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CONDUÇÃO DE VEÍCULOS DE EMERGÊNCIA INSTRUTOR: Gilson LUCAS, 1º Sgt Corpo de Bombeiros Militar

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CONDUÇÃO DE VEÍCULOS DE EMERGÊNCIA

INSTRUTOR: Gilson LUCAS, 1º Sgt Corpo de Bombeiros Militar

Direção Defensiva ConceitoÉ o ato de conduzir de modo a evitar acidentes, apesar das ações incorretas (erradas) dos outros e das condições adversas (contrárias), que encontramos nas vias de trânsitos.

As principais causas dos acidentes:

Imprudência Negligência

Imperícia Imperícia

Negligência, Imprudência e Imperícia:

• Negligência:

Na negligência, alguém deixa de tomar uma atitude ou apresentar conduta que era esperada para a situação. Age com descuido, indiferença ou desatenção, não tomando as devidas precauções.

Imprudência: 

A imprudência, por sua vez, pressupõe uma ação precipitada e sem cautela. A pessoa não deixa de fazer algo, não é uma conduta omissiva como a negligência. Na imprudência, ela age, mas toma uma atitude diversa da esperada.

Imperícia: 

Para que seja configurada a imperícia é necessário constatar a inaptidão, ignorância, falta de qualificação técnica, teórica ou prática, ou ausência de conhecimentos elementares e básicos da profissão. Um médico sem habilitação em cirurgia plástica que realize uma operação e cause deformidade em alguém pode ser acusado de imperícia.

Condutor defensivo é aquele que :

Adota um procedimento preventivo no transito sempre com cautela e civilidade.

Dirige sempre pensando na segurança Tem uma postura pacifica; consciência

pessoal e de coletividade; tem humildade e autocritica

Elementos básicos para direção defensiva

• Conhecimento: das leis de transito, das particularidades do veiculo e das condições adversas

• Atenção: À sinalização, ao comportamento dos demais condutores, ao comportamento dos pedestres, ciclistas, demais veículos não motorizados e nas possíveis condições adversas

• Previsão: Na direção defensiva a previsão ocorre simultaneamente com a atenção. Prever e antecipar possíveis acontecimentos de modo a poder reagir prontamente

Elementos básicos para direção defensiva

• Decisão: a decisão correta é a meta da direção defensiva. Uma boa percepção das situações implica em um rápido exame das alternativas de reação e na escolha correta a tempo de evitar acidentes.

• Habilidade: Significa operar os controles do veiculo e executar com pericia qualquer manobra básica de condução do veiculo.

Tipos de condições adversas

• São todos aqueles fatores que podem prejudicar o seu desempenho no ato de conduzir, tornando maior a possibilidade de um acidente de transito

• Luz.• Tempo.• Vias.• Transito.• Veiculo.• Condutor.

Condições adversas

Acidentes• É todo acontecimento desagradável,

infeliz, inesperado ou não, que causa danos tanto materiais, quanto ecológicos e / ou humanos.

Causas dos acidentes

• Fonte: Portal do trânsito brasileiro: www.transitobr.com.br

Regras fundamentais de condução de veículos de emergência

• Conduzir veículo terrestre de urgência destinado ao atendimento e transporte de pacientes;

• A segurança da equipe e dos cidadãos é prioritária. • Sempre o condutor deve seguir as regras previstas

no Código de Trânsito Brasileiro (CTB artigo 29).• O número de passageiros permitido deve ser igual

ao número de cintos de segurança disponíveis e em condições de uso, além do paciente na maca, também com cinto. (CTB artigo 65).

• Conhecer integralmente o veículo e realizar manutenção básica do mesmo; estabelecer contato radiofônico com a central de regulação médica e seguir suas orientações;

• Conhecer a malha viária local; conhecer a localização de todos os estabelecimentos de saúde integrados ao sistema assistencial local, auxiliar a equipe de saúde nos gestos básicos de suporte à vida;

• Os dispositivos sonoros e de iluminação devem ser utilizados somente em efetiva prestação de serviço de urgência (CTB artigo 29). Recomenda se também o farol baixo, tanto durante o dia quanto à noite.

• Portar durante todo o plantão os documentos referentes à sua habilitação e os documentos da viatura / ambulância;

• Verificar antes do deslocamento da viatura condições mecânicas, elétricas e acessórios de segurança.

• Cabe ao condutor dizer se a ambulância tem condições de trafegar em determinadas estradas.

• Deve se haver um dialogo com o responsável (Enfermeiro, Medico ou Tec.) antes de inicializar o deslocamento, sobre como deslocar afim de não afetar o quadro clinico do paciente.

• Sempre que o endereço for passado pela central de regulação, pedir referencias( rua de esquinas, Escolas, postos) para um tempo resposta mais rápido.

Comportamento de Segurança do Condutor

Evitar freadas e acelerações bruscas;Evitar mudanças desnecessárias de faixa de rolamento (evitar

costurar).Não usar pisca- alertaUtilizar velocidade compatível com a via e com a situação

clinica do paciente, definido pela equipe de saúde;Sinalizar adequadamente a viatura e a via quando parado. Na atenção ao paciente, se o médico estiver presente, ele é a

autoridade máxima, seguido do enfermeiro, do técnico de enfermagem e do auxiliar.

• No ato de dirigir a ambulância, a autoridade máxima é o condutor e só ele responde por seus atos.

• Os tripulantes têm falsa sensação de segurança;• Pensam que os outros motoristas vão respeitar,

sair da frente, dar passagem;• Outros motoristas muitas vezes se assustam e

não sabem como proceder;• Vidros fechados, música, problemas de audição,

interferem na atenção dos motoristas dos outros veículos que só percebem a ambulância quando está muito próxima;

• O paciente deve estar imobilizado e preso à prancha quando a prancha estiver indicada ou preso à maca;

• A prancha deve estar firmemente presa à maca; • A maca deve estar firmemente presa à

ambulância;• Se o paciente for transportado sentado, deve

utilizar cinto de segurança

Segurança do paciente

Exceções permitidas em situação Emergência

• Ultrapassar o semáforo vermelho.• Andar na contra mão.• Estacionar em local proibido.

Passos para avaliar uma cena

• 1° Qual é a situação? (estado atual)• 2° Para onde ir? (Potencial)• 3° Como controla – la? (operação e recursos)

• Estes passos devem ser dados nesta sequencia, possibilitando a máxima eficiência na atuação do socorrista.

• O Condutor socorrista deve identificar e depois evitar ou eliminar os agentes que possam causar lesões ou agravos à saúde como:

• Fogo• Explosão• Eletricidade• Fumaça• Agua• Gases Tóxicos• Trafego Queda de estrutura• Ferragens cortantes• Materiais perigosos• Animais • Outros

Avaliação da cena em uma emergência

• É uma identificação rápida dos diferentes fatores que estão relacionados com ocorrência e que são indispensáveis para a tomada de decisão

• A avaliação deve ser permanente pois os fatores podem alterar – se com facilidade e rapidez.

Situações de atendimentosSituações de atendimentos

Sinalização na cena do acidente:

• No APH, muitas situações colocam a equipe em risco;

• Luminosidade, chuva, fluxo de veículos, escadas, higiene, animais, pessoas agressivas, tumultos sociais, são algumas das condições que os diferenciam.

• Incêndios, produtos perigosos, desabamentos, Fumaça e etc.

• Identificar e lidar com cada uma delas é fundamental na prestação do socorro.

A ambulância deve ser parada no sentido da via, com os sinais luminosos ligados e a uma distância segura do evento;

Para decidir pela distância segura observe a existência de vazamento de óleo, combustível, gases, fumaça, fogo, etc.;

A sinalização pode ser realizada com cones ou similares.Se a equipe não tiver condições de efetivar a sinalização,

deve solicitar à Central de Operações que acione apoio.Estabelecer a distância para a primeira sinalização, usando

a velocidade máxima permitida para a via como referência:

Sinalização na cenaSe o veículo for o primeiro a chegar na cena,

deve estacionar antes do evento e sinalizar o local.

Se a cena já estiver sinalizada, estacionar após o evento:

Velocidade PermitidaO veículo de emergência não tem direito a ultrapassar

a velocidade permitida pela via e pode sofrer sanção penal, mesmo se comprovada a efetiva prestação de serviços de urgência.

O veículo de emergência tem o privilégio de solicitar passagem e ultrapassar sempre pela esquerda. Para isso, o condutor deve utilizar-se dos recursos sonoros e de iluminação e posicionar o veiculo na faixa de rolamento à esquerda.

O veiculo de emergência não tem preferencia na via, ele tem prioridade quando estiver em situação de Emergência.

Funções da sirene

• 1 – Aciona o sinalizador para uso de não emergência. Retorno a Base.

• 2 – Aciona o sinalizador mais o Estrobo ( Percurso para o Hospital ou ocorrência).

• 3 – Aciona o sinalizador, mais estrobo mais a sirene.

As Ambulâncias são classificadas em:

• TIPO A – Ambulância de Transporte • ( Sanitário apenas condutor)• TIPO B – Ambulância de Suporte Básico: • (USB tripulada com condutor e tec. Enfermagem)• TIPO C - Ambulância de Resgate• TIPO D – Ambulância de Suporte Avançado:• (USA tripulada com condutor, medico e enfermeiro)• TIPO E – Aeronave transporte medico• TIPO F – Embarcação de Transporte Medico

•FIM.•DÚVIDAS?