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Page 1: Condicionamentos frente à_tecnologia

CONDICIONAMENTOS FRENTE À TECNOLOGIA

Carmem Angela Corrêa Araujo

Os vídeos apresentados na segunda semana do Curso de Material Didático Digital

para a Diversidade e a leitura de outros materiais sobre o tema, disponíveis na Internet,

provocaram algumas reflexões sobre nossa condição frente à tecnologia digital, bem

como sobre a relação das demais pessoas de nossa geração e, em contrapartida, das

novas gerações com esses meios.

Consideramos nossa atuação frente às novas tecnologias como uma imigrante

digital bem adaptada. Quando o assunto é computadores/Informática/Internet, podemos

dizer que a curiosidade e a vontade de inovar são fatores decisivos para uma atuação

satisfatória.

O que conhecemos representa apenas uma pequena ponta do iceberg chamado

conhecimento. Torna-se importante estar sempre à procura de novidades na área de

atuação, temos muito a aprender e acreditamos que os profissionais de todas as áreas do

conhecimento devem assumir uma postura de “verdadeiros bandeirantes nessa floresta

tecnopedagógica” (Valente & Mattar, 2007: 16).

As novas gerações, representam os chamados nativos digitais, com certeza, pois,

embora não as tenham em suas casas, sempre descobrem uma forma de acesso e,

quando isso acontece, o tempo da descoberta ao domínio se dá rapidamente. Esse é o

“meio” deles, pois mesmo sem acesso, em muitos casos, são observadores e não têm o

medo de estragar a “máquina”.

As crianças sempre tiveram facilidade para aprender tudo que lhes era ensinado.

Assim, como as crianças de décadas de anteriores reproduziam com perfeição as

historinhas que lhes eram contadas com riqueza de detalhes como se estivessem lendo,

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

CURSO PRODUÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO DIGITAL PARA A DIVERSIDADE

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as de hoje, com grande facilidade dominam equipamentos tecnológicos como iPhones,

mesmo que não saibam ler.

Já os adultos, além de terem crescido ouvindo “tira a mão daí que vai estragar”,

tiveram o contato com essas tecnologias somente depois de maduros. Esse fator causa

certo medo e/ou bloqueio para lidar com as novidades, e ainda, quando pensam que

estão aprendendo a dominar, surge uma tecnologia mais avançada. Todos esses meios

não fizeram parte de sua vivência, como fazem parte da vida dos jovens.

Os jovens e as crianças convivem, mesmo que indiretamente, com uma grande

variedade de recursos tecnológicos, desenvolveram „habilidades icônicas‟,

representadas por simbologias imbuídas de significados e a escola precisa reestruturar-

se para atender essa „exigência dos novos tempos‟.

No livro A Formação Matemática do Professor, os autores enfatizam que:

No trabalho escolar, é importante que o professor seja capaz de envolver os alunos em um leque de situações que se colocam como problemas e que, de

algum modo, desafiem os seus saberes anteriores, conduzindo à reflexão

sobre novos significados e novos domínios de uso desses saberes. (MOREIRA & DAVID, 2005).

Por todas as razões anteriormente citadas, consideramos de grande importância a

preparação dos professores para a utilização das Novas Tecnologias da Informação e da

Comunicação na sua prática pedagógica, pois o conjunto de linguagens por elas

apresentadas facilita a aprendizagem e desperta a atenção dos alunos, uma vez que cada

um tem e/ou desenvolve habilidades e necessidades diferenciadas de „captura‟ do saber.

Referências:

MOREIRA, Plínio Cavalcanti. A formação matemática do professor: licenciatura e

prática docente escolar / Plínio Moreira e Maria Manuela M. S. David. Belo

Horizonte: Autêntica, 2005.

VALENTE, Carlos. Second Life e Web 2.0 na educação: o potencial revolucionário das

novas tecnologias / Carlos Valente, João Mattar. São Paulo: Novatec Editora, 2007.