conciliaÇÃo do fluxo de caixa e controle de...
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UNISALESIANO
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium
Curso de Ciências Contábeis
Fernanda Furio Crivellaro
Tamiris Gabrielli Augusto
CONCILIAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA E CONTROLE
DE ESTOQUES PARA DEFINIÇÃO DO MELHOR
MOMENTO DE REPOSIÇÃO
Armazém da Construção de Lins LTDA ME
Lins – SP
LINS – SP
2014
FERNANDA FURIO CRIVELLARO
TAMIRIS GABRIELLI AUGUSTO
CONCILIAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA E CONTROLE DE ESTOQUES PARA
DEFINIÇÃO DO MELHOR MOMENTO DE REPOSIÇÃO
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Ciências Contábeis, sob a orientação do Professor Me. Ricardo Yoshio Horita e orientação técnica da Profª Ma. Heloisa Helena Rovery da Silva.
LINS – SP
2014
Crivellaro, Fernanda Furio; Augusto, Tamiris Gabrielli. Conciliação do Fluxo de caixa e controle de estoques para
definição do melhor momento de reposição da empresa: Armazém da Construção de Lins LTDA ME / Fernanda Furio Crivellaro; Augusto, Tamiris Gabrielli. – – Lins, 2014.
95p. il. 31cm. Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico
Salesiano Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em Ciências Contábeis, 2014.
Orientadores: Ricardo Yoshio Horita; Heloisa Helena Rovery da Silva
1. Caixa. 2. Conciliação. 3. Controle de estoque. 4. Estoque. 5.
Fluxo de caixa. I Título.
CDU 657
C952c
FERNANDA FURIO CRIVELLARO
TAMIRIS GABRIELLI AUGUSTO
CONCILIAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA E CONTROLE DE ESTOQUES PARA
DEFINIÇÃO DO MELHOR MOMENTO DE REPOSIÇÃO
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Auxilium, para obtenção do
título de Bacharel em Ciências Contábeis.
Aprovada em: ____/____/____
Banca Examinadora:
Prof. Orientador: Ricardo Yoshio Horita
Titulação: Mestre em Ciência da Computação pela Universidade Federal de São
Carlos - UFSCAR
Assinatura: _____________________________
1º Prof(a): Rosiane Cristina Sozzo Gouvea
Titulação: Mestre em Contabilidade Avançada pela Universidade de Marília -
UNIMAR
Assinatura: _____________________________
2º Prof(a): Rogério Canuto da Silva
Titulação: Especialista em Gestão Empresarial com Ênfase em Marketing e RH pelo
UNISALESIANO – Lins - SP
Assinatura: _____________________________
Dedico esta monografia aos meus pais Angélica e Wilson, que em nenhum
momento mediram esforços para realização dos meus sonhos, que me guiam,
ensinam e mostram com muita sabedoria que devo lutar pelos meus ideais levando
sempre em consideração a minha felicidade. À minha irmã Carolina e toda a minha
família por estar sempre ao meu lado. A todos os professores que tive aula, em
especial ao professor Ricardo Yoshio Horita e Heloisa Helena Rovery da Silva que
foram fundamentais no desenvolvimento deste trabalho. Obrigada a todos vocês que
fizeram parte deste momento tão importante.
Fernanda Furio Crivellaro
Dedico este trabalho primeiramente a Deus, por ter me dado forças para
enfrentar todos os obstáculos pelos quais passei para chegar até aqui, por ter me
segurado nos inúmeros momentos em que pensei em desistir. Com certeza, se não
fosse pela fé e confiança que tenho Nele, de acreditar que nada ocorre em vão, não
teria percorrido nem metade deste caminho.
Em especial a Sandra Augusto, que além de minha preciosa mãe, sempre foi
minha amiga, minha inspiração e meu orgulho. Aquela que me ensinou a persistir e
que sempre esteve ao meu lado em qualquer que fosse o momento; a quem devo
tudo que sou hoje. Amo-te incondicionalmente.
Ao meu pai, José Paulo, que de seu modo singular, somente pensou em meu
futuro e não mediu esforços para que este momento acontecesse; a quem sempre
quis orgulhar.
Ao homem da minha vida, Marcos Kobayashi, pela infinita paciência, carinho
e palavras de motivação, do seu jeito único. Por todas as vezes que esteve ao meu
lado, me acolhendo em seus braços e enxugando minhas lágrimas, fossem elas de
alegria ou quando ia buscar alívio. Eu te amo eternamente.
Aos meus quatro filhos de quatro patas, que não me deixaram esquecer o
verdadeiro significado de ter calma, de como a vida é fascinante e Deus é perfeito,
por criar seres assim. Por me esperarem chegar em casa todas as noites, sempre
felizes por me ver. São a minha vida.
A minha irmã, Gracielli Augusto e a minha sobrinha Isabela, por todas as
vezes que a titia ia pegar o “caminhão” para ir à escola. És minha raridade.
A todas minhas verdadeiras amigas que, mesmo com a distância, se fizeram
presentes durante todo este tempo, me incentivando na concretização desta etapa.
A minha colega de TCC, Fernanda Crivellaro, por ter me aguentado durante
todo esse tempo, torrando sua paciência. Pelas tardes, noites, conversas, risadas e
gulosices. Por, além de um trabalho, ter nascido uma sincera amizade.
As várias pessoas especiais e fundamentais que conheci em meio a tantas
instituições e salas que passei. Jamais me esquecerei de cada um de vocês.
Aos professores que com certeza não mediram esforços para nos transmitir
todo seu conhecimento com sabedoria e serenidade. Principalmente, àqueles que
acompanharam de perto o vai e vem de minha jornada e fizeram de tudo que
puderam para me ajudar; vocês foram meus anjos.
Tamiris Gabrielli Augusto
AGRADECIMENTOS
A “DEUS” que se não fosse por Ele não estaríamos aqui podendo vivenciar
este momento, Ele que possibilitou recursos e meios para que pudéssemos superar
todas as dificuldades.
Ao Me. Ricardo Yoshio Horita pela orientação, atenção e pela paciência em
atender sempre que precisamos e pelos conhecimentos emprestados.
A querida professora Ma. Heloisa Helena Rovery da Silva, sempre tão
atenciosa e receptiva, que realizou atividades que foram fundamentais para o nosso
crescimento profissional.
A todos os professores do curso de Ciências Contábeis que foram de vital
importância para a conclusão deste curso.
Aos proprietários da empresa que além de concederem todo espaço para
desenvolvimento do trabalho, abrindo as portas da empresa, de todos os seus
documentos e arquivos, foram de suma importância para que conseguíssemos
elaborar este trabalho.
A todos aqueles que direta ou indiretamente fizeram parte deste grande
projeto que foi desenvolvido com muito estudo, esforço e carinho.
Fernanda e Tamiris
RESUMO
Observando o crescimento, a concorrência e a volubilidade do mercado, os gestores procuram por mecanismos que os auxiliem nos processos de tomadas de decisão, com a finalidade de minimizar seus riscos. Para tanto, torna-se imprescindível haver um bom planejamento das operações da empresa, assim como também unir dados a fim de possibilitar a organização das informações para o aperfeiçoamento de uma eficaz e segura gestão. Desta forma, dentre as alternativas disponíveis, duas importantes ferramentas devem ser consideradas: o fluxo de caixa e o controle de estoques. Estes instrumentos permitem à organização verificar pontos indispensáveis, de modo a apontar a quantia de recursos disponíveis em caixa para a execução das operações, como também, apurar se há demasiado investimento nos estoques, fator que interfere na posição financeira da empresa, prejudicando seu capital de giro. Diante desta questão, foi desenvolvida uma análise para identificar se conciliar as informações obtidas no fluxo de caixa de uma empresa, com as de seu controle de estoques, seria uma adequada alternativa para se constatar qual seria o melhor momento para a reposição dos itens constantes deste ativo, de modo a visualizar as faltas e sobras de caixa, relacionado ao período e valores de compras, e assim, equilibrar as movimentações. A pesquisa realizada comprova a importância de se sincronizar tais elementos para a melhor visão das atividades empresariais, e consequentemente, na contribuição para as tomadas de decisão. Para atingir o objetivo deste trabalho, foram efetuadas revisão bibliográfica e pesquisa de campo, elaboradas planilhas de controle de caixa e estoques, na empresa Armazém da Construção de Lins LTDA ME.
Palavras-chave: Caixa. Conciliação. Controle de estoque. Estoque. Fluxo de Caixa.
ABSTRACT
Observing the growth, competition and the volubility of the market, the managers look for mechanisms that help in the processes of decision making, in order to minimize their risk. For that, it is essential to have a good planning for the company operations, as well as join data to enable the organization of information for the improvement of effective and safe management. Thus, among the available alternatives, two important tools should be considered: cash flow and inventory control. These tools enable the organization to verify essential points, in order to point the amount of available cash for the execution of operations, as well as determine whether there is too much investment in inventories, a factor that interferes with the company's financial position, impairing its working capital. Facing this issue, an analysis was developed to identify if conciliating information obtained in the cash flow of a company, with its stock control, would be a suitable alternative to apprehend which would be the best time for the replacement of the stable items contained in this active in order to view the faults and cash surplus, related to the period and purchase amounts, and thus, balance the drives. The research demonstrates the importance of synchronization of such elements, for the best view of business activities, and therefore in the contribution to decision making. To achieve the objective of this work, literature review and field research were performed, and spreadsheets from cash control and inventory, in the Company ARMAZEM DE CONSTRUÇÃO DE LINS, LTDA ME were also prepared. Keywords: Cash. Conciliation. Inventory control. Stock. Cash flow.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - A empresa..................................................................................................16
Figura 2 - Fachada em 2002......................................................................................18
Figura 3 - "Estrutura 1” - em 2002..............................................................................18
Figura 4 - "Estrutura 2" - em 2002..............................................................................19
Figura 5 - Logo da empresa.......................................................................................19
Figura 6 - Vista Panorâmica 1 – em 2013..................................................................20
Figura 7 - Vista Panorâmica 2 – em 2013..................................................................21
Figura 8 - Localização................................................................................................23
Figura 9 - Quadro dos principais parceiros................................................................26
Figura 10 - Definição de balanço patrimonial, DRE e FC...........................................31
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Demonstração de fluxo de caixa – Método direto...................................37
Quadro 2 - Fluxo de caixa diário - Entradas..............................................................61
Quadro 3 - Fluxo de caixa diário - Atividades operacionais (1).................................61
Quadro 4 - Fluxo de caixa diário - Atividades operacionais (2).................................62
Quadro 5 - Fluxo de caixa diário - Atividades de financiamento................................62
Quadro 6 – Fluxo de caixa diário - saldos..................................................................63
Quadro 7 - Síntese do fluxo de caixa mensal por intervalo de dias - Entradas........64
Quadro 8 - Síntese do fluxo de caixa mensal por intervalo de dias - Saídas............64
Quadro 9 - Controle de estoques...............................................................................65
Quadro 10 - Dados complementares do controle de estoques (1)............................65
Quadro 11 - Dados complementares do controle de estoques (2)............................66
Quadro 12 - PMRE - Portas laminadas......................................................................66
LISTA ABREVIATURAS E SIGLAS
BNDES: Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
CPC: Comitê de Pronunciamentos Contábeis
CVM: Comissão de Valores Mobiliários
DMPL: Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido
DOAR: Demonstração de Origem e Aplicações de Recursos
DRE: Demonstrações do Resultado do Exercício
EOQ: Economic Ordering Quantity
FASB: Financial Accounting Standards Board
FC: Fluxo de Caixa
FIFO: First in, First out
IASB: International Accounting Standards Board
IBRACON: Instituto Brasileiro de Contadores
LEC: Lote Econômico de Compra
LIFO: Last in, Firstoff
LTDA: Limitada
NPC 20: Normas e Procedimentos Contábeis nº 20
PEPS: Primeiro que Entra, Primeiro que Sai
PMPC: Prazo Médio de Pagamento de Compras
PMRE: Prazo Médio de Renovação de Estoques
PMRP: Prazo Médio de Recebimento do Produto
PMRV: Prazo Médio de Recebimento de Vendas
RC: Retorno de Capital
RCM: Resultado com Mercadorias
SP: São Paulo
TR: Tempo de Reposição
UEPS: Último que Entra, Primeiro que Sai
UNILINS: Faculdade Universitária de Lins
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...........................................................................................................13
CAPÍTULO I – ARMAZÉM DA CONSTRUÇÃO DE LINS ME LTDA......................16
1 A EMPRESA ................................................................................ ............16
1.1 Evolução histórica ........................................................................ ............17
1.2 Missão .......................................................................................... ............21
1.3 Visão ............................................................................................ ............21
1.4 Objetivo ........................................................................................ ............22
1.5 Valores ......................................................................................... ............22
1.6 Colaboradores .............................................................................. ............22
1.7 Localização .................................................................................. ............23
1.8 Produtos comercializados ............................................................ ............23
1.9 Política de qualidade .................................................................... ............24
1.10 Política ambiental ......................................................................... ............25
1.11 Busca de desenvolvimento .......................................................... ............25
1.12 Clientes ........................................................................................ ............25
1.13 Parceiros ...................................................................................... ............25
1.14 Controle ........................................................................................ ............26
CAPÍTULO II – FLUXO DE CAIXA COMO FERRAMENTA PARA
PLANEJAMENTO FINANCEIRO.............................................................................27
2 INTRODUÇÃO ............................................................................... ........ 27
2.1 Fluxo de caixa .............................................................................. ...........28
2.1.1 Origem do fluxo de caixa .............................................................. ............28
2.1.2 Conceito ....................................................................................... ............29
2.1.3 Objetivos ...................................................................................... ............30
2.1.4 Importância .................................................................................. ............30
2.1.5 Os requisitos para a implantação do fluxo de caixa ..................... ............32
2.1.6 Vantagens .................................................................................... ............33
2.1.7 Desvantagens .............................................................................. ............35
2.1.8 Como elaborar um fluxo de caixa ................................................. ............35
2.1.8.1 Definir qual método de elaboração será utilizado.................................... 35
2.1.8.1.1 Método direto ............................................................................... ............36
2.1.8.1.2 Método indireto............................................................................. ............38
CAPÍTULO III – ESTOQUES ....................................................................... ............40
3 INTRODUÇÃO ............................................................................. ............40
3.1 Conceito de estoques ................................................................... ............41
3.2 Controle de estoques ................................................................... ............42
3.2.1 Métodos de elaboração do controle de estoque .......................... ............43
3.2.1.1 Inventário físico ............................................................................ ............43
3.2.1.2 Inventário periódico ...................................................................... ............43
3.2.1.3 Inventário permanente ................................................................. ............43
3.3 Critérios de avaliação de estoques .............................................. ............44
3.3.1 Preço específico ........................................................................... ............44
3.3.2 PEPS ............................................................................................ ............45
3.3.3 UEPS ........................................................................................... ............45
3.3.4 Custo Médio Ponderado Móvel .................................................... ............45
3.3.5 Custo Médio Ponderado Fixo ....................................................... ............46
3.3.6 Método de escolha do critério de avaliação dos estoques a utilizar..........46
3.3.7 Preço de reposição ...................................................................... ............47
3.3.7.1 Formas de reposição de estoques ............................................... ............47
3.4 Outras técnicas comuns de administração de estoques .............. ............47
3.4.1 Curva ABC ................................................................................... ............48
3.4.2 Sistema de Duas Gavetas ............................................................ ............48
3.4.3 Lote econômico ............................................................................ ............49
3.4.4 Sistema de Renovação Contínua ................................................. ............49
3.4.5 Sistema de Renovação Periódica ................................................ ............50
3.5 Sistema de planejamento de estoques ........................................ ............50
3.5.1 Custo de estoque ......................................................................... ............51
3.5.1.1 Tipos de custo de estoque ........................................................... ............51
3.5.1.1.1 Custo de pedido ........................................................................... ............51
3.5.1.1.2 Custo de manutenção de estoque................................................ ............51
3.5.1.1.3 Custo por falta de estoque ........................................................... ............52
3.5.2 Objetivo de nível de serviço ......................................................... ............52
3.5.2.1 Níveis de estoque......................................................................... ............52
3.5.2.1.1 Estoque mínimo ........................................................................... ............52
3.5.2.1.2 Estoque de segurança ................................................................. ............53
3.5.2.1.3 Estoque máximo........................................................................... ............53
3.5.2.2 Tempo de reposição ..................................................................... ............54
3.5.2.3 Ponto de pedido ........................................................................... ............54
3.5.3 Análise do planejamento de estoque ........................................... ............55
3.5.3.1 Apuração dos resultados .............................................................. ............55
3.5.3.2 Retorno de capital ........................................................................ ............56
3.5.3.3 Giro de estoques .......................................................................... ............57
3.6 Comitê de Pronunciamentos Contábeis ....................................... ............58
CAPÍTULO IV – ESTUDO DE CASO .......................................................... ............59
4 INTRODUÇÃO ............................................................................. ............59
4.1 Elaboração do fluxo de caixa ....................................................... ............60
4.1.1 Entradas ....................................................................................... ............60
4.1.2 Atividades operacionais ............................................................... ............61
4.1.3 Atividades de financiamentos ....................................................... ............62
4.1.4 Atividades de investimentos ......................................................... ............62
4.1.5 Saldo final .................................................................................... ............62
4.1.6 Análise ......................................................................................... ............63
4.2 Elaboração do controle de estoque .............................................. ............64
4.2.1 Processo de compra .................................................................... ............65
4.2.2 Análise ......................................................................................... ............66
4.3 Parecer final ................................................................................. ............67
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO ................................................................ ............69
CONCLUSÃO .............................................................................................. ............70
REFERÊNCIAS ............................................................................................ ............72
APÊNDICES ................................................................................................ ............76
13
INTRODUÇÃO
O fluxo de caixa é considerado peça imprescindível para as empresas, tanto
para perceber a necessidade de recursos quanto para saber o momento certo de
investir, além de assumir um papel importante no planejamento financeiro das
empresas. Este instrumento está se tornando primordial, tanto que estudiosos vêm
alertando para sua importância.
O fluxo de caixa é a espinha dorsal da empresa. Sem ele não se saberá quando haverá recursos suficientes para sustentar as operações ou quando haverá necessidade de financiamentos bancários. Empresas que necessitem continuamente de empréstimos de última hora poderão se deparar com dificuldades de encontrar bancos que as financiem. (GITMAN, 1997, p. 586).
De acordo com Adduci e Soares (2008), o fluxo de caixa é de fundamental
importância para qualquer tipo de empresa e aquelas que se utilizam desta
ferramenta gerencial dificilmente fracassam, e, o contrário ocorre com quem não faz
uso desta ferramenta para gerenciar o fluxo.
Um outro aspecto de grande importância no gerenciamento de uma empresa
é a questão do controle de estoques.
Tavares (2011) afirma que o controle de estoque é de suma importância para
a empresa, porque ele controla os desperdícios, desvios e apura os valores para fins
de análise, detecta se o investimento em estoques é elevado, fator que prejudica o
capital de giro. A manutenção de estoques é onerosa e o gerenciamento do estoque
deve permitir que o capital investido neste item seja minimizado. Ao mesmo tempo,
não é possível para uma empresa trabalhar sem estoque. Portanto o planejamento
deste fator é essencial para maximizar a eficiência empresarial.
O estoque é um dos ativos mais importantes do capital circulante e da
posição financeira das empresas, portanto, um controle de estoque organizado é
essencial para que não haja desperdícios de materiais, tempo, dinheiro, assim como
a dificuldades de movimentação.
Diante de um cenário formado pela competitividade, crescimento e
instabilidade, os gestores buscam por ferramentas que tenham maior eficiência na
gestão financeira de seus recursos, com intuito de não correr tantos riscos nas
tomadas de decisão.
14
Empresas saudáveis geram lucros e estão em contínuo crescimento, mas
garantir essa saúde não é tão simples. Torna-se crucial, portanto, unir informações e
setores da organização para facilitar e dar mais firmeza nas tomadas de decisões.
Justamente por isso, ter um bom gerenciamento e sincronizar o Fluxo de Caixa com
a gestão de estoques pode trazer informações às quais permitem uma maior
segurança em relação ao quanto há de recursos disponíveis, o período mais
apropriado para a reposição de estoques, além de outras informações que podem
tornar a empresa mais rentável.
Portanto o objetivo deste trabalho é elaborar um estudo detectando a
importância das informações obtidas através do gerenciamento do Fluxo de Caixa e
dos estoques com intuito de definir o melhor momento para a realização da
reposição dos estoques da empresa.
Para atingir tal escopo, este estudo foi subsidiado por pesquisa bibliográfica
que permitiu entender os conceitos, métodos e formas de controle do Fluxo de Caixa
e estoques, e um estudo de caso empresa Armazém da Construção de Lins LTDA
ME, no período de fevereiro a outubro de 2014, localizada na cidade de Lins – SP,
que atua no mercado varejista comercializando produtos destinados a acabamento
de construção e reforma, desde 2002.
Sendo assim, buscou-se como problemática de pesquisa a seguinte pergunta:
A conciliação do fluxo de caixa gerencial e o controle de estoques auxiliam os
gestores a definir o melhor momento para a reposição dos estoques?
Em resposta a esse questionamento sugere-se a seguinte hipótese:
A conciliação das informações contidas no Fluxo de Caixa e no controle de
estoques pode definir o melhor momento para a reposição estoques, detectando o
momento ideal para a aquisição de mercadorias, diminuindo o risco de não haver
recursos disponíveis para pagamento dos fornecedores e evitar itens excessivos
armazenados.
O trabalho está assim estruturado:
Capítulo I - Aborda o histórico, missão, valores, serviços e produtos e
estrutura da empresa.
Capítulo II – Referencial teórico aborda os conceitos referentes ao estudo
aprofundado sobre Fluxo de caixa.
Capítulo III - Referencial teórico aborda os conceitos referentes ao estudo
aprofundado sobre Gestão de estoques.
15
Capítulo IV - Descreve o processo com planilhas elaboradas para
demonstração da importância em conciliar informações.
Encerrando o trabalho, são apresentadas a proposta de intervenção e a
conclusão.
16
CAPÍTULO I
ARMAZÉM DA CONSTRUÇÃO DE LINS ME LTDA
1 A EMPRESA
Fonte: Elaborado pelas autoras (2014)
Com vistas a atingir os objetivos propostos neste trabalho, foi realizado um
estudo de caso em uma micro empresa que, por meio de roteiros de entrevistas e de
visitas sistemáticas, foram observadas as principais características que serão
apresentadas no decorrer deste capítulo.
Figura 1 - A empresa
17
1.1 Evolução histórica
A história tem início na década de 70, quando Wilson Roberto Crivellaro
decidiu fazer faculdade de Engenharia Civil na Faculdade de Engenharia de Lins,
atualmente vinculado à Unilins – Centro Universitário de Lins, situada em Lins
interior de São Paulo. Esta instituição tem aproximadamente 46 anos de história e é
um dos centros universitários tradicionais no interior paulista. Junto com o sonho de
ter uma faculdade, veio o sonho de ter seu próprio negócio.
Em 1984 começou a investir em seu projeto. Como sempre gostou de vendas,
gosto este que veio de seu pai, que era corretor, decidiu junto com um amigo
realizar visitas em obras de prédios na região e fez algumas pesquisas na qual
percebeu que na área de construções, as construtoras tinham dificuldade para
encontrar uma boa cerâmica, revestimentos e texturas, porta corta fogo, elevadores
de obra, forma para concreto etc.
Foi quando tiveram a ideia de representar marcas e empresas que
oferecessem esses materiais com o intuito de atender a necessidade dessas
construtoras da região. Mesmo trabalhando em conjunto e com uma parceria, cada
um abriu uma empresa, sendo a do Sr. Wilson denominada W.R. Representações
Sociedade LTDA.
Na busca de um novo empreendimento e crescimento profissional, o
empreendedor deu início a um novo projeto que era abrir uma empresa que atuasse
no ramo de Material para Construção voltado para acabamento das obras, portanto,
seria uma empresa na qual trabalharia com produtos a partir da parte hidráulica até
pisos e revestimentos, ou seja, a finalização da obra. No ano de 2000 desfez a
parceria inicial, e abriu um escritório próprio permanecendo sua razão social (W.R
Representações). Continuou trabalhando com as representações, comprou um
terreno na Rua José Fava, 68 no Bairro Vila Clélia em Lins- SP e deu inicio a
construção de um barracão onde, no futuro, abriria sua loja.
Já em setembro de 2002 após muito planejamento conseguiu tirar do papel o
projeto que tinha de abrir sua própria empresa. Já havia um barracão construído,
portanto era só dar continuidade a seu sonho.
Foi feita uma estrutura na qual, de inicio, seria dividida em vendas, estoque e
um escritório, no qual seria utilizado por ele para o controle administrativo e
18
financeiro da organização, procurando também, dar continuidade em seu trabalho
com representações, já que manteria as duas de forma paralela.
Fonte: Elaborado pelas autoras (2014)
Fonte: Elaborado pelas autoras (2014)
Figura 2 - Fachada em 2002
Figura 3 - "Estrutura 1” - em 2002
19
Fonte: Elaborado pelas autoras (2014)
Um dos grandes desafios envolvidos na criação de uma empresa é a escolha
do nome, pois ele deve estar intimamente ligado à personalidade e identidade da
organização e ainda deve chamar atenção de seus clientes. Desta ideia surgiu o
nome Armazém da Construção de Lins, armazém, pois o proprietário gostaria que
fosse não só um ambiente com produtos para atingir a necessidade do cliente, mas
também, queria trazer uma maior variedade na linha de produtos expostos à venda,
para surpreender os consumidores.
Fonte: Elaborado pelas autoras (2014)
Figura 4 - "Estrutura 2" - em 2002
Figura 5 - Logo da empresa
20
Com o passar do tempo os negócios e a clientela foram aumentando, e
começou a surgir a necessidade de expansão, tanto no espaço de atendimento do
cliente quanto na variedade de mercadorias. Na busca desta expansão, em 2006, foi
efetuada a compra de outro terreno onde construiria outro barracão sendo somente
depósito, então o prédio principal estaria estruturado para melhor atender o cliente,
assim tendo um maior espaço e uma melhor exposição dos produtos.
No momento em que houve a expansão da loja, esta começou apresentar
uma maior variedade e diversificação de produtos, podendo atender a necessidade
dos consumidores deste mercado, que seriam pessoas físicas de todas as classes
sociais, e pessoas jurídicas de direito público e privadas. Seu foco sempre foi em
comercializar produtos de acabamentos para construção e reformas.
Fonte: Elaborado pelas autoras (2014)
Figura 6 - Vista Panorâmica 1 – em 2013.
21
Fonte: Elaborado pelas autoras (2014)
1.2 Missão
A missão da empresa Armazém da Construção é atuar no mercado varejista
buscando comercializar produtos inovados e diversificados, destinados a
acabamento de construção e reforma, considerando a satisfação do consumidor,
garantindo a qualidade e contribuindo para o bem estar dos seus clientes atuais e
futuros, respeitando o individuo, a sociedade e o meio ambiente.
1.3 Visão
Sua intenção é ter seus colaboradores como aliados, fornecendo
condições e estrutura de trabalho, tornando-se uma empresa admirada, inovadora e
reconhecida por suas qualidades, buscando diferencial tanto no atendimento como
no pós vendas, além da pontualidade na entrega.
Figura 7 - Vista Panorâmica 2 – em 2013.
22
1.4 Objetivo
Atender as necessidades de seus clientes, de forma eficiente e com
cordialidade, gerar lucros, investindo em vantagens competitivas e melhorias
continuas, traçando metas anuais de crescimento, contribuindo para a qualidade de
vida de seus colaboradores.
1.5 Valores
Apresentar transparência e honestidade nos negócios, com parceiros,
fornecedores, colaboradores, consumidores e a sociedade, através da conduta ética
nas atitudes e comportamentos, com humildade respeitando e compartilhando as
opiniões, preocupando-se com o bem estar de seus colaboradores, atentando à
responsabilidade social, corporativa e ambiental.
1.6 Colaboradores
A empresa começou em 2002 com apenas dois colaboradores que
permanecem até os dias de hoje na empresa. Um dos colaboradores exercia todas
as funções da empresa, desde vendas até a execução da entrega dos materiais
vendidos, e ainda era responsável pelas operações de compras, administração,
marketing, pós vendas e gerência. Já o outro colaborador, além das vendas, tinha as
funções financeiras e legais, ou seja, cuidava para que a empresa estivesse
operando sempre dentro da legalidade, controlando os processos de pagamentos e
recebimentos de contas. Nesta época a esposa do empresário Wilson, Angélica
Abeid Furio Crivellaro, ajudava na organização cuidando das questões voltadas às
obrigações trabalhistas.
Com a sobrecarga de serviços, houve a necessidade da expansão do quadro
de colaboradores, foi quando em 2005, contratou um motorista.
Atualmente, a empresa Armazém da Construção de Lins ME, conta com uma
equipe de 6 colaboradores capacitados, podendo então dividir a responsabilidade
destes dois colaboradores mais antigos, tendo cada um sua área de atuação. Com
um quadro de pessoal fixo, a empresa busca a eficiência no atendimento às
necessidades do mercado.
23
1.7 Localização
A empresa Armazém da Construção de Lins ME LTDA está localizada no
interior de São Paulo, na cidade de Lins, na Rua José Fava, 68, Bairro: Vila Clélia.
Ocupa uma área construída de aproximadamente 650m².
A infraestrutura é bem distribuída de modo a oferecer comodidade para que
os clientes encontrem todos os produtos necessários, para o acabamento de sua
obra.
Fonte: Elaborado pelas autoras (2014) http://maps.google.com.br/maps?hl=pt-BR&tab=wl
1.8 Produtos comercializados
Dentre as variedades de produtos comercializados pela empresa, destacam-
se os principais grupos:
a) Acessórios para casa: utilidades gerais para casa, cadeado, kits para
banheiro, algarismos, kits para jardins, fixações em geral, varal, etc.;
Figura 8 - Localização
24
b) Argamassas e rejuntes;
c) Bancadas de granito;
d) Caixa de correio;
e) Cantoneiras de alumínio;
f) Churrasqueiras: churrasqueiras, fornos para pizza e fogão a lenha;
g) Duchas e acessórios: chuveiros, resistências, etc.;
h) Materiais elétricos como: caixas de embutir, conduíte, fios, lâmpadas,
quadro de distribuição, etc.;
i) Faixas e mosaicos;
j) Fechaduras e dobradiças;
k) Ferramentas: colher de pedreiro, disco de corte, trena, talhadeira,
desempenadeira, pinceis, etc.;
l) Gabinetes para cozinha;
m) Gabinetes para tanque;
n) Gabinetes e espelheiras para banheiro;
o) Grelhas de alumínio;
p) Hidráulica: tubos e conexões em geral;
q) Impermeabilizantes: produtos de impermeabilização para pisos, paredes
externas e caixa d’água, etc.;
r) Louças sanitárias;
s) Metais e acessórios: duchas higiênicas, registro, acabamentos, torneiras,
etc.;
t) Pias de cozinha;
u) Pisos e revestimentos;
v) Portas e janelas;
w) Produtos de limpeza: limpeza de pisos esmaltados para manutenção e pós
obra;
x) Tanques;
y) Telhas: telhas translucidas.
1.9 Política de qualidade
A empresa tem como política de qualidade buscar melhoria continua dos
processos, qualidade nos produtos e serviços oferecidos, desenvolver parcerias,
25
cumprir prazos estipulados, investir nos colaboradores, atender os requisitos legais,
visando a satisfação dos clientes, para que possa atender por completo suas
necessidades e superar suas expectativas.
1.10 Política ambiental
Colaborar com as políticas de preservação ambiental, através do
estabelecimento de práticas de Gestão ambiental com ênfase na destinação
adequada dos resíduos de suas atividades e produtos. Busca atender a legislação e
normas ambientais, conscientizando seus colaboradores visando o
comprometimento destes com esta política.
1.11 Busca de desenvolvimento
A empresa preocupa-se constantemente com o desenvolvimento e
crescimento para atender melhor seus clientes, buscando a excelência de seus
serviços, portanto a cada ano que passa procura planejar suas tomadas de decisões
tendo como escopo otimizar seus resultados.
1.12 Clientes
O quadro de clientes desta empresa é composto principalmente por pessoas
físicas, que estão construindo ou reformando, profissionais autônomos como:
pedreiro, encanador, marido de aluguel, eletricista, etc. além de empresas públicas e
privadas. A empresa preocupa-se constantemente na conquista e fidelização de
novos clientes através da busca pela satisfação dos mesmos.
1.13 Parceiros
Os fornecedores são verdadeiros parceiros da empresa, ou seja, trabalham
em conjunto para obter o sucesso da organização. Os principais parceiros para este
crescimento são:
26
Fonte: Elaborado pelas autoras (2014)
1.14 Controle
A empresa conta com o auxílio de um escritório especializado para tratar
assuntos relativos à contabilidade, aspectos tributários e folha de pagamento,
seguindo as normas e padrões vigentes.
Há um sistema informatizado de controle de estoque que é utilizado pela
empresa apenas para conferir mensalmente o inventário físico.
Figura 9 - Quadro dos principais parceiros
27
CAPÍTULO II
FLUXO DE CAIXA COMO FERRAMENTA PARA PLANEJAMENTO FINANCEIRO
2 INTRODUÇÃO
Diante de um cenário formado pela competitividade, crescimento e
instabilidade, os gestores buscam por ferramentas que tenham maior eficiência na
gestão financeira de seus recursos minimizando os riscos nas tomadas de decisão.
Portanto, gestores empregam contadores para preparar demonstrativos
financeiros que forneçam informações sobre a lucratividade, Demonstrativo de
Resultado do Exercício; sobre a posição financeira da empresa, o Balanço
Patrimonial e sobre entradas e saídas de caixa em um período determinado, o Fluxo
de Caixa. Esta última ferramenta permite identificar quanto de recurso tem para
investir ou até mesmo quanto de capital de giro precisará captar para determinado
período.
Os demonstrativos financeiros auxiliam os administradores a tomar decisões
envolvendo o melhor uso do caixa, a realização de operações eficientes, a melhor
alocação de fundos entre ativos e o financiamento eficaz de operações e de
investimentos. (GROPPELLI; NIKBAKHT, 2006, p.13)
Segundo Raza (2008, p. 17) “o empreendedor deve tornar a sua contabilidade
uma fonte de informações para que possa tomar decisões seguras e coerentes com
seu negócio”. Ao utilizar a contabilidade como ferramenta tendo o contador como
aliado na gestão da empresa, as possibilidades de continuidade do negócio serão
aumentadas e as decisões serão tomadas sob uma nova perspectiva, com muito
mais segurança e possibilidade de sucesso.
Nesse aspecto a contabilidade passa a ser uma ferramenta indispensável e a
ocupar a posição de apoio gerencial para o empresário.
Dentro dessas demonstrações, o fluxo de caixa, vem se destacando nas
organizações, já que esta ferramenta pode ser utilizada como planejamento
financeiro, podendo assim, saber o momento certo de expansão e redução de
eventuais despesas financeiras oriundas de empréstimos.
28
2.1 Fluxo de caixa
2.1.1 Origem do fluxo de caixa
De acordo com Araújo, Holanda e Uchôa (2004), por muito tempo as
organizações tiveram que se contentar, exclusivamente, com os Balanços
Patrimoniais, as Demonstrações de Resultado do Exercício (DRE) e as
Demonstrações das Mutações no Patrimônio Líquido (DMPL). Entretanto, as
organizações continuavam a demandar instrumentos mais dinâmicos, que se
propusessem a acomodar fluxos completos de toda a movimentação financeira e
não se limitassem a apresentar receitas e despesas exclusivamente segundo os
regimes de competência. Como resposta a essa demanda, com a pretensão de se
tornar um demonstrativo capaz de diferenciar-se dos demais, pela explicação
conjunta das movimentações dos fluxos de recursos financeiros, surgiu o Fluxo de
Caixa.
Por sua vez Sá (2014) afirma que é antiga a preocupação do homem com
sistemas que lhe permitam enxergar a realidade financeira e patrimonial de seus
negócios. No século XVIII, provavelmente em consequência a revolução industrial e
do crescente interesse por sistemas de controle financeiro deu início aos estudos
contábeis, fortalecendo ainda mais no século XX com a quebra da bolsa americana
em 1929 e a crise financeira que despertou uma consciência ainda maior das
pessoas para a necessidade do fortalecimento da contabilidade como sistema de
informações.
O interesse pelo estudo sistemático do fluxo de caixa começou em 1961, e foi
normatizado pelo pronunciamento do Conselho do Financial Accounting Standards
Board (Fasb), em novembro de 1987 pelo boletim n. 95, sendo colocado em vigor a
partir de julho de 1988, que institui o fluxo de caixa em substituição à Demonstração
de Origem e Aplicações de Recursos (Doar). (SILVA, 2006)
O Fasb sigla em inglês que significa Comissão de Padrões de Contabilidade
Financeira é uma organização estadounidense sem fins lucrativos, criado em 1973
para padronizar os procedimentos da contabilidade financeira de empresas privadas
e não governamentais com o objetivo de trazer padronização, maior eficiência na
economia e nas decisões tomadas pelas empresas trazendo clareza nas
informações divulgadas.
29
A DOAR foi extinta em 01 de janeiro de 2008, era obrigatória para as
companhias abertas e para as companhias fechadas com patrimônio líquido, na data
do balanço patrimonial, superior a R$ 1.000.000,00, esta demonstração indica as
modificações na posição financeira da companhia. Esta ferramenta demonstrava
qual origem dos recursos financeiros (financiamentos) e onde eram aplicados estes
recursos (investimentos). (PORTAL DA CONTABILIDADE, 2014)
Em alguns países, como nos Estados Unidos, o fluxo de caixa é uma
demonstração obrigatória. (ADDUCI; SOARES, 2008)
No Brasil, em abril de 1999, o Instituto Brasileiro de Contadores (IBRACON)
publicou a Normas e Procedimentos Contábeis nº 20 (NPC 20) contendo
recomendações (bastante sucintas) quanto à elaboração da demonstração de fluxo
de caixa. (SÁ, 2014). Portanto, no Brasil, não é obrigado a divulgar e utilizar a
demonstração de fluxo de caixa, mas até mesmo a Comissão de Valores Mobiliários
(CVM) aconselha o uso desta ferramenta.
2.1.2 Conceito
Fluxo de caixa designado em inglês cash flow refere-se ao montante de caixa
recebido e gasto por uma empresa durante um período de tempo definido, algumas
vezes ligado a um projeto específico.
São as alterações e ou modificações que influenciam o caixa em qualquer
momento. Portanto, esta demonstração indica a origem de todo o dinheiro que
entrou no caixa, bem como, a aplicação de todo o dinheiro que saiu do caixa, seu
saldo final.
Segundo Tófoli (2012), o fluxo de caixa é um instrumento pelo qual o
administrador financeiro planeja e administra numerários da empresa, isto é, as
entradas e saídas de dinheiro do caixa da empresa.
Campos (2008) define o fluxo de caixa como um instrumento gerencial que
controla e informa todas as movimentações financeiras (entradas e saídas de
valores monetários) de um dado período – pode ser diário, semanal, mensal, etc.
Seguindo o mesmo raciocínio, Gitman (2004) conceitua que o fluxo de caixa
resume os movimentos de entrada e saída de caixa durante o período considerado.
Ela oferece uma visão de fluxos de caixa operacionais, de investimento e
financiamento da empresa.
30
O fluxo de caixa é composto de dados que representem as movimentações
dos recursos disponíveis na organização, dados estes vindos, por exemplo, das
contas a pagar, contas a receber, vendas, despesas.
2.1.3 Objetivos
Os principais objetivos citados por Zdanowicz (2004) são:
a) proporcionar o levantamento de recursos financeiros necessários para a
execução do plano geral de operações, bem como na realização das
transações econômico-financeiras;
b) empregar da melhor forma possível, os recursos financeiros disponíveis na
empresa, evitando que fiquem ociosos e estudando, antecipadamente, a
melhor aplicação, o tempo e a segurança dos mesmos;
c) planejar e controlar os recursos financeiros da empresa, em termos de
ingresso e desembolso de caixa, através das informações constantes nas
projeções de venda, produção e despesas operacionais, assim como de
dados relativos aos índices de atividades: Prazos médios de rotação,
valores a receber e de valores a pagar;
d) saldar as obrigações da empresa na data do vencimento;
e) analisar as fontes de crédito que oferecem empréstimos menos onerosos
em caso de necessidade de recursos pela empresa;
f) evitar desembolso vultuoso pela empresa, em época de baixo encaixe;
g) desenvolver o controle dos saldos de caixa e dos créditos a receber pela
empresa;
h) permitir a coordenação entre os recursos que serão alocados em ativos
circulantes, vendas, investimentos e débitos.
2.1.4 Importância
De acordo com Adduci e Soares (2008), o fluxo de caixa é de fundamental
importância para qualquer tipo de empresa e aquelas que se utilizam desta
ferramenta gerencial dificilmente fracassam, e o contrário pode ocorrer com quem
não faz uso desta ferramenta para gerenciar o fluxo.
31
O fluxo de caixa é considerado peça imprescindível para a empresa, tanto
para perceber a necessidade de recursos quanto para saber o momento certo de
investir, e também assume um papel importante no planejamento financeiro das
empresas. Esta demonstração está se tornando primordial, tanto que estudiosos
vêm alertando a importância do fluxo de caixa e o perigo que as empresas correm
ao basear o processo decisório apenas no balanço patrimonial e DRE.
O fluxo de caixa é a espinha dorsal da empresa. Sem ele não se saberá quando haverá recursos suficientes para sustentar as operações ou quando haverá necessidade de financiamentos bancários. Empresas que necessitem continuamente de empréstimos de última hora poderão se deparar com dificuldades de encontrar bancos que as financiem. (GITMAN, 1997, p. 586).
O balanço patrimonial, a DRE e o FC se completam e se relacionam entre si,
portanto os três são importantes para ter uma visão completa da empresa.
Fonte: Elaborado pelas autoras (2014)
Goldratt e Cox (apud CAMPOS FILHO, 1999, p. 21) afirmam que o péssimo
fluxo de caixa é o que acaba com a maioria das empresas que fracassam
comprometendo a sobrevivência da empresa.
Há muito tempo se sabe que uma empresa pode operar sem lucros por muitos anos, desde que tenha um fluxo de caixa adequado. O oposto, porém não é verdade. (...) Na verdade, um aperto de liquidez costuma ser mais prejudicial que um aperto nos lucros. (DRUCKER, 1992, p. 172 e 173).
Portanto percebe-se que a geração de caixa é mais importante do que a
geração de lucro, já que o que quebra uma empresa não é a falta de lucro e sim, a
Figura 10 - Definição de balanço patrimonial, DRE e FC.
32
falta de caixa. A análise do fluxo de caixa permite que os sintomas de fragilização da
estrutura de capital de giro sejam detectados a tempo para que possam tomar
medidas necessárias à correção desta distorção. (SÁ, 2014)
Apesar de sua importância Padoveze (2006) recorda que apesar de
imprescindível, tem caráter complementar, já que os dados para sua elaboração são
extraídas dos dados da DRE e Balanço Patrimonial, portanto, uma demonstração
não exclui a outra.
Gropelli e Nikbakht (2006) concordam dizendo que este demonstrativo,
juntamente com o balanço patrimonial e o demonstrativo de resultado, propicia uma
análise mais abrangente do processo pelo qual a empresa gera caixa a partir de
operações, investimentos e financiamentos, podendo identificar também, como esse
caixa foi usado pela empresa.
2.1.5 Os requisitos para a implantação do fluxo de caixa
Os principais requisitos para a implantação do fluxo de caixa são:
a) apoio de cúpula diretiva da empresa;
b) organização da estrutura funcional da empresa com definição clara dos
níveis de responsabilidade de cada área;
c) integração dos diversos setores e/ou departamento da empresa ao sistema
do fluxo de caixa;
d) definição do sistema de informação quanto à qualidade e aos funcionários
a serem utilizados, calendário de entrega dos dados (periodicidade) e os
responsáveis pela elaboração das diversas projeções;
e) treinamento do pessoal envolvido para implantar o fluxo de caixa na
empresa;
f) criação de manual de operações financeiras;
g) comprometimento dos responsáveis pelas diversas áreas, no sentido de
alcançar os objetivos e as metas propostas no fluxo de caixa;
h) utilização do FC para avaliar com antecedência os efeitos das tomadas de
decisões que tenham impacto financeiro na empresa;
i) fluxograma das atividades na empresa, ou seja, definir as atividades meio e
as atividades fins. (ARAÚJO; HOLANDA; UCHÔA, 2004, p. 22 - 23).
33
O principal elemento para o sucesso do FC é manter a empresa entrosada,
trabalhando em conjunto pela busca de um mesmo objetivo, para que não haja
falhas por falta de comunicação entre os setores da empresa.
Para que esses descompassos não aconteçam e comprometam o fluxo de caixa, é necessário que haja entrosamento entre os setores, para que as decisões a serem tomadas sejam antes conversadas e analisadas com o administrador financeiro, para um conjunto verificar e conhecer os possíveis impactos no caixa, e assim, preservar os interesses da empresa. (SILVA, 2005, p. 13)
Por sua vez, Assaf Neto e Silva (2002) completam explicando que o FC não
deve ser visto como uma preocupação única do setor financeiro, mas deve ter o
comprometimento de todos os setores da organização com os resultados líquidos de
caixa.
Abaixo alguns dos setores citados por Assaf Neto e Silva (2002) que
influenciam diretamente ou indiretamente nos impactos que poderão refletir no caixa.
a) setor de produção: alterações nos prazos de fabricação, nos custos de
produção, têm importantes reflexos sobre o caixa;
b) setor de compras: mudanças na política de compras, nos prazo de
pagamento devem ser tomadas de maneira ajustada com os saldos
disponíveis de caixa. Deve haver sincronização com o FC e setor de
vendas;
c) políticas de cobrança: ágeis e eficientes, permitem colocar recursos mais
rapidamente disposição da empresa, são importantes reforços de caixa;
d) área de vendas: manter um controle mais próximo sobre os prazos
concedidos e hábitos de pagamento dos clientes, fatores que podem
pressionar negativamente o FC;
e) setor financeiro: deve avaliar o perfil de seu endividamento, de forma que
seus desembolsos ocorram concomitantemente à geração de caixa da
empresa.
2.1.6 Vantagens
Padoveze (2006) afirma que muitos analistas financeiros entendem que a
demonstração do fluxo de caixa é superior também, em termos informacionais e
para tomadas de decisão, à demonstração do resultado do exercício. A
34
demonstração de resultado do exercício trabalha com regime de competência,
apresenta o resultado do período independente do pagamento ou recebimento, e
apura apenas despesas e receitas, já o fluxo de caixa apura saldos positivo e
negativo em função do pagamento e recebimento efetuado e considera também
todas entradas que não são receitas, aumento de capital e saídas que não são
despesas, amortizações, aquisição de permanentes.
O FC pode apresentar muitas vantagens à empresa que o utiliza como
ferramenta de planejamento como instrumento de verificação das situações
presentes e futuras do fluxo de caixa na empresa, posicionando-a para que não
chegue a situações de não-liquidez, com o cuidado de que não haja excessos
monetários de caixa, e, se houver, serão devidamente aplicados. (MATARAZZO,
2003)
A partir da leitura dessa demonstração, pode-se chegar a algumas
ponderações, como, quais as causas das mudanças na situação financeira da
empresa, como a empresa mantém seus pagamentos em dia se os resultados vêm
sofrendo baixas, se os recursos gerados pela empresa são suficientes, se a política
de investimento é adequada, etc. (JESUS, 2010).
Outras vantagens do fluxo de caixa destacadas por Sá (2014):
a) auxilia a interpretar a realidade de seu negócio, já que o fato de caixa não
está sujeito a interpretações. Ou o dinheiro entrou ou não entrou; ou saiu
ou não saiu. Isto significa que o fluxo de caixa reproduz um retrato sem
distorções da realidade da empresa. Daí, pode-se dizer que o lucro é uma
opinião e o fluxo de caixa é um fato;
b) é imediato, ou seja, pode ser tirado diariamente, o que proporciona ao
administrador uma radiografia permanente atualizada de sua empresa,
permitindo maior eficiência;
c) tanto olha para trás como olha para frente, o que permite ao administrador
projetar, dia a dia, dentro de determinados limites, a evolução de seu
disponível de forma que possa tomar, com a devida antecedência, as
medidas que se façam necessárias para enfrentar a escassez ou o
excesso de recursos;
d) pode ser usado como instrumento de avaliação de investimento.
35
2.1.7 Desvantagens
Padoveze (2006) destaca que um controle patrimonial feito somente pelo
fluxo de caixa é insuficiente por que:
a) o fluxo de caixa evidencia apenas um pequeno grupo de contas
patrimoniais (caixa, banco e aplicações financeiras). Contudo, uma
entidade possui um conjunto muito maior de elementos a serem
controlados;
b) não evidencia com clareza o movimento das operações da entidade, à
medida com que eles ocorrem;
c) não identifica os saldos a receber e a pagar dos elementos patrimoniais,
impossibilitando uma avaliação da necessidade de capacidade financeira
para cumprir as exigências futuras de caixa.
Gropelli e Nikbakht (2006) citam que este demonstrativo apesar de importante
por esclarecer algumas distorções dos relatórios do resultado e do balanço,
decorrentes de práticas contábeis, está sujeito a várias deficiências por existir
algumas atividades que não estão presentes na elaboração do mesmo.
Percebe-se, portanto a importância da conciliação das demonstrações
contábeis, onde juntas se completam, oferecendo ao gestor uma maior segurança
em suas tomadas de decisão.
2.1.8 Como elaborar um fluxo de caixa
2.1.8.1 Definir qual método de elaboração será utilizado
De acordo com Padoveze (2006), o fluxo de caixa tem duas apresentações
básicas:
a) o método indireto evidencia a movimentação do saldo de caixa, partindo da
geração de caixa mediante a demonstração de resultado e das variações
dos elementos patrimoniais do balanço que geram ou necessitam de caixa.
b) o método direto evidencia a movimentação do saldo de caixa, coletando
informações das entradas e saídas das contas de disponibilidades (caixa,
banco e aplicações financeiras).
O autor ainda afirma:
36
Nos dois métodos, o fluxo de caixa deve ser apresentado segregado por grupos de movimentações financeiras de natureza similar, para permitir uma analise mais adequada acerca da geração de lucro e caixa, bem como da movimentação financeira do período. Dessa maneira o fluxo de caixa é apresentado em três grandes segmentos de informações: fluxo de caixa das atividades operacionais, fluxo de caixa das atividades de investimentos e fluxo de caixa das atividades de financiamentos. (PADOVEZE, 2006, p. 185)
A demonstração de fluxo de caixa é classificada por atividades em três
categorias, conforme Adduci e Soares (2008):
a) atividades operacionais: referem-se aquelas operações que envolvem
produção e venda de produtos, ou prestação de serviços. Este grupo pode
ser uma ferramenta de análise da atividade que gera maior caixa
operacional, quando comparado com outros períodos;
b) atividades de financiamento: relacionadas com a obtenção de empréstimos
a curto e longo prazo, a emissão de ações representativas do capital e ao
pagamento de dividendos aos acionistas;
c) atividades de investimentos: fluxos de caixa associados com a compra e
venda de ativos imobilizados, a participação societárias.
2.1.8.1.1 Método direto
Apesar de opcional a escolha do método a ser utilizado, este método é o mais
recomendado pela The Financial Accounting Standards Board (FASB), entidade civil
que organiza as regras da contabilidade estadounidense, e International Accounting
Standards Board (IASB), a organização internacional sem fins lucrativos que publica
e atualiza os pronunciamentos contábeis internacionais.
Padoveze (2011) cita que este método, é estruturado a partir das
movimentações efetivadas financeiramente e constantes nos relatórios contábeis de
caixa e seus equivalentes. Na prática, é o método tradicionalmente utilizado pelos
gestores da tesouraria da empresa. Constam os valores efetivamente pagos, com
um mínimo de classificação para fins de análise.
De acordo com Iudícibus, Martins e Gelbecke (2003) o método direto explicita
as entradas e saídas brutas de dinheiro dos principais componentes das atividades
operacionais, como os recebimentos pelas vendas de produtos e serviços e os
pagamentos a fornecedores e empregados. O saldo final das operações expressa o
volume líquido de caixa provido ou consumido pelas operações durante um período.
37
Segundo estes mesmos autores a vantagem deste método é que gera
informações através de dados coletados diretamente dos registros operacionais da
empresa, fornece algumas informações a respeito do processo de formação da
liquidez da organização e ainda pode ser realizado diariamente, o que permite que
faça projeções diárias das entradas e saídas de caixa.
É importante que o saldo final do fluxo de caixa seja conciliado diariamente com o saldo do Disponível apurado pela Contabilidade. Esse controle diário garante que não ocorreram omissões de lançamentos, lançamentos em duplicidade ou erros de digitação que acabariam por desfigurar o fluxo de caixa e comprometer sua análise e interpretação. (SOARES; NUNES; SANTOS, 2009, p.29)
Quadro 1 - Demonstração de fluxo de caixa – Método direto. (continua)
DEMONSTRAÇÃO DE FLUXO DE CAIXA – MÉTODO DIRETO
Saldo inicial
Fluxo de caixa das atividades operacionais
Vendas a visa (+)
Recebimento de Clientes (+)
Adiantamento de clientes (+)
Duplicatas Descontadas (+)
Recebimentos de Juros (+)
Recebimento de Seguros (+)
Pagamento de Fornecedores (-)
Pagamento de Empregados (-)
Pagamento de Impostos (-)
Pagamento de Despesas Antecipadas (-)
Pagamento de Juros (-)
Pagamento de Seguros (-)
Pagamento de despesas gerais – energia elétrica, água (-)
(=) Caixa Líquido resultante das atividades operacionais
38
(conclusão)
Fluxo de caixa das atividades de financiamento
Recebimento por aumento de capital (+)
Recebimento por empréstimos obtidos (+)
Recebimento da empresa coligada (+)
Recebimento por emissão de ações (+)
Pagamento de empréstimo a coligada (-)
Lucros distribuídos (-)
(=) Caixa líquido resultante das atividades de financiamento
Fluxo de caixa das atividades de investimento
Recebimento por venda de imobilizado ou intangível (+)
Pagamento por aquisição de imobilizado ou intangível (-)
(=) Caixa líquido resultante das atividades de investimento
(=) Aumento/diminuição liquido de caixa e equivalentes de caixa
Fonte: Adaptado de Padoveze, 2011, p. 412
2.1.8.1.2 Método indireto
Este método parte do lucro líquido do período, que vai sendo ajustado por
itens que não representam efetiva saída ou entrada de caixa, Padoveze (2011)
explica, os principais elementos que serão introduzidos para elaboração deste
método, sendo os seguintes:
a) evidenciação do saldo inicial e final do caixa, e o valor de sua
movimentação do período;
39
b) detalha as variações ocorridas em todos os itens do ativo e do passivo
circulante;
c) segmenta em três atividades, da mesma forma que o método direto,
atividades operacionais, de financiamento e de investimento.
40
CAPÍTULO III
GESTÃO DE ESTOQUES
3 INTRODUÇÃO
Devido ao avanço do mercado e ao aumento de competitividade nos
negócios, os estoques deixaram de ser simples armazenamento e passaram a ter
uma expressiva importância para o desenvolvimento das empresas, servindo como
ponto estratégico na obtenção de resultados.
Machado (2004) evidencia que os estoques representam uma parcela
significativa do ativo circulante da empresa e, deste modo, influenciam diretamente
nas decisões financeiras da mesma, o que exige que haja uma maior atenção em
sua administração, planejamento e controle.
“O administrador deve levar em consideração que a análise detalhada dos
estoques é uma exigência imperiosa de sua atividade”. (POZO, 2008, p. 106).
Deste modo, Martins e Campos (2006) mencionam que toda empresa deve
definir como administrar seus estoques, determinando uma política a ser seguida e
um modelo de estoques adequado, de forma a minimizar os custos que os envolve e
atender prontamente à demanda do mercado, trazendo assim, vantagem competitiva
para a organização.
Por sua vez, Assaf Neto e Lima (2011) reforçam que os estoques costumam
compor uma considerável parcela dos ativos da maioria das empresas industriais e
comerciais. Desta forma, para melhorar a rentabilidade e a liquidez, as empresas
devem buscar uma alta rotatividade dos seus estoques. Contudo, para fazer isto
acontecer, a organização deve lidar com questões que requerem certa atenção,
como por exemplo, definir qual o montante da aplicação a ser feita e o volume ideal
de mercadoria a ser estocada a fim de atender às vendas e a possíveis imprevistos.
Analisando as vantagens de possuir estoques, deve-se compará-las com seus custos para decidir quanto deve ter de estoque e quando deve solicitar a reposição dos produtos que estão sendo vendidos ou consumidos no processo de produção. A decisão de quando e quanto comprar é uma das mais importantes a serem tomadas na gestão de estoques. (ASSAF NETO; SILVA, 2012, p. 197)
41
É relevante ressaltar que, segundo Tófoli (2012), a gestão de estoques é
vinculada a outras áreas operacionais da empresa, como as áreas de compras,
produção, marketing e finanças, onde cada qual possui um foco específico quanto
ao volume de investimento de materiais estocados necessários para prosseguir em
sua atividade. Porém, Machado (2004, p. 125) afirma que “a administração dos
estoques deve ser feita de maneira que os objetivos pessoais não se sobreponham
aos objetivos globais da empresa”.
Por fim, Martins e Campos (2006) asseguram que uma eficaz gestão de
estoques constitui-se de uma série de técnicas e ações que precisam ser estudadas
e adequadamente empregadas, a fim de possibilitar ao administrador verificar se os
estoques estão sendo bem planejados, manuseados, utilizados e controlados.
“O objetivo maior da administração de materiais é prover o material certo, no
local de produção certo e em condições utilizáveis ao custo mínimo para a plena
satisfação do cliente e dos acionistas”. (POZO, 2008, p. 39)
3.1 Conceito de estoques
Os estoques representam segundo Tófoli (2012), os bens físicos adquiridos
pela entidade que são mantidos em função de utilização futura à espera de venda,
produção ou consumo próprio.
Assaf Neto (2008) define os estoques como produtos, materiais ou
mercadorias que são mantidas acessíveis pela empresa, com a finalidade de
prosseguirem no curso produtivo, normal ou de comercialização dos mesmos.
De acordo com Martins e Campos (2006), os estoques são vistos como
recursos produtivos e elementos reguladores de uma empresa, os quais interferem
tanto no fluxo de produção, como no fluxo de vendas e criam valor para o
consumidor final.
Os estoques possuem a significante função de tornar o fluxo econômico da
empresa contínuo, afirmam Assaf Neto e Lima (2011).
Martins e Campos (2006, p. 167) complementam que “os estoques são
encarados como um fator potencial de geração de negócios e lucros”.
Os estoques são representados, por exemplo, pelo conjunto de matéria-
prima, produtos em fabricação, produtos acabados, mercadorias para revenda,
42
almoxarifados, assim como também materiais auxiliares, materiais de manutenção,
materiais de escritório, materiais de embalagem, entre outros.
3.2 Controle de estoques
Pozo (2008) elucida que além da atenção com a quantidade, a gestão de
materiais deve constantemente buscar a redução dos valores monetários aplicados
aos seus estoques, visando mantê-los os mais baixos possíveis e dentro de níveis
de segurança, tanto no âmbito financeiro, como nos volumes para atender ao
mercado.
O autor exemplifica ainda, as justificativas para a avaliação dos estoques:
a) assegurar que o capital imobilizado em estoques seja o mínimo possível; b) assegurar que estejam de acordo com a política da empresa; c) garantir que a valorização do estoque reflita exatamente seu conteúdo; d) o valor desse capital seja uma ferramenta de tomada de decisão; e) evitar desperdícios como obsolescência, roubos, extravios, etc. (POZO, 2008, p.88)
Assaf Neto (2008, p. 586) relata que “grande ênfase deve ser atribuída à
fixação de políticas de compras e critérios de controle, e também à análise desses
ativos como reflexo de uma decisão financeira de investimento”.
Do mesmo modo, Pozo (2008), também afirma que todas as organizações
devem se preocupar com o controle de estoques, em função de estipular seus níveis
levando em conta os melhores parâmetros econômicos e atendendo à demanda do
mercado.
Assim, Gitman (2004) conclui que o principal objetivo da administração de
estoques é girá-los o mais rapidamente possível, sem perder vendas por faltas de
estoque.
Conforme Tófoli (2012), os requisitos essenciais para se ter um controle de
estoques são:
a) conferir os itens recebidos pelos fornecedores;
b) organizar a estocagem das mercadorias;
c) fixar controles de entradas e saídas, sempre acompanhando os saldos
destas;
d) efetuar contagens periódicas dos produtos estocados, conforme o melhor
método escolhido;
43
3.2.1 Métodos de elaboração do controle de estoque
Na gestão de estoques são utilizados modelos de avaliação realizados por
meio de inventários e de fichas de controle, que são indispensáveis no auxilio da
apuração dos resultados ao fim do período contábil, como também na determinação
do custo das mercadorias e da valorização do estoque.
3.2.1.1 Inventário físico
Martins e Campos (2006) definem o inventário físico como uma contagem
física dos elementos do estoque, realizada geralmente no encerramento do exercício
social das organizações, e o classifica em dois modos que possuem grande
importância no auxilio do fluxo de caixa da empresa. Podem ser: periódico e
permanente.
3.2.1.2 Inventário periódico
O Sistema de Inventário Periódico não mantém fichas de controle de estoque.
Através deste método, Padoveze (2004) elucida que as transações não são
registradas no momento em que acontecem, mas que, em apontados períodos são
realizados levantamentos físicos das quantidades e dos valores dos itens estocados.
Desta forma, quando ocorrem as vendas de mercadorias são efetuados
lançamentos apenas da receita, sendo o custo da mercadoria vendida apurado
somente no final do período e obtido através da utilização direta de sua fórmula.
Este sistema proporciona um modelo mais econômico para a empresa, mas
deixa muito a desejar no âmbito de controle.
3.2.1.3 Inventário permanente
O Sistema de Inventário Permanente consiste em apurar as operações de
entrada e saída de mercadorias dos estoques no exato momento em que estas
acontecem, alimentando deste modo as fichas de controle de estoque, onde,
conforme Padoveze (2004), pode se obter informações como, a quantidade e o valor
44
final dos elementos em estoque a qualquer momento e constantemente, acarretando
desta forma um maior controle sobre as operações.
Utilizando este sistema, Silva (2007) considera que a cada operação de
venda são realizados dois lançamentos contábeis:
a) da venda: no qual se registra o fato da venda da mercadoria, e o
lançamento é efetivado com o preço de venda; e
b) da baixa da mercadoria no estoque: onde é considerada a redução do
estoque da mercadoria comercializada, utilizando neste lançamento o custo da
mercadoria vendida, ou CMV.
Ainda assim, Silva (2007) conclui que no sistema de inventário permanente, o
CMV será sempre atualizado a cada operação de venda desempenhada, de modo
que, se for calculado o estoque inicial mais as compras menos o estoque vendido se
alcançará o estoque final seja qual for à época.
Para Padoveze (2004), fundamentalmente são utilizadas as fichas de
controle, onde são registradas e controladas as quantidades e valores das
aquisições, a definição dos custos das saídas e o saldo final por item dos estoques
de mercadorias.
3.3 Critérios de avaliação de estoques
Pelo fato de as mercadorias serem adquiridas em momentos diferentes e
consequentemente a preços distintos, como forma de controle da gestão, se faz
necessário empregar critérios para avaliar o valor do estoque e definir o custo de
saída que estes produtos terão.
Sendo empregados conforme o Sistema de Inventário Permanente, os
critérios mais conhecidos são: Preço Específico, PEPS, UEPS, Custo Médio
Ponderado Móvel e Custo Médio Ponderado Fixo.
3.3.1 Preço específico
Ribeiro (2005) define o Preço Específico como o método que visa atribuir a
cada unidade do estoque, estas de fácil identificação física, o seu valor de aquisição,
isto é, seja no momento de venda ou no caso de estocagem, os itens serão
avaliados pelos seus respectivos custos específicos.
45
3.3.2 PEPS
Também conhecido pelas iniciais inglesas FIFO, (first in, first out), este
método identificado como primeiro que entra, primeiro que sai, baseia-se na saída
das primeiras mercadorias adquiridas, ou seja, as mercadorias mais antigas saem
primeiro e as compras atuais ou futuras permanecem em estoque até as primeiras
acabarem.
O critério PEPS traz como vantagem o fato de que os estoques finais são valorizados a preços mais recentes, fazendo com que o Balanço Patrimonial, onde apresentamos o Estoque final, esteja mais perto de uma realidade de preços de mercado à data do balanço. Traz em si a desvantagem de que o Custo das Mercadorias Vendidas está a preços antigos, prejudicando a Demonstração de Resultados. (PADOVEZE, 2004, p. 216)
3.3.3 UEPS
Neste critério fica determinada que a última mercadoria que entra em estoque
deve ser a primeira a sair, permanecendo conservadas as unidades mais antigas.
Conhecido em inglês como LIFO (last in, firstoff), este método traz a valoração do
saldo dos estoques fundamentada nos últimos preços.
O critério UEPS traz como vantagem o fato de que o Custo das Mercadorias Vendidas está a preços mais recentes, mais próximos de uma realidade dos custos de mercado à data do balanço. Porém, a desvantagem de trazer o estoque final a preços mais antigos evidencia no Balanço Patrimonial um número muito fora da realidade. (PADOVEZE, 2004, p. 216 e 217)
3.3.4 Custo Médio Ponderado Móvel
O Custo Médio Ponderado Móvel consiste em definir um preço médio para a
venda dos produtos, este, sendo calculado e atualizado entre cada entrada e saída
de estoque. Assim, é designado móvel pelo custo se alterar a cada aquisição com
valor unitário diferente dos que já estiverem no estoque presente.
Neste caso, Ribeiro (2005) exemplifica que a cada entrada de unidades com
custo unitário diferente do custo unitário do estoque, deve-se somar a quantidade e
o valor total da entrada com, respectivamente, a quantidade e o valor total existente
em estoque, posteriormente dividindo-se o total do valor obtido pela quantidade total
encontrada, auferindo assim o novo valor unitário do item.
46
O preço médio não traz nenhuma vantagem teórica, pois, nem o custo das mercadorias está a um valor perto da realidade, e tampouco o valor do estoque final que será apresentado no Balanço. A sua vantagem é basicamente operacional. (PADOVEZE, 2004, p. 217)
3.3.5 Custo Médio Ponderado Fixo
De acordo com Ribeiro (2005), o Custo Médio Ponderado Fixo só pode ser
empregado em entidades que usem o sistema de inventário periódico, uma vez que,
por este método todos os produtos estocados e vendidos são valorados somente no
final do período, depois da última aquisição realizada, pela média dos custos dos
itens disponíveis durante este momento.
Seu cálculo incide em dividir o preço total dos itens em estoque, pela
quantidade total dos mesmos.
3.3.6 Método de escolha do critério de avaliação dos estoques a utilizar.
Definir qual método usar depende de múltiplos fatores, inclusive de como a
empresa é administrada, de qual o objetivo do negócio e principalmente de como a
economia do país influenciará nos efeitos, especialmente porque cada critério
separadamente interfere no resultado do exercício de maneira diferente.
Padoveze (2004) evidencia, que o método do PEPS apresenta menores
custos e maiores lucros, enquanto, o UEPS expõe custos mais altos e lucros mais
baixos. Já o Custo Médio determina um custo e um lucro médio entre estes dois
outros resultados.
Diante disto, Ribeiro (2005) deixa claro, que no Brasil não é autorizada a
adoção do critério UEPS, justamente por seus efeitos distorcerem os resultados e a
realidade. Além de, pelo fato do lucro ser menor, ocasionar uma menor tributação do
Imposto de Renda devido pelas empresas.
Contudo, Padoveze (2004, p. 217) confirma que:
[...] contabilmente a adoção desse critério é permitida. Se uma empresa assim o fizer, não estará infringindo nenhum Principio Fundamental de Contabilidade. Terá apenas que fazer uma adequação em sua Demonstração de Resultados para fins de recolhimento do Imposto de Renda.
47
3.3.7 Preço de reposição
O Preço de Reposição é considerado como um elemento de avaliação dos
inventários, que visa analisar os valores das próximas aquisições, conforme ressalta
Padoveze (2004).
Neste mesmo entendimento, Assaf Neto e Lima (2011, p. 719) exemplificam
que “o Preço de Reposição pode ser interpretado como o preço corrente (preço
hoje) de repor todos os estoques da empresa, ou seja, o custo baseado nos valores
de mercado”.
Este pode ser conhecido por meio das listas de preços dos fornecedores e,
embora, ainda de acordo com Padoveze (2004), infrinja Princípios da Contabilidade
por produzir um custo e um lucro que ainda não ocorreram, traz a vantagem de
prevê-los antes de sua concretização.
3.3.7.1 Formas de reposição de estoques
Há três modos de se repor estoques:
a) Reposição Contínua: onde a entidade realiza aquisições de todas suas
mercadorias de maneira ininterrupta.
b) Reposição Periódica: a empresa emite pedidos de reposição de acordo
com os níveis de estoques definidos através de análises periódicas.
c) Reposição por Ponto de Pedido: em que os pedidos de reposição são
efetivados em um determinado ponto do nível dos estoques. (PORTAL
EDUCAÇÃO, 2013)
3.4 Outras técnicas comuns de administração de estoques
As organizações também utilizam outras técnicas de controles de estoques
que buscam diminuir os custos e os riscos, visando manter volumes de estoques em
níveis admissíveis. Cabe às empresas determinarem qual deles é o mais
conveniente e econômico para sua atividade.
A decisão de aumentar ou diminuir o prazo de estocagem, comprar mais ou menos quantidades por lote e melhorar o tempo do processo produtivo são típicas decisões de investimento tomadas por uma empresa. (ASSAF NETO; SILVA, 2012, p. 235)
48
3.4.1 Curva ABC
Pozo (2008) explana que o principio da Curva ABC foi organizado
inicialmente, por Vilfredo Pareto, na Itália, por volta de 1897 em um estudo sobre
distribuição de renda e riqueza da população local. Mais tarde tornou-se uma
técnica muito utilizada pelos administradores, no âmbito de auxiliar na avaliação de
estoques, fabricação, vendas e demais atividades, visando retratar uma política mais
apropriada para as mesmas.
O sistema incide em classificar os elementos de estoque diante de sua
representatividade para a empresa, em termos de quantidade, custos e participação
nos investimentos. Para sua construção é necessário apenas multiplicar as
quantidades estocadas pelos seus valores de aquisição. Desta forma, os estoques
se separam em três grupos: A, B e C.
No grupo A estão os poucos e mais importantes itens que, segundo Assaf
Neto e Lima (2011) exigem maiores cuidados em seu controle, com verificações
diárias de seu nível, por representarem as unidades com maior investimento em
valor monetário na empresa, isso geralmente por terem baixa rotatividade e alto
valor estocado.
O grupo B é representado pelos itens intermediários, assim os segundos em
importância e médios em quantidade que, para Assaf Neto (2008) podem merecer
um controle menos frequente, com uma verificação periódica de seus níveis.
Já para o grupo C, Gitman (2004) afirma que os itens exigem menores
investimentos e constituem maiores quantidades, portanto, para seu controle podem
ser utilizadas técnicas menos sofisticadas como o método das duas gavetas, por
exemplo.
Através da utilização da Curva ABC a administração consegue obter uma
melhor visão sobre o nível de compra e de investimento destes diferentes itens e
assim, evitar distorções perigosas para a empresa.
3.4.2 Sistema de Duas Gavetas
De acordo com Martins e Campos (2006), também conhecido como Modelo
de Reposição Contínua, o Sistema de Duas Gavetas é muito utilizado para itens de
49
baixo valor, onde o sistema de suprimento é normal e a compra de materiais é mais
simples, sem a necessidade de cálculos.
A denominação “duas gavetas ou duas caixas” explica a ideia de guardar um mesmo material em duas gavetas ou caixas. São vendidos primeiramente os materiais da “primeira gaveta” e, ao se iniciar a utilização do material da segunda gaveta, é o momento de se efetuar um pedido de renovação de estoque. (TÓFOLI, 2012, p. 113)
3.4.3 Lote econômico
O lote econômico, conhecido também por EOQ (Economic Ordering Quantity)
ou ainda por Lote Econômico de Compra (LEC), é um modelo de controle que visa
estabelecer o volume de itens estocados, assim como determinar qual é a
quantidade e o momento ideal para se realizar um novo pedido, objetivando reduzir
os custos do estoque.
O lote econômico deve ser entendido como uma ferramenta para auxiliar na tentativa de estabelecer parâmetros para as duas questões fundamentais da gestão de estoque: quanto comprar e quando comprar. (ASSAF NETO; SILVA, 2012 p. 221)
Assaf Neto e Lima (2011) observam que a técnica do lote econômico busca
equilibrar o custo de manter os estoques e o custo de pedi-los. Pois é certo que,
quando se faz pedidos em maiores quantidades, a frequência de solicitações é
reduzida, diminuindo em consequência o custo dos pedidos, porém aumentando os
custos de armazenagem destes.
Machado (2004) e Gitman (2004) demonstram a forma de estimar o Lote
Econômico de Compra.
3.4.4 Sistema de Renovação Contínua
Martins e Laugeni (2006) definem o Sistema de Renovação Contínua como o
modelo que incide em emitir uma ordem de reposição do estoque, na quantidade
determinada no lote econômico, assim que o estoque de material atingir o nível de
estoques calculado, ou seja, seu ponto de pedido.
Conforme Martins e Campos (2006), este modelo também é conhecido como
modelo do lote padrão, sistema de estoque mínimo ou sistema do ponto de
reposição.
50
3.4.5 Sistema de Renovação Periódica
Denominado também como Sistema de Reposição em Períodos Fixos e como
Sistema de Estoque Máximo, Tófoli (2012) explica que neste método de controle de
estoque, os pedidos de reposição são realizados em intervalos de tempos fixos
designados para cada produto, devendo estes variarem de item para item, a fim de
diminuir o custo de estocagem.
“A quantidade comprada em cada encomenda, somada à quantidade
existente em estoque, deve ser suficiente para atender à demanda até a reposição
do pedido seguinte”. (TÓFOLI, 2012, p.114)
3.5 Sistema de planejamento de estoques
“O planejamento e controle dos itens estocados é fundamental para uma
adequada administração de materiais [...]”. (MACHADO, 2004, p.123)
Os materiais imobilizados em estoque são onerosos e têm custos muito
elevados para uma empresa. Diante disto, Pozo (2008) afirma que o objetivo maior
da administração dos estoques é reduzi-los ao máximo, ação esta, que se não for
bem esquematizada pode ocasionar sérios riscos para a organização, como por
exemplo, a falta de estoque.
Este fato geralmente ocorre por ser impossível prever a demanda futura e a
previsão de uso deste estoque, que comumente é mantido pela empresa para uso
imediato. Desta forma, se o consumo for maior do que o esperado, a empresa não
terá nível de estoque suficiente para atender ao mercado.
Temos, portanto, que dimensionar adequadamente as necessidades de estoques em relação à demanda, às oscilações de mercado, às negociações com os fornecedores e à satisfação do cliente, otimizando-se os recursos disponíveis e minimizando os estoques e custos. (POZO, 2008, p. 43)
É exatamente para se precaver destas e outras incertezas do comércio que
deve-se realizar um bom planejamento de estoques, para o qual, inicialmente, faz-se
necessário estabelecer os objetivos, analisando os custos e o nível de serviço.
51
3.5.1 Custo de estoque
O Planejamento de estoques, conforme Pozo (2008) pretende balancear os
custos que integram as operações com estoques, para desta forma, atender melhor
à demanda do mercado e a pretensão dos acionistas.
É perfeitamente compreensível que esses custos são conflitantes, pois quanto maior a quantidade estocada maior será seu custo de manutenção. Maior estoque requer menor quantidade de pedidos, com lotes de compras maiores, o que implica menor custo de aquisição e menores problemas de falta ou atraso e, consequentemente, menores custos também. (POZO, 2008, p. 44)
Portanto, o planejamento objetiva minimizar o custo total dos estoques,
conforme descrito a seguir.
3.5.1.1 Tipos de custo de estoque
Há várias espécies de custos que compõem os estoques, entre eles Pozo
(2008) evidencia como os mais importantes em sua formação o: Custo de pedido;
Custo de manutenção e Custo por falta de estoque.
3.5.1.1.1 Custo de pedido
De acordo com Pozo (2008), o custo de pedido refere-se a todos os gastos
fixos e variáveis decorrentes da necessidade de adquirir determinados produtos e
está inteiramente vinculado com a quantidade destes pedidos.
Nele são inclusos “os gastos com departamento de compras, despesas de
transporte, despesas associadas ao recebimento e inspeção dos materiais [...], etc”.
(ASSAF NETO; LIMA, 2011, p.715)
3.5.1.1.2 Custo de manutenção de estoque
Designado por Assaf Neto e Lima (2011), também como custo de
carregamento, o custo de manutenção de estoque compreende todas as despesas
empregadas para manter os produtos estocados.
52
Este grupo envolve os “custos de armazenagem, despesas com seguros,
eventuais perdas, deterioração e obsolescência, impostos e taxas etc”. (ASSAF
NETO, 2008, p. 611)
3.5.1.1.3 Custo por falta de estoque
Segundo Pozo (2008), os custos que uma empresa terá de arcar diante de
um atraso no prazo de entrega de um produto ou de um cancelamento de venda por
falta de estoque por não ter um adequado planejamento do mesmo, podem ser
muito mais onerosos do que em qualquer outra circunstância e podem trazer sérios
problemas para a organização. Situações como estas denigrem a imagem da
empresa e geram além de transtornos aos clientes, prejuízos imensuráveis para o
negócio, afetando principalmente sua confiabilidade.
3.5.2 Objetivo de nível de serviço
Pozo (2008) exemplifica que este conceito visa atender às necessidades dos
clientes, avaliando o nível de estoques para atender a qualquer solicitação do
mercado.
Desta forma, a melhor alternativa é definir níveis de estoque, que garantam a
disponibilidade de produtos às demandas, assim como tornem mínimo seus custos.
3.5.2.1 Níveis de estoque
Estabelecer os níveis de estoque na etapa de planejamento incide
fundamentalmente em fixar o estoque mínimo, estoque de segurança e estoque
máximo.
3.5.2.1.1 Estoque mínimo
Também chamado de Ponto de Pedido, o Estoque Mínimo é identificado por
Pozo (2008), como a quantidade mínima de produtos que o estoque deve ter para
que se possa fazer pedidos de reposição sem correr riscos até estes serem
entregues.
53
De acordo com Tófoli (2012), esta quantidade mínima estocada deve ser
suficiente apenas para cobrir os níveis de estoque de segurança levando-se em
conta os tempos de entrega e de consumo diário deste período, para então os
pedidos de compra serem emitidos.
Assim, para definir tal quantidade e saber o momento exato de fazer novos
pedidos, utiliza-se a fórmula:
Emi = Er + Pe x C
Sendo,
Emi = estoque mínimo
Er = estoque de reserva ou segurança
Pe = prazo de entrega, e
C = consumo médio diário
3.5.2.1.2 Estoque de segurança
Refere-se a Estoque de Segurança consoante Pozo (2008) uma quantidade
reserva de produtos que a empresa mantém como forma de garantir que possíveis
imprevistos no momento da reposição dos estoques ou na variação da demanda não
prejudiquem o processo normal de comercialização dos itens e provoquem
transtornos aos clientes.
Desse modo, “quando o pedido é entregue pelo fornecedor, os níveis de
estoque ainda estão com os produtos, evitando-se que os mesmos sejam zerados”.
(PORTAL EDUCAÇÃO, 2013)
“Quanto menor a probabilidade de falta que se deseja, maior deverá ser o
volume do estoque de segurança”. (ASSAF NETO; SILVA, 2012, p. 215)
Devem-se considerar ainda os efeitos que a manutenção de determinado
volume deste estoque de segurança gerará para a organização, sendo evidente que
quanto maior ele for, maior serão os gastos a ele relativos, porém se inferior, poderá
acarretar a indesejada ruptura de estoques.
3.5.2.1.3 Estoque máximo
Pozo (2008, p. 65) define o Estoque máximo como “[...] o resultado da soma
do estoque de segurança mais o lote de compra”. O autor exemplifica que o nível
54
máximo de estoque deve ser determinado de forma que seu volume exceda essa
somatória em um valor que seja suficiente para suportar variações de mercado,
deixando uma margem que garanta que a cada novo lote de compra, o nível máximo
de estoque não aumente e onere os custos do mesmo.
Estoque máximo é a quantidade máxima de uma mercadoria ou matéria-prima que a empresa deve estocar. É importante saber: o espaço disponível de seu almoxarifado, o custo financeiro do estoque, lotes que demandam muito tempo para serem consumidos, produtos que requerem cuidados especiais de armazenamento e produtos voláteis ou que tenham características modificadas com o tempo. (CONAUD CONSULTORIA E AUDITORIA, 2014)
3.5.2.2 Tempo de reposição
Pozo (2008) corrobora que o Tempo de Reposição refere-se ao tempo levado
no processo de um pedido de aquisição. Assim, o TR é formado por três períodos:
1 - tempo para elaborar e confirmar o pedido ao fornecedor;
2 - tempo de processamento do pedido e entrega pelo fornecedor; e
3 - tempo de processamento e liberação do produto para a empresa.
E determinado pela fórmula:
TR = 1+2+3
Quanto menor seu resultado, melhor para a instituição.
3.5.2.3 Ponto de pedido
O Ponto de Pedido, ainda conforme Pozo (2008), menciona o momento em
que determinado produto atinge um número que garante o processo normal da
organização enquanto há a reposição do mesmo. Calcula-se pela seguinte
expressão:
PP = (C x TR) + ES
De modo que,
PP = ponto de pedido
C = consumo normal da peça
TR = tempo de reposição
55
ES = estoque de segurança.
Por fim, Pozo (2008) determina que a finalidade do Sistema Máximo-Mínimo é
que seja emitida uma requisição de compras para cada produto em específico toda
vez que o estoque ficar abaixo do nível do ponto de pedido. Ele é elaborado através
de gráficos que mostram exatamente a situação do produto em estoque.
3.5.3 Análise do planejamento de estoque
Machado (2004) estabelece que os principais objetivos a serem alcançados
com o eficaz planejamento e controle de estoques são:
a) atender o planejamento de movimentação das mercadorias, evitando assim
cessações no processo por falta de materiais.
b) monitorar a qualidade dos itens estocados, buscando reduzir desta forma o
índice de produtos defeituosos.
c) fiscalizar a aplicação dos materiais, impedindo prejuízos e desperdícios.
Segundo Assaf Neto e Silva (2012) devido o estoque ser considerado um
investimento realizado pela empresa, deve-se conjugar a apuração do resultado
deste investimento, de forma a, posteriormente, determinar seu retorno e relacionar
a margem obtida a cada produto com seu giro.
3.5.3.1 Apuração dos resultados
Para a apuração dos resultados do exercício são empregados conceitos e
fórmulas fazendo-se necessário determinar os custos das operações de forma a
encontrar os resultados e registrá-los.
Desta forma deve ser determinado o Custo da Mercadoria Vendida que
representa “o valor de custo das mercadorias adquiridas para revenda que foram
vendidas”. (PADOVEZE, 2004, p. 207).
A cada operação de venda de mercadorias várias alterações incidem no
balanço inicial da organização. Há o aumento no caixa pelo recebimento da venda, a
diminuição do estoque de mercadorias pela saída do item e o aumento do
patrimônio liquido pelo lucro obtido no negócio. Porém, Padoveze (2004) afirma que
além do aumento do patrimônio líquido pela receita de venda, nele também incide
56
uma despesa pelo custo da mercadoria vendida, sendo este, o valor da compra
inicial da mercadoria que estava em estoque e foi comercializada. Assim, pode-se
afirmar, que o CMV é uma despesa ponderada pelo custo ou pelo preço de compra
das mercadorias.
Ribeiro (2005) trás a utilização da seguinte fórmula para calculá-lo extra
contabilmente:
CMV = Estoque Inicial (EI) + Compras (C) – Estoque Final (EF)
Esta se podendo adequar a diversas aplicações caso seja necessário
encontrar alguma de suas outras variantes.
Após a apuração do CMV, Ribeiro (2005), ainda explana que deve ser
elaborado o Resultado com Mercadorias ou RCM, a fim de se identificar o resultado
final do período. Sua fórmula extra contábil é composta por:
RCM = Vendas Líquidas (VL) – CMV
O resultado do RCM corresponde ao lucro ou prejuízo bruto apurado sobre as
vendas, que servirá de base para a apuração do resultado do exercício.
A apuração contábil do resultado da conta de estoques, segundo Ribeiro
(2005) consiste em transferir os saldos das contas participantes das fórmulas do
CMV e do RCM para, respectivamente, as próprias contas do CMV e do RCM nos
livros Diário e Razão até o saldo destes serem apurados.
Por fim, com os saldos determinados na conta do RCM, é feita a apuração
destes e transferido o valor final para a conta Lucro ou Prejuízo sobre Vendas,
conforme este for credor ou devedor, o qual enfim, deve ser deslocado para a conta
Resultado do Exercício na apuração do resultado líquido.
3.5.3.2 Retorno de capital
Avaliar o Retorno de Capital da empresa é uma das maneiras de se verificar
como o planejamento e a gestão de estoques caminham.
57
Pozo (2008, p. 46) afirma que “a avaliação do Retorno de Capital investido em
estoques (RC) é baseada no lucro das vendas anuais sobre o capital investido em
estoque”.
A fórmula que o determina é dada pela expressão:
RC = Lucro / Capital em Estoque
Para expressar uma adequada gestão de estoques, Pozo (2008) ainda
evidencia que o resultado do retorno de capital deve ser superior ao coeficiente 1, e
quanto maior este for, melhor será a administração.
3.5.3.3 Giro de estoques
O Giro de Estoques é outro método utilizado para analisar se a administração
de estoques está sendo planejada adequadamente.
De acordo com Gitman (2004), o giro de estoques é um índice que mede a
liquidez do estoque de uma organização, definindo quantas vezes, por unidade de
tempo, o estoque girou.
É calculado da seguinte maneira:
Giro de Estoques = Custo dos produtos vendidos
Estoque
A análise do resultado deste índice só pode ser interpretada quando
confrontada com a de outros períodos ou de outras entidades do mesmo ramo.
Pozo (2008), elucida que conhecendo a rotatividade dos estoques, é possível
também determinar o tempo (em meses, semanas ou dias) pelo qual ele suporta a
demanda presente. Para isto, basta dividir a quantidade de tempo em que se deseja
definir por ano pelo valor encontrado no giro de estoques.
Portanto,
Tempo = (meses, semanas ou dias)
giros por ano
58
“Quanto maior for o número de rotatividade, melhor será a administração
logística da empresa, menores serão seus custos e maior será sua competitividade”.
(POZO, 2008, p. 48)
3.6 Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC
A fim de elaborar e emitir pronunciamentos técnicos a serem seguidos pela
Contabilidade foi emitido o Comitê de Pronunciamentos Contábeis, que tem por sua
principal visão centralizar e harmonizar tais normas aos padrões internacionais.
De tal forma, foi desenvolvido o CPC 16, a norma regulamentadora dos
estoques no âmbito Brasileiro, que proporciona orientação sobre a determinação do
valor de custo dos estoques e sobre o seu subseqüente reconhecimento como
despesa em resultado, assim como a respeito dos métodos e critérios para atribuir
custos aos estoques.
Traz por definição de estoques, os ativos mantidos para o curso normal dos
negócios, seja para venda, produção, consumo ou prestação de serviços.
Estes devem ser mensurados pelo valor de custo ou pelo valor realizável
líquido, dos dois, o menor. Sendo o valor de custo estimado diante a soma de todos
os valores incididos para trazer os estoques à condição e localização final. E o valor
realizável líquido considerado perante o preço de venda estimado, subtraído dos
custos aferidos para sua finalização e concretização.
Impõem que os custos necessitam ser atribuídos aos estoques através de
critérios e métodos de valoração como, por exemplo, o de identificação específica, o
PEPS ou o Custo Médio Ponderado. Onde seu custo é reconhecido como despesa
quando há saída de estoque e a relativa receita é identificada, sendo a partir deste
momento registrado como despesa do período.
O Pronunciamento tratado evidencia que segundo a divulgação nas
demonstrações contábeis devem ser anunciadas as políticas de mensuração dos
estoques; o valor total escriturado dos mesmos; seu valor justo menos os custos de
venda; o reconhecimento do valor dos estoques como despesa do período; assim
como os casos de redução destes, e de reversão e das circunstâncias que
conduziram a este fim; e enfim, o valor de estoques dados como penhor de
garantias de passivos. (CPC 16, 2009)
59
CAPÍTULO IV
ESTUDO DE CASO
4 INTRODUÇÃO
Com o intuito de desenvolver um estudo sobre a importância da conciliação
do Fluxo de Caixa Gerencial e o Controle de Estoques, foi realizado um estudo de
caso na empresa Armazém da Construção de Lins LTDA – ME, no período de
fevereiro a outubro de 2014. Após análise foi identificada uma falta de sincronia
entre o setor de compras e o setor de contas a pagar, ou seja, as compras eram
efetuadas sem avaliar a capacidade de pagamento momentânea, gerando
dificuldades na administração do seu caixa.
Portanto, combinar as informações contidas no controle de estoque e no
fluxo de caixa para o gerenciamento operacional da atividade comercial, pode definir
o melhor momento para a reposição dos estoques, detectando o momento ideal para
aquisição de mercadorias, diminuindo o risco de não haver recursos disponíveis no
caixa no momento do pagamento de seus fornecedores.
Sendo assim, serão apresentadas planilhas desenvolvidas através do
levantamento de dados da movimentação de caixa e as compras realizadas pela
empresa no mesmo período. Para elaboração deste estudo fez-se necessária a
coleta e verificação de documentos e informações, essenciais para entender os
conceitos, métodos e formas de controle do Fluxo de Caixa e estoques utilizados
pela empresa.
Os demonstrativos que serão descritos neste capítulo são fictícios, o que não
invalida o resultado alcançado.
Para o desenvolvimento da pesquisa, utilizou-se o método Estudo de Caso
que é caracterizado pelo estudo profundo e exaustivo de um ou de poucos objetos,
de maneira a permitir o seu conhecimento amplo e detalhado, e, através do método
de Observação Sistemática foi observado, acompanhado e analisado o processo de
coleta de dados, onde posteriormente, com estes, foram elaboradas planilhas para
fim de análise.
60
Para a eficácia da aplicação dos métodos, foram utilizadas as seguintes
técnicas: Roteiro de Estudo de Caso (Apêndice A); Roteiro de Observação
Sistemática (Apêndice B); Roteiro do Histórico da Empresa (Apêndice C); Roteiro de
entrevista para o Gerente Administrativo (Apêndice D); Roteiro de entrevista para o
Gerente Financeiro (Apêndice E); Roteiro de entrevista para o Gerente Geral
(Apêndice F); Planilha de Controle de Estoques (Apêndice G); Planilha de Dados
Complementares do Controle de Estoques (Apêndice H); Planilha de Fluxo de Caixa
– Junho/2014 (Apêndice I); Planilha de Fluxo de Caixa – Julho/2014 (Apêndice J);
Planilha de Fluxo de Caixa – Agosto/2014 (Apêndice K).
4.1 Elaboração do fluxo de caixa
Para comprovar o que foi desenvolvido na parte teórica, elaborou-se o fluxo
de caixa atual da empresa, onde foi demonstrada a origem e aplicação das entradas
e saídas de recursos financeiros de um determinado período.
Através de visitas periódicas à empresa foram coletadas informações, com o
auxílio de seus colaboradores, e elaborado um demonstrativo próximo à realidade.
Ao analisar as necessidades da empresa, percebe-se que a elaboração do
fluxo de caixa deveria ser diária e não mensal, já que o principal objetivo desta
análise seria visualizar como estariam distribuídas as sobras de caixa dentro do mês
para que pudesse direcionar de forma eficiente a reposição de estoques.
O fluxo de caixa foi assim elaborado.
4.1.1 Entradas
Iniciou-se colocando o saldo inicial do caixa, que é o saldo acumulado do dia
anterior.
Neste espaço foram inseridos:
a) vendas à vista: vendas recebidas em dinheiro;
b) cheques: considerados cheques à vista ou que foram descontados no dia;
c) a receber: boletos recebidos do dia;
d) cartão: apenas valores referentes aos pagamentos já efetuados pela
operadora de cartão;
e) outros: entradas extras (venda de máquinas e equipamentos). (Apêndice I).
61
Quadro 2 – Fluxo de caixa diário - Entradas
Fonte: elaborado pelas autoras (2014)
4.1.2 Atividades operacionais
São os gastos decorrentes do funcionamento da empresa. Deve conter custos
e despesas diretamente relacionados ao desempenho de suas atividades.
Para facilitar a análise, foram segmentadas as despesas agrupando as contas
similares. Esta distribuição facilita a avaliação e o controle dos gastos, podendo ser
planejados com maior eficiência a distribuição destes recursos.
Foram relacionados os valores conforme sua saída, portanto discriminados
apenas os valores após a efetivação do seu pagamento, pois nem sempre a entrada
de notas fiscais de compra representa a saída de recursos, já que estas podem ter
sido compras realizadas para pagamento a prazo. (Apêndice I).
Quadro 3 – Fluxo de caixa diário – Atividades operacionais (1)
Fonte: elaborado pelas autoras (2014)
01/jun 02/jun 03/jun 04/jun 05/jun
Saldo inicial 1.343,00R$ 1.343,00R$ 1.895,61-R$ 490,33R$ 1.597,32R$
Vendas à vista 1.058,70R$ 1.141,95R$ 439,30R$ 1.339,70R$
Cheque
A receber 4.104,55R$ 195,84R$ 481,40R$ 93,15R$
Cartão 2.021,37R$ 1.121,79R$ 204,40R$ 581,10R$
Outros
Total entradas -R$ 7.184,62R$ 2.459,58R$ 1.125,10R$ 2.013,95R$
01/jun 02/jun 03/jun 04/jun 05/jun
Atividades operacional -R$ 10.423,23R$ 73,64R$ 18,11R$ 8.015,90R$
Fornecedores 1.226,28R$ 6.374,75R$
Fretes 390,00R$ 480,00R$
Água e luz
Telefone e internet
Associação Com. 38,40R$
Propaganda 300,00R$
Sistema
Taxas bancárias 46,90R$ 11,33R$ 3,82R$
Taxa do cartão 79,29R$ 26,74R$ 6,78R$ 20,34R$
Mat. de consumo
Compras de equip.
Salários 6.620,41R$
Cesta básica 570,00R$
Pró-labore 600,00R$
Férias/13º salário
Contador 665,00R$
Limpeza 80,00R$
Seguro courier
Licenciamento Courier
Seguro loja
Aluguel terreno
Despesas com Imóvel 192,25R$
Outras despesas 28,00R$
62
Ainda nas atividades operacionais encontram-se impostos e taxas devidos
pela empresa, no âmbito federal, estadual e municipal conforme discriminado
abaixo. (Apêndice I).
Quadro 4 – Fluxo de caixa diário – Atividades operacionais (2)
Fonte: elaborado pelas autoras (2014)
4.1.3 Atividades de financiamentos
Relacionar o valor da parcela que se refere ao financiamento do Cartão do
BNDES contratado pela empresa para a aquisição de um veículo.
A empresa não apresenta outras atividades de financiamento, já que trabalha
minimamente com captação de recursos de terceiro. (Apêndice I).
Quadro 5 – Fluxo de caixa diário – Atividades de financiamento
Fonte: elaborado pelas autoras (2014)
4.1.4 Atividades de investimentos
Venda de ativo não circulante, no período avaliado, não houve nenhuma
atividade de investimento.
4.1.5 Saldo final
Primeiro efetuar o cálculo do total de saídas:
Atividades operacionais + Atividades de Financiamento + Retiradas
01/jun 02/jun 03/jun 04/jun 05/jun
Atividades de financiamento
Cartao BNDES
01/jun 02/jun 03/jun 04/jun 05/jun
Impostos e taxas
FGTS 770,59R$
ICMS
Cont. Confederativa
Simples nacional
IRRF
IPTU LOJA
IPTU Terreno
IPVA Courier
Outros impostos
63
Segundo o Saldo final diário:
E por último Saldo Acumulado
(Apêndice I).
Quadro 6 – Fluxo de caixa diário - saldos
Fonte: elaborado pelas autoras (2014)
4.1.6 Análise
Procurou-se detectar se há período de maior concentração de recebimento de
vendas para concentrar os pagamentos de fornecedores neste período. Para tanto,
para melhorar a análise, considerou-se o fluxo de caixa diário.
Em um primeiro momento observou-se a movimentação de três meses
consecutivos: junho (Apêndice I), julho (Apêndice J) e agosto (Apêndice K),
esperando-se que a maior concentração de recebimentos estivesse nos dias logo
após o quinto dia útil do mês. Porém, através dos meses analisados não foi
confirmado esta hipótese, ou seja, os recebimentos estavam distribuídos de forma
uniforme durante o mês, sem uma lógica específica.
Através de alguns ensaios, observou-se que seria melhor dividir as entradas e
saídas de caixa em três intervalos de 10 dias cada um, considerando do dia 01 ao
dia 10, de 11 a 20 e de 21 a 30/31, onde percebe-se que as vendas não ocorrem
esporadicamente, ou seja, não existe um período de pico para vincular a compra de
mercadoria com o período de maior sobra. Detectou-se ainda que as entradas e
saídas ocorridas entre os dias 11 e 20 de julho foram incomuns, já que a compra de
mercadoria efetuada foi decorrente de uma venda atípica do total de estoque de um
determinado produto.
A seguir são apresentadas as entradas e saídas dos meses de junho, julho e
agosto já distribuídos nos intervalos citados.
Total das entradas – Total das saídas
Saldo inicial + Total das entradas – Total das saídas
01/jun 02/jun 03/jun 04/jun 05/jun
Total saídas -R$ 10.423,23R$ 73,64R$ 18,11R$ 8.015,90R$
Saldo final diário -R$ 3.238,61-R$ 2.385,94R$ 1.106,99R$ 6.001,95-R$
Saldo Acumulado 1.343,00R$ 1.895,61-R$ 490,33R$ 1.597,32R$ 4.404,63-R$
64
Quadro 7 – Síntese do fluxo de caixa mensal por intervalo de dias - Entradas
Fonte: elaborado pelas autoras (2014)
Quadro 8 - Síntese do fluxo de caixa mensal por intervalo de dias - Saídas
Fonte: elaborado pelas autoras (2014)
Desta forma, pode-se observar que no mês de Junho houve uma maior
concentração de entradas no primeiro e terceiro período, no mês de Julho, este fato
ocorreu no terceiro período, já que no segundo período deve desconsiderar uma
venda esporádica no valor aproximado de R$ 30.000, que acabou gerando uma
compra do mesmo valor e no mês de agosto, o segundo período. Porém, o que se
pode constatar é que há um volume de recebimentos mais ou menos equilibrado nos
três períodos, excetuando o terceiro período de julho.
Outro fato importante a ser observado é que, as vendas parecem estar em
declínio mês a mês.
Já nas saídas no mês de Junho não teve um período de maior saída, Julho o
período de maior saída foi o primeiro (desconsiderar também o valor aproximado de
R$ 30.000 do segundo período) e no mês de Agosto constata-se que o primeiro e o
segundo foram as maiores saídas.
4.2 Elaboração do controle de estoque
Para análise de gestão de estoques, foi adotada a Média Ponderada Móvel.
Como a empresa apresenta uma variedade de produtos, como objeto de
estudo, foram escolhidos quatro produtos para análise: porta laminada, argamassa,
churrasqueira e rejunte; que dentre todos, são os que apresentam maior influência
nas compras.
Para elaboração mensal da planilha de Média ponderada, considera-se o
saldo inicial de cada produto, o saldo final referente ao mês de Maio/2014, as
ENTRADAS Dia 01 - 10 Dia 11 - 20 Dia 21 - 31 TOTALJUNHO 36.239,12R$ 22.018,20R$ 35.743,56R$ 94.000,88R$
JULHO 22.627,13R$ 56.349,70R$ 29.005,52R$ 107.982,35R$
AGOSTO 19.023,33R$ 29.681,99R$ 18.970,85R$ 67.676,17R$
SAÍDAS Dia 01 - 10 Dia 11 - 20 Dia 21 - 31 TOTALJUNHO 25.247,24R$ 24.138,21R$ 24.589,79R$ 73.975,24R$
JULHO 43.959,27R$ 51.682,30R$ 10.650,10R$ 106.291,67R$
AGOSTO 25.926,20R$ 26.350,24R$ 19.046,95R$ 71.323,39R$
65
Produto Est. Max. Est. Min. Qtde de compra Custo Valor por compraPortas laminada 8 un. 2 un. 6 un. 130,00R$ 780,00R$
Argamassa 130 un. 30 un. 100 un. 5,00R$ 500,00R$
Churrasqueira 5 un. 2 un. 3 un. 300,00R$ 900,00R$
Rejunte 150 un. 30 un. 120 un. 1,70R$ 204,00R$
entradas são as compras efetuadas e as saídas, os valores em custo dos produtos
vendidos, nos períodos analisados. (Apêndice G).
Quadro 9 - Controle de estoques
Fonte: elaborado pelas autoras (2014)
4.2.1 Processo de compra
Para entender as necessidades de compra da empresa foi criada uma
planilha de dados sobre cada produto, os valores foram coletados por meio de
informações disponibilizadas pelos colaboradores da empresa, dentre eles:
a) estoque máximo: quantidade máxima de produto que a empresa pode
atingir em seu estoque.
b) estoque mínimo: nível de segurança, esta é a quantidade considerada pelo
setor responsável de compra da empresa para a realização de um pedido
de reposição de estoque.
c) quantidade de compra: quantidade de itens por compra.
d) custo: valor de custo por unidade.
e) valor de compra: Valor de custo x Quantidade de itens adquiridos.
Quadro 10 – Dados complementares do controle de estoques (1)
Fonte: elaborado pelas autoras (2014)
Os prazos de renovação de estoque, de recebimento de compra, de
pagamento de compras e recebimento de fornecedor, foram calculados de acordo
Qtde R$ Total Qtde R$ Total Qtde R$ TotalSaldo inicial 0 -R$ -R$
07/06/2014 5 137,38R$ 686,90R$ 5 137,38R$ 686,90R$ 10/06/2014 1 137,38R$ 137,38R$ 4 137,38R$ 549,52R$ 23/06/2014 1 137,38R$ 137,38R$ 3 137,38R$ 412,14R$ 24/06/2014 1 137,38R$ 137,38R$ 2 137,38R$ 274,76R$ 28/06/2014 1 137,38R$ 137,38R$ 1 137,38R$ 137,38R$
ENTRADAS SAIDAS SALDO
CONTROLE DE ESTOQUE - PORTA LAMINADA - JUNHO/2014
66
com estes dados e também considerando informações disponibilizadas pelos
fornecedores.
Quadro 11 – Dados complementares do controle de estoques (2)
Fonte: elaborado pelas autoras (2014)
PMRP – prazo médio de recebimento do produto, prazo estipulado pelo
fornecedor para entregar a mercadoria, após o seu faturamento.
PMRV – prazo médio de recebimento de vendas deve-se calcular o prazo
mensal referente ao mês de junho, julho e agosto e encontrar a média dos três
meses.
Duplicatas a receber / Vendas Líquidas x 30
PMPC – prazo médio de pagamento de compras, este prazo não deverá ser
calculado já que o mesmo é estipulado pelo fornecedor.
PMRE – prazo médio de renovação de estoque calcula-se por produto:
Após efetuar o cálculo por produto/mês, encontrar a média de renovação de
estoque. A figura abaixo representa o PMRE das portas laminadas. (Apêndice H).
Quadro 12 – PMRE – Portas laminadas
Fonte: elaborado pelas autoras (2014)
4.2.2 Análise
Diante à elaboração das planilhas pode-se chegar ao seguinte resultado:
Estoque / CMV x 30
Produto PMRP PMRV PMPC PMREPortas laminada 15 DIAS 12 DIAS à vista 112 DIAS
Argamassa 10 DIAS 12 DIAS à vista 9 DIAS
Churrasqueira 15 DIAS 12 DIAS 30/60/90 65 DIAS
Rejunte 10 DIAS 12 DIAS à vista 57 DIAS
Junho Julho Agosto
Estoque 137,38R$ 824,28R$ 686,90R$
CMV 549,52R$ 137,38R$ 137,38R$
PMRE 8 180 150
PMRE MÉDIA 112
67
a) porta laminada: deu-se início a venda deste produto no mês de junho, o
que gerou a venda de quase a totalidade da compra, por haver
encomendas do produto. No mês de Julho/2014, percebe-se que a
empresa ficou quase um mês sem abastecer o estoque, o que pode ter
ocasionado perda de vendas e ainda ter influenciado no cálculo da média
do PMRE de 112 dias. Considerando o PMRE de 112 dias, e o volume do
estoque atual de 5 portas, pode-se obter: 112 dias / 5 = 22 dias para se
vender 1 porta. Dado que o Estoque Mínimo deste produto são 2 portas, a
venda de 3 portas representa um período de 66 dias para ser necessária
a reposição deste produto.
b) argamassa: no período analisado forma vendidos 328 sacos em 90 dias, ou
seja, uma média de 3,65 unidades/dia. Porém, como o estoque atual é 1
unidade é necessária a reposição imediata deste produto.
c) rejunte: considera-se o PMRE de 57 dias, ou seja, quase dois meses para
vender o seu estoque. Considerando o PMRE de 57 dias, e o volume do
estoque atual de 51 kg de rejunte, pode-se obter: 57 dias / 51 = 1,11 dias
para se vender 1 kg. Dado que o Estoque Mínimo deste produto são 30 kg,
a venda de 21 kg representa um período de 23 dias para ser necessária a
reposição deste produto.
d) churrasqueira: Considerando o PMRE de 65 dias, e o volume do estoque
atual de 3 unidades de churrasqueiras, pode-se obter: 65 dias / 3 = 21 dias
para se vender 1 unidade. Dado que o Estoque Mínimo deste produto são
2 unidades, a venda de 1 churrasqueira representa um período de 21 dias
para ser necessária a reposição deste produto.
Avaliando estes quatro produtos, o que demora mais para a venda são as
portas laminadas e o que este mais crítico no momento, para compra, é a
argamassa, que possui uma unidade em estoque, sendo necessária a reposição
imediata do produto, seguido pela churrasqueira e o rejunte.
4.3 Parecer Final
Diante das mudanças e dificuldades encontradas na gestão de uma empresa,
estas buscam por alternativas que as auxiliem no processo de tomada de decisão,
68
desta forma é essencial unir informações de todas as áreas da empresa para uma
eficaz gestão.
Dentre os demonstrativos existentes conforme descrito neste capítulo, foram
conciliadas as informações obtidas no fluxo de caixa com o controle de estoque,
onde torna-se possível visualizar insuficiências ou sobras de caixa, relacionando ao
momento de reposição dos estoques e quais produtos devem ser adquiridos
primeiro.
69
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
De acordo com a pesquisa realizada na empresa Armazém da Construção de
Lins Ltda - ME, foram analisados os procedimentos utilizados pela empresa para o
controle de estoque e de caixa. Neste contexto sugere-se:
a) À empresa elaborar o fluxo de caixa diário, e um efetivo controle de
estoques, analisando a demanda de mercado.
b) Conciliando as informações apuradas no fluxo de caixa com o controle de
estoques, constata-se que os valores considerados estoques mínimos de
alguns produtos estão elevados em função da demanda. Por exemplo, no
caso da churrasqueira não é necessário manter dois itens em estoque
mínimo e ao atingir este nível adquirir três itens para reposição. Observa-se
que um item deste produto de estoque mínimo e aquisição de dois itens
para reposição seriam suficientes. Assim existe uma necessidade de rever
os níveis de estoque para tornar mais eficiente a utilização dos recursos
financeiros, ou seja, é necessário que se reveja a política de estoque
mínimo e de compras de todos os produtos de maiores impactos no caixa.
c) Utilizar o PMRE para apurar quais produtos terão prioridade de reposição,
conciliando com os saldo existentes no caixa
d) Distribuir os vencimentos dos fornecedores equitativamente nos períodos
seguintes no fluxo de caixa planejado.
A análise foi feita apenas nos meses de Junho, Julho e Agosto de 2014,
portanto, pode não representar a realidade, o ideal seria realizar uma análise
histórica, para se ter uma posição mais próxima desta realidade, onde poderiam ser
considerados os períodos de quedas e aumentos de vendas no ano.
70
CONCLUSÃO
Diante do estudo, pode-se concluir que, o fracasso de muitas empresas se dá
pela não utilização correta de ferramentas gerenciais em suas operações.
Logo, todas as empresas que almejam não correr tantos riscos em seus
processos de tomada de decisão, buscam por instrumentos que possibilitem maior
eficiência na gestão financeira de seus recursos, de forma a tornar suas empresas
mais rentáveis e consolidadas.
A pesquisa permite verificar que, em meio a existência de inúmeros
mecanismos disponíveis a fim de proporcionar este auxílio, o fluxo de caixa e o
controle de estoques demonstram fundamental importância, como forma de
planejamento, para garantir a saúde e o crescimento destas empresas.
Sendo assim, evidencia-se que ter um bom gerenciamento e sincronizar as
informações obtidas pelo fluxo de caixa com as do controle de estoques, possibilita
às empresas adquirir conhecimentos de dados, que lhe permitiram operar suas
atividades com maior facilidade e segurança, para maximizar a eficiência e eficácia
empresarial.
Deste modo, este trabalho objetivou detectar tal importância, implantando a
conciliação de ambas as ferramentas na empresa Armazém da Construção de Lins
Ltda – ME, a fim de identificar informações para definir qual seria o melhor momento
para repor seus estoques, já que esta demonstrava certo descompasso entre suas
aquisições e entradas de recursos em caixa, o que acabava por vezes, acarretando
algumas dificuldades.
Desta forma, conclui-se que, empregando a conciliação destas ferramentas a
empresa alcançou resultados positivos, de maneira a ajustar melhor os itens
analisados de seu estoque com seus recursos disponíveis para o momento, e assim,
por conseguinte, continuando a fazer esta sincronização, conseguirá fazer o mesmo
com todo o restante de seus itens estocados, o que com certeza minimizará seus
problemas de caixa.
Sendo assim, considera-se respondida a pergunta problema e nota-se como
resultado da pesquisa que, a conciliação do fluxo de caixa gerencial com o controle
de estoques realmente auxilia os gestores a definirem o melhor momento para a
reposição dos mesmos, bem como no processo de tomada de decisão.
71
O trabalho esboçado poderá ser utilizado para pesquisas futuras e contínuas,
aprofundando as análises e o tempo considerado, lembrando que este, foi
desenvolvido em um breve período e assim não bastaria para se dar por encerrado.
72
REFERÊNCIAS
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75
SILVA, E. C. Como administrar o fluxo de caixa das empresas. São Paulo: Atlas, 2005 SILVA, C. A. T. Contabilidade. Florianópolis: departamento de ciências da administração. UFSC, 2007. Disponível em: <http://cead.ufpi.br/conteudo/material_online/disciplinas/contabilidade/textos/Contabilidade_final_revisado.pdf>. Acesso em: 18 jun. 2014. SOARES, C.S.; NUNES, D.D.A; SANTOS, L.H.C. Fluxo de Caixa, 2009. Monografia (Curso de Administração) – Unisalesiano, Lins. TAVARES, R. Gerenciamento de Estoque: a importância do controle do estoque e a solução GO2 para seu melhor controle. go2sistemas. Mai/2011. Rio de Janeiro. Disponível em: <http://www.go2sistemas.com.br/blog/ index.php/gerenciamento-de-estoque/gerenciamento-de-estoque-a-mportancia-do-controle-do-estoque-e-a-solucao-go2-para-seu-melhor-controle/> Acesso em: 08 mar. 2014. TOFOLI, I. Administração Financeira Empresarial: Uma Tratativa prática. Campinas: Arte Brasil Editora, 2008. ______. Administração financeira empresarial. São José do Rio Preto: Raízes Gráfica e Editora, 2012. ZDANOWICZ, J.E. Fluxo de caixa. 10. ed. Porto Alegre: Sagra Uzzatto, 2004.
77
APÊNDICE A - Roteiro do Estudo de Caso
1 INTRODUÇÃO (Metodologia)
Apresentar os objetivos relacionados ao estudo de caso. Descrever os
métodos e técnicas utilizadas na pesquisa. Caracterizar os aspectos principais do
caso (o assunto específico/departamento/setor).
1.1 Relato do trabalho realizado referente ao assunto estudado
a) Descrição dos materiais e métodos empregados na empresa ou no
trabalho (ISSO 9000 e outros sistemas de gestão ou sistemas contábeis).
b) Depoimentos dos proprietários, gerentes, funcionários, clientes.
1.2 Discussão
Confronto entre teoria (referencial teórico dos primeiros capítulos) e a prática
utilizada pela empresa ou entidade.
1.3 Parecer final sobre o caso e sugestões sobre manutenção ou modificação de
procedimentos.
78
APÊNDICE B - Roteiro de Observação Sistemática
1 IDENTIFICAÇÃO
Empresa:
Localização:
Atividade Econômica:
Número de Funcionários:
2. ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS
1 História da organização
2 Estrutura Administrativa
3 Ferramentas utilizadas pela empresa para controle de caixa
4 Ferramentas utilizadas pelo gerente geral para compras de mercadoria
5 Necessidade de conciliação de áreas da empresa para trazer mais
segurança nas tomadas de decisões
79
APÊNDICE C - Roteiro do Histórico da Empresa Armazém da
Construção de Lins
1 Identificação
2 Fundação
3 Histórico
4 Ramo de atividade
5 Missão, valores e objetivos
6 Função de cada funcionário
7 Parceiros
8 Responsável pelo setor financeiro
9 Responsável pelas compras
80
APENDICE D - Roteiro de entrevista para o Gerente
Administrativo
1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
1.1 Formação Acadêmica:
1.2 Experiências anteriores:
1.3 Experiências Atuais:
1.4 Empresa em que atua:
1.5 Cidade:
2 PERGUNTAS ESPECÍFICAS
2.1 Uma de suas funções é checar os boletos com as devidas Notas Fiscais e
arquivar para serem pagos na data correta. Consegue perceber períodos que as
compras são realizadas em maior quantidade?
........................................................................................................................................
........................................................................................................................................
........................................................................................................................................
....................................................................................................
2.2 É possível notar quando há aumento de compras não na mesma proporção
das vendas?
........................................................................................................................................
........................................................................................................................................
.............................................................................................................
2.2.1 Consegue identificar algum período que isto aconteceu?
........................................................................................................................................
........................................................................................................................................
.............................................................................................................
81
APÊNDICE E - Roteiro de entrevista para o Gerente Financeiro
1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
1.1 Formação Acadêmica:
1.2 Experiências anteriores:
1.3 Experiências Atuais:
1.4 Empresa em que atua:
1.5 Cidade:
2 PERGUNTAS ESPECÍFICAS
2.1 Utiliza alguma ferramenta para controle financeiro?
........................................................................................................................................
........................................................................................................................................
.............................................................................................................
2.2 Conhece/utiliza a ferramenta demonstração de fluxo de caixa?
........................................................................................................................................
........................................................................................................................................
.............................................................................................................
2.3 As empresas geralmente passam por períodos de queda nas vendas,
consegue identificar quando isto pode acontecer na sua empresa?
........................................................................................................................................
........................................................................................................................................
.............................................................................................................
2.4 Utiliza alguma ferramenta para planejamento financeiro?
........................................................................................................................................
........................................................................................................................................
.............................................................................................................
82
APÊNDICE F - Roteiro de entrevista para o Gerente Geral
1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
1.1 Formação Acadêmica:
1.2 Experiências anteriores:
1.3 Experiências Atuais:
1.4 Empresa em que atua:
1.5 Cidade:
2 PERGUNTAS ESPECÍFICAS
2.1 Como é sua avaliação para necessidade de estoque?
........................................................................................................................................
......................................................................................................................
2.2 Trabalha com estoque mínimo e máximo?
........................................................................................................................................
......................................................................................................................
2.3 Tem um planejamento de compras ou faz diagnóstico diário?
........................................................................................................................................
......................................................................................................................
2.4 Trabalha com algum instrumento para controle de estoque?
........................................................................................................................................
......................................................................................................................
2.5 Existe uma articulação entre o setor de compras e o setor financeiro?
........................................................................................................................................
......................................................................................................................
83
APENDICE G – Planilha de Controle de estoques
Porta laminada
Churrasqueira
Qtde R$ Total Qtde R$ Total Qtde R$ Total
Saldo inicial 0 -R$ -R$
07/06/2014 5 137,38R$ 686,90R$ 5 137,38R$ 686,90R$
10/06/2014 1 137,38R$ 137,38R$ 4 137,38R$ 549,52R$
23/06/2014 1 137,38R$ 137,38R$ 3 137,38R$ 412,14R$
24/06/2014 1 137,38R$ 137,38R$ 2 137,38R$ 274,76R$
28/06/2014 1 137,38R$ 137,38R$ 1 137,38R$ 137,38R$
ENTRADAS SAIDAS SALDO
CONTROLE DE ESTOQUE - PORTA LAMINADA - JUNHO/2014
Qtde R$ Total Qtde R$ Total Qtde R$ Total
Saldo inicial 1 137,38R$ 137,38R$
01/07/2014 1 137,38R$ 137,38R$ 0 137,38R$ -R$
28/07/2014 6 137,38R$ 824,28R$ 6 137,38R$ 824,28R$
ENTRADAS SAIDAS SALDO
CONTROLE DE ESTOQUE - PORTA LAMINADA - JULHO/2014
Qtde R$ Total Qtde R$ Total Qtde R$ Total
Saldo inicial 6 137,38R$ 824,28R$
18/08/2014 1 137,38R$ 137,38R$ 5 137,38R$ 686,90R$
CONTROLE DE ESTOQUE - PORTA LAMINADA - AGOSTO/2014
ENTRADAS SAIDAS SALDO
Qtde R$ Total Qtde R$ Total Qtde R$ Total
Saldo inicial 2 300,00R$ 600,00R$
03/06/2014 3 300,00R$ 900,00R$ 5 300,00R$ 1.500,00R$
12/06/2014 1 300,00R$ 300,00R$ 4 300,00R$ 1.200,00R$
CONTROLE DE ESTOQUE - CHURRASQUEIRA - JUNHO/2014
ENTRADAS SAIDAS SALDO
Qtde R$ Total Qtde R$ Total Qtde R$ Total
Saldo inicial 4 300,00R$ 1.200,00R$
12/07/2014 1 300,00R$ 300,00R$ 3 300,00R$ 900,00R$
15/07/2014 1 300,00R$ 300,00R$ 2 300,00R$ 600,00R$
SAIDAS SALDO
CONTROLE DE ESTOQUE - CHURRASQUEIRA - JULHO/2014
ENTRADAS
Qtde R$ Total Qtde R$ Total Qtde R$ Total
Saldo inicial 2 300,00R$ 600,00R$
07/08/2014 3 300,00R$ 900,00R$ 5 300,00R$ 1.500,00R$
11/08/2014 1 300,00R$ 300,00R$ 4 300,00R$ 1.200,00R$
28/08/2014 1 300,00R$ 300,00R$ 3 300,00R$ 900,00R$
CONTROLE DE ESTOQUE - CHURRASQUEIRA - AGOSTO/2014
ENTRADAS SAIDAS SALDO
84
Argamassa
Qtde R$ Total Qtde R$ Total Qtde R$ Total
Saldo inicial 29 6,86R$ 198,94R$
01/06/2014 100 6,86R$ 686,00R$ 129 6,86R$ 884,94R$
06/06/2014 10 6,86R$ 68,60R$ 119 6,86R$ 816,34R$
10/06/2014 18 6,86R$ 123,48R$ 101 6,86R$ 692,86R$
18/06/2014 8 6,86R$ 54,88R$ 93 6,86R$ 637,98R$
20/06/2014 2 6,86R$ 13,72R$ 91 6,86R$ 624,26R$
23/06/2014 30 6,86R$ 205,80R$ 61 6,86R$ 418,46R$
24/06/2014 25 6,86R$ 171,50R$ 36 6,86R$ 246,96R$
25/06/2014 15 6,86R$ 102,90R$ 21 6,86R$ 144,06R$
26/06/2014 10 6,86R$ 68,60R$ 11 6,86R$ 75,46R$
30/06/2014 6 6,86R$ 41,16R$ 5 6,86R$ 34,30R$
CONTROLE DE ESTOQUE - ARGAMASSA - JUNHO/2014
ENTRADAS SAIDAS SALDO
Qtde R$ Total Qtde R$ Total Qtde R$ Total
Saldo inicial 5 6,86R$ 34,30R$
01/07/2014 100 6,86R$ 686,00R$ 105 6,86R$ 720,30R$
03/07/2014 3 6,86R$ 20,58R$ 102 6,86R$ 699,72R$
04/07/2014 5 6,86R$ 34,30R$ 97 6,86R$ 665,42R$
07/07/2014 22 6,86R$ 150,92R$ 75 6,86R$ 514,50R$
15/07/2014 30 6,86R$ 205,80R$ 45 6,86R$ 308,70R$
16/07/2014 12 6,86R$ 82,32R$ 33 6,86R$ 226,38R$
17/07/2014 2 6,86R$ 13,72R$ 31 6,86R$ 212,66R$
19/07/2014 2 6,86R$ 13,72R$ 29 6,86R$ 198,94R$
23/07/2014 1 6,86R$ 6,86R$ 28 6,86R$ 192,08R$
24/07/2014 4 6,86R$ 27,44R$ 24 6,86R$ 164,64R$
25/07/2014 100 6,86R$ 686,00R$ 6 6,86R$ 41,16R$ 118 6,86R$ 809,48R$
28/07/2014 5 6,86R$ 34,30R$ 113 6,86R$ 775,18R$
30/07/2014 17 6,86R$ 116,62R$ 96 6,86R$ 658,56R$
SAIDAS SALDO
CONTROLE DE ESTOQUE - ARGAMASSA - JULHO/2014
ENTRADAS
Qtde R$ Total Qtde R$ Total Qtde R$ Total
Saldo inicial 96 6,86R$ 658,56R$
01/08/2014 1 6,86R$ 6,86R$ 95 6,86R$ 651,70R$
02/08/2014 2 6,86R$ 13,72R$ 93 6,86R$ 637,98R$
07/08/2014 1 6,86R$ 6,86R$ 92 6,86R$ 631,12R$
12/08/2014 3 6,86R$ 20,58R$ 89 6,86R$ 610,54R$
13/08/2014 3 6,86R$ 20,58R$ 86 6,86R$ 589,96R$
14/08/2014 1 6,86R$ 6,86R$ 85 6,86R$ 583,10R$
19/08/2014 45 6,86R$ 308,70R$ 40 6,86R$ 274,40R$
20/08/2014 9 6,86R$ 61,74R$ 31 6,86R$ 212,66R$
21/08/2014 2 6,86R$ 13,72R$ 29 6,86R$ 198,94R$
28/08/2014 8 6,86R$ 54,88R$ 21 6,86R$ 144,06R$
30/08/2014 20 6,86R$ 137,20R$ 1 6,86R$ 6,86R$
CONTROLE DE ESTOQUE - ARGAMASSA - AGOSTO/2014
ENTRADAS SAIDAS SALDO
85
Rejunte
Qtde R$ Total Qtde R$ Total Qtde R$ Total
Saldo inicial 22 1,70R$ 37,40R$
07/06/2014 90 1,70R$ 153,00R$ 112 1,70R$ 190,40R$
10/06/2014 30 1,70R$ 51,00R$ 82 1,70R$ 139,40R$
12/06/2014 2 1,70R$ 3,40R$ 80 1,70R$ 136,00R$
23/06/2014 10 1,70R$ 17,00R$ 70 1,70R$ 119,00R$
24/06/2014 15 1,70R$ 25,50R$ 55 1,70R$ 93,50R$
26/06/2014 2 1,70R$ 3,40R$ 53 1,70R$ 90,10R$
27/06/2014 2 1,70R$ 3,40R$ 51 1,70R$ 86,70R$
28/06/2014 1 1,70R$ 1,70R$ 50 1,70R$ 85,00R$
30/06/2014 12 1,70R$ 20,40R$ 38 1,70R$ 64,60R$
CONTROLE DE ESTOQUE - REJUNTE - JUNHO/2014
ENTRADAS SAIDAS SALDO
Qtde R$ Total Qtde R$ Total Qtde R$ Total
Saldo inicial 38 1,70R$ 64,60R$
04/07/2014 4 1,70R$ 6,80R$ 34 1,70R$ 57,80R$
10/07/2014 1 1,70R$ 1,70R$ 33 1,70R$ 56,10R$
17/07/2014 60 1,70R$ 102,00R$ 93 1,70R$ 158,10R$
21/07/2014 1 1,70R$ 1,70R$ 92 1,70R$ 156,40R$
25/07/2014 10 1,70R$ 17,00R$ 82 1,70R$ 139,40R$
30/07/2014 10 1,70R$ 17,00R$ 72 1,70R$ 122,40R$
SAIDAS SALDO
CONTROLE DE ESTOQUE - REJUNTE - JULHO/2014
ENTRADAS
Qtde R$ Total Qtde R$ Total Qtde R$ Total
Saldo inicial 72 1,70R$ 122,40R$
15/08/2014 10 1,70R$ 17,00R$ 62 1,70R$ 105,40R$
22/08/2014 8 1,70R$ 13,60R$ 54 1,70R$ 91,80R$
25/08/2014 3 1,70R$ 5,10R$ 51 1,70R$ 86,70R$
CONTROLE DE ESTOQUE - REJUNTE - AGOSTO/2014
ENTRADAS SAIDAS SALDO
86
APENDICE H – Planilha de Dados complementares do Controle de Estoques
Portas laminada
Churrasqueira
Argamassa
Rejunte
Junho Junho Agosto
Estoque 137,38R$ 824,28R$ 686,90R$
CMV 549,52R$ 137,38R$ 137,38R$
PMRE 8 180 150
112PMRE MÉDIA
Junho Junho Agosto
Estoque 34,30R$ 658,56R$ 6,86R$
CMV 850,64R$ 747,74R$ 652R$
PMRE 1 26 0,32
9PMRE MÉDIA
Junho Junho Agosto
Estoque 1.200,00R$ 600,00R$ 900,00R$
CMV 300,00R$ 600,00R$ 600,00R$
PMRE 120 30 45
65PMRE MÉDIA
Junho Junho Agosto
Estoque 64,60R$ 122,40R$ 86,70R$
CMV 125,80R$ 44,20R$ 35,70R$
PMRE 15 83 73
57PMRE MÉDIA
87
APÊNDICE I – Planilha do Fluxo de Caixa – Junho/2014
(continua)
01/jun 02/jun 03/jun 04/jun 05/jun 06/jun 07/jun 08/jun 09/jun 10/jun
Saldo inicial 1.343,00R$ 1.343,00R$ 1.895,61-R$ 490,33R$ 1.597,32R$ 4.404,63-R$ 2.172,26R$ 3.100,81R$ 3.496,41R$ 6.717,21R$
Vendas à vista 1.058,70R$ 1.141,95R$ 439,30R$ 1.339,70R$ 5.739,00R$ 587,40R$ 395,60R$ 6.735,00R$
Cheque 84,00R$ 963,00R$
A receber 4.104,55R$ 195,84R$ 481,40R$ 93,15R$ 304,15R$ 341,15R$ 10,00R$ 4.559,86R$
Cartão 2.021,37R$ 1.121,79R$ 204,40R$ 581,10R$ 467,18R$ 2.240,87R$ 1.028,66R$
Outros
Total entradas -R$ 7.184,62R$ 2.459,58R$ 1.125,10R$ 2.013,95R$ 6.594,33R$ 928,55R$ 395,60R$ 8.985,87R$ 6.551,52R$
Atividades operacional -R$ 10.423,23R$ 73,64R$ 18,11R$ 8.015,90R$ 17,44R$ -R$ -R$ 5.765,07R$ 933,85R$
Fornecedores 1.226,28R$ 6.374,75R$ 5.240,12R$ 838,71R$
Fretes 390,00R$ 480,00R$ 80,98R$
Água e luz 362,07R$
Telefone e internet
Vivo
Associação Com. 38,40R$
Propaganda 300,00R$
Sistema
Combustível
Taxas bancárias 46,90R$ 11,33R$ 3,82R$ 3,82R$ 7,64R$
Taxa do cartão 79,29R$ 26,74R$ 6,78R$ 20,34R$ 17,44R$ 78,08R$ 38,17R$
Aluguel máq. Cielo 32,90R$
Mat. de consumo
Compras de equip.
Salários 6.620,41R$
Cesta básica 570,00R$
Pró-labore 600,00R$
Férias/13º salário
Senha alarmes
Contador 665,00R$
Limpeza 80,00R$
Telecheque
Seguro caminhão
Seguro courier
Licenciamento Courier
Seguro loja
Aluguel terreno
Despesas com Imóvel 192,25R$
Outras despesas 28,00R$
Impostos e taxas
FGTS 770,59R$
Sind. Cond. Veic. 16,43R$
Sindical Urbana
ICMS
Cont. Confederativa
Simples nacional
GPS
IRRF
IPTU LOJA
IPTU Terreno
IPVA Courier
Outros impostos
Atividades de financiamento
Cartao BNDES
Total saídas -R$ 10.423,23R$ 73,64R$ 18,11R$ 8.015,90R$ 17,44R$ -R$ -R$ 5.765,07R$ 933,85R$
Saldo final diário -R$ 3.238,61-R$ 2.385,94R$ 1.106,99R$ 6.001,95-R$ 6.576,89R$ 928,55R$ 395,60R$ 3.220,80R$ 5.617,67R$
Saldo Acumulado 1.343,00R$ 1.895,61-R$ 490,33R$ 1.597,32R$ 4.404,63-R$ 2.172,26R$ 3.100,81R$ 3.496,41R$ 6.717,21R$ 12.334,88R$
88
Fluxo de Caixa – Junho/2014
(continua)
11/jun 12/jun 13/jun 14/jun 15/jun 16/jun 17/jun 18/jun 19/jun 20/jun
Saldo inicial 12.334,88R$ 8.772,80R$ 7.312,12R$ 8.107,79R$ 10.173,79R$ 9.071,79R$ 10.545,02R$ 15.131,03R$ 9.781,84R$ 9.781,84R$
Vendas à vista 3.128,00R$ 80,34R$ 2.066,00R$ 209,50R$ 4.155,90R$ 959,40R$ 1.278,10R$
Cheque 128,00R$
A receber 135,48R$ 932,00R$ 697,00R$ 1.397,00R$
Cartão 596,62R$ 1.481,35R$ 823,57R$ 2.379,55R$ 443,75R$ 494,56R$ 632,08R$
Outros
Total entradas 3.988,10R$ 1.561,69R$ 823,57R$ 2.066,00R$ -R$ 3.521,05R$ 4.599,65R$ 2.150,96R$ -R$ 3.307,18R$
Atividades operacional 7.550,18R$ 3.022,37R$ 27,90R$ -R$ 1.102,00R$ 1.355,56R$ 13,64R$ 7.500,15R$ -R$ 2.874,15R$
Fornecedores 5.600,36R$ 2.819,25R$ 1.211,01R$ 3.086,10R$ 2.834,43R$
Fretes 696,48R$ 350,00R$
Água e luz
Telefone e internet 59,76R$
Vivo 373,15R$
Associação Com.
Propaganda 50,00R$
Sistema 110,00R$
Combustível
Taxas bancárias 7,64R$ 51,90R$ 21,50R$
Taxa do cartão 15,92R$ 46,11R$ 27,90R$ 92,65R$ 13,64R$ 13,75R$ 18,22R$
Aluguel máq. Cielo
Mat. de consumo 28,20R$
Compras de equip.
Salários
Cesta básica
Pró-labore
Férias/13º salário 1.102,00R$
Senha alarmes
Contador
Limpeza 80,00R$ 80,00R$
Telecheque
Seguro caminhão
Seguro courier
Licenciamento Courier
Seguro loja 308,16R$
Aluguel terreno 300,00R$
Despesas com Imóvel 673,38R$
Outras despesas 10,00R$ 120,00R$
Impostos e taxas
FGTS
Sind. Cond. Veic.
Sindical Urbana
ICMS
Cont. Confederativa
Simples nacional 3.132,38R$
GPS 65,05R$
IRRF 47,01R$
IPTU LOJA
IPTU Terreno
IPVA Courier
Outros impostos
Atividades de financiamento 692,26R$
Cartao BNDES 692,26R$
Total saídas 7.550,18R$ 3.022,37R$ 27,90R$ -R$ 1.102,00R$ 2.047,82R$ 13,64R$ 7.500,15R$ -R$ 2.874,15R$
Saldo final diário 3.562,08-R$ 1.460,68-R$ 795,67R$ 2.066,00R$ 1.102,00-R$ 1.473,23R$ 4.586,01R$ 5.349,19-R$ -R$ 433,03R$
Saldo Acumulado 8.772,80R$ 7.312,12R$ 8.107,79R$ 10.173,79R$ 9.071,79R$ 10.545,02R$ 15.131,03R$ 9.781,84R$ 9.781,84R$ 10.214,87R$
89
Fluxo de Caixa – Junho/2014
(conclusão)
21/jun 22/jun 23/jun 24/jun 25/jun 26/jun 27/jun 28/jun 29/jun 30/jun TOTAL
Saldo inicial 10.214,87R$ 9.422,99R$ 9.422,99R$ 11.308,16R$ 16.910,31R$ 22.398,45R$ 25.213,41R$ 13.550,91R$ 15.517,61R$ 15.517,61R$ 21.368,64R$
Vendas à vista 111,40R$ 966,90R$ 3.930,16R$ 1.074,50R$ 403,50R$ 1.823,10R$ 1966,7 710,3 40.300,45R$
Cheque 558,00R$ 1.733,00R$
A receber 266,06R$ 1.053,33R$ 8.394,41R$ 1.045,94R$ 24.011,32R$
Cartão 956,05R$ 2.487,00R$ 1.850,51R$ 1.412,42R$ 1.418,30R$ 5314,98 27.956,11R$
Outros -R$
Total entradas 377,46R$ -R$ 1.922,95R$ 8.028,49R$ 11.319,42R$ 2.861,86R$ 3.241,40R$ 1.966,70R$ -R$ 6.025,28R$ 94.000,88R$
Atividades operacional 1.169,34R$ -R$ 37,78R$ 2.426,34R$ 5.831,28R$ 46,90R$ 14.903,90R$ -R$ -R$ 174,25R$ 73.282,98R$
Fornecedores 1.169,34R$ 2.302,95R$ 3.672,72R$ 13.460,11R$ 49.836,13R$
Fretes 67,28R$ 530,00R$ 620,00R$ 3.214,74R$
Água e luz 362,07R$
Telefone e internet 59,76R$
Vivo 373,15R$
Associação Com. 38,40R$
Propaganda 350,00R$
Sistema 110,00R$
Combustível -R$
Taxas bancárias 7,64R$ 162,19R$
Taxa do cartão 30,14R$ 56,11R$ 47,17R$ 46,90R$ 33,31R$ 174,25R$ 882,91R$
Aluguel máq. Cielo 32,90R$
Mat. de consumo 99,50R$ 127,70R$
Compras de equip. -R$
Salários 6.620,41R$
Cesta básica 570,00R$
Pró-labore 600,00R$
Férias/13º salário 1.102,00R$
Senha alarmes -R$
Contador 665,00R$
Limpeza 80,00R$ 320,00R$
Telecheque -R$
Seguro caminhão -R$
Seguro courier -R$
Licenciamento Courier -R$
Seguro loja 308,16R$
Aluguel terreno 300,00R$
Despesas com Imóvel 1.401,89R$ 2.267,52R$
Outras despesas 497,50R$ 655,50R$
Impostos e taxas
FGTS 770,59R$
Sind. Cond. Veic. 16,43R$
Sindical Urbana -R$
ICMS 292,98R$ 292,98R$
Cont. Confederativa -R$
Simples nacional 3.132,38R$
GPS 65,05R$
IRRF 47,01R$
IPTU LOJA -R$
IPTU Terreno -R$
IPVA Courier -R$
Outros impostos -R$
Atividades de financiamento 692,26R$
Cartao BNDES 692,26R$
Total saídas 1.169,34R$ -R$ 37,78R$ 2.426,34R$ 5.831,28R$ 46,90R$ 14.903,90R$ -R$ -R$ 174,25R$ 73.975,24R$
Saldo final diário 791,88-R$ -R$ 1.885,17R$ 5.602,15R$ 5.488,14R$ 2.814,96R$ 11.662,50-R$ 1.966,70R$ -R$ 5.851,03R$ 20.025,64R$
Saldo Acumulado 9.422,99R$ 9.422,99R$ 11.308,16R$ 16.910,31R$ 22.398,45R$ 25.213,41R$ 13.550,91R$ 15.517,61R$ 15.517,61R$ 21.368,64R$ 41.394,28R$
90
APÊNDICE J – Planilha do Fluxo de Caixa – Julho/2014
(continua)
01/jul 02/jul 03/jul 04/jul 05/jul 06/jul 07/jul 08/jul 09/jul 10/jul
Saldo inicial 21.368,64R$ 1.655,52-R$ 2.002,36R$ 3.308,95R$ 4.248,69R$ 4.857,49R$ 4.857,49R$ 7.562,78R$ 4.561,97R$ 5.763,11R$
Vendas à vista 1.682,90R$ 130,10R$ 1.447,50R$ 76,50R$ 608,80R$ 784,10R$ 292,00R$ 674,50R$
Cheque 360,00R$ 250,00R$
A receber 364,73R$ 2.369,59R$ 1.801,40R$ 434,41R$ 526,32R$ 183,68R$ 295,00R$
Cartão 1.157,55R$ 1.195,61R$ 460,38R$ 1.109,14R$ 1.451,81R$ 3.271,94R$ 1.242,86R$ 456,31R$
Outros
Total entradas 3.205,18R$ 3.695,30R$ 4.069,28R$ 1.620,05R$ 608,80R$ -R$ 2.762,23R$ 3.747,62R$ 1.242,86R$ 1.675,81R$
Atividades operacional 26.229,34R$ 37,42R$ 2.762,69R$ 680,31R$ -R$ -R$ 56,94R$ 6.748,43R$ 41,72R$ 7.402,42R$
Fornecedores 13.661,33R$ 2.350,06R$ 602,73R$ 5.057,12R$ 6.572,58R$
Fretes 395,00R$ 49,07R$ 29,77R$ 300,00R$
Água e luz 250,48R$ 117,32R$
Telefone e internet
Vivo 367,27R$
Associação Com. 40,30R$
Propaganda 300,00R$
Sistema
Combustível 297,00R$
Taxas bancárias 97,82R$ 3,82R$ 3,82R$
Taxa do cartão 33,62R$ 37,42R$ 14,81R$ 28,51R$ 56,94R$ 84,35R$ 41,72R$ 20,06R$
Aluguel máq. Cielo 32,90R$
Mat. de consumo 26,01R$ 35,80R$ 28,59R$
Compras de equip.
Salários 6.766,75R$
Cesta básica 573,30R$
Pró-labore 600,00R$
Férias/13º salário 2.122,38R$
Senha alarmes 50,00R$
Contador 665,00R$
Limpeza 160,00R$
Telecheque
Seguro caminhão
Seguro courier
Licenciamento Courier
Seguro loja 308,13R$
Aluguel terreno 300,00R$
Despesas com Imóvel 501,91R$
Outras despesas 122,00R$
Impostos e taxas
FGTS 788,95R$
Sind. Cond. Veic. 19,48R$
Sindical Urbana
ICMS
Cont. Confederativa 45,15R$
Simples nacional
GPS
IRRF
IPTU LOJA
IPTU Terreno
IPVA Courier
Outros impostos
Atividades de financiamento
Cartao BNDES
Total saídas 26.229,34R$ 37,42R$ 2.762,69R$ 680,31R$ -R$ -R$ 56,94R$ 6.748,43R$ 41,72R$ 7.402,42R$
Saldo final diário 23.024,16-R$ 3.657,88R$ 1.306,59R$ 939,74R$ 608,80R$ -R$ 2.705,29R$ 3.000,81-R$ 1.201,14R$ 5.726,61-R$
Saldo final acumulado 1.655,52-R$ 2.002,36R$ 3.308,95R$ 4.248,69R$ 4.857,49R$ 4.857,49R$ 7.562,78R$ 4.561,97R$ 5.763,11R$ 36,50R$
91
Fluxo de Caixa – Julho/2014
(continua)
11/jul 12/jul 13/jul 14/jul 15/jul 16/jul 17/jul 18/jul 19/jul 20/jul
Saldo inicial 36,50R$ 1.772,10R$ 1.943,00R$ 1.943,00R$ 238,85R$ 3.742,72R$ 8.878,02R$ 44.856,36R$ 4.080,70R$ 4.703,90R$
Vendas à vista 131,55R$ 170,90R$ 637,40R$ 2.145,80R$ 1.946,70R$ 279,00R$ 227,25R$ 623,20R$
Cheque 698,00R$
A receber 108,01R$ 3.057,46R$ 533,64R$ 34.409,61R$
Cartão 1.560,59R$ 3.651,65R$ 2.656,99R$ 2.005,26R$ 1.329,59R$ 177,10R$
Outros
Total entradas 1.800,15R$ 170,90R$ -R$ 4.289,05R$ 7.860,25R$ 5.183,60R$ 36.018,20R$ 404,35R$ 623,20R$ -R$
Atividades operacional 64,55R$ -R$ -R$ 5.993,20R$ 3.664,12R$ 48,30R$ 39,86R$ 41.180,01R$ -R$ -R$
Fornecedores 1.990,39R$ 3.075,20R$ 34.934,05R$
Fretes 1.500,00R$ 240,02R$ 985,00R$
Água e luz
Telefone e internet 57,78R$
Vivo
Associação Com.
Propaganda 50,00R$
Sistema 110,00R$
Combustível
Taxas bancárias 11,46R$ 3,82R$ 27,40R$
Taxa do cartão 53,09R$ 103,80R$ 81,50R$ 48,30R$ 39,86R$ 4,11R$
Aluguel máq. Cielo
Mat. de consumo 119,88R$
Compras de equip.
Salários
Cesta básica
Pró-labore
Férias/13º salário
Senha alarmes
Contador
Limpeza 80,00R$ 80,00R$
Telecheque
Seguro caminhão
Seguro courier
Licenciamento Courier
Seguro loja
Aluguel terreno
Despesas com Imóvel 710,49R$ 418,45R$
Outras despesas 57,00R$
Impostos e taxas
FGTS
Sind. Cond. Veic.
Sindical Urbana
ICMS
Cont. Confederativa
Simples nacional 4.523,74R$
GPS
IRRF 47,01R$
IPTU LOJA
IPTU Terreno
IPVA Courier
Outros impostos 1.637,69R$
Atividades de financiamento 692,26R$
Cartao BNDES 692,26R$
Total saídas 64,55R$ -R$ -R$ 5.993,20R$ 4.356,38R$ 48,30R$ 39,86R$ 41.180,01R$ -R$ -R$
Saldo final diário 1.735,60R$ 170,90R$ -R$ 1.704,15-R$ 3.503,87R$ 5.135,30R$ 35.978,34R$ 40.775,66-R$ 623,20R$ -R$
Saldo final acumulado 1.772,10R$ 1.943,00R$ 1.943,00R$ 238,85R$ 3.742,72R$ 8.878,02R$ 44.856,36R$ 4.080,70R$ 4.703,90R$ 4.703,90R$
92
Fluxo de Caixa – Julho/2014
(conclusão)
21/jul 22/jul 23/jul 24/jul 25/jul 26/jul 27/jul 28/jul 29/jul 30/jul 31/jul TOTAL
Saldo inicial 4.703,90R$ 9.875,02R$ 10.257,81R$ 14.482,37R$ 16.894,46R$ 17.232,18R$ 17.921,15R$ 17.921,15R$ 13.748,80R$ 15.061,89R$ 19.593,17R$ 23.059,32R$
Vendas à vista 2.462,70R$ 195,80R$ 1.336,80R$ 1.016,90R$ 291,00R$ 688,97R$ 1724,95 82,2 2899,5 1407,85 23.964,87R$
Cheque 758,00R$ 2.066,00R$
A receber 4,00R$ 1113,75 631,18 71 45.903,78R$
Cartão 2.797,61R$ 198,46R$ 2.952,76R$ 662,58R$ 249,00R$ 1.936,15R$ 619,17 1668,65 3236,54 36.047,70R$
Outros -R$
Total entradas 5.260,31R$ 394,26R$ 4.289,56R$ 2.437,48R$ 544,00R$ 688,97R$ -R$ 4.774,85R$ 1.332,55R$ 4.568,15R$ 4.715,39R$ 107.982,35R$
Atividades operacional 89,19R$ 11,47R$ 65,00R$ 25,39R$ 206,28R$ -R$ -R$ 8.947,20R$ 19,46R$ 36,87R$ 1.249,24R$ 105.599,41R$
Fornecedores 8551,95 698,45 77.493,86R$
Fretes 90,25 335 3.924,11R$
Água e luz 367,80R$
Telefone e internet 57,78R$
Vivo 367,27R$
Associação Com. 40,30R$
Propaganda 350,00R$
Sistema 110,00R$
Combustível 297,00R$
Taxas bancárias 21,50R$ 3,82R$ 3,82R$ 3,60R$ 3,82R$ 184,70R$
Taxa do cartão 67,69R$ 7,65R$ 61,18R$ 21,79R$ 10,21R$ 62,91R$ 19,46 36,87 121,5 1.057,35R$
Aluguel máq. Cielo 32,90R$
Mat. de consumo 4,29 214,57R$
Compras de equip. -R$
Salários 6.766,75R$
Cesta básica 573,30R$
Pró-labore 600,00R$
Férias/13º salário 2.122,38R$
Senha alarmes 50,00R$
Contador 665,00R$
Limpeza 80,00R$ 400,00R$
Telecheque -R$
Seguro caminhão -R$
Seguro courier -R$
Licenciamento Courier -R$
Seguro loja 308,13R$
Aluguel terreno 300,00R$
Despesas com Imóvel 192,25R$ 1.823,10R$
Outras despesas 27,27R$ 10,00R$ 216,27R$
Impostos e taxas
FGTS 788,95R$
Sind. Cond. Veic. 19,48R$
Sindical Urbana -R$
ICMS 214,82R$ 214,82R$
Cont. Confederativa 45,15R$
Simples nacional 4.523,74R$
GPS -R$
IRRF 47,01R$
IPTU LOJA -R$
IPTU Terreno -R$
IPVA Courier -R$
Outros impostos 1.637,69R$
Atividades de financiamento 692,26R$
Cartao BNDES 692,26R$
Total saídas 89,19R$ 11,47R$ 65,00R$ 25,39R$ 206,28R$ -R$ -R$ 8.947,20R$ 19,46R$ 36,87R$ 1.249,24R$ 106.291,67R$
Saldo final diário 5.171,12R$ 382,79R$ 4.224,56R$ 2.412,09R$ 337,72R$ 688,97R$ -R$ 4.172,35-R$ 1.313,09R$ 4.531,28R$ 3.466,15R$ 1.690,68R$
Saldo final acumulado 9.875,02R$ 10.257,81R$ 14.482,37R$ 16.894,46R$ 17.232,18R$ 17.921,15R$ 17.921,15R$ 13.748,80R$ 15.061,89R$ 19.593,17R$ 23.059,32R$ 24.750,00R$
93
APÊNDICE K – Planilha do Fluxo de Caixa – Agosto/2014
(continua)
01/ago 02/ago 03/ago 04/ago 05/ago 06/ago 07/ago 08/ago 09/ago 10/ago
Saldo inicial 23.059,32R$ 23.247,44R$ 23.946,14R$ 23.946,14R$ 24.372,97R$ 10.586,91R$ 12.198,42R$ 12.699,96R$ 15.121,05R$ 16.156,45R$
Vendas à vista 242,00R$ 698,70R$ 607,80R$ 1.576,00R$ 710,70R$ 1.073,60R$ 1.015,00R$ 1.035,40R$
Cheque 178,00R$ 635,50R$
A receber 28,51R$ 186,40R$ 2.312,20R$ 437,86R$
Cartão 1.309,23R$ 2.981,38R$ 723,16R$ 744,71R$ 1.290,52R$ 1.236,66R$
Outros
Total entradas 1.551,23R$ 698,70R$ -R$ 3.767,18R$ 2.963,17R$ 1.641,81R$ 4.676,32R$ 2.689,52R$ 1.035,40R$ -R$
Atividades operacional 1.363,11R$ -R$ -R$ 3.340,35R$ 16.749,23R$ 30,30R$ 4.174,78R$ 268,43R$ -R$ -R$
Fornecedores 1.290,54R$ 1.484,52R$ 8.932,64R$ 3.190,98R$
Fretes 32,57R$ 435,00R$ 50,85R$
Água e luz 233,20R$
Telefone e internet
Vivo 323,47R$
Associação Com. 130,00R$
Propaganda 300,00R$
Sistema
Combustível
Taxas bancárias 3,82R$
Taxa do cartão 40,00R$ 85,47R$ 20,80R$ 26,48R$ 48,36R$ 35,23R$
Aluguel máq. Cielo
Mat. de consumo 13,00R$ 88,59R$
Compras de equip.
Salários 5.243,72R$
Cesta básica 572,06R$
Pró-labore 600,00R$
Férias/13º salário
Senha alarmes 125,00R$
Contador 665,00R$
Limpeza 80,00R$
Telecheque
Seguro caminhão
Seguro courier
Licenciamento Courier
Seguro loja
Aluguel terreno 300,00R$
Despesas com Imóvel 528,54R$ -R$
Outras despesas 241,00R$
Impostos e taxas
FGTS 805,36R$
Sind. Cond. Veic.
Sindical Urbana
ICMS
Cont. Confederativa
Simples nacional
GPS
IRRF
IPTU LOJA
IPTU Terreno
IPVA Courier
Outros impostos
Atividades de financiamento
Cartao BNDES
Total saídas 1.363,11R$ -R$ -R$ 3.340,35R$ 16.749,23R$ 30,30R$ 4.174,78R$ 268,43R$ -R$ -R$
Saldo Operacional 188,12R$ 698,70R$ -R$ 426,83R$ 13.786,06-R$ 1.611,51R$ 501,54R$ 2.421,09R$ 1.035,40R$ -R$
Saldo Final 23.247,44R$ 23.946,14R$ 23.946,14R$ 24.372,97R$ 10.586,91R$ 12.198,42R$ 12.699,96R$ 15.121,05R$ 16.156,45R$ 16.156,45R$
94
Fluxo de Caixa – Agosto/2014
(continua)
11/ago 12/ago 13/ago 14/ago 15/ago 16/ago 17/ago 18/ago 19/ago 20/ago
Saldo inicial 16.156,45R$ 20.680,13R$ 14.587,89R$ 19.345,40R$ 10.372,53R$ 11.676,92R$ 11.906,42R$ 11.906,42R$ 19.240,28R$ 20.927,11R$
Vendas à vista 644,30R$ 1.013,80R$ 2.843,00R$ 580,00R$ 748,10R$ 229,50R$ 4.618,50R$ 3.157,25R$ 95,20R$
Cheque
A receber 1.211,74R$ 1.101,31R$ 53,86R$ 617,66R$ 20,00R$ 416,83R$
Cartão 3.343,30R$ 1.265,54R$ 1.907,60R$ 1.594,25R$ 682,64R$ 2.808,80R$ 386,34R$ 342,47R$
Outros
Total entradas 5.199,34R$ 3.380,65R$ 4.804,46R$ 2.174,25R$ 2.048,40R$ 229,50R$ -R$ 7.427,30R$ 3.563,59R$ 854,50R$
Atividades operacional 675,66R$ 9.472,89R$ 46,95R$ 11.147,12R$ 51,75R$ -R$ -R$ 93,44R$ 1.876,76R$ 2.293,41R$
Fornecedores 6.653,38R$ 7.181,69R$ 1.672,69R$ 2.248,49R$
Fretes 34,47R$ 715,00R$ 32,65R$
Água e luz 117,32R$
Telefone e internet 62,27R$
Vivo
Associação Com.
Propaganda 50,00R$
Sistema 191,00R$
Combustível
Taxas bancárias 7,64R$ 11,46R$ 7,64R$ 27,40R$
Taxa do cartão 99,37R$ 36,67R$ 46,95R$ 62,55R$ 24,35R$ 93,44R$ 13,07R$ 12,27R$
Aluguel máq. Cielo 32,90R$
Mat. de consumo
Compras de equip.
Salários
Cesta básica
Pró-labore
Férias/13º salário
Senha alarmes
Contador
Limpeza 80,00R$
Telecheque
Seguro caminhão
Seguro courier 308,13R$
Licenciamento Courier
Seguro loja
Aluguel terreno
Despesas com Imóvel 418,43R$ 825,78R$ -R$ -R$
Outras despesas 1.523,00R$ 24,50R$
Impostos e taxas
FGTS
Sind. Cond. Veic.
Sindical Urbana
ICMS
Cont. Confederativa 45,14R$
Simples nacional 2.924,19R$
GPS
IRRF 74,14R$
IPTU LOJA
IPTU Terreno
IPVA Courier
Outros impostos
Atividades de financiamento 692,26R$
Cartao BNDES 692,26R$
Total saídas 675,66R$ 9.472,89R$ 46,95R$ 11.147,12R$ 744,01R$ -R$ -R$ 93,44R$ 1.876,76R$ 2.293,41R$
Saldo final diário 4.523,68R$ 6.092,24-R$ 4.757,51R$ 8.972,87-R$ 1.304,39R$ 229,50R$ -R$ 7.333,86R$ 1.686,83R$ 1.438,91-R$
Saldo final acumulado 20.680,13R$ 14.587,89R$ 19.345,40R$ 10.372,53R$ 11.676,92R$ 11.906,42R$ 11.906,42R$ 19.240,28R$ 20.927,11R$ 19.488,20R$
95
Fluxo de Caixa – Agosto/2014
(conclusão)
21/ago 22/ago 23/ago 24/ago 25/ago 26/ago 27/ago 28/ago 29/ago 30/ago 31/ago TOTAL
Saldo inicial 19.488,20R$ 18.421,08R$ 22.933,74R$ 22.981,74R$ 22.981,74R$ 19.020,69R$ 19.038,83R$ 18.742,02R$ 16.100,49R$ 18.002,10R$ 19.412,10R$ 19.412,10R$
Vendas à vista 1.371,70R$ 4.182,80R$ 48,00R$ 2.349,65R$ 1.008,25R$ 632,25R$ 823,90R$ 1.227,60R$ 410,00R$ 32.943,00R$
Cheque 813,50R$
A receber 261,00R$ 400,00R$ 201,51R$ 1.000,00R$ 8.248,88R$
Cartão 1.531,46R$ 338,76R$ 1.374,80R$ 556,12R$ 211,27R$ 348,06R$ 693,72R$ 25.670,79R$
Outros -R$
Total entradas 3.164,16R$ 4.521,56R$ 48,00R$ -R$ 4.124,45R$ 1.765,88R$ 843,52R$ 1.171,96R$ 1.921,32R$ 1.410,00R$ -R$ 67.676,17R$
Atividades operacional 4.231,28R$ 8,90R$ -R$ -R$ 8.085,50R$ 1.747,74R$ 1.140,33R$ 3.813,49R$ 19,71R$ -R$ -R$ 70.631,13R$
Fornecedores 3.966,10R$ 5.830,04R$ 1.497,40R$ 3.766,83R$ 47.715,30R$
Fretes 115,00R$ 683,00R$ 2.098,54R$
Água e luz 350,52R$
Telefone e internet 62,27R$
Vivo 323,47R$
Associação Com. 130,00R$
Propaganda 350,00R$
Sistema 191,00R$
Combustível 274,00R$ 274,00R$
Taxas bancárias 21,50R$ 6,00R$ 3,82R$ 89,28R$
Taxa do cartão 35,68R$ 8,90R$ 44,11R$ 14,34R$ 6,51R$ 14,66R$ 19,71R$ 788,92R$
Aluguel máq. Cielo 32,90R$
Mat. de consumo 13,00R$ 114,59R$
Compras de equip. -R$
Salários 5.243,72R$
Cesta básica 572,06R$
Pró-labore 600,00R$
Férias/13º salário 1.130,00R$ 1.130,00R$
Senha alarmes 125,00R$
Contador 665,00R$
Limpeza 80,00R$ 80,00R$ 320,00R$
Telecheque -R$
Seguro caminhão -R$
Seguro courier 308,13R$
Licenciamento Courier -R$
Seguro loja -R$
Aluguel terreno 300,00R$
Despesas com Imóvel 1.254,35R$ 3.027,10R$
Outras despesas 150,00R$ 32,00R$ 1.970,50R$
Impostos e taxas
FGTS 805,36R$
Sind. Cond. Veic. -R$
Sindical Urbana -R$
ICMS -R$
Cont. Confederativa 45,14R$
Simples nacional 2.924,19R$
GPS -R$
IRRF 74,14R$
IPTU LOJA -R$
IPTU Terreno -R$
IPVA Courier -R$
Outros impostos -R$
Atividades de financiamento 692,26R$
Cartao BNDES 692,26R$
Total saídas 4.231,28R$ 8,90R$ -R$ -R$ 8.085,50R$ 1.747,74R$ 1.140,33R$ 3.813,49R$ 19,71R$ -R$ -R$ 71.323,39R$
Saldo final diário 1.067,12-R$ 4.512,66R$ 48,00R$ -R$ 3.961,05-R$ 18,14R$ 296,81-R$ 2.641,53-R$ 1.901,61R$ 1.410,00R$ -R$ 3.647,22-R$
Saldo final acumulado 18.421,08R$ 22.933,74R$ 22.981,74R$ 22.981,74R$ 19.020,69R$ 19.038,83R$ 18.742,02R$ 16.100,49R$ 18.002,10R$ 19.412,10R$ 19.412,10R$ 15.764,88R$