 dias.

TÍTULOS PÓSFIXADOS

TESOURO SELIC: Indicado para quem acredita que a tendência da taxa Selic é de elevação, já que a

rentabilidade desse título é indexada à taxa de juros básica da economia.

• O valor de mercado desse título apresenta baixa volatilidade, evitando perdas no caso de venda

antecipada. Por essa razão, é considerado um título indicado para um perfil mais conservador. É indicado

também para o investidor que não sabe exatamente quando precisará resgatar seu investimento.

• O fluxo de pagamento desse título é simples, isto é, não faz o pagamento de juros semestrais. Sendo

assim, ele é mais interessante para quem pode esperar para receber o seu dinheiro até o final do período

da aplicação (ou seja, quem não necessita complementar sua renda desde já). • Caso necessite vender o título antes do seu vencimento, o Tesouro Nacional o recomprará pelo seu valor de mercado.

TESOURO IPCA+ com JUROS SEMESTRAIS: Ele proporciona rentabilidade real, ou seja, garante o

aumento do poder de compra do seu dinheiro, pois seu rendimento é composto por duas parcelas: uma taxa de juros prefixada e a variação da inflação (IPCA). Desse modo, independente da variação da inflação, a rentabilidade total do título sempre será superior a ela. A rentabilidade real, nesse caso, é dada pela taxa de juros prefixada, contratada no momento da compra do título.

• É mais interessante para quem deseja utilizar o rendimento para complementar sua renda a partir do

momento da aplicação, pois faz pagamento de juros a cada semestre, diferentemente do Tesouro

IPCA+(NTN-B Principal). Isso significa que o rendimento é recebido pelo investidor ao longo do período da

aplicação, em vez de receber tudo no final. Os pagamentos semestrais, nesse caso, representam uma

antecipação da rentabilidade contratada.

• Cabe destacar, adicionalmente, que no pagamento desses recebimentos semestrais há incidência de

imposto de renda (IR), obedecendo a tabela regressiva. Veja ilustração apresentada na explicação do

Tesouro Prefixado com Juros Semestrais (NTN-F) acima. Desse modo, quem planeja reinvestir os valores

recebidos a cada seis meses, é mais interessante investir em um papel que não paga juros semestrais.

Esse tipo de título, no qual o imposto de renda é recolhido apenas no final da aplicação, garante que a

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taxa de rentabilidade incida sobre um montante superior, ou seja, sobre uma maior base, já que não

sofreu reduções em função da incidência do IR nos eventos de pagamento de juros semestrais. Isso

beneficia a rentabilidade final da aplicação.

• Na data de vencimento do título, resgata-se o valor investido atualizado pela inflação, acrescido do

último pagamento de juros semestrais.

• Caso necessite vender o título antecipadamente, o Tesouro Nacional pagará o seu valor de mercado, de

modo que a rentabilidade poderá ser maior ou menor do que a contratada na data da compra,

dependendo do preço do título no momento da venda.

TESOURO IPCA+: Ele proporciona rentabilidade real, ou seja, garante o aumento do poder de compra do

seu dinheiro, pois seu rendimento é composto por duas parcelas: uma taxa de juros prefixada e a

variação da inflação (IPCA). Desse modo, independente da variação da inflação, a rentabilidade total do

título sempre será superior a ela. A rentabilidade real, nesse caso, é dada pela taxa de juros prefixada,

contratada no momento da compra do título.

• Dada essa característica, aliada ao fato de esse título possuir disponibilidades de vencimentos mais

longos, ele é indicado para quem deseja poupar para a aposentadoria, compra de casa e estudo dos

filhos, dentre outros objetivos de longo prazo.

• Possui fluxo de pagamento simples, isto é, você receberá o valor investido acrescido da rentabilidade na

data de vencimento ou resgate do título. Em outras palavras, o pagamento ocorre de uma só vez, no final

da aplicação. Sendo assim, é mais interessante para quem pode esperar para receber o seu dinheiro até

o vencimento do título (ou seja, quem não necessita complementar sua renda desde já).

• Caso necessite vender o título antecipadamente, o Tesouro Nacional pagará o seu valor de mercado, de

modo que a rentabilidade poderá ser maior ou menor do que a contratada na data da compra,

dependendo do preço do título no momento da venda. Por essa razão, recomendamos que você procure

conciliar a data de vencimento do título com o prazo desejado para o investimento.

TÍTULO RENDIMENTO REMUNERAÇÃO DO TÍTULO

Prefixados

Tesouro Prefixado 20xx Taxa contratada Somente no vencimento

Tesouro Prefixado c/juros semestrais 20xx

Taxa contratada Semestral e no vencimento

Pós-fixados indexados à Inflação

Tesouro IPCA+ 20xx IPCA + Taxa contratada Somente no vencimento

Tesouro IPCA+ c/juros semestrais 20xx

IPCA + Taxa contratada Semestral e no vencimento

Pós-fixados indexados à Taxa Selic

Tesouro Selic 20xx Selic + Taxa contratada Somente no vencimento

COPOM – Comitê de Política Monetária do Banco Central

O COPOM foi instituído em 20 de junho de 1996, com o objetivo de estabelecer as diretrizes da política monetária e definir a taxa de juros. A criação do Comitê buscou proporcionar maior transparência e ritual adequado ao processo decisório, a exemplo do que já era adotado pelo Federal Open Market Committee do Banco Central dos EUA e pelo Central Bank Council do Banco Central da Alemanha. Desde 1996, o Regulamento do COPOM sofreu uma série de alterações no que se refere ao seu objetivo, periodicidade das reuniões, composição, e atribuições e competências de seus integrantes. Destaca-se a adoção, pelo Decreto n

o 3.088 em 21 de junho de 1999, da sistemática de "metas para a inflação" como

diretriz de política monetária. Desde então, as decisões do COPOM passaram a ter como objetivo cumprir as metas para a inflação definidas pelo Conselho Monetário Nacional. Segundo o mesmo Decreto, se as metas não forem atingidas, cabe ao Presidente do Banco Central divulgar, em carta aberta ao Ministro da Fazenda, os motivos do descumprimento, bem como as providências e prazo para o retorno da taxa de inflação aos limites estabelecidos. Formalmente, os objetivos do COPOM são "estabelecer diretrizes de política monetária, definir a meta da taxa SELIC e seu eventual viés, e analisar o Relatório de Inflação". A taxa de juros fixada na reunião do

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COPOM é a meta para a taxa SELIC (taxa média dos financiamentos diários, com lastro em títulos federais, apurados no Sistema Especial de Liquidação e Custódia), a qual vigora por todo o período entre reuniões ordinárias do Comitê. O número de reuniões ordinárias por ano é de 8 (oito). O COPOM também pode definir o viés, que é a prerrogativa dada ao Presidente do Banco Central para alterar a meta para a taxa SELIC a qualquer momento entre as reuniões ordinárias. São três as possibilidades: viés de alta, viés de baixa e viés neutro (ou sem viés). Ou seja, se o COPOM definir viés de alta, o Presidente do Bacen estará autorizado a aumentar a meta da taxa SELIC antes da próxima reunião do COPOM; se o Comitê definir viés de baixa, o Presidente do Bacen estará autorizado a baixá-la. Sendo definido viés neutro ou sem viés, não há autorização alguma e a taxa estabelecida vigorará até a próxima reunião do COPOM. As atas em português das reuniões do Copom são divulgadas às 8h30 da quinta-feira da semana posterior a cada reunião, dentro do prazo regulamentar de seis dias úteis, sendo publicadas na página do Banco Central na internet ("Notas da Reunião do Copom") e para a imprensa. A versão em inglês é divulgada com uma pequena defasagem de cerca de 24 horas. Ao final de cada trimestre civil (março, junho, setembro e dezembro), o Copom publica, em português e em inglês, o documento "Relatório de Inflação", que analisa detalhadamente a conjuntura econômica e financeira do País, bem como apresenta suas projeções para a taxa de inflação. As reuniões ordinárias são realizadas em duas sessões, a primeira, às terças-feiras, reservada às apresentações técnicas de conjuntura, e a segunda, às quartas-feiras, para decisões das diretrizes de política monetária. A divulgação das decisões do Copom será feita na data da segunda sessão da reunião ordinária, após as 18:00. Os membros do COPOM – Comitê de Política Monetária são 9 (nove), conforme atas das 190º e 191º do ano de 2015. É composto do Presidente do BACEN e dos 8 (oito) diretores do mesmo BACEN. Atualidades: Os votos de cada participantes são dados a conhecer publicamente.

As diretorias do BACEN são 8 (oito): Dirad – Diretoria de Administração. Direc – Diretoria de Relacionamento Institucional e Cidadania. Direx – Diretoria de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos. Difis – Diretoria de Fiscalização. Diorf – Diretoria de Organização do Sistema Financeiro e Controle de Operação de Crédito Rural. Dipec – Diretoria de Política Econômica. Dipom – Diretoria de Política Monetária. Dinor – Diretoria de Regulação.

ATUALIDADES

COPOM agora olha para preços do Norte e indústrias do Sul.

Manchete do Valor Econômico de 05.07.2014 O Nordeste está crescendo a taxas superiores às do resto do Brasil, e o Sul atrais mais indústrias e a região Norte sofreu mais com o pico recente da inflação porque os alimentos têm um peso maior na cesta de consumo da população local. Dados econômicos como esses, que antes ficavam restritos aos relatórios de economia regional, passaram a ser analisados diretamente pelo Bacen para subsidiar as suas decisões de política monetária. Antes, os dados econômicos que alimentavam esses encontros representavam basicamente a visão da economia brasileira da equipe de Brasília. Encontro sim, encontro não, o COPOM tem à disposição um panorama regional. Os representantes, chamados um por vez, são apenas mais um participante num grupo formado por chefes de SETE departamentos do BC que despejam uma montanha de dados sobre os membros do COPOM.

INSTITUIÇÕES BANCÁRIAS

São caracterizadas pela captação de depósitos à vista, livremente movimentados por meio de cheques emitidos pelos cliente. Capazes de criar moedas (moeda escritural).

Bancos comerciais – controle público ou privado, constituído sob a forma de sociedade anônima para

atender as necessidades de financiamento de curto e longo prazo para a indústria, o comércio e o público em geral;

Caixa Econômica Federal – controle público, constituída sob a forma de empresa pública,

responsável pela operação das políticas de habitação, saneamento básico, assistência social e transporte;

Cooperativas de crédito – constituídas sob a forma de sociedade limitada têm como finalidade o

atendimento dos seus associados através da concessão do crédito;

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Bancos múltiplos com carteira comercial – controle público ou privado, constituído sob a forma de

sociedade anônima oferece operações comerciais, investimento, desenvolvimento, crédito imobiliário e arrendamento. Obrigatoriamente devem ter duas carteiras.