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UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Ciências Contábeis Fernanda Furio Crivellaro Tamiris Gabrielli Augusto CONCILIAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA E CONTROLE DE ESTOQUES PARA DEFINIÇÃO DO MELHOR MOMENTO DE REPOSIÇÃO Armazém da Construção de Lins LTDA ME Lins SP LINS SP 2014

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UNISALESIANO

Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

Curso de Ciências Contábeis

Fernanda Furio Crivellaro

Tamiris Gabrielli Augusto

CONCILIAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA E CONTROLE

DE ESTOQUES PARA DEFINIÇÃO DO MELHOR

MOMENTO DE REPOSIÇÃO

Armazém da Construção de Lins LTDA ME

Lins – SP

LINS – SP

2014

FERNANDA FURIO CRIVELLARO

TAMIRIS GABRIELLI AUGUSTO

CONCILIAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA E CONTROLE DE ESTOQUES PARA

DEFINIÇÃO DO MELHOR MOMENTO DE REPOSIÇÃO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Ciências Contábeis, sob a orientação do Professor Me. Ricardo Yoshio Horita e orientação técnica da Profª Ma. Heloisa Helena Rovery da Silva.

LINS – SP

2014

Crivellaro, Fernanda Furio; Augusto, Tamiris Gabrielli. Conciliação do Fluxo de caixa e controle de estoques para

definição do melhor momento de reposição da empresa: Armazém da Construção de Lins LTDA ME / Fernanda Furio Crivellaro; Augusto, Tamiris Gabrielli. – – Lins, 2014.

95p. il. 31cm. Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico

Salesiano Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em Ciências Contábeis, 2014.

Orientadores: Ricardo Yoshio Horita; Heloisa Helena Rovery da Silva

1. Caixa. 2. Conciliação. 3. Controle de estoque. 4. Estoque. 5.

Fluxo de caixa. I Título.

CDU 657

C952c

FERNANDA FURIO CRIVELLARO

TAMIRIS GABRIELLI AUGUSTO

CONCILIAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA E CONTROLE DE ESTOQUES PARA

DEFINIÇÃO DO MELHOR MOMENTO DE REPOSIÇÃO

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Auxilium, para obtenção do

título de Bacharel em Ciências Contábeis.

Aprovada em: ____/____/____

Banca Examinadora:

Prof. Orientador: Ricardo Yoshio Horita

Titulação: Mestre em Ciência da Computação pela Universidade Federal de São

Carlos - UFSCAR

Assinatura: _____________________________

1º Prof(a): Rosiane Cristina Sozzo Gouvea

Titulação: Mestre em Contabilidade Avançada pela Universidade de Marília -

UNIMAR

Assinatura: _____________________________

2º Prof(a): Rogério Canuto da Silva

Titulação: Especialista em Gestão Empresarial com Ênfase em Marketing e RH pelo

UNISALESIANO – Lins - SP

Assinatura: _____________________________

Dedico esta monografia aos meus pais Angélica e Wilson, que em nenhum

momento mediram esforços para realização dos meus sonhos, que me guiam,

ensinam e mostram com muita sabedoria que devo lutar pelos meus ideais levando

sempre em consideração a minha felicidade. À minha irmã Carolina e toda a minha

família por estar sempre ao meu lado. A todos os professores que tive aula, em

especial ao professor Ricardo Yoshio Horita e Heloisa Helena Rovery da Silva que

foram fundamentais no desenvolvimento deste trabalho. Obrigada a todos vocês que

fizeram parte deste momento tão importante.

Fernanda Furio Crivellaro

Dedico este trabalho primeiramente a Deus, por ter me dado forças para

enfrentar todos os obstáculos pelos quais passei para chegar até aqui, por ter me

segurado nos inúmeros momentos em que pensei em desistir. Com certeza, se não

fosse pela fé e confiança que tenho Nele, de acreditar que nada ocorre em vão, não

teria percorrido nem metade deste caminho.

Em especial a Sandra Augusto, que além de minha preciosa mãe, sempre foi

minha amiga, minha inspiração e meu orgulho. Aquela que me ensinou a persistir e

que sempre esteve ao meu lado em qualquer que fosse o momento; a quem devo

tudo que sou hoje. Amo-te incondicionalmente.

Ao meu pai, José Paulo, que de seu modo singular, somente pensou em meu

futuro e não mediu esforços para que este momento acontecesse; a quem sempre

quis orgulhar.

Ao homem da minha vida, Marcos Kobayashi, pela infinita paciência, carinho

e palavras de motivação, do seu jeito único. Por todas as vezes que esteve ao meu

lado, me acolhendo em seus braços e enxugando minhas lágrimas, fossem elas de

alegria ou quando ia buscar alívio. Eu te amo eternamente.

Aos meus quatro filhos de quatro patas, que não me deixaram esquecer o

verdadeiro significado de ter calma, de como a vida é fascinante e Deus é perfeito,

por criar seres assim. Por me esperarem chegar em casa todas as noites, sempre

felizes por me ver. São a minha vida.

A minha irmã, Gracielli Augusto e a minha sobrinha Isabela, por todas as

vezes que a titia ia pegar o “caminhão” para ir à escola. És minha raridade.

A todas minhas verdadeiras amigas que, mesmo com a distância, se fizeram

presentes durante todo este tempo, me incentivando na concretização desta etapa.

A minha colega de TCC, Fernanda Crivellaro, por ter me aguentado durante

todo esse tempo, torrando sua paciência. Pelas tardes, noites, conversas, risadas e

gulosices. Por, além de um trabalho, ter nascido uma sincera amizade.

As várias pessoas especiais e fundamentais que conheci em meio a tantas

instituições e salas que passei. Jamais me esquecerei de cada um de vocês.

Aos professores que com certeza não mediram esforços para nos transmitir

todo seu conhecimento com sabedoria e serenidade. Principalmente, àqueles que

acompanharam de perto o vai e vem de minha jornada e fizeram de tudo que

puderam para me ajudar; vocês foram meus anjos.

Tamiris Gabrielli Augusto

AGRADECIMENTOS

A “DEUS” que se não fosse por Ele não estaríamos aqui podendo vivenciar

este momento, Ele que possibilitou recursos e meios para que pudéssemos superar

todas as dificuldades.

Ao Me. Ricardo Yoshio Horita pela orientação, atenção e pela paciência em

atender sempre que precisamos e pelos conhecimentos emprestados.

A querida professora Ma. Heloisa Helena Rovery da Silva, sempre tão

atenciosa e receptiva, que realizou atividades que foram fundamentais para o nosso

crescimento profissional.

A todos os professores do curso de Ciências Contábeis que foram de vital

importância para a conclusão deste curso.

Aos proprietários da empresa que além de concederem todo espaço para

desenvolvimento do trabalho, abrindo as portas da empresa, de todos os seus

documentos e arquivos, foram de suma importância para que conseguíssemos

elaborar este trabalho.

A todos aqueles que direta ou indiretamente fizeram parte deste grande

projeto que foi desenvolvido com muito estudo, esforço e carinho.

Fernanda e Tamiris

RESUMO

Observando o crescimento, a concorrência e a volubilidade do mercado, os gestores procuram por mecanismos que os auxiliem nos processos de tomadas de decisão, com a finalidade de minimizar seus riscos. Para tanto, torna-se imprescindível haver um bom planejamento das operações da empresa, assim como também unir dados a fim de possibilitar a organização das informações para o aperfeiçoamento de uma eficaz e segura gestão. Desta forma, dentre as alternativas disponíveis, duas importantes ferramentas devem ser consideradas: o fluxo de caixa e o controle de estoques. Estes instrumentos permitem à organização verificar pontos indispensáveis, de modo a apontar a quantia de recursos disponíveis em caixa para a execução das operações, como também, apurar se há demasiado investimento nos estoques, fator que interfere na posição financeira da empresa, prejudicando seu capital de giro. Diante desta questão, foi desenvolvida uma análise para identificar se conciliar as informações obtidas no fluxo de caixa de uma empresa, com as de seu controle de estoques, seria uma adequada alternativa para se constatar qual seria o melhor momento para a reposição dos itens constantes deste ativo, de modo a visualizar as faltas e sobras de caixa, relacionado ao período e valores de compras, e assim, equilibrar as movimentações. A pesquisa realizada comprova a importância de se sincronizar tais elementos para a melhor visão das atividades empresariais, e consequentemente, na contribuição para as tomadas de decisão. Para atingir o objetivo deste trabalho, foram efetuadas revisão bibliográfica e pesquisa de campo, elaboradas planilhas de controle de caixa e estoques, na empresa Armazém da Construção de Lins LTDA ME.

Palavras-chave: Caixa. Conciliação. Controle de estoque. Estoque. Fluxo de Caixa.

ABSTRACT

Observing the growth, competition and the volubility of the market, the managers look for mechanisms that help in the processes of decision making, in order to minimize their risk. For that, it is essential to have a good planning for the company operations, as well as join data to enable the organization of information for the improvement of effective and safe management. Thus, among the available alternatives, two important tools should be considered: cash flow and inventory control. These tools enable the organization to verify essential points, in order to point the amount of available cash for the execution of operations, as well as determine whether there is too much investment in inventories, a factor that interferes with the company's financial position, impairing its working capital. Facing this issue, an analysis was developed to identify if conciliating information obtained in the cash flow of a company, with its stock control, would be a suitable alternative to apprehend which would be the best time for the replacement of the stable items contained in this active in order to view the faults and cash surplus, related to the period and purchase amounts, and thus, balance the drives. The research demonstrates the importance of synchronization of such elements, for the best view of business activities, and therefore in the contribution to decision making. To achieve the objective of this work, literature review and field research were performed, and spreadsheets from cash control and inventory, in the Company ARMAZEM DE CONSTRUÇÃO DE LINS, LTDA ME were also prepared. Keywords: Cash. Conciliation. Inventory control. Stock. Cash flow.

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - A empresa..................................................................................................16

Figura 2 - Fachada em 2002......................................................................................18

Figura 3 - "Estrutura 1” - em 2002..............................................................................18

Figura 4 - "Estrutura 2" - em 2002..............................................................................19

Figura 5 - Logo da empresa.......................................................................................19

Figura 6 - Vista Panorâmica 1 – em 2013..................................................................20

Figura 7 - Vista Panorâmica 2 – em 2013..................................................................21

Figura 8 - Localização................................................................................................23

Figura 9 - Quadro dos principais parceiros................................................................26

Figura 10 - Definição de balanço patrimonial, DRE e FC...........................................31

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Demonstração de fluxo de caixa – Método direto...................................37

Quadro 2 - Fluxo de caixa diário - Entradas..............................................................61

Quadro 3 - Fluxo de caixa diário - Atividades operacionais (1).................................61

Quadro 4 - Fluxo de caixa diário - Atividades operacionais (2).................................62

Quadro 5 - Fluxo de caixa diário - Atividades de financiamento................................62

Quadro 6 – Fluxo de caixa diário - saldos..................................................................63

Quadro 7 - Síntese do fluxo de caixa mensal por intervalo de dias - Entradas........64

Quadro 8 - Síntese do fluxo de caixa mensal por intervalo de dias - Saídas............64

Quadro 9 - Controle de estoques...............................................................................65

Quadro 10 - Dados complementares do controle de estoques (1)............................65

Quadro 11 - Dados complementares do controle de estoques (2)............................66

Quadro 12 - PMRE - Portas laminadas......................................................................66

LISTA ABREVIATURAS E SIGLAS

BNDES: Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social

CPC: Comitê de Pronunciamentos Contábeis

CVM: Comissão de Valores Mobiliários

DMPL: Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido

DOAR: Demonstração de Origem e Aplicações de Recursos

DRE: Demonstrações do Resultado do Exercício

EOQ: Economic Ordering Quantity

FASB: Financial Accounting Standards Board

FC: Fluxo de Caixa

FIFO: First in, First out

IASB: International Accounting Standards Board

IBRACON: Instituto Brasileiro de Contadores

LEC: Lote Econômico de Compra

LIFO: Last in, Firstoff

LTDA: Limitada

NPC 20: Normas e Procedimentos Contábeis nº 20

PEPS: Primeiro que Entra, Primeiro que Sai

PMPC: Prazo Médio de Pagamento de Compras

PMRE: Prazo Médio de Renovação de Estoques

PMRP: Prazo Médio de Recebimento do Produto

PMRV: Prazo Médio de Recebimento de Vendas

RC: Retorno de Capital

RCM: Resultado com Mercadorias

SP: São Paulo

TR: Tempo de Reposição

UEPS: Último que Entra, Primeiro que Sai

UNILINS: Faculdade Universitária de Lins

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...........................................................................................................13

CAPÍTULO I – ARMAZÉM DA CONSTRUÇÃO DE LINS ME LTDA......................16

1 A EMPRESA ................................................................................ ............16

1.1 Evolução histórica ........................................................................ ............17

1.2 Missão .......................................................................................... ............21

1.3 Visão ............................................................................................ ............21

1.4 Objetivo ........................................................................................ ............22

1.5 Valores ......................................................................................... ............22

1.6 Colaboradores .............................................................................. ............22

1.7 Localização .................................................................................. ............23

1.8 Produtos comercializados ............................................................ ............23

1.9 Política de qualidade .................................................................... ............24

1.10 Política ambiental ......................................................................... ............25

1.11 Busca de desenvolvimento .......................................................... ............25

1.12 Clientes ........................................................................................ ............25

1.13 Parceiros ...................................................................................... ............25

1.14 Controle ........................................................................................ ............26

CAPÍTULO II – FLUXO DE CAIXA COMO FERRAMENTA PARA

PLANEJAMENTO FINANCEIRO.............................................................................27

2 INTRODUÇÃO ............................................................................... ........ 27

2.1 Fluxo de caixa .............................................................................. ...........28

2.1.1 Origem do fluxo de caixa .............................................................. ............28

2.1.2 Conceito ....................................................................................... ............29

2.1.3 Objetivos ...................................................................................... ............30

2.1.4 Importância .................................................................................. ............30

2.1.5 Os requisitos para a implantação do fluxo de caixa ..................... ............32

2.1.6 Vantagens .................................................................................... ............33

2.1.7 Desvantagens .............................................................................. ............35

2.1.8 Como elaborar um fluxo de caixa ................................................. ............35

2.1.8.1 Definir qual método de elaboração será utilizado.................................... 35

2.1.8.1.1 Método direto ............................................................................... ............36

2.1.8.1.2 Método indireto............................................................................. ............38

CAPÍTULO III – ESTOQUES ....................................................................... ............40

3 INTRODUÇÃO ............................................................................. ............40

3.1 Conceito de estoques ................................................................... ............41

3.2 Controle de estoques ................................................................... ............42

3.2.1 Métodos de elaboração do controle de estoque .......................... ............43

3.2.1.1 Inventário físico ............................................................................ ............43

3.2.1.2 Inventário periódico ...................................................................... ............43

3.2.1.3 Inventário permanente ................................................................. ............43

3.3 Critérios de avaliação de estoques .............................................. ............44

3.3.1 Preço específico ........................................................................... ............44

3.3.2 PEPS ............................................................................................ ............45

3.3.3 UEPS ........................................................................................... ............45

3.3.4 Custo Médio Ponderado Móvel .................................................... ............45

3.3.5 Custo Médio Ponderado Fixo ....................................................... ............46

3.3.6 Método de escolha do critério de avaliação dos estoques a utilizar..........46

3.3.7 Preço de reposição ...................................................................... ............47

3.3.7.1 Formas de reposição de estoques ............................................... ............47

3.4 Outras técnicas comuns de administração de estoques .............. ............47

3.4.1 Curva ABC ................................................................................... ............48

3.4.2 Sistema de Duas Gavetas ............................................................ ............48

3.4.3 Lote econômico ............................................................................ ............49

3.4.4 Sistema de Renovação Contínua ................................................. ............49

3.4.5 Sistema de Renovação Periódica ................................................ ............50

3.5 Sistema de planejamento de estoques ........................................ ............50

3.5.1 Custo de estoque ......................................................................... ............51

3.5.1.1 Tipos de custo de estoque ........................................................... ............51

3.5.1.1.1 Custo de pedido ........................................................................... ............51

3.5.1.1.2 Custo de manutenção de estoque................................................ ............51

3.5.1.1.3 Custo por falta de estoque ........................................................... ............52

3.5.2 Objetivo de nível de serviço ......................................................... ............52

3.5.2.1 Níveis de estoque......................................................................... ............52

3.5.2.1.1 Estoque mínimo ........................................................................... ............52

3.5.2.1.2 Estoque de segurança ................................................................. ............53

3.5.2.1.3 Estoque máximo........................................................................... ............53

3.5.2.2 Tempo de reposição ..................................................................... ............54

3.5.2.3 Ponto de pedido ........................................................................... ............54

3.5.3 Análise do planejamento de estoque ........................................... ............55

3.5.3.1 Apuração dos resultados .............................................................. ............55

3.5.3.2 Retorno de capital ........................................................................ ............56

3.5.3.3 Giro de estoques .......................................................................... ............57

3.6 Comitê de Pronunciamentos Contábeis ....................................... ............58

CAPÍTULO IV – ESTUDO DE CASO .......................................................... ............59

4 INTRODUÇÃO ............................................................................. ............59

4.1 Elaboração do fluxo de caixa ....................................................... ............60

4.1.1 Entradas ....................................................................................... ............60

4.1.2 Atividades operacionais ............................................................... ............61

4.1.3 Atividades de financiamentos ....................................................... ............62

4.1.4 Atividades de investimentos ......................................................... ............62

4.1.5 Saldo final .................................................................................... ............62

4.1.6 Análise ......................................................................................... ............63

4.2 Elaboração do controle de estoque .............................................. ............64

4.2.1 Processo de compra .................................................................... ............65

4.2.2 Análise ......................................................................................... ............66

4.3 Parecer final ................................................................................. ............67

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO ................................................................ ............69

CONCLUSÃO .............................................................................................. ............70

REFERÊNCIAS ............................................................................................ ............72

APÊNDICES ................................................................................................ ............76

13

INTRODUÇÃO

O fluxo de caixa é considerado peça imprescindível para as empresas, tanto

para perceber a necessidade de recursos quanto para saber o momento certo de

investir, além de assumir um papel importante no planejamento financeiro das

empresas. Este instrumento está se tornando primordial, tanto que estudiosos vêm

alertando para sua importância.

O fluxo de caixa é a espinha dorsal da empresa. Sem ele não se saberá quando haverá recursos suficientes para sustentar as operações ou quando haverá necessidade de financiamentos bancários. Empresas que necessitem continuamente de empréstimos de última hora poderão se deparar com dificuldades de encontrar bancos que as financiem. (GITMAN, 1997, p. 586).

De acordo com Adduci e Soares (2008), o fluxo de caixa é de fundamental

importância para qualquer tipo de empresa e aquelas que se utilizam desta

ferramenta gerencial dificilmente fracassam, e, o contrário ocorre com quem não faz

uso desta ferramenta para gerenciar o fluxo.

Um outro aspecto de grande importância no gerenciamento de uma empresa

é a questão do controle de estoques.

Tavares (2011) afirma que o controle de estoque é de suma importância para

a empresa, porque ele controla os desperdícios, desvios e apura os valores para fins

de análise, detecta se o investimento em estoques é elevado, fator que prejudica o

capital de giro. A manutenção de estoques é onerosa e o gerenciamento do estoque

deve permitir que o capital investido neste item seja minimizado. Ao mesmo tempo,

não é possível para uma empresa trabalhar sem estoque. Portanto o planejamento

deste fator é essencial para maximizar a eficiência empresarial.

O estoque é um dos ativos mais importantes do capital circulante e da

posição financeira das empresas, portanto, um controle de estoque organizado é

essencial para que não haja desperdícios de materiais, tempo, dinheiro, assim como

a dificuldades de movimentação.

Diante de um cenário formado pela competitividade, crescimento e

instabilidade, os gestores buscam por ferramentas que tenham maior eficiência na

gestão financeira de seus recursos, com intuito de não correr tantos riscos nas

tomadas de decisão.

14

Empresas saudáveis geram lucros e estão em contínuo crescimento, mas

garantir essa saúde não é tão simples. Torna-se crucial, portanto, unir informações e

setores da organização para facilitar e dar mais firmeza nas tomadas de decisões.

Justamente por isso, ter um bom gerenciamento e sincronizar o Fluxo de Caixa com

a gestão de estoques pode trazer informações às quais permitem uma maior

segurança em relação ao quanto há de recursos disponíveis, o período mais

apropriado para a reposição de estoques, além de outras informações que podem

tornar a empresa mais rentável.

Portanto o objetivo deste trabalho é elaborar um estudo detectando a

importância das informações obtidas através do gerenciamento do Fluxo de Caixa e

dos estoques com intuito de definir o melhor momento para a realização da

reposição dos estoques da empresa.

Para atingir tal escopo, este estudo foi subsidiado por pesquisa bibliográfica

que permitiu entender os conceitos, métodos e formas de controle do Fluxo de Caixa

e estoques, e um estudo de caso empresa Armazém da Construção de Lins LTDA

ME, no período de fevereiro a outubro de 2014, localizada na cidade de Lins – SP,

que atua no mercado varejista comercializando produtos destinados a acabamento

de construção e reforma, desde 2002.

Sendo assim, buscou-se como problemática de pesquisa a seguinte pergunta:

A conciliação do fluxo de caixa gerencial e o controle de estoques auxiliam os

gestores a definir o melhor momento para a reposição dos estoques?

Em resposta a esse questionamento sugere-se a seguinte hipótese:

A conciliação das informações contidas no Fluxo de Caixa e no controle de

estoques pode definir o melhor momento para a reposição estoques, detectando o

momento ideal para a aquisição de mercadorias, diminuindo o risco de não haver

recursos disponíveis para pagamento dos fornecedores e evitar itens excessivos

armazenados.

O trabalho está assim estruturado:

Capítulo I - Aborda o histórico, missão, valores, serviços e produtos e

estrutura da empresa.

Capítulo II – Referencial teórico aborda os conceitos referentes ao estudo

aprofundado sobre Fluxo de caixa.

Capítulo III - Referencial teórico aborda os conceitos referentes ao estudo

aprofundado sobre Gestão de estoques.

15

Capítulo IV - Descreve o processo com planilhas elaboradas para

demonstração da importância em conciliar informações.

Encerrando o trabalho, são apresentadas a proposta de intervenção e a

conclusão.

16

CAPÍTULO I

ARMAZÉM DA CONSTRUÇÃO DE LINS ME LTDA

1 A EMPRESA

Fonte: Elaborado pelas autoras (2014)

Com vistas a atingir os objetivos propostos neste trabalho, foi realizado um

estudo de caso em uma micro empresa que, por meio de roteiros de entrevistas e de

visitas sistemáticas, foram observadas as principais características que serão

apresentadas no decorrer deste capítulo.

Figura 1 - A empresa

17

1.1 Evolução histórica

A história tem início na década de 70, quando Wilson Roberto Crivellaro

decidiu fazer faculdade de Engenharia Civil na Faculdade de Engenharia de Lins,

atualmente vinculado à Unilins – Centro Universitário de Lins, situada em Lins

interior de São Paulo. Esta instituição tem aproximadamente 46 anos de história e é

um dos centros universitários tradicionais no interior paulista. Junto com o sonho de

ter uma faculdade, veio o sonho de ter seu próprio negócio.

Em 1984 começou a investir em seu projeto. Como sempre gostou de vendas,

gosto este que veio de seu pai, que era corretor, decidiu junto com um amigo

realizar visitas em obras de prédios na região e fez algumas pesquisas na qual

percebeu que na área de construções, as construtoras tinham dificuldade para

encontrar uma boa cerâmica, revestimentos e texturas, porta corta fogo, elevadores

de obra, forma para concreto etc.

Foi quando tiveram a ideia de representar marcas e empresas que

oferecessem esses materiais com o intuito de atender a necessidade dessas

construtoras da região. Mesmo trabalhando em conjunto e com uma parceria, cada

um abriu uma empresa, sendo a do Sr. Wilson denominada W.R. Representações

Sociedade LTDA.

Na busca de um novo empreendimento e crescimento profissional, o

empreendedor deu início a um novo projeto que era abrir uma empresa que atuasse

no ramo de Material para Construção voltado para acabamento das obras, portanto,

seria uma empresa na qual trabalharia com produtos a partir da parte hidráulica até

pisos e revestimentos, ou seja, a finalização da obra. No ano de 2000 desfez a

parceria inicial, e abriu um escritório próprio permanecendo sua razão social (W.R

Representações). Continuou trabalhando com as representações, comprou um

terreno na Rua José Fava, 68 no Bairro Vila Clélia em Lins- SP e deu inicio a

construção de um barracão onde, no futuro, abriria sua loja.

Já em setembro de 2002 após muito planejamento conseguiu tirar do papel o

projeto que tinha de abrir sua própria empresa. Já havia um barracão construído,

portanto era só dar continuidade a seu sonho.

Foi feita uma estrutura na qual, de inicio, seria dividida em vendas, estoque e

um escritório, no qual seria utilizado por ele para o controle administrativo e

18

financeiro da organização, procurando também, dar continuidade em seu trabalho

com representações, já que manteria as duas de forma paralela.

Fonte: Elaborado pelas autoras (2014)

Fonte: Elaborado pelas autoras (2014)

Figura 2 - Fachada em 2002

Figura 3 - "Estrutura 1” - em 2002

19

Fonte: Elaborado pelas autoras (2014)

Um dos grandes desafios envolvidos na criação de uma empresa é a escolha

do nome, pois ele deve estar intimamente ligado à personalidade e identidade da

organização e ainda deve chamar atenção de seus clientes. Desta ideia surgiu o

nome Armazém da Construção de Lins, armazém, pois o proprietário gostaria que

fosse não só um ambiente com produtos para atingir a necessidade do cliente, mas

também, queria trazer uma maior variedade na linha de produtos expostos à venda,

para surpreender os consumidores.

Fonte: Elaborado pelas autoras (2014)

Figura 4 - "Estrutura 2" - em 2002

Figura 5 - Logo da empresa

20

Com o passar do tempo os negócios e a clientela foram aumentando, e

começou a surgir a necessidade de expansão, tanto no espaço de atendimento do

cliente quanto na variedade de mercadorias. Na busca desta expansão, em 2006, foi

efetuada a compra de outro terreno onde construiria outro barracão sendo somente

depósito, então o prédio principal estaria estruturado para melhor atender o cliente,

assim tendo um maior espaço e uma melhor exposição dos produtos.

No momento em que houve a expansão da loja, esta começou apresentar

uma maior variedade e diversificação de produtos, podendo atender a necessidade

dos consumidores deste mercado, que seriam pessoas físicas de todas as classes

sociais, e pessoas jurídicas de direito público e privadas. Seu foco sempre foi em

comercializar produtos de acabamentos para construção e reformas.

Fonte: Elaborado pelas autoras (2014)

Figura 6 - Vista Panorâmica 1 – em 2013.

21

Fonte: Elaborado pelas autoras (2014)

1.2 Missão

A missão da empresa Armazém da Construção é atuar no mercado varejista

buscando comercializar produtos inovados e diversificados, destinados a

acabamento de construção e reforma, considerando a satisfação do consumidor,

garantindo a qualidade e contribuindo para o bem estar dos seus clientes atuais e

futuros, respeitando o individuo, a sociedade e o meio ambiente.

1.3 Visão

Sua intenção é ter seus colaboradores como aliados, fornecendo

condições e estrutura de trabalho, tornando-se uma empresa admirada, inovadora e

reconhecida por suas qualidades, buscando diferencial tanto no atendimento como

no pós vendas, além da pontualidade na entrega.

Figura 7 - Vista Panorâmica 2 – em 2013.

22

1.4 Objetivo

Atender as necessidades de seus clientes, de forma eficiente e com

cordialidade, gerar lucros, investindo em vantagens competitivas e melhorias

continuas, traçando metas anuais de crescimento, contribuindo para a qualidade de

vida de seus colaboradores.

1.5 Valores

Apresentar transparência e honestidade nos negócios, com parceiros,

fornecedores, colaboradores, consumidores e a sociedade, através da conduta ética

nas atitudes e comportamentos, com humildade respeitando e compartilhando as

opiniões, preocupando-se com o bem estar de seus colaboradores, atentando à

responsabilidade social, corporativa e ambiental.

1.6 Colaboradores

A empresa começou em 2002 com apenas dois colaboradores que

permanecem até os dias de hoje na empresa. Um dos colaboradores exercia todas

as funções da empresa, desde vendas até a execução da entrega dos materiais

vendidos, e ainda era responsável pelas operações de compras, administração,

marketing, pós vendas e gerência. Já o outro colaborador, além das vendas, tinha as

funções financeiras e legais, ou seja, cuidava para que a empresa estivesse

operando sempre dentro da legalidade, controlando os processos de pagamentos e

recebimentos de contas. Nesta época a esposa do empresário Wilson, Angélica

Abeid Furio Crivellaro, ajudava na organização cuidando das questões voltadas às

obrigações trabalhistas.

Com a sobrecarga de serviços, houve a necessidade da expansão do quadro

de colaboradores, foi quando em 2005, contratou um motorista.

Atualmente, a empresa Armazém da Construção de Lins ME, conta com uma

equipe de 6 colaboradores capacitados, podendo então dividir a responsabilidade

destes dois colaboradores mais antigos, tendo cada um sua área de atuação. Com

um quadro de pessoal fixo, a empresa busca a eficiência no atendimento às

necessidades do mercado.

23

1.7 Localização

A empresa Armazém da Construção de Lins ME LTDA está localizada no

interior de São Paulo, na cidade de Lins, na Rua José Fava, 68, Bairro: Vila Clélia.

Ocupa uma área construída de aproximadamente 650m².

A infraestrutura é bem distribuída de modo a oferecer comodidade para que

os clientes encontrem todos os produtos necessários, para o acabamento de sua

obra.

Fonte: Elaborado pelas autoras (2014) http://maps.google.com.br/maps?hl=pt-BR&tab=wl

1.8 Produtos comercializados

Dentre as variedades de produtos comercializados pela empresa, destacam-

se os principais grupos:

a) Acessórios para casa: utilidades gerais para casa, cadeado, kits para

banheiro, algarismos, kits para jardins, fixações em geral, varal, etc.;

Figura 8 - Localização

24

b) Argamassas e rejuntes;

c) Bancadas de granito;

d) Caixa de correio;

e) Cantoneiras de alumínio;

f) Churrasqueiras: churrasqueiras, fornos para pizza e fogão a lenha;

g) Duchas e acessórios: chuveiros, resistências, etc.;

h) Materiais elétricos como: caixas de embutir, conduíte, fios, lâmpadas,

quadro de distribuição, etc.;

i) Faixas e mosaicos;

j) Fechaduras e dobradiças;

k) Ferramentas: colher de pedreiro, disco de corte, trena, talhadeira,

desempenadeira, pinceis, etc.;

l) Gabinetes para cozinha;

m) Gabinetes para tanque;

n) Gabinetes e espelheiras para banheiro;

o) Grelhas de alumínio;

p) Hidráulica: tubos e conexões em geral;

q) Impermeabilizantes: produtos de impermeabilização para pisos, paredes

externas e caixa d’água, etc.;

r) Louças sanitárias;

s) Metais e acessórios: duchas higiênicas, registro, acabamentos, torneiras,

etc.;

t) Pias de cozinha;

u) Pisos e revestimentos;

v) Portas e janelas;

w) Produtos de limpeza: limpeza de pisos esmaltados para manutenção e pós

obra;

x) Tanques;

y) Telhas: telhas translucidas.

1.9 Política de qualidade

A empresa tem como política de qualidade buscar melhoria continua dos

processos, qualidade nos produtos e serviços oferecidos, desenvolver parcerias,

25

cumprir prazos estipulados, investir nos colaboradores, atender os requisitos legais,

visando a satisfação dos clientes, para que possa atender por completo suas

necessidades e superar suas expectativas.

1.10 Política ambiental

Colaborar com as políticas de preservação ambiental, através do

estabelecimento de práticas de Gestão ambiental com ênfase na destinação

adequada dos resíduos de suas atividades e produtos. Busca atender a legislação e

normas ambientais, conscientizando seus colaboradores visando o

comprometimento destes com esta política.

1.11 Busca de desenvolvimento

A empresa preocupa-se constantemente com o desenvolvimento e

crescimento para atender melhor seus clientes, buscando a excelência de seus

serviços, portanto a cada ano que passa procura planejar suas tomadas de decisões

tendo como escopo otimizar seus resultados.

1.12 Clientes

O quadro de clientes desta empresa é composto principalmente por pessoas

físicas, que estão construindo ou reformando, profissionais autônomos como:

pedreiro, encanador, marido de aluguel, eletricista, etc. além de empresas públicas e

privadas. A empresa preocupa-se constantemente na conquista e fidelização de

novos clientes através da busca pela satisfação dos mesmos.

1.13 Parceiros

Os fornecedores são verdadeiros parceiros da empresa, ou seja, trabalham

em conjunto para obter o sucesso da organização. Os principais parceiros para este

crescimento são:

26

Fonte: Elaborado pelas autoras (2014)

1.14 Controle

A empresa conta com o auxílio de um escritório especializado para tratar

assuntos relativos à contabilidade, aspectos tributários e folha de pagamento,

seguindo as normas e padrões vigentes.

Há um sistema informatizado de controle de estoque que é utilizado pela

empresa apenas para conferir mensalmente o inventário físico.

Figura 9 - Quadro dos principais parceiros

27

CAPÍTULO II

FLUXO DE CAIXA COMO FERRAMENTA PARA PLANEJAMENTO FINANCEIRO

2 INTRODUÇÃO

Diante de um cenário formado pela competitividade, crescimento e

instabilidade, os gestores buscam por ferramentas que tenham maior eficiência na

gestão financeira de seus recursos minimizando os riscos nas tomadas de decisão.

Portanto, gestores empregam contadores para preparar demonstrativos

financeiros que forneçam informações sobre a lucratividade, Demonstrativo de

Resultado do Exercício; sobre a posição financeira da empresa, o Balanço

Patrimonial e sobre entradas e saídas de caixa em um período determinado, o Fluxo

de Caixa. Esta última ferramenta permite identificar quanto de recurso tem para

investir ou até mesmo quanto de capital de giro precisará captar para determinado

período.

Os demonstrativos financeiros auxiliam os administradores a tomar decisões

envolvendo o melhor uso do caixa, a realização de operações eficientes, a melhor

alocação de fundos entre ativos e o financiamento eficaz de operações e de

investimentos. (GROPPELLI; NIKBAKHT, 2006, p.13)

Segundo Raza (2008, p. 17) “o empreendedor deve tornar a sua contabilidade

uma fonte de informações para que possa tomar decisões seguras e coerentes com

seu negócio”. Ao utilizar a contabilidade como ferramenta tendo o contador como

aliado na gestão da empresa, as possibilidades de continuidade do negócio serão

aumentadas e as decisões serão tomadas sob uma nova perspectiva, com muito

mais segurança e possibilidade de sucesso.

Nesse aspecto a contabilidade passa a ser uma ferramenta indispensável e a

ocupar a posição de apoio gerencial para o empresário.

Dentro dessas demonstrações, o fluxo de caixa, vem se destacando nas

organizações, já que esta ferramenta pode ser utilizada como planejamento

financeiro, podendo assim, saber o momento certo de expansão e redução de

eventuais despesas financeiras oriundas de empréstimos.

28

2.1 Fluxo de caixa

2.1.1 Origem do fluxo de caixa

De acordo com Araújo, Holanda e Uchôa (2004), por muito tempo as

organizações tiveram que se contentar, exclusivamente, com os Balanços

Patrimoniais, as Demonstrações de Resultado do Exercício (DRE) e as

Demonstrações das Mutações no Patrimônio Líquido (DMPL). Entretanto, as

organizações continuavam a demandar instrumentos mais dinâmicos, que se

propusessem a acomodar fluxos completos de toda a movimentação financeira e

não se limitassem a apresentar receitas e despesas exclusivamente segundo os

regimes de competência. Como resposta a essa demanda, com a pretensão de se

tornar um demonstrativo capaz de diferenciar-se dos demais, pela explicação

conjunta das movimentações dos fluxos de recursos financeiros, surgiu o Fluxo de

Caixa.

Por sua vez Sá (2014) afirma que é antiga a preocupação do homem com

sistemas que lhe permitam enxergar a realidade financeira e patrimonial de seus

negócios. No século XVIII, provavelmente em consequência a revolução industrial e

do crescente interesse por sistemas de controle financeiro deu início aos estudos

contábeis, fortalecendo ainda mais no século XX com a quebra da bolsa americana

em 1929 e a crise financeira que despertou uma consciência ainda maior das

pessoas para a necessidade do fortalecimento da contabilidade como sistema de

informações.

O interesse pelo estudo sistemático do fluxo de caixa começou em 1961, e foi

normatizado pelo pronunciamento do Conselho do Financial Accounting Standards

Board (Fasb), em novembro de 1987 pelo boletim n. 95, sendo colocado em vigor a

partir de julho de 1988, que institui o fluxo de caixa em substituição à Demonstração

de Origem e Aplicações de Recursos (Doar). (SILVA, 2006)

O Fasb sigla em inglês que significa Comissão de Padrões de Contabilidade

Financeira é uma organização estadounidense sem fins lucrativos, criado em 1973

para padronizar os procedimentos da contabilidade financeira de empresas privadas

e não governamentais com o objetivo de trazer padronização, maior eficiência na

economia e nas decisões tomadas pelas empresas trazendo clareza nas

informações divulgadas.

29

A DOAR foi extinta em 01 de janeiro de 2008, era obrigatória para as

companhias abertas e para as companhias fechadas com patrimônio líquido, na data

do balanço patrimonial, superior a R$ 1.000.000,00, esta demonstração indica as

modificações na posição financeira da companhia. Esta ferramenta demonstrava

qual origem dos recursos financeiros (financiamentos) e onde eram aplicados estes

recursos (investimentos). (PORTAL DA CONTABILIDADE, 2014)

Em alguns países, como nos Estados Unidos, o fluxo de caixa é uma

demonstração obrigatória. (ADDUCI; SOARES, 2008)

No Brasil, em abril de 1999, o Instituto Brasileiro de Contadores (IBRACON)

publicou a Normas e Procedimentos Contábeis nº 20 (NPC 20) contendo

recomendações (bastante sucintas) quanto à elaboração da demonstração de fluxo

de caixa. (SÁ, 2014). Portanto, no Brasil, não é obrigado a divulgar e utilizar a

demonstração de fluxo de caixa, mas até mesmo a Comissão de Valores Mobiliários

(CVM) aconselha o uso desta ferramenta.

2.1.2 Conceito

Fluxo de caixa designado em inglês cash flow refere-se ao montante de caixa

recebido e gasto por uma empresa durante um período de tempo definido, algumas

vezes ligado a um projeto específico.

São as alterações e ou modificações que influenciam o caixa em qualquer

momento. Portanto, esta demonstração indica a origem de todo o dinheiro que

entrou no caixa, bem como, a aplicação de todo o dinheiro que saiu do caixa, seu

saldo final.

Segundo Tófoli (2012), o fluxo de caixa é um instrumento pelo qual o

administrador financeiro planeja e administra numerários da empresa, isto é, as

entradas e saídas de dinheiro do caixa da empresa.

Campos (2008) define o fluxo de caixa como um instrumento gerencial que

controla e informa todas as movimentações financeiras (entradas e saídas de

valores monetários) de um dado período – pode ser diário, semanal, mensal, etc.

Seguindo o mesmo raciocínio, Gitman (2004) conceitua que o fluxo de caixa

resume os movimentos de entrada e saída de caixa durante o período considerado.

Ela oferece uma visão de fluxos de caixa operacionais, de investimento e

financiamento da empresa.

30

O fluxo de caixa é composto de dados que representem as movimentações

dos recursos disponíveis na organização, dados estes vindos, por exemplo, das

contas a pagar, contas a receber, vendas, despesas.

2.1.3 Objetivos

Os principais objetivos citados por Zdanowicz (2004) são:

a) proporcionar o levantamento de recursos financeiros necessários para a

execução do plano geral de operações, bem como na realização das

transações econômico-financeiras;

b) empregar da melhor forma possível, os recursos financeiros disponíveis na

empresa, evitando que fiquem ociosos e estudando, antecipadamente, a

melhor aplicação, o tempo e a segurança dos mesmos;

c) planejar e controlar os recursos financeiros da empresa, em termos de

ingresso e desembolso de caixa, através das informações constantes nas

projeções de venda, produção e despesas operacionais, assim como de

dados relativos aos índices de atividades: Prazos médios de rotação,

valores a receber e de valores a pagar;

d) saldar as obrigações da empresa na data do vencimento;

e) analisar as fontes de crédito que oferecem empréstimos menos onerosos

em caso de necessidade de recursos pela empresa;

f) evitar desembolso vultuoso pela empresa, em época de baixo encaixe;

g) desenvolver o controle dos saldos de caixa e dos créditos a receber pela

empresa;

h) permitir a coordenação entre os recursos que serão alocados em ativos

circulantes, vendas, investimentos e débitos.

2.1.4 Importância

De acordo com Adduci e Soares (2008), o fluxo de caixa é de fundamental

importância para qualquer tipo de empresa e aquelas que se utilizam desta

ferramenta gerencial dificilmente fracassam, e o contrário pode ocorrer com quem

não faz uso desta ferramenta para gerenciar o fluxo.

31

O fluxo de caixa é considerado peça imprescindível para a empresa, tanto

para perceber a necessidade de recursos quanto para saber o momento certo de

investir, e também assume um papel importante no planejamento financeiro das

empresas. Esta demonstração está se tornando primordial, tanto que estudiosos

vêm alertando a importância do fluxo de caixa e o perigo que as empresas correm

ao basear o processo decisório apenas no balanço patrimonial e DRE.

O fluxo de caixa é a espinha dorsal da empresa. Sem ele não se saberá quando haverá recursos suficientes para sustentar as operações ou quando haverá necessidade de financiamentos bancários. Empresas que necessitem continuamente de empréstimos de última hora poderão se deparar com dificuldades de encontrar bancos que as financiem. (GITMAN, 1997, p. 586).

O balanço patrimonial, a DRE e o FC se completam e se relacionam entre si,

portanto os três são importantes para ter uma visão completa da empresa.

Fonte: Elaborado pelas autoras (2014)

Goldratt e Cox (apud CAMPOS FILHO, 1999, p. 21) afirmam que o péssimo

fluxo de caixa é o que acaba com a maioria das empresas que fracassam

comprometendo a sobrevivência da empresa.

Há muito tempo se sabe que uma empresa pode operar sem lucros por muitos anos, desde que tenha um fluxo de caixa adequado. O oposto, porém não é verdade. (...) Na verdade, um aperto de liquidez costuma ser mais prejudicial que um aperto nos lucros. (DRUCKER, 1992, p. 172 e 173).

Portanto percebe-se que a geração de caixa é mais importante do que a

geração de lucro, já que o que quebra uma empresa não é a falta de lucro e sim, a

Figura 10 - Definição de balanço patrimonial, DRE e FC.

32

falta de caixa. A análise do fluxo de caixa permite que os sintomas de fragilização da

estrutura de capital de giro sejam detectados a tempo para que possam tomar

medidas necessárias à correção desta distorção. (SÁ, 2014)

Apesar de sua importância Padoveze (2006) recorda que apesar de

imprescindível, tem caráter complementar, já que os dados para sua elaboração são

extraídas dos dados da DRE e Balanço Patrimonial, portanto, uma demonstração

não exclui a outra.

Gropelli e Nikbakht (2006) concordam dizendo que este demonstrativo,

juntamente com o balanço patrimonial e o demonstrativo de resultado, propicia uma

análise mais abrangente do processo pelo qual a empresa gera caixa a partir de

operações, investimentos e financiamentos, podendo identificar também, como esse

caixa foi usado pela empresa.

2.1.5 Os requisitos para a implantação do fluxo de caixa

Os principais requisitos para a implantação do fluxo de caixa são:

a) apoio de cúpula diretiva da empresa;

b) organização da estrutura funcional da empresa com definição clara dos

níveis de responsabilidade de cada área;

c) integração dos diversos setores e/ou departamento da empresa ao sistema

do fluxo de caixa;

d) definição do sistema de informação quanto à qualidade e aos funcionários

a serem utilizados, calendário de entrega dos dados (periodicidade) e os

responsáveis pela elaboração das diversas projeções;

e) treinamento do pessoal envolvido para implantar o fluxo de caixa na

empresa;

f) criação de manual de operações financeiras;

g) comprometimento dos responsáveis pelas diversas áreas, no sentido de

alcançar os objetivos e as metas propostas no fluxo de caixa;

h) utilização do FC para avaliar com antecedência os efeitos das tomadas de

decisões que tenham impacto financeiro na empresa;

i) fluxograma das atividades na empresa, ou seja, definir as atividades meio e

as atividades fins. (ARAÚJO; HOLANDA; UCHÔA, 2004, p. 22 - 23).

33

O principal elemento para o sucesso do FC é manter a empresa entrosada,

trabalhando em conjunto pela busca de um mesmo objetivo, para que não haja

falhas por falta de comunicação entre os setores da empresa.

Para que esses descompassos não aconteçam e comprometam o fluxo de caixa, é necessário que haja entrosamento entre os setores, para que as decisões a serem tomadas sejam antes conversadas e analisadas com o administrador financeiro, para um conjunto verificar e conhecer os possíveis impactos no caixa, e assim, preservar os interesses da empresa. (SILVA, 2005, p. 13)

Por sua vez, Assaf Neto e Silva (2002) completam explicando que o FC não

deve ser visto como uma preocupação única do setor financeiro, mas deve ter o

comprometimento de todos os setores da organização com os resultados líquidos de

caixa.

Abaixo alguns dos setores citados por Assaf Neto e Silva (2002) que

influenciam diretamente ou indiretamente nos impactos que poderão refletir no caixa.

a) setor de produção: alterações nos prazos de fabricação, nos custos de

produção, têm importantes reflexos sobre o caixa;

b) setor de compras: mudanças na política de compras, nos prazo de

pagamento devem ser tomadas de maneira ajustada com os saldos

disponíveis de caixa. Deve haver sincronização com o FC e setor de

vendas;

c) políticas de cobrança: ágeis e eficientes, permitem colocar recursos mais

rapidamente disposição da empresa, são importantes reforços de caixa;

d) área de vendas: manter um controle mais próximo sobre os prazos

concedidos e hábitos de pagamento dos clientes, fatores que podem

pressionar negativamente o FC;

e) setor financeiro: deve avaliar o perfil de seu endividamento, de forma que

seus desembolsos ocorram concomitantemente à geração de caixa da

empresa.

2.1.6 Vantagens

Padoveze (2006) afirma que muitos analistas financeiros entendem que a

demonstração do fluxo de caixa é superior também, em termos informacionais e

para tomadas de decisão, à demonstração do resultado do exercício. A

34

demonstração de resultado do exercício trabalha com regime de competência,

apresenta o resultado do período independente do pagamento ou recebimento, e

apura apenas despesas e receitas, já o fluxo de caixa apura saldos positivo e

negativo em função do pagamento e recebimento efetuado e considera também

todas entradas que não são receitas, aumento de capital e saídas que não são

despesas, amortizações, aquisição de permanentes.

O FC pode apresentar muitas vantagens à empresa que o utiliza como

ferramenta de planejamento como instrumento de verificação das situações

presentes e futuras do fluxo de caixa na empresa, posicionando-a para que não

chegue a situações de não-liquidez, com o cuidado de que não haja excessos

monetários de caixa, e, se houver, serão devidamente aplicados. (MATARAZZO,

2003)

A partir da leitura dessa demonstração, pode-se chegar a algumas

ponderações, como, quais as causas das mudanças na situação financeira da

empresa, como a empresa mantém seus pagamentos em dia se os resultados vêm

sofrendo baixas, se os recursos gerados pela empresa são suficientes, se a política

de investimento é adequada, etc. (JESUS, 2010).

Outras vantagens do fluxo de caixa destacadas por Sá (2014):

a) auxilia a interpretar a realidade de seu negócio, já que o fato de caixa não

está sujeito a interpretações. Ou o dinheiro entrou ou não entrou; ou saiu

ou não saiu. Isto significa que o fluxo de caixa reproduz um retrato sem

distorções da realidade da empresa. Daí, pode-se dizer que o lucro é uma

opinião e o fluxo de caixa é um fato;

b) é imediato, ou seja, pode ser tirado diariamente, o que proporciona ao

administrador uma radiografia permanente atualizada de sua empresa,

permitindo maior eficiência;

c) tanto olha para trás como olha para frente, o que permite ao administrador

projetar, dia a dia, dentro de determinados limites, a evolução de seu

disponível de forma que possa tomar, com a devida antecedência, as

medidas que se façam necessárias para enfrentar a escassez ou o

excesso de recursos;

d) pode ser usado como instrumento de avaliação de investimento.

35

2.1.7 Desvantagens

Padoveze (2006) destaca que um controle patrimonial feito somente pelo

fluxo de caixa é insuficiente por que:

a) o fluxo de caixa evidencia apenas um pequeno grupo de contas

patrimoniais (caixa, banco e aplicações financeiras). Contudo, uma

entidade possui um conjunto muito maior de elementos a serem

controlados;

b) não evidencia com clareza o movimento das operações da entidade, à

medida com que eles ocorrem;

c) não identifica os saldos a receber e a pagar dos elementos patrimoniais,

impossibilitando uma avaliação da necessidade de capacidade financeira

para cumprir as exigências futuras de caixa.

Gropelli e Nikbakht (2006) citam que este demonstrativo apesar de importante

por esclarecer algumas distorções dos relatórios do resultado e do balanço,

decorrentes de práticas contábeis, está sujeito a várias deficiências por existir

algumas atividades que não estão presentes na elaboração do mesmo.

Percebe-se, portanto a importância da conciliação das demonstrações

contábeis, onde juntas se completam, oferecendo ao gestor uma maior segurança

em suas tomadas de decisão.

2.1.8 Como elaborar um fluxo de caixa

2.1.8.1 Definir qual método de elaboração será utilizado

De acordo com Padoveze (2006), o fluxo de caixa tem duas apresentações

básicas:

a) o método indireto evidencia a movimentação do saldo de caixa, partindo da

geração de caixa mediante a demonstração de resultado e das variações

dos elementos patrimoniais do balanço que geram ou necessitam de caixa.

b) o método direto evidencia a movimentação do saldo de caixa, coletando

informações das entradas e saídas das contas de disponibilidades (caixa,

banco e aplicações financeiras).

O autor ainda afirma:

36

Nos dois métodos, o fluxo de caixa deve ser apresentado segregado por grupos de movimentações financeiras de natureza similar, para permitir uma analise mais adequada acerca da geração de lucro e caixa, bem como da movimentação financeira do período. Dessa maneira o fluxo de caixa é apresentado em três grandes segmentos de informações: fluxo de caixa das atividades operacionais, fluxo de caixa das atividades de investimentos e fluxo de caixa das atividades de financiamentos. (PADOVEZE, 2006, p. 185)

A demonstração de fluxo de caixa é classificada por atividades em três

categorias, conforme Adduci e Soares (2008):

a) atividades operacionais: referem-se aquelas operações que envolvem

produção e venda de produtos, ou prestação de serviços. Este grupo pode

ser uma ferramenta de análise da atividade que gera maior caixa

operacional, quando comparado com outros períodos;

b) atividades de financiamento: relacionadas com a obtenção de empréstimos

a curto e longo prazo, a emissão de ações representativas do capital e ao

pagamento de dividendos aos acionistas;

c) atividades de investimentos: fluxos de caixa associados com a compra e

venda de ativos imobilizados, a participação societárias.

2.1.8.1.1 Método direto

Apesar de opcional a escolha do método a ser utilizado, este método é o mais

recomendado pela The Financial Accounting Standards Board (FASB), entidade civil

que organiza as regras da contabilidade estadounidense, e International Accounting

Standards Board (IASB), a organização internacional sem fins lucrativos que publica

e atualiza os pronunciamentos contábeis internacionais.

Padoveze (2011) cita que este método, é estruturado a partir das

movimentações efetivadas financeiramente e constantes nos relatórios contábeis de

caixa e seus equivalentes. Na prática, é o método tradicionalmente utilizado pelos

gestores da tesouraria da empresa. Constam os valores efetivamente pagos, com

um mínimo de classificação para fins de análise.

De acordo com Iudícibus, Martins e Gelbecke (2003) o método direto explicita

as entradas e saídas brutas de dinheiro dos principais componentes das atividades

operacionais, como os recebimentos pelas vendas de produtos e serviços e os

pagamentos a fornecedores e empregados. O saldo final das operações expressa o

volume líquido de caixa provido ou consumido pelas operações durante um período.

37

Segundo estes mesmos autores a vantagem deste método é que gera

informações através de dados coletados diretamente dos registros operacionais da

empresa, fornece algumas informações a respeito do processo de formação da

liquidez da organização e ainda pode ser realizado diariamente, o que permite que

faça projeções diárias das entradas e saídas de caixa.

É importante que o saldo final do fluxo de caixa seja conciliado diariamente com o saldo do Disponível apurado pela Contabilidade. Esse controle diário garante que não ocorreram omissões de lançamentos, lançamentos em duplicidade ou erros de digitação que acabariam por desfigurar o fluxo de caixa e comprometer sua análise e interpretação. (SOARES; NUNES; SANTOS, 2009, p.29)

Quadro 1 - Demonstração de fluxo de caixa – Método direto. (continua)

DEMONSTRAÇÃO DE FLUXO DE CAIXA – MÉTODO DIRETO

Saldo inicial

Fluxo de caixa das atividades operacionais

Vendas a visa (+)

Recebimento de Clientes (+)

Adiantamento de clientes (+)

Duplicatas Descontadas (+)

Recebimentos de Juros (+)

Recebimento de Seguros (+)

Pagamento de Fornecedores (-)

Pagamento de Empregados (-)

Pagamento de Impostos (-)

Pagamento de Despesas Antecipadas (-)

Pagamento de Juros (-)

Pagamento de Seguros (-)

Pagamento de despesas gerais – energia elétrica, água (-)

(=) Caixa Líquido resultante das atividades operacionais

38

(conclusão)

Fluxo de caixa das atividades de financiamento

Recebimento por aumento de capital (+)

Recebimento por empréstimos obtidos (+)

Recebimento da empresa coligada (+)

Recebimento por emissão de ações (+)

Pagamento de empréstimo a coligada (-)

Lucros distribuídos (-)

(=) Caixa líquido resultante das atividades de financiamento

Fluxo de caixa das atividades de investimento

Recebimento por venda de imobilizado ou intangível (+)

Pagamento por aquisição de imobilizado ou intangível (-)

(=) Caixa líquido resultante das atividades de investimento

(=) Aumento/diminuição liquido de caixa e equivalentes de caixa

Fonte: Adaptado de Padoveze, 2011, p. 412

2.1.8.1.2 Método indireto

Este método parte do lucro líquido do período, que vai sendo ajustado por

itens que não representam efetiva saída ou entrada de caixa, Padoveze (2011)

explica, os principais elementos que serão introduzidos para elaboração deste

método, sendo os seguintes:

a) evidenciação do saldo inicial e final do caixa, e o valor de sua

movimentação do período;

39

b) detalha as variações ocorridas em todos os itens do ativo e do passivo

circulante;

c) segmenta em três atividades, da mesma forma que o método direto,

atividades operacionais, de financiamento e de investimento.

40

CAPÍTULO III

GESTÃO DE ESTOQUES

3 INTRODUÇÃO

Devido ao avanço do mercado e ao aumento de competitividade nos

negócios, os estoques deixaram de ser simples armazenamento e passaram a ter

uma expressiva importância para o desenvolvimento das empresas, servindo como

ponto estratégico na obtenção de resultados.

Machado (2004) evidencia que os estoques representam uma parcela

significativa do ativo circulante da empresa e, deste modo, influenciam diretamente

nas decisões financeiras da mesma, o que exige que haja uma maior atenção em

sua administração, planejamento e controle.

“O administrador deve levar em consideração que a análise detalhada dos

estoques é uma exigência imperiosa de sua atividade”. (POZO, 2008, p. 106).

Deste modo, Martins e Campos (2006) mencionam que toda empresa deve

definir como administrar seus estoques, determinando uma política a ser seguida e

um modelo de estoques adequado, de forma a minimizar os custos que os envolve e

atender prontamente à demanda do mercado, trazendo assim, vantagem competitiva

para a organização.

Por sua vez, Assaf Neto e Lima (2011) reforçam que os estoques costumam

compor uma considerável parcela dos ativos da maioria das empresas industriais e

comerciais. Desta forma, para melhorar a rentabilidade e a liquidez, as empresas

devem buscar uma alta rotatividade dos seus estoques. Contudo, para fazer isto

acontecer, a organização deve lidar com questões que requerem certa atenção,

como por exemplo, definir qual o montante da aplicação a ser feita e o volume ideal

de mercadoria a ser estocada a fim de atender às vendas e a possíveis imprevistos.

Analisando as vantagens de possuir estoques, deve-se compará-las com seus custos para decidir quanto deve ter de estoque e quando deve solicitar a reposição dos produtos que estão sendo vendidos ou consumidos no processo de produção. A decisão de quando e quanto comprar é uma das mais importantes a serem tomadas na gestão de estoques. (ASSAF NETO; SILVA, 2012, p. 197)

41

É relevante ressaltar que, segundo Tófoli (2012), a gestão de estoques é

vinculada a outras áreas operacionais da empresa, como as áreas de compras,

produção, marketing e finanças, onde cada qual possui um foco específico quanto

ao volume de investimento de materiais estocados necessários para prosseguir em

sua atividade. Porém, Machado (2004, p. 125) afirma que “a administração dos

estoques deve ser feita de maneira que os objetivos pessoais não se sobreponham

aos objetivos globais da empresa”.

Por fim, Martins e Campos (2006) asseguram que uma eficaz gestão de

estoques constitui-se de uma série de técnicas e ações que precisam ser estudadas

e adequadamente empregadas, a fim de possibilitar ao administrador verificar se os

estoques estão sendo bem planejados, manuseados, utilizados e controlados.

“O objetivo maior da administração de materiais é prover o material certo, no

local de produção certo e em condições utilizáveis ao custo mínimo para a plena

satisfação do cliente e dos acionistas”. (POZO, 2008, p. 39)

3.1 Conceito de estoques

Os estoques representam segundo Tófoli (2012), os bens físicos adquiridos

pela entidade que são mantidos em função de utilização futura à espera de venda,

produção ou consumo próprio.

Assaf Neto (2008) define os estoques como produtos, materiais ou

mercadorias que são mantidas acessíveis pela empresa, com a finalidade de

prosseguirem no curso produtivo, normal ou de comercialização dos mesmos.

De acordo com Martins e Campos (2006), os estoques são vistos como

recursos produtivos e elementos reguladores de uma empresa, os quais interferem

tanto no fluxo de produção, como no fluxo de vendas e criam valor para o

consumidor final.

Os estoques possuem a significante função de tornar o fluxo econômico da

empresa contínuo, afirmam Assaf Neto e Lima (2011).

Martins e Campos (2006, p. 167) complementam que “os estoques são

encarados como um fator potencial de geração de negócios e lucros”.

Os estoques são representados, por exemplo, pelo conjunto de matéria-

prima, produtos em fabricação, produtos acabados, mercadorias para revenda,

42

almoxarifados, assim como também materiais auxiliares, materiais de manutenção,

materiais de escritório, materiais de embalagem, entre outros.

3.2 Controle de estoques

Pozo (2008) elucida que além da atenção com a quantidade, a gestão de

materiais deve constantemente buscar a redução dos valores monetários aplicados

aos seus estoques, visando mantê-los os mais baixos possíveis e dentro de níveis

de segurança, tanto no âmbito financeiro, como nos volumes para atender ao

mercado.

O autor exemplifica ainda, as justificativas para a avaliação dos estoques:

a) assegurar que o capital imobilizado em estoques seja o mínimo possível; b) assegurar que estejam de acordo com a política da empresa; c) garantir que a valorização do estoque reflita exatamente seu conteúdo; d) o valor desse capital seja uma ferramenta de tomada de decisão; e) evitar desperdícios como obsolescência, roubos, extravios, etc. (POZO, 2008, p.88)

Assaf Neto (2008, p. 586) relata que “grande ênfase deve ser atribuída à

fixação de políticas de compras e critérios de controle, e também à análise desses

ativos como reflexo de uma decisão financeira de investimento”.

Do mesmo modo, Pozo (2008), também afirma que todas as organizações

devem se preocupar com o controle de estoques, em função de estipular seus níveis

levando em conta os melhores parâmetros econômicos e atendendo à demanda do

mercado.

Assim, Gitman (2004) conclui que o principal objetivo da administração de

estoques é girá-los o mais rapidamente possível, sem perder vendas por faltas de

estoque.

Conforme Tófoli (2012), os requisitos essenciais para se ter um controle de

estoques são:

a) conferir os itens recebidos pelos fornecedores;

b) organizar a estocagem das mercadorias;

c) fixar controles de entradas e saídas, sempre acompanhando os saldos

destas;

d) efetuar contagens periódicas dos produtos estocados, conforme o melhor

método escolhido;

43

3.2.1 Métodos de elaboração do controle de estoque

Na gestão de estoques são utilizados modelos de avaliação realizados por

meio de inventários e de fichas de controle, que são indispensáveis no auxilio da

apuração dos resultados ao fim do período contábil, como também na determinação

do custo das mercadorias e da valorização do estoque.

3.2.1.1 Inventário físico

Martins e Campos (2006) definem o inventário físico como uma contagem

física dos elementos do estoque, realizada geralmente no encerramento do exercício

social das organizações, e o classifica em dois modos que possuem grande

importância no auxilio do fluxo de caixa da empresa. Podem ser: periódico e

permanente.

3.2.1.2 Inventário periódico

O Sistema de Inventário Periódico não mantém fichas de controle de estoque.

Através deste método, Padoveze (2004) elucida que as transações não são

registradas no momento em que acontecem, mas que, em apontados períodos são

realizados levantamentos físicos das quantidades e dos valores dos itens estocados.

Desta forma, quando ocorrem as vendas de mercadorias são efetuados

lançamentos apenas da receita, sendo o custo da mercadoria vendida apurado

somente no final do período e obtido através da utilização direta de sua fórmula.

Este sistema proporciona um modelo mais econômico para a empresa, mas

deixa muito a desejar no âmbito de controle.

3.2.1.3 Inventário permanente

O Sistema de Inventário Permanente consiste em apurar as operações de

entrada e saída de mercadorias dos estoques no exato momento em que estas

acontecem, alimentando deste modo as fichas de controle de estoque, onde,

conforme Padoveze (2004), pode se obter informações como, a quantidade e o valor

44

final dos elementos em estoque a qualquer momento e constantemente, acarretando

desta forma um maior controle sobre as operações.

Utilizando este sistema, Silva (2007) considera que a cada operação de

venda são realizados dois lançamentos contábeis:

a) da venda: no qual se registra o fato da venda da mercadoria, e o

lançamento é efetivado com o preço de venda; e

b) da baixa da mercadoria no estoque: onde é considerada a redução do

estoque da mercadoria comercializada, utilizando neste lançamento o custo da

mercadoria vendida, ou CMV.

Ainda assim, Silva (2007) conclui que no sistema de inventário permanente, o

CMV será sempre atualizado a cada operação de venda desempenhada, de modo

que, se for calculado o estoque inicial mais as compras menos o estoque vendido se

alcançará o estoque final seja qual for à época.

Para Padoveze (2004), fundamentalmente são utilizadas as fichas de

controle, onde são registradas e controladas as quantidades e valores das

aquisições, a definição dos custos das saídas e o saldo final por item dos estoques

de mercadorias.

3.3 Critérios de avaliação de estoques

Pelo fato de as mercadorias serem adquiridas em momentos diferentes e

consequentemente a preços distintos, como forma de controle da gestão, se faz

necessário empregar critérios para avaliar o valor do estoque e definir o custo de

saída que estes produtos terão.

Sendo empregados conforme o Sistema de Inventário Permanente, os

critérios mais conhecidos são: Preço Específico, PEPS, UEPS, Custo Médio

Ponderado Móvel e Custo Médio Ponderado Fixo.

3.3.1 Preço específico

Ribeiro (2005) define o Preço Específico como o método que visa atribuir a

cada unidade do estoque, estas de fácil identificação física, o seu valor de aquisição,

isto é, seja no momento de venda ou no caso de estocagem, os itens serão

avaliados pelos seus respectivos custos específicos.

45

3.3.2 PEPS

Também conhecido pelas iniciais inglesas FIFO, (first in, first out), este

método identificado como primeiro que entra, primeiro que sai, baseia-se na saída

das primeiras mercadorias adquiridas, ou seja, as mercadorias mais antigas saem

primeiro e as compras atuais ou futuras permanecem em estoque até as primeiras

acabarem.

O critério PEPS traz como vantagem o fato de que os estoques finais são valorizados a preços mais recentes, fazendo com que o Balanço Patrimonial, onde apresentamos o Estoque final, esteja mais perto de uma realidade de preços de mercado à data do balanço. Traz em si a desvantagem de que o Custo das Mercadorias Vendidas está a preços antigos, prejudicando a Demonstração de Resultados. (PADOVEZE, 2004, p. 216)

3.3.3 UEPS

Neste critério fica determinada que a última mercadoria que entra em estoque

deve ser a primeira a sair, permanecendo conservadas as unidades mais antigas.

Conhecido em inglês como LIFO (last in, firstoff), este método traz a valoração do

saldo dos estoques fundamentada nos últimos preços.

O critério UEPS traz como vantagem o fato de que o Custo das Mercadorias Vendidas está a preços mais recentes, mais próximos de uma realidade dos custos de mercado à data do balanço. Porém, a desvantagem de trazer o estoque final a preços mais antigos evidencia no Balanço Patrimonial um número muito fora da realidade. (PADOVEZE, 2004, p. 216 e 217)

3.3.4 Custo Médio Ponderado Móvel

O Custo Médio Ponderado Móvel consiste em definir um preço médio para a

venda dos produtos, este, sendo calculado e atualizado entre cada entrada e saída

de estoque. Assim, é designado móvel pelo custo se alterar a cada aquisição com

valor unitário diferente dos que já estiverem no estoque presente.

Neste caso, Ribeiro (2005) exemplifica que a cada entrada de unidades com

custo unitário diferente do custo unitário do estoque, deve-se somar a quantidade e

o valor total da entrada com, respectivamente, a quantidade e o valor total existente

em estoque, posteriormente dividindo-se o total do valor obtido pela quantidade total

encontrada, auferindo assim o novo valor unitário do item.

46

O preço médio não traz nenhuma vantagem teórica, pois, nem o custo das mercadorias está a um valor perto da realidade, e tampouco o valor do estoque final que será apresentado no Balanço. A sua vantagem é basicamente operacional. (PADOVEZE, 2004, p. 217)

3.3.5 Custo Médio Ponderado Fixo

De acordo com Ribeiro (2005), o Custo Médio Ponderado Fixo só pode ser

empregado em entidades que usem o sistema de inventário periódico, uma vez que,

por este método todos os produtos estocados e vendidos são valorados somente no

final do período, depois da última aquisição realizada, pela média dos custos dos

itens disponíveis durante este momento.

Seu cálculo incide em dividir o preço total dos itens em estoque, pela

quantidade total dos mesmos.

3.3.6 Método de escolha do critério de avaliação dos estoques a utilizar.

Definir qual método usar depende de múltiplos fatores, inclusive de como a

empresa é administrada, de qual o objetivo do negócio e principalmente de como a

economia do país influenciará nos efeitos, especialmente porque cada critério

separadamente interfere no resultado do exercício de maneira diferente.

Padoveze (2004) evidencia, que o método do PEPS apresenta menores

custos e maiores lucros, enquanto, o UEPS expõe custos mais altos e lucros mais

baixos. Já o Custo Médio determina um custo e um lucro médio entre estes dois

outros resultados.

Diante disto, Ribeiro (2005) deixa claro, que no Brasil não é autorizada a

adoção do critério UEPS, justamente por seus efeitos distorcerem os resultados e a

realidade. Além de, pelo fato do lucro ser menor, ocasionar uma menor tributação do

Imposto de Renda devido pelas empresas.

Contudo, Padoveze (2004, p. 217) confirma que:

[...] contabilmente a adoção desse critério é permitida. Se uma empresa assim o fizer, não estará infringindo nenhum Principio Fundamental de Contabilidade. Terá apenas que fazer uma adequação em sua Demonstração de Resultados para fins de recolhimento do Imposto de Renda.

47

3.3.7 Preço de reposição

O Preço de Reposição é considerado como um elemento de avaliação dos

inventários, que visa analisar os valores das próximas aquisições, conforme ressalta

Padoveze (2004).

Neste mesmo entendimento, Assaf Neto e Lima (2011, p. 719) exemplificam

que “o Preço de Reposição pode ser interpretado como o preço corrente (preço

hoje) de repor todos os estoques da empresa, ou seja, o custo baseado nos valores

de mercado”.

Este pode ser conhecido por meio das listas de preços dos fornecedores e,

embora, ainda de acordo com Padoveze (2004), infrinja Princípios da Contabilidade

por produzir um custo e um lucro que ainda não ocorreram, traz a vantagem de

prevê-los antes de sua concretização.

3.3.7.1 Formas de reposição de estoques

Há três modos de se repor estoques:

a) Reposição Contínua: onde a entidade realiza aquisições de todas suas

mercadorias de maneira ininterrupta.

b) Reposição Periódica: a empresa emite pedidos de reposição de acordo

com os níveis de estoques definidos através de análises periódicas.

c) Reposição por Ponto de Pedido: em que os pedidos de reposição são

efetivados em um determinado ponto do nível dos estoques. (PORTAL

EDUCAÇÃO, 2013)

3.4 Outras técnicas comuns de administração de estoques

As organizações também utilizam outras técnicas de controles de estoques

que buscam diminuir os custos e os riscos, visando manter volumes de estoques em

níveis admissíveis. Cabe às empresas determinarem qual deles é o mais

conveniente e econômico para sua atividade.

A decisão de aumentar ou diminuir o prazo de estocagem, comprar mais ou menos quantidades por lote e melhorar o tempo do processo produtivo são típicas decisões de investimento tomadas por uma empresa. (ASSAF NETO; SILVA, 2012, p. 235)

48

3.4.1 Curva ABC

Pozo (2008) explana que o principio da Curva ABC foi organizado

inicialmente, por Vilfredo Pareto, na Itália, por volta de 1897 em um estudo sobre

distribuição de renda e riqueza da população local. Mais tarde tornou-se uma

técnica muito utilizada pelos administradores, no âmbito de auxiliar na avaliação de

estoques, fabricação, vendas e demais atividades, visando retratar uma política mais

apropriada para as mesmas.

O sistema incide em classificar os elementos de estoque diante de sua

representatividade para a empresa, em termos de quantidade, custos e participação

nos investimentos. Para sua construção é necessário apenas multiplicar as

quantidades estocadas pelos seus valores de aquisição. Desta forma, os estoques

se separam em três grupos: A, B e C.

No grupo A estão os poucos e mais importantes itens que, segundo Assaf

Neto e Lima (2011) exigem maiores cuidados em seu controle, com verificações

diárias de seu nível, por representarem as unidades com maior investimento em

valor monetário na empresa, isso geralmente por terem baixa rotatividade e alto

valor estocado.

O grupo B é representado pelos itens intermediários, assim os segundos em

importância e médios em quantidade que, para Assaf Neto (2008) podem merecer

um controle menos frequente, com uma verificação periódica de seus níveis.

Já para o grupo C, Gitman (2004) afirma que os itens exigem menores

investimentos e constituem maiores quantidades, portanto, para seu controle podem

ser utilizadas técnicas menos sofisticadas como o método das duas gavetas, por

exemplo.

Através da utilização da Curva ABC a administração consegue obter uma

melhor visão sobre o nível de compra e de investimento destes diferentes itens e

assim, evitar distorções perigosas para a empresa.

3.4.2 Sistema de Duas Gavetas

De acordo com Martins e Campos (2006), também conhecido como Modelo

de Reposição Contínua, o Sistema de Duas Gavetas é muito utilizado para itens de

49

baixo valor, onde o sistema de suprimento é normal e a compra de materiais é mais

simples, sem a necessidade de cálculos.

A denominação “duas gavetas ou duas caixas” explica a ideia de guardar um mesmo material em duas gavetas ou caixas. São vendidos primeiramente os materiais da “primeira gaveta” e, ao se iniciar a utilização do material da segunda gaveta, é o momento de se efetuar um pedido de renovação de estoque. (TÓFOLI, 2012, p. 113)

3.4.3 Lote econômico

O lote econômico, conhecido também por EOQ (Economic Ordering Quantity)

ou ainda por Lote Econômico de Compra (LEC), é um modelo de controle que visa

estabelecer o volume de itens estocados, assim como determinar qual é a

quantidade e o momento ideal para se realizar um novo pedido, objetivando reduzir

os custos do estoque.

O lote econômico deve ser entendido como uma ferramenta para auxiliar na tentativa de estabelecer parâmetros para as duas questões fundamentais da gestão de estoque: quanto comprar e quando comprar. (ASSAF NETO; SILVA, 2012 p. 221)

Assaf Neto e Lima (2011) observam que a técnica do lote econômico busca

equilibrar o custo de manter os estoques e o custo de pedi-los. Pois é certo que,

quando se faz pedidos em maiores quantidades, a frequência de solicitações é

reduzida, diminuindo em consequência o custo dos pedidos, porém aumentando os

custos de armazenagem destes.

Machado (2004) e Gitman (2004) demonstram a forma de estimar o Lote

Econômico de Compra.

3.4.4 Sistema de Renovação Contínua

Martins e Laugeni (2006) definem o Sistema de Renovação Contínua como o

modelo que incide em emitir uma ordem de reposição do estoque, na quantidade

determinada no lote econômico, assim que o estoque de material atingir o nível de

estoques calculado, ou seja, seu ponto de pedido.

Conforme Martins e Campos (2006), este modelo também é conhecido como

modelo do lote padrão, sistema de estoque mínimo ou sistema do ponto de

reposição.

50

3.4.5 Sistema de Renovação Periódica

Denominado também como Sistema de Reposição em Períodos Fixos e como

Sistema de Estoque Máximo, Tófoli (2012) explica que neste método de controle de

estoque, os pedidos de reposição são realizados em intervalos de tempos fixos

designados para cada produto, devendo estes variarem de item para item, a fim de

diminuir o custo de estocagem.

“A quantidade comprada em cada encomenda, somada à quantidade

existente em estoque, deve ser suficiente para atender à demanda até a reposição

do pedido seguinte”. (TÓFOLI, 2012, p.114)

3.5 Sistema de planejamento de estoques

“O planejamento e controle dos itens estocados é fundamental para uma

adequada administração de materiais [...]”. (MACHADO, 2004, p.123)

Os materiais imobilizados em estoque são onerosos e têm custos muito

elevados para uma empresa. Diante disto, Pozo (2008) afirma que o objetivo maior

da administração dos estoques é reduzi-los ao máximo, ação esta, que se não for

bem esquematizada pode ocasionar sérios riscos para a organização, como por

exemplo, a falta de estoque.

Este fato geralmente ocorre por ser impossível prever a demanda futura e a

previsão de uso deste estoque, que comumente é mantido pela empresa para uso

imediato. Desta forma, se o consumo for maior do que o esperado, a empresa não

terá nível de estoque suficiente para atender ao mercado.

Temos, portanto, que dimensionar adequadamente as necessidades de estoques em relação à demanda, às oscilações de mercado, às negociações com os fornecedores e à satisfação do cliente, otimizando-se os recursos disponíveis e minimizando os estoques e custos. (POZO, 2008, p. 43)

É exatamente para se precaver destas e outras incertezas do comércio que

deve-se realizar um bom planejamento de estoques, para o qual, inicialmente, faz-se

necessário estabelecer os objetivos, analisando os custos e o nível de serviço.

51

3.5.1 Custo de estoque

O Planejamento de estoques, conforme Pozo (2008) pretende balancear os

custos que integram as operações com estoques, para desta forma, atender melhor

à demanda do mercado e a pretensão dos acionistas.

É perfeitamente compreensível que esses custos são conflitantes, pois quanto maior a quantidade estocada maior será seu custo de manutenção. Maior estoque requer menor quantidade de pedidos, com lotes de compras maiores, o que implica menor custo de aquisição e menores problemas de falta ou atraso e, consequentemente, menores custos também. (POZO, 2008, p. 44)

Portanto, o planejamento objetiva minimizar o custo total dos estoques,

conforme descrito a seguir.

3.5.1.1 Tipos de custo de estoque

Há várias espécies de custos que compõem os estoques, entre eles Pozo

(2008) evidencia como os mais importantes em sua formação o: Custo de pedido;

Custo de manutenção e Custo por falta de estoque.

3.5.1.1.1 Custo de pedido

De acordo com Pozo (2008), o custo de pedido refere-se a todos os gastos

fixos e variáveis decorrentes da necessidade de adquirir determinados produtos e

está inteiramente vinculado com a quantidade destes pedidos.

Nele são inclusos “os gastos com departamento de compras, despesas de

transporte, despesas associadas ao recebimento e inspeção dos materiais [...], etc”.

(ASSAF NETO; LIMA, 2011, p.715)

3.5.1.1.2 Custo de manutenção de estoque

Designado por Assaf Neto e Lima (2011), também como custo de

carregamento, o custo de manutenção de estoque compreende todas as despesas

empregadas para manter os produtos estocados.

52

Este grupo envolve os “custos de armazenagem, despesas com seguros,

eventuais perdas, deterioração e obsolescência, impostos e taxas etc”. (ASSAF

NETO, 2008, p. 611)

3.5.1.1.3 Custo por falta de estoque

Segundo Pozo (2008), os custos que uma empresa terá de arcar diante de

um atraso no prazo de entrega de um produto ou de um cancelamento de venda por

falta de estoque por não ter um adequado planejamento do mesmo, podem ser

muito mais onerosos do que em qualquer outra circunstância e podem trazer sérios

problemas para a organização. Situações como estas denigrem a imagem da

empresa e geram além de transtornos aos clientes, prejuízos imensuráveis para o

negócio, afetando principalmente sua confiabilidade.

3.5.2 Objetivo de nível de serviço

Pozo (2008) exemplifica que este conceito visa atender às necessidades dos

clientes, avaliando o nível de estoques para atender a qualquer solicitação do

mercado.

Desta forma, a melhor alternativa é definir níveis de estoque, que garantam a

disponibilidade de produtos às demandas, assim como tornem mínimo seus custos.

3.5.2.1 Níveis de estoque

Estabelecer os níveis de estoque na etapa de planejamento incide

fundamentalmente em fixar o estoque mínimo, estoque de segurança e estoque

máximo.

3.5.2.1.1 Estoque mínimo

Também chamado de Ponto de Pedido, o Estoque Mínimo é identificado por

Pozo (2008), como a quantidade mínima de produtos que o estoque deve ter para

que se possa fazer pedidos de reposição sem correr riscos até estes serem

entregues.

53

De acordo com Tófoli (2012), esta quantidade mínima estocada deve ser

suficiente apenas para cobrir os níveis de estoque de segurança levando-se em

conta os tempos de entrega e de consumo diário deste período, para então os

pedidos de compra serem emitidos.

Assim, para definir tal quantidade e saber o momento exato de fazer novos

pedidos, utiliza-se a fórmula:

Emi = Er + Pe x C

Sendo,

Emi = estoque mínimo

Er = estoque de reserva ou segurança

Pe = prazo de entrega, e

C = consumo médio diário

3.5.2.1.2 Estoque de segurança

Refere-se a Estoque de Segurança consoante Pozo (2008) uma quantidade

reserva de produtos que a empresa mantém como forma de garantir que possíveis

imprevistos no momento da reposição dos estoques ou na variação da demanda não

prejudiquem o processo normal de comercialização dos itens e provoquem

transtornos aos clientes.

Desse modo, “quando o pedido é entregue pelo fornecedor, os níveis de

estoque ainda estão com os produtos, evitando-se que os mesmos sejam zerados”.

(PORTAL EDUCAÇÃO, 2013)

“Quanto menor a probabilidade de falta que se deseja, maior deverá ser o

volume do estoque de segurança”. (ASSAF NETO; SILVA, 2012, p. 215)

Devem-se considerar ainda os efeitos que a manutenção de determinado

volume deste estoque de segurança gerará para a organização, sendo evidente que

quanto maior ele for, maior serão os gastos a ele relativos, porém se inferior, poderá

acarretar a indesejada ruptura de estoques.

3.5.2.1.3 Estoque máximo

Pozo (2008, p. 65) define o Estoque máximo como “[...] o resultado da soma

do estoque de segurança mais o lote de compra”. O autor exemplifica que o nível

54

máximo de estoque deve ser determinado de forma que seu volume exceda essa

somatória em um valor que seja suficiente para suportar variações de mercado,

deixando uma margem que garanta que a cada novo lote de compra, o nível máximo

de estoque não aumente e onere os custos do mesmo.

Estoque máximo é a quantidade máxima de uma mercadoria ou matéria-prima que a empresa deve estocar. É importante saber: o espaço disponível de seu almoxarifado, o custo financeiro do estoque, lotes que demandam muito tempo para serem consumidos, produtos que requerem cuidados especiais de armazenamento e produtos voláteis ou que tenham características modificadas com o tempo. (CONAUD CONSULTORIA E AUDITORIA, 2014)

3.5.2.2 Tempo de reposição

Pozo (2008) corrobora que o Tempo de Reposição refere-se ao tempo levado

no processo de um pedido de aquisição. Assim, o TR é formado por três períodos:

1 - tempo para elaborar e confirmar o pedido ao fornecedor;

2 - tempo de processamento do pedido e entrega pelo fornecedor; e

3 - tempo de processamento e liberação do produto para a empresa.

E determinado pela fórmula:

TR = 1+2+3

Quanto menor seu resultado, melhor para a instituição.

3.5.2.3 Ponto de pedido

O Ponto de Pedido, ainda conforme Pozo (2008), menciona o momento em

que determinado produto atinge um número que garante o processo normal da

organização enquanto há a reposição do mesmo. Calcula-se pela seguinte

expressão:

PP = (C x TR) + ES

De modo que,

PP = ponto de pedido

C = consumo normal da peça

TR = tempo de reposição

55

ES = estoque de segurança.

Por fim, Pozo (2008) determina que a finalidade do Sistema Máximo-Mínimo é

que seja emitida uma requisição de compras para cada produto em específico toda

vez que o estoque ficar abaixo do nível do ponto de pedido. Ele é elaborado através

de gráficos que mostram exatamente a situação do produto em estoque.

3.5.3 Análise do planejamento de estoque

Machado (2004) estabelece que os principais objetivos a serem alcançados

com o eficaz planejamento e controle de estoques são:

a) atender o planejamento de movimentação das mercadorias, evitando assim

cessações no processo por falta de materiais.

b) monitorar a qualidade dos itens estocados, buscando reduzir desta forma o

índice de produtos defeituosos.

c) fiscalizar a aplicação dos materiais, impedindo prejuízos e desperdícios.

Segundo Assaf Neto e Silva (2012) devido o estoque ser considerado um

investimento realizado pela empresa, deve-se conjugar a apuração do resultado

deste investimento, de forma a, posteriormente, determinar seu retorno e relacionar

a margem obtida a cada produto com seu giro.

3.5.3.1 Apuração dos resultados

Para a apuração dos resultados do exercício são empregados conceitos e

fórmulas fazendo-se necessário determinar os custos das operações de forma a

encontrar os resultados e registrá-los.

Desta forma deve ser determinado o Custo da Mercadoria Vendida que

representa “o valor de custo das mercadorias adquiridas para revenda que foram

vendidas”. (PADOVEZE, 2004, p. 207).

A cada operação de venda de mercadorias várias alterações incidem no

balanço inicial da organização. Há o aumento no caixa pelo recebimento da venda, a

diminuição do estoque de mercadorias pela saída do item e o aumento do

patrimônio liquido pelo lucro obtido no negócio. Porém, Padoveze (2004) afirma que

além do aumento do patrimônio líquido pela receita de venda, nele também incide

56

uma despesa pelo custo da mercadoria vendida, sendo este, o valor da compra

inicial da mercadoria que estava em estoque e foi comercializada. Assim, pode-se

afirmar, que o CMV é uma despesa ponderada pelo custo ou pelo preço de compra

das mercadorias.

Ribeiro (2005) trás a utilização da seguinte fórmula para calculá-lo extra

contabilmente:

CMV = Estoque Inicial (EI) + Compras (C) – Estoque Final (EF)

Esta se podendo adequar a diversas aplicações caso seja necessário

encontrar alguma de suas outras variantes.

Após a apuração do CMV, Ribeiro (2005), ainda explana que deve ser

elaborado o Resultado com Mercadorias ou RCM, a fim de se identificar o resultado

final do período. Sua fórmula extra contábil é composta por:

RCM = Vendas Líquidas (VL) – CMV

O resultado do RCM corresponde ao lucro ou prejuízo bruto apurado sobre as

vendas, que servirá de base para a apuração do resultado do exercício.

A apuração contábil do resultado da conta de estoques, segundo Ribeiro

(2005) consiste em transferir os saldos das contas participantes das fórmulas do

CMV e do RCM para, respectivamente, as próprias contas do CMV e do RCM nos

livros Diário e Razão até o saldo destes serem apurados.

Por fim, com os saldos determinados na conta do RCM, é feita a apuração

destes e transferido o valor final para a conta Lucro ou Prejuízo sobre Vendas,

conforme este for credor ou devedor, o qual enfim, deve ser deslocado para a conta

Resultado do Exercício na apuração do resultado líquido.

3.5.3.2 Retorno de capital

Avaliar o Retorno de Capital da empresa é uma das maneiras de se verificar

como o planejamento e a gestão de estoques caminham.

57

Pozo (2008, p. 46) afirma que “a avaliação do Retorno de Capital investido em

estoques (RC) é baseada no lucro das vendas anuais sobre o capital investido em

estoque”.

A fórmula que o determina é dada pela expressão:

RC = Lucro / Capital em Estoque

Para expressar uma adequada gestão de estoques, Pozo (2008) ainda

evidencia que o resultado do retorno de capital deve ser superior ao coeficiente 1, e

quanto maior este for, melhor será a administração.

3.5.3.3 Giro de estoques

O Giro de Estoques é outro método utilizado para analisar se a administração

de estoques está sendo planejada adequadamente.

De acordo com Gitman (2004), o giro de estoques é um índice que mede a

liquidez do estoque de uma organização, definindo quantas vezes, por unidade de

tempo, o estoque girou.

É calculado da seguinte maneira:

Giro de Estoques = Custo dos produtos vendidos

Estoque

A análise do resultado deste índice só pode ser interpretada quando

confrontada com a de outros períodos ou de outras entidades do mesmo ramo.

Pozo (2008), elucida que conhecendo a rotatividade dos estoques, é possível

também determinar o tempo (em meses, semanas ou dias) pelo qual ele suporta a

demanda presente. Para isto, basta dividir a quantidade de tempo em que se deseja

definir por ano pelo valor encontrado no giro de estoques.

Portanto,

Tempo = (meses, semanas ou dias)

giros por ano

58

“Quanto maior for o número de rotatividade, melhor será a administração

logística da empresa, menores serão seus custos e maior será sua competitividade”.

(POZO, 2008, p. 48)

3.6 Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC

A fim de elaborar e emitir pronunciamentos técnicos a serem seguidos pela

Contabilidade foi emitido o Comitê de Pronunciamentos Contábeis, que tem por sua

principal visão centralizar e harmonizar tais normas aos padrões internacionais.

De tal forma, foi desenvolvido o CPC 16, a norma regulamentadora dos

estoques no âmbito Brasileiro, que proporciona orientação sobre a determinação do

valor de custo dos estoques e sobre o seu subseqüente reconhecimento como

despesa em resultado, assim como a respeito dos métodos e critérios para atribuir

custos aos estoques.

Traz por definição de estoques, os ativos mantidos para o curso normal dos

negócios, seja para venda, produção, consumo ou prestação de serviços.

Estes devem ser mensurados pelo valor de custo ou pelo valor realizável

líquido, dos dois, o menor. Sendo o valor de custo estimado diante a soma de todos

os valores incididos para trazer os estoques à condição e localização final. E o valor

realizável líquido considerado perante o preço de venda estimado, subtraído dos

custos aferidos para sua finalização e concretização.

Impõem que os custos necessitam ser atribuídos aos estoques através de

critérios e métodos de valoração como, por exemplo, o de identificação específica, o

PEPS ou o Custo Médio Ponderado. Onde seu custo é reconhecido como despesa

quando há saída de estoque e a relativa receita é identificada, sendo a partir deste

momento registrado como despesa do período.

O Pronunciamento tratado evidencia que segundo a divulgação nas

demonstrações contábeis devem ser anunciadas as políticas de mensuração dos

estoques; o valor total escriturado dos mesmos; seu valor justo menos os custos de

venda; o reconhecimento do valor dos estoques como despesa do período; assim

como os casos de redução destes, e de reversão e das circunstâncias que

conduziram a este fim; e enfim, o valor de estoques dados como penhor de

garantias de passivos. (CPC 16, 2009)

59

CAPÍTULO IV

ESTUDO DE CASO

4 INTRODUÇÃO

Com o intuito de desenvolver um estudo sobre a importância da conciliação

do Fluxo de Caixa Gerencial e o Controle de Estoques, foi realizado um estudo de

caso na empresa Armazém da Construção de Lins LTDA – ME, no período de

fevereiro a outubro de 2014. Após análise foi identificada uma falta de sincronia

entre o setor de compras e o setor de contas a pagar, ou seja, as compras eram

efetuadas sem avaliar a capacidade de pagamento momentânea, gerando

dificuldades na administração do seu caixa.

Portanto, combinar as informações contidas no controle de estoque e no

fluxo de caixa para o gerenciamento operacional da atividade comercial, pode definir

o melhor momento para a reposição dos estoques, detectando o momento ideal para

aquisição de mercadorias, diminuindo o risco de não haver recursos disponíveis no

caixa no momento do pagamento de seus fornecedores.

Sendo assim, serão apresentadas planilhas desenvolvidas através do

levantamento de dados da movimentação de caixa e as compras realizadas pela

empresa no mesmo período. Para elaboração deste estudo fez-se necessária a

coleta e verificação de documentos e informações, essenciais para entender os

conceitos, métodos e formas de controle do Fluxo de Caixa e estoques utilizados

pela empresa.

Os demonstrativos que serão descritos neste capítulo são fictícios, o que não

invalida o resultado alcançado.

Para o desenvolvimento da pesquisa, utilizou-se o método Estudo de Caso

que é caracterizado pelo estudo profundo e exaustivo de um ou de poucos objetos,

de maneira a permitir o seu conhecimento amplo e detalhado, e, através do método

de Observação Sistemática foi observado, acompanhado e analisado o processo de

coleta de dados, onde posteriormente, com estes, foram elaboradas planilhas para

fim de análise.

60

Para a eficácia da aplicação dos métodos, foram utilizadas as seguintes

técnicas: Roteiro de Estudo de Caso (Apêndice A); Roteiro de Observação

Sistemática (Apêndice B); Roteiro do Histórico da Empresa (Apêndice C); Roteiro de

entrevista para o Gerente Administrativo (Apêndice D); Roteiro de entrevista para o

Gerente Financeiro (Apêndice E); Roteiro de entrevista para o Gerente Geral

(Apêndice F); Planilha de Controle de Estoques (Apêndice G); Planilha de Dados

Complementares do Controle de Estoques (Apêndice H); Planilha de Fluxo de Caixa

– Junho/2014 (Apêndice I); Planilha de Fluxo de Caixa – Julho/2014 (Apêndice J);

Planilha de Fluxo de Caixa – Agosto/2014 (Apêndice K).

4.1 Elaboração do fluxo de caixa

Para comprovar o que foi desenvolvido na parte teórica, elaborou-se o fluxo

de caixa atual da empresa, onde foi demonstrada a origem e aplicação das entradas

e saídas de recursos financeiros de um determinado período.

Através de visitas periódicas à empresa foram coletadas informações, com o

auxílio de seus colaboradores, e elaborado um demonstrativo próximo à realidade.

Ao analisar as necessidades da empresa, percebe-se que a elaboração do

fluxo de caixa deveria ser diária e não mensal, já que o principal objetivo desta

análise seria visualizar como estariam distribuídas as sobras de caixa dentro do mês

para que pudesse direcionar de forma eficiente a reposição de estoques.

O fluxo de caixa foi assim elaborado.

4.1.1 Entradas

Iniciou-se colocando o saldo inicial do caixa, que é o saldo acumulado do dia

anterior.

Neste espaço foram inseridos:

a) vendas à vista: vendas recebidas em dinheiro;

b) cheques: considerados cheques à vista ou que foram descontados no dia;

c) a receber: boletos recebidos do dia;

d) cartão: apenas valores referentes aos pagamentos já efetuados pela

operadora de cartão;

e) outros: entradas extras (venda de máquinas e equipamentos). (Apêndice I).

61

Quadro 2 – Fluxo de caixa diário - Entradas

Fonte: elaborado pelas autoras (2014)

4.1.2 Atividades operacionais

São os gastos decorrentes do funcionamento da empresa. Deve conter custos

e despesas diretamente relacionados ao desempenho de suas atividades.

Para facilitar a análise, foram segmentadas as despesas agrupando as contas

similares. Esta distribuição facilita a avaliação e o controle dos gastos, podendo ser

planejados com maior eficiência a distribuição destes recursos.

Foram relacionados os valores conforme sua saída, portanto discriminados

apenas os valores após a efetivação do seu pagamento, pois nem sempre a entrada

de notas fiscais de compra representa a saída de recursos, já que estas podem ter

sido compras realizadas para pagamento a prazo. (Apêndice I).

Quadro 3 – Fluxo de caixa diário – Atividades operacionais (1)

Fonte: elaborado pelas autoras (2014)

01/jun 02/jun 03/jun 04/jun 05/jun

Saldo inicial 1.343,00R$ 1.343,00R$ 1.895,61-R$ 490,33R$ 1.597,32R$

Vendas à vista 1.058,70R$ 1.141,95R$ 439,30R$ 1.339,70R$

Cheque

A receber 4.104,55R$ 195,84R$ 481,40R$ 93,15R$

Cartão 2.021,37R$ 1.121,79R$ 204,40R$ 581,10R$

Outros

Total entradas -R$ 7.184,62R$ 2.459,58R$ 1.125,10R$ 2.013,95R$

01/jun 02/jun 03/jun 04/jun 05/jun

Atividades operacional -R$ 10.423,23R$ 73,64R$ 18,11R$ 8.015,90R$

Fornecedores 1.226,28R$ 6.374,75R$

Fretes 390,00R$ 480,00R$

Água e luz

Telefone e internet

Associação Com. 38,40R$

Propaganda 300,00R$

Sistema

Taxas bancárias 46,90R$ 11,33R$ 3,82R$

Taxa do cartão 79,29R$ 26,74R$ 6,78R$ 20,34R$

Mat. de consumo

Compras de equip.

Salários 6.620,41R$

Cesta básica 570,00R$

Pró-labore 600,00R$

Férias/13º salário

Contador 665,00R$

Limpeza 80,00R$

Seguro courier

Licenciamento Courier

Seguro loja

Aluguel terreno

Despesas com Imóvel 192,25R$

Outras despesas 28,00R$

62

Ainda nas atividades operacionais encontram-se impostos e taxas devidos

pela empresa, no âmbito federal, estadual e municipal conforme discriminado

abaixo. (Apêndice I).

Quadro 4 – Fluxo de caixa diário – Atividades operacionais (2)

Fonte: elaborado pelas autoras (2014)

4.1.3 Atividades de financiamentos

Relacionar o valor da parcela que se refere ao financiamento do Cartão do

BNDES contratado pela empresa para a aquisição de um veículo.

A empresa não apresenta outras atividades de financiamento, já que trabalha

minimamente com captação de recursos de terceiro. (Apêndice I).

Quadro 5 – Fluxo de caixa diário – Atividades de financiamento

Fonte: elaborado pelas autoras (2014)

4.1.4 Atividades de investimentos

Venda de ativo não circulante, no período avaliado, não houve nenhuma

atividade de investimento.

4.1.5 Saldo final

Primeiro efetuar o cálculo do total de saídas:

Atividades operacionais + Atividades de Financiamento + Retiradas

01/jun 02/jun 03/jun 04/jun 05/jun

Atividades de financiamento

Cartao BNDES

01/jun 02/jun 03/jun 04/jun 05/jun

Impostos e taxas

FGTS 770,59R$

ICMS

Cont. Confederativa

Simples nacional

IRRF

IPTU LOJA

IPTU Terreno

IPVA Courier

Outros impostos

63

Segundo o Saldo final diário:

E por último Saldo Acumulado

(Apêndice I).

Quadro 6 – Fluxo de caixa diário - saldos

Fonte: elaborado pelas autoras (2014)

4.1.6 Análise

Procurou-se detectar se há período de maior concentração de recebimento de

vendas para concentrar os pagamentos de fornecedores neste período. Para tanto,

para melhorar a análise, considerou-se o fluxo de caixa diário.

Em um primeiro momento observou-se a movimentação de três meses

consecutivos: junho (Apêndice I), julho (Apêndice J) e agosto (Apêndice K),

esperando-se que a maior concentração de recebimentos estivesse nos dias logo

após o quinto dia útil do mês. Porém, através dos meses analisados não foi

confirmado esta hipótese, ou seja, os recebimentos estavam distribuídos de forma

uniforme durante o mês, sem uma lógica específica.

Através de alguns ensaios, observou-se que seria melhor dividir as entradas e

saídas de caixa em três intervalos de 10 dias cada um, considerando do dia 01 ao

dia 10, de 11 a 20 e de 21 a 30/31, onde percebe-se que as vendas não ocorrem

esporadicamente, ou seja, não existe um período de pico para vincular a compra de

mercadoria com o período de maior sobra. Detectou-se ainda que as entradas e

saídas ocorridas entre os dias 11 e 20 de julho foram incomuns, já que a compra de

mercadoria efetuada foi decorrente de uma venda atípica do total de estoque de um

determinado produto.

A seguir são apresentadas as entradas e saídas dos meses de junho, julho e

agosto já distribuídos nos intervalos citados.

Total das entradas – Total das saídas

Saldo inicial + Total das entradas – Total das saídas

01/jun 02/jun 03/jun 04/jun 05/jun

Total saídas -R$ 10.423,23R$ 73,64R$ 18,11R$ 8.015,90R$

Saldo final diário -R$ 3.238,61-R$ 2.385,94R$ 1.106,99R$ 6.001,95-R$

Saldo Acumulado 1.343,00R$ 1.895,61-R$ 490,33R$ 1.597,32R$ 4.404,63-R$

64

Quadro 7 – Síntese do fluxo de caixa mensal por intervalo de dias - Entradas

Fonte: elaborado pelas autoras (2014)

Quadro 8 - Síntese do fluxo de caixa mensal por intervalo de dias - Saídas

Fonte: elaborado pelas autoras (2014)

Desta forma, pode-se observar que no mês de Junho houve uma maior

concentração de entradas no primeiro e terceiro período, no mês de Julho, este fato

ocorreu no terceiro período, já que no segundo período deve desconsiderar uma

venda esporádica no valor aproximado de R$ 30.000, que acabou gerando uma

compra do mesmo valor e no mês de agosto, o segundo período. Porém, o que se

pode constatar é que há um volume de recebimentos mais ou menos equilibrado nos

três períodos, excetuando o terceiro período de julho.

Outro fato importante a ser observado é que, as vendas parecem estar em

declínio mês a mês.

Já nas saídas no mês de Junho não teve um período de maior saída, Julho o

período de maior saída foi o primeiro (desconsiderar também o valor aproximado de

R$ 30.000 do segundo período) e no mês de Agosto constata-se que o primeiro e o

segundo foram as maiores saídas.

4.2 Elaboração do controle de estoque

Para análise de gestão de estoques, foi adotada a Média Ponderada Móvel.

Como a empresa apresenta uma variedade de produtos, como objeto de

estudo, foram escolhidos quatro produtos para análise: porta laminada, argamassa,

churrasqueira e rejunte; que dentre todos, são os que apresentam maior influência

nas compras.

Para elaboração mensal da planilha de Média ponderada, considera-se o

saldo inicial de cada produto, o saldo final referente ao mês de Maio/2014, as

ENTRADAS Dia 01 - 10 Dia 11 - 20 Dia 21 - 31 TOTALJUNHO 36.239,12R$ 22.018,20R$ 35.743,56R$ 94.000,88R$

JULHO 22.627,13R$ 56.349,70R$ 29.005,52R$ 107.982,35R$

AGOSTO 19.023,33R$ 29.681,99R$ 18.970,85R$ 67.676,17R$

SAÍDAS Dia 01 - 10 Dia 11 - 20 Dia 21 - 31 TOTALJUNHO 25.247,24R$ 24.138,21R$ 24.589,79R$ 73.975,24R$

JULHO 43.959,27R$ 51.682,30R$ 10.650,10R$ 106.291,67R$

AGOSTO 25.926,20R$ 26.350,24R$ 19.046,95R$ 71.323,39R$

65

Produto Est. Max. Est. Min. Qtde de compra Custo Valor por compraPortas laminada 8 un. 2 un. 6 un. 130,00R$ 780,00R$

Argamassa 130 un. 30 un. 100 un. 5,00R$ 500,00R$

Churrasqueira 5 un. 2 un. 3 un. 300,00R$ 900,00R$

Rejunte 150 un. 30 un. 120 un. 1,70R$ 204,00R$

entradas são as compras efetuadas e as saídas, os valores em custo dos produtos

vendidos, nos períodos analisados. (Apêndice G).

Quadro 9 - Controle de estoques

Fonte: elaborado pelas autoras (2014)

4.2.1 Processo de compra

Para entender as necessidades de compra da empresa foi criada uma

planilha de dados sobre cada produto, os valores foram coletados por meio de

informações disponibilizadas pelos colaboradores da empresa, dentre eles:

a) estoque máximo: quantidade máxima de produto que a empresa pode

atingir em seu estoque.

b) estoque mínimo: nível de segurança, esta é a quantidade considerada pelo

setor responsável de compra da empresa para a realização de um pedido

de reposição de estoque.

c) quantidade de compra: quantidade de itens por compra.

d) custo: valor de custo por unidade.

e) valor de compra: Valor de custo x Quantidade de itens adquiridos.

Quadro 10 – Dados complementares do controle de estoques (1)

Fonte: elaborado pelas autoras (2014)

Os prazos de renovação de estoque, de recebimento de compra, de

pagamento de compras e recebimento de fornecedor, foram calculados de acordo

Qtde R$ Total Qtde R$ Total Qtde R$ TotalSaldo inicial 0 -R$ -R$

07/06/2014 5 137,38R$ 686,90R$ 5 137,38R$ 686,90R$ 10/06/2014 1 137,38R$ 137,38R$ 4 137,38R$ 549,52R$ 23/06/2014 1 137,38R$ 137,38R$ 3 137,38R$ 412,14R$ 24/06/2014 1 137,38R$ 137,38R$ 2 137,38R$ 274,76R$ 28/06/2014 1 137,38R$ 137,38R$ 1 137,38R$ 137,38R$

ENTRADAS SAIDAS SALDO

CONTROLE DE ESTOQUE - PORTA LAMINADA - JUNHO/2014

66

com estes dados e também considerando informações disponibilizadas pelos

fornecedores.

Quadro 11 – Dados complementares do controle de estoques (2)

Fonte: elaborado pelas autoras (2014)

PMRP – prazo médio de recebimento do produto, prazo estipulado pelo

fornecedor para entregar a mercadoria, após o seu faturamento.

PMRV – prazo médio de recebimento de vendas deve-se calcular o prazo

mensal referente ao mês de junho, julho e agosto e encontrar a média dos três

meses.

Duplicatas a receber / Vendas Líquidas x 30

PMPC – prazo médio de pagamento de compras, este prazo não deverá ser

calculado já que o mesmo é estipulado pelo fornecedor.

PMRE – prazo médio de renovação de estoque calcula-se por produto:

Após efetuar o cálculo por produto/mês, encontrar a média de renovação de

estoque. A figura abaixo representa o PMRE das portas laminadas. (Apêndice H).

Quadro 12 – PMRE – Portas laminadas

Fonte: elaborado pelas autoras (2014)

4.2.2 Análise

Diante à elaboração das planilhas pode-se chegar ao seguinte resultado:

Estoque / CMV x 30

Produto PMRP PMRV PMPC PMREPortas laminada 15 DIAS 12 DIAS à vista 112 DIAS

Argamassa 10 DIAS 12 DIAS à vista 9 DIAS

Churrasqueira 15 DIAS 12 DIAS 30/60/90 65 DIAS

Rejunte 10 DIAS 12 DIAS à vista 57 DIAS

Junho Julho Agosto

Estoque 137,38R$ 824,28R$ 686,90R$

CMV 549,52R$ 137,38R$ 137,38R$

PMRE 8 180 150

PMRE MÉDIA 112

67

a) porta laminada: deu-se início a venda deste produto no mês de junho, o

que gerou a venda de quase a totalidade da compra, por haver

encomendas do produto. No mês de Julho/2014, percebe-se que a

empresa ficou quase um mês sem abastecer o estoque, o que pode ter

ocasionado perda de vendas e ainda ter influenciado no cálculo da média

do PMRE de 112 dias. Considerando o PMRE de 112 dias, e o volume do

estoque atual de 5 portas, pode-se obter: 112 dias / 5 = 22 dias para se

vender 1 porta. Dado que o Estoque Mínimo deste produto são 2 portas, a

venda de 3 portas representa um período de 66 dias para ser necessária

a reposição deste produto.

b) argamassa: no período analisado forma vendidos 328 sacos em 90 dias, ou

seja, uma média de 3,65 unidades/dia. Porém, como o estoque atual é 1

unidade é necessária a reposição imediata deste produto.

c) rejunte: considera-se o PMRE de 57 dias, ou seja, quase dois meses para

vender o seu estoque. Considerando o PMRE de 57 dias, e o volume do

estoque atual de 51 kg de rejunte, pode-se obter: 57 dias / 51 = 1,11 dias

para se vender 1 kg. Dado que o Estoque Mínimo deste produto são 30 kg,

a venda de 21 kg representa um período de 23 dias para ser necessária a

reposição deste produto.

d) churrasqueira: Considerando o PMRE de 65 dias, e o volume do estoque

atual de 3 unidades de churrasqueiras, pode-se obter: 65 dias / 3 = 21 dias

para se vender 1 unidade. Dado que o Estoque Mínimo deste produto são

2 unidades, a venda de 1 churrasqueira representa um período de 21 dias

para ser necessária a reposição deste produto.

Avaliando estes quatro produtos, o que demora mais para a venda são as

portas laminadas e o que este mais crítico no momento, para compra, é a

argamassa, que possui uma unidade em estoque, sendo necessária a reposição

imediata do produto, seguido pela churrasqueira e o rejunte.

4.3 Parecer Final

Diante das mudanças e dificuldades encontradas na gestão de uma empresa,

estas buscam por alternativas que as auxiliem no processo de tomada de decisão,

68

desta forma é essencial unir informações de todas as áreas da empresa para uma

eficaz gestão.

Dentre os demonstrativos existentes conforme descrito neste capítulo, foram

conciliadas as informações obtidas no fluxo de caixa com o controle de estoque,

onde torna-se possível visualizar insuficiências ou sobras de caixa, relacionando ao

momento de reposição dos estoques e quais produtos devem ser adquiridos

primeiro.

69

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

De acordo com a pesquisa realizada na empresa Armazém da Construção de

Lins Ltda - ME, foram analisados os procedimentos utilizados pela empresa para o

controle de estoque e de caixa. Neste contexto sugere-se:

a) À empresa elaborar o fluxo de caixa diário, e um efetivo controle de

estoques, analisando a demanda de mercado.

b) Conciliando as informações apuradas no fluxo de caixa com o controle de

estoques, constata-se que os valores considerados estoques mínimos de

alguns produtos estão elevados em função da demanda. Por exemplo, no

caso da churrasqueira não é necessário manter dois itens em estoque

mínimo e ao atingir este nível adquirir três itens para reposição. Observa-se

que um item deste produto de estoque mínimo e aquisição de dois itens

para reposição seriam suficientes. Assim existe uma necessidade de rever

os níveis de estoque para tornar mais eficiente a utilização dos recursos

financeiros, ou seja, é necessário que se reveja a política de estoque

mínimo e de compras de todos os produtos de maiores impactos no caixa.

c) Utilizar o PMRE para apurar quais produtos terão prioridade de reposição,

conciliando com os saldo existentes no caixa

d) Distribuir os vencimentos dos fornecedores equitativamente nos períodos

seguintes no fluxo de caixa planejado.

A análise foi feita apenas nos meses de Junho, Julho e Agosto de 2014,

portanto, pode não representar a realidade, o ideal seria realizar uma análise

histórica, para se ter uma posição mais próxima desta realidade, onde poderiam ser

considerados os períodos de quedas e aumentos de vendas no ano.

70

CONCLUSÃO

Diante do estudo, pode-se concluir que, o fracasso de muitas empresas se dá

pela não utilização correta de ferramentas gerenciais em suas operações.

Logo, todas as empresas que almejam não correr tantos riscos em seus

processos de tomada de decisão, buscam por instrumentos que possibilitem maior

eficiência na gestão financeira de seus recursos, de forma a tornar suas empresas

mais rentáveis e consolidadas.

A pesquisa permite verificar que, em meio a existência de inúmeros

mecanismos disponíveis a fim de proporcionar este auxílio, o fluxo de caixa e o

controle de estoques demonstram fundamental importância, como forma de

planejamento, para garantir a saúde e o crescimento destas empresas.

Sendo assim, evidencia-se que ter um bom gerenciamento e sincronizar as

informações obtidas pelo fluxo de caixa com as do controle de estoques, possibilita

às empresas adquirir conhecimentos de dados, que lhe permitiram operar suas

atividades com maior facilidade e segurança, para maximizar a eficiência e eficácia

empresarial.

Deste modo, este trabalho objetivou detectar tal importância, implantando a

conciliação de ambas as ferramentas na empresa Armazém da Construção de Lins

Ltda – ME, a fim de identificar informações para definir qual seria o melhor momento

para repor seus estoques, já que esta demonstrava certo descompasso entre suas

aquisições e entradas de recursos em caixa, o que acabava por vezes, acarretando

algumas dificuldades.

Desta forma, conclui-se que, empregando a conciliação destas ferramentas a

empresa alcançou resultados positivos, de maneira a ajustar melhor os itens

analisados de seu estoque com seus recursos disponíveis para o momento, e assim,

por conseguinte, continuando a fazer esta sincronização, conseguirá fazer o mesmo

com todo o restante de seus itens estocados, o que com certeza minimizará seus

problemas de caixa.

Sendo assim, considera-se respondida a pergunta problema e nota-se como

resultado da pesquisa que, a conciliação do fluxo de caixa gerencial com o controle

de estoques realmente auxilia os gestores a definirem o melhor momento para a

reposição dos mesmos, bem como no processo de tomada de decisão.

71

O trabalho esboçado poderá ser utilizado para pesquisas futuras e contínuas,

aprofundando as análises e o tempo considerado, lembrando que este, foi

desenvolvido em um breve período e assim não bastaria para se dar por encerrado.

72

REFERÊNCIAS

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74

NUNES, P. Crédito (ou financiamento) knoow. Disponível em: <http://www.knoow.net/cienceconempr/economia/credito.htm> Acesso em: 08 ago. 2011. PADOVEZE, C. L. Manual de contabilidade básica: uma introdução à pratica contábil. 5.ed. São Paulo: Atlas, 2004. ______. Introdução à Contabilidade: com abordagem para não contadores. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2006. ______. Manual de Contabilidade Básica: contabilidade introdutória e intermediária. 7.ed. São Paulo: Atlas, 2011. PORTAL DA CONTABILIDADE: Demonstração das origens e aplicações de recursos (DOAR). Disponível em: <http://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/demonstorigaplirecursos.htm> Acesso em: 13 set. 2014. PORTAL EDUCAÇÃO: Estoques de segurança. (Artigo por Colunista Portal - Educação 22 março 2013) Disponível em: <http://www.portaleducacao.com.br/iniciacao-profissional/artigos/40580/estoques-de-seguranca#ixzz35l1fJBvh>. Acesso em: 20 jun. 2014 POZO, H. Administração de recursos materiais e patrimoniais: uma abordagem logística. 5.ed. São Paulo: Atlas, 2008. RAZA, C. Informações contábeis: o cliente não sabe pedir, e o escritório contábil, na sua grande maioria, não está preparado para fornecer, 2008. boletim crc sp. Disponível em: <http://www.crcsp.org.br/portal_novo/publicacoes/boletim/boletins/boletim166.pdf> Acesso em: 29 set. 2014. RIBEIRO, O. M. Contabilidade intermediária. São Paulo: Saraiva,2005. SÁ, C.A. O fluxo de caixa: Este desconhecido. Portal de contabilidade Disponível em: < http://www.catho.com.br/cursos/fluxo_caixa> Acesso em: 08 out. 2014. SILVA, A. F. da. Fluxo de caixa. Revista ECCO, ano I, n° 1, 2° semestre de 2006. São Paulo: Universidade Metodista de São Paulo, 2006.

75

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76

APÊNDICES

77

APÊNDICE A - Roteiro do Estudo de Caso

1 INTRODUÇÃO (Metodologia)

Apresentar os objetivos relacionados ao estudo de caso. Descrever os

métodos e técnicas utilizadas na pesquisa. Caracterizar os aspectos principais do

caso (o assunto específico/departamento/setor).

1.1 Relato do trabalho realizado referente ao assunto estudado

a) Descrição dos materiais e métodos empregados na empresa ou no

trabalho (ISSO 9000 e outros sistemas de gestão ou sistemas contábeis).

b) Depoimentos dos proprietários, gerentes, funcionários, clientes.

1.2 Discussão

Confronto entre teoria (referencial teórico dos primeiros capítulos) e a prática

utilizada pela empresa ou entidade.

1.3 Parecer final sobre o caso e sugestões sobre manutenção ou modificação de

procedimentos.

78

APÊNDICE B - Roteiro de Observação Sistemática

1 IDENTIFICAÇÃO

Empresa:

Localização:

Atividade Econômica:

Número de Funcionários:

2. ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS

1 História da organização

2 Estrutura Administrativa

3 Ferramentas utilizadas pela empresa para controle de caixa

4 Ferramentas utilizadas pelo gerente geral para compras de mercadoria

5 Necessidade de conciliação de áreas da empresa para trazer mais

segurança nas tomadas de decisões

79

APÊNDICE C - Roteiro do Histórico da Empresa Armazém da

Construção de Lins

1 Identificação

2 Fundação

3 Histórico

4 Ramo de atividade

5 Missão, valores e objetivos

6 Função de cada funcionário

7 Parceiros

8 Responsável pelo setor financeiro

9 Responsável pelas compras

80

APENDICE D - Roteiro de entrevista para o Gerente

Administrativo

1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

1.1 Formação Acadêmica:

1.2 Experiências anteriores:

1.3 Experiências Atuais:

1.4 Empresa em que atua:

1.5 Cidade:

2 PERGUNTAS ESPECÍFICAS

2.1 Uma de suas funções é checar os boletos com as devidas Notas Fiscais e

arquivar para serem pagos na data correta. Consegue perceber períodos que as

compras são realizadas em maior quantidade?

........................................................................................................................................

........................................................................................................................................

........................................................................................................................................

....................................................................................................

2.2 É possível notar quando há aumento de compras não na mesma proporção

das vendas?

........................................................................................................................................

........................................................................................................................................

.............................................................................................................

2.2.1 Consegue identificar algum período que isto aconteceu?

........................................................................................................................................

........................................................................................................................................

.............................................................................................................

81

APÊNDICE E - Roteiro de entrevista para o Gerente Financeiro

1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

1.1 Formação Acadêmica:

1.2 Experiências anteriores:

1.3 Experiências Atuais:

1.4 Empresa em que atua:

1.5 Cidade:

2 PERGUNTAS ESPECÍFICAS

2.1 Utiliza alguma ferramenta para controle financeiro?

........................................................................................................................................

........................................................................................................................................

.............................................................................................................

2.2 Conhece/utiliza a ferramenta demonstração de fluxo de caixa?

........................................................................................................................................

........................................................................................................................................

.............................................................................................................

2.3 As empresas geralmente passam por períodos de queda nas vendas,

consegue identificar quando isto pode acontecer na sua empresa?

........................................................................................................................................

........................................................................................................................................

.............................................................................................................

2.4 Utiliza alguma ferramenta para planejamento financeiro?

........................................................................................................................................

........................................................................................................................................

.............................................................................................................

82

APÊNDICE F - Roteiro de entrevista para o Gerente Geral

1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

1.1 Formação Acadêmica:

1.2 Experiências anteriores:

1.3 Experiências Atuais:

1.4 Empresa em que atua:

1.5 Cidade:

2 PERGUNTAS ESPECÍFICAS

2.1 Como é sua avaliação para necessidade de estoque?

........................................................................................................................................

......................................................................................................................

2.2 Trabalha com estoque mínimo e máximo?

........................................................................................................................................

......................................................................................................................

2.3 Tem um planejamento de compras ou faz diagnóstico diário?

........................................................................................................................................

......................................................................................................................

2.4 Trabalha com algum instrumento para controle de estoque?

........................................................................................................................................

......................................................................................................................

2.5 Existe uma articulação entre o setor de compras e o setor financeiro?

........................................................................................................................................

......................................................................................................................

83

APENDICE G – Planilha de Controle de estoques

Porta laminada

Churrasqueira

Qtde R$ Total Qtde R$ Total Qtde R$ Total

Saldo inicial 0 -R$ -R$

07/06/2014 5 137,38R$ 686,90R$ 5 137,38R$ 686,90R$

10/06/2014 1 137,38R$ 137,38R$ 4 137,38R$ 549,52R$

23/06/2014 1 137,38R$ 137,38R$ 3 137,38R$ 412,14R$

24/06/2014 1 137,38R$ 137,38R$ 2 137,38R$ 274,76R$

28/06/2014 1 137,38R$ 137,38R$ 1 137,38R$ 137,38R$

ENTRADAS SAIDAS SALDO

CONTROLE DE ESTOQUE - PORTA LAMINADA - JUNHO/2014

Qtde R$ Total Qtde R$ Total Qtde R$ Total

Saldo inicial 1 137,38R$ 137,38R$

01/07/2014 1 137,38R$ 137,38R$ 0 137,38R$ -R$

28/07/2014 6 137,38R$ 824,28R$ 6 137,38R$ 824,28R$

ENTRADAS SAIDAS SALDO

CONTROLE DE ESTOQUE - PORTA LAMINADA - JULHO/2014

Qtde R$ Total Qtde R$ Total Qtde R$ Total

Saldo inicial 6 137,38R$ 824,28R$

18/08/2014 1 137,38R$ 137,38R$ 5 137,38R$ 686,90R$

CONTROLE DE ESTOQUE - PORTA LAMINADA - AGOSTO/2014

ENTRADAS SAIDAS SALDO

Qtde R$ Total Qtde R$ Total Qtde R$ Total

Saldo inicial 2 300,00R$ 600,00R$

03/06/2014 3 300,00R$ 900,00R$ 5 300,00R$ 1.500,00R$

12/06/2014 1 300,00R$ 300,00R$ 4 300,00R$ 1.200,00R$

CONTROLE DE ESTOQUE - CHURRASQUEIRA - JUNHO/2014

ENTRADAS SAIDAS SALDO

Qtde R$ Total Qtde R$ Total Qtde R$ Total

Saldo inicial 4 300,00R$ 1.200,00R$

12/07/2014 1 300,00R$ 300,00R$ 3 300,00R$ 900,00R$

15/07/2014 1 300,00R$ 300,00R$ 2 300,00R$ 600,00R$

SAIDAS SALDO

CONTROLE DE ESTOQUE - CHURRASQUEIRA - JULHO/2014

ENTRADAS

Qtde R$ Total Qtde R$ Total Qtde R$ Total

Saldo inicial 2 300,00R$ 600,00R$

07/08/2014 3 300,00R$ 900,00R$ 5 300,00R$ 1.500,00R$

11/08/2014 1 300,00R$ 300,00R$ 4 300,00R$ 1.200,00R$

28/08/2014 1 300,00R$ 300,00R$ 3 300,00R$ 900,00R$

CONTROLE DE ESTOQUE - CHURRASQUEIRA - AGOSTO/2014

ENTRADAS SAIDAS SALDO

84

Argamassa

Qtde R$ Total Qtde R$ Total Qtde R$ Total

Saldo inicial 29 6,86R$ 198,94R$

01/06/2014 100 6,86R$ 686,00R$ 129 6,86R$ 884,94R$

06/06/2014 10 6,86R$ 68,60R$ 119 6,86R$ 816,34R$

10/06/2014 18 6,86R$ 123,48R$ 101 6,86R$ 692,86R$

18/06/2014 8 6,86R$ 54,88R$ 93 6,86R$ 637,98R$

20/06/2014 2 6,86R$ 13,72R$ 91 6,86R$ 624,26R$

23/06/2014 30 6,86R$ 205,80R$ 61 6,86R$ 418,46R$

24/06/2014 25 6,86R$ 171,50R$ 36 6,86R$ 246,96R$

25/06/2014 15 6,86R$ 102,90R$ 21 6,86R$ 144,06R$

26/06/2014 10 6,86R$ 68,60R$ 11 6,86R$ 75,46R$

30/06/2014 6 6,86R$ 41,16R$ 5 6,86R$ 34,30R$

CONTROLE DE ESTOQUE - ARGAMASSA - JUNHO/2014

ENTRADAS SAIDAS SALDO

Qtde R$ Total Qtde R$ Total Qtde R$ Total

Saldo inicial 5 6,86R$ 34,30R$

01/07/2014 100 6,86R$ 686,00R$ 105 6,86R$ 720,30R$

03/07/2014 3 6,86R$ 20,58R$ 102 6,86R$ 699,72R$

04/07/2014 5 6,86R$ 34,30R$ 97 6,86R$ 665,42R$

07/07/2014 22 6,86R$ 150,92R$ 75 6,86R$ 514,50R$

15/07/2014 30 6,86R$ 205,80R$ 45 6,86R$ 308,70R$

16/07/2014 12 6,86R$ 82,32R$ 33 6,86R$ 226,38R$

17/07/2014 2 6,86R$ 13,72R$ 31 6,86R$ 212,66R$

19/07/2014 2 6,86R$ 13,72R$ 29 6,86R$ 198,94R$

23/07/2014 1 6,86R$ 6,86R$ 28 6,86R$ 192,08R$

24/07/2014 4 6,86R$ 27,44R$ 24 6,86R$ 164,64R$

25/07/2014 100 6,86R$ 686,00R$ 6 6,86R$ 41,16R$ 118 6,86R$ 809,48R$

28/07/2014 5 6,86R$ 34,30R$ 113 6,86R$ 775,18R$

30/07/2014 17 6,86R$ 116,62R$ 96 6,86R$ 658,56R$

SAIDAS SALDO

CONTROLE DE ESTOQUE - ARGAMASSA - JULHO/2014

ENTRADAS

Qtde R$ Total Qtde R$ Total Qtde R$ Total

Saldo inicial 96 6,86R$ 658,56R$

01/08/2014 1 6,86R$ 6,86R$ 95 6,86R$ 651,70R$

02/08/2014 2 6,86R$ 13,72R$ 93 6,86R$ 637,98R$

07/08/2014 1 6,86R$ 6,86R$ 92 6,86R$ 631,12R$

12/08/2014 3 6,86R$ 20,58R$ 89 6,86R$ 610,54R$

13/08/2014 3 6,86R$ 20,58R$ 86 6,86R$ 589,96R$

14/08/2014 1 6,86R$ 6,86R$ 85 6,86R$ 583,10R$

19/08/2014 45 6,86R$ 308,70R$ 40 6,86R$ 274,40R$

20/08/2014 9 6,86R$ 61,74R$ 31 6,86R$ 212,66R$

21/08/2014 2 6,86R$ 13,72R$ 29 6,86R$ 198,94R$

28/08/2014 8 6,86R$ 54,88R$ 21 6,86R$ 144,06R$

30/08/2014 20 6,86R$ 137,20R$ 1 6,86R$ 6,86R$

CONTROLE DE ESTOQUE - ARGAMASSA - AGOSTO/2014

ENTRADAS SAIDAS SALDO

85

Rejunte

Qtde R$ Total Qtde R$ Total Qtde R$ Total

Saldo inicial 22 1,70R$ 37,40R$

07/06/2014 90 1,70R$ 153,00R$ 112 1,70R$ 190,40R$

10/06/2014 30 1,70R$ 51,00R$ 82 1,70R$ 139,40R$

12/06/2014 2 1,70R$ 3,40R$ 80 1,70R$ 136,00R$

23/06/2014 10 1,70R$ 17,00R$ 70 1,70R$ 119,00R$

24/06/2014 15 1,70R$ 25,50R$ 55 1,70R$ 93,50R$

26/06/2014 2 1,70R$ 3,40R$ 53 1,70R$ 90,10R$

27/06/2014 2 1,70R$ 3,40R$ 51 1,70R$ 86,70R$

28/06/2014 1 1,70R$ 1,70R$ 50 1,70R$ 85,00R$

30/06/2014 12 1,70R$ 20,40R$ 38 1,70R$ 64,60R$

CONTROLE DE ESTOQUE - REJUNTE - JUNHO/2014

ENTRADAS SAIDAS SALDO

Qtde R$ Total Qtde R$ Total Qtde R$ Total

Saldo inicial 38 1,70R$ 64,60R$

04/07/2014 4 1,70R$ 6,80R$ 34 1,70R$ 57,80R$

10/07/2014 1 1,70R$ 1,70R$ 33 1,70R$ 56,10R$

17/07/2014 60 1,70R$ 102,00R$ 93 1,70R$ 158,10R$

21/07/2014 1 1,70R$ 1,70R$ 92 1,70R$ 156,40R$

25/07/2014 10 1,70R$ 17,00R$ 82 1,70R$ 139,40R$

30/07/2014 10 1,70R$ 17,00R$ 72 1,70R$ 122,40R$

SAIDAS SALDO

CONTROLE DE ESTOQUE - REJUNTE - JULHO/2014

ENTRADAS

Qtde R$ Total Qtde R$ Total Qtde R$ Total

Saldo inicial 72 1,70R$ 122,40R$

15/08/2014 10 1,70R$ 17,00R$ 62 1,70R$ 105,40R$

22/08/2014 8 1,70R$ 13,60R$ 54 1,70R$ 91,80R$

25/08/2014 3 1,70R$ 5,10R$ 51 1,70R$ 86,70R$

CONTROLE DE ESTOQUE - REJUNTE - AGOSTO/2014

ENTRADAS SAIDAS SALDO

86

APENDICE H – Planilha de Dados complementares do Controle de Estoques

Portas laminada

Churrasqueira

Argamassa

Rejunte

Junho Junho Agosto

Estoque 137,38R$ 824,28R$ 686,90R$

CMV 549,52R$ 137,38R$ 137,38R$

PMRE 8 180 150

112PMRE MÉDIA

Junho Junho Agosto

Estoque 34,30R$ 658,56R$ 6,86R$

CMV 850,64R$ 747,74R$ 652R$

PMRE 1 26 0,32

9PMRE MÉDIA

Junho Junho Agosto

Estoque 1.200,00R$ 600,00R$ 900,00R$

CMV 300,00R$ 600,00R$ 600,00R$

PMRE 120 30 45

65PMRE MÉDIA

Junho Junho Agosto

Estoque 64,60R$ 122,40R$ 86,70R$

CMV 125,80R$ 44,20R$ 35,70R$

PMRE 15 83 73

57PMRE MÉDIA

87

APÊNDICE I – Planilha do Fluxo de Caixa – Junho/2014

(continua)

01/jun 02/jun 03/jun 04/jun 05/jun 06/jun 07/jun 08/jun 09/jun 10/jun

Saldo inicial 1.343,00R$ 1.343,00R$ 1.895,61-R$ 490,33R$ 1.597,32R$ 4.404,63-R$ 2.172,26R$ 3.100,81R$ 3.496,41R$ 6.717,21R$

Vendas à vista 1.058,70R$ 1.141,95R$ 439,30R$ 1.339,70R$ 5.739,00R$ 587,40R$ 395,60R$ 6.735,00R$

Cheque 84,00R$ 963,00R$

A receber 4.104,55R$ 195,84R$ 481,40R$ 93,15R$ 304,15R$ 341,15R$ 10,00R$ 4.559,86R$

Cartão 2.021,37R$ 1.121,79R$ 204,40R$ 581,10R$ 467,18R$ 2.240,87R$ 1.028,66R$

Outros

Total entradas -R$ 7.184,62R$ 2.459,58R$ 1.125,10R$ 2.013,95R$ 6.594,33R$ 928,55R$ 395,60R$ 8.985,87R$ 6.551,52R$

Atividades operacional -R$ 10.423,23R$ 73,64R$ 18,11R$ 8.015,90R$ 17,44R$ -R$ -R$ 5.765,07R$ 933,85R$

Fornecedores 1.226,28R$ 6.374,75R$ 5.240,12R$ 838,71R$

Fretes 390,00R$ 480,00R$ 80,98R$

Água e luz 362,07R$

Telefone e internet

Vivo

Associação Com. 38,40R$

Propaganda 300,00R$

Sistema

Combustível

Taxas bancárias 46,90R$ 11,33R$ 3,82R$ 3,82R$ 7,64R$

Taxa do cartão 79,29R$ 26,74R$ 6,78R$ 20,34R$ 17,44R$ 78,08R$ 38,17R$

Aluguel máq. Cielo 32,90R$

Mat. de consumo

Compras de equip.

Salários 6.620,41R$

Cesta básica 570,00R$

Pró-labore 600,00R$

Férias/13º salário

Senha alarmes

Contador 665,00R$

Limpeza 80,00R$

Telecheque

Seguro caminhão

Seguro courier

Licenciamento Courier

Seguro loja

Aluguel terreno

Despesas com Imóvel 192,25R$

Outras despesas 28,00R$

Impostos e taxas

FGTS 770,59R$

Sind. Cond. Veic. 16,43R$

Sindical Urbana

ICMS

Cont. Confederativa

Simples nacional

GPS

IRRF

IPTU LOJA

IPTU Terreno

IPVA Courier

Outros impostos

Atividades de financiamento

Cartao BNDES

Total saídas -R$ 10.423,23R$ 73,64R$ 18,11R$ 8.015,90R$ 17,44R$ -R$ -R$ 5.765,07R$ 933,85R$

Saldo final diário -R$ 3.238,61-R$ 2.385,94R$ 1.106,99R$ 6.001,95-R$ 6.576,89R$ 928,55R$ 395,60R$ 3.220,80R$ 5.617,67R$

Saldo Acumulado 1.343,00R$ 1.895,61-R$ 490,33R$ 1.597,32R$ 4.404,63-R$ 2.172,26R$ 3.100,81R$ 3.496,41R$ 6.717,21R$ 12.334,88R$

88

Fluxo de Caixa – Junho/2014

(continua)

11/jun 12/jun 13/jun 14/jun 15/jun 16/jun 17/jun 18/jun 19/jun 20/jun

Saldo inicial 12.334,88R$ 8.772,80R$ 7.312,12R$ 8.107,79R$ 10.173,79R$ 9.071,79R$ 10.545,02R$ 15.131,03R$ 9.781,84R$ 9.781,84R$

Vendas à vista 3.128,00R$ 80,34R$ 2.066,00R$ 209,50R$ 4.155,90R$ 959,40R$ 1.278,10R$

Cheque 128,00R$

A receber 135,48R$ 932,00R$ 697,00R$ 1.397,00R$

Cartão 596,62R$ 1.481,35R$ 823,57R$ 2.379,55R$ 443,75R$ 494,56R$ 632,08R$

Outros

Total entradas 3.988,10R$ 1.561,69R$ 823,57R$ 2.066,00R$ -R$ 3.521,05R$ 4.599,65R$ 2.150,96R$ -R$ 3.307,18R$

Atividades operacional 7.550,18R$ 3.022,37R$ 27,90R$ -R$ 1.102,00R$ 1.355,56R$ 13,64R$ 7.500,15R$ -R$ 2.874,15R$

Fornecedores 5.600,36R$ 2.819,25R$ 1.211,01R$ 3.086,10R$ 2.834,43R$

Fretes 696,48R$ 350,00R$

Água e luz

Telefone e internet 59,76R$

Vivo 373,15R$

Associação Com.

Propaganda 50,00R$

Sistema 110,00R$

Combustível

Taxas bancárias 7,64R$ 51,90R$ 21,50R$

Taxa do cartão 15,92R$ 46,11R$ 27,90R$ 92,65R$ 13,64R$ 13,75R$ 18,22R$

Aluguel máq. Cielo

Mat. de consumo 28,20R$

Compras de equip.

Salários

Cesta básica

Pró-labore

Férias/13º salário 1.102,00R$

Senha alarmes

Contador

Limpeza 80,00R$ 80,00R$

Telecheque

Seguro caminhão

Seguro courier

Licenciamento Courier

Seguro loja 308,16R$

Aluguel terreno 300,00R$

Despesas com Imóvel 673,38R$

Outras despesas 10,00R$ 120,00R$

Impostos e taxas

FGTS

Sind. Cond. Veic.

Sindical Urbana

ICMS

Cont. Confederativa

Simples nacional 3.132,38R$

GPS 65,05R$

IRRF 47,01R$

IPTU LOJA

IPTU Terreno

IPVA Courier

Outros impostos

Atividades de financiamento 692,26R$

Cartao BNDES 692,26R$

Total saídas 7.550,18R$ 3.022,37R$ 27,90R$ -R$ 1.102,00R$ 2.047,82R$ 13,64R$ 7.500,15R$ -R$ 2.874,15R$

Saldo final diário 3.562,08-R$ 1.460,68-R$ 795,67R$ 2.066,00R$ 1.102,00-R$ 1.473,23R$ 4.586,01R$ 5.349,19-R$ -R$ 433,03R$

Saldo Acumulado 8.772,80R$ 7.312,12R$ 8.107,79R$ 10.173,79R$ 9.071,79R$ 10.545,02R$ 15.131,03R$ 9.781,84R$ 9.781,84R$ 10.214,87R$

89

Fluxo de Caixa – Junho/2014

(conclusão)

21/jun 22/jun 23/jun 24/jun 25/jun 26/jun 27/jun 28/jun 29/jun 30/jun TOTAL

Saldo inicial 10.214,87R$ 9.422,99R$ 9.422,99R$ 11.308,16R$ 16.910,31R$ 22.398,45R$ 25.213,41R$ 13.550,91R$ 15.517,61R$ 15.517,61R$ 21.368,64R$

Vendas à vista 111,40R$ 966,90R$ 3.930,16R$ 1.074,50R$ 403,50R$ 1.823,10R$ 1966,7 710,3 40.300,45R$

Cheque 558,00R$ 1.733,00R$

A receber 266,06R$ 1.053,33R$ 8.394,41R$ 1.045,94R$ 24.011,32R$

Cartão 956,05R$ 2.487,00R$ 1.850,51R$ 1.412,42R$ 1.418,30R$ 5314,98 27.956,11R$

Outros -R$

Total entradas 377,46R$ -R$ 1.922,95R$ 8.028,49R$ 11.319,42R$ 2.861,86R$ 3.241,40R$ 1.966,70R$ -R$ 6.025,28R$ 94.000,88R$

Atividades operacional 1.169,34R$ -R$ 37,78R$ 2.426,34R$ 5.831,28R$ 46,90R$ 14.903,90R$ -R$ -R$ 174,25R$ 73.282,98R$

Fornecedores 1.169,34R$ 2.302,95R$ 3.672,72R$ 13.460,11R$ 49.836,13R$

Fretes 67,28R$ 530,00R$ 620,00R$ 3.214,74R$

Água e luz 362,07R$

Telefone e internet 59,76R$

Vivo 373,15R$

Associação Com. 38,40R$

Propaganda 350,00R$

Sistema 110,00R$

Combustível -R$

Taxas bancárias 7,64R$ 162,19R$

Taxa do cartão 30,14R$ 56,11R$ 47,17R$ 46,90R$ 33,31R$ 174,25R$ 882,91R$

Aluguel máq. Cielo 32,90R$

Mat. de consumo 99,50R$ 127,70R$

Compras de equip. -R$

Salários 6.620,41R$

Cesta básica 570,00R$

Pró-labore 600,00R$

Férias/13º salário 1.102,00R$

Senha alarmes -R$

Contador 665,00R$

Limpeza 80,00R$ 320,00R$

Telecheque -R$

Seguro caminhão -R$

Seguro courier -R$

Licenciamento Courier -R$

Seguro loja 308,16R$

Aluguel terreno 300,00R$

Despesas com Imóvel 1.401,89R$ 2.267,52R$

Outras despesas 497,50R$ 655,50R$

Impostos e taxas

FGTS 770,59R$

Sind. Cond. Veic. 16,43R$

Sindical Urbana -R$

ICMS 292,98R$ 292,98R$

Cont. Confederativa -R$

Simples nacional 3.132,38R$

GPS 65,05R$

IRRF 47,01R$

IPTU LOJA -R$

IPTU Terreno -R$

IPVA Courier -R$

Outros impostos -R$

Atividades de financiamento 692,26R$

Cartao BNDES 692,26R$

Total saídas 1.169,34R$ -R$ 37,78R$ 2.426,34R$ 5.831,28R$ 46,90R$ 14.903,90R$ -R$ -R$ 174,25R$ 73.975,24R$

Saldo final diário 791,88-R$ -R$ 1.885,17R$ 5.602,15R$ 5.488,14R$ 2.814,96R$ 11.662,50-R$ 1.966,70R$ -R$ 5.851,03R$ 20.025,64R$

Saldo Acumulado 9.422,99R$ 9.422,99R$ 11.308,16R$ 16.910,31R$ 22.398,45R$ 25.213,41R$ 13.550,91R$ 15.517,61R$ 15.517,61R$ 21.368,64R$ 41.394,28R$

90

APÊNDICE J – Planilha do Fluxo de Caixa – Julho/2014

(continua)

01/jul 02/jul 03/jul 04/jul 05/jul 06/jul 07/jul 08/jul 09/jul 10/jul

Saldo inicial 21.368,64R$ 1.655,52-R$ 2.002,36R$ 3.308,95R$ 4.248,69R$ 4.857,49R$ 4.857,49R$ 7.562,78R$ 4.561,97R$ 5.763,11R$

Vendas à vista 1.682,90R$ 130,10R$ 1.447,50R$ 76,50R$ 608,80R$ 784,10R$ 292,00R$ 674,50R$

Cheque 360,00R$ 250,00R$

A receber 364,73R$ 2.369,59R$ 1.801,40R$ 434,41R$ 526,32R$ 183,68R$ 295,00R$

Cartão 1.157,55R$ 1.195,61R$ 460,38R$ 1.109,14R$ 1.451,81R$ 3.271,94R$ 1.242,86R$ 456,31R$

Outros

Total entradas 3.205,18R$ 3.695,30R$ 4.069,28R$ 1.620,05R$ 608,80R$ -R$ 2.762,23R$ 3.747,62R$ 1.242,86R$ 1.675,81R$

Atividades operacional 26.229,34R$ 37,42R$ 2.762,69R$ 680,31R$ -R$ -R$ 56,94R$ 6.748,43R$ 41,72R$ 7.402,42R$

Fornecedores 13.661,33R$ 2.350,06R$ 602,73R$ 5.057,12R$ 6.572,58R$

Fretes 395,00R$ 49,07R$ 29,77R$ 300,00R$

Água e luz 250,48R$ 117,32R$

Telefone e internet

Vivo 367,27R$

Associação Com. 40,30R$

Propaganda 300,00R$

Sistema

Combustível 297,00R$

Taxas bancárias 97,82R$ 3,82R$ 3,82R$

Taxa do cartão 33,62R$ 37,42R$ 14,81R$ 28,51R$ 56,94R$ 84,35R$ 41,72R$ 20,06R$

Aluguel máq. Cielo 32,90R$

Mat. de consumo 26,01R$ 35,80R$ 28,59R$

Compras de equip.

Salários 6.766,75R$

Cesta básica 573,30R$

Pró-labore 600,00R$

Férias/13º salário 2.122,38R$

Senha alarmes 50,00R$

Contador 665,00R$

Limpeza 160,00R$

Telecheque

Seguro caminhão

Seguro courier

Licenciamento Courier

Seguro loja 308,13R$

Aluguel terreno 300,00R$

Despesas com Imóvel 501,91R$

Outras despesas 122,00R$

Impostos e taxas

FGTS 788,95R$

Sind. Cond. Veic. 19,48R$

Sindical Urbana

ICMS

Cont. Confederativa 45,15R$

Simples nacional

GPS

IRRF

IPTU LOJA

IPTU Terreno

IPVA Courier

Outros impostos

Atividades de financiamento

Cartao BNDES

Total saídas 26.229,34R$ 37,42R$ 2.762,69R$ 680,31R$ -R$ -R$ 56,94R$ 6.748,43R$ 41,72R$ 7.402,42R$

Saldo final diário 23.024,16-R$ 3.657,88R$ 1.306,59R$ 939,74R$ 608,80R$ -R$ 2.705,29R$ 3.000,81-R$ 1.201,14R$ 5.726,61-R$

Saldo final acumulado 1.655,52-R$ 2.002,36R$ 3.308,95R$ 4.248,69R$ 4.857,49R$ 4.857,49R$ 7.562,78R$ 4.561,97R$ 5.763,11R$ 36,50R$

91

Fluxo de Caixa – Julho/2014

(continua)

11/jul 12/jul 13/jul 14/jul 15/jul 16/jul 17/jul 18/jul 19/jul 20/jul

Saldo inicial 36,50R$ 1.772,10R$ 1.943,00R$ 1.943,00R$ 238,85R$ 3.742,72R$ 8.878,02R$ 44.856,36R$ 4.080,70R$ 4.703,90R$

Vendas à vista 131,55R$ 170,90R$ 637,40R$ 2.145,80R$ 1.946,70R$ 279,00R$ 227,25R$ 623,20R$

Cheque 698,00R$

A receber 108,01R$ 3.057,46R$ 533,64R$ 34.409,61R$

Cartão 1.560,59R$ 3.651,65R$ 2.656,99R$ 2.005,26R$ 1.329,59R$ 177,10R$

Outros

Total entradas 1.800,15R$ 170,90R$ -R$ 4.289,05R$ 7.860,25R$ 5.183,60R$ 36.018,20R$ 404,35R$ 623,20R$ -R$

Atividades operacional 64,55R$ -R$ -R$ 5.993,20R$ 3.664,12R$ 48,30R$ 39,86R$ 41.180,01R$ -R$ -R$

Fornecedores 1.990,39R$ 3.075,20R$ 34.934,05R$

Fretes 1.500,00R$ 240,02R$ 985,00R$

Água e luz

Telefone e internet 57,78R$

Vivo

Associação Com.

Propaganda 50,00R$

Sistema 110,00R$

Combustível

Taxas bancárias 11,46R$ 3,82R$ 27,40R$

Taxa do cartão 53,09R$ 103,80R$ 81,50R$ 48,30R$ 39,86R$ 4,11R$

Aluguel máq. Cielo

Mat. de consumo 119,88R$

Compras de equip.

Salários

Cesta básica

Pró-labore

Férias/13º salário

Senha alarmes

Contador

Limpeza 80,00R$ 80,00R$

Telecheque

Seguro caminhão

Seguro courier

Licenciamento Courier

Seguro loja

Aluguel terreno

Despesas com Imóvel 710,49R$ 418,45R$

Outras despesas 57,00R$

Impostos e taxas

FGTS

Sind. Cond. Veic.

Sindical Urbana

ICMS

Cont. Confederativa

Simples nacional 4.523,74R$

GPS

IRRF 47,01R$

IPTU LOJA

IPTU Terreno

IPVA Courier

Outros impostos 1.637,69R$

Atividades de financiamento 692,26R$

Cartao BNDES 692,26R$

Total saídas 64,55R$ -R$ -R$ 5.993,20R$ 4.356,38R$ 48,30R$ 39,86R$ 41.180,01R$ -R$ -R$

Saldo final diário 1.735,60R$ 170,90R$ -R$ 1.704,15-R$ 3.503,87R$ 5.135,30R$ 35.978,34R$ 40.775,66-R$ 623,20R$ -R$

Saldo final acumulado 1.772,10R$ 1.943,00R$ 1.943,00R$ 238,85R$ 3.742,72R$ 8.878,02R$ 44.856,36R$ 4.080,70R$ 4.703,90R$ 4.703,90R$

92

Fluxo de Caixa – Julho/2014

(conclusão)

21/jul 22/jul 23/jul 24/jul 25/jul 26/jul 27/jul 28/jul 29/jul 30/jul 31/jul TOTAL

Saldo inicial 4.703,90R$ 9.875,02R$ 10.257,81R$ 14.482,37R$ 16.894,46R$ 17.232,18R$ 17.921,15R$ 17.921,15R$ 13.748,80R$ 15.061,89R$ 19.593,17R$ 23.059,32R$

Vendas à vista 2.462,70R$ 195,80R$ 1.336,80R$ 1.016,90R$ 291,00R$ 688,97R$ 1724,95 82,2 2899,5 1407,85 23.964,87R$

Cheque 758,00R$ 2.066,00R$

A receber 4,00R$ 1113,75 631,18 71 45.903,78R$

Cartão 2.797,61R$ 198,46R$ 2.952,76R$ 662,58R$ 249,00R$ 1.936,15R$ 619,17 1668,65 3236,54 36.047,70R$

Outros -R$

Total entradas 5.260,31R$ 394,26R$ 4.289,56R$ 2.437,48R$ 544,00R$ 688,97R$ -R$ 4.774,85R$ 1.332,55R$ 4.568,15R$ 4.715,39R$ 107.982,35R$

Atividades operacional 89,19R$ 11,47R$ 65,00R$ 25,39R$ 206,28R$ -R$ -R$ 8.947,20R$ 19,46R$ 36,87R$ 1.249,24R$ 105.599,41R$

Fornecedores 8551,95 698,45 77.493,86R$

Fretes 90,25 335 3.924,11R$

Água e luz 367,80R$

Telefone e internet 57,78R$

Vivo 367,27R$

Associação Com. 40,30R$

Propaganda 350,00R$

Sistema 110,00R$

Combustível 297,00R$

Taxas bancárias 21,50R$ 3,82R$ 3,82R$ 3,60R$ 3,82R$ 184,70R$

Taxa do cartão 67,69R$ 7,65R$ 61,18R$ 21,79R$ 10,21R$ 62,91R$ 19,46 36,87 121,5 1.057,35R$

Aluguel máq. Cielo 32,90R$

Mat. de consumo 4,29 214,57R$

Compras de equip. -R$

Salários 6.766,75R$

Cesta básica 573,30R$

Pró-labore 600,00R$

Férias/13º salário 2.122,38R$

Senha alarmes 50,00R$

Contador 665,00R$

Limpeza 80,00R$ 400,00R$

Telecheque -R$

Seguro caminhão -R$

Seguro courier -R$

Licenciamento Courier -R$

Seguro loja 308,13R$

Aluguel terreno 300,00R$

Despesas com Imóvel 192,25R$ 1.823,10R$

Outras despesas 27,27R$ 10,00R$ 216,27R$

Impostos e taxas

FGTS 788,95R$

Sind. Cond. Veic. 19,48R$

Sindical Urbana -R$

ICMS 214,82R$ 214,82R$

Cont. Confederativa 45,15R$

Simples nacional 4.523,74R$

GPS -R$

IRRF 47,01R$

IPTU LOJA -R$

IPTU Terreno -R$

IPVA Courier -R$

Outros impostos 1.637,69R$

Atividades de financiamento 692,26R$

Cartao BNDES 692,26R$

Total saídas 89,19R$ 11,47R$ 65,00R$ 25,39R$ 206,28R$ -R$ -R$ 8.947,20R$ 19,46R$ 36,87R$ 1.249,24R$ 106.291,67R$

Saldo final diário 5.171,12R$ 382,79R$ 4.224,56R$ 2.412,09R$ 337,72R$ 688,97R$ -R$ 4.172,35-R$ 1.313,09R$ 4.531,28R$ 3.466,15R$ 1.690,68R$

Saldo final acumulado 9.875,02R$ 10.257,81R$ 14.482,37R$ 16.894,46R$ 17.232,18R$ 17.921,15R$ 17.921,15R$ 13.748,80R$ 15.061,89R$ 19.593,17R$ 23.059,32R$ 24.750,00R$

93

APÊNDICE K – Planilha do Fluxo de Caixa – Agosto/2014

(continua)

01/ago 02/ago 03/ago 04/ago 05/ago 06/ago 07/ago 08/ago 09/ago 10/ago

Saldo inicial 23.059,32R$ 23.247,44R$ 23.946,14R$ 23.946,14R$ 24.372,97R$ 10.586,91R$ 12.198,42R$ 12.699,96R$ 15.121,05R$ 16.156,45R$

Vendas à vista 242,00R$ 698,70R$ 607,80R$ 1.576,00R$ 710,70R$ 1.073,60R$ 1.015,00R$ 1.035,40R$

Cheque 178,00R$ 635,50R$

A receber 28,51R$ 186,40R$ 2.312,20R$ 437,86R$

Cartão 1.309,23R$ 2.981,38R$ 723,16R$ 744,71R$ 1.290,52R$ 1.236,66R$

Outros

Total entradas 1.551,23R$ 698,70R$ -R$ 3.767,18R$ 2.963,17R$ 1.641,81R$ 4.676,32R$ 2.689,52R$ 1.035,40R$ -R$

Atividades operacional 1.363,11R$ -R$ -R$ 3.340,35R$ 16.749,23R$ 30,30R$ 4.174,78R$ 268,43R$ -R$ -R$

Fornecedores 1.290,54R$ 1.484,52R$ 8.932,64R$ 3.190,98R$

Fretes 32,57R$ 435,00R$ 50,85R$

Água e luz 233,20R$

Telefone e internet

Vivo 323,47R$

Associação Com. 130,00R$

Propaganda 300,00R$

Sistema

Combustível

Taxas bancárias 3,82R$

Taxa do cartão 40,00R$ 85,47R$ 20,80R$ 26,48R$ 48,36R$ 35,23R$

Aluguel máq. Cielo

Mat. de consumo 13,00R$ 88,59R$

Compras de equip.

Salários 5.243,72R$

Cesta básica 572,06R$

Pró-labore 600,00R$

Férias/13º salário

Senha alarmes 125,00R$

Contador 665,00R$

Limpeza 80,00R$

Telecheque

Seguro caminhão

Seguro courier

Licenciamento Courier

Seguro loja

Aluguel terreno 300,00R$

Despesas com Imóvel 528,54R$ -R$

Outras despesas 241,00R$

Impostos e taxas

FGTS 805,36R$

Sind. Cond. Veic.

Sindical Urbana

ICMS

Cont. Confederativa

Simples nacional

GPS

IRRF

IPTU LOJA

IPTU Terreno

IPVA Courier

Outros impostos

Atividades de financiamento

Cartao BNDES

Total saídas 1.363,11R$ -R$ -R$ 3.340,35R$ 16.749,23R$ 30,30R$ 4.174,78R$ 268,43R$ -R$ -R$

Saldo Operacional 188,12R$ 698,70R$ -R$ 426,83R$ 13.786,06-R$ 1.611,51R$ 501,54R$ 2.421,09R$ 1.035,40R$ -R$

Saldo Final 23.247,44R$ 23.946,14R$ 23.946,14R$ 24.372,97R$ 10.586,91R$ 12.198,42R$ 12.699,96R$ 15.121,05R$ 16.156,45R$ 16.156,45R$

94

Fluxo de Caixa – Agosto/2014

(continua)

11/ago 12/ago 13/ago 14/ago 15/ago 16/ago 17/ago 18/ago 19/ago 20/ago

Saldo inicial 16.156,45R$ 20.680,13R$ 14.587,89R$ 19.345,40R$ 10.372,53R$ 11.676,92R$ 11.906,42R$ 11.906,42R$ 19.240,28R$ 20.927,11R$

Vendas à vista 644,30R$ 1.013,80R$ 2.843,00R$ 580,00R$ 748,10R$ 229,50R$ 4.618,50R$ 3.157,25R$ 95,20R$

Cheque

A receber 1.211,74R$ 1.101,31R$ 53,86R$ 617,66R$ 20,00R$ 416,83R$

Cartão 3.343,30R$ 1.265,54R$ 1.907,60R$ 1.594,25R$ 682,64R$ 2.808,80R$ 386,34R$ 342,47R$

Outros

Total entradas 5.199,34R$ 3.380,65R$ 4.804,46R$ 2.174,25R$ 2.048,40R$ 229,50R$ -R$ 7.427,30R$ 3.563,59R$ 854,50R$

Atividades operacional 675,66R$ 9.472,89R$ 46,95R$ 11.147,12R$ 51,75R$ -R$ -R$ 93,44R$ 1.876,76R$ 2.293,41R$

Fornecedores 6.653,38R$ 7.181,69R$ 1.672,69R$ 2.248,49R$

Fretes 34,47R$ 715,00R$ 32,65R$

Água e luz 117,32R$

Telefone e internet 62,27R$

Vivo

Associação Com.

Propaganda 50,00R$

Sistema 191,00R$

Combustível

Taxas bancárias 7,64R$ 11,46R$ 7,64R$ 27,40R$

Taxa do cartão 99,37R$ 36,67R$ 46,95R$ 62,55R$ 24,35R$ 93,44R$ 13,07R$ 12,27R$

Aluguel máq. Cielo 32,90R$

Mat. de consumo

Compras de equip.

Salários

Cesta básica

Pró-labore

Férias/13º salário

Senha alarmes

Contador

Limpeza 80,00R$

Telecheque

Seguro caminhão

Seguro courier 308,13R$

Licenciamento Courier

Seguro loja

Aluguel terreno

Despesas com Imóvel 418,43R$ 825,78R$ -R$ -R$

Outras despesas 1.523,00R$ 24,50R$

Impostos e taxas

FGTS

Sind. Cond. Veic.

Sindical Urbana

ICMS

Cont. Confederativa 45,14R$

Simples nacional 2.924,19R$

GPS

IRRF 74,14R$

IPTU LOJA

IPTU Terreno

IPVA Courier

Outros impostos

Atividades de financiamento 692,26R$

Cartao BNDES 692,26R$

Total saídas 675,66R$ 9.472,89R$ 46,95R$ 11.147,12R$ 744,01R$ -R$ -R$ 93,44R$ 1.876,76R$ 2.293,41R$

Saldo final diário 4.523,68R$ 6.092,24-R$ 4.757,51R$ 8.972,87-R$ 1.304,39R$ 229,50R$ -R$ 7.333,86R$ 1.686,83R$ 1.438,91-R$

Saldo final acumulado 20.680,13R$ 14.587,89R$ 19.345,40R$ 10.372,53R$ 11.676,92R$ 11.906,42R$ 11.906,42R$ 19.240,28R$ 20.927,11R$ 19.488,20R$

95

Fluxo de Caixa – Agosto/2014

(conclusão)

21/ago 22/ago 23/ago 24/ago 25/ago 26/ago 27/ago 28/ago 29/ago 30/ago 31/ago TOTAL

Saldo inicial 19.488,20R$ 18.421,08R$ 22.933,74R$ 22.981,74R$ 22.981,74R$ 19.020,69R$ 19.038,83R$ 18.742,02R$ 16.100,49R$ 18.002,10R$ 19.412,10R$ 19.412,10R$

Vendas à vista 1.371,70R$ 4.182,80R$ 48,00R$ 2.349,65R$ 1.008,25R$ 632,25R$ 823,90R$ 1.227,60R$ 410,00R$ 32.943,00R$

Cheque 813,50R$

A receber 261,00R$ 400,00R$ 201,51R$ 1.000,00R$ 8.248,88R$

Cartão 1.531,46R$ 338,76R$ 1.374,80R$ 556,12R$ 211,27R$ 348,06R$ 693,72R$ 25.670,79R$

Outros -R$

Total entradas 3.164,16R$ 4.521,56R$ 48,00R$ -R$ 4.124,45R$ 1.765,88R$ 843,52R$ 1.171,96R$ 1.921,32R$ 1.410,00R$ -R$ 67.676,17R$

Atividades operacional 4.231,28R$ 8,90R$ -R$ -R$ 8.085,50R$ 1.747,74R$ 1.140,33R$ 3.813,49R$ 19,71R$ -R$ -R$ 70.631,13R$

Fornecedores 3.966,10R$ 5.830,04R$ 1.497,40R$ 3.766,83R$ 47.715,30R$

Fretes 115,00R$ 683,00R$ 2.098,54R$

Água e luz 350,52R$

Telefone e internet 62,27R$

Vivo 323,47R$

Associação Com. 130,00R$

Propaganda 350,00R$

Sistema 191,00R$

Combustível 274,00R$ 274,00R$

Taxas bancárias 21,50R$ 6,00R$ 3,82R$ 89,28R$

Taxa do cartão 35,68R$ 8,90R$ 44,11R$ 14,34R$ 6,51R$ 14,66R$ 19,71R$ 788,92R$

Aluguel máq. Cielo 32,90R$

Mat. de consumo 13,00R$ 114,59R$

Compras de equip. -R$

Salários 5.243,72R$

Cesta básica 572,06R$

Pró-labore 600,00R$

Férias/13º salário 1.130,00R$ 1.130,00R$

Senha alarmes 125,00R$

Contador 665,00R$

Limpeza 80,00R$ 80,00R$ 320,00R$

Telecheque -R$

Seguro caminhão -R$

Seguro courier 308,13R$

Licenciamento Courier -R$

Seguro loja -R$

Aluguel terreno 300,00R$

Despesas com Imóvel 1.254,35R$ 3.027,10R$

Outras despesas 150,00R$ 32,00R$ 1.970,50R$

Impostos e taxas

FGTS 805,36R$

Sind. Cond. Veic. -R$

Sindical Urbana -R$

ICMS -R$

Cont. Confederativa 45,14R$

Simples nacional 2.924,19R$

GPS -R$

IRRF 74,14R$

IPTU LOJA -R$

IPTU Terreno -R$

IPVA Courier -R$

Outros impostos -R$

Atividades de financiamento 692,26R$

Cartao BNDES 692,26R$

Total saídas 4.231,28R$ 8,90R$ -R$ -R$ 8.085,50R$ 1.747,74R$ 1.140,33R$ 3.813,49R$ 19,71R$ -R$ -R$ 71.323,39R$

Saldo final diário 1.067,12-R$ 4.512,66R$ 48,00R$ -R$ 3.961,05-R$ 18,14R$ 296,81-R$ 2.641,53-R$ 1.901,61R$ 1.410,00R$ -R$ 3.647,22-R$

Saldo final acumulado 18.421,08R$ 22.933,74R$ 22.981,74R$ 22.981,74R$ 19.020,69R$ 19.038,83R$ 18.742,02R$ 16.100,49R$ 18.002,10R$ 19.412,10R$ 19.412,10R$ 15.764,88R$