comunidade saudável cidade saudável - rio.rj.gov.br · as condições ambientais que lhes parecem...

23
48 Comunidade Saudável. Cidade Saudável Comunidade Saudável Cidade Saudável É exatamente o tema que orienta a reflexão nesse número da Coletânea sobre Promoção de Saúde na Escola, que destaca a preservação do meio ambiente e a construção de ambientes mais saudáveis, favoráveis às condições de saúde e a qualidade de vida das pessoas. Assim, compartilhando da elaboração e do desenvolvimento da Agenda 21 da cidade, na discussão da Promoção da Saúde, encontra-se o desafio de como melhorar as condições de saúde do homem, da comunidade e da cidade em que ele vive, atuando positivamente nos fatores que determinam a quali- dade de vida da população. A proposta de tornar a vida das pessoas mais saudável inclui, entre outros: Resgatar a possibilidade de integração dos diversos setores da sociedade. Redefinir políticas sociais para que priorizem a humanização das relações interpessoais e dos serviços e técnicos com os usuários e clientes. Qualificar o processo de urbanização e o cuidado com a terra. Mudar padrões de consumo de cada um e do todo. Instrumentalizar a população para exercício pleno de seu poder. A Iniciativa de Cidades Saudáveis (OMS/OPAS) propõe o olhar do espaço urbano pelas diferentes políticas sociais capazes de estimular governo e soci- edade civil ao desenvolvimento de estratégias e projetos que possam con- templar maior eqüidade e justiça para os cidadãos que convivem ou habitam nas comunidades, bairros, distritos ou localidades, formulando ambientes e políticas públicas favoráveis às condições de saúde e à convivência harmôni- ca entre as pessoas e na forma como elas interagem com os diferentes grupos sociais e culturais e com o meio ambiente.

Upload: vanthu

Post on 13-Feb-2019

212 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

48 Comunidade Saudável. Cidade Saudável

Comunidade SaudávelCidade Saudável

É exatamente o tema que orienta a reflexão nesse número da Coletânea sobrePromoção de Saúde na Escola, que destaca a preservação do meio ambiente e aconstrução de ambientes mais saudáveis, favoráveis às condições de saúde e aqualidade de vida das pessoas.

Assim, compartilhando da elaboração e do desenvolvimento da Agenda21 da cidade, na discussão da Promoção da Saúde, encontra-se o desafio decomo melhorar as condições de saúde do homem, da comunidade e da cidadeem que ele vive, atuando positivamente nos fatores que determinam a quali-dade de vida da população.

A proposta de tornar a vida das pessoas mais saudável inclui, entre outros:• Resgatar a possibilidade de integração dos diversos setores da sociedade.• Redefinir políticas sociais para que priorizem a humanização das relações

interpessoais e dos serviços e técnicos com os usuários e clientes.• Qualificar o processo de urbanização e o cuidado com a terra.• Mudar padrões de consumo de cada um e do todo.• Instrumentalizar a população para exercício pleno de seu poder.

A Iniciativa de Cidades Saudáveis (OMS/OPAS) propõe o olhar do espaçourbano pelas diferentes políticas sociais capazes de estimular governo e soci-edade civil ao desenvolvimento de estratégias e projetos que possam con-templar maior eqüidade e justiça para os cidadãos que convivem ou habitamnas comunidades, bairros, distritos ou localidades, formulando ambientes epolíticas públicas favoráveis às condições de saúde e à convivência harmôni-ca entre as pessoas e na forma como elas interagem com os diferentes grupossociais e culturais e com o meio ambiente.

Comunidade Saudável. Cidade Saudável 49

Cidade saudável ou município saudável é um movimento em prol da pro-moção de saúde que procura congregar todos os setores para que estabele-çam formas, locais, estratégias e recursos para ações concretas da melhoriada qualidade de vida.

A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS-1992) define um municípiosaudável como aquele em que as autoridades políticas e civis, as instituições eorganizações públicas e privadas, os proprietários, empresários e trabalhadores ea sociedade dedicam esforços para melhorar as condições de vida, trabalho ecultura da população; para estabelecer uma relação harmoniosa com o meioambiente físico e natural; e para expandir os recursos comunitários para melhorara convivência, desenvolver a solidariedade, a co-gestão social e a democracia.

De um modo geral, as idéias introduzidas nessas propostas estão analisadasem diferentes dimensões de espaço, em âmbito local, como escola ou comunida-de, e, no mais amplo, como cidade. Nelas se prevê articulação de esforços, parti-cipação da comunidade, levantamento de demandas e diagnóstico de prioridades,definição de estratégias e a execução e desenvolvimento de ações sustentáveis.

50 Comunidade Saudável. Cidade Saudável

Cidade Saudável – é possível

Atividade• A partir dessas definições e propostas para que se tenha uma Cidade

Saudável, reflita e compare com a proposta da Agenda 21.• Reveja o número 1 dessa Coletânea, que discute e propõe sobre as Escolas

Promotoras de Saúde e reflita se não estamos falando de temas e questõesmuito próximas?

• Como um exercício, procure listar atividades que você, seus alunos ou parestenham desenvolvido no cotidiano de suas vidas, nas atividades da escola,da comunidade ou dos serviços de saúde e observe se têm prestado atençãoao meio ambiente, contribuído para sua preservação, optado por modificaras condições ambientais que lhes parecem adversas e prejudiciais à saúde?

• Os projetos e programas desenvolvidos na sua instituição, independentedos temas que destacam, contribuem para melhorar as condições de saúdee a qualidade de vida da comunidade?

• De certa forma, eles também podem contribuir para melhorar a vidana cidade?

• O que pode ser feito para maximizar os objetivos e produtos alcançadosnesses projetos ou programas para que a cidade se torne mais saudável?

• Você tem trabalhado em grupo? Tem trocado experiências comoutros setores?

A estratégia de promoção de saúde e a de municípios saudáveis tornam-se parte de uma inici-ativa comum, revêem conceitos de saúde, congregam os mesmos objetivos e interesses para me-lhorar a qualidade de vida dos indivíduos, da comunidade e da sociedade como um todo.

Muitas experiências ao longo de anos representam frentes de trabalho importantes na luta porum Rio de Janeiro mais Saudável, no sentido de favorecer ambientes propícios à saúde na comu-nidade escolar e como estratégia de estimular nos escolares atitudes e escolhas mais saudáveis.Vejamos algumas:

Comunidade Saudável. Cidade Saudável 51

Projeto Nessa Escola Eu Fico

Cantina SaudávelUma atividade complementar ao Programa de Ali-

mentação Escolar para a garantia da alimentação saudá-vel na escola foi a regulamentação da venda de alimentosnas escolas públicas municipais implementada em 2002.Esta iniciativa visa diminuir o acesso dos escolares àalimentação inadequada e favorecer escolhas alimenta-res mais saudáveis, reforçando a função da escola comoespaço fundamental para a formação de hábitos e valo-res para a promoção da saúde de alunos, professores,familiares e comunidade.

No início de 2004, esta regulamentação foi estendi-da às cantinas de escolas particulares a partir da parce-ria entre o Instituto de Nutrição Annes Dias, o ConselhoRegional de Nutricionistas/4ª Região e a I Vara da In-fância e da Juventude.

Para apoiar a implementação desta iniciativa, estão sen-do realizadas oficinas de sensibilização e capacitação sobrepromoção de alimentação saudável dirigidas aos responsá-veis pelas cantinas e está sendo criado um comitê demobilização envolvendo técnicos e a comunidade escolar.

Realizado no período de 1999/2000, em 19 escolas do município,com abrangência de cerca de 11.600alunos, foi considerado uma experi-ência saudável em publicação do Mi-nistério da Saúde.

Precursor da Iniciativa de EscolasPromotoras de Saúde no município doRio de Janeiro, esse Projeto propu-nha oferecer à escola atividades com-plementares que criassem umambiente agradável e um entorno so-cial privilegiado ao crescimento, de-

senvolvimento e aprendizagem nas di-ferentes linguagens e atividades ar-tísticas, esportivas e culturais, dentrodo contexto histórico e social da co-munidade. As atividades realizadas emformas de oficinas e grupos de traba-lho nas mais diversas formas de co-municação e expressão do homem,como pintura, música, dança, teatro,desenho, expressão corporal, jogosentre outras, propunham estímulo àcapacidade de pensar, agir e decidirelevando a auto-estima do alunos.

Arqu

ivo

Mul

tiRi

o

Arqu

ivo

SMS

52 Comunidade Saudável. Cidade Saudável

Núcleos de AdolescentesMultiplicadores

Vários projetos investiram na instru-mentalização técnica de profissionaisde educação, como o Projeto “Aids ea Escola” (SMS/SME/SEE), instituciona-lizado na 2a CRE no período de 1994,Projeto “Ser Vivo”, parceria do progra-ma de Saúde Escolar com a Gerência deDST/AIDS, Ministério da Saúde, além daSES e SEE, e o Projeto “Educarte”, coor-denado pelo Programa de Saúde do Ado-lescente em parceria com o Centro deEducação Sexual (CEDUS) e a FundaçãoOdebrecht, que incluiu também a instru-mentalização técnica de profissionais desaúde. Esses Projetos foram estratégi-cos na construção de uma nova relaçãoda Saúde com a Educação e contribuí-ram para desdobramentos importantes,como a criação de Núcleos de Adoles-centes Multiplicadores, alunos instru-mentalizados para a realização de açõesmultiplicadoras nas escolas em temá-ticas como sexualidade, prevenção àsDST/AIDS e ao uso indevido de drogas,ética, cidadania e direitos humanos. Es-ses Núcleos foram institucionalizadosnas escolas da Rede Pública Municipalsob a coordenação e acompanhamentodo E/DGED/DEF/Projetos de ExtensãoMeio Ambiente e Saúde da SecretariaMunicipal de Educação.

Existem hoje cerca de 99 Núcleosde Adolescentes Multiplicadores comestimativa de abrangência de 2.600 alu-nos, distribuídos por todas as Coorde-nadorias Regionais de Educação.

Na verdade, Projetos que contri-buíram para a construção de ambien-tes saudáveis a partir do momento emque seus eixos, voltados para ques-tões relacionadas à sexualidade, in-vestiam na formação de valores e nainter-relação das pessoas, favorecen-do o diálogo e o respeito a si próprioa ao outro para uma convivência me-lhor e de mais cuidado!

Foto: Alberto Jacob Filho

Comunidade Saudável. Cidade Saudável 53

Ambientes Livres de FumoAs condições ambientais também

estão relacionadas à maioria doscasos de câncer. As mudanças provo-cadas pelo homem no meio ambientee as escolhas que algumas vezes fazno que se refere ao modo de vida e deconsumo podem aumentar ou dimi-nuir os riscos de câncer.

O conhecimento científico atualvem mostrando que alimentação ina-dequada, vida sedentária, tabagismo,consumo excessivo de bebidas alcoó-licas, exposição excessiva ao sol semproteção, ambiente ocupacional esexo sem proteção compõem um gru-po de fatores que estão relacionados,em maior ou menor grau, com o de-senvolvimento de determinados tiposde câncer (OMS/1993). A própria Or-ganização Mundial da Saúde (OMS)apresenta estimativa de que cerca de30% dos casos de câncer poderiam serevitados por mudanças de atitudes daspessoas, por meio de escolhas maispositivas e saudáveis.

O Programa de Controle Preven-ção do Tabagismo da Secretaria Mu-nicipal de Saúde desenvolveprojetos educativos que visam à re-dução da experimentação e do con-sumo de tabaco estimulando,sobretudo, a implantação de Ambi-entes Livres de Fumo. Há respaldona legislação federal e na munici-pal para lutar para que o ambiente

de convivência das pessoas estejapreservado e livre da fumaça e po-luição causadas pelo cigarro.

Em anos anteriores, houve parceriasda SMS/SME com o Instituto Nacionaldo Câncer (INCA) para atividades comas escolas da rede pública municipalno desenvolvimento do Projeto “SaberSaúde”, que tinha por objetivo promo-ver ações educativas de prevenção dotabagismo e de outros fatores de riscodo câncer por meio da valorização e ado-ção de hábitos saudáveis para melhorara qualidade de vida da comunidade es-colar. Ele teve sua implementação atra-vés da formação de multiplicadoresdentre professores coordenadores dosNúcleos de Adolescentes e das EscolasPromotoras de Saúde (2002).

Vale ressaltar que atualmente a Se-cretaria Municipal de Saúde coordenaum Comitê de Trabalho que tem por ob-jetivo desenvolver os jogos Pan-Ameri-canos de 2007 Livres de Tabaco: é oPAN 2007 – LIVRE DE TABACO.

Outra estratégia importante emrelação ao tabagismo é a criação decentros Municipais para Tratamento doTabagismo, voltados para atenção àspessoas que querem deixar de fumar,implantados em várias unidades bá-sicas da rede municipal de saúde.

54 Comunidade Saudável. Cidade Saudável

Dica

Consulte na página da Secretaria Municipal de Saúde as indicações e endereços desses centros.A revista “Nós da Escola nº 20 (2004) traz matéria sobre o assunto. Identifique com o grupo alegislação de controle do tabagismo e discuta como ela é cumprida na sua comunidade.

• Lei nº 3.366, de 20 de março de 2002 – proíbe o fumo nos imóveis do município.• Lei nº 9.294, de 15 de julho de 1996 – dispõe sobre as restrições ao uso e à propaganda de

produtos fumígeros, bebidas alcoólicas, medicamentos, terapias e defensivos agrícolas, nostermos do parágrafo 4o do artigo 220 da Constituição Federal.

Os prejuízos causados ao meio ambiente estão diretamenterelacionados ao cultivo de tabaco:

• O desmatamento em larga escala, para obtenção da lenha usada nasestufas onde é feita a cura (secagem) das folhas do tabaco, contribui paraa ocorrência de erosões e destruição do solo que se torna exposto às chuvasfortes e à insolação, e para a perda de matéria orgânica com conseqüenteempobrecimento do solo.• Estima-se, nesse processo, a queima de muitas árvores, na proporçãode uma árvore para cada 300 cigarros produzidos.• O principal alvo da indústria do cigarro é a criança e o adolescente, quemuitas vezes experimentam e começam a fumar por curiosidade, por acharque isso represente maturidade ou independência, para serem aceitos numgrupo e serem reconhecidos por colegas, por imitação de profissionais ou pessoasque eles têm ou tomam por exemplo, e sobretudo por uma grande pressãoda publicidade? Veja mais no site do INCA/Ministério da Saúde. Vale uma visita.

Você sabia?

Comunidade Saudável. Cidade Saudável 55

Educação e Comunicação em SaúdeA transmissão da dengue, doença que pode evoluir com

formas graves de adoecimento, é feita pelo mosquito Aedesaegypti, mosquito essencialmente urbano e que vive no am-biente domiciliar. O trabalho na prevenção da dengue, naótica de preservação do meio ambiente e recuperação dascondições ambientais desfavoráveis, como as que permitemacúmulo e proliferação do mosquito transmissor da doença,representa atitude promotora de saúde. O que aponta umanova lógica de pensar as ações de saúde que percebe o indi-víduo no contexto de sua comunidade e ambiente.

Com a municipalização das ações de controle dessemosquito, desde 1998, o município do Rio de Janeirodesenvolve o Plano de Erradicação do Aedes aegypti (PEAa).Essa ação é coordenada pela Secretaria Municipal de Saú-de, por intermédio da Superintendência de Vigilância emSaúde, com a participação de diferentes setores e atores.Vale destacar no campo das práticas educativas, a Equipede Educação e Comunicação em Saúde (EDUCOM), quepossui papel estratégico na mobilização social por meioda realização de eventos em espaços públicos, em insti-tuições públicas e privadas, programas de instrumen-talização técnica de profissionais e de grupos dapopulação, montagem de stands para realização de expo-sições e uso de metodologias participativas como técni-cas de teatro e performances, além do investimento naconstrução de parcerias com outros órgãos da Prefeitura,da própria Secretaria Municipal de Saúde, da SecretariaMunicipal de Educação, ONG e diversas instituições.

Esse plano tem como estratégia buscar parceria com asociedade civil, estimulando a responsabilidade de cada umdentro do seu ambiente de casa, do comércio, das escolas,dos serviços de saúde e de outros locais de trabalho com afinalidade de evitar ambientes que favoreçam a criação domosquito, como acúmulo de água parada e limpa.

Você pode ter visto na revista nº 1, que a responsabili-dade é de todos: do governo, das instituições, da comuni-dade e dos indivíduos e, portanto, cada um precisa fazer asua parte para criar ambientes mais favoráveis à saúde.

• Vale discutir em grupo de alunos ou na comunidade oque isso representa? O que se quer ou o que exatamen-te se pretende nas propostas de mobilização da socie-dade civil visando à sensibilização da população paraum determinado tema?

• O “Ambiente em Rede”, informativo do Projeto de Ex-tensão Meio Ambiente e Saúde teve um número especi-almente dedicado à prevenção e ao controle da dengue.A participação das escolas públicas do município do Riode Janeiro exerceu papel importante no controle da epi-demia de dengue que comprometia nossa cidade.

S/SSC/CPE/Gerência Saúde Escolar

56 Comunidade Saudável. Cidade Saudável

AdolescentroProjeto voltado para a saúde de ado-

lescentes e jovens na Maré, que se cons-titui como um espaço saudável queprivilegia a ação protagonista pressu-pondo a participação de adolescentescomo parte da solução e não como umproblema. Ao incentivar essa participa-ção ativa e responsável, a equipe de pro-fissionais de várias áreas (assistentessociais, enfermeiras, dentistas, médicos,professores de educação física e de tea-tro, jovens promotores de saúde e psi-cólogos) valoriza o olhar de cada um ebusca integrar os diferentes saberes como objetivo de desenvolver ações de pre-venção, promoção e atenção à saúde dosjovens da Maré.

Com trabalho de formação técnicade jovens, estimula-se neles a toma-

da de decisões e responsabilidades,envolvimento no planejamento, exe-cução e avaliação de ações na comu-nidade. Coordenam grupos, preenchemdocumentos, brincam, jogam bola,distribuem camisinha e fazem ofici-nas em creches, escolas e igrejas. Nessesentido tornam-se interlocutores comoutros projetos e com instâncias go-vernamentais, influenciando na formu-lação de políticas públicas.

Inicialmente desenvolvido naMaré, em 2002, pela Secretaria Muni-cipal de Saúde, através da Gerência doPrograma de Saúde do Adolescente emparceria com o Centro de Estudos eAções Solidárias da Maré (CEASM), hojese constitui também em São Conrado,o Adolescentro Paulo Freire.

Acer

vo A

dole

scen

tro/

Mar

é

Comunidade Saudável. Cidade Saudável 57

Desse modo, vimos que há muitas contribuições que corroborampara tornar a cidade mais saudável. Certamente você tambémconhece alguma outra iniciativa nesse sentido, não?O conceito de Cidades Saudáveis é bastante dinâmico e abremuitas possibilidades de se repensar o cotidiano voltadopara melhorar as condições de vida da população. Hoje esseconceito, amplamente difundido em vários países do mundo,traduz, para o âmbito municipal, os preceitos da promoçãoda saúde. A cidade é o lugar do cotidiano. É ela que, a cadadia, acolhe, protege e favorece a vida ou exclui e “conspira”contra a saúde. Além disso, é nela que a participação e ocontrole social se dão de forma mais direta. Uma cidade começaa ser saudável quando governo e sociedade estabelecemconsensos e pactuam ações em prol da melhoria da qualidadede vida da população. Essas ações se traduzem em políticaspúblicas saudáveis, que favorecem o desenvolvimento localintegrado e sustentável, na criação de ambientes e entornossaudáveis, na promoção de estilos de vida saudáveise na reorientação de sistemas e serviços públicos.Com a intenção de concretizar a proposta de CidadesSaudáveis em nossa realidade surgiu nos últimos anoso Movimento Rio Saudável.

58 Rio Saudável

Rio SaudávelAções Integradas da Prefeitura do Rio

O Rio Saudável é um movimento de promoção da saúdee melhoria da qualidade de vida em nossa cidade. Tem porobjetivo dar visibilidade, integrar e fortalecer iniciativas jádesenvolvidas, fomentar e desenvolver novas ações e inseri-las em um contexto mais amplo de construção de uma cida-de mais saudável e feliz.

Como descrito nos exemplos anteriores, a promoçãoda saúde vem sendo desenvolvida de diversas maneirasno âmbito da Secretaria Municipal de Saúde e da Secreta-ria Municipal de Educação do Rio de Janeiro. E há outraspropostas em curso, como humanização do parto,desospitalização da assistência a portadores de defici-ência mental, desenvolvimento de ações de inclusãosocial dos portadores de necessidades especiais, pro-moção da amamentação, prevenção de maus-tratos contraa criança e o adolescente, atendimento diferenciado àmulher em situação de violência. Um dado importantedo movimento da cidade ou município saudável é queele amplia a responsabilidade para com a Saúde paraalém dos serviços e programas de saúde: Saúde é res-ponsabilidade de todos, inclusive da área da Saúde, masnão exclusiva dela.• Exemplo interessante foi o do novo código de trânsi-

to: o número de vítimas (doentes e mortes) poracidentes (causas externas) diminuiu de modo impor-tante depois de sua implantação, porque as pessoas

passaram a ter normas mais rígidas a cumprir e susce-tíveis a penalidades mais rigorosas, incluindo a perdada habilitação para dirigir. Foi uma decisão que afe-tou a saúde dos cidadãos e foi implantada não pelosetor de saúde, mas pelo de transporte e trânsito.Mesmo com várias frentes para a cidade/município

saudável é necessário considerar seu conceito, constitu-ído por metas e desafios dinâmicos porque, quando emdeterminado município se atingem condições e níveisimportantes de saúde dos habitantes, que podemqualificá-lo como tal, sempre ele ainda terá como me-lhorar essas condições e, portanto, deverá traçar novasmetas e estabelecer desafios a serem alcançados.

Em agosto de 1999, por ocasião do XV Congresso Na-cional de Secretários Municipais de Saúde, no Rio de Ja-neiro, o CONASEMS (Conselho Nacional de SecretáriosMunicipais de Saúde) fundou a rede brasileira de municí-pios saudáveis, que na sua declaração inicial se baseouem duas considerações:• a conjuntura atual da saúde no Brasil, na qual a cres-

cente urbanização com exclusão social traz demandascada vez mais crescentes de políticas públicas favorá-veis à saúde, exigindo dos dirigentes municipais oimperativo de adotarem medidas intersetoriaisinadiáveis com impacto para a qualidade de vida dascidadãs e dos cidadãos brasileiros;

Rio Saudável 59

Vale uma visita ao site www.cidadessaudaveis.org.br, que é o Centro de Estudos, Pesquisae Documentação em Cidades e Municípios Saudáveis (CEPEDOC) ligado à Faculdade de SaúdePública da Universidade de São Paulo. Há boas informações e bastante material disponível,inclusive relatando experiências de alguns municípios que se empenharam para fazer de suacidade espaços saudáveis.

• a necessidade de os governos municipais cumpri-rem os preceitos constitucionais de legítimosformuladores da política de saúde em sua esfera degoverno (art. 198), contribuindo ainda para a con-solidação do funcionamento do Sistema Único deSaúde, na lógica da saúde como direito de todos edever do Estado (art. 196).Para assumir a inscrição na lista de municípios saudá-

veis, seria fundamental que o prefeito da cidade assumisse ocompromisso político de lutar e envidar esforços para tornaro município saudável com prioridade para ações que pro-movam a saúde e a qualidade de vida de seus habitantes,dentro do caráter intersetorial e desenvolvidas com as reali-dades locais e com a participação da comunidade.

Entretanto, essa rede parece não ter se consolidado comopensado inicialmente. Mesmo assim, alguns municípios bra-sileiros têm buscado uma condição de município saudável,como, por exemplo, Sobral e Crateús, no Ceará; Chopinzinho,no Paraná; e Niterói e Rio de Janeiro, no Rio de Janeiro.

60 Rio Saudável

Voltando ao nosso município do Rio de Janeiro, ressalta-se como estratégica a experiência articulada pela Macrofunçãode Políticas Sociais da Prefeitura da Cidade, com metodologiade trabalho voltada para identificar demandas específicasem diversas áreas da cidade e de integrar ação intersetorialdas secretarias da área social com outros movimentos dacidade. Conheça outras experiências exemplares na luta portornar a cidade saudável:

• Manguinhos Saudável, iniciado a partir de ações arti-culadas das Secretarias da Macrofunção de PolíticasSociais da Prefeitura com a Escola Nacional de SaúdePública (ENSP-Fiocruz) e diversos outros setores da re-gião de Manguinhos, esse movimento tem caminhadono sentido de efetivar o Desenvolvimento Local Sus-tentável nessa região.

• Iniciativa Santa Cruz, também pela ação de Macro-função, a Coordenação de Saúde da AP.5.3, a 10a CRE ea CRDS 5.3, em parceria com o Centro de Promoção deSaúde (CEDAPS), organizaram estratégias e ações efe-tivas com vistas à construção de uma Santa Cruz maissaudável e com melhor qualidade de vida.

• Fórum 21 da Cidade, como vimos, este movimento, frutode um amplo processo de debates entre representantes dopoder público e da sociedade civil, foi criado, por iniciativada Prefeitura, pela Lei nº 2.561, de 09/09/97. Este Fórumtem a responsabilidade de implantar a Agenda 21 Local.

• Ruas da Saúde, proposta prevista em lei (Lei nº 2.621,de 02/04/98) que prevê o fechamento diário, em de-terminados horários, de ruas da comunidade, durantea semana para que as pessoas possam caminhar e fazeratividade física.

• Movimento “Agita Rio”, braço do Rio Saudável, tevemuita repercussão no ano de 2002 acompanhando otema do Dia Mundial da Saúde (mexa-se, movimente-se!) e hoje se insere na pauta dos programas de saúdeda Secretaria Municipal de Saúde como estratégia decombater o sedentarismo na população.

• A Prevenção do Tabagismo, na perspectiva de es-timular melhores atitudes de vida na população,prevê por meio da realização dos Jogos Pan-Ameri-canos sem Tabaco, se consolide a cidade como umambiente livre de tabaco.

• Clubes Escolares, trabalho realizado em escolas da redepública municipal, além de estimular a prática de es-portes ente alunos, incentiva a implementação deatividades físicas nas escolas e comunidades.

• Grêmios Escolares, espaços que congregam alunos,estimulam lideranças e contribuem para ampliar a par-ticipação social dos adolescentes na comunidadeescolar também podem ser considerados como estra-tégias importantes para tornar o Rio mais Saudável.

• E outros, que talvez você, sua escola e comunidadepossam identificar.

Rio Saudável 61

Com essas reflexões pode-se percebero quanto as condições de saúde do indivíduoe da comunidade estão diretamente ligadas àscondições ambientais com as quais convivemno seu cotidiano. É preciso participar, discutir,fazer, repensar, avaliar, retomar, garantire lutar pela preservação do meio ambiente ecuidar da qualidade de vida do ser humano.

A responsabilidade é de todos!• Grupos locais que diagnosticam e priorizam problemas na comunidade.• Propostas e soluções envolvem, em diferentes graus, pessoas, instituições e a sociedade

como um todo.• Alguns problemas e soluções requerem ação de órgãos públicos do Estado, outros precisam

de atitudes da iniciativa privada.• Algumas situações podem ser resolvidas no âmbito da própria comunidade e quando decididas

no coletivo têm mais chances de serem encaminhadas com sucesso.• Organizadas, as comunidades têm mais força para encontrar/cobrar soluções.

62 Rio Saudável

Construir ambientes saudáveisum dos eixos da Escola Promotora de Saúde

Para construir um ambiente saudável é importante ampliar a visão críticado espaço em que se vive e como se convive: quer em casa, na escola, nacomunidade, no trabalho, no lazer ou na sociedade como um todo.

É preciso ressaltar que além dos aspectos físicos na criação de ambientessaudáveis, as condições sociais, econômicas, políticas e emocionais sãodeterminantes do convívio que se estabelece entre os homens e deles com omeio ambiente.

Dessa forma, relações harmoniosas evitam a violência e propiciam a cons-trução de uma sociedade mais afetuosa, solidária e democrática. Uma socieda-de que vai, mesmo, precisar de todo mundo para se sustentar saudável.

Rio Saudável 63

Anda, quero te dizer nenhum segredoFalo desse chão, da nossa casaVem que tá na hora de arrumarTempo, quero viver mais duzentos anosQuero não ferir meu semelhantenem por isso quero me ferirVamos precisar de todo mundopra banir do mundo a opressãoPara construir a vida novavamos precisar de muito amora felicidade mora ao ladoe quem não é tolo pode verA paz na Terra, amor,O sal da terraTerra, és o mais bonito dos planetasTão te maltratando por dinheirotu que és a nave nossa irmãCanta, leva tua vida em harmoniaE nos alimenta com teus frutostu que és do homem a maçãVamos precisar de todo mundo,um mais um é sempre mais que doispra melhor juntar as nossas forçase só repartir melhor o pãoRecriar o paraíso agorapara merecer quem vem depoisDeixa nascer o amor,Deixa fluir o amorDeixa crescer o amor,Deixa viver o amorO sal da terra

Beto Guedes

Atividades Propostasa) Preservando a água

Desenhe um rio com suas margens e colete material que possa fazer partedo rio como desenho ou figura de plantas, barcos, animais, pessoas, lixo.Peça para o grupo de alunos montar o rio com seus elementos e discutacomo eles montaram, abordando temas como limpeza/rio e gente/lixo.

b) Mico-pretoCrie um jogo de cartas com seus alunos, tipo “Mico-preto”, com figuras decomponentes que formam o nosso ambiente mais próximo: escola, rua,bairro e as palavras que identificam essas figuras. É bom lembrar que estejogo pode ser sempre acrescido de novas cartas a partir de novos conheci-mentos. Não esqueça de escolher uma figura que não terá a cara de palavracorrespondente. Esta será o MICO.

c) Meio ambiente e a TerraDivida a turma em grupos de seis alunos. Peça que o grupo desenhe nacartolina, ou em outro tipo de papel, o formato do planeta TERRA.Proponha que cada grupo, a partir de recortes de revistas, jornais eetc. componha o planeta TERRA com elementos que formam o meioambiente. Discuta com a turma o que cada grupo apresentou, constru-indo o conceito de meio ambiente.Uma boa dica para reflexão pode estar no conceito de que “meio ambienteé hoje concebido como sistema no qual interagem homem, meio, socie-dade, natureza apontando para a superação da preocupação imediatistade proteção e conservação”.

d) Confecções de maquetesConverse com seus alunos sobre o conceito de saúde e proponha que cadaum feche os olhos e imagine que está sobrevoando uma escola e umacidade saudável. Após esta “viagem”, divida-os em grupo e peça quedesenhem ou montem maquetes sobre o que imaginaram.

e) PesquisaPodemos pesquisar, junto às unidades de saúde de nossa comunidade, asdoenças que estejam ocorrendo e que sejam relacionadas à água. Que taldiscutir e divulgar as formas de preveni-las?

f) Teatro de fantochesCom garrafas tipo “PET”, retalhos de pano, cola, lã e outros materiais,você poderá montar, com seus alunos, um teatro de fantoches e elaboraruma peça sobre questões de prevenção e atitudes de respeito ao meioambiente. Por exemplo: a prevenção de piolhos e sarna, a pichação, alimpeza da escola, entre outros. Nesta atividade seus alunos estarão tra-balhando com questões ambientais por meio de diversas linguagens.

g) HemerotecaVamos montar uma hemeroteca (coleção de recortes de jornais) com notí-cias sobre meio ambiente e saúde?

h) DramatizaçãoQue tal fazer dramatizações com as estrofes mais significativas da letra damúsica “O sal da terra”, que encerrou nosso texto?

i) Construir uma hortaNa sua escola tem uma horta? Você cuida dela? Já pensou em criar umacom seus alunos? Além de incentivar a relação dos alunos com a terra éimportante dinâmica para refletir sobre o processo de chegada do alimen-to à mesa de refeição.A Fundação Parques e Jardins, da Secretaria Municipal de Meio Ambiente,propõe um novo programa para as áreas livres da cidade, espaços de pro-dução, lazer e educação ambiental, o PROJETO RIO HORTAS, que, entreoutras coisas, inclui o programa de hortas escolares.O projeto Rio Hortas fica na Via Parque da Lagoa da Tijuca em frente ao ViaParque Shopping. Vale uma visita!! Informe-se.

j) MúsicaTrabalhar com músicas pode ser uma boa atividade, pois sempre mobilizae muitas vezes pode ser associado à prática de atividade física, como adança. Peça sugestões ou pesquise com os alunos letras de músicas quefalam do meio ambiente ou de tema correlato, mais próximo da realidadedaquilo que eles têm ouvido e apreciam. As propostas apresentadas nessetexto podem não ser de maior interesse deles. Além da possibilidade daatividade se tornar mais cativante e melhorar a participação deles, tam-bém será possível refletir sobre o que eles têm ouvido e dar oportunidadepara quem coordena a atividade também apreciar outros cantos, outrasmúsicas, outras linguagens.

Sugestões de Atividades 65

66 Atividades Propostas

l) AdivinhaçõesDistribua entre grupos de alunos nomes de animais, plantas, partes docorpo, etc. Solicite que cada grupo elabore uma adivinhação com caracte-rísticas de cada palavra dada.

O que é, o que é?

Queima as florestasCai no chãoE é de papel? (Balão)

Altas varandasFormosas janelasQue se abrem e fechamSem ninguém tocar nelas (Olhos)

Uma casinha rosadaSe abre em formosa janelaA janela é gradeadaVinte varões há nela (Dentes de leite)

Referências e dicasMúsicas• “Borzeguim” (Tom Jobim)• “Cio da Terra” (Chico Buarque e Milton Nascimento)• “Planeta Água” (Guilherme Arantes)• “Sal da Terra” (Beto Guedes)• “Terra” (Caetano Veloso)• “Gente” (Caetano Veloso)• “Pulso” (Arnaldo Antunes e Toni Belloto)

Atividades Propostas 67

Livros (literatura infantil)• BRAGA, Jussara. Sim, não. Ed. do Brasil.• DECLARAÇÃO universal dos direitos do humanos. Salamandra.• DOMINGUEZ, Márcia Glória R. Minhoca Filomena. Ed. do Brasil.• ESTE ADMIRÁVEL mundo novo. Salamandra.• FERREIRA, Carlos Alberto M. O movimento da vida. São Paulo: Brinque-Book.• ROCHA, Ruth. Azul e lindo: planeta Terra, nossa casa. Salamandra.• ROMANELLI, Edgard. O planeta berra. Moderna.

Filmes e Vídeos• Meio Ambiente Saudável. Coletânea. SMS/ Saúde Escolar. S/COE. PEEa eMULTIRIO• Com Gosto de Saúde. Coletânea. SMS/INAD• Free Willy. Simon Winger• Rapsódia em Agosto. Akira Kurosawa• Sonhos. Akira Kurosawa.• Blade Ranner. Caçadores de Andróides. Ridley Scott• O Curandeiro da Selva. John Mc Tiernan• Ilhas das Flores. Jorge Furtado• Super Size me. A Dieta do Palhaço. Morgan Spurlock

Sites na Internet• CEPEDOC <www.cidadessaudaveis.org.br>• OPAS <www.opas.org>• Instituto Nacional do Câncer <www.inca.org.br>• Projeto Tom da Mata <www.tomdamata.org.br>• IBAMA <www.ibama.gov.br>• Rede ambiente <www.redeambiente.org.br>• Ministério do Meio Ambiente <www.mma.gov.br>• Ministério da Saúde <www.saude.gov.br>• WWWFBrasil <www.wwf.org.br>• Lab. de Ed. Ambiental Santa Catarina <www.ufsc.br/prolarus/vfv/html>• CONASEMS <www.conasems.com.br>

68 Bibliografia

Bibliografia• BOFF, Leonardo. Saber cuidar: ética do humano – compaixão pela

terra. Petrópolis, RJ: Vozes, 1999.

• ______. ____________. 7.ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2001. 199 p.

• BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental.Parâmetros curriculares: Meio ambiente e saúde. Brasília, 1997.

• BRASIL. Ministério da Saúde. Experiências saudáveis. Promoção deSaúde, Brasília, ano 1, n. 2, nov./dez. 1999.

• BRASIL. Ministério da Saúde. Saber saúde – prevenção do tabagismoe outros fatores de risco do câncer. Rio de Janeiro: MS/INCA, 1998.

• CADERNOS DA OFICINA SOCIAL: Desenvolvimento local. Rio de Janeiro:Centro de Tecnologia, Trabalho e Cidadania - Oficina Social, 2000. 120 p.Disponível para download em: www.coepbrasil.org.br/oficinasocial/cadernos.asp

• CEPADS Interação – Boletim, n. 15, jun. 2000. Integrando ações desaúde.

• CERQUEIRA, Maria Teresa. Promoción y educación de la salud escolar.Washington: OPAS/OMS, 1995.

• ESCOLA PROMOTORA DE SAÚDE. Direção de Jorge Vieira. Rio deJaneiro: Secretaria Municipal de Saúde; MultiRio, 2000. 1 fita(12min). Série Meio Ambiente Saudável, documentário compostode 4 programas: Dengue: contando uma história (9min); O Agentecomunitário de saúde (12min); Escola Promotora de Saúdem (9min);O jogo da cidade saudável (26 min).

• FORUM 21: Cidade do Rio de Janeiro. Informe n. 2, abr. 2000.

• INSTITUTO DE NUTRIÇÃO ANNES DIAS (Rio de Janeiro, RJ). Com Gostode saúde. Rio de Janeiro: Secretaria Municipal de Saúde, 2002 - .... 4apostilas e 1 fita de vídeo. Informações sobre o projeto “Com Gosto deSaúde” disponíveis em http://www.saude.rio.rj.gov.br

• NICOLAI, C. Cecília. Vigilância epidemiológica no Município do Rio deJaneiro. Saúde em Foco: novos tempos, pessoas e lugares, Rio deJaneiro, Secretaria Municipal de Saúde, ano 7, n. 18, ago. 1998.

• ORGANIZACIÓN PANAMERICANA DE LA SALUD-OPAS. Desarrollo de lossistemas locales de la salud. Washington, D.C., 1996.

Bibliografia 69

• ______. Municipios saludabes: uma estratégia de promoción de lasalud em el contexto local. Documento técnico. Washington, D.C., mayo1992.

• ______. La salud y el ambiente en el desarrollo sostenible. 1999.

• RIO DE JANEIRO. Secretaria Municipal de Meio Ambiente; INSTITUTO DEESTUDOS DA RELIGIÃO-ISER. Agenda 21: consultando a populaçãosobre temas de meio ambiente e qualidade de vida. Rio de Janeiro:Prefeitura da Cidade, 2000.

• SILVA , Carlos S. A Escola promotora de saúde na agenda política doMunicípio do Rio de Janeiro. Saúde em foco: Promoção de Saúde –Secretaria Municipal de Saúde, Rio de Janeiro, n.23, jul.2002.

• SILVA, Carlos S. Escola e Violência. Em Gryner (org) Lugar de Palavra.Núcleo de atenção à violência (NAV). Rio de Janeiro, RJ. 2003

• BRANCO, Viviane M. C. Desenvolvendo habilidades para a saúde e quali-dade de vida. Em Sociedade Brasileira de Pediatria (org) cadernos daEscola Promotora de Saúde. Manuais. Nestlé. Rio de janeiro, RJ. 2003