condessinha d'aragao - recolhas e adaptação

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Condessinha d'Aragao - Recolha de 15 versões e sugestões, com uma adaptação de joraga, revista em 2012, para, em cada região se poder comparar com as outras e adaptar...

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uma recolha adaptao do Rimance - Jogo - Drama - Dana por JORAGA

Sua alteza real - ElRei s mencionado

A Senhora Condessa e os seus humores

Suas Altezas as Condessinhas

Suas Altezas os Cavaleiros Penedo Gordo Beja 1989 revista em 1995 Corroios Seixal desenvolvida em 2008...

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Recolhas e uma adaptao do Rimance - Jogo - Drama - Dana

por JORAGA

Corroios Seixal 2008 - 2012

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Ficha Tcnica Uma recolha de vrias verses feita por - joraga Autor de uma adaptao feita por - joraga Recolhas realizadas:Recolha 1 Condessa de Arago - recolha e notas de Manuel Joaquim Delgado. Recolha 2 Condessinha de Arago - in O POVO PORTUGUS - Tefilo Braga Recolha 3 A Condessa pauta musical por Alda Gis Recolha 4 A Viscondessa, in obra de de Raquel Marques Simes Recolha 5 Biblioteca Nacional Digital, com 2 imagens de pauta e letra (por Csar A. das Neves). Recolha 6 in Cancioneiro Popular Portugus, Michel Giacometti, com a colaborao de Fernando Lopes Graa, Crculo de Leitores, 1981 pp. 20 e 22. Recolha 7 in Canio on line Recolha 8 in Miranda do Corvo Etnografia Recolha 9 in natura.di.uminho.pt Recolha 10 VILLA-LOBOS: Piano Music - www.naxos.com Recolha 11 in Proyecto sobre el Romancero pan-hispnico Recolha 12 Guilherme Santos Neves in capxicaba.com.br Recolha 13 A Cabral 1 e A Cabral 2 Recolha 14 in Cancioneiro PP, col. J. Leite de Vascocellos, I Vol. pp. 103/4 Recolha 15 Mais Recolhas em sugesto /ligaes No final, uma adaptao de joraga

A primeira verso, s com duas recolhas, foi feita para a Festa de So Martinho, na Escola Secundria N 2 (antiga Escola Tcnica, depois Escola Secundria D. Manuel I) de Beja em 1989, revista em 1995 e finalmente mais desenvolvida em 2008, 2010 e 2012... aberta a mais achegas...

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A CONDESSINHA de ARAGO Breve nota inicial A CONDESSINHA de ARAGO, que ter nascido de um RIMANCE medieval, aparece-nos em diversas verses que vo de um simples jogo a uma dana, teatro versado e musicado de diferentes maneiras Parece que ter sido adoptado como tradio popular, em diversas regies, para celebrar diversas festas ou celebraes cclicas ao longo de um calendrio marcado pelas estaes ou festas, como o So Martinho, Carnaval ou relacionada com as festas locais

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A CONDESSINHA de ARAGO RECOLHAS Recolha 1: CONDESSA DE ARAGOin Subsdio para o CANCIONEIRO POPULAR DO BAIXO ALENTEJO - vol. II, p. 154, 1955, 2 ed. 1980 com comentrio, recolha e notas de Manuel Joaquim Delgado Recolha 1 CONDESSA DE ARAGO, in obra de Manuel Joaquim Delgado

- condessa, condessinha, condessa de Arago, D-me uma das tuas filhas, S de lindas que elas so! - No te dou as minhas filhas, Nem por ouro, nem por prata, Nem por fios de algodo, S de lindas que elas so! - Volta atrs, cavalheiro, Se queres ser homem de bem, Leva uma das minhas filhas, Peo que me a trates bem.

- Muito bem a tratarei Sentado numa almofada, Tirando fios de seda Para dar minha amada. - No quero esta, que uma rosa, Nem esta, que um boto Quero esta s para mim, Que me adora o corao.

Nota: proporo que as noivas so escolhidas, vae cada par, de mos dadas, enfileirando com o antecedente; por fim, dansando e cantando, fazem todos roda Condessa, e acaba o jogo. Para recomear tirada nova sorte a vr qual das outras raparigas ser Condessa, ou ocasio da roda e dansa final, vendada a Condessa do jogo findo e a rapariga a quem ella lanar mo fica sendo a Condessa do jogo seguinte; e ainda este processo pode ser modificado: vendada a Condessa escondem-se as filhas; o primeiro cavalleiro d um apupo e desvenda a Condessa; esta procura s foragidas e a primeira que acha, fica sendo Condessa. (Vale a pena confrontar com outras variantes...)

Beja

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Recolha 2: CONDESSINHA de ARAGOin O POVO PORTUGUS nos seus Costumes, Crenas e Tradies volume I, pp. 253-255 (v. tb. 255-261) de 1885 / 1995 Tefilo Braga Recolha 2 CONDESSINHA DE ARAGO, in obra de Tefilo Braga ...o jogo da Condessa verdadeiramente um Drama, digno de ser estudado como um elemento orgnico do teatro portugus. Transcrevemo-lo segundo a verso colhida na ilha da Madeira, pelo Dr. Azevedo: Sete raparigas, de mos dadas, so filhas da Condessa, j entradas no mosteiro para professar. Junto delas est uma rapariga, a quem por sorte coube ser a Condessa. Sete rapazes, tambm de mos dadas, se dirigem para a Condessa; so cavalleiros que lhe vm pedir as filhas em casamento:

Dizem eles: Aqui as vimos pedir Pera com elas casar. Responde ella: Nem por ouro, nem por prata, Nem por sangue de drago, Eu no dou as minhas filhas Do mosteiro ondesto. Respondem elles: To alegres que vinhemos! To tristes que voltaremos! Que las filhas da Condessa Por mulheres no levaremos. Pois sabei que todos temos Senhorio sem egual; Que todos semos fidalgos, Que nem de sangue real. E vo-se retirando, mas detem-nos a

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Condessa: Volvei a mim cavalleiros Por serdes homens de paz; Ide cada um grade, Escolhei la que vos apraz. Eles voltam, aceitam, e cada qual, por sua ordem observando cada uma das filhas da Condedssa de per si, vai tomando para noiva a que lhe agrada. Diz o: Primeiro Cavalleiro: Esta no, nem esta quero; Esta coma po de cento; Esta, vinho de cabaa; Esta, carne do assento; Esta, carne do assem. Esta do meu contento; Andae comigo, meu bem. Diz o segundo: Esta no, nem esta quero; Esta coma po de cento; Esta, vinho de cabaa; Esta, carne do assento; Esta do meu contento; Andae comigo, meu bem. Diz o terceiro: Esta no, nem esta quero; Esta coma po de cento; Esta, vinho de cabaa; Esta do meu contento; Andae comigo, meu bem. Diz o quarto: Esta no, nem esta quero; Esta coma po de cento; Esta do meu contento; Andae comigo, meu bem.

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Diz o quinto: Esta no, nem esta quero; Esta do meu contento; Andae comigo, meu bem. Diz o sexto: Esta no, nem esta quero; Esta do meu contento; Andae comigo, meu bem. Diz o stimo: Esta do meu contento; Andae comigo, meu bem.

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Recolha 3: - A CONDESSARecolha 3 A CONDESSA, pauta musical adaptada por Alda Gis Adaptao em pauta, realizada por Alda Gis, a partir duma verso cantada por outros colegas que cantaram a verso que tinham ouvido nas suas terras de origem, Cuba e outras

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Recolha 4: - A VISCONDESSAIn Canes para a Educao Musical de Raquel Marques Simes Editores: Valentim de Carvalho, 6 ed. s/d. Recolha 4 A VISCONDESSA, in Obra de Raquel Marques Simes

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Recolha 5: - CONDESSINHA de ARAGOIn Biblioteca Nacional Digital - Cancioneiro de musicas populares (http://purl.pt/742/1/mpp-21-a_2/mpp-21-a_2_item1/index.html) Recolha 5 CONDESSINHA, in Biblioteca Nacional Digital, com pauta musical e letra por Csar A. das Neves Ficha Bibliogrfica (visualizao ISBD) - [572882] CANCIONEIRO DE MUSICAS POPULARES Cancioneiro de musicas populares: colleco recolhida e escrupulosamente trasladada para canto e piano por Cesar A. das Neves / coord. a parte poetica por Gualdino de Campos ; pref. pelo Exmo Sr. Dr. Teophilo Braga. - V. 1, fasc. 1 (1893)-V. 3, fasc. n. 75 (1899). - Porto : Typ. Occidental, 1893-1899. - 33 cm http://purl.pt/742 - Quinzenal CDU 784.4(05) Cancioneiro de musicas populares: colleco recolhida e escrupulosamente trasladada para canto e piano por Cesar A. das Neves, Porto, 1893-1899 [M.P.P. 21 A.]

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Letra: Este jogo infantil dos que antigamente se usavam nas escolas, em horas de recreio; executa-se da seguinte forma: Um nmero impar de creanas organizam roda, no meio da qual fica uma menina, de p, em quanto as que a circundam se sentam ou se pem de joelhos, segurando-lhe na orla da saia do vestido ou aba do babeiro. A que est no meio representa a Condessa e as que esto em volta representam filhas. Por fora da roda um nmero egual de creanas representam cavalheiros que vo pedir em casamento as filhas da Condessa; E um canta: h Condessa, oh condessinha; h Condessa dArago, venho pedir-te uma filha de bonitas que elas so! A Condessa responde: Minha filha no ta dou Que me custou a crear, Nem por ouro nem por prata, Nem pior sangue de Drago. (ou, vulgarmente, lagarta) A roda dos cavalleiros gira e o primeiro vai cantando: To contente que eu vinha, To triste me vou achar; Pedi a filha Condessa, Condessa no ma quis dar. Condessa torna a cantar: Volta atraz, oh cavalleiro, Se fores homem de bem, Dar-te-hei a minha filha, Se ma estimares bem. Responde o cavalleiro:

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Estimo-a bem como bem, Sentada numa almofada, Enfiando contas douro, Salta c minha esposada. E retira uma menina, das filas da Condessa e vem passear de brao por fora da roda dos cavaleiros, em direco contrria. Segue-se os outros cavalheiros que repetem o mesmo jogo. No fim a Condessa fica s, e ento os pares que andavam em volta, do as mos e formam uma grande roda e a Condessa canta: Eu sou viuvinha, Da banda dalem, Quero casar No acho com quem: S contigo, s contigo, S contigo, meu bem. E abraa um cavalheiro, e a menina que fica sem par vae servir de condessa se querem repetir o jogo. Com esta mesma msica cantam as creanas a letra da Contancia.

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Recolha 6: CONDESSA, CONDESSINHA In Cancioneiro Popular Portugus Michel Giacometti, com a colaborao de Fernando Lopes Graa, circulo de Leitores, 1981, p.20 e 22.Recolha 6 - 9. CONDESSA, CONDESSINHA

Cano de roda A. Carneiro (M. de Sampaio Ribeiro) Trindade. Meixomil /Paos de Ferreira. Porto, 1944

Grupo de meninas: so as filhas e damas da condessa. Esta coloca-se no meio. A comitiva das filhas e damas pega na aba do vestido da condessa. 17

O cavaleiro anda de roda e canta: condessa. condessinha. condessa do Arago, venho pedir-te uma filha das mais lindas que elas so! Canta agora a condessa: Minha filha no ta dou nem por ouro, nem por prata, nem por dinheiro nenhum, nem por sangue de lagarta.

Canta o cavaleiro: To contente aqui vim, to triste me vou achar; pedi a filha condessa, condessa no ma quis dar. 18

Cantam a condessa e o grupo: Volta atrs, passageiro, morta seja! - Para bem te darei a minha filha, se tu ma estimar's bem. Canta o cavaleiro: - Estimo, estimarei, sentada numa almofada enfiando contas de ouro. - Salta c, minha esposada! Uma das componentes do grupo passa a acompanhar a menina que fazia de cavaleiro. A cano continuar nos mesmos moldes.

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Recolha 7: - A CONDESSINHAIn http://www.canico-online.com/jogosoutrostempos.htm

Recolha 7 A CONDESSINHA, in Canio online.com

Jogos de outros tempos Nas memrias de hoje Condessinha, cabra-cega, apilhagem Entretanto, o Ti Germano continuava a remexer a palha com um forcado. Depois ia num instante apanhar um cesto de ameixas, que distribua pela rapaziada de rosto afogueado pela correria. Descanso de momentos. Porque j est tudo preparado para o jogo da condessinha. Trata-se de um jogo antiqussimo, descrito no "Romanceiro da Madeira" pelo Dr. lvaro Rodrigues de Azevedo. A verso original era bastante diferente daquele que se ouvia at h bem poucos anos. Dos intervenientes uma rapariga faz o papel de condensa e um rapaz o de cavaleiro. Restam as filhas da condensa, que aguardam de mos dadas e em fila. O cavaleiro colocava-se em frente da condessa. Imitando jeitos nobres, avanava uns passos sempre que chegava a sua vez de cantar. Comeava: " condessa, condessinha/ mulher do Arago/venho lhe pedir uma filha/destas todas que aqui esto. "Depois da recusa da condessa simulava um ar triste para dizer: "To alegre que aqui vinha/to triste me vim achar/pedir a filha condensa/condensa no me quis dar." Finalmente ele acede ao pedido com a promessa de a filha vir a ser estimada: "Volta atrs cavaleiro/se fores homem de bem/escolhe uma das minhas filhas/se a estimares bem." O certo que acabava por ficar sem nenhuma delas, depois de a cantiga se repetir para cada uma.

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Talvez pela simplicidade, era bem popular o jogo da apilhagem. Tambm o da cabra-cega. Todos muito atentos para que o leno vedasse bem os olhos do escolhido. E o seguinte dilogo, enquanto se preparavam para desatar a fugir da cabra cega: "- Cabra cega de onde vens? - Venho do Lombo do Moinho. - O que que trazes? - Po e vinho. No me ds nada? - No. - Ento anda roda, cabra-cega." Gritos e correrias, enquanto a "cabra-cega" tentava, em vo, apanhar algum para a substituir. Alm deste resumo h ainda a verso contada por Llia Mata:http://www.canico-online.com/condensinha.htm O jogo da "Condensinha" O jogo da "condensinha" era um dos meus preferidos. Foi-me ensinado pela minha me, que se lembrava de o ter jogado nas eiras, durante a debulha da palha, aos domingos, nos cabeos ou nos terreiros, e no recreio, quando andava na escola. No o joguei na escola nem nas eiras no cheguei a assistir s debulhas mas lembro-me de ter " brincado" "condensinha" vezes sem conta com as minhas irms, no nosso terreiro, no terreiro da minha av e no da minha tia. Uma fazia o papel de condessa, outra de cavaleiro. As outras crianas eram as filhas da condessa. Estas davam as mos umas s outras e depois condessa, que permanecia no meio da fila assim formada. O cavaleiro ficava em frente da condessa, avanando uns passos quando cantava e recuando depois, quando estava na vez de a condessa responder. A cano repetia-se do incio ao fim para cada uma das filhas da condessa. O jogo acabava quando esta j no tinha nenhuma filha. Eis a cano: Cavaleiro: - "Condensa", "Condensinha" mulher do Arago Venho lhe pedir uma filha Destas todas que aqui esto Condessa: - Eu no dou as minhas filhas Nem por ouro nem por prata Nem por sangue de aragata Que me custou a criar Cavaleiro: - To alegre quaqui vinha To triste me vim achar

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Pedir a filha "Condensa" Condensa" no me quis dar Condessa: - Volta atrs, cavaleiro Se fores homem de bem Escolhe uma das minhas filhas Se a estimares bem Cavaleiro: - Eu estimo, estimarei Sentada numa almofada Enfiando continhas de ouro Vem-te c, minha esposada Era assim que eu cantava o Jogo da "Condensinha" e foi assim que a minha me, as minhas tias e as amigas, o cantaram no seu tempo de juventude. Mas a minha av, quando nos ouvia, lembrava-se sempre de o ter cantado de uma outra forma quando era criana. Punha-se a dizer uns versos mas na pressa de brincar nunca os aprendi de cor, nem me passou pela cabea anot-los. Muito mais tarde, quando me interessei por todas estas memrias da nossa literatura oral, ela j no conseguia lembrar-se como deve ser. Apenas retalhos aqui e alm, eram demasiadas coisas para uma pessoa poder lembrar-se, memrias acumuladas ao longo de noventa e seis anos de vida. Fiquei contente quando, em 1986, reconheci a verso do Jogo da "Condensinha" que a minha av sabia num artigo publicado um ano antes na Revista "Das Artes e da Histria da Madeira". Trata-se de um artigo da autoria de lvaro Manso de Sousa, com o ttulo "Frivolidades histricas da Madeira. O Jogo da Condessa" Afirma o autor: "A gente nova desta luminosa ilha aquela de quem se diz: deix-los que so rapazes! sempre teve como lcito recreio, como folguedo prprio de uma saudvel adolescncia, o costume de reunir-se, em escolhidas pocas festivas, nas eiras e terreiros e, ali, sob o complacente olhar familiar, exibir jogos, ferras, danas e outras alegres cenas e colorida movimentao. Entre tais divertidos passatempos pratica-se, ainda hoje, o conhecido "Jogo da Condensa" de velha tessitura, entretenimento que o dr. lvaro Rodrigues de Azevedo descreve no seu "Romanceiro da Madeira", valiosa colectnea de histrias, xcaras, casos, contos, lengalengas, perlengas e jogos. Vejamos o "jogo da condensa" que, ali, assim observado: - sete raparigas de mos dadas so filhas da condessa, j entradas no mosteiro para professar. Junto delas est uma rapariga a quem por sorte coube ser a condessa. Sete rapazes, tambm de mos dadas, se dirigem para a condessa; so cavaleiros que lhe vm pedir as filhas em casamento. Dizem eles:

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- "Aqui las vamos pedir Pera com elas casar" Responde ela: - "Nem por ouro, nem por prata Nem por sangue de drago Eu no dou las minhas filhas Do mosteiro onde elas esto." Despedem-se eles: - " To alegres que vinhemos To tristes que voltaremos Que las filhas da Condensa Para mulheres no levaremos. Pois sabei que todos temos Senhorio sem igual, Que todos semos fidalgos Que nem de sangue real." E vo se retirando, mas a condessa os retm. - " Voltei a mim cavaleiros Por serdes homens de paz, Ide cada um grade Escolhei la que vos praz." Eles voltam, aceitam e cada qual, por sua ordem, observando cada uma das filhas da Condessa de per si, vai tomando para noiva a que lhe agrada. Diz o primeiro cavaleiro: - " Esta no, nem esta quero Esta coma po de cento; Esta vinho da cabaa; Esta carne do assento; Esta carne do assem; Esta do meu contento; Andai comigo, meu bem." Todos os cavaleiros escolhem, com a mesma cerimnia, a sua noiva, at final, danam, cantam e concluem, fazendo roda condessa. A "Revista do Arquivo Municipal", do Estado de So Paulo, no Brasil, no seu CXXL aponta como brinquedo corrente, em So Lus de Paraitinga, uma variante daquele jogo da condessa, assim praticado: Em grandes rodas, de mos dadas, as meninas cantam em coro, dando passos cadenciados para a direita e esquerda.

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- "senhora dona Condensa filha de Frana, onde nasceste! Sinh rei mandou lhe dizer quantas filhas voc tem. se quer lhe emprestar uma pelo sangue de Arago." As outras respondem: - "Volta, volta cavaleiro Volta, volta mensageiro Vai dizer ao teu rei Que no dou nenhuma delas Nem por ouro nem por prata Nem por sangue de Arago." para admirar que tendo atravessado o largo oceano (...) subsista ainda vivo, embora estropiado do caminho, o velho jogo da condensa. A distncia modificou a letra e a inteno cnica: sangue de drago e sangue de Arago (...) Se o sangue de drago, antiga droga medicinal, resina vermelha empregada na tinturaria e na teraputica arcaica, tinha um inestimvel valor pela sua variedade e segredo de origem a ponto de confinar com o ouro e a prata, o sangue de Arago seria, numa aliana matrimonial, uma honrosa e revigorante linfa para pomposas genealogias, um garfo de boa cepa para as classes privilegiadas. (...) Mutilao grave no "jogo da condensa" , contudo, a letra usada pelas garotas da minha rua, nestas estiradas tardes dominicais. (......) (1) Pobre "jogo da condensa" em to esfrangalhado texto. Desvirtuado, perdido o rigor da tradio, tornou-se um estranho bicho em cujas veias corre um aquoso, anmico e dessorado sangue: Neste caso...o esquisito sangue de aragata." (1) Aqui o autor transcreve o verso do "jogo da condensa" a que me refiro no incio deste texto, a verso que aprendi quando criana e tantas vezes cantei ao longo da minha infncia. Llia Mata

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Recolha 8: - Jogo da CONDESSAin Miranda do Corvo Etnografia http://www.mirandadocorvo.com/index.php?pagina=etnografia Recolha 8 Jogo da CONDESSA, in Miranda do Corvo Etnografia

Jogo da condessa: de um lado est uma menina (a Condessa) com as filhas, que lhe seguram o vestido, formando roda, do outro lado est o cavaleiro que era uma menina. O cavaleiro vai pedir uma filha condessa e diz: Condessa, condessa Condessa de Arago Venho pedir-te uma filha Das mais lindas que aqui esto A Condessa responde: Minha filha no a dou Nem por ouro nem por prata Nem por sangue do drago Nem por rabo de lagarto O cavaleiro vai-se embora muito triste e diz: Ai que to contente eu vinha To triste me vou achar Pedi a filha Condessa Condessa no ma quis dar A Condessa fica com pena e chama: Tornai atrs cavaleiro Entrai por esses portais Escolhei a mais bonita Essa que gostardes mais O cavaleiro canta alegre, escolhendo uma da roda: No te quero por seres rosa Nem a ti por aucena Quero-te por seres formosa E por seres a mais morena (Jogava-se na Escola Primria).

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Recolha 9: - CONDESSA de AragoIn http://natura.di.uminho.pt/~jj/musica/gambozinos-condessa.lyr Recolha 9 A CONDESSA de ARAGO, in natura.di.uminho.pt

title: Pedido de casamento singer: Bando dos Gambozinos music: Suzana Ralha lyrics: Lusa Ducla Soares from: Lus Vasquez in:"Vinte e Cinco - As Cartas" condessa, condessinha, condessa de Arago, venho pedir-te uma filha que to lindas elas so. Minhas filhas no te dou nem por ouro nem por prata. Uma foi para o Japo de viajar no se farta. Outra foi de submarino para as profundezas do mar, tem a paixo dos peixinhos, a ti no te vai ligar. Outra foi para enfermeira, est na sala de operaes, se a quiseres abraar levas duas injeces. To contente que eu vinha to triste me vou achar. Nas raparigas de agora ningum consegue mandar.

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Recolha 10: A CONDESSA Outra com traduo inglesa:http://www.naxos.com/sungtext/PDF/570008_texts.pdf VILLA-LOBOS: Piano Music, Vol. 5 (Guia pratico I-IX) Recolha 10 A CONDESSA, in naxus.com, adat. De Villa-Lobos

25. (5) A Condessa The Countess The Countess A Condessa Oh! Condessa oh! Condessinha, Oh! Condessa dArago! Bis Venho pedir uma filha De bonitas que ellas so. Bis Eu sou viuvinha, Da parte dalm, Quero casar No acho com quem; S comtigo, s comtigo, s comtigo, Meu bem. (Cavalheiro) Onde mora (la) Condessa De lingua de Frana e dor de lanceta? (Condessa) Que quereis com la Condessa De lingua de Frana e dor de lanceta? Bis Onde mora la Condessa De lingua de Frana e dor de lanceta? BisOh! Countess oh! little Countess, Oh! Countess from Aragon! Bis I come to ask for the hand of one of your daughters Cause they are so beautiful. Bis I am a little widow, From far away, I want to get married I do not find a partner; Only with you, only with you, only with you, My darling. (Gentlement) Where does la Countess live Who speaks French and has a lancet wound? (Countess) What do you want from la Countess Who speaks French and has a lancet wound? Bis Where does la Countess live Who speaks French and has a lancet wound? Bis

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Recolha 11: As Filhas da CONDESSAin Proyecto sobre el Romancero pan-hispnico http://depts.washington.edu/hisprom/espanol/ballads/balladaction.php?igrh=0224 &publisher=Costa%20Fontes%201997 Total: 1 Recolha 11 As FILHAS da CONDESSA, in Proyecto sobre el Romancero panhispnico 0224:3 Hilo de oro (estrf.) (ficha n: 2917) Versin de Baixo Alentejo s. l. (Baixo Alentejo, Portugal). Documentada en o antes de 1955. Publicada en Delgado 1955, II, 59. Reeditada en Costa Fontes 1997b, ndice Temtico ( HSA: HSMS), p. 385, Z1. 020 hemist. Msica registrada

-- condessa, condessinha, condessa de Arago, d-me umas das tuas filhas, s de lindas que elas so. --No te dou as minhas filhas nem por ouro nem por prata, nem por fios de algodo, s de lindas que elas so. Volta atrs, cavalheiro, se queres ser homem de bem; dou-te uma das minhas filhas, peo que me a trates bem. --Muito bem a tratarei, sentado numa almofada, tirando fios de seda para dar minha amada. No quero esta que uma rosa nem esta que um boto; s quero esta c p`ra mim, que me adora o corao. Ttulo original: AS FILHAS DA CONDESSA (ESTRF.) (=SGA S15)

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Recolha 12: - A BELA CONDESSAIn COLETNEA DE ESTUDOS E REGISTROS DO FOLCLORE CAPIXABA: 19441982 Guilherme Santos Neves PRESENA DO ROMANCEIRO PENINSULAR NA TRADIO ORAL DO BRASIL http://www.estacaocapixaba.com.br/textos/folclore_tradicao/coletanea/romanceir o_peninsular.htm Recolha 12 A BELA CONDESSA, in capixaba.com.br, no Brasil

15 A bela condessa Verses recolhidas em Vitria, Conceio da Barra e So Mateus. O dilogo do romance todo dramatizado numa ronda infantil. Eis o trecho inicial de uma das verses (de So Mateus): Aonde mora a bela Condessa, Vinda de Frana, onde nasceu? O que queres com a bela Condessa, Vinda de Frana, onde nasceu? Senhor Rei mandou-me aqui, Buscar uma de vossas filhas, Carregar voc tambm. Eu no dou as minhas filhas Nem por ouro nem por prata, Nem por sangue de alemo Para casar com este ladro. To contente que eu me vinha E to triste j me vou, Por causa da bela Condessa Que sua filha me negou... Volte atrs, bom cavalheiro, Por ser um homem de bem, Subi naquele outeiro Escolhei daquelas trs: Uma se chama Maria, Outra se chama Guiomar, A mais formosinha delas Chama-se Estrela do Mar...

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Sobre La Condessa afirma Tho Brando: Duas coisas, entretanto, podamos perceber vista desarmada: o brinquedo era realmente um romance e o romance relatava um episdio tpico da vida medieval: a escolha da noiva. (La Condessa, Revista de Dialectologa y Tradiciones Populares, Madri, tomo X, 1954). Ver tambm a esse respeito A condessinha de Arago, de Fernando Castro Pires de Lima, 1957, p. 48 e seguintes). Breve estudo sobre essa ronda fizemos em Cantigas de Roda (1. srie, 1948, p. 41-8), com texto musical fixado por Joo Ribas da Costa.

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Recolha 13: Ainda em 2 imagens uma verso in A Cabral:Recolha 13 CONDESSA, in A. Cabral

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Recolha 14: 3 verses, coligidas por J. Leite de Vasconcellos,em CPP Cancioneiro Popular Portugus, Ivol. pp. 103 e 104 V Cantigas de RodaRecolha 14 3 verses em CPP J. Leite de Vasconcellos...

A Condessa de Arago Vila Nova de Fozcoa - Ala, ala, da Condessa, (Vila Nova de Da condessa de Arago, Fozcoa.) Se me ds uma das filhas, Das mais lindas que so! No te dou. a minha filha, Filha do meu corao, Nem por ouro, nem por prata, Nem por fio d'Arago. - J me vou triste, agastado, Pra o palcio del-rei No me querem dar a filha, A filha do Senhor Rei. - Torna atrs, bom cavalheiro, Se qus (1) ser homem de bem, Lovars uma das filhas: A maislinda que ela tem. - Esta levo por esposa, E tambm por mulher, Que me parece mais bela C folhinha do papel (2)1. queres. 2 Var. No quero esta por ser tosa, Nem esta por ser jasmim Nem esta por ser cravina, Quero esta c p'ra mim!

p. 103

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A Condessa de Arago Marco de Canaveses Condessa, minha condessa, Condessa de Arago, D-me uma das tuas filhas De to lindas que elas so! - No te dou a minha filha, Nem por ouronem por prata, Nem por fios de algodo, Que a quero para freira No convento de Vairo. - To alegre que me vinha To triste que me vou achar! Pedi a filha condessa E ela no ma quis dar. - Torna atrs, cavalheiro, Tu que s homem de bem! Dou-te uma das minhas filhas, Se tu ma 'stimares bem. - Eu estimar... hei-de a estimar, Sentada numa almofada, A enfiar continhas de ouro. Salta c, minha esposada! (Marco de Canaveses.) p. 103 e 104

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A Condessa de Arago Amarante; Baio; Meso Frio Condessa, minha condessa, Condessa do Arago, D-me ua das tuas fllhas, De tantas que elas so. - Minhas filhas no tas dou, Nem por fios de -algodo, Que as quero meter freiras No convento de Baio. - Oh que to alegre eu vinha! To triste me vim achar! Pedi a filha Condessa, Condessa no ma quis dar. - Volta atrs, cavalheiro, Se for's um homem de bem, Dou-te a das minhas filhas, Se tu ma estimares bem. - Estimo, estimarei, Sentada nua almofada, Enfiando contas de oiro... Salta c, minha esposada! (Amarante; Baio; Meso Frio.) p. 104

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Recolha 15 sugesto de ligaes...

Com estes e outras palavras-chave relacionadas, pode-se ver ainda outras fontes com mais verses, o que nos d um manancial imenso, como: Pan-Hispanic Ballad Projecthttps://depts.washington.edu/hisprom/biblio/biblioaction.php?titl=Hilo%20de%20 oro

Livraria Moreira da Costa - Internet: http://www.moreiradacosta.com Traditional Ballads among the Portuguese in California: Part I Joanne B. Purcell Western Folklore, Vol. 28, No. 1 (Jan., 1969), pp. 1-19 (article consists of 19 pages) Published by: Western States Folklore Society

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CONDESSINHA DARAGOCONDESSINHA DARAGO, uma adaptao de joraga

Uma adaptao feita para festas por JORAGA, a partir das verses recolhidas, a fim de melhor se adaptar a um jogo cnico abrindo a possibilidade de cada grupo a recriar a que melhor se adapte s circunstncias e tradies locaisIndicaes cnicas. O LOCAL pode ser ao ar livre, num espao onde possa haver uma razovel pista de dana, como h na maior parte das aldeias, e um local separado ou at mais elevado, onde os cavaleiros vo buscar as damas... Em caso de mau tempo, um pavilho ou um recinto coberto, serve perfeitamente... O MATERIAL: Basta uma cadeira estilo poltrona- para a/s Condessa/s e sete cadeiras ou bancos para as Condessinhas. As do 1 grupo que iniciam a dana devem levar trajos antigos e a condizer, tendo as condessinhas, por adorno, uma condessinha ou cesta de flores e lenos de vrias cores, menos o branco que ser para a Condessa. Este leno (o branco) ser levado pelo primeiro Cavaleiro e servir para designar a Condessa em cada um dos jogos que se seguirem... Os cavaleiros devem trajar de acordo com os usos antigos da regio e levar um chapu... INTERVENIENTES: 1- Um conjunto bem ensaiado que tocar e cantar ao mesmo tempo ou em vez dos cavaleiros e/ou Condessa que podem no saber, e s faro a mmica... 2- Um grupo de 8 raparigas, das quais, uma ser a Condessa e as outras 7, as Condessinhas. 3- Um grupo de 7 rapazes que sero os primeiros sete cavaleiros. 4- Toda a assistncia, a quem, tanto as Condessinhas como a Condessa iro entregar os vus ou as cestas; e os Cavaleiros, os seus chapus..., desafiando-os assim para os substiturem na dana... e entrarem no jogo, festa,... JOGO DRAMA DANA: 1 Entram as 8 Damas fingindo-se mascaradas, cobrindo a cara que afinal vai descoberta, com as capas ou mantilhas, ou ainda com um leque que pode ser uma espcie de mscara... e vo danando em passinhos curtos e variados... ao som da msica... S msica entretanto... Cruzando-se e volteando, parece no saberem o que fazer... A certa altura fazem uma RODA e continuam girando na pista de dana... 2- nesta altura que entram, a correr, 7 Cavaleiros, ao ritmo da msica, girando ao contrrio das damas, com os lenos que vo entregar s damas.

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O 1 leva dois lenos. Um o Branco. Este ser o 1 a ser atirado para escolher a Condessa. Muitas vezes, claro, esta j est escolhida... 3- Escolhida a Condessa, esta sai da roda e vai ocupar o trono que lhe est destinado. Ali fica triste e chorosa, sem saber o que fazer das suas sete pobres Condessinhas, as suas estremadas filhas, pois no tem dote adequado para as casar como convm... Entretanto a roda prossegue at os Cavaleiros desastrados acertarem e entregarem os vus s tmidas e tontas Condessinhas. medida que o recebem, estas vo-se sentando nos bancos ou cadeiras que lhes esto destinadas, onde ficam, comicamente, tristes e chorosas pelo destino que as espera... 4- Logo que entregam os lenos, os Cavaleiros desaparecem, quase to inesperadamente como apareceram, pois vo ter de re/entrar, dentro de instantes... 5- A condessa, no eu trono, continua a sua mmica, mostrando a sua aflio por, viva e sem grande fortuna, no saber o que fazer das suas prendadas filhas, quase todas da mesma idade, em escala,... O Convento ser a soluo? A msica continua, e as Condessinhas no podem esconder a sua tristeza, pois, sonhando com as delcias de um feliz noivado que as levariam ao altar... e... depois seriam felizes para sempre, lem no drama da me, que viva, tanto padeceu para as criar, que esto destinadas ao convento... 6- Entram ento, muito solenes e dignos, sete garbosos Cavaleiros, danando e fazendo grandes vnias com o seu chapeiro, Condessa, s Condessinhas, sem esquecer o estimado pblico, sobretudo se teve de pagar o seu bilhetinho para entrar na festa...

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Adaptao feita para festas por JORAGA

CONDESSINHA DARAGOCantam os Cavaleiros: VIMOS C, MANDOU ELREI, PROCURA DA CONDESSA PRA PEDIR UMA DAS FILHAS QUE H-DE SER COMO PRINCESA... Canta a Condessa, fingindo afectao e com a dignidade ferida. NO VOS DOU AS MINHAS FILHAS NEM POR OURO, NEM POR PRATA, NEM POR SANGUE DE DRAGO, TO PRENDADAS QUE ELAS SO!!! Respondem os Cavaleiros, surpreendidos e feridos no seu orgulho, mas sem perderem a sobranceria: TO CONTENTES QUE VIEMOS E TO TRISTES VOLTAREMOS, POIS AS FILHAS DA CONDESSA POR NOIVAS NO LEVAREMOS! POIS SABEI QUE TODOS TEMOS PODERIO SEM IGUAL... TODOS NS SOMOS FIDALGOS QUE NEM DE SANGUE REAL!!! Vo-se retirando os Cavaleiros com saudaes e salamaleques tanto Condessa como s Condessinhas... que tapam o rosto e disfaram a tristeza para no se escangalharem a rir gargalhada... E, num repente, vendo que lhe foge a sorte grande de se vir livre logo das sete duma vez, a Condessa reconsidera cantando: VOLTAI ATRS CAVALEIROS, SE QUREIS SER HOMENS DE PAZ, IDE ALM, QUELE OUTEIRO, ESCOLHEI QUEM VOS APRAZ...

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Fingindo-se muito surpreendidos, voltam os Cavaleiros que nem sequer tinham acabado de sair e podem fazer-se caros e fazer variadas momices e mmicas medida que vo regressando e se vo alinhando Uma vez decididos, vo cantando, cada um por sua vez, dirigindo-se ao local onde esto as chorosas donzelas e passando, lentamente, por todas elas, numeradas de 1 a 7, mas no necessariamente pela ordem em que esto sentadas, podendo, claro, seguir a sua preferncia, pois j tm fisgada a Menina que j tem escolhida para levar para seu par: 1 1 - ESTA NO, NO QUERO ESTA, 2 - NEM ESTA, QUE LINDA FLOR!... 3 - NEM ESTA SERVE PRA MIM H MUITAS FLORES NO JARDIM... 4 5 6 7 NO QUERO ESTA POR SER ROSA! NEM ESTA POR SER UM CRAVO! NEM ESTA POR SER JASMIM!... QUERO ESTA C PRA MIM.

E pegando na mo da eleita, sai para a pista abrindo assim o baile... Ficam s seis Canta ento o 2 12H H 3 4 5 6 Ficaram 5! O 3: ESTA NO, NO QUERO ESTA, NEM ESTA, QUE LINDA FLOR!... MUITAS FLORES NO JARDIM... MUITAS FLORES NO JARDIM... NO QUERO ESTA POR SER ROSA! NEM ESTA POR SER UM CRAVO! NEM ESTA POR SER JASMIM!... QUERO ESTA C PRA MIM.

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1 - ESTA NO, NO QUERO ESTA, MESMO SENDO LINDA FLOR!... H MUITAS FLORES NO JARDIM... H MUITAS FLORES NO JARDIM... 2 3 4 5 Ficaram 4 E o 4 1 2 3 4 Ficaram 3 E o 5 12H 3Ficaram 2 E o 6 1H H 2NO QUERO ESTA POR SER ROSA! POUCAS FLORES NO JARDIM!... POUCAS FLORES NO JARDIM!... QUERO ESTA C PRA MIM. NO QUERO ESTA POR SER ROSA! NEM ESTA POR SER UM CRAVO! POUCAS FLORES NO JARDIM!... QUERO ESTA C PRA MIM. NO QUERO ESTA POR SER ROSA! NEM ESTA POR SER UM CRAVO! NEM ESTA POR SER JASMIM!... QUERO ESTA C PRA MIM. NO QUERO ESTA POR SER ROSA! NEM ESTA POR SER UM CRAVO! NEM ESTA POR SER JASMIM!... QUERO ESTA C PRA MIM.

Ficou a ltima Ento o 7: J NO H FLORES NO JARDIM! H S ESTA LINDA FLOR! 1 - QUERO ESTA C PRA MIM QUE VAI SER O MEU AMOR!...

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Os pares vo danando e evoluindo na sala, procurando envolver o mais possvel todo o ambiente, com a mesma ou com outras msicas... A certa altura, pra a msica Os pares correm para a assistncia e, fingindo um jogo de cabra-cega, escolhem, na assistncia, aqueles e aquelas que os vo substituir e o jogo recomea.

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NDICE Recolha 1 CONDESSA DE ARAGO, in obra de Manuel Joaquim Delgado ....................................................... 6 Recolha 2 CONDESSINHA DE ARAGO, in obra de Tefilo Braga .............................................................................. 7 Recolha 3 A CONDESSA, pauta musical adaptada por Alda Gis.................................................................................... 10 Recolha 4 A VISCONDESSA, in Obra de Raquel Marques Simes ...................................................................... 11 Recolha 5 CONDESSINHA, in Biblioteca Nacional Digital, com pauta musical e letra por Csar A. das Neves .......................................................................................... 12 Recolha 6 - 9. CONDESSA, CONDESSINHA ............... 17 Recolha 7 A CONDESSINHA, in Canio online.com . 20 Recolha 8 Jogo da CONDESSA, in Miranda do Corvo Etnografia .............................................................................. 25 Recolha 9 A CONDESSA de ARAGO, in natura.di.uminho.pt .......................................................... 26 Recolha 10 A CONDESSA, in naxus.com, adat. De Villa-Lobos................................................................................. 27 Recolha 11 As FILHAS da CONDESSA, in Proyecto sobre el Romancero pan-hispnico ................................... 28 Recolha 12 A BELA CONDESSA, in capixaba.com.br, no Brasil ............................................. 29 Recolha 13 CONDESSA, in A. Cabral ............................ 31 Recolha 14 3 verses em CPP J. Leite de Vasconcellos... ......................................................................... 32 Recolha 15 sugesto de ligaes... ............................... 35 CONDESSINHA DARAGO, uma adaptao de joraga36

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Espao para os/as possveis INTERVENIENTESAs damas: A Condessa e as Condessinhas A Condessa: 1 2 3 4 5 6 7 Os Cavaleiros ou Cavalheiros (O Rei s referido ou na sombra?) 1 2 3 4 5 6 7

Zeraga recolha e adaptao digitalizada e editada em PDF para o RECANTO DAS LETRAS, em Novembro de 2008, como celebrao da Festa do So Martinho revista em 2010 e 2012.

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