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CONCESSÕES FLORESTAIS –FUNDAMENTOS E PERSPECTIVAS
Brasília Dezembro 2009
Breve panorama do setor florestal na Amazônia
• Demanda histórica – 20 – 24 milhões de m3/ano;
• 4,5 milhões m3 desmate legal, 8 milhões manejo , restante ????
• Valor aproximado da produção industrial (20% ind) - ~= 3,0 bilhões /US$3,6% Pib da região
• Dados para 2009 – 8 e 10 milhões de m3
• Valor potencial (80% ind) -~= 10 bilhões US$ (12% pib da região);
• Área demandada para a produção florestal - ~= 1 milhão de ha/ano; 30 milhões de ha;
• 380 mil empregos (124 mil diretos e 255 mil indiretos) – 3% da PEA
• Nível de ilegalidade estimado 64 a 80%;
• 71% da produção em áreas de terceiros (pouco compromisso com a floresta)
Gerência Executiva de Concessões Florestais
• Lei 11.284 de 2006: “ Delegação onerosa, feita pelo poder concedente, do direito de praticar manejo florestal sustentávelpara a exploração de produtos e serviços numa unidade de manejo, mediante licitação, à pessoa jurídica, em consórcio ou não, que atenda as exigências do respectivo edital de licitação e demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e prazo determinado”.
• Visão estratégica:Mecanismo que afirma a dominialidade pública sobre maciços florestais e garante a continuidade destas condições (floresta e pública), maximizando seus benefícios para a sociedade e para a conservação.
CONCESSÕES FLORESTAIS – CONCEITO LEGAL E VISÃO ESTRATÉGICA
Situação Fundiária na Amazonia Legal
42%
34%
24%
Terras Devolutas/Disputa
Terras Privadas
Áreas Protegidas
Situação Fundiária na Amazônia Legal
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Acre Amapá Amazonas Maranhão MatoGrosso
Pará Rondônia Roraima Tocantins
Situação Fundiária nos Estados da Amazônia Legal
Devolutas/disputa
Áreas protegidas
Terras privadas
Situação Fundiária na Amazônia Legal
EIR X Exploração convencional
� Princípio básico da legalidade
� Adoção de plabejamento pré-
exploratório
Levando em consideração o terreno
� Redução do impacto da
infraestrutura, racionalização, redução
de custos
� Queda direcionada
� Redução do desperdício
� Respeito as comunidades e
trabalhadores
� Respeito a capacidade de suporte da
floresta
� Redução de 80% dos impactos
Aspectos Estratégicos da Gestão de Florestas Públicas
• Ordenamento territorial;
• Retorno para o patrimônio público de milhões de ha de florestas;
• Fomentar modelo de desenvolvimento regional baseado em uma economia
florestal de base sustentável;
• Fortalecimento da gestão de Ucs.
• Conservação da biodiversidade;
• Atração de investimentos privados de longo prazo;
• Fortalecimento da capacidade de gestão e proteção do patrimônio florestal
nacional;
• Geração de receitas para estados e municípios;
• Ampliação do controle e da qualidade sócio-ambiental da produção florestal
Principais Desafios
• Sanar o passivo de falta de instrumentos de gestão das florestas nacionais;
• Integrar a ação dos órgão de governo
• Estabelecer os mecanismos de gestão para florestas públicas não
destinadas;
• Integrar as concessões à políticas integradas de desenvolvimento regional;
• Promover a mudança do perfil empresarial e industrial madeireiro;
• Estabelecer mecanismos de gestão de contratos que garantam a
transparência e os ganhos sócio-ambientais esperados;
• Estabelecer modelos econômicos ajustados à dinâmica regional do setor
madeireiro
Aspectos Estratégicos para a atividade privada
• Redução da necessidade de investimentos e imobilização de
capital.
• Oportunidade para qualificar as operações da empresa.
• Garantia fundiária e contratual.
• Melhoria de imagem da empresa.
• Compensações financeiras pelo alcance de metas sócio-
ambientais.
• Oportunidade de compartilhamento de investimentos e infra-
estrutura
Arranjo Institucional
Gerência Executiva de Concessões Florestais
FLORESTAS PÚBLICAS – “QUEM SÃO E ONDE ESTÃO”
51,4%terras indígenas,
15,6%uso sustentável e comunitário
15,1%unidades de proteção integral
12,1%terras arrecadadas e não destinadas pela União
5,9%florestas estaduais nos estado do Acre, Amapá, Amazonas e Pará
Florestas Públicas Nacionais
210.870.585 ha
Cadastro das Florestas Públicas
Plano Anual de Outorga Florestal
Plano de Manejo da Unidade de Conservação
Relatório Ambiental Preliminar
Pré-Edital
Consulta e Audiências Públicas
Publicação do Edital
Habilitação
Julgamento das Propostas
Assinatura de Contrato
Elaboração do PMFS
Monitoramento, Fiscalização e Auditorias
� As florestas públicas precisam estar no Cadastro Nacional de Florestas Públicas para serem consideradas no Plano Anual de Outorga Florestal (PAOF).
� Uma vez no PAOF, estas florestas passam por uma análise para verificar se são aptas e passíveis de serem incluídas no processo de concessão.
Concessões Florestais - Prática
Cadastro das Florestas Públicas
Plano de Manejo da Unidade de Conservação
Relatório Ambiental Preliminar
Pré-Edital
Consulta e Audiências Públicas
Publicação do Edital
Habilitação
Julgamento das Propostas
Assinatura de Contrato
Elaboração do PMFS
Monitoramento, Fiscalização e Auditorias
As florestas públicas precisam estar matriculadas emm nome da União (ou Estados) e possuir seus instrumentos de gestão.
� Planos de manejo ou Relatórios Ambientais Preliminares;
� Conselhos Gestores
� Etapa sob a responsabilidade do ICMBio
� Áreas prioritárias: Flonas em novas fronteiras
Concessões Florestais - Prática
Habilitação de Florestas Públicas
Plano Anual de Outorga Florestal
Florestas públicas federais legalmente aptas para concessão
41.796.493 ha
PLANO ANUAL DE OUTORGA FLORESTAL - 2010
PLANO ANUAL DE OUTORGA FLORESTAL - 2010
PLANO ANUAL DE OUTORGA FLORESTAL - 2010
Florestas públicas federais passíveis de concessões
8.892.544 ha
PLANO ANUAL DE OUTORGA FLORESTAL - 2010
196.800.022 ha 41.796.493 ha 8.892.544 ha
Filtro 2 Filtro 1
Para preparação do edital de licitação devem ser feitos estudos técnicos preliminares, que incluem o inventário florestal e levantamentos do potencial das cadeias produtivas florestais na região.
O Edital indica os produtos e serviços objeto da concessão florestal e todas as condições obrigatórias para qualificar os concorrentes da licitação.
Cadastro das Florestas Públicas
Plano Anual de Outorga Florestal
Plano de Manejo da Unidade de Conservação
Relatório Ambiental Preliminar
Pré-Edital
Consulta e Audiências Públicas
Publicação do Edital
Habilitação
Julgamento das Propostas
Assinatura de Contrato
Elaboração do PMFS
Monitoramento, Fiscalização e Auditorias
Editais de Licitação – Principais Informações
� Identificação das comunidades;
� Definição dos indicadores econômicos;
� Definição das UMFs;
� Acordos intersetoriais e integração com políticas
federais e estaduais;
� Contextualização regional;
� Atendimento a requerimentos legais e informações
aos órgãos de controle;
� Definição dos indicadores.
Para preparação do edital de licitação devem ser feitos estudos técnicos preliminares, que incluem o inventário florestal e levantamentos do potencial das cadeias produtivas florestais na região.
O Edital indica os produtos e serviços objeto da concessão florestal e todas as condições obrigatórias para qualificar os concorrentes da licitação.
Cadastro das Florestas Públicas
Plano Anual de Outorga Florestal
Plano de Manejo da Unidade de Conservação
Relatório Ambiental Preliminar
Pré-Edital
Consulta e Audiências Públicas
Publicação do Edital
Habilitação
Julgamento das Propostas
Assinatura de Contrato
Elaboração do PMFS
Monitoramento, Fiscalização e Auditorias
Editais de Licitação – Principais Informações
Cadastro das Florestas Públicas
Plano Anual de Outorga Florestal
Plano de Manejo da Unidade de Conservação
Relatório Ambiental Preliminar
Pré-Edital
Consulta e Audiências Públicas
Publicação do Edital
Habilitação
Julgamento das Propostas
Assinatura de Contrato
Elaboração do PMFS
Monitoramento, Fiscalização e Auditorias
Habilitação e Julgamento
O Edital de Licitação deve conter todas as regras detalhadas de como serão pontuadas as propostas e definido o vencedor para cada unidade de manejo.
A licitação deve levar em conta os critérios preço e técnica, sendo que a técnica deve, sempre, ter peso maior que o preço.
O critério técnica inclui 4 temas: (i) maior benefício social; (ii) menor impacto ambiental; (iii) maior eficiência; e (iv) maior agregação de valor local.
Para cada um dos temas é preciso existir pelo menos um indicador com parâmetros objetivos para efeito de pontuação ou bonificação de uma proposta.
Para se habilitar a participar da licitação os concorrentes devem ser empresas brasileiras (com sede e administração no país) e que tenham situação regular e sem pendências ambientais.
Cada unidade de manejo florestal pode ter apenas um contrato de concessão florestal que deve incluir todos os produtos e serviços autorizados.
Não podem ser objeto de concessões florestais o uso dos recursos genéticos, fauna, recursos minerais, recursos hídricos e o carbono (exceto para florestas plantadas). Produtos de uso para subsistência das comunidade locais também são excluídos do objeto da concessão.
O concessionário deve garantir o acesso livre e regulado às áreas de concessão florestal.
Todos os lotes de concessão incluem áreas de diferentes tamanhos, para dar oportunidade de acesso aos produtores de diferentes escalas.
Cadastro das Florestas Públicas
Plano Anual de Outorga Florestal
Plano de Manejo da Unidade de Conservação
Relatório Ambiental Preliminar
Pré-Edital
Consulta e Audiências Públicas
Publicação do Edital
Habilitação
Julgamento das Propostas
Assinatura de Contrato
Elaboração do PMFS
Monitoramento, Fiscalização e Auditorias
Assinatura do Contrato
O concessionário paga pelo uso dos recursos florestais (produtos e serviços), sendo obrigatório um preço mínimo anual equivalente até 30% do valor anual estimado dos produtos a serem explorados.
O valor arrecadado, é distribuido da seguinte maneira:
No caso de Flonas: (i) até 30% destinados ao órgão gestor (SFB) e (ii) 70% divididos entre Instituto Chico Mendes(40%), estados(20%), municípios (20%) e o FNDF (20%).
Os custos do edital são pagos pelos vencedores do edital da concessão florestal.
Além destes custos, o concessionário deverá cumprir com os investimentos previstos no contrato, inclusive aqueles que foram decorrentes da oferta feita para ganhar a concessão florestal.
Cadastro das Florestas Públicas
Plano Anual de Outorga Florestal
Plano de Manejo da Unidade de Conservação
Relatório Ambiental Preliminar
Pré-Edital
Consulta e Audiências Públicas
Publicação do Edital
Habilitação
Julgamento das Propostas
Assinatura de Contrato
Elaboração do PMFS
Monitoramento, Fiscalização e Auditorias
Processo de Concessão FlorestalAssinatura do Contrato
Gestão de contratosEditalPreparação
• Cadastro de florestas;
• Destinação
• PAOF;
• Diagnóstico socio-
econômico
• Planos de Manejo;
• RAPs;
• Negociações;
•Fechamento de
documentos prévios
• Elaboração pré-edital;
• Consultas públicas;
• Elaboração versão final
do Edital;
• Lançamento;
• Abertura de propostas;
• Definição vencedor;
• Assinatura contrato;
• Definição de fluxo de
processo;
• Mecanismos de
controle;
• Normatização;
• Garantir condições ao
concessionário;
• Garantir cumprimento
cláusulas contratuais;
• Garantir transparência
e “accountability”;
• Comunicação
Concessões Florestais – Indo além dos contratos
18 a 24 meses 6 a 8 meses 40 anos
Síntese das principais atividades em andamento
� Início das operações florestais na Flona Jamari
� Processo licitatório Saracá-taquera
� Fase final de elaboração do edital de licitação da Flona Amana;
� Início da elaboração do edital da Flona Crepori;
� Realização dos censos demográficos das Flonas Crepori e Jamanxim;
� Contratação de consultor para a elaboração do Plano de Manejo da Flona
Altamira;
� Acompanhamento da conclusão do plano de manejo da Flona Trairão;
� Contratação do levantamento de Avaliação Ecológica Rápida para as Flonas
Itaituba I e II;
� Apoio à revisão dos limites da Flona Jamanxim e da APA Tapajós.
Distrito Florestal - BR 163 – Áreas prioritárias
NomeAno de Criação
Área (ha)
Data criação Conselho
Consultivo
Previsão do Plano de Manejo
Data prevista do Edital
Concessão
Flona Tapajós
1974548.99
7 jun/01 concluído ---
Flona Amana2006
541.683 mai/09 nov/10 dez/09
Flona Crepori
2006741.75
4 mai/09 nov/10 dez/09Flona
Jamanxim2006
1.301.157 não tem
em elaboração dez/10
Flona Tairão2006
250.350 mai/09 dez/10 dez/11
Flona Altamira
1998760.88
3 mai/09 jul/10 jun/11Flona
Itaituba I1998
220.256 mai/09 dez/10 jun/11
Flona Itaituba II
1998420.84
9 mai/09 dez/10 jun/11Total
Setor Florestal na BR - 163
Situação:� 75% dos empreendimentos inativos� Atividade de serviço e ilegalidade movimentam a economia florestal� Ausência de fontes de suprimento que garantam a sustentabilidade � Exploração de comunidades e assentados� Sonegação � Perda de 90% dos empregos
Consequências:� Aumento da invasão de Ucs� Aumento da atividade de garimpo� Aumento da pecuária
Distrito Florestal - BR 163 – Pers
Indicadores de referência:
- Intensidade de corte – 25m3/ha
- Ciclo de corte – 30 anos
- Área efetiva de manejo – 80%
- Preço florestal médio – R$ 60/m3
- Preço médio madeira serrada – R$ 600/m3
- Preço médio madeira com processamento secundário
– R$ 2.800/m3
Produção previstas em concessões no
ano de 2011 (total)
Previsão de receita por grupo de
espécies (R$)
Previsão de produção por grupo (M3)
Receita atividade de serviço (R$)
Valor da Produção industrial
Economia Total a ser gerada pelas
cocessões
Empregos Diretos Gerados
Empregos Indiretos Gerados
Total de empregos
2,881,061M3
230.484.891,20 2.881.061,14 115.242.445,601.037.182.010,4
0 1.382.909.347,20 14.405,31 28.810,61 43.215,92
Sub-totais
Produção anual previstas em
concessões até 2011 (BR163)
Previsão de receita por grupo de
espécies (R$)
Previsão de produção por grupo (M3)
Receita atividade de serviço (R$)
Valor da Produção industrial
Economia Total a ser gerada pelas
cocessões
Empregos Diretos Gerados
Empregos Indiretos Gerados
Total de empregos
2,417,771 M3 193.422.190,72 2.417.777,38 96.711.095,36 870.399.858,24 1.160.533.144,32 12.088,89 24.177,77 36.266,66
- Rendimento médio serraria – 60%
- Rendimento médio processamento secundário – 25%
- Empregos diretos – 5 por cada 1000m3 produzidos
- Empregos indiretos – 10 por cada 1000m3 produzidos
Indicadores Eliminatório Classificatório Bonificador
A1 - Monitoramento da dinâmica de crescimento e da r ecuperação da floresta X X
A2 – Redução de danos à floresta remanescente durante a exploração florestal
X X X
A3 – Investimento em infra-estrutura e serviços para comunidade local X
A4 – Geração de empregos locais X
A5 – Geração de empregos pela concessão florestal X X
A6 – Diversidade de produtos explorados na unidade d e manejo florestal
X
A7 – Diversidade de espécies exploradas na unidade d e manejo florestal
X X
A8 – Diversidade de serviços explorados na unidade d e manejo florestal X X
A9 – Grau de processamento local do produto X X
B1 – Apoio e participação em projetos de pesquisa X
B2 – Implementação de programas de conservação da fa una na unidade de manejo florestal X
B3 – Política afirmativa de gênero X
B4 – Implantação e manutenção de sistemas de gestão e desempenho de qualidade socioambiental X
B5 – Participação da comunidade local na exploração de produtos e serviços, objetos da concessão florestal, na unid ade de manejo
X
Comparação entre os editais
Indicadores
Jamari Saracá-Taquera
CritériosPeso do
indicadorPeso do Critério
Peso do indicador
Peso do Critério
Critérios ambientais
A1 14,6
29
12,5
25,0A2 14,6 12,5
Critérios sociais
A3 11,7
29
16,7
33,3
A4 11,7 8,3
A5 5,8 8,3
Eficiência
A6 8,3
21
10,0
25,0
A7 8,3 10,0
A8 4,2 5,0
Agregação de valor A9 20,8 21 16,7 16,7
Totais 100,0 100 100 100
Visão da Cadeia Produtiva
MadeiraSerrada Verde
MadeiraSerrada
Seca
MadeiraPlainada
Pisos Moldurados e
esquadrias
Pisos Moldurados
envernizados
R$ 2.200.000
93
24.000
3.000,00
43.200
-
3.000,00
_
24.000
43.200
R$ 1.570.000
1.400,00
24.000
85
43.200
R$ 1.300.000
1.000,00
12.000
35
21.600
R$ 600.000
600 a 800,00
25
12.000
21.600
Investimentos
Preço médio de venda (R$/m3)
Empregos diretos gerados na indústria
Demanda matéria prima (m3/ano)
Demanda de floresta (ha)