condicionamento acústico das salas de aula e auditório do edifício da fauusp: análise do tempo...

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1 Rodrigo de Castro Dantas Cavalcante Sabrina Harris Agostini 1 Laboratório de Conforto Ambiental e Eficiência Energética, Departamento de Tecnologia da Arquitetura, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, USP Rua do Lago, 876, Cidade Universitária, São Paulo - SP Brasil 05508-080 [email protected], [email protected], [email protected] 1 1 , e Marcia Peinado Alucci 1 Rodrigo de Castro Dantas Cavalcante Sabrina Harris Agostini 1 1 , e Marcia Peinado Alucci 1 Laboratório de Conforto Ambiental e Eficiência Energética, Departamento de Tecnologia da Arquitetura, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, USP Rua do Lago, 876, Cidade Universitária, São Paulo - SP Brasil 05508-080 [email protected], [email protected], [email protected] Condicionamento Acústico das Salas de Aula e Auditório do Edifício da FAUUSP: Análise do tempo de reverberação Condicionamento Acústico das Salas de Aula e Auditório do Edifício da FAUUSP: Análise do tempo de reverberação 3 MEDIÇÕES 3.1 Equipamentos Para efetuar medições do tempo de reverberação são necessários basicamente os seguintes equipamentos: Figura 5: 1. Analisadores Sonoros Norsonic SA110 e complementos (sentido horário): baterias recarregáveis, cabos extensores para microfone, microfone e pré-amplificador para microfone; 2. Gerador de Sinal Norsonic 230 e 3. Caixa Sonora Leac's VTX150. Para a realização do ensaio do tempo de reverberação o analisador de nível sonoro envia um comando ao emissor de sinal que gera um impulso elétrico que é transformado em som pela caixa acústica. Abaixo, os demais equipamentos de apoio utilizados: Figura 6: 1. Medidor de Nível Sonoro; 2. Calibrador; 3. Termohigrômetro e 4. Máquinas Fotográficas. 3.2 Procedimentos As medições foram realizadas segundo recomendações da NBR11957 “Reverberação: análise do tempo de reverberação de auditórios”. Os ruídos foram gerados na posição mais provável da fonte sonora real, em terços de oitava de 125Hz até 4kHz e pelo menos 40dB acima do nível de ruído de fundo. Os tempos foram registrados em três posições diferentes do microfone, duas vezes em cada ponto. Para o auditório, onde há possibilidade de se ajustar o fundo do palco com refletores ou absorventes sonoros, foram registradas ambas situações. 3.3 Resultados As figuras abaixo mostram as posições do microfone no auditório e na sala de aula 801, respectivamente, com os tempos de reverberação medidos. Figura 7: Sala de Aula 801 Figura 8: Medidas de Tempo de Reverberação na Sala 801 Figura 9: Auditório Professor Ariosto Mila Figura 10: Medidas de Tempo de Reverberação no Auditório - Ponto 1 3 MEDIÇÕES 3.1 Equipamentos Para efetuar medições do tempo de reverberação são necessários basicamente os seguintes equipamentos: Figura 5: 1. Analisadores Sonoros Norsonic SA110 e complementos (sentido horário): baterias recarregáveis, cabos extensores para microfone, microfone e pré-amplificador para microfone; 2. Gerador de Sinal Norsonic 230 e 3. Caixa Sonora Leac's VTX150. Para a realização do ensaio do tempo de reverberação o analisador de nível sonoro envia um comando ao emissor de sinal que gera um impulso elétrico que é transformado em som pela caixa acústica. Abaixo, os demais equipamentos de apoio utilizados: Figura 6: 1. Medidor de Nível Sonoro; 2. Calibrador; 3. Termohigrômetro e 4. Máquinas Fotográficas. As medições foram realizadas segundo recomendações da NBR11957 “Reverberação: análise do tempo de reverberação de auditórios”. Os ruídos foram gerados na posição mais provável da fonte sonora real, em terços de oitava de 125Hz até 4kHz e pelo menos 40dB acima do nível de ruído de fundo. Os tempos foram registrados em três posições diferentes do microfone, duas vezes em cada ponto. Para o auditório, onde há possibilidade de se ajustar o fundo do palco com refletores ou absorventes sonoros, foram registradas ambas situações. 3.3 Resultados As figuras abaixo mostram as posições do microfone no auditório e na sala de aula 801, respectivamente, com os tempos de reverberação medidos. Figura 7: Sala de Aula 801 Figura 8: Medidas de Tempo de Reverberação na Sala 801 Figura 9: Auditório Professor Ariosto Mila Figura 10: Medidas de Tempo de Reverberação no Auditório - Ponto 1 3.2 Procedimentos Ponto 3 Ponto 3 Ponto 1 Ponto 1 Ponto 3 Ponto 3 0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 125 160 200 250 315 400 500 630 800 1 k 1,25 k 1,6 k 2 k 2,5 k 3,15 k 4 k Tempo P1 Tempo P2 Tempo P3 0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 125 160 200 250 315 400 500 630 800 1 k 1,25 k 1,6 k 2 k 2,5 k 3,15 k 4 k Com Refletor P1 Sem Refletor P1 1 1 4 7 5 2 6 8 3 1. INTRODUÇÃO Este painel é resultado de pesquisas de iniciação científica em andamento que têm por objetivo uma avaliação do conforto acústico nas salas de aula e no auditório do edifício da FAUUSP, Cidade Universitária, por meio do isolamento sonoro e do tempo de reverberação. Aqui estão apresentados os resultados medidos e simulados de tempo de reverberação da Sala 801 e do Auditório Professor Ariosto Mila. 2. CONCEITOS BÁSICOS Podemos representar, simplificadamente, o som por meio de raios que seguem as leis da Óptica, havendo no entanto algumas exceções. A figura abaixo ilustra como o som se comporta em espaços fechados: (1) som direto ou incidente; (2) refletido; (3) absorvido pelo revestimento de uma superfície; (4) difuso ou disperso; (5) difratado; (6) transmitido; (7) dissipado para a estrutura; (8) ou conduzido pela estrutura. Figura 1: Comportamento do Som em Espaços Fechados Quando a energia sonora encontra uma barreira, parte dessa energia é refletida, parte é absorvida pelo material e convertida em calor, e parte é transmitida pelo elemento. Abaixo, está representado o som refletido e transmitido por diferentes materiais. Note que é chamado de material absorvente acústico aquele que transmite considerável fração do som incidente. Figura 2: Reflexão, Absorção e Transmissão O desvio das ondas sonoras quando essas passam pelas bordas de um obstáculo é chamado de difração. Por ser mais pronunciada em baixas freqüências, torna inadequadas as leis da Acústica Geométrica em espaços fechados para sons de grande comprimento de onda. Figura 3: O Efeito das Freqüências na Difração Por fim, o fenômeno da reverberação é o prolongamento do som em um espaço fechado depois que uma fonte sonora cessa, devido a sucessivas reflexões em suas superfícies. Este fenômeno tem um efeito distinto nas condições de audibilidade em auditórios porque sua presença modifica a percepção dos sons transitórios - sons que começam e cessam rapidamente. Figura 4: Tempo de Reverberação Ótimo em Segundos 1. INTRODUÇÃO Este painel é resultado de pesquisas de iniciação científica em andamento que têm por objetivo uma avaliação do conforto acústico nas salas de aula e no auditório do edifício da FAUUSP, Cidade Universitária, por meio do isolamento sonoro e do tempo de reverberação. Aqui estão apresentados os resultados medidos e simulados de tempo de reverberação da Sala 801 e do Auditório Professor Ariosto Mila. 2. CONCEITOS BÁSICOS Podemos representar, simplificadamente, o som por meio de raios que seguem as leis da Óptica, havendo no entanto algumas exceções. A figura abaixo ilustra como o som se comporta em espaços fechados: (1) som direto ou incidente; (2) refletido; (3) absorvido pelo revestimento de uma superfície; (4) difuso ou disperso; (5) difratado; (6) transmitido; (7) dissipado para a estrutura; (8) ou conduzido pela estrutura. Figura 1: Comportamento do Som em Espaços Fechados Quando a energia sonora encontra uma barreira, parte dessa energia é refletida, parte é absorvida pelo material e convertida em calor, e parte é transmitida pelo elemento. Abaixo, está representado o som refletido e transmitido por diferentes materiais. Note que é chamado de material absorvente acústico aquele que transmite considerável fração do som incidente. Figura 2: Reflexão, Absorção e Transmissão O desvio das ondas sonoras quando essas passam pelas bordas de um obstáculo é chamado de difração. Por ser mais pronunciada em baixas freqüências, torna inadequadas as leis da Acústica Geométrica em espaços fechados para sons de grande comprimento de onda. Figura 3: O Efeito das Freqüências na Difração Por fim, o fenômeno da reverberação é o prolongamento do som em um espaço fechado depois que uma fonte sonora cessa, devido a sucessivas reflexões em suas superfícies. Este fenômeno tem um efeito distinto nas condições de audibilidade em auditórios porque sua presença modifica a percepção dos sons transitórios - sons que começam e cessam rapidamente. Figura 4: Tempo de Reverberação Ótimo em Segundos 0,2 0,2 0,4 0,4 0,6 0,6 0,8 0,8 1,0 1,0 1,2 1,2 1,4 1,4 1,6 1,6 1,8 1,8 2,0 2,0 2,2 2,2 2,4 2,4 2,6 2,6 estúdios de gravação e de rádio estúdios de gravação e de rádio salas de aula de ensino fundamental salas de aula de ensino fundamental salas de palestra e conferências salas de palestra e conferências Drama Drama cinema cinema teatros pequenos teatros pequenos auditórios de Ensino Médio auditórios de Ensino Médio auditórios para fins múltiplos auditórios para fins múltiplos igrejas igrejas catedrais catedrais bandas de rock (com sistema de amplificação) bandas de rock (com sistema de amplificação) musicais e operettas musicais e operettas concertos “semi-clássicos” e coro (com sistema de amplificação) concertos “semi-clássicos” e coro (com sistema de amplificação) recitais e música de câmara (música barroca) recitais e música de câmara (música barroca) Ópera Ópera corais seculares corais seculares orquestras sinfônicas (música clássica e romântica) orquestras sinfônicas (música clássica e romântica) música litúrgica (orquestra, coro ou órgão) música litúrgica (orquestra, coro ou órgão) som incidente som incidente som refletido som refletido som refletido som refletido som transmitido som transmitido som transmitido som transmitido altas freqüências altas freqüências baixas freqüências baixas freqü ncias ê bom absorvente e mau isolante bom absorvente e mau isolante bom absorvente e bom isolante bom absorvente e bom isolante 4. SIMULAÇÕES 4.1 Ecotect 5.02 As salas de aula e o auditório foram modelados pelo software Ecotect versão 5.02. O programa realiza análises de conforto ambiental, tanto acústicas quanto de outros fatores de conforto, e fornece quarto tipos de análises acústicas: 1- Reverberação Estatística. Esse método utiliza o volume do ambiente e o coeficiente de absorção dos materiais para determinar o Tempo de Reverberação, calculado por três fórmulas diferentes - Sabine, de Norris-Eyring e de Millington. 2 - Traçado de Raios Acústicos. Essa técnica consiste no traçado de raios que representam as ondas sonoras vindas de uma fonte sonora colocada no ambiente modelado. Isso mostra o comportamento do som dentro do recinto. 3 - Análise de Partículas e Raios. Essa função mostra uma animação de raios e partículas acústicas que se propagam em tempo real dentro do ambiente modelado. Também é mostrado o nível sonoro ou o atraso do som quando esse atinge as superfícies. 4 - Resposta Acústica. Essa análise utiliza raios acústicos para determinar o tempo de reverberação, tamanho do caminho médio livre do som e absorção sonora média no espaço. 4.2 Resultados Abaixo, os dados de análise realizados pelo programa: Figura 11: Reverberação Estatística na Sala 801 Figura 12: Traçado de Raios Acústicos na Sala 801 Figura 13: Análise de Partículas e Raios no Auditório Figura 14: Resposta Acústica do Auditório 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS As medições apontam tempos de reverberação excessivos na sala de aula e dentro do aceitável no auditório quando os dispositivos do fundo do palco são acionados para aumento da área absorvente. É interessante observar que, na sala de aula, a ausência de superfícies absorventes é responsável pelo número excessivo de reflexões, o que confere ao espaço elevado tempo de reverberação. Para salas de aula o tempo de reverberação ótimo é de 0,4 a 0,6 s para 1kHz, ao passo que para o auditório, dado seu volume, o tempo é por volta de 0,9 s. Os resultados de reverberação estatística fornecidos pelas simulações da sala de aula para freqüências de 125, 250 e 500 Hz possuem alta correlação com aqueles obtidos através das medições (R2 = 0,99); o que não vale para freqüências de 1k, 2k e 4k Hz, para as quais há uma baixa correlação com as medições (R2 = 0,014). O mesmo vale para o auditório, com alta correlação para as primeiras (R2=0,87) e nenhuma para as últimas (R2 ~ 0). Os resultados podem ser atribuídos a dois fatores: inadequação dos dados utilizados na modelagem ou problemas experimentais relacionados principalmente à instabilidade observada no equipamento durante as medições. É importante detectar a razão de tais diferenças inclusive para validação dos resultados do software. Apesar dos resultados, o Ecotect facilita o entendimento dos fenômenos físicos, sendo útil para fins didáticos. AGRADECIMENTOS À FAPESP e ao CNPq, pelo financiamento às pesquisas de iniciação científica e ao mestrando José Ovídio Peres Ramos e aos professores Marcia Peinado Alucci, Ualfrido Del Carlo e José Fernando Cremonesi. BIBLIOGRAFIA [1] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR11957 Reverberação: análise do tempode reverberação em auditórios. São Paulo, 1998. [2] DOELLE, Leslie. Environmental Acoustics. New York: McGraw-Hill, 1972. [3] EGAN, David. Concepts in Architect Acoustics. New York: McGraw- Hill, 1972. [4] MEHTA, Madan. Architectural Acoustics: principles and design. Upper Sadle River: Prentice Hall, 1999. [5] SANTOS, Paula. Banco de Dados: características acústicas de materiais de construção. São Paulo: FAPESP, 2002. 4. SIMULAÇÕES 4.1 Ecotect 5.02 As salas de aula e o auditório foram modelados pelo software Ecotect versão 5.02. O programa realiza análises de conforto ambiental, tanto acústicas quanto de outros fatores de conforto, e fornece quarto tipos de análises acústicas: 1- Reverberação Estatística. Esse método utiliza o volume do ambiente e o coeficiente de absorção dos materiais para determinar o Tempo de Reverberação, calculado por três fórmulas diferentes - Sabine, de Norris-Eyring e de Millington. 2 - Traçado de Raios Acústicos. Essa técnica consiste no traçado de raios que representam as ondas sonoras vindas de uma fonte sonora colocada no ambiente modelado. Isso mostra o comportamento do som dentro do recinto. 3 - Análise de Partículas e Raios. Essa função mostra uma animação de raios e partículas acústicas que se propagam em tempo real dentro do ambiente modelado. Também é mostrado o nível sonoro ou o atraso do som quando esse atinge as superfícies. 4 - Resposta Acústica. Essa análise utiliza raios acústicos para determinar o tempo de reverberação, tamanho do caminho médio livre do som e absorção sonora média no espaço. 4.2 Resultados Abaixo, os dados de análise realizados pelo programa: Figura 11: Reverberação Estatística na Sala 801 Figura 12: Traçado de Raios Acústicos na Sala 801 Figura 13: Análise de Partículas e Raios no Auditório Figura 14: Resposta Acústica do Auditório 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS As medições apontam tempos de reverberação excessivos na sala de aula e dentro do aceitável no auditório quando os dispositivos do fundo do palco são acionados para aumento da área absorvente. É interessante observar que, na sala de aula, a ausência de superfícies absorventes é responsável pelo número excessivo de reflexões, o que confere ao espaço elevado tempo de reverberação. Para salas de aula o tempo de reverberação ótimo é de 0,4 a 0,6 s para 1kHz, ao passo que para o auditório, dado seu volume, o tempo é por volta de 0,9 s. Os resultados de reverberação estatística fornecidos pelas simulações da sala de aula para freqüências de 125, 250 e 500 Hz possuem alta correlação com aqueles obtidos através das medições (R2 = 0,99); o que não vale para freqüências de 1k, 2k e 4k Hz, para as quais há uma baixa correlação com as medições (R2 = 0,014). O mesmo vale para o auditório, com alta correlação para as primeiras (R2=0,87) e nenhuma para as últimas (R2 ~ 0). Os resultados podem ser atribuídos a dois fatores: inadequação dos dados utilizados na modelagem ou problemas experimentais relacionados principalmente à instabilidade observada no equipamento durante as medições. É importante detectar a razão de tais diferenças inclusive para validação dos resultados do software. Apesar dos resultados, o Ecotect facilita o entendimento dos fenômenos físicos, sendo útil para fins didáticos. AGRADECIMENTOS À FAPESP e ao CNPq, pelo financiamento às pesquisas de iniciação científica e ao mestrando José Ovídio Peres Ramos e aos professores Marcia Peinado Alucci, Ualfrido Del Carlo e José Fernando Cremonesi. BIBLIOGRAFIA [1] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR11957 Reverberação: análise do tempode reverberação em auditórios. São Paulo, 1998. [2] DOELLE, Leslie. Environmental Acoustics. New York: McGraw-Hill, 1972. [3] EGAN, David. Concepts in Architect Acoustics. New York: McGraw- Hill, 1972. [4] MEHTA, Madan. Architectural Acoustics: principles and design. Upper Sadle River: Prentice Hall, 1999. [5] SANTOS, Paula. Banco de Dados: características acústicas de materiais de construção. São Paulo: FAPESP, 2002. Ponto 2 Ponto 2 Ponto 1 Ponto 1 Com Refletor P1 Sem Refletor P1 Com Refletor P1 Sem Refletor P1 3,50 3,50 4,00 4,00 3,00 3,00 2,50 2,50 2,00 2,00 1,50 1,50 1,00 1,00 0,50 0,50 0,00 0,00

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Resultado de pesquisas de iniciação científica emandamento que têm por objetivo uma avaliação do conforto acústiconas salas de aula e no auditório do edifício da FAUUSP, CidadeUniversitária, por meio do isolamento sonoro e do tempo dereverberação. Aqui estão apresentados os resultados medidos esimulados de tempo de reverberação da Sala 801 e do AuditórioProfessor Ariosto Mila.

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  • 1Rodrigo de Castro Dantas Cavalcante Sabrina Harris Agostini1Laboratrio de Conforto Ambiental e Eficincia Energtica, Departamento de Tecnologia da Arquitetura, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de So Paulo, USP

    Rua do Lago, 876, Cidade Universitria, So Paulo - SP Brasil [email protected], [email protected], [email protected]

    1 1, e Marcia Peinado Alucci1Rodrigo de Castro Dantas Cavalcante Sabrina Harris Agostini1 1, e Marcia Peinado Alucci1Laboratrio de Conforto Ambiental e Eficincia Energtica, Departamento de Tecnologia da Arquitetura, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de So Paulo, USP

    Rua do Lago, 876, Cidade Universitria, So Paulo - SP Brasil [email protected], [email protected], [email protected]

    Condicionamento Acstico das Salas de Aula e Auditrio do Edifcio da FAUUSP:Anlise do tempo de reverberao

    Condicionamento Acstico das Salas de Aula e Auditrio do Edifcio da FAUUSP:Anlise do tempo de reverberao

    3 MEDIES

    3.1 Equipamentos

    Para efetuar medies do tempo de reverberao so necessrios basicamente os seguintes equipamentos:

    Figura 5: 1. Analisadores Sonoros Norsonic SA110 e complementos (sentido horrio): baterias recarregveis, cabos extensores para microfone, microfone e pr-amplificador para microfone; 2. Gerador de Sinal Norsonic 230 e 3. Caixa Sonora Leac's VTX150.

    Para a realizao do ensaio do tempo de reverberao o analisador de nvel sonoro envia um comando ao emissor de sinal que gera um impulso eltrico que transformado em som pela caixa acstica. Abaixo, os demais equipamentos de apoio utilizados:

    Figura 6: 1. Medidor de Nvel Sonoro; 2. Calibrador; 3. Termohigrmetro e 4. Mquinas Fotogrficas.

    3.2 Procedimentos

    As medies foram realizadas segundo recomendaes da NBR11957 Reverberao: anlise do tempo de reverberao de auditrios. Os rudos foram gerados na posio mais provvel da fonte sonora real, em teros de oitava de 125Hz at 4kHz e pelo menos 40dB acima do nvel de rudo de fundo. Os tempos foram registrados em trs posies diferentes do microfone, duas vezes em cada ponto. Para o auditrio, onde h possibilidade de se ajustar o fundo do palco com refletores ou absorventes sonoros, foram registradas ambas situaes.

    3.3 Resultados

    As figuras abaixo mostram as posies do microfone no auditrio e na sala de aula 801, respectivamente, com os tempos de reverberao medidos.

    Figura 7: Sala de Aula 801

    Figura 8: Medidas de Tempo de Reverberao na Sala 801

    Figura 9: Auditrio Professor Ariosto Mila

    Figura 10: Medidas de Tempo de Reverberao no Auditrio - Ponto 1

    3 MEDIES

    3.1 Equipamentos

    Para efetuar medies do tempo de reverberao so necessrios basicamente os seguintes equipamentos:

    Figura 5: 1. Analisadores Sonoros Norsonic SA110 e complementos (sentido horrio): baterias recarregveis, cabos extensores para microfone, microfone e pr-amplificador para microfone; 2. Gerador de Sinal Norsonic 230 e 3. Caixa Sonora Leac's VTX150.

    Para a realizao do ensaio do tempo de reverberao o analisador de nvel sonoro envia um comando ao emissor de sinal que gera um impulso eltrico que transformado em som pela caixa acstica. Abaixo, os demais equipamentos de apoio utilizados:

    Figura 6: 1. Medidor de Nvel Sonoro; 2. Calibrador; 3. Termohigrmetro e 4. Mquinas Fotogrficas.

    As medies foram realizadas segundo recomendaes da NBR11957 Reverberao: anlise do tempo de reverberao de auditrios. Os rudos foram gerados na posio mais provvel da fonte sonora real, em teros de oitava de 125Hz at 4kHz e pelo menos 40dB acima do nvel de rudo de fundo. Os tempos foram registrados em trs posies diferentes do microfone, duas vezes em cada ponto. Para o auditrio, onde h possibilidade de se ajustar o fundo do palco com refletores ou absorventes sonoros, foram registradas ambas situaes.

    3.3 Resultados

    As figuras abaixo mostram as posies do microfone no auditrio e na sala de aula 801, respectivamente, com os tempos de reverberao medidos.

    Figura 7: Sala de Aula 801

    Figura 8: Medidas de Tempo de Reverberao na Sala 801

    Figura 9: Auditrio Professor Ariosto Mila

    Figura 10: Medidas de Tempo de Reverberao no Auditrio - Ponto 1

    3.2 Procedimentos

    Ponto 3Ponto 3Ponto 1Ponto 1

    Ponto 3Ponto 3

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    125 160 200 250 315 400 500 630 800 1 k 1,25 k 1,6 k 2 k 2,5 k 3,15 k 4 k

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    1. INTRODUO

    Este painel resultado de pesquisas de iniciao cientfica em andamento que tm por objetivo uma avaliao do conforto acstico nas salas de aula e no auditrio do edifcio da FAUUSP, Cidade Universitria, por meio do isolamento sonoro e do tempo de reverberao. Aqui esto apresentados os resultados medidos e simulados de tempo de reverberao da Sala 801 e do Auditrio Professor Ariosto Mila.

    2. CONCEITOS BSICOS

    Podemos representar, simplificadamente, o som por meio de raios que seguem as leis da ptica, havendo no entanto algumas excees. A figura abaixo ilustra como o som se comporta em espaos fechados: (1) som direto ou incidente; (2) refletido; (3) absorvido pelo revestimento de uma superfcie; (4) difuso ou disperso; (5) difratado; (6) transmitido; (7) dissipado para a estrutura; (8) ou conduzido pela estrutura.

    Figura 1: Comportamento do Som em Espaos Fechados

    Quando a energia sonora encontra uma barreira, parte dessa energia refletida, parte absorvida pelo material e convertida em calor, e parte transmitida pelo elemento. Abaixo, est representado o som refletido e transmitido por diferentes materiais. Note que chamado de material absorvente acstico aquele que transmite considervel frao do som incidente.

    Figura 2: Reflexo, Absoro e Transmisso

    O desvio das ondas sonoras quando essas passam pelas bordas de um obstculo chamado de difrao. Por ser mais pronunciada em baixas freqncias, torna inadequadas as leis da Acstica Geomtrica em espaos fechados para sons de grande comprimento de onda.

    Figura 3: O Efeito das Freqncias na Difrao

    Por fim, o fenmeno da reverberao o prolongamento do som em um espao fechado depois que uma fonte sonora cessa, devido a sucessivas reflexes em suas superfcies. Este fenmeno tem um efeito distinto nas condies de audibilidade em auditrios porque sua presena modifica a percepo dos sons transitrios - sons que comeam e cessam rapidamente.

    Figura 4: Tempo de Reverberao timo em Segundos

    1. INTRODUO

    Este painel resultado de pesquisas de iniciao cientfica em andamento que tm por objetivo uma avaliao do conforto acstico nas salas de aula e no auditrio do edifcio da FAUUSP, Cidade Universitria, por meio do isolamento sonoro e do tempo de reverberao. Aqui esto apresentados os resultados medidos e simulados de tempo de reverberao da Sala 801 e do Auditrio Professor Ariosto Mila.

    2. CONCEITOS BSICOS

    Podemos representar, simplificadamente, o som por meio de raios que seguem as leis da ptica, havendo no entanto algumas excees. A figura abaixo ilustra como o som se comporta em espaos fechados: (1) som direto ou incidente; (2) refletido; (3) absorvido pelo revestimento de uma superfcie; (4) difuso ou disperso; (5) difratado; (6) transmitido; (7) dissipado para a estrutura; (8) ou conduzido pela estrutura.

    Figura 1: Comportamento do Som em Espaos Fechados

    Quando a energia sonora encontra uma barreira, parte dessa energia refletida, parte absorvida pelo material e convertida em calor, e parte transmitida pelo elemento. Abaixo, est representado o som refletido e transmitido por diferentes materiais. Note que chamado de material absorvente acstico aquele que transmite considervel frao do som incidente.

    Figura 2: Reflexo, Absoro e Transmisso

    O desvio das ondas sonoras quando essas passam pelas bordas de um obstculo chamado de difrao. Por ser mais pronunciada em baixas freqncias, torna inadequadas as leis da Acstica Geomtrica em espaos fechados para sons de grande comprimento de onda.

    Figura 3: O Efeito das Freqncias na Difrao

    Por fim, o fenmeno da reverberao o prolongamento do som em um espao fechado depois que uma fonte sonora cessa, devido a sucessivas reflexes em suas superfcies. Este fenmeno tem um efeito distinto nas condies de audibilidade em auditrios porque sua presena modifica a percepo dos sons transitrios - sons que comeam e cessam rapidamente.

    Figura 4: Tempo de Reverberao timo em Segundos

    0,20,2 0,40,4 0,60,6 0,80,8 1,01,0 1,21,2 1,41,4 1,61,6 1,81,8 2,02,0 2,22,2 2,42,4 2,62,6

    estdios de gravao e de rdioestdios de gravao e de rdio

    salas de aula de ensino fundamentalsalas de aula de ensino fundamental

    salas de palestra e confernciassalas de palestra e conferncias

    DramaDrama

    cinemacinema

    teatros pequenosteatros pequenos

    auditrios de Ensino Mdioauditrios de Ensino Mdio

    auditrios para fins mltiplosauditrios para fins mltiplos

    igrejasigrejas catedraiscatedrais

    bandas de rock (com sistema de amplificao)bandas de rock (com sistema de amplificao)

    musicais e operettasmusicais e operettas

    concertos semi-clssicos e coro (com sistema de amplificao)concertos semi-clssicos e coro (com sistema de amplificao)

    recitais e msica de cmara (msica barroca)recitais e msica de cmara (msica barroca)

    perapera

    corais secularescorais seculares

    orquestras sinfnicas (msica clssica e romntica)orquestras sinfnicas (msica clssica e romntica)

    msica litrgica (orquestra, coro ou rgo)msica litrgica (orquestra, coro ou rgo)

    som incidentesom incidente

    som refletido som refletido som refletido som refletido

    som transmitidosom transmitido som transmitidosom transmitido

    altas freqnciasaltas freqncias baixas freqnciasbaixas freq ncias

    bom absorvente e mau isolantebom absorvente e mau isolante bom absorvente e bom isolantebom absorvente e bom isolante

    4. SIMULAES

    4.1 Ecotect 5.02

    As salas de aula e o auditrio foram modelados pelo software Ecotect verso 5.02. O programa realiza anlises de conforto ambiental, tanto acsticas quanto de outros fatores de conforto, e fornece quarto tipos de anlises acsticas:

    1- Reverberao Estatstica. Esse mtodo utiliza o volume do ambiente e o coeficiente de absoro dos materiais para determinar o Tempo de Reverberao, calculado por trs frmulas diferentes - Sabine, de Norris-Eyring e de Millington. 2 - Traado de Raios Acsticos. Essa tcnica consiste no traado de raios que representam as ondas sonoras vindas de uma fonte sonora colocada no ambiente modelado. Isso mostra o comportamento do som dentro do recinto. 3 - Anlise de Partculas e Raios. Essa funo mostra uma animao de raios e partculas acsticas que se propagam em tempo real dentro do ambiente modelado. Tambm mostrado o nvel sonoro ou o atraso do som quando esse atinge as superfcies. 4 - Resposta Acstica. Essa anlise utiliza raios acsticos para determinar o tempo de reverberao, tamanho do caminho mdio livre do som e absoro sonora mdia no espao.

    4.2 Resultados

    Abaixo, os dados de anlise realizados pelo programa:

    Figura 11: Reverberao Estatstica na Sala 801

    Figura 12: Traado de Raios Acsticos na Sala 801

    Figura 13: Anlise de Partculas e Raios no Auditrio

    Figura 14: Resposta Acstica do Auditrio

    5. CONSIDERAES FINAIS

    As medies apontam tempos de reverberao excessivos na sala de aula e dentro do aceitvel no auditrio quando os dispositivos do fundo do palco so acionados para aumento da rea absorvente. interessante observar que, na sala de aula, a ausncia de superfcies absorventes responsvel pelo nmero excessivo de reflexes, o que confere ao espao elevado tempo de reverberao. Para salas de aula o tempo de reverberao timo de 0,4 a 0,6 s para 1kHz, ao passo que para o auditrio, dado seu volume, o tempo por volta de 0,9 s.

    Os resultados de reverberao estatstica fornecidos pelas simulaes da sala de aula para freqncias de 125, 250 e 500 Hz possuem alta correlao com aqueles obtidos atravs das medies (R2 = 0,99); o que no vale para freqncias de 1k, 2k e 4k Hz, para as quais h uma baixa correlao com as medies (R2 = 0,014). O mesmo vale para o auditrio, com alta correlao para as primeiras (R2=0,87) e nenhuma para as ltimas (R2 ~ 0). Os resultados podem ser atribudos a dois fatores: inadequao dos dados utilizados na modelagem ou problemas experimentais relacionados principalmente instabilidade observada no equipamento durante as medies. importante detectar a razo de tais diferenas inclusive para validao dos resultados do software. Apesar dos resultados, o Ecotect facilita o entendimento dos fenmenos fsicos, sendo til para fins didticos.

    AGRADECIMENTOS

    FAPESP e ao CNPq, pelo financiamento s pesquisas de iniciao cientfica e ao mestrando Jos Ovdio Peres Ramos e aos professores Marcia Peinado Alucci, Ualfrido Del Carlo e Jos Fernando Cremonesi.

    BIBLIOGRAFIA

    [1] ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR11957 Reverberao: anlise do tempode reverberao em auditrios. So Paulo, 1998.[2] DOELLE, Leslie. Environmental Acoustics. New York: McGraw-Hill, 1972.[3] EGAN, David. Concepts in Architect Acoustics. New York: McGraw-Hill, 1972.[4] MEHTA, Madan. Architectural Acoustics: principles and design. Upper Sadle River: Prentice Hall, 1999.[5] SANTOS, Paula. Banco de Dados: caractersticas acsticas de materiais de construo. So Paulo: FAPESP, 2002.

    4. SIMULAES

    4.1 Ecotect 5.02

    As salas de aula e o auditrio foram modelados pelo software Ecotect verso 5.02. O programa realiza anlises de conforto ambiental, tanto acsticas quanto de outros fatores de conforto, e fornece quarto tipos de anlises acsticas:

    1- Reverberao Estatstica. Esse mtodo utiliza o volume do ambiente e o coeficiente de absoro dos materiais para determinar o Tempo de Reverberao, calculado por trs frmulas diferentes - Sabine, de Norris-Eyring e de Millington. 2 - Traado de Raios Acsticos. Essa tcnica consiste no traado de raios que representam as ondas sonoras vindas de uma fonte sonora colocada no ambiente modelado. Isso mostra o comportamento do som dentro do recinto. 3 - Anlise de Partculas e Raios. Essa funo mostra uma animao de raios e partculas acsticas que se propagam em tempo real dentro do ambiente modelado. Tambm mostrado o nvel sonoro ou o atraso do som quando esse atinge as superfcies. 4 - Resposta Acstica. Essa anlise utiliza raios acsticos para determinar o tempo de reverberao, tamanho do caminho mdio livre do som e absoro sonora mdia no espao.

    4.2 Resultados

    Abaixo, os dados de anlise realizados pelo programa:

    Figura 11: Reverberao Estatstica na Sala 801

    Figura 12: Traado de Raios Acsticos na Sala 801

    Figura 13: Anlise de Partculas e Raios no Auditrio

    Figura 14: Resposta Acstica do Auditrio

    5. CONSIDERAES FINAIS

    As medies apontam tempos de reverberao excessivos na sala de aula e dentro do aceitvel no auditrio quando os dispositivos do fundo do palco so acionados para aumento da rea absorvente. interessante observar que, na sala de aula, a ausncia de superfcies absorventes responsvel pelo nmero excessivo de reflexes, o que confere ao espao elevado tempo de reverberao. Para salas de aula o tempo de reverberao timo de 0,4 a 0,6 s para 1kHz, ao passo que para o auditrio, dado seu volume, o tempo por volta de 0,9 s.

    Os resultados de reverberao estatstica fornecidos pelas simulaes da sala de aula para freqncias de 125, 250 e 500 Hz possuem alta correlao com aqueles obtidos atravs das medies (R2 = 0,99); o que no vale para freqncias de 1k, 2k e 4k Hz, para as quais h uma baixa correlao com as medies (R2 = 0,014). O mesmo vale para o auditrio, com alta correlao para as primeiras (R2=0,87) e nenhuma para as ltimas (R2 ~ 0). Os resultados podem ser atribudos a dois fatores: inadequao dos dados utilizados na modelagem ou problemas experimentais relacionados principalmente instabilidade observada no equipamento durante as medies. importante detectar a razo de tais diferenas inclusive para validao dos resultados do software. Apesar dos resultados, o Ecotect facilita o entendimento dos fenmenos fsicos, sendo til para fins didticos.

    AGRADECIMENTOS

    FAPESP e ao CNPq, pelo financiamento s pesquisas de iniciao cientfica e ao mestrando Jos Ovdio Peres Ramos e aos professores Marcia Peinado Alucci, Ualfrido Del Carlo e Jos Fernando Cremonesi.

    BIBLIOGRAFIA

    [1] ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR11957 Reverberao: anlise do tempode reverberao em auditrios. So Paulo, 1998.[2] DOELLE, Leslie. Environmental Acoustics. New York: McGraw-Hill, 1972.[3] EGAN, David. Concepts in Architect Acoustics. New York: McGraw-Hill, 1972.[4] MEHTA, Madan. Architectural Acoustics: principles and design. Upper Sadle River: Prentice Hall, 1999.[5] SANTOS, Paula. Banco de Dados: caractersticas acsticas de materiais de construo. So Paulo: FAPESP, 2002.

    Ponto 2Ponto 2

    Ponto 1Ponto 1

    Com Refletor P1

    Sem Refletor P1

    Com Refletor P1

    Sem Refletor P13,503,50

    4,004,00

    3,003,00

    2,502,50

    2,002,00

    1,501,50

    1,001,00

    0,500,50

    0,000,00

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