congelar

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“Freezer” brasileiro continua estragado Do final do século XX, ao atual, o Brasil foi alvo de falhas administrativas go- vernamentais. A procura de fôlego, projetos como o Plano Cruzado, de José Sar- ney (1986), o Plano Collor, de Fernando Collor (1990) e o congelamento das tarifas de ônibus, na cidade de São Paulo por dois anos, ainda na administração do ex-prefeito Gilberto Kassab (2009), reve- laram-se enganosos. Para tentar controlar a in- flação 1986 e toda economia do país naquele ano, Sarney optou a seguir a Argentina e Israel com o chamado “Cho- que econômico”. O chama- do Plano Cruzado que es- tabelecia um congelamento dos preços, salários e passar a moeda, de cruzeiro para cruzado, não funcionou. A população não confiou neste Plano e estocou ao máximo de alimentos e mercadorias, com medo do descontrole da inflação, que chegara a 200% A “arte congelar” não é aplaudida e muito menos bem vinda em um País onde mexer no bolso é crime no Governo de Figueiredo. Collor, foi outro que viu as geleiras derreterem-se aos seus olhos, Foi o fim da “Era Glacial”. Assumiu a presi- dência em 1990, assumindo as precariedades econômicas brasileira, utilizando-se tam- bém o freezer de Sarney para congelar as contas correntes e cadernetas de poupança da população que excedessem 50 mil cruzeiros. O Plano foi aceito pela população através do poder simbólico da mídia e defasado pela mesma ao vê-lo em prática. Prejuízos para os três: População sem dinheiro, mídia sem vendas e Fernando Collor “ferrado”. Assim como os dois, o atu- al Prefeito de São Paulo Fer- nando Haddad (PT), tomou posse da cidade com os pre- ços das tarifas de ônibus con- gelados pela administração passada (Gilberto Kassab- -PSD). Após dois anos sem reajuste, o que era R$ 3,00 passou para 3,20, ou melhor, passou a 3,20. Ainda não foi concretizado. Milhares de estudantes, trabalhares e usuários que dependem de ônibus como meio de transporte, protes- tam contra esse aumento nas principais avenidas, da maior cidade do país, de forma cri- minosa, violenta, ameaça- dora, entre outros adjetivos colocados em prática. O por- quê de agirem destas formas? Segundo anônimos policiais antecederam ao poder coer- citivo, sem precisão, e já que é um por todos e todos por um... Até a quinta-feira (13), havia ocorrido o quarto dia de protesto, e o mais violento por parte dos polícias. No Brasil brasileiro, o jei- tinho é de todos. De autori- dades aos mais simples aglo- merados. Esta faz a diferença, derruba Planos, Governos e tarifas. O grito de um não faz tanto barulho ao de mi- lhares, geram uma orquestra. A “arte congelar” não recebe aplausos, não faz a cara verde e amarela. Mesmo assim, a insistência se faz presente no País onde mexer no bolso do cidadão é crime. “É Brasil. É Brasil brasileiro”. É Brasil. É Brasil brasileiro” Por: JESUS RIOS ------------------------------- Arquivo Artigo 2013

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“Freezer” brasileiro continua estragado

Do final do século XX, ao atual, o Brasil foi alvo de falhas administrativas go-vernamentais. A procura de fôlego, projetos como o Plano Cruzado, de José Sar-ney (1986), o Plano Collor, de Fernando Collor (1990) e o congelamento das tarifas de ônibus, na cidade de São Paulo por dois anos, ainda na administração do ex-prefeito Gilberto Kassab (2009), reve-laram-se enganosos. Para tentar controlar a in-flação 1986 e toda economia do país naquele ano, Sarney optou a seguir a Argentina e Israel com o chamado “Cho-que econômico”. O chama-do Plano Cruzado que es-tabelecia um congelamento dos preços, salários e passar a moeda, de cruzeiro para cruzado, não funcionou. A população não confiou neste Plano e estocou ao máximo de alimentos e mercadorias, com medo do descontrole da inflação, que chegara a 200%

A “arte congelar” não é aplaudida e muito menos bem vinda em um País onde mexer no bolso é crime

no Governo de Figueiredo. Collor, foi outro que viu as geleiras derreterem-se aos seus olhos, Foi o fim da “Era Glacial”. Assumiu a presi-dência em 1990, assumindo as precariedades econômicas brasileira, utilizando-se tam-bém o freezer de Sarney para congelar as contas correntes e cadernetas de poupança da população que excedessem

50 mil cruzeiros. O Plano foi aceito pela população através do poder simbólico da mídia e defasado pela mesma ao vê-lo em prática. Prejuízos para os três: População sem dinheiro, mídia sem vendas e Fernando Collor “ferrado”. Assim como os dois, o atu-al Prefeito de São Paulo Fer-nando Haddad (PT), tomou posse da cidade com os pre-

ços das tarifas de ônibus con-gelados pela administração passada (Gilberto Kassab--PSD). Após dois anos sem reajuste, o que era R$ 3,00 passou para 3,20, ou melhor, passou a 3,20. Ainda não foi concretizado. Milhares de estudantes, trabalhares e usuários que

dependem de ônibus como meio de transporte, protes-tam contra esse aumento nas principais avenidas, da maior cidade do país, de forma cri-minosa, violenta, ameaça-dora, entre outros adjetivos colocados em prática. O por-quê de agirem destas formas? Segundo anônimos policiais antecederam ao poder coer-citivo, sem precisão, e já que é um por todos e todos por um... Até a quinta-feira (13), havia ocorrido o quarto dia de protesto, e o mais violento por parte dos polícias. No Brasil brasileiro, o jei-tinho é de todos. De autori-dades aos mais simples aglo-merados. Esta faz a diferença, derruba Planos, Governos e tarifas. O grito de um não faz tanto barulho ao de mi-lhares, geram uma orquestra. A “arte congelar” não recebe aplausos, não faz a cara verde e amarela. Mesmo assim, a insistência se faz presente no País onde mexer no bolso do cidadão é crime. “É Brasil. É Brasil brasileiro”.

“É Brasil. É Brasil brasileiro”Por: JESUS RIOS-------------------------------Arquivo Artigo 2013