conferencias internacionais de promoção de saude

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LICENCIATURA EM RADIOLOGIA Unidade Curricular de Ciências e Cuidados de Saúde Ano Letivo: 2012/ 2013 CONFERÊNCIAS INTERNACIONAIS SOBRE A PROMOÇÃO DE SAÚDE Ana Sofia Brás Bárbara Anjos Everaldo Santos Joana Ribeiro Liliana Teixeira Faro 26 de abril de 2013

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Page 1: Conferencias Internacionais de Promoção de Saude

LICENCIATURA EM RADIOLOGIA

Unidade Curricular de Ciências e Cuidados de

Saúde

Ano Letivo: 2012/ 2013

CONFERÊNCIAS INTERNACIONAIS SOBRE

A PROMOÇÃO DE SAÚDE

Ana Sofia Brás

Bárbara Anjos

Everaldo Santos

Joana Ribeiro

Liliana Teixeira

Faro

26 de abril de 2013

Page 2: Conferencias Internacionais de Promoção de Saude

LICENCIATURA EM RADIOLOGIA

Unidade Curricular de Ciências e Cuidados de

Saúde

Ano Letivo: 2012/ 2013

CONFERÊNCIAS INTERNACIONAIS SOBRE

A PROMOÇÃO DE SAÚDE

Discentes: Ana Sofia Brás n.º 42803

Bárbara Anjos n.º 42214

Everaldo Santos n.º 42642

Joana Ribeiro n.º 43135

Liliana Teixeira n.º 41769

Docente: Lénis Carvalho

Faro

26 de abril de 2013

Page 3: Conferencias Internacionais de Promoção de Saude

i

Índice

Lista de Siglas e Abreviaturas ............................................................................. ii

Resumo .............................................................................................................. iii

1. Introdução ...................................................................................................... 1

2. Conferências Internacionais sobre Promoção de Saúde ............................... 2

2.1. Carta Ottawa ............................................................................................ 2

2.2. Declaração Alma-Ata ............................................................................... 4

2.3. Declaração Jacarta .................................................................................. 6

2.4. Carta de Banguecoque ........................................................................... 7

3. Conclusão .................................................................................................... 11

Referências Bibliográficas ................................................................................ 12

Page 4: Conferencias Internacionais de Promoção de Saude

ii

Lista de Siglas e Abreviaturas

OMS – Organização Mundial de Saúde

ONU – Organização das Nações Unidas

Page 5: Conferencias Internacionais de Promoção de Saude

iii

Resumo

O presente trabalho, sobre o tema “Conferências Internacionais sobre a

Promoção de Saúde”, foi realizado no âmbito da unidade curricular de Ciências

e Cuidados de Saúde, no 2º semestre do 3ºano, lecionada pela docente Lénis

Carvalho.

O objetivo primordial subjacente à sua realização foi, a apresentação e

explicação, por parte dos alunos, de algumas das cartas e declarações

redigidas durante as conferências internacionais de promoção de saúde.

A metodologia utilizada foi, fundamentalmente, a pesquisa e análise de

informação de duas cartas e duas declarações, nomeadamente, a carta de

Ottawa, a carta de Banguecoque, a declaração de Alma-Ata e a declaração de

Jacarta.

Com a realização deste trabalho, o grupo ficou a conhecer determinados

conceitos que foram e serão sempre muito importantes para os profissionais de

saúde e que contribuirão, com certeza, para uma melhor prestação de

cuidados.

Palavras-Chave: Carta de Ottawa, Declaração de Alma-Ata, Declaração de

Jacarta, Carta de Banguecoque.

Page 6: Conferencias Internacionais de Promoção de Saude

1

1. Introdução

O objetivo do trabalho que agora apresentamos prende-se com a

explicitação de determinados conceitos que foram abordados em algumas das

conferências de promoção de saúde, mais especificamente, nas conferências

realizadas em Ottawa (Canada), Jacarta (Indonésia), Banguecoque (Tailândia)

e Alma-Ata (Cazaquistão).

Com a criação da Organização Mundial de Saúde (OMS), a saúde passou

a ser considerada “um dos direitos fundamentais de todo o ser humano sem

distinção de raça, religião, opiniões politicas e condições económicas e

sociais”. A partir deste ponto, as preocupações com a saúde foram sendo cada

vez mais sentidas reunindo, sucessivamente, responsáveis de vários países no

sentido de refletirem sobre a saúde, os fatores que a determinam e a forma de

os controlar.

As conferências internacionais de promoção de saúde foram então

realizadas pelos elementos da OMS, com o intuito de partilhar conhecimentos,

experiencias, analisar e debater assuntos internacionais de saúde, bem como,

apresentar estratégias e recomendações sob a forma de cartas de intenção. O

propósito que serviu de mote para todas as entidades presentes foi a “Saúde

para todos”.

Este trabalho encontra-se dividido em três capítulos, sendo que o primeiro

remete para a introdução. No segundo capítulo explicita-se os objetivos das

cartas de Ottawa e Banguecoque e das declarações de Jacarta e Alma-Ata.

Por fim, o último capítulo remete para uma breve conclusão.

Este trabalho foi elaborado de acordo com as normas APA e segundo o

novo acordo ortográfico.

Page 7: Conferencias Internacionais de Promoção de Saude

2

2. Conferências Internacionais sobre a Promoção da Saúde

A saúde é um direito humano fundamental e essencial para o

desenvolvimento social e econômico (Jacarta, 1997).

Cada vez mais a promoção da saúde tem vindo a ser reconhecida como

um elemento essencial para o desenvolvimento da saúde. O objetivo primordial

é que as pessoas tenham um maior controle sobre a sua saúde e ajuda para

melhorá-la. A promoção da saúde, mediante investimentos e ações, atua sobre

os determinantes da saúde para criar o maior benefício para a população

(Jacarta, 1997).

De forma a concretizar esse objectivo, as conferências internacionais

sobre a promoção da saúde tiveram um papel fundamental sob forma de

estudo e debates, cartas e declarações que têm como objetivo formular

estratégias de saúde que permitirão aos países, individual e coletivamente,

alcançarem metas e iniciarem o processo de mudanças de forma a melhorar a

Saúde Pública (Carrilho, 2009).

2.1. Carta Ottawa

A Carta de Ottawa foi aprovada na primeira Conferência Internacional

sobre Promoção da Saúde, realizada em Ottawa, Canadá, em 21 de

novembro de 1986, contendo esta as orientações para atingir a Saúde para

Todos a partir do ano 2000 (Ottawa, 1986).

Esta carta apresentou-se fundamentalmente como resposta às

crescentes expectativas no sentido de se conseguir um novo movimento de

Saúde Pública a nível mundial, focando-se nas necessidades dos países

industrializados, tendo também em consideração todas as outras regiões

(Ottawa, 1986).

Esta Carta teve como base os progressos decorrentes da Declaração de

Alma-Ata, sobre os Cuidados de Saúde Primários, o documento da

Organização Mundial «As Metas da Saúde para Todos» e um debate na

Page 8: Conferencias Internacionais de Promoção de Saude

3

Assembleia Mundial de Saúde sobre a ação intersectorial para a saúde

(Ottawa, 1986).

A Carta de Ottawa defende a promoção da saúde como fator

fundamental de melhoria da qualidade de vida, assim como defende a

capacitação da comunidade nesse processo, salientando que tal promoção não

é responsabilidade exclusiva do setor da saúde, mas sim responsabilidade de

todos, em direção ao bem-estar global. Por conseguinte, o documento

estabelece, através dos seus pontos-chave, alguns critérios que considera

importantes no direcionamento das estratégias de saúde, nomeadamente

(Ottawa, 1986):

A solidez dos pré-requisitos fundamentais para a saúde: paz,

habitação, educação, alimentação, renda, ecossistema estável,

recursos sustentáveis, justiça social e equidade.

A defesa de causa: a necessidade de a saúde ser reconhecida, por

todos os setores políticos, económicos, sociais, culturais, ambientais,

comportamentais e biológicos, como o maior recurso para o

desenvolvimento social, económico e pessoal, assim como uma

importante dimensão da qualidade de vida.

A capacitação, através da garantia de oportunidades e recursos

igualitários para todas as pessoas no intuito de realizar

completamente o seu potencial de saúde, através de ambientes

favoráveis, acesso à informação, a experiências e habilidades na

vida, e a liberdade para a escolha de uma vida mais sadia.

A mediação, através da demanda de uma ação coordenada de todos

os setores envolvidos na promoção da saúde: governo, setores

sociais e económicos, organizações voluntárias e não-

governamentais, autoridades, indústria, assim como os indivíduos,

famílias e comunidades. A adaptação dos programas de saúde às

necessidades locais e às possibilidades de cada país e região, bem

como o respeito às diferenças sociais, culturais e económicas.

A construção de políticas públicas saudáveis, em que a saúde conste

como prioridade em todos os setores, através da legislação, medidas

fiscais, taxas e mudanças organizacionais.

Page 9: Conferencias Internacionais de Promoção de Saude

4

A criação de ambientes favoráveis, através da mudança dos modos

de vida, de trabalho e de lazer, assim como a proteção do meio-

ambiente e conservação dos recursos naturais, contribuindo para um

significativo impacto sobre a saúde da população.

O reforço da ação comunitária, no desenvolvimento de prioridades e

na definição de estratégias de promoção de saúde. A incrementação

do poder das comunidades, na posse e controle do seu próprio

destino, na aprendizagem e no desenvolvimento de sistemas de

reforço da participação popular na direção dos assuntos de saúde.

A reorientação dos serviços de saúde, através do compartilhamento

da responsabilidade entre indivíduos, comunidade, grupos,

profissionais da saúde, instituições e governos, no sentido de todos

trabalharem em conjunto e com o mesmo objetivo, promovendo a

abrangência dos recursos e o incentivo à pesquisa.

A objetivação de um futuro construído sobre o poder decisório da

população, em que as preocupações com a qualidade de vida, com o

meio-ambiente e a importância da parceria façam parte do

planeamento e da implantação de atividades de promoção da saúde.

Os compromissos com a promoção da saúde como objetivo

fundamental dos participantes da Conferência Internacional sobre

Promoção da Saúde, através da atuação nas políticas públicas, da

defesa do meio-ambiente, da luta pela igualdade social, do incentivo à

capacitação e do reconhecimento da saúde como o desafio maior dos

governos. A conferência incentiva a todos os interessados juntar

esforços no compromisso por uma forte aliança em torno da saúde

pública.

2.2. Declaração Alma-Ata

A Declaração de Alma-Ata foi formulada em 12 de setembro de 1978 no

decorrer da Conferência Internacional sobre os Cuidados de Saúde em Alma-

Ata, Cazaquistão, e tinha como objetivo incentivar uma ação urgente e eficaz, a

Page 10: Conferencias Internacionais de Promoção de Saude

5

nível nacional e internacional, para que os cuidados de saúde primários fossem

desenvolvidos e implementados em todo o mundo, com maior destaque nos

países em desenvolvimento (World Health Organization, s.d).

A saúde (estado completo de bem-estar físico, mental e social, e não

simplesmente a ausência de doença) é um direito humano fundamental e por

isso deve estar disponível para todos. Deste modo, a principal preocupação da

Conferência era combater a desigualdade entre os países desenvolvidos e os

países em desenvolvimento, no que se refere ao estado de saúde (World

Health Organization, s.d).

A promoção e proteção da saúde dos diferentes povos são de extrema

importância para o seu contínuo desenvolvimento económico e social,

contribuindo para uma melhoria da qualidade de vida. Assim, a Declaração de

Alma-Ata propôs que os governadores dos respetivos países assumissem essa

responsabilidade, implicando a adoção de medidas sanitárias e sociais

adequadas para que até ao ano 2000 os povos atingissem um nível de saúde

que lhes permitisse levar uma vida social e económica produtiva. Sendo que os

cuidados primários de saúde constituíam a chave para atingir o nível de saúde

pretendido (World Health Organization, s.d).

Assim, segundo a Declaração de Alma-Ata os cuidados de saúde

primários deviam (World Health Organization, s.d):

Refletir as condições económicas e as características socioculturais e

políticas do país;

Basear-se na aplicação de resultados relevantes de pesquisa social,

biomédica, de serviços de saúde e da experiência em saúde pública;

Ter em vista os problemas de saúde da comunidade, proporcionando

serviços de promoção, prevenção, tratamento e reabilitação, de

acordo com as necessidades de determinado país;

Incluir projetos de formação sobre problemas prevalecentes de saúde

e métodos para sua prevenção e controlo; promoção da distribuição

de alimentos, nutrição apropriada, provisão adequada de água de boa

qualidade e saneamento básico; cuidados de saúde materna e

infantil, incluindo o planeamento familiar; vacinação contra as

Page 11: Conferencias Internacionais de Promoção de Saude

6

principais doenças infeciosas; prevenção e controlo de doenças

endémicas; tratamento adequado de doenças e lesões comuns e

fornecimento de medicamentos essenciais;

Envolver o sector da saúde juntamente com todos os sectores e

aspetos relacionados com o desenvolvimento nacional e comunitário,

como a agricultura, a pecuária, a indústria, a habitação, as obras

públicas, as comunicações, entre outros;

Promover a autoconfiança e a participação comunitária e individual no

planeamento, organização, funcionamento e gestão dos cuidados de

saúde primários;

Ser apoiados por sistemas de referência integrados e funcionais, com

o objetivo da melhoria progressiva dos cuidados de saúde,

direcionados para todos e dando prioridade aos mais necessitados.

Por fim, baseado nesta declaração, era requerido que todos os países

envolvidos cooperassem num espírito de comunidade e serviço, para

assegurar os cuidados de saúde primários a todos os povos, uma vez que a

promoção da saúde num determinado país interessa e beneficia todos os

países envolvidos (World Health Organization, s.d).

2.3. Declaração Jacarta

A Conferência realizada em Jacarta no ano de 1997 serviu para uma

revisão dos impactos da Carta de Ottawa, constituindo assim uma

oportunidade para refletir sobre o que se aprendeu quanto a uma efetiva

Promoção da Saúde, bem como reanalisar os determinantes da saúde e para

identificar as orientações e as estratégias a adoptar para fazer face aos

desafios da Promoção da Saúde no século XXI (Carrilho, 2009).

Foi constatado que a estratégia da Promoção da Saúde, desenvolvida

após a Conferência de Ottawa, mostrou-se eficiente no melhoramento das

condições de saúde e na prevenção de doenças, tanto em países

desenvolvidos como em países em desenvolvimento. Através desta análise e

Page 12: Conferencias Internacionais de Promoção de Saude

7

tendo como base o objectivo da Saúde para Todos foram estabelecidas cinco

prioridades (Carrilho, 2009):

Promover a responsabilidade social da saúde;

Aumentar a capacidade da comunidade e do apoderamento dos

indivíduos;

Expandir e consolidar alianças para a saúde;

Aumentar as investigações para o desenvolvimento da saúde;

Assegurar uma infra-estrutura para a Promoção da Saúde.

No que respeita ao plano de ação, incluem-se as seguintes como

prioridades (Jacarta, 1997):

Aumento da sensibilização sobre os determinantes da saúde en

constante mudança;

Apoio à criação de atividades de colaboração e de redes para o

desenvolvimento sanitário;

Mobilização de recursos para a promoção da saúde;

Acumulação de conhecimentos sobre as melhores práticas;

Facilitação do aprendizado compartilhado;

Promoção de solidariedade em ação;

Promoção da transparência e da responsabilidade pública de

prestação de contas em promoção da saúde.

2.4. Carta de Banguecoque

A Carta de Banguecoque identifica os compromissos, as ações e

promessas necessárias para abordar os determinantes da saúde num mundo

globalizado através da promoção da saúde (Banguecoque, 2005).

Esta Carta afirma que as políticas e as parcerias capazes de capacitar as

comunidades para melhorar a saúde e a equidade em saúde, devem ser

incluídas e priorizadas nos projetos de desenvolvimento global e nacional.

A Carta de Banguecoque complementa e desenvolve os valores,

princípios e estratégias da ação da promoção da saúde, estabelecidos pela

Page 13: Conferencias Internacionais de Promoção de Saude

8

Carta de Ottawa para a promoção da saúde, assim como as recomendações

das conferências subsequentes sobre promoção da saúde, confirmadas pelos

Estados Membros através da Assembleia Mundial de Saúde (Banguecoque,

2005).

No que diz despeito à promoção de saúde as Nações Unidas reconhecem

que usufruir dum estado de saúde o mais elevado possível, é um dos direitos

basilares do ser humano, sem qualquer discriminação.

A promoção da saúde (Banguecoque, 2005):

Baseia nesse direito humano prioritário e traduz um conceito positivo

e inclusivo de saúde como um determinante da qualidade de vida,

incluindo o bem-estar espiritual e mental;

É o processo que permite as pessoas controlar os determinantes da

saúde e assim melhorarem a sua própria saúde. É uma função

essencial da saúde pública e contribui para os trabalhos de enfrentar

ações de controlo de doenças transmissíveis e não transmissíveis,

bem como de outras ameaças à saúde.

O progresso no caminho de um mundo mais saudável requer medidas

políticas enérgicas, ampla participação e atividades constantes de promoção.

A promoção da saúde possui um conjunto de estratégias

comprovadamente eficazes, que devem ser efetiva e plenamente utilizadas.

Para que mais avanços sejam obtidos na implementação dessas

estratégias, todos os setores devem atuar de modo a (Banguecoque, 2005):

Defender a saúde alicerçada nos direitos humanos e na

solidariedade;

Investir de modo sustentado em políticas, ações e infraestruturas

dirigidas aos determinantes da saúde;

Adquirir capacidades no desenvolvimento de políticas, de liderança,

de práticas de promoção da saúde, de transferência de conhecimento

e pesquisa, e de educação sanitária;

Page 14: Conferencias Internacionais de Promoção de Saude

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Legislar e criar normas reguladoras que assegurem um nível elevado

de proteção para a redução de danos, e garantam a todas as pessoas

os princípios de equidade em saúde e bem-estar;

Viabilizar alianças e parcerias com a sociedade civil, organizações

públicas e privadas, não-governamentais e internacionais, que

possam garantir a sustentabilidade das ações.

O setor da saúde desempenha um papel importante de liderança na

implementação de políticas e parcerias para a promoção da saúde.

Para um progresso efetivo no controlo dos determinantes da saúde, é

fundamental a adoção de abordagens políticas integradas entre organizações

governamentais e internacionais, bem como o compromisso de envolvimento e

trabalho conjunto com todos os níveis da sociedade civil e do sector privado

(Banguecoque, 2005).

Os quatro compromissos chave devem contribuir para que a promoção da

saúde seja (Banguecoque, 2005):

De importância primordial para a agenda de desenvolvimento

global/mundial;

Uma responsabilidade central e inquestionável de todos os governos;

Um objetivo fundamental para a sociedade civil e comunidade em

geral;

Um requisito de boas práticas empresariais.

Desde a adoção da Carta de Ottawa assinaram-se, tanto a nível nacional

e mundial, muitas resoluções de apoio à promoção da saúde. Contudo, as

desejáveis ações que se lhes deviam seguir nem sempre se realizaram. Deste

modo, os participantes da conferência de Banguecoque apelam enfaticamente

aos Estados Membros da Organização Mundial da Saúde (OMS) que fechem o

fosso relativo à implementação efetiva das ações de promoção da saúde, e que

desenvolvam políticas e parcerias para a ação (Banguecoque, 2005).

Os participantes da Conferência solicitam à OMS, e aos seus Estados

Membros para que, em cooperação com outros, disponibilizem recursos para a

promoção da saúde, iniciem planos de ação e monitorizem os resultados

Page 15: Conferencias Internacionais de Promoção de Saude

10

através de indicadores e metas apropriados, e que elaborem relatórios

periódicos sobre os progressos alcançados. Às Organizações das Nações

Unidas (ONU), solicita-se também que analisem os eventuais benefícios

resultantes do desenvolvimento de um Tratado Global para a Saúde

(Banguecoque, 2005).

Em suma, a Carta de Banguecoque apela a todos os líderes que

componham uma aliança mundial para promover a saúde, com compromissos

e ações a nível local e global.

Os participantes da sexta Conferência Internacional sobre Promoção da

Saúde, em Banguecoque, Tailândia, estão empenhados em levar adiante com

as ações e compromissos para a melhorar a saúde (Banguecoque, 2005).

Page 16: Conferencias Internacionais de Promoção de Saude

11

3. Conclusão

Com a realização do presente trabalho o grupo ficou esclarecido acerca

dos objetivos inerentes à realização das conferências internacionais de

promoção de saúde e do papel que as diferentes cartas e declarações tiveram

e têm hoje em dia para a saúde mundial.

A declaração de Alma-Ata constituiu um marco importante no movimento

da “Saúde para todos”. Baseada no reconhecimento de que a saúde é um

recurso da maior importância para o desenvolvimento social, esta declaração

instituiu uma nova orientação da política de saúde, conferindo especial ênfase

ao envolvimento das pessoas, à cooperação entre os vários sectores da

sociedade, bem como à criação dos Cuidados de Saúde Primários.

A saúde passou a ser entendida num sentido positivo, devendo constituir

um direito humano fundamental.

Com a inspiração na declaração de Alma-Ata, desenvolveu-se a carta de

promoção de saúde de Ottawa. Esta lançou um desafio rígido a uma nova

saúde pública afirmando a justiça social e equidade, como pré-requisito para a

saúde. Foi a partir desta carta que a promoção de saúde começou

teoricamente a ser equacionada, debatida e verdadeiramente valorizada.

Na conferência de Jacarta, cujo tema era “Promoção da Saúde no Século

XXI”, foi oferecida uma reflexão sobre os determinantes da saúde, na

identificação das direções e estratégias necessárias para enfrentar os desafios

do século XXI.

Por último, a carta de Banguecoque, apela a todos os líderes que

componham uma aliança mundial para promover a saúde, com compromissos

e ações a nível local e global.

O objetivo deste trabalho foi atingido, pois o grupo ficou a conhecer a

evolução das temáticas abordadas nas diferentes conferências internacionais

de promoção de saúde que se realizaram ao longo dos anos. Com a leitura e

estudo das cartas foi possível observar o empenho de várias pessoas numa

constante evolução e melhoria no sector de saúde e na forma como são

prestados os cuidados de saúde.

Page 17: Conferencias Internacionais de Promoção de Saude

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Referências Bibliográficas

Banguecoque, (2005). Sexta Conferência Internacional sobre Promoção da

Saúde. Tailândia. Consultado em, 23 de abril de 2013, em:

http://www.dgidc.min-edu.pt/educacaosaude/index.php?s=directorio&pid

=96

Carrilho, L. (2009). Saúde: Promoção da Saúde. Consultado em, 10 de março

de 2013, em: http://www.obichinhodosaber.com/2009/07/10/saude-escolar-

iv-1-saude/

Jacarta, (1997). Quarta Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde

no Século XXI. República da Indonésia. Consultado em, 13 de março de

2013, em: http://www.dgidc.min-edu.pt/educacaosaude/index.php?s=

directorio&pid=96

Ottawa, (1986). Primeira Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde.

Canadá. Consultado em, 19 de abril de 2013, em:

http://www.ptacs.pt/Document/Carta%20de%20Otawa.pdf

World Health Organization (s.d). Declaration of Alma-Ata. Consultado em, 19

de abril de 2013, em: http://www.euro.who.int/__data/assets/pdf_file/0009/

113877/E93944.pdf