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Novembro de 2011 RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO (1) Conceção, Implementação e Avaliação dos Planos de Recuperação EQUIPA AUTOAVALIAÇÃO

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Novembro de 2011

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO (1) Conceção, Implementação e Avaliação dos

Planos de Recuperação

EQUIPA AUTOAVALIAÇÃO

ii

“a avaliação é um processo que consiste em recolher um conjunto

de informações pertinentes, válidas e fiáveis, e de examinar o grau

de adequação entre este conjunto de informações e um conjunto

de critérios escolhidos adequadamente com vista a fundamentar a

tomada de decisões.”

De Ketele (1999: 266)

iii

Índice

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 1

2. REFERENCIAL ................................................................................................................... 3

3. OPÇÕES METODOLÓGICAS ............................................................................................... 5

4. APRESENTAÇÃO DOS DADOS ............................................................................................ 6

4.1. Dados recolhidos junto dos diretores de turma/professores titulares de turma sobre a

implementação dos planos de recuperação (PR) a partir de uma grelha de recolha de

dados preenchida pelos mesmos: ..................................................................................... 6

4.2. Dados obtidos por inquérito por questionário a alunos, docentes, diretores de turma e

encarregados de educação ............................................................................................. 11

4.2.1. CONCEÇÃO ....................................................................................................... 11

4.2.1.1. CONFORMIDADE ........................................................................................ 11

4.2.1.2. ADEQUAÇÃO .............................................................................................. 13

4.2.2. IMPLEMENTAÇÃO ............................................................................................. 13

4.2.2.1. COERÊNCIA ................................................................................................ 13

4.2.2.2. ESTRUTURAÇÃO ADEQUADA ...................................................................... 14

4.2.2.3. PARTICIPAÇÃO ........................................................................................... 16

4.2.2.4. CUMPRIMENTO .......................................................................................... 22

4.2.3. AVALIAÇÃO ...................................................................................................... 24

4.2.3.1. REGULAÇÃO ............................................................................................... 24

4.2.3.2. EFICÁCIA .................................................................................................... 30

5. DISCUSSÃO DOS DADOS ................................................................................................. 30

1 | 31

1. INTRODUÇÃO

A avaliação da qualidade das instituições escolares é neste momento um desafio constante, facto que tem

vindo a ser discutido e analisado, destacando-se a autonomia da escola como instrumento de dinamização

do seu papel educativo, tendo em vista a melhoria de processos e resultados e o sucesso escolar e

educativo, assumindo as escolas a responsabilidade de desenvolverem projetos que promovam a formação

integrada dos seus alunos numa valorização pessoal e social.

No âmbito da sua autonomia, a escola pode e deve desenvolver em permanência a autoavaliação,

entendida como instrumento de diagnóstico, regulador e promotor da qualidade e também como

instrumento de reflexão crítica partilhada. Tal como está definido na Lei nº 31/2002, de 20 de Dezembro e

na Lei nº75/2008 de 22 de Abril, a autoavaliação tem carácter obrigatório, desenvolve-se em permanência,

conta com o apoio da administração educativa e é realizada pela própria comunidade docente (conselho

pedagógico, conselho geral, equipa diretiva e docentes), com a finalidade de obter informação sobre o

funcionamento e os resultados da sua escola. O modelo proposto enfatiza a avaliação interna, devido ao

papel fundamental que desempenham os membros de qualquer comunidade escolar na avaliação e

melhoria dos resultados da sua instituição. Por seu lado devem, paralelamente, ser implementados

processos de avaliação externos para que cada escola tenha um modelo objetivo com o qual possa

comparar a informação obtida na sua avaliação interna.

Apesar da complexidade de todo o processo as escolas podem e devem realizar a sua autoavaliação, pois é

necessária a autorregulação das práticas educativas atendendo à dinâmica fundamental de preparar os

seus alunos para a sociedade do século XXI, uma sociedade competitiva, exigente e que pressiona

constantemente as escolas a revelar uma transparência absoluta sobre todos os seus processos educativos.

E como salienta Santos Guerra “a escola não está situada no vazio. Pelo contrário, encontra-se imersa na

sociedade. Dela recebe influência e exigências. É nela que cumpre o seu papel.” (Guerra, 2003)1.

Conhecer para agir constituem duas ações fundamentais para promover as mudanças que se mostrem

necessárias e assim sejam definidas as estratégias de promoção da melhoria da eficácia da escola como

promotora do sucesso dos seus alunos.

Assim, exige-se que o Dispositivo de Autoavaliação do Agrupamento (DAAA) tenha em conta todos os

pontos de vista relevantes sobre a escola para que se possam compreender as diversas perspetivas dos

diferentes atores e encontrar pontos de consenso que facilitem a negociação necessária à definição de um

sentido coletivo para as dinâmicas que nela são desenvolvidas.

1 GUERRA, Miguel Angel (2003). Tornar Visível o Quotidiano – Teoria e Prática de Avaliação Qualitativa das Escolas. Edições ASA.

2 | 31

A criação de um grupo de focagem, em que se representam os atores mais relevantes (docentes, discentes,

pais, assistentes operacionais, …), foi o fórum que ajudou a manter presentes vários olhares sobre a

realidade escolar, dado que este grupo assumiu, não só a função de validar os instrumentos produzidos

mas, também, apoiar, ajudar e orientar a equipa de autoavaliação a desenvolver o DAAA.

A Equipa utilizou, no decurso de todo o processo de autoavaliação do Agrupamento um Quadro de

Referência que prevê a avaliação nas seguintes áreas: Processos de Liderança, Organização e Gestão,

Desenvolvimento Curricular, Relações com o Exterior e Resultados.

Este Quadro de Referência resulta da adesão deste Agrupamento no início do ano letivo de 2010/2011, ao

projeto PAR, orientado pela Universidade do Minho.

A partilha, incentivada pela equipa PAR, revelou-se uma mais-valia, ajudando na melhoria das práticas de

trabalho e contribuindo, também, para sustentar toda a dinâmica de criação de instrumentos que

constituem, neste momento a base da autoavaliação deste Agrupamento.

Neste contexto a metodologia de trabalho adotada foi sustentada a partir dos conhecimentos e das

práticas de especialistas nesta área, capazes de promoverem uma orientação para todo o trabalho a

desenvolver. Após a constituição de um grupo de focagem cujos elementos são representativos da

comunidade educativa a equipa deu início à construção do referencial.

Para isso foi necessário identificar a área considerada prioritária a avaliar. Com esse intuito auscultou-se o

grupo de focagem, através da realização de um inquérito por questionário. Foi a partir dos resultados

recolhidos através desse inquérito que foi possível apurar a área e subárea a avaliar - Desenvolvimento

Curricular/ A escola como lugar de aprendizagem dos alunos - e desenvolver todo o trabalho.

Para além deste aspeto, destaca-se ainda o facto de este questionário permitir obter informação relativa às

questões de avaliação consideradas importantes pelos elementos do grupo de focagem, possibilitando à

equipa identificar questões de avaliação e o elemento constitutivo da subárea a avaliar. Os questionários

foram distribuídos a todos os elementos do grupo de focagem (n=27). No total, responderam 13

elementos, correspondendo a 48% de retorno dos questionários.

De acordo com as prioridades indicadas nos questionários, pelos elementos do grupo de focagem,

verificou-se que a área a avaliar, considerada como prioritária, foi: “Desenvolvimento Curricular” (46% de

respondentes escolheram-na como 1ª prioridade), e a subárea: “A escola como lugar de aprendizagem dos

alunos.”

3 | 31

2. REFERENCIAL

A construção do referencial traduziu o modo como os planos de recuperação (PR) são concebidos,

implementados e avaliados no Agrupamento. Com a construção do referencial pretendeu-se dar resposta a

questões depreendidas a partir das questões de avaliação colocadas pelos elementos do grupo de focagem,

relativamente à subárea A escola como lugar de aprendizagem dos alunos.

O PR permite a implementação de estratégias diversificadas de ensino aprendizagem?

O PR cumpre os requisitos previstos na legislação em vigor?

A implementação do PR contribui para a promoção da igualdade de oportunidades de acesso e

sucesso escolar?

Os PR contribuem para prevenir o abandono escolar?

Os PR promovem as aprendizagens e a consequente melhoria dos resultados escolares?

As diferentes estruturas existentes no Agrupamento contribuem para o sucesso na implementação

dos PR?

Os EE acompanham o processo de implementação dos PR?

Os EE participam de forma ativa na implementação dos PR, contribuindo para o seu sucesso?

O Conselho de turma/Professor Titular de turma procede a uma avaliação periódica dos planos de

avaliação?

O PR contribui para a autorregulação da aprendizagem?

Assim, selecionaram-se os referentes, os elementos constitutivos, os critérios, os indicadores e as pistas a

investigar, que o sustentaram (ver tabela 1).

4 | 31

Á R E A A A V A L I A R : 3. DESENVOLVIMENTO CURRICULAR

Construído DIMENSÃO: A ESCOLA COMO LUGAR DE APRENDIZAGEM DOS ALUNOS SUBÁREA: 3.1.

P E R Í O D O D E

A V A L I A Ç Ã O

2010/2011

REF

EREN

TES

EXTERNOS

Administração central Decreto-Lei nº 6/2001, de 18 de Janeiro; Despacho Normativo nº 50/2005, de 9 de Novembro; Lei n.º 49/2005, de 31 de Agosto Investigação Correia, Serafim (2010). Autoavaliação de Escola: A Construção de Referenciais. In Revista do Centro de Formação Francisco de Holanda. Autoavaliação das Escolas e Processos de Auto Monitorização. Ministério da Educação: Guimarães, pp.224 Alves, Palmira (2004). Currículo e Avaliação. Porto: Porto Editora

INTERNOS Contexto local

Projeto Educativo; Regulamento Interno

E L E M E N T O S

C O N S T I T U T I V O S C R I T É R I O S I N D I C A D O R E S

P I S T A S A

I N V E S T I G A R

PLA

NO

S D

E R

ECU

PER

ÃO

Conceção

Conformidade

Os planos de recuperação permitem a identificação das dificuldades manifestadas pelos alunos. Os planos de recuperação preveem a implementação das modalidades de apoio previstas na lei. OS planos de recuperação preveem o envolvimento/responsabilização dos alunos no seu processo de aprendizagem. Os PR evidenciam um carácter de avaliação contínuo e sistemático, visando a regulação do ensino e da aprendizagem.

- Planos de recuperação Docentes do 1.º, 2.º e 3.º Ciclos

Adequação

Os PR consideram a intervenção de diferentes agentes na sua implementação. Os Planos de Recuperação possibilitam a identificação de estratégias diversificadas a utilizar pelos intervenientes.

Implementação

Coerência

Os Planos de Recuperação são implementados para alunos que revelem dificuldades de aprendizagem. As estruturas existentes no Agrupamento (Centro de Aprendizagem, BE/CRE, …) são consideradas aquando da elaboração dos Planos de Recuperação.

- Intervenientes - Planos de recuperação - Atas dos Conselhos de Turma/Conselhos de docentes - Relatório trimestral da implementação dos PR

Estruturação Adequada

O Diretor de Turma articula com as diferentes estruturas do Agrupamento (Centro de Aprendizagem, BE/CRE, …), aquando da implementação do Plano de Recuperação.

Participação

Os Encarregados de Educação intervêm de forma ativa na implementação dos Planos de Recuperação. Os alunos intervêm de forma ativa na implementação dos Planos de Recuperação.

Cumprimento

Os alunos executam as tarefas/atividades definidas nos Planos de Recuperação. Os Encarregados de Educação acompanham responsavelmente a implementação/concretização dos Planos de Recuperação.

Avaliação

Regulação

Os docentes procedem periodicamente à monitorização dos efeitos das medidas aplicadas nos Planos de Recuperação. A informação obtida a partir da monitorização periódica dos Planos de Recuperação é facultada aos Diretores de Turma. Os Diretores de Turma facultam a informação obtida a partir da monitorização dos Planos de Recuperação aos Encarregados de Educação. Os Diretores de Turma facultam a informação obtida a partir da monitorização dos PR aos alunos.

- Intervenientes - Planos de recuperação - Atas dos Conselhos de Turma/Conselhos de docentes - Atas do Conselho Pedagógico - Relatórios dos Planos de Recuperação - Relatório final da implementação dos PR

Eficácia

Os Planos de Recuperação contribuem para os alunos

superarem as dificuldades diagnosticadas.

Os Planos de Recuperação promovem o sucesso escolar dos

alunos.

Tabela 1 – Referencial de avaliação dos planos de recuperação

5 | 31

3. OPÇÕES METODOLÓGICAS

Assumindo o referencial elaborado a base sobre a qual se desenvolveu o trabalho de autoavaliação foram

construídos instrumentos para a recolha de dados e para posterior organização e análise dos mesmos. Dos

instrumentos produzidos destacamos os seguintes:

Documento para a construção dos inquéritos por questionário; este documento permitiu

contextualizar as questões no referencial construído, tendo em atenção os critérios e os indicadores

nele constantes.

Inquérito por questionário sobre a conceção, implementação e avaliação dos Planos de Recuperação

dirigido aos diretores de turma/titulares de turma, docentes, alunos e encarregados de educação;

Checklist para avaliação do documento “Plano de Recuperação”, a ser preenchida pela equipa de

autoavaliação;

Documento de recolha de dados sobre a conceção, implementação e avaliação dos planos de

recuperação, para os diretores de turma.

Os inquéritos por questionário aplicados a docentes, alunos e diretores de turma/titulares de turma foram

elaborados e preenchidos on-line, tendo o tratamento dos dados recolhidos sido feito com recurso a uma

folha de cálculo. Os inquéritos por questionário aplicados aos encarregados de educação, foram realizados

em suporte de papel, sendo a recolha e tratamento dos mesmos realizada, do mesmo modo, com recurso a

uma folha de cálculo.

O documento aplicado aos diretores de turma/titulares de turma foi preenchido em suporte de papel,

sendo a recolha e tratamento dos mesmos realizada igualmente com recurso a uma folha de cálculo.

6 | 31

4. APRESENTAÇÃO DOS DADOS

4.1. Dados recolhidos junto da Equipa de autoavaliação sobre a conceção e implementação dos Planos de

Recuperação (PR)

A Equipa de autoavaliação recorreu a uma checklist para a avaliação do documento “Plano de

Recuperação”. Constatou-se que apenas os itens “O PR integra estratégias/atividades a desenvolver pelos

diferentes intervenientes” e “O PR possibilita a intervenção dos diferentes recursos do Agrupamento para a

Comissão disciplinar e Equipa de Educação para a Saúde” (ver anexos) verificam-se parcialmente. Todos os

outros itens foram verificados.

No que diz respeito ao item “O PR integra estratégias/atividades a desenvolver pelos diferentes

intervenientes”, constatou-se que alguns dos intervenientes (Psicólogo, Docente do Apoio, Director de

Turma, …) não podem registar no documento as atividades/estratégias a implementar e no item “O PR

possibilita a intervenção dos diferentes recursos do Agrupamento: Comissão Disciplinar, Equipa de

Educação para a Saúde”, verifica-se que, embora no documento exista a possibilidade de nomear outras

opções, para além das que estão discriminadas, não existe referência expressa as estas duas opções.

4.2. Dados recolhidos junto dos diretores de turma/professores titulares de turma sobre a implementação

dos PR a partir de uma grelha de recolha de dados preenchida pelos mesmos:

No ano letivo 2010/2011 foram submetidos a plano de recuperação 195 alunos, dos quais 174,

(representando 89% dos PR) a partir da reunião de avaliação do primeiro período, e 21 (representando 11%

dos PR) a partir da reunião intercalar do segundo período (ver tabela 1). Apenas um dos planos de

recuperação cessou antes do final do ano letivo.

1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo Total

Com PR a partir da reunião de avaliação do 1º Período 31 61 82 174

Com PR a partir da reunião intercalar do 2º Período 2 2 17 21

Total 33 63 99 195

Tabela 1 – Alunos com PR

7 | 31

Gráfico 1

Comparando o número de planos com o número total de alunos em cada ciclo do ensino básico verifica-se

que 7% dos alunos do primeiro ciclo, 21% dos alunos do segundo ciclo e 27% dos alunos do terceiro ciclo,

foram sujeitos a plano de recuperação.

Dos 195 alunos sujeitos a plano de recuperação, 173, ou seja 89%, transitaram de ano e 22, ou seja 11%

não transitaram de ano (ver gráfico 2).

Gráfico 2

Relativamente às modalidades escolhidas pelos docentes para integrarem os PR verifica-se que a

pedagogia diferenciada na sala de aula e as atividades de compensação são as predominantes (ver tabela

2). Dos 195 planos de recuperação, os docentes recorreram em 162 (83%) à pedagogia diferenciada na

sala de aula e em 155 (79%) a atividades de compensação.

Transitaram 89%

Não transitaram

11%

Resultados da implementação dos PR

1º Ciclo 33

2º Ciclo 63

3º Ciclo 99

Número de Alunos com PR

8 | 31

Modalidades Frequência

Pedagogia diferenciada na sala de aula 162

Programa de Tutoria 14

Atividades de compensação 155

Aulas de recuperação 11

Atividades de ensino específico da língua 16

Atividades extracurriculares 16

Tabela 2 – Modalidades escolhidas para integrar os PR

Da análise efetuada às respostas obtidas relativa aos recursos humanos, constata-se que na esmagadora

maioria dos PR os docentes propuseram o envolvimento da família, dos docentes da disciplina e do apoio

bem como do diretor de turma/professor titular de turma (ver tabela 3). No que diz respeito aos recursos

organizacionais destaca-se o centro de aprendizagem e a BE.

Recursos – humanos/0rganizacionais Frequência %

Hu

man

os

Assistente 5 2,5

Família 192 98,4

Docente da disciplina/titular de turma 183 93,8

Docente do Apoio 180 92,3

Tutor 12 6,1

Psicólogo 38 19,5

Docente de educação especial 10 5,1

Diretor de turma/professor titular de turma 193 99

Outros 0 0

Org

aniz

acio

na

is BE 121 62,1

Laboratórios 64 32,8

Centro de Aprendizagem 155 79,5

Sala de Informática 44 22,6

Outros 6 3,1

Tabela 3 – Recursos mobilizados na implementação dos PR

Da análise efetuada às principais dificuldades diagnosticadas pelos docentes (ver tabela 4), aquando da

elaboração dos PR, verifica-se que estas são muito diversificadas, destacando-se o facto de que existe a

seleção de praticamente todos os itens que fazem parte do plano. Das principais dificuldades

diagnosticadas destaca-se a aquisição, compreensão e aplicação de conhecimentos, bem como a

compreensão e interpretação de textos e ideias e a resolução de problemas.

9 | 31

Principais Dificuldades Diagnosticadas Frequência %

Aquisição de conhecimentos 157 80,5

Compreensão e aplicação de conhecimentos 160 82,1

Relacionar conhecimentos 142 72,8

Raciocínio lógico/abstrato 140 71,8

Compreensão oral 123 63,1

Expressão oral 101 51,8

Leitura 88 45,1

Escrita 126 64,6

Compreensão e interpretação de textos e ideias 149 76,4

Resolução de problemas 148 75,9

Responsabilidade 129 66,2

Empenho 126 64,6

Comportamento 71 36,4

Participação 100 51,3

Falta de assiduidade 14 7,1

Tabela 4 – Principais dificuldades diagnosticadas

Da leitura da tabela 5, estratégias a desenvolver pelos docentes, verifica-se a seleção de praticamente

todos os itens do PR relativos às estratégias. Podemos inferir que os docentes consideram relevante a

seleção de praticamente todas as estratégias constantes no plano.

Estratégias a desenvolver pelos docentes Frequência %

Atividades de remedeio, escritas e orais, para compensar défices de aprendizagem, integrando conteúdos programáticos anteriores.

132 67,7

Atividades para orientar o trabalho pessoal, ensinar a estudar e treinar as competências de estudo.

157 80,5

Atividades que permitam a concretização das noções e conceitos para apoiar a realização de abstrações ou a resolução de problemas.

146 74,9

Atividades de pesquisa de informação que estimulem o gosto pela disciplina. 145 74,4

Atividades de comunicação de resultados e produtos de pesquisa. 136 69,7

Orientação, verificação e controlo dos registos do caderno diário e da organização dos instrumentos de trabalho.

155 79,5

Atividades para o desenvolvimento da comunicação oral e escrita. 134 68,7

Apelos frequentes ao cumprimento de normas de conduta e de regras de funcionamento das aulas.

119 61,0

Apelos frequentes à persistência no trabalho e ao esforço para melhorar. 152 77,9

Outras: 4 2,1

Tabela 5 – Estratégias a desenvolver pelos docentes

10 | 31

No que diz respeito às estratégias a desenvolver pelos alunos verifica-se claramente que as principais são:

(i) estudar diariamente os conteúdos dados nas aulas, treinando as técnicas de estudo e anotando as

dúvidas para serem colocadas aos professores (86,7%);

(ii) realizar sistematicamente os trabalhos de casa (84,6%). No entanto verifica-se que quase todas as

estratégias são selecionadas (ver tabela 6).

Estratégias a desenvolver pelos alunos Frequência %

Elaborar um horário de estudo e dá-lo a conhecer ao Encarregado de Educação e ao DT.

135 69,2

Estudar diariamente os conteúdos dados nas aulas, treinando as técnicas de estudo e anotando as dúvidas para serem colocadas aos professores.

169 86,7

Realizar sistematicamente os trabalhos de casa. 165 84,6

Preparar e fazer-se acompanhar do material necessário. 142 72,8

Elaborar e manter atualizado um calendário de testes e datas de entrega de trabalhos, que deve ser do conhecimento do EE, estando afixado em local bem visível.

138 70,8

Participar nas atividades propostas nas aulas. 155 79,5

Comportar-se em conformidade com as regras estabelecidas. 131 67,2

Outras: 19 9,7

Tabela 6 – Estratégias a desenvolver pelos alunos

No que diz respeito às estratégias a desenvolver pelos encarregados de educação verifica-se

claramente que quase todas as estratégias são selecionadas, destacando-se, contudo, que o controlo da

assiduidade e pontualidade é o item menos assinalado (56,9%), contrastando com o item da verificação

semanal do caderno diário e da caderneta que representa 84,1% das opções.

Estratégias a desenvolver pelos Encarregados de Educação Frequência %

Controlar a assiduidade e estimular a pontualidade do aluno. 111 56,9

Controlar o cumprimento do horário de estudo pelo seu educando. 160 82,1

Verificar semanalmente os cadernos do aluno e a caderneta escolar. 164 84,1

Assinar as provas de avaliação e controlar o calendário dos testes e da entrega de trabalhos.

156 80,0

Dialogar com o aluno sobre os progressos obtidos e as dificuldades sentidas. 153 78,5

Estabelecer contacto regular com o diretor de turma, para tomar conhecimento do comportamento, assiduidade e aproveitamento do seu educando.

157 80,5

Outras: 1 0,5

Tabela 7 – Estratégias a desenvolver pelos encarregados de educação

11 | 31

Em relação à evolução dos resultados dos alunos com PR verifica-se que houve um número significativo de

alunos com evolução positiva no que diz respeito aos resultados obtidos (ver tabela 8).

2º período 3º período

Alunos com PR que diminuíram o número de níveis inferiores a 3 112 127

Alunos com PR que mantiveram o número de níveis inferiores a 3 37 33

Alunos com PR que aumentaram o número de níveis inferiores a 3 11 8

Tabela 8 – Evolução dos resultados obtidos pelos alunos com PR

4.3. Dados obtidos por inquérito por questionário a alunos, docentes, diretores de turma e encarregados

de educação

Foram realizados questionários a alunos, docentes, diretores de turma/professores titulares de turma e

encarregados de educação com o objetivo de conhecer os modos de conceção, implementação e

avaliação dos planos de recuperação.

Os dados foram recolhidos de forma anónima, destinando-se apenas a um melhor conhecimento das

dinâmicas de melhoria das aprendizagens e com o objetivo de contribuir para a sua promoção.

De seguida apresentam-se os resultados dos questionários aplicados aos alunos (n=60, amostra

constituída por alunos com PR – 2 alunos por turma), aos docentes (n=28, amostra aleatória constituída

por docentes do Agrupamento dos 3 ciclos de ensino), aos encarregados de educação (n=28, amostra

aleatória constituída por encarregados de educação de alunos com PR) e aos diretores de turma/titulares

de turma (n=15, amostra constituída por diretores de turma com alunos a usufruir de plano de

recuperação).

Nos gráficos a seguir apresentados as siglas DT, D, SO, C e CT significam, respectivamente, Discordo

Totalmente, Discordo, Sem Opinião, Concordo e Concordo Totalmente.

4.3.1. CONCEÇÃO

Tendo como base o referencial elaborado, o primeiro subelemento constitutivo a avaliar, a conceção,

integra dois critérios para a avaliação da conformidade e da adequação dos PR.

4.3.1.1. CONFORMIDADE

Podemos verificar, relativamente ao indicador: Os PR permitem a identificação das dificuldades

manifestadas pelos alunos, que os três grupos de respondentes concordam ou concordam totalmente que

o mesmo identifica as dificuldades dos alunos (86% - alunos; 97% - docentes e encarregados de educação

– gráfico 3).

12 | 31

Gráfico 3

Relativamente ao indicador: Os PR evidenciam um carácter de avaliação contínuo e sistemático, visando a

regulação do ensino e da aprendizagem, foram questionados apenas os docentes. Destes, 93% concordam

ou concordam totalmente que os PR permitem a realização de uma avaliação contínua da sua

implementação (gráfico 4).

Gráfico 4

3% 4%

64%

29%

Os planos de recuperação possibilitam a realização de uma avaliação contínua da sua

implementação.

DT

D

SO

C

CT

7% 2% 5%

41% 45%

0% 3% 0%

61%

36%

0% 0% 3%

59%

38%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

DT D SO C CT

Os PR identificam as dificuldades manifestadas pelos alunos

Alunos Docentes EE

13 | 31

4.3.1.2. ADEQUAÇÃO

No indicador: Os PR possibilitam a identificação de estratégias diversificadas a utilizar pelos

intervenientes, foram questionados apenas os docentes. Destes, 93% concordam ou concordam

totalmente que as estratégias/atividades previstas nos PR são adequadas às necessidades dos alunos

(gráfico 5).

Gráfico 5

4.3.2. IMPLEMENTAÇÃO

Tendo como base o referencial elaborado, o segundo subelemento constitutivo dos PR a avaliar, a

implementação, integra quatro critérios para a avaliação da coerência, da estruturação adequada, da

participação e do cumprimento dos planos de recuperação.

4.3.2.1. COERÊNCIA

No indicador: Os PR são implementados para alunos que revelam dificuldades de aprendizagem, foram

questionados apenas os docentes. Destes, 89% que concordam ou concordam totalmente que os PR foram

implementados a alunos com dificuldades de aprendizagem (gráfico 6).

Gráfico 6

7%

64%

29%

As estratégias/actividades previstas nos planos de recuperação são adequadas às

necessidades dos alunos.

DT

D

SO

C

CT

4% 7%

21%

68%

Os planos de recuperação foram implementados para os alunos que

revelaram dificuldades de aprendizagem.

DT

D

SO

C

CT

14 | 31

Relativamente ao indicador: As estruturas existentes no Agrupamento são consideradas aquando do

preenchimento dos PR, foram questionados apenas os docentes. Destes, 93% concordam ou concordam

totalmente que as estruturas existentes no Agrupamento foram consideradas como recursos de apoio à

implementação dos PR (gráfico 7).

Gráfico 7 Relativamente aos docentes que responderam concordo ou concordo totalmente à questão anterior

verificámos que indicaram os seguintes recursos:

Recursos utilizados pelos docentes Frequência %

Centro de aprendizagem 15 57,7 BE/CRE 14 53,8 Laboratório de Matemática 5 19,2 Tutoria 1 3,8 Materiais manipuláveis 1 3,8 Serviço de Psicologia 6 23,1 Utilização das TIC 3 11,5 Centro de recursos 3 11,5 Sala de aula 1 3,8 PROSEPE 1 3,8

Tabela 9 – Recursos utilizados pelos docentes na implementação dos PR

4.3.2.2. ESTRUTURAÇÃO ADEQUADA

Relativamente ao indicador: O diretor de turma/titular de turma articula com as diferentes estruturas do

agrupamento (centro de aprendizagem, BE, …) aquando da implementação dos PR, constata-se que os

dois grupos de respondentes (docentes e diretores de turma) concordam ou concordam totalmente que o

diretor de turma articulou com as diferentes estruturas do agrupamento (89% - docentes; 100% - diretores

de turma – gráficos 8 e 9).

7%

50%

43%

As estruturas existentes no Agrupamento (Centro de Aprendizagem, BE/CRE, ...) foram

consideradas como recursos de apoio à implementação dos planos de recuperação

dos meus alunos.

DT

D

SO

C

CT

15 | 31

Gráfico 8 Gráfico 9

No que diz respeito à articulação realizada com as diferentes estruturas do agrupamento (centro de

aprendizagem, BE, …) no sentido de facilitar a implementação dos PR dos alunos, os docentes concordam

ou concordam totalmente que esta foi realizada em tempo útil (89% - docentes – gráfico 10).

Gráfico 10

11%

68%

21%

A articulação realizada com as diferentes estruturas do Agrupamento (Centro de Aprendizagem, BE/CRE, ...),

no sentido de facilitar a implementação dos planos de recuperação dos meus alunos, foi feita em tempo útil.

DT

D

SO

C

CT

11%

64%

25%

Os Diretores de turma realizaram a articulação com as diferentes estruturas do Agrupamento, no sentido de facilitar a implementação dos PR dos

meus alunos

DT D SO C CT

40%

60%

Articulei com as estruturas do Agrupamento (Centro de Aprendizagem, BE/CRE, ...), no sentido de facilitar a implementação dos

planos de recuperação dos alunos da minha direcção de turma.

DT D SO C CT

16 | 31

4.3.2.3. PARTICIPAÇÃO

Para recolha de informação relativa ao indicador: Os encarregados de educação intervêm de forma ativa

na implementação dos PR, foram colocadas cinco questões a diretores de turma e a encarregados de

educação, que a seguir se apresentam.

Em relação à questão: Os encarregados de educação foram informados pelos diretores de turma sobre a

implementação dos PR dos seus educandos, constata-se que os dois grupos de respondentes (diretores de

turma e encarregados de educação) concordam ou concordam totalmente que informaram/foram

informados sobre a implementação dos PR dos alunos (100% - diretores de turma e 100% - Encarregados

de educação – gráficos 11).

Gráfico 11

Para a questão: Os encarregados de educação sugeriram atividades a incluir nos PR dos seus educandos,

verifica-se que os dois grupos de respondentes (diretores de turma e encarregados de educação), têm

opiniões divergentes sobre as sugestões de atividades propostas pelos encarregados de educação para

serem incluídas nos PR: 47% dos diretores de turma discordam totalmente que os encarregados de

educação propõem atividades para os PR dos seus educandos, enquanto que apenas 3% dos encarregados

de educação têm a mesma opinião; 26% dos encarregados de educação concorda totalmente com a

afirmação de que propõem atividades para concretizar nos PR dos seus educandos, no entanto nenhum

dos diretores de turma regista esta opinião (gráfico 12).

0%

33%

7%

33% 27%

0% 6%

0%

50% 44%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

DT D SO C CT

Os encarregados de educação foram informados pelos diretores de turma sobre a implementação dos PR dos seus educandos

Diretor de turma Encarregado de educação

17 | 31

Gráfico 12

No que diz respeito à questão: O conselho de turma da minha direção de turma, inclui as sugestões dos

encarregados de educação nos planos de recuperação dos alunos, constata-se que 54% dos diretores de

turma discordam totalmente ou discordam da inclusão das sugestões de atividades feitas pelos

encarregados de educação para os PR dos seus educandos, (gráfico 13).

Gráfico 13

47%

7%

33%

13%

O conselho de turma da minha direcção de turma, inclui as sugestões dos encarregados de educação

nos planos de recuperação dos alunos.

DT

D

SO

C

CT

0%

33%

7%

33% 27%

0% 6%

0%

50% 44%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

DT D SO C CT

Os encarregados de educação sugeriram atividades a incluir nos PR dos seus educandos

Diretor de turma Encarregado de educação

18 | 31

Na questão: Os encarregados de educação comparecem na escola para acompanhar a implementação dos

PR dos seus educandos, constata-se que 60% dos diretores de turma concordam totalmente ou concordam

que os encarregados de educação comparecem na escola para acompanhar a implementação dos PR dos

seus educandos, enquanto 94% dos encarregados de educação partilham da mesma opinião. Destaca-se,

contudo, que 33% dos diretores de turma discordam que os encarregados de educação compareçam na

escola para acompanhar a implementação dos PR dos seus educandos (gráfico 14).

Gráfico 14

Finalmente na questão: Compareci na escola para acompanhar a implementação do PR do meu educando,

84% dos encarregados de educação referem fazê-lo uma ou duas vezes por período (gráfico 15).

Gráfico 15

44%

40%

16%

Frequência com que os EE se deslocam à escola para acompanhar a implementação dos PR

uma vez porperíodo

duas vezes porperíodo

mais de duas vezespor período

0%

33%

7%

33% 27%

0% 6%

0%

50% 44%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

DT D SO C CT

Os encarregados de educação comparecem na escola para acompanhar a implementação dos PR dos seus educandos

Diretor de turma Encarregado de educação

19 | 31

Ainda na apresentação de dados relativos ao critério “Participação”, mas usando agora o indicador: Os

alunos intervêm de forma ativa na implementação dos PR, foram colocadas sete questões a docentes,

diretores de turma/titulares de turma e alunos. Apresentam-se de seguida as informações obtidas em cada

uma dessas questões.

Na questão: Os alunos foram informados sobre a implementação dos PR, constata-se que os dois grupos de

respondentes (diretores de turma/titulares de turma e alunos) maioritariamente concordam ou concordam

totalmente que informaram/foram informados sobre a implementação dos PR. No entanto, verifica-se que

apenas os diretores de turma apresentam total concordância (100%), no que diz respeito à informação que

prestaram aos alunos relativamente à implementação dos seus PR (gráfico 16).

Gráfico 16

Em relação à questão: Os alunos foram informados sobre as estratégias a implementar nos PR, constata-se

que os dois grupos de respondentes (docentes e alunos), maioritariamente concordam ou concordam

totalmente que informaram/foram informados sobre as estratégias a implementar nos PR (gráfico 17).

Gráfico 17

4% 0% 7%

25%

64%

2% 3% 10%

35% 50%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

DT D SO C CT

Os alunos foram informados sobre as estratégias a implementar nos PR

Docentes Alunos

0% 0% 0% 7%

93%

3% 2% 8%

32%

55%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

DT D SO C CT

Os alunos foram informados sobre a implementação dos PR

Diretor de turma alunos

20 | 31

Em relação à questão: Os alunos foram informados sobre as dificuldades diagnosticadas nos PR, constata-

se que os dois grupos de respondentes (docentes e alunos), maioritariamente concordam ou concordam

totalmente que informaram/foram informados sobre as dificuldades diagnosticadas nos PR (gráfico 18).

Gráfico 18

Em relação à questão: Foi promovida a reflexão com os alunos sobre as razões das suas dificuldades

identificadas nos PR, constata-se que os dois grupos de respondentes (docentes e alunos),

maioritariamente concordam ou concordam totalmente que informaram/foram informados sobre as

dificuldades diagnosticadas nos PR. No entanto, verifica-se que há uma maior concordância por parte dos

docentes (96%), quando comparada com a opinião dos alunos (79%) (gráfico 19).

Gráfico 19

0% 2%

12%

38%

48%

3% 0% 4%

25%

68%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

DT D SO C CT

Os alunos foram informados sobre as dificuldades diagnosticadas nos seus PR

Docentes Alunos

0% 0% 4%

53%

43%

3% 3%

15%

47%

32%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

DT D SO C CT

Reflexão sobre as razões das dificuldades identificadas nos PR

Docentes Alunos

21 | 31

Em relação à questão: Os alunos foram auscultados sobre as estratégias mais adequadas a implementar

nos seus PR, constata-se que os dois grupos de respondentes (docentes e alunos), maioritariamente

concordam ou concordam totalmente que informaram/foram informados sobre as referidas estratégias,

embora se verifique uma diferença de 16% no que diz respeito à opinião manifestadas pelos alunos e

docentes. Salienta-se, ainda, a percentagem significativa de alunos que responderam não ter opinião (25%)

(gráfico 20).

Gráfico 20

Em relação à questão: Envolvi os meus alunos no processo de implementação dos seus PR, constata-se que

93% dos docentes concordam ou concordam totalmente que envolveram os seus alunos no processo de

implementação dos PR (gráfico 21).

Gráfico 21

3% 4%

32%

61%

Envolvimento dos alunos no processo de implementação dos PR

DT

D

SO

C

CT

0% 7%

14%

47%

32%

5% 7%

25%

41%

22%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

DT D SO C CT

Os alunos foram auscultados sobre as estratégias mais adequadas a implementar nos seus PR

Docentes Alunos

22 | 31

Na questão: Indica de que forma contribuíste para a implementação do teu PR (questão de resposta

aberta), os alunos responderam conforme dados apresentados na tabela 10, sendo de salientar como

contributos mais referidos pelos alunos o estudar mais (42,6%) e o estar mais atento nas aulas (22,7%).

Contributo dos alunos para a implementação dos PR Frequência %

Estudar mais. 32 42,6

Estar mais atento nas aulas. 17 22,7

Realizar os trabalhos de casa. 3 4,0

Elaborar um horário de estudo. 4 5,3

Participar nas atividades propostas nas aulas. 3 4,0

Comportar-se em conformidade com as regras estabelecidas. 9 12,0

Esclarecer dúvidas. 4 5,3

Apoios educativos. 3 4,0

Tabela 10 – Contributo dos alunos para a implementação dos PR

4.3.2.4. CUMPRIMENTO

Relativamente ao indicador: Os alunos executam as tarefas/atividades definidas nos planos de

recuperação, perguntou-se a docentes e alunos, se concordavam com a afirmação: Os alunos executam as

tarefas/atividades definidas nos seus PR. Constata-se que os dois grupos de respondentes (docentes e

alunos), maioritariamente, concordam ou concordam totalmente que as tarefas/atividades propostas nos

PR foram executadas. No entanto, 14% dos docentes considera que os alunos não as executaram (gráfico

22).

Gráfico 22

0%

14%

4%

57%

25%

0% 7% 10%

51%

32%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

DT D SO C CT

Os alunos executaram as tarefas/atividades definidas nos PR

Docentes Alunos

23 | 31

Os alunos que responderam discordo ou discordo totalmente referiram (ver tabela 11):

Repostas dos alunos à questão: Tarefas não cumpridas na implementação dos PR

Não melhorei muito o comportamento.

Não melhorei a minha atenção na aula.

Não estudei o suficiente.

Faltei aos apoios.

Não realizei todos os trabalhos.

Preciso de me dedicar mais.

Tabela 11 – Tarefas não cumpridas pelos alunos aquando da implementação dos PR

Relativamente ao indicador: Os encarregados de educação acompanham responsavelmente a

implementação/concretização dos PR, questionaram-se diretores de turma/titulares de turma e

encarregados de educação, sobre a sua concordância relativamente à afirmação: Os encarregados de

educação realizaram as atividades previstas nos PR dos seus educandos. Da análise dos resultados, pode

constatar-se que existem divergências de opinião sobre o que os diretores de turma/titulares de turma

consideram ter sido realizado pelos encarregados de educação e a opinião destes sobre a concretização das

atividades previstas nos PR. Assim, 83% dos encarregados de educação considera ter concretizado as

atividades previstas nos planos de recuperação dos seus educandos, enquanto que apenas 54% dos

diretores de turma/titulares de turma é da mesma opinião. Destaca-se que 33% dos diretores de

turma/titulares de turma discorda do facto dos encarregados de educação terem concretizado as

atividades previstas nos PR (gráfico 23).

Gráfico 23

0%

33%

13%

47%

7% 0% 3%

9%

53%

35%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

DT D SO C CT

Os encarregados de educação realizaram as atividades previstas nos PR dos seus educandos

Diretor de turma/titular de turma Encarregado de educação

24 | 31

4.3.3. AVALIAÇÃO

Tendo como base o referencial elaborado, o terceiro subelemento constitutivo dos PR, a “Avaliação”,

integra dois critérios a regulação e a eficácia dos PR.

4.3.3.1. REGULAÇÃO

No indicador: Os docentes procedem periodicamente à monitorização dos efeitos das medidas aplicadas

nos planos de recuperação, foram colocadas duas questões a docentes.

Na questão: os docentes procederam periodicamente a uma avaliação sobre os efeitos das medidas que

foram aplicadas nos PR dos seus alunos, a esmagadora maioria dos docentes (97%) concorda ou concorda

totalmente que procedeu à monitorização periódica das referidas medidas (gráfico 24).

Gráfico 24

Na questão: os docentes propuseram reajustes aos PR dos alunos quando as medidas implementadas não

surtiram efeito, a esmagadora maioria dos docentes (97%) concorda ou concorda totalmente que procedeu

aos reajustes necessários à implementação dos PR (gráfico 25).

Gráfico 25

3% 4%

32%

61%

Procedi periodicamente a uma avaliação sobre os efeitos das medidas que foram aplicadas

nos planos de recuperação dos meus alunos.

DT

D

SO

C

CT

3%

61%

36%

Propus reajustes aos planos de recuperação dos meus alunos quando as medidas implementadas não surtiram efeito.

DT

D

SO

C

CT

25 | 31

Passando ao indicador: A informação obtida a partir da monitorização periódica dos PR é facultada aos

diretores de turma, docentes e diretores de turma/titulares de turma, foram confrontados com três

afirmações.

Quanto à primeira: os docentes informaram os conselhos de turma/secção de ano sobre os efeitos da

aplicação das medidas previstas nos PR dos seus alunos, constata-se que a esmagadora maioria dos

docentes (97%) concorda ou concorda totalmente que informou os Conselhos de Turma/Secção de Ano

sobre os efeitos da aplicação das medidas previstas nos PR (gráfico 26).

Gráfico 26

Da análise dos dados relativos à segunda afirmação: os diretores de turma/titulares de turma e docentes

informaram/foram informados sobre os efeitos da aplicação das medidas previstas nos PR dos alunos,

constata-se que embora a maioria dos respondentes concorde ou concorde totalmente que foi informado e

prestou informações sobre os efeitos das referidas medidas, existe uma diferença percentual entre as

respostas dadas pelo diretores de turma/titulares de turma e os outros docentes (18%). Destaca-se ainda

o facto de 13% dos diretores de turma/titulares de turma considerar que não foi informado pelos

docentes dos efeitos da aplicação das medidas previstas nos PR dos alunos (gráfico 27).

Gráfico 27

3%

29%

68%

Informei os Conselhos de Turma/Secção de Ano sobre os efeitos da aplicação das

medidas previstas nos planos de recuperação dos meus alunos.

DT

D

SO

C

CT

13% 7% 7%

46%

27%

0% 4% 5%

50% 41%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

DT D SO C CT

Informei/fui informado sobre os efeitos das medidas previstas nos PR dos alunos

Diretores de turma/titulares de turma Docentes

26 | 31

Finalmente, confrontados com a afirmação: A periodicidade das informações prestadas aos diretores de

turma/titulares de turma pelos docentes, no que diz respeito aos efeitos da aplicação das medidas

previstas nos PR dos alunos, verifica-se que a maioria dos docentes (53%) informou o diretor de

turma/titular de turma sobre os efeitos da aplicação das medidas previstas nos PR, duas vezes por período.

Salienta-se também que 20% dos diretores de turma afirmaram ter sido informados dos efeitos da

aplicação das medidas previstas nos PR dos alunos, mais de duas vezes por período (gráfico 28).

Gráfico 28

No terceiro indicador deste critério: Os diretores de turma/titulares de turma facultam a informação

obtida a partir da monitorização dos PR aos encarregados de educação, foram colocadas quatro questões

aos diretores de turma/titulares de turma e encarregados de educação, que serão analisadas a partir dos

dados que a seguir se apresentam.

Na questão: informei os encarregados de educação/tive acesso à informação sobre a implementação dos

PR dos alunos, constata-se que a totalidade dos diretores de turma/titulares concordam ou concordam

totalmente que prestaram informação sobre a implementação dos PR aos encarregados de educação. A

opinião dos encarregados de educação vai de encontro à manifestada pelos diretores de turma/titulares de

turma, destacando-se, no entanto, 9% de encarregados de educação que revelaram não ter opinião (gráfico

29).

27%

53%

20%

As informações sobre os efeitos da aplicação das medidas previstas nos planos de recuperação dos alunos da minha

direcção de turma, foram-me facultadas pelos docentes do conselho de turma com que periodicidade

uma vez por período

duas vezes porperíodo

mais de duas vezespor período.

27 | 31

Gráfico 29

Na questão dirigida exclusivamente aos encarregados de educação: de que forma foi facultada a

informação sobre os PR dos alunos, constata-se que a maioria obteve a informação relativa aos PR dos seus

educandos a partir de reunião formal (57%) ou de contacto agendado para o efeito (19%) (gráfico 30).

Gráfico 30

Na questão: de que forma foi facultada a informação sobre os PR dos alunos, a maioria dos diretores de

turma/titulares de turma respondeu que recorreu ao contacto presencial (50%) ou à reunião formal (23%)

(gráfico 31).

0% 0% 0%

27%

73%

0% 0% 9%

35%

56%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

DT D SO C CT

informei/tive acesso à informação sobre a implementação dos PR

Diretores de turma/titulares de turma

Encarregados de Educação

57% 19%

15%

9%

De que forma me foi facultada informação sobre o plano de recuperação do meu educando (pode seleccionar mais do que

uma opção).

Reunião formal

Contacto agendadopara o efeito

Contacto informal

Carta

Correio electrónico

Telefone

Outra (Por favorespecifique)

28 | 31

Gráfico 31

Na última questão que contribuiu para a construção deste indicador: periodicidade com que facultei/me foi

facultada a informação sobre a implementação dos PR, constata-se que diretores de turma/titulares de

turma manifestam opiniões coincidentes e que não se registam diferenças significativas na periodicidade

com que foi facultada/obtida a informação relativa à implementação dos PR dos alunos (gráfico 32).

Gráfico 32

Passando ao último indicador deste critério: Os diretores de turma/titulares de turma facultam a

informação obtida a partir da monitorização dos PR aos alunos, foram colocadas duas questões aos

diretores de turma/titulares de turma e aos alunos.

23%

50%

8%

11%

8%

Informei os encarregados de educação dos alunos da minha direcção de turma sobre os resultados da monitorização dos

planos de recuperação dos seus educandos:

Reunião formal

Contacto presencial

Carta

Correio electrónico

Telefone

Outra (Por favorespecifique)

40%

27% 33%

41% 35%

24%

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

Uma vez por período Duas vezes por período Mais de duas vezes porperíodo

facultei informação/obtive informação sobre a implementação dos PR

Diretores de turma/titulares de turma Encarregados de Educação

29 | 31

Na questão: informei os alunos/tive acesso à informação sobre os resultados da monitorização dos PR,

constata-se que existe uma divergência de opiniões relativamente à informação que é prestada aos alunos

sobre a monitorização dos seus PR. Enquanto 73% dos diretores de turma/titulares de turma concordam

totalmente que prestaram a referida informação aos seus alunos, apenas 38% dos alunos partilham desta

opinião. Uma análise mais global destes dados revela-nos, também, uma grande dispersão das opiniões

apresentadas pelos alunos, enquanto a opinião dos diretores de turma está concentrada no concordo ou

concordo totalmente (gráfico 33).

Gráfico 33

Na questão: de que forma foi facultada informação sobre os PR dos alunos, constata-se que a maioria dos

diretores de turma/titulares de turma informou os alunos sobre a monitorização dos PR através de reunião

informal (71%). Os alunos partilham desta opinião tendo as suas respostas atingido o 85% (gráfico 34).

Gráfico 34

0% 0% 0%

27%

73%

2% 3%

15%

42% 38%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

DT DT SO C CT

Informei/obtive informação sobre a monitorização dos PR

Diretores de turma/titulares de turma Alunos

71%

0%

29%

85%

5% 10%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Reunião informal Correio eletrónico Outras

Informei/obtive informação sobre a monitorização dos PR

Diretores de turma/titulares de turma Alunos

30 | 31

4.3.3.2. EFICÁCIA

Entrando na análise dos dados recolhidos tendo em conta a aplicação do último critério, começamos, pelo

indicador: Os PR contribuem para os alunos superarem as suas dificuldades. Este indicador apreciado com

recurso às repostas obtidas à questão: a aplicação dos PR dos meus alunos permitiu-lhes superar as

dificuldades diagnosticadas, a grande maioria dos docentes (89%) concorda ou concorda totalmente que

que os alunos sujeitos a PR, superaram as dificuldades diagnosticadas (gráfico 35).

Gráfico 35

5. DISCUSSÃO DOS DADOS

Este ponto será construído com o envolvimento de diretores de turma do 3.º ciclo; diretores de turma

do 2.º ciclo; titulares de turma do 1.º ciclo; coordenadores dos diretores de turma; docentes de educação

especial; encarregado de educação; presidente do Conselho Geral e coordenadora do Centro de

Aprendizagem, cujo contributo permitirá produzir juízos de valor e, consequentemente, sugerir estratégias

de melhoria e de reforço.

7% 4%

64%

25%

A aplicação dos planos de recuperação dos meus alunos permitiu-lhes superar as dificuldades diagnosticadas.

DT

D

SO

C

CT

31 | 31

6. ANEXOS

INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DO PLANO DE RECUPERAÇÃO1

CONCEÇÃO

V – Verifica-se VP – Verifica-se parcialmente NV – Não se verifica

Nº ITENS V VP NV

1 O Plano de Recuperação (PR) permite a identificação das dificuldades manifestadas pelos alunos.

X

2

O PR prevê a implementação das modalidades de apoio previstas na lei

Pedagogia diferenciada na sala de aula X

Programas de tutória para apoio a estratégias de estudo, orientação e aconselhamento do aluno

X

Atividades de compensação em qualquer momento do ano letivo ou no início de um novo ciclo

X

Aulas de recuperação X

Atividades de ensino específico da língua portuguesa para alunos oriundos de países estrangeiros.

X

3 O PR permite a realização de uma avaliação contínua X

4 O PR visa a regulação do ensino e da aprendizagem X

5

O PR considera a intervenção de diferentes agentes na sua implementação

Encarregado de Educação X

Psicólogo X

Docente da Educação Especial X

Docente de Apoio X

Equipa da Biblioteca X

Laboratório de Matemática X

Equipa de projetos X

6 O PR integra estratégias/atividades a desenvolver pelos diferentes intervenientes X

7 O PR prevê a utilização de diferentes recursos (humanos e materiais) X

8

O PR possibilita a intervenção dos diferentes recursos do Agrupamento

Centro de Aprendizagem X

Biblioteca Escolar X

Comissão Disciplinar X

Serviço de Psicologia e Orientação X

Equipa de Educação Especial X

Equipa de Projetos X

Equipa de Educação para a Saúde X

Justificar os itens classificados com VP e sugerir possíveis alterações a efectuar nos PR.

1 Este instrumento permitirá à equipa de AA proceder a uma avaliação dos PR decorrente do referencial construído

No que diz respeito ao item “O PR integra estratégias/atividades a desenvolver pelos diferentes intervenientes”,

constatamos que alguns dos intervenientes (Psicólogo, Docente do Apoio, Director de Turma, …) não podem

registar no documento as atividades/estratégias a implementar.

No que diz respeito ao item “O PR possibilita a intervenção dos diferentes recursos do Agrupamento: Comissão

Disciplinar, Equipa de Educação para a Saúde”, verifica-se que, embora no documento exista a possibilidade de

nomear outras opções, para além das que estão discriminadas, não existe referência expressa as estas duas opções.