conceitos da filosofia lean aplicados à logística dos transplantes de orgãos

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Espaço LALT na Revista Cargo News - Edição 131

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Mais uma vez, o Fórum Brasil Comexlog, evento representati-vo do setor de comércio exterior e logística no estado de São Paulo, aportará em Santos. A sétima edi-ção acontecerá no dia 27 de junho e abordará temas de relevante im-portância, como novos projetos e melhorias no desenvolvimento do segmento.

O Comexlog é promovido pela TVB Band Santos, com abertura às 9h, no Clube de Regatas Vasco da Gama, em Santos e contará com a presença de diversas personalida-des que influenciam diretamente no cotidiano do setor, como o mi-nistro dos Portos, José Leônidas Cristino, além de personalidades públicas que marcam presença de-vido à importância do encontro.

“O Fórum Brasil ComexLog des-se ano está repaginado. Por isso as

Fórum Brasil chega à 7ª ediçãoEventos

expectativas são grandes. Plane-jamos um formato diferenciado, mais dinâmico. Tivemos também bastante cuidado para listar pautas que abordem os assuntos mais rele-vantes para o setor. Contamos com novos parceiros e apoiadores, além de buscar nomes de peso para con-tribuir nos debates. Assim, espera-mos crescer ainda mais, em qua-lidade e público nessa 7ª edição”, comenta Cláudia Rei, superinten-dente da TVB Band.

O público alvo do Fórum Brasil são os profissionais de todos os se-tores ligados ao Porto de Santos e às atividades marítima, portuária e de logística, sendo, portanto aberto aos operadores de terminais portu-ários, agências marítimas e empre-sas de navegação, terminais portu-ários e retroportuários, despachos aduaneiros, setor de transportes rodoviário e de outros modais.

Para o prefeito de Santos, João Paulo Tavares Papa, “muitas mu-danças estão acontecendo na econo-mia da nossa cidade e de todo o país desde 2006, quando foi promovido pela primeira vez o Fórum Brasil de Comércio Exterior e Logística. Na sua sétima edição, o evento re-afirma seu papel como palco de de-bates, onde os participantes terão a oportunidade de acesso a informa-ções fundamentais para a constru-ção de políticas públicas e privadas relacionadas ao setor”, disse.

NovidadesCom o objetivo de concentrar as

atividades, facilitando a agenda dos participantes e palestrantes,

nesta edição o encontro se realiza-rá em um único dia ficando mais ágil e otimizando o tempo. “Outra novidade é o local escolhido para o Fórum, o Clube de Regatas Vasco da Gama. Trata-se de um espaço amplo, moderno e bem localizado, com vista panorâmica de frente para a entrada do canal do estuário do Porto de Santos, que será o cená-rio dos programas gravados no dia do fórum. O novo espaço tornará o evento ainda mais agradável, no sentido de sua localização e fácil acesso”, revela Cláudia Rei.

As inscrições podem ser feitas gratuitamente pelo site do Fórum Brasil ou no dia e local do evento.

A sétima edição tem o apoio da TV Bandeirantes, ABTRA, ABT-TC, e prefeituras do Guarujá, Cubatão e Santos.

Cláudia Rei, superintendente da TVB Band

Com programação rica em discussões, Comexlog acontecerá na Baixada Santista

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João Paulo Tavares Papa, prefeito de Santos

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M.a Vera Lucia Monteiro é Engenheira Eletricista-Eletrônica com especialização em Administração de Empresas pela FGV-EAE/SP e Mestrado em Engenharia Civil pela UNICAMP. Possui 20 anos de experiência em Logística, atuando em empresas nacionais e internacionais. É professora do curso de Tecnologia em Logística da FATEC de São José dos Campos e pesquisadora no LALT/UNICAMP. (email: [email protected]).

Conceitos da filosofia lean aplicados à logística dos transplantes de órgãos

As técnicas do pensamento enxu-to, ou Lean Thinking, têm sido am-plamente aplicadas, com êxito, em várias indústrias. E da mesma ma-neira, quando aplicadas nos setores de serviços, têm colhido excelentes resultados. Um exemplo disso é a área da saúde, como será visto neste artigo. Afinal, o pensamento enxu-to não é uma tática de fabricação, mas uma estratégia de gestão apli-cável a todas as organizações, por-que seu foco essencial é a melhoria dos processos.

De acordo com Womack e Jones, o termo Lean Thinking refere-se ao “antídoto para o desperdício”. Por desperdício entende-se qualquer atividade humana que não acres-cente valor. Contudo, o conceito de desperdício é amplo: pode incluir não apenas as atividades humanas como também qualquer outro tipo de atividade e recursos usados in-devidamente, e que contribuem para o aumento de custos, de tempo e da não satisfação do cliente. Re-sumindo, a visão do Lean Thinking é produzir produtos (bens e servi-ços) com baixo custo, eliminando os desperdícios.

No Brasil e no mundo, a litera-tura mostra vários casos de sucesso de sua aplicação na área da saúde.

Eles incluem, por exemplo, pro-cessos de triagem de pacientes na emergência dos hospitais, sistemas de coleta de material para exames clínicos, distribuição de seus resul-tados, entre outros. Todas as inicia-tivas apresentaram ganhos com-provados, não somente em termos de simplificação e agilidade de seus processos - e consequente melhoria no atendimento a pacientes -, mas também com importantes reduções de custo para as organizações onde foram aplicadas. No entanto, não há notícias de sua utilização nos processos de transplante de órgãos.

Transplantes de órgãos sólidosTransplantes são procedimentos

complexos, com custos elevados. Qualquer melhoria em seus proces-sos traz benefícios valiosos ao setor da saúde. Os transplantes são rea-lizados sob rigorosas restrições, em virtude da escassez de órgãos. As economias geradas em seus proces-sos serão sempre muito representa-tivas quando comparadas com ou-tras áreas da saúde. De acordo com dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), o Brasil é atualmente o terceiro país no mundo em número de trans-plantes, apenas superado pelos Es-

tados Unidos e pela China.Nos transplantes de órgãos, o

tempo é a principal e mais impor-tante restrição. Desde quando o processo de doação é iniciado, to-das as atividades - da retirada do órgão do doador até o seu implante no receptor designado -, devem ser conduzidas no mais curto período de tempo possível. A preocupação com a rapidez em seus processos se justifica pelo limitado tempo de is-quemia dos órgãos (tempo de dura-ção para que se mantenham viáveis ao transplante, a partir da interrup-ção da circulação sanguínea), o que tem efeito direto na sobrevida do receptor.

No Brasil, a lista de espera por transplantes tem crescido ano a ano. E sabe-se que de 5 a 10% das causas da não efetivação das doa-ções têm por motivo problemas de logística.

A mídia tem noticiado com fre-quência o crescimento do número de doações de órgãos no Brasil e o crescente aporte de recursos do Mi-nistério da Saúde no setor. Apesar do crescimento do número de doa-ções de órgãos a cada ano (confor-me mostra a tabela 1), a lista de pa-cientes à espera de um transplante também tem crescido.

Autora: Vera Lucia MonteiroOrlando Fontes Lima Jr.LALT – Laboratório de Aprendizagem em Logística e TransportesFaculdade de Engenharia Civil / Unicamp

Prof. Orlando Fontes Lima Jr. Professor Associado e Coordenador do LALT Laboratório de Aprendizagem em Logística e Transportes da UNICAMP. Engenheiro Naval

com mestrado e Doutorado em Engenharia de Transportes pela Escola Politécnica da USP, e Livre Docência e Pós

Doutorado pela UNICAMP. Foi Prefeito da UNICAMP , professor de Escola Politécnica da USP e passou 2007 em

estudos sabáticos na Bournemouth University - Inglaterra. É presidente da ANPET Associação Nacional de Ensino

e Pesquisa de Transportes, pesquisador do CNPq e coordenador de diversos projetos de pesquisa em parceria com universidades brasileiras e do exterior. Tem diversos

artigos publicados na área de Logística e Transportes.

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Desta forma, vêm à tona questões im-portantes relacionadas ao que pode e deve ser feito para melhorar esse pro-cesso, dando a ele condições de se tornar sustentável. Estas questões despertam o interesse do público em geral e das co-munidades acadêmicas na busca de pos-síveis respostas que auxiliem o processo como um todo.

Esse fato motivou uma investigação do potencial de melhoria que poderíamos obter a partir de uma aplicação das fer-ramentas Lean aos processos da logística dos transplantes de órgãos sólidos (rim, fígado, pâncreas, pulmão e coração).

Tabela 1: Evolução anual dos transplantes, em números absolutos (Fonte: ABTO, 2009)

A logística nos transplantesDo ponto de vista das atividades da logística, em cada

transplante se repetem os processos de acondicionamen-to e transporte do órgão, e são levados em consideração os tempos de isquemia e as distâncias entre os doadores e os receptores. A logística envolve também atividades de provimento de recursos como: agendamento de sa-las cirúrgicas, abastecimento de materiais de consumo, equipamentos e pessoal especializados, além de todo o fluxo de informações entre as equipes envolvidas:

O propósito de se avaliar a aplicação de ferramentas do Lean Thinking aos processos logísticos dos transplantes é auxiliar a identificação e a eliminação dos desperdícios nesses processos, tornando-os mais rápidos.

Vale ressaltar que os desperdícios na área da saúde - que devem ser identificados e eliminados, pois podem representar a cura ou até mesmo a vida dos pacientes -, enquadram-se nas mesmas oito categorias definidas para o Sistema Toyota de Produção (STP):

Figura 1: Logística nos processos de transplantes

1. Serviços desnecessários ou superprodução2. Erros ou defeitos3. Atrasos ou esperas4. Movimentações desnecessárias5. Excesso de processamento6. Excesso de estoque7. Transporte em excesso8. Criatividade não utilizada

Na logística dos transplantes há processos-chave que de-vem ser considerados na aplicação de técnicas Lean: reti-rada do órgão do doador, acondicionamento, transporte, preparação do órgão e implante no receptor, além da troca de informação entre as equipes, que envolve todos os pro-cessos, conforme exposto na figura 2.

Figura 2: Processos-chave nos transplantes

Para se avaliar a aplicação de ferramentas Lean na área da saúde, foi desenvolvido um estudo em parce-ria com o Hospital das Clínicas de Campinas (HC/UNICAMP). A unidade escolhida foi a hepática, o que permitiu acompanhar os processos citados ante-riormente em um caso de transplante de fígado.

Uma vez acompanhados os processos, foi desenha-do o Mapa do Fluxo de Valor Presente, através do

Aplicação de ferramentas Lean a um transplante de fígadoqual foram feitas análises críticas para se eliminar os desperdícios de cada etapa. Em seguida, foram feitas proposições de melhoria através da aplicação de ferra-mentas Lean, apropriadas a cada situação, com vistas a reduzir o Lead Time total do transplante eliminando--se os desperdícios encontrados.

A figura 3 apresenta o Mapa do Fluxo de Valor Pre-sente.

Figura 3: Mapa do Fluxo de Valor Presente

O Mapa aponta os seguintes dados:Tempo de Valor Agregado = 404 min. = ~7 hEsperas e Desperdícios = 194 min. = ~3 hTempo de Processamento Total corresponde ao Lead Time = ~10 hCNCDO: Central de Notificação, Captação e Distribuição de ÓrgãosOPO: Organização de Procura de ÓrgãosE: EsperaCPT: RetiradaACDMT: EmbalagemTPT: TransportePRP: PreparaçãoTRPL: Implante.

O passo seguinte foi desenhar o Mapa do Fluxo de Valor Futuro Projetado representando o poten-cial de ganho no Lead Time, caso to-das as melhorias sugeridas fossem implementadas com sucesso. A fi-gura 4 apresenta esse mapa.

Figura 4: Mapa do Fluxo de Valor Futuro Projetado

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Desta forma, vêm à tona questões im-portantes relacionadas ao que pode e deve ser feito para melhorar esse pro-cesso, dando a ele condições de se tornar sustentável. Estas questões despertam o interesse do público em geral e das co-munidades acadêmicas na busca de pos-síveis respostas que auxiliem o processo como um todo.

Esse fato motivou uma investigação do potencial de melhoria que poderíamos obter a partir de uma aplicação das fer-ramentas Lean aos processos da logística dos transplantes de órgãos sólidos (rim, fígado, pâncreas, pulmão e coração).

Tabela 1: Evolução anual dos transplantes, em números absolutos (Fonte: ABTO, 2009)

A logística nos transplantesDo ponto de vista das atividades da logística, em cada

transplante se repetem os processos de acondicionamen-to e transporte do órgão, e são levados em consideração os tempos de isquemia e as distâncias entre os doadores e os receptores. A logística envolve também atividades de provimento de recursos como: agendamento de sa-las cirúrgicas, abastecimento de materiais de consumo, equipamentos e pessoal especializados, além de todo o fluxo de informações entre as equipes envolvidas:

O propósito de se avaliar a aplicação de ferramentas do Lean Thinking aos processos logísticos dos transplantes é auxiliar a identificação e a eliminação dos desperdícios nesses processos, tornando-os mais rápidos.

Vale ressaltar que os desperdícios na área da saúde - que devem ser identificados e eliminados, pois podem representar a cura ou até mesmo a vida dos pacientes -, enquadram-se nas mesmas oito categorias definidas para o Sistema Toyota de Produção (STP):

Figura 1: Logística nos processos de transplantes

1. Serviços desnecessários ou superprodução2. Erros ou defeitos3. Atrasos ou esperas4. Movimentações desnecessárias5. Excesso de processamento6. Excesso de estoque7. Transporte em excesso8. Criatividade não utilizada

Na logística dos transplantes há processos-chave que de-vem ser considerados na aplicação de técnicas Lean: reti-rada do órgão do doador, acondicionamento, transporte, preparação do órgão e implante no receptor, além da troca de informação entre as equipes, que envolve todos os pro-cessos, conforme exposto na figura 2.

Figura 2: Processos-chave nos transplantes

Para se avaliar a aplicação de ferramentas Lean na área da saúde, foi desenvolvido um estudo em parce-ria com o Hospital das Clínicas de Campinas (HC/UNICAMP). A unidade escolhida foi a hepática, o que permitiu acompanhar os processos citados ante-riormente em um caso de transplante de fígado.

Uma vez acompanhados os processos, foi desenha-do o Mapa do Fluxo de Valor Presente, através do

Aplicação de ferramentas Lean a um transplante de fígadoqual foram feitas análises críticas para se eliminar os desperdícios de cada etapa. Em seguida, foram feitas proposições de melhoria através da aplicação de ferra-mentas Lean, apropriadas a cada situação, com vistas a reduzir o Lead Time total do transplante eliminando--se os desperdícios encontrados.

A figura 3 apresenta o Mapa do Fluxo de Valor Pre-sente.

Figura 3: Mapa do Fluxo de Valor Presente

O Mapa aponta os seguintes dados:Tempo de Valor Agregado = 404 min. = ~7 hEsperas e Desperdícios = 194 min. = ~3 hTempo de Processamento Total corresponde ao Lead Time = ~10 hCNCDO: Central de Notificação, Captação e Distribuição de ÓrgãosOPO: Organização de Procura de ÓrgãosE: EsperaCPT: RetiradaACDMT: EmbalagemTPT: TransportePRP: PreparaçãoTRPL: Implante.

O passo seguinte foi desenhar o Mapa do Fluxo de Valor Futuro Projetado representando o poten-cial de ganho no Lead Time, caso to-das as melhorias sugeridas fossem implementadas com sucesso. A fi-gura 4 apresenta esse mapa.

Figura 4: Mapa do Fluxo de Valor Futuro Projetado

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Algumas intervenções propostas, como a troca de uma embalagem, a adoção de lacres de fechamento, re-visões em protocolos de preparação do centro cirúrgico e de procedimen-tos de comunicação da equipe, im-plicaram em ganhos de mais de uma hora (83 minutos). Em um processo com sérias restrições de tempo, cuja rapidez pode determinar a sobrevida do paciente, qualquer minuto econo-mizado é de extrema relevância.

A etapa transporte foi identificada como a principal geradora de pos-síveis desperdícios de tempo. Por isso, é importante destacar que as re-

Tabela 2: Melho-rias implemen-tadas e ganhos

obtidos

Este mapa aponta os seguintes dados:Tempo de Valor Agregado = 404 min. = ~7h. = Tempo de Processamento (Lead Time)CNCDO: Central de Notificação, Captação e Distribuição de ÓrgãosOPO: Organização de Procura de ÓrgãosCPT: RetiradaACDMT: EmbalagemTPT: TransportePRP: PreparaçãoTRPL: ImplanteEDI: Eletronic Data InterchangeFC: Fluxo ContínuoP: PadronizaçãoJIT: Just in time5S: Metodologia dos 5 S (Limpeza e Organização)

Obviamente, nem todas as sugestões foram possí-veis de ser implantadas em curto prazo. Contudo, algumas delas foram apli-cadas de imediato. Por fim, um novo ciclo foi acompa-nhado para comparação dos lead times, antes e de-pois das implementações.

A tabela 2 resume os ga-nhos obtidos entre os dois ciclos:

Conclusõescomendações de melhoria relaciona-das à adaptação dos veículos, como a instalação de sirenes, luzes de alerta e um encaixe da caixa térmica, sejam postas em prática futuramente. Des-ta forma, seria garantida uma melhor performance para o transporte, caso seja impraticável que as etapas de re-tirada e implantação do órgão sejam realizadas no mesmo hospital.

Vale complementar que as pos-sibilidades de redução de desperdí-cios são muitas. Apenas no caso da embalagem terciária, novas soluções surgem diariamente. Pode-se chegar ao caso da perfusão do órgão (limpe-

za com líquido conservante) ser feita dentro da própria caixa, durante a etapa de transporte, e desta forma, agregar valor a esse processo.

Apesar de se tratar de um sistema não controlado, que envolve mais de um departamento, a filosofia Lean em transplantes foi aplicável com relativa simplicidade, gerando importantes ganhos em Lead Time mediante pequenas intervenções. Por isso, enquanto os cientistas não descobrem formas mais eficientes de produção de órgãos em laboratório, a busca pela redução de desperdícios pode e deve ser continuada.

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