conceitos 2 de agrupamento e formas básicas

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1 1 Instituto de Artes – UNESP – Bacharelados e Licenciatura em Música RESUMO 1 - TEORIA II - AGRUPAMENTOS E FORMAS BÁSICAS O estudo da Forma em música pressupõe elementos que se justapõem, se sobrepõem e se inter- relacionam objetivando a compreensibilidade para que as ideias musicais possam ser apreensíveis pela inteligência humana. A forma musical comporta vários modos de observação, percepção e análise. Há o componente linear, útil em várias estruturas musicais, pelo qual se observam os agrupamentos fundamentalmente de base rítmica, duracional e métrica como frases, períodos, seções e movimentos percebidos numa sucessão temporal que tende a se fixar na memória do executante e do ouvinte. Há também o componente relativo aos espaços criados por complexos harmônicos- timbricos, por estruturas polifônicas, inter-relações motívicas e fatores texturais que podem virtualizar a idéia de perspectiva (profundidade, volume e relevo). As maneiras de estruturar uma composição variam de acordo com as diferentes épocas, estilos e etnias, embora vários elementos fundamentais possam permanecer comuns a várias culturas e períodos históricos. Uma composição musical pode ou não se aproximar de modelos formais pré-existentes que tendem a se estabelecer, dentro de um determinado estilo, época, cultura e região. *** AGRUPAMENTOS RÍTMICOS O conceito de modos rítmicos serve de base para a formação de agrupamentos rítmicos como definidos por Grosvenor Cooper e Leonard Meyer na publicação “The Rhythmic Struture of Music”. Neste caso o conceito de “agrupamentos rítmicos” não é exclusivamente duracional, mas também acentual. Assim duas notas de mesmo valor podem configurar um agrupamento rítmico se houver um acento e um não acento e vice versa. Na definição dos autores referidos, o ritmo “sempre implica a inter-relação entre um pulso simples, acentuado (forte) e um ou dois pulsos não acentuados (fracos)”. Os autores consideram para efeito de agrupamento rítmico apenas os padrões iambo, anapesto, trocaico, dáctilo e anfibraco. Outros modelos da poesia grega com durações de mesmo valor como o espondeu (duas notas longas), o tribáquio (três notas curtas) ou o pírrico (duas

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Conceitos 2 de Agrupamento e Formas Básicas

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  • 1 1 Instituto de Artes UNESP Bacharelados e Licenciatura em Msica

    RESUMO 1 - TEORIA II - AGRUPAMENTOS E FORMAS BSICAS

    O estudo da Forma em msica pressupe elementos que se justapem, se sobrepem e se inter-

    relacionam objetivando a compreensibilidade para que as ideias musicais possam ser apreensveis

    pela inteligncia humana.

    A forma musical comporta vrios modos de observao, percepo e anlise. H o componente

    linear, til em vrias estruturas musicais, pelo qual se observam os agrupamentos

    fundamentalmente de base rtmica, duracional e mtrica como frases, perodos, sees e

    movimentos percebidos numa sucesso temporal que tende a se fixar na memria do executante e

    do ouvinte. H tambm o componente relativo aos espaos criados por complexos harmnicos-

    timbricos, por estruturas polifnicas, inter-relaes motvicas e fatores texturais que podem

    virtualizar a idia de perspectiva (profundidade, volume e relevo).

    As maneiras de estruturar uma composio variam de acordo com as diferentes pocas, estilos e

    etnias, embora vrios elementos fundamentais possam permanecer comuns a vrias culturas e

    perodos histricos.

    Uma composio musical pode ou no se aproximar de modelos formais pr-existentes que

    tendem a se estabelecer, dentro de um determinado estilo, poca, cultura e regio.

    ***

    AGRUPAMENTOS RTMICOS

    O conceito de modos rtmicos serve de base para a formao de agrupamentos rtmicos como

    definidos por Grosvenor Cooper e Leonard Meyer na publicao The Rhythmic Struture of

    Music. Neste caso o conceito de agrupamentos rtmicos no exclusivamente duracional, mas

    tambm acentual. Assim duas notas de mesmo valor podem configurar um agrupamento rtmico se

    houver um acento e um no acento e vice versa. Na definio dos autores referidos, o ritmo sempre

    implica a inter-relao entre um pulso simples, acentuado (forte) e um ou dois pulsos no

    acentuados (fracos). Os autores consideram para efeito de agrupamento rtmico apenas os padres

    iambo, anapesto, trocaico, dctilo e anfibraco. Outros modelos da poesia grega com duraes de

    mesmo valor como o espondeu (duas notas longas), o tribquio (trs notas curtas) ou o prrico (duas

  • notas curtas) so descartados por no apresentarem contraste duracional ou acentual. A repetio

    destes ps da poesia grega clssica acaba por se enquadrar num dos cinco agrupamentos bsicos.

    Finalmente os padres com mais de trs elementos tambm so desconsiderados por serem

    redutveis aos cinco padres bsicos.

    Nveis arquitetnicos do ritmo O ritmo tambm se articula em nveis de estrutura organizacional

    (inciso, frase perodo etc.). A estrutura rtmica de uma pea musical por se desenvolver no tempo

    percebida no como uma srie de eventos independentes e desarticulados, mas como algo coeso em

    que as unidades se articulam entre si formando estruturas mais amplas. Um agrupamento rtmico

    completo, ou seja, composto por um pulso forte e um ou dois fracos forma o que Cooper e Meyer

    denominam nvel rtmico primrio. Tais agrupamentos podem se juntar e formar nveis mais altos

    definidos pelas mesmas referncias de fraco e forte:

    Ex.1

    Agrupamento rtmico na definio de Cooper e Meyer um fato mental, no fsico e no h

    uma frmula pronta para a sua delimitao. Msicos experientes podem divergir na anlise dos

    agrupamentos, pois a performance uma arte que permite diferentes fraseados e diferentes

    interpretaes. Muitas vezes agrupamentos sonoros podem apresentar certa ambigidade e melhor

    entend-los assim do que tentar enquadr-los fora num padro fechado e definitivo. Cooper e

    Meyer concluem que qualquer que seja o nvel arquitetnico, um agrupamento rtmico produto

    de semelhana e diferena, de proximidade e separao dos sons percebidos pelos sentidos e

    organizados pela inteligncia (Cooper & Meyer, 1960). Portanto fatores como durao de notas,

    configurao intervalar da melodia, mudanas harmnicas, variao de textura ou timbre podem

    definir o arranjo interno dos agrupamentos em qualquer nvel estrutural (ou arquitetnico).

    Enquanto os acentos mtricos so a referncia para os agrupamentos dos pulsos (em geral

    delimitados pelas barras de compasso) estes outros tipos de acento influenciam a configurao do

    ritmo e nada tem haver com compassos ou, como afirmam os autores citados, agrupamentos

    rtmicos no so respeitadores de barras de compasso (Cooper & Meyer, 1960, p.6)

  • Um princpio importante da teoria rtmica recente a distino entre metro e agrupamento

    [grouping]. Metro uma moldura hierrquica de pulsos pontos no tempo que carregam vrios

    nveis de acentuao implcita que por si s no implica em segmentao. Agrupamento uma

    estrutura hierrquica de segmentos que por si s no implica em acentuao. (Temperley, 2003, p.

    125)

    ***

    Os agrupamentos rtmicos bsicos derivam em grande parte dos modos rtmicos introduzidos por

    volta do sculo XIII (Escola de Notre Dame) semelhantes aos da prosdia clssica (ps gregos).

    Slaba curta ou no acentuada Slaba longa ou acentuada

    [Inicialmente os modos rtmicos tinham configurao apenas ternria, mas a partir da Ars Nova

    incorporam tambm a configurao binria.]

    PADRES RTMICOS

    Os exemplos de padres rtmicos listados em seguida se referem a agrupamentos fraseolgicos

    relacionados aos modos rtmicos e sua aplicao no repertrio musical clssico. O nvel em que a

    maioria dos exemplos so apresentados se enquadra, na definio de Cooper e Meyer, entre os

    nveis arquitetnicos mais bsicos.

  • Ritmo trocaico

    Ex.2

    Brahms: Sinfonia no. 2 I mov.

    Ex.3

    Brahms: Sinfonia no.1 I mov.

    Ritmo imbico

    Ex.4

    Ex.5

  • Ritmo dctilo

    Ex.6

    Ex.7

    Ex.8

  • Ritmo anapesto

    Ex.9

    Ex.10

    Num nvel arquitetnico primrio o exemplo acima comporta um padro anapesto, mas num nvel

    mais abrangente pode ser analisado como anfibraco.

    Ritmo Anfibrco

    Ex.11

  • AGRUPAMENTOS FRASEOLGICOS (nveis arquitetnicos)

    Inciso;

    Membro de frase;

    Frase;

    Perodo

    Encadeamento de frases

    Seo;

    Alguns fatores para delimitao dos agrupamentos:

    Por pausa;

    Por som de maior durao;

    Reproduo igual ou elaborada do perfil meldico;

    Mudana de configurao ou perfil; Repetio de nota;

    Ex. 12

    No Ex. 20 o primeiro inciso (trocaico) est separado por nota repetida e por diferena de

    configurao. O segundo membro de frase separado por pausa e repetio variada de padro

    meldico.

    Ex. 13

  • Observar que os incisos correspondem ao metro anapesto. Na ltima frase os incisos fluem quase

    sem separao em funo da manuteno do compasso de 5 e da maior variedade meldica e

    rtmica.

    Os agrupamentos meldicos podem ser classificados quanto aos seus componentes como binrios,

    ternrios e duplos e cada um destes afirmativos e contrastantes. Assim um membro de frase

    binrio afirmativo quando formado por dois incisos iguais ou semelhantes (Ex. 19 e 20) e binrio

    contrastante quando os incisos forem diferentes. Do mesmo modo uma frase tambm pode ser

    classificada como binria ou ternria quando tiver dois e trs membros de frase respectivamente.

    Os conceitos de agrupamento como os indicados at agora so inicialmente considerados como

    conceitos rtmicos e mtricos, mas ao qualifica-los pode se impor a necessidade de analisar os

    elementos temticos presentes e os incisos podem se tornar os fundamentos para a identificao de

    motivos - elementos importantes para a estrutura formal em vrios tipos de repertrio.

    CONCEITO DE AGRUPAMENTO TEMTICO MOTIVOS

    Perodo um agrupamento de sentido completo e finalizado por uma cadncia perfeita ou algum

    fator correspondente. composto por um agrupamento antecedente e outro consequente e cada um

    destes com incisos que atuam como motivos que se reiteram estabelecendo relaes temticas entre

    as duas partes. Tanto o antecedente quanto o consequente podem ser formados por uma ou duas

    frases sendo mais raras as formaes com maior nmero de frases. O perodo tambm pode ser

    binrio, ternrio e duplo. No primeiro caso o antecedente composto por uma frase pontuada por

    uma cadncia progressiva (mais raramente por uma conclusiva fraca) e o consequente por outra

    frase pontuada por cadncia conclusiva forte. No segundo caso o antecedente formado por duas

    frases pontuadas por cadncias progressivas e o consequente por uma frase conclusiva. No terceiro

    caso o antecedente possui duas frases no conclusivas e o consequente por outras duas sendo a

    ltima conclusiva. Como nos outros agrupamentos o perodo tambm pode ser afirmativo ou

    contrastante.

    Agrupamento no direcional: quando no h um direcionamento harmnico bem definido para

    um conjunto de frases, ao contrrio do que ocorre com o perodo. As identidades motvicas em geral

    so vagas e as reiteraes no criam uma unidade temtica.

  • Ex. 14

    No exemplo anterior (Ex. 14) o trecho pode ser analisado com um perodo binrio afirmativo. A

    cadncia do antecedente V2-I6 imperfeita (CAI) e o consequente inicia de modo semelhante ao

    antecedente.

    Ex. 15

  • No Ex.15 o perodo ternrio afirmativo. O antecedente possui duas frases com cadncias

    progressivas (conceito a ser desenvolvido mais adiante) e um consequente composto por uma frase

    pontuada por cadncia conclusiva (CAP).

    Ex. 16

    O antecedente pontuado por uma semi cadncia imperfeita e o conseqente finaliza com uma

    cadncia perfeita (em rem). A construo em forma de sentena pois os incisos so seqenciais

  • Ex.17

    Observar no exemplo anterior (Ex. 17) que as frases no objetivam uma finalizao definida:

    encadeamento no direcional de frases.

    FORMAS NA MSICA TONAL

    Resumo, adaptao e traduo dos conceitos bsicos de forma musical na msica tonal expostos no

    estudo: Green, Douglass M. Form in Tonal Music. Fort Worth: Harcourt, 1993. 324.

    A. CONCEITOS BSICOS: A Forma numa composio tonal (ou imediatamente relacionada aos princpios da tonalidade) pode

    ser determinada por dois fatores: o desenho e a estrutura tonal.

    Desenho a organizao daqueles elementos da msica como melodia, ritmo, cadncias, timbre

    textura, compasso, motivos e figuras.

    Estrutura tonal a organizao harmnica, ou seja, os diferentes tipos de movimentos harmnicos

    empregados na composio inteira, suas frases, combinaes de frases, partes e sees.

  • Obs. Deste modo, uma pequena composio ou um trecho de uma grande pode apresentar duas

    partes (desenho), por exemplo, e apresentar um nico movimento harmnico (estrutura harmnica).

    Estruturas harmnicas da frase:

    Sucesso de acordes: quando uma srie de acordes se movimenta dentro de uma mesma rea ou

    prolongando a funo principal.

    Progresso de acordes: quando h movimento harmnico de uma rea para outra.

    A compreenso da organizao harmnica da frase depende da distino entre sucesso e

    progresso de uma seqncia de acordes. Uma frase, como regra geral, organizada

    harmonicamente pela utilizao de:

    Sucesso de acordes seguida por cadncia

    Progresso de acordes conduzindo cadncia

    Sucesso de acordes seguida por progresso conduzindo cadncia

    Os movimentos harmnicos (perodos, sees ou peas inteiras) podem ser classificados em quatro

    tipos:

    Movimento harmnico completo = Tp V Tp (c.a.p.)

    Movimento harmnico interrompido = Tp - V (s.c.) - I - I

    Movimento harmnico progressivo = Tp.- V Tp Ts

    Movimento harmnico repetido = T T (c.a.i.) T T (c.a.p.)

    [Determine em exemplos anteriores as estruturas harmnicas de frase e os movimentos harmnicos

    definidos acima]

    B AS PEQUENAS FORMAS

    1. Forma unitria Movimento harmnico nico (completo, progressivo ou interrompido); no

    apresenta nenhum aspecto de diviso quanto ao desenho tanto por cadncias conclusivas quanto por

    contrastes fortes.

    2. Forma binria contnua Diviso em duas partes pelo desenho e um nico movimento

    harmnico (movimento harmnico completo).

  • Simples: AB (elemento contrastante) ou AA (elemento similar)

    Circular: AB \\ A movimento harmnico interrompido: A (aberto) B (digresso ou extenso)

    A (retorno de A, agora fechado)

    Balanceada: AA A primeira parte termina com c.a.p. em tonalidade secundria e a segunda

    parte fecha com re-exposio com c.a.p na tonalidade principal. Cada uma das partes tm tamanho

    semelhante.

    3. Forma binria seccional Movimento harmnico duplo

    Simples: A-B ou A-A

    Circular A-BA ou A-BA em que B um elemento similar a A

    Bar Form: A-A-B (minnesinger)

    4. Forma ternria seccional

    Com movimento harmnico duplo: A-BA (BA se constitui por movimento harmnico completo

    com B contrastante).

    Com movimento harmnico triplo: A-B-A (forma ternria seccional completa)

    5. Forma ternria contnua movimento harmnico nico dividido por desenho: AB \\ A (B

    elemento contrastante)

  • EXEMPLOS:

    AB = Binria contnua: duas partes em que a segunda completa o sentido da primeira. A primeira

    parte no tem carter conclusivo (sem cadncia perfeita sobre a tnica principal)

    Ex. 18

    No exemplo acima o elemento linear se d pela frmula binria AB em que A uma seo

    aberta de oito compassos (I (V) V) seguida de B, uma seo de complementaridade em dois

    tempos. O primeiro (oito compassos) expande o campo harmnico at o III grau (relativo maior) e o

    segundo (mais oito compassos), com funo conclusiva a retornar para o I grau. Todas as sees

    esto divididas simetricamente em frases de quatro compassos.

  • AA= Binria contnua: A segunda parte semelhante primeira (com ou sem variaes) exceto

    pela cadncia final sobre a tnica. A primeira parte no tem carter conclusivo (sem cadncia

    perfeita sobre a tnica principal).

    Ex. 19

  • Forma Binria seccional

  • A+BA Forma binria contnua circular (rondeada). Parte A no conclusiva seguida B como um

    tipo de extenso de A (uma parte no contrastante) e o retorno de A agora de forma conclusiva (A).

    Ex. 20

  • FORMA TERNRIA - Parte afirmativa - central contrastante volta da parte afirmativa.

    A forma ternria capaz de estruturar qualquer nvel de complexidade desde um tema at um

    movimento de sonata ou sinfonia. A seo B da forma ternria pode criar contraste com a seo A

    pelo uso de diferentes materiais meldicos, texturas, tonalidade ou combinaes destes

    (KOSTKA&PAYNE, 2000, 338)

    A-B-A Forma ternria seccional completa. Trs sees fechadas separadas por cadncias

    conclusivas. A ltima o retorno da primeira.

    Ex. 21

  • A-BA Forma ternria seccional: parte A conclusiva sobre a tonalidade principal, parte B

    contrastante (no como extenso de A como na binria rondeada) e no conclusiva seguindo-se o

    retorno de A (com ou sem variaes):

    Ex.22

  • Ex. 23

    ABA Forma ternria contnua. Trs segmentos com cadncias autenticas perfeitas e somente a

    ltima sobre a Tp.

    A determinao formal do exemplo anterior (Ex.23) requer muita reflexo, mesmo tendo em

    conta que os agrupamentos em qualquer nvel tenham a mesma durao e os motivos se reiterem

    claramente em todas eles. Qual o fator de contraste em B e qual o movimento harmnico em cada

    frase? Que papel tem cada uma das cadncias na determinao formal?

    Bibliografia para consulta e aprofundamento:

    Bas, J. Tratado de la Forma Musical

    Cooper, G. e Meyer, L. B. The Rhythmic Structure of Music

    Fontaine, P. Basic Formal Structures in Music

    Green, D. Form in Tonal Music

    Kostka, S. Payne, D. Tonal Harmony

    Lemacher, H. & Schroeder, H. Musical Form

    Schoenberg, A. Fundamentos da Composio Musical.

    Scliar, E. Fraseologia musical