comunidade fitoplanctÔnica e qualidade da Água da … · 2019. 1. 29. · da qualidade de água...

126
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE BIOCIÈNCIAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOECOLOGIA AQUÁTICA COMUNIDADE FITOPLANCTÔNICA E QUALIDADE DA ÁGUA DA LAGOA DO JIQUI, PARNAMIRIM, RN PATRÍCIA LUIZA DA SILVA CARMO DE LIMA NATAL 2010

Upload: others

Post on 10-Oct-2020

2 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE BIOCIÈNCIAS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOECOLOGIA AQUÁTICA

COMUNIDADE FITOPLANCTÔNICA E QUALIDADE DA

ÁGUA DA LAGOA DO JIQUI, PARNAMIRIM, RN

PATRÍCIA LUIZA DA SILVA CARMO DE LIMA

NATAL2010

PATRÍCIA LUIZA DA SILVA CARMO DE LIMA

COMUNIDADE FITOPLANCTÔNICA E QUALIDADE DA ÁGUA DA LAGOA

DO JIQUI, PARNAMIRIM, RN

ORIENTADOR: Prof. Dr. NAITHIRITHI T. CHELLAPPA

DOL/CB/UFRN

CO-ORIENTADORA: Profa. Dra. SATHYABAMA CHELLAPPADOL / CB / UFRN

Dissertação apresentada ao Programa de

Pós-Graduação em Bioecologia Aquática do

Centro de Biociências da Universidade

Federal do Rio Grande do Norte, como um

dos requisitos à obtenção do título de Mestre

em Bioecologia Aquática.

NATAL

2010

FICHA CATALOGRÁFICA

Catalogação da Publicação na Fonte. UFRN / Biblioteca Setorial do Centro deBiociências

Lima, Patrícia Luiza da Silva Carmo de

Comunidade Fitoplanctônica e qualidade da água da Lagoa do Jiqui, Parnamirim, RN / Patrícia

Luiza da Silva Carmo de. – Natal, RN, 2010.

Xii, 113 f. : Il.

Orientador: Naithirithi T. Chellappa

Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Centrode Biociências. Programa de Pós-Graduação em Bioecologia Aquática.

1. Qualidade de água – Dissertação 2. Comunidade fitoplanctônica –Dissertação. 3. Ecossistemas de água dulcícola do RN – Dissertação. I. Chellappa,Naithirithi T.. II. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. III. Título.

RN/UF/BSE-CB CDU 581.555

III

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE BIOCIÊNCIAS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOECOLOGIA AQUÁTICA

COMUNIDADE FITOPLANCTÔNICA E QUALIDADE DA ÁGUA DA LAGOA DO

JIQUI, PARNAMIRIM, RN

PATRÍCIA LUIZA DA SILVA CARMO DE LIMA

Esta versão da dissertação, apresentada pela aluna PATRÍCIA LUIZA DA SILVA

CARMO DE LIMA ao Programa de Pós-Graduação em Bioecologia Aquática do Centro de

Biociências, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, foi julgada adequada e

aprovada pelos Membros da Banca Examinadora, na sua redação final, para a defesa e

conclusão do curso para a obtenção do título de Mestre em Bioecologia Aquática.

MEMBROS DA BANCA EXAMIDORA

________________________________________________________Prof. Dr. Naithirithi T. Chellappa, DOL / CB / UFRN (Presidente)

________________________________________________________Profa. Dra. Sathyabama Chellappa, DOL / CB / UFRN

________________________________________________________Profa. Dra. Mércia Rocha da Câmara, Secretaria Municipal da Educação de Natal/RN

_______________________________________________________Prof. Dr. José Zanon de Oliveira Passavante, UFPE (Examinador Externo)

Natal / RN, 24 de março de 2010.

IV

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a todas as pessoasque preservam e pensam na importânciada qualidade da água consumida por todoser vivo.

Dedico também a todas as pessoas que

acreditam no meu potencial, me dão força e

amor para enfrentar todos os obstáculos da vida:

minha mãe Mariene, meu esposo Tales e todos os

meus familiares.

V

AGRADECIMENTOS

A Deus por me ouvir todas as noites e por sempre me dar a alegria de fazer o que

gosto, que me deslumbra todos os dias.

À Universidade Federal do Rio Grande do Norte, pela oportunidade e por toda a

infraestrutura no aspecto experimental do trabalho.

Ao Professor Orientador Chellappa, símbolo de superação, pela atenção e carinho, que

favoreceram a aprendizagem sobre limnologia.

A professora Bama, exemplo de mulher; Mãe, esposa, amiga, co-orientadora,

pesquisadora, professora e confidente... completa. Meu agradecimento pela riqueza da

convivência durante esse mestrado.

Ao Programa de Pós-graduação em Bioecologia Aquática, nas pessoas dos Professores

Marcos Rogério e Eliane Marinho e dos secretários Jussara, Veridiano e Jair, pela

receptividade, paciência e carinho.

A todos os professores e funcionários do Departamento de Oceanografia e

Limnologia, pelo convívio do dia- a – dia e pela amizade.

Ao laboratório de Bioecologia de Microalgas, nas pessoas de Andressa, Karen, Talita,

Leila, Rafson, Emilly e Fabiana pela companhia diária, além dos momentos de descontração e

aprendizagem.

A CAPES/MEC pelo apoio financeiro durante um ano do mestrado.

A professora Mércia, pelas valiosas correções da qualificação e da defesa da

dissertação.

Ao Professor Dr. José Zanon pelas correções e sugestões da dissertação.

A meus pais, Mariene e Cavalcante, pelo apoio e carinho, principalmente a minha

mãe, pilar da minha vida, dedico esse título. Obrigada!

Aos irmãos, Irene, Henrique e Juliana pelo ânimo e aos sobrinhos Maria Eduarda,

Netinho, Anna Alice, Anna Luiza e Melissa, pela compreensão nos momentos de ausência e

companhia nas horas de lazer.

A tia Irma, apoio significativo na minha existência.

A Tales, marido presenteado por Deus que me fortalece com sua compreensão e

alegria, mesmo a distância.

Aos meus sogros, Anísio e Irany, presença significativa na minha vida.

Aos amigos, Juliana e Jason, pelas sugestões e a todos que contribuíram nessa etapa da

minha vida. Muito obrigada!

VI

EPÍGRAFE

“Cada dia a natureza produz o suficiente para

nossa carência. Se cada um tomasse o que lhe

fosse necessário, não havia pobreza no mundo e

ninguém morreria de fome”

Mahatma Gandhi

VII

SUMÁRIO

página

RESUMO IX

ABSTRACT X

RELAÇÃO DE TABELAS XI

RELAÇÃO DE FIGURAS XII

1. INTRODUÇÃO GERAL 01

1.1 Qualidade da água para o consumo público 02

1.2 Impacto ambiental nas lagoas de abastecimento público 03

1.3 Biomonitoramento das lagoas 04

1.4 Comunidades fitoplanctônica: resposta a qualidade da água 05

2. OBJETIVOS 09

2.1 Objetivo geral 10

2.2 Objetivos específicos 10

3. MATERIAL E MÉTODOS 11

3.1 Área de estudo 12

3.2 Procedimentos de coletas 15

3.3 Análise das variáveis ambientais e biológicas 15

3.3.1 Índice de pluviosidade e da velocidade do vento 15

3.3.2 Temperatura da água, pH, condutividade elétrica, oxigênio

dissolvido e correnteza15

3.3.3 Transparência da água 15

3.3.4 Nutrientes inorgânicos 18

3.3.5 Variáveis biológicas 21

3.3.6 Índices ecológicos 21

3.3.7 Análise de Clorofila a 23

3.3.8 Índice do Estado Trófico (IET) 24

3.4 Análise Estatística dos Dados 25

3.5 Normalização do Texto 25

VIII

4. RESULTADOS 26

ARTIGO I. Diversidade fitoplanctônica e aspectos físico-químicos da

qualidade da água em uma Lagoa Urbana, RN, Brasil

(Phytoplankton diversity and physical-chemical aspects of water quality of

Lake Jiqui, RN, Brazil)

27

Abstract 29

Introdução 29

Material e métodos 30

Resultados 31

Discussão 33

Agradecimentos 35

Resumo 35

Referências 36

Tabelas 40

Legendas das figuras 49

Figuras 50

5. CONCLUSÕES 59

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS GERAIS 61

7. ANEXOS 72

IX

RESUMO

O aumento da degradação ambiental e o uso múltiplo dos recursos hídricos vêm

diminuindo a qualidade da água consumida pelos seres vivos, por isso é importante a sua

avaliação para o adequado gerenciamento desses recursos. Este estudo teve como objetivo

caracterizar a comunidade fitoplanctônica juntamente com a sua variação durante os períodos

de estiagem e de chuva da Lagoa do Jiqui, localizada em Parnamirim, RN, além de analisar os

fatores físico-químicos desses ambientes aquáticos, a fim de contribuir para o conhecimento

da qualidade de água desse manancial utilizada para o abastecimento humano. As coletas das

amostras de água foram realizadas de setembro de 2008 a agosto de 2009. A coleta da

comunidade fitoplanctônica foi realizada em quatro sítios de amostragem (superfície, fundo,

banco da macrófitas e na margem da lagoa sem macrófitas). O fitoplâncton foi coletado

utilizando-se uma rede de plâncton de 20m. Em laboratório, foram realizadas as análises dos

nutrientes e a identificação da comunidade fitoplanctônica. Os resultados indicam que a

concentração da clorofila a foi elevada no fundo com valor média de 1,07 µgL-1 (DP± 1,61).

Durante o período de estudo ocorreu uma dominância das espécies Euglena gracilis,

Trachelomonas sp, Cyclotellas sp, Gomphonema apuncto, Navicula cuspidata var. cuspidata,

Navicula sp, Rhopalodia gibba. Houve homogeneidade entre os valores limnológicos nos

quatro sítios estudados, com diferença significativa entre os períodos de estiagem e de chuva.

A Lagoa do Jiqui é oligotrófica, uma vez que apresenta baixas concentrações de clorofila a,

alta transparência e baixos valores de nutrientes. Os valores da DBO e concentração da

clorofila a se mantiveram abaixo do permitido pelos padrões existentes para águas doces no

Brasil, assim conferindo as águas da Lagoa do Jiqui de boa qualidade, adequada para o

consumo humano.

Palavras chaves: água doce, limno-fitoplâncton, água potável, períodos de estiagem e de

chuva.

X

ABSTRACT

It is important to evaluate the quality of water for proper management of these

resources, since the increase of environmental degradation and the multiple use of water

resources are decreasing the quality of water consumed by living beings. The objective of this

study was to characterize the phytoplankton community and its variations during periods of

dray and rain in Jiqui Lake located in Parnamirim, RN. It was also aimed to analyze the

physical and chemical factors of this environment, in order to contribute to the knowledge of

water quality used for human consumption. The collection of water samples were carried out

in September 2008 to August 2009. The collection of the phytoplankton community was

carried out in four sampling sites (surface, bottom, margin of the lake without macrophytes

and site dominated by macrophytes). Phytoplankton was collected using plankton net of

20m. The analysis of nutrients and identification of phytoplankton were performed in the

laboratory. The results indicate that concentration of chlorophyll a was high in the bottom

with mean value of 1.07 µgL-1 (SD ± 1.61). During the study period there was a dominance

of the following species: Euglena gracilis, Trachelomonas sp, Cyclotellas sp, Gomphonema

apuncto, Navicula cuspidata var. cuspidata, Navicula sp, Rhopalodia gibba. There was

homogeneity between limnological values in the four study sites, with significant difference

between the periods of drought and rain. The Jiqui Lake is considered oligotrophic due to its

low concentrations of chlorophyll a, high transparency and low levels of nutrients. The values

of BOD and chlorophyll a concentration remained below the permitted standards existing for

freshwaters in Brazil, thus the water from Lake Jiqui is of good quality, suitable for human

consumption.

Key words: Freshwater, phytoplankton, drinking water, dry and rainy periods.

XI

RELAÇÃO DE TABELAS

Tabela 1 Características hidrológicas e morfométricas da Lagoa doJiqui, RN. 14

Tabela 2 Valores padronizados de classificação do estado trófico daságuas (CARLSON, 1977 modificado por TOLEDO et al.,1983). 25

ARTIGO ITabela 1 Características hidrológicas e morfométricas da Lagoa do

Jiqui, RN. 40Tabela 2 Médias (valores mínimos e máximos) das variáveis

ambientais da Lagoa do Jiqui distribuídas espaço-temporaldurante o ciclo anual 2008-2009. 41

Tabela 3 Lista de espécies encontradas na Lagoa do Jiqui durante operíodo de setembro de 2008 a agosto de 2009. 42

Tabela 4 Distribuição das espécies no período de estiagem e de chuvada Lagoa do Jiqui durante o período de estudo 47

Tabela 5 Correlação de Pearson entre os períodos de estiagem e dechuva e as classes fitoplanctônicas. 48

XII

RELAÇÃO DE FIGURAS

Figura 1 Bacia hidrográfica do Pirangi com a localização da Lagoado Jiqui, RN. 13

Figura 2 Local, equipamentos e procedimentos de coletas: (a) Lagoado Jiqui, (b) disco de secchi, (c) procedimento de filtraçãodo fitoplâncton, (d) Kit multiparâmetro WTW multi 340i. 17

Figura 3 Fluxograma da análise de nitrato (segundo GOLTERMANet al., 1978). 18

Figura 4 Fluxograma da análise de amônio (segundoGOLTERMAN et al., 1978). 19

Figura 5 Fluxograma mostrando a análise do ortofosfato (segundoAPHA, 1992). 20

ARTIGO I

Figura 1 Bacia hidrográfica do Pirangi, com a localização dosquatros sítios estudados na Lagoa do Jiqui. 50

Figura 2 Variação da pluviometria na Lagoa do Jiqui durante operíodo de setembro, 2008 a agosto, 2009. 51

Figura 3 Variação da velocidade do vento na Lagoa do Jiqui duranteo período de setembro, 2008 a agosto, 2009. 52

Figura 4 Variação da profundidade e transparência na Lagoa doJiqui, o período de setembro, 2008 a agosto, 2009. 53

Figura 5 Variação das concentrações da DBO5 (Demandabioquímica de oxigênio) entre os sítios, durante o períodode estiagem e de chuva. 54

Figura 6 Variação das concentrações dos nutrientes. (a) Ortofosfato;(b) Nitrato e (c) Amônio na Lagoa do Jiqui durante operíodo de estudo. 55

Figura 7 Variação da concentração da clorofila a na Lagoa do Jiquidurante o período de estudo. 56

Figura 8 Variação temporal e espacial da Abundância relativa % daLagoa do Jiqui, Parnamirim, RN. 57

Figura 9 Variação temporal e espacial dos índices ecológicos daLagoa do Jiqui, Parnamirim, RN. (a) Diversidade; (b)Dominância; (c) Riqueza; (d) Similaridade. 58

11.. IInnttrroodduuççããoo ggeerraall

Introdução geral 2

1.1 Qualidade da água para o consumo público

A água constitui-se elemento fundamental à vida, visto que insere-se nos mais

importantes processos de manutenção da existência e no equilíbrio dos ecossistemas. Essa

água, hoje, mesmo sendo contaminada, continua utilizada para o abastecimento humano,

tendo sido comprometida a sua qualidade devido a impactos antropogênicos, por estar ligada

à ecologia da biosfera (REBOUÇAS et al., 2006; SOUZA et al., 2002; TUNDISI, 2003).

Os padrões físico–químicos utilizados para a avaliação da qualidade da água estão

relacionados ao seu uso no consumo humano e animal. Segundo Rebouças et al (2006), as

águas utilizadas para o consumo e as atividades socioeconômicas são captadas nos rios, lagos,

lagoas, represas e aquíferos subterrâneos. Para isso utiliza-se como referência um conjunto de

normas quando analisada a potabilidade dessa água. No Brasil, as normas da qualidade da

água dos ecossistemas aquáticos ainda estão em fase de evolução. A comunidade política,

pública e científica iniciou os trabalhos na área de proteção e conservação dos estoques

aquíferos, o que percebe-se no conceito da qualidade da água da política nacional de recursos

hídricos; “assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de água, em

padrões de qualidade adequados aos respectivos usos” (Art. 2°, Cap. II, Tit. I, Lei n° 9.433)

(ANA, 2005). Dentre as normas da qualidade da água para o abastecimento medem-se vários

fatores físico-químicos, biológicos e bacteriológicos, como a demanda Bioquímica de

Oxigênio (DBO5) até 3 mgL-1; o oxigênio dissolvido (OD), em qualquer amostra, não pode

ser inferior a 6 mgL-1; a turbidez até 40 unidades nefelométricas (UNT); a cor verdadeira deve

ser em nível de cor natural do corpo de água em mg Pt/L e o pH pode variar de 6,0 a 9,0 além

de ser observada a análise de bactérias coliformes (CONAMA Nº 357/2005).

No estado do Rio Grande do Norte, visando garantir a qualidade da água para o

abastecimento da população, foram designados os órgãos de gestão de recursos hídricos, tais

como, o Instituto de Gestão das Águas do estado do Rio Grande do Norte (IGARN) e a

Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMARH) entre outros. A água sofre

impactos variáveis quando armazenada em reservatórios, alterando a sua qualidade e a

ecologia afetando a saúde humana (CHELLAPPA et al., 2009a). É de vital importância a

elaboração de políticas de conservação e gestão dos mananciais utilizados pela população,

devido aos impactos nos ecossistemas aquáticos que estão alterando a qualidade da água.

Introdução geral 3

1.2 Impacto ambiental nas lagoas de abastecimento público

As lagoas são mananciais de águas superficiais, utilizadas no abastecimento humano,

além da manutenção de suas atividades econômicas (MARGALEF, 1997). Um dos grandes

problemas ambientais da atualidade consiste na contaminação da água doce superficial, a má

utilização e o planejamento inadequado desse recurso. Ao suprir as necessidades humanas

retira-se a água das bacias hidrográficas das regiões, fundamentando o desenvolvimento

econômico e social de qualquer país (TUNDISI et al., 1999).

Com a maior reserva de água doce da terra, o Brasil recebe chuvas abundantes durante o

ano, além de possuir condições climáticas e geológicas propiciadoras da formação de uma

extensa, densa e rica rede de rios, excetuando-se o semi-árido, onde os rios são temporários e

em menor número.

Segundo Tundisi (2003), o lançamento de efluentes industriais, domésticos e

agropastoris, a drenagem urbana, a deposição atmosférica de nitrogênio, a erosão do solo na

bacia hidrográfica e o transporte dos nutrientes, dos ambientes terrestres para os aquáticos,

deterioram os sistemas de água doce, além de repercutir na saúde humana, nas mudanças

globais e climatológicas assim como na diminuição da biodiversidade desses sistemas.

Dourado et al. (2005) relataram que nas últimas décadas, a elevada demanda de energia

decorrente do crescimento populacional tem provocado consideráveis alterações no meio

ambiente, visto que a expansão demográfica e industrial observada no século passado fez com

que os recursos hídricos sofressem várias intervenções humanas, como a devastação das

matas ciliares, canalização, represamento e despejo de efluentes nos rios.

Esses impactos geram o aumento da turbidez, eutrofização, salinização, assoreamento,

desenvolvimento das algas potencialmente tóxicas com vida curta, perda da biodiversidade,

diminuição do oxigênio, deterioração da qualidade da água para o consumo humano e animal,

além da diminuição do seu valor estético para fins de recreação. Responsável pela origem das

alterações da água, a eutrofização consiste no aumento excessivo de nutrientes, causando o

crescimento demasiado de macrófitas aquáticas, o que possibilita a multiplicação exagerada

das algas, podendo ser ou não potencialmente tóxicas (CALIJURI et al., 2008). Para

classificar o nível de eutrofização dos ecossistemas aquáticos aplica-se a terminologia

oligotrófico, mesotrófico e eutrófico, baseado no índice trófico de Carlson (CARLSON,

1977). Esse enriquecimento de nutrientes degrada seriamente os ecossistemas aquáticos,

diminuindo a demanda para o consumo humano, na agricultura, na indústria, na recreação,

além de outros propósitos (CARPENTER et al., 1998). Perante tantos impactos ocasionados

Introdução geral 4

pelo homem aos recursos hídricos, faz-se necessário o biomonitoramento dos corpos d’água

no sentido de assegurar a sua qualidade.

1.3 Biomonitoramento das lagoas

O biomonitoramento consiste no acompanhamento a longo prazo da qualidade

ambiental de um ecossistema, utilizando como parâmetro os seres vivos, que podem ser

chamados de bioindicadores ou biomonitores, resistentes ou tolerantes à contaminação.

Segundo a resolução 357/2005 do CONAMA, a qualidade dos ambientes aquáticos poderá ser

avaliada por indicadores biológicos, quando apropriado, utilizando-se organismos e/ou

comunidades aquáticas.

Análises biológicas podem detectar possíveis alterações na qualidade da água, bem

como as tendências, ao longo do tempo, que se refletem em mudanças de habitat ou na

natureza dos organismos aquáticos. No estado do Rio Grande do Norte, os ambientes

aquáticos dulcícolas estão cada vez mais escassos e poluídos, por isso estudos dos fatores

abióticos e bióticos tornaram-se imprescindíveis, juntamente às pesquisas sobre o fitoplâncton

(SOUZA, 2003).

Presentes no sistema aquático, a flora e a fauna recebem influência do ambiente físico

do corpo d’água (geomorfologia, velocidade da corrente, vazão, tipo de substrato e tempo de

retenção). Como as atividades humanas situam-se, geralmente, em torno de um recurso

hídrico urbano ou rural, o primeiro passo para a compreensão do modo de reação dos

bioindicadores às alterações da qualidade da água faz-se através da identificação das variáveis

físicas, químicas e biológicas (BORBA, 2005).

O mecanismo de monitoramento microbial como bioindicador inclui a análise da

riqueza de espécies fitoplanctônicas, juntamente às características físicas e químicas da água.

A presença de cianobactérias tóxicas constitui-se numa importante característica que pode

especificar a qualidade da água, uma vez que, de acordo com o Manual Australiano para Água

Potável, recomenda-se a inclusão da detecção da população de cianobactérias tóxicas em toda

a água para consumo humano. Quando a medição quantitativa variar de um mínimo de 500

células/ml, nesta condição, deverá haver monitoramento mais preciso, e quando variar de um

máximo de 6.500 células/ml, será necessária a realização de testes de grau de toxicidade e

advertências sobre os riscos à saúde pública (NICHOLSON; BURCH, 2001). No Brasil, o

Ministério da Saúde, através da portaria 518 de 2004, no artigo 4°, parágrafo X relata também

a importância do controle das cianobactérias devido à produção de toxinas.

Introdução geral 5

Na Ilha de Shikoku, no Japão, foi desenvolvido um estudo sobre a qualidade da água

dos lagos profundos, utilizando-se como parâmetros os fatores abióticos, como temperatura,

precipitação, oxigênio dissolvido, além dos nutrientes inorgânicos, como o nitrogênio, o

fósforo e a clorofila a (NAKASHIMA et al., 2007). Várias outras pesquisas foram realizadas

com a comunidade fitoplanctônica como bioindicador da qualidade da água (CHELLAPPA et

al., 1996, TANIGUCHI et al., 2005, SEKINO et al., 2007).

Em muitas bacias hidrográficas brasileiras, o conhecimento das comunidades biológicas

se mostra ainda incipiente, principalmente sobre as espécies existentes, a distribuição

geográfica e a evolução das populações nos últimos anos. Em algumas regiões brasileiras, o

conhecimento e a gestão dulcícolas nunca foram iniciadas ou desenvolvidas, nem

implementado um monitoramento de rotina da qualidade biológica da água de sistemas

fluviais ou uma verificação do estado trófico (ANA, 2005).

Dentre as comunidades bióticas, as algas são recomendadas para a avaliação da

qualidade da água, uma vez que têm a distribuição espacial e temporal (FRISSEL et al.,

1986). O fitoplâncton constitui-se de grande variedade de algas, com diferentes formas e

estratégias de história de vida para maximizar a produtividade. Nos últimos anos, a ecologia

da comunidade tem sido vista a partir do tema Complexidade Ecológica, que inclui a

variabilidade espacial e temporal das espécies biológicas (CHELLAPPA et al., 2009b)

A comunidade fitoplanctônica respondendo aos impactos ocasionados aos corpos d’água

em intervalos curtos, principalmente aos processos multiplicativos, favorece o conhecimento

da estrutura e funcionamento dos ambientes limnéticos.

1.4 Comunidades fitoplanctônica: resposta a qualidade da água

A taxa de crescimento da comunidade fitoplanctônica depende da capacidade de suporte

do corpo d’água, devido aos nutrientes inorgânicos nele dissolvidos. O fitoplâncton responde

rapidamente (em alguns casos em menos de 24h) a mudanças ambientais, resultando na

adição e substituição de espécies (NASELLI-FLORES e BARONE, 2003). Diante dessa

variabilidade de fatores abióticos, tendências climáticas a longo prazo e variações de

intempéries de curto tempo, bem como o controle descendente pelo zooplâncton, têm gerado

alterações na coexistência, na diversidade, na riqueza e na dominância de espécies

fitoplanctônicas (CHELLAPPA et al., 2007)

O fitoplâncton constitui a maior parte da porção autotrófica de um ambiente aquático,

uma vez que esses organismos são clorofilados, responsáveis pelo processo fotossintético. A

Introdução geral 6

fotossíntese consiste num processo fisiológico dos autótrofos pelo qual as plantas captam a

luz solar, água e dióxido de carbono para a produção de hidratos de carbono, além da

liberação do oxigênio dissolvido, o que reduz a quantidade de dióxido de carbono no ar,

capazes de auxiliar na redução do aquecimento global (LAISK et al., 2009). Liberado pelo

fitoplâncton, o oxigênio participa da respiração de peixes e outros seres aquáticos, exercendo

um papel importante na alimentação, além de participar da transferência de energia nos

ecossistemas aquáticos, por estarem inseridos na base da teia alimentar desses ecossistemas

(CHELLAPPA, 1990; CHELLAPPA et al., 1996).

Ao longo das últimas décadas têm se tornado evidentes impactos oriundos do

aquecimento global, em escala regional, sobre os ambientes dulcícolas, gerando alterações

climáticas sobre os padrões biológicos, numa vasta gama de habitats e em grupos

taxonômicos. Em sistemas lênticos, as mudanças na fenologia de populações manifestam-se

respondendo às variações das propriedades físicas, que estão estreitamente relacionadas às

condições meteorológicas, mudanças na temperatura do ar, da água e na estratificação, onde o

tempo de residência pode ser influenciado pelas mudanças na precipitação, parâmetros que

influenciam na extinção da luz, nas taxas de sedimentação e na ciclagem dos nutrientes no

corpo d’água, impactando a dinâmica sazonal da biota presente (MEIS et al., 2009).

Nos ambientes de água doce, o crescimento e o desenvolvimento das comunidades

fitoplanctônicas podem causar variações passíveis de mensuração da composição química do

sistema, onde as concentrações de oxigênio dissolvido e gás carbônico sofrem mudanças

capazes de alterar o pH, assim como desequilibrar a concentração do fósforo, nitrogênio e

sílica (CALIJURI, 1999). Em certas regiões, a observação dessas mudanças merece crédito,

visto em que em muitos locais há escassez de água.

Esse cenário de escassez do nordeste existe devido à reduzida precipitação de chuvas,

às altas taxas de evapotranspiração, à irregularidade na distribuição da água, ao aumento das

demandas pela população, como também pelo fato de que, nos últimos 50 anos, a degradação

da qualidade da água tem aumentado em níveis alarmantes. Atualmente, áreas de

desenvolvimento agrícola, grandes centros industriais e urbanos enfrentam graves problemas

devido qualidade da água que gera problemas de saúde pública (AUDRY e SUASSUNA,

1995).

Inserido no polígono da seca junto aos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Minas

Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Sergipe, o interior do Rio Grande do Norte caracteriza-

se pelo bioma Caatinga, pelo clima semi-árido, solo raso e pedregoso, relativamente fértil,

vegetação xerófita e índice pluviométrico que varia entre 300 e 800 milímetros anuais.

Introdução geral 7

Mesmo com as chuvas, o solo tem dificuldade de reter a água e a temperatura elevada provoca

a rápida evaporação, gerando rios temporários, o que exige a construção de açudes, visando o

armazenamento da água para o uso da população (WWF-BRASIL, 2008). A capital, Natal,

contém rico lençol freático possibilitador da formação de rios e lagoas, que por falta de

saneamento público há contaminação por nitrato. O teor máximo de nitrato permitido pela

Portaria Nº 518/2004, do Ministério da Saúde e pela resolução N° 357/2005 do CONAMA

para a água ser considerada potável é de 10 mgL-1. O nitrato consiste em uma substância

química mais encontrada em águas naturais, geralmente ocorrendo em baixas concentrações

nas águas superficiais (rios, lagos, córregos, açudes). Entretanto, em águas subterrâneas, essa

concentração pode atingir valores elevados resultantes do escoamento da água proveniente de

terras agrícolas e de descargas de águas residuais sem tratamento ou com tratamento

insuficiente. Esse nitrato permanece na água mesmo com a fervura e com a filtragem da água,

podendo causar o câncer gástrico, a doença azul ou cianose dos bebês, a má formação

congênita e o aparecimento da hipertensão arterial precoce (MPF, 2009).

A grande variabilidade espacial e temporal da estrutura da comunidade fitoplanctônica

assume relevante papel no estudo sobre a qualidade dos recursos hídricos utilizados para o

abastecimento público. Costa (2003) e Câmara et al. (2007) monitoraram o açude Engenheiro

Armando Ribeiro Gonçalves, importante no abastecimento da população local de Assu,

encontrando Microcystis aeruginosa, Planktothrix agardii e Cylindrospermopsis raciborskii,

cianobactérias potencialmente tóxicas.

Borba (2005), estudou a qualidade da água do Açude Público de Cruzeta, localizado

no município de Cruzeta, na região do Seridó Ocidental no estado do Rio Grande do Norte,

onde os resultados revelaram a presença da microalga Cylindrospermopsis raciborskii,

potencialmente tóxica. Esse reservatório representa a única fonte de abastecimento da sede do

município, além de servir como suporte para um número considerável de pescadores e cultivo

de vazante.

Araújo et al. (2000) desenvolveram uma pesquisa na lagoa de Extremoz, localizada na

zona norte da capital Natal, Rio Grande do Norte, objetivando a caracterização da dinâmica

sazonal dos fatores ambientais, como o pH, temperatura, condutividade elétrica, os nutrientes

e a identificação da comunidade fitoplanctônica da lagoa, cujos resultados revelaram que esse

manancial era oligotrófico, indicando a aceitável qualidade da água.

Diante da importância da qualidade da água, do biomonitoramento pelas microalgas,

os múltiplos impactos sofridos pelos corpos d’água expostos e da limitação dos estudos sobre

a lagoa do Jiqui, faz-se necessária a realização de pesquisas visando o aprofundamento do

Introdução geral 8

conhecimento da diversidade fitoplanctônica desse local, acompanhado do estudo das

condições físico-químicas, garantindo a qualidade da água desse ecossistema para as gerações

futuras.

22.. OObbjjeettiivvooss

Objetivos 10

2.1 Objetivo geral

Esta pesquisa teve como objetivo verificar a composição e a riqueza da comunidade

fitoplanctônica, juntamente com a sua variação durante as estações de estiagem e de chuva, da

lagoa do Jiqui, Parnamirim, RN, além de analisar os fatores físico-químicos da água, a fim de

contribuir para o conhecimento da qualidade de recursos hídricos do manancial utilizado para

o abastecimento humano.

2.2 Objetivos específicos

Identificar e elaborar uma lista das principais microalgas existentes na lagoa do Jiqui;

calcular os índices de riqueza, diversidade, dominância e equitatibilidade do

fitoplâncton;

determinar as concentrações de clorofila a e dos nutrientes inorgânicos, tais como,

nitrato, amônio, silicato, DBO5 e ortofosfato;

avaliar as variáveis ambientais, tais como, a temperatura, o pH, a condutividade

elétrica, o oxigênio dissolvido, a transparência da água, o coeficiente de extinção da

luz, a pluviosidade e a velocidade do vento;

caracterizar o ambiente quanto ao grau de eutrofização.

Os resultados foram elaborados em forma de um artigo – ARTIGO 1

Revista: Brazilian Archives of Biology and Technology

33.. MMaatteerriiaall ee mmééttooddooss

Material e métodos 12

3.1 Área de estudo

A Zona Sul da cidade Natal, capital do Rio Grande do Norte, tem seu abastecimento

realizado por inúmeros subsistemas e a lagoa do Jiqui é o manancial do principal subsistema

desta zona, responsável por cerca de 22% do abastecimento e a água que supre os demais 78%

provém de poços tubulares com elevadas concentrações de nitrato (CAERN, 2009). A lagoa

do Jiqui localiza-se inteiramente na mesoregião litoral leste do estado do Rio Grande do

Norte, sendo encontrada no município de Parnamirim, a 13 km ao sul de Natal (Figura 1). Tal

lagoa é alimentada em parte pelas águas do rio Pitimbu que a atravessa, e em parte pelos

exutórios naturais provenientes dos lençois subterrâneos da região circundante (IGARN,

2009).

O clima da região da bacia hidrográfica de Pirangi acha-se inserido no domínio do clima

As' - quente e úmido, segundo a classificação de Köppen (AZEVEDO; MOREIRA, 1981). É

caracterizado por apresentar duas estações bem definidas: uma de estiagem (setembro a

fevereiro) e outra de chuva (março a agosto). De modo geral, na região nordestina as chuvas

anuais médias de longo período decrescem do litoral para o interior, passando cerca de

1.300mm na foz para 900mm nas cabeceiras (SOUZA, 2003).

A lagoa do Jiqui é circundada por macrófitas, entre as quais estão: Eleocharis elegans;

Nymphaea alba; aguapé-de-flor-roxa, Eichhornia crassipes; aninga, Montrichardia linifera;

junquinho, Cyperus ferax e Cabomba caroliniana, possuindo a topografia caracterizada pela

unidade geomorfologica dos tabuleiros costeiros, de relevo tabular e pouco dissecado. Junto à

foz do rio Pirangi, apresenta duas estreitas faixas de dunas fixas, fazendo parte da unidade

faixa litorânea, com o embasamento geológico constituído predominantemente por

sedimentos quaternários (dunas, paleodunas, aluviões e cobertura indiferenciadas), além de

terciário-quaternário do grupo barreiras-indiviso, de idade terciária. O solo da região é areno-

quartzozo profundo (não hidromórfico), constituído por associação de areias quartzozas

distróficas fase floresta subperenifólia, relevo plano, areias quartzozas fase cerrado relevo

plano e latosos vermelho amarelo distrófico textura média fase floresta subperenifólia relevo

plano (CANAN, 1996).

Em relação à fauna ictíica, pode ser encontrada na bacia hidrográfica Pirangi: piau,

Leporinus sp; tainha, Mugil sp; tapacá, Metynnis roosevelti; carapeba, Diapterus sp; jacundá,

Crenicichla lepidota; cangati, Parauchenipterus galeatus; camurim, Centropomus sp e cará,

Cichlasoma bimaculatum (IGARN, 2009).

Material e métodos 13

Figura 1. Bacia hidrográfica do Pirangi com a localização da Lagoa do Jiqui, RN

(Fonte: SEMARH, RN/ 2008).

Sítio 1 (C) Sítio 2 e 3 (S/F) Sítio 4 (M)

BACIA HIDROGRÁFICA DO PIRANGI

Material e métodos 14

Tabela 1. Características hidrológicas e morfométricas da Lagoa do Jiqui, RN.

Fonte: SEMARH (Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos), 2008;

e CAERN (Companhia de Água e Esgotos do Rio Grande do Norte), 2009.

Ano de início de operação 1934

Área drenada 153.895,00 m2

Tomada da água 12, 25m

Largura 1.210m

Comprimento 200m

Capacidade máxima 466.093,00 m³

Volume armazenado 466.000 m³

Vazão de entrada 1,5345 m3/s

Vazão de saída 1,2729 m3/s

Tempo de detenção hidráulica 2,6 dias

Profundidade máxima durante o estudo 4 m

Pluviometria annual 1562,6 mm/ano

Umidade relativa média anual 75%

Temperatura média anual 26,8 °C

Evaporação total annual 1.553,5 mm

Insolação total annual 2.954 h

Pressão atmosférica 1.004,8 hPa

Velocidade média anual dos ventos 4,9 m/s

Direção dos ventos Sudeste

Material e métodos 15

3.2 Procedimentos de coletas

As coletas foram realizadas mensalmente num ciclo sazonal de 1 ano, durante o período

de setembro de 2008 a agosto de 2009, em horários fixos, compreendidos entre 9 e 11h, em

quatro sítios de amostragens. A lagoa do Jiqui possui uma cerca feita de estacas de madeira e

tela de plástico, antes da estação de bombeamento da água para evitar a passagem de peixes

(Figura 1). Os quatros sítios de coletas foram:

Sítio 1: a região compreendida pela cerca na lagoa do Jiqui, antes da estação de

bombeamento de água (C);

Sítio 2: a superfície da lagoa do Jiqui, na região distante das macrófitas (S);

Sítio 3: no fundo da lagoa do Jiqui, na região distante das macrófitas (F);

Sítio 4: próximo ao banco de macrófitas aquáticas (M).

As amostragens foram realizadas em uma profundidade de 0,5 m nos sítios C, M e S.

Foi escolhido um ponto de maior profundidade (3 m) no sítio F, para se obter uma melhor

compreensão da heterogeneidade da lagoa do Jiqui.

3.3. Análise das variáveis ambientais e biológicas

3.3.1. Índice de pluviosidade e da velocidade do vento: Os dados de pluviometria e da

velocidade do vento foram fornecidos pela Empresa de Pesquisas Agropecuárias do Rio

Grande do Norte (EMPARN), tendo como ponto de captação de chuva a cidade de

Parnamirim, RN.

3.3.2. Temperatura da água, pH, condutividade elétrica, oxigênio dissolvido e

correnteza: os fatores ambientais como a temperatura da água (°C), pH, condutividade

elétrica (S.cm-1) foram medidos in situ com de sondas específicas do kit multiparâmetro

WTW multi 340i (Figura 2 d), o oxigênio dissolvido (mgL-1) foi medido também in situ com

o auxílio do Oxímetro Lutron DO-5510.

3.3.3. Transparência da água: A transparência da água foi mensurada, in situ,

utilizando-se um disco de Secchi (Figura 2 b) de cor branca e preta, com 30 cm de diâmetro,

suspenso por uma fita métrica. A determinação do coeficiente de extinção da luz foi calculada

Material e métodos 16

a partir dos dados de leitura do referido disco, empregando-se a fórmula de Poole e Atkins

(1929).

dK

7,1

Em que:

K = Coeficiente de extinção de luz

1,7 = Constante

d = Profundidade de desaparecimento do disco de Secchi, em

metros.

Material e métodos 17

Figura 2. Local, equipamentos e procedimentos de coletas: (a) lagoa do Jiqui; (b) disco de

Secchi; (c) procedimento de filtração do fitoplâncton e (d) Kit multiparâmetro WTW multi

340i.

(d)

(c)

(a)

(b)

Material e métodos 18

3.3.4. Nutrientes inorgânicos: na análise de nitrato (NO3-N) e amônio (NH4-N) foi

empregada a metodologia descrita por Golterman et al., (1978); o ortofosfato (P – PO4-) foi

empregado o método de APHA (1992); as leituras dessas análises foram feitas em

espectrofotômetro digital modelo Biochrom Libra S6, cujos procedimentos estão apresentados

nas figuras 3, 4 e 5 e os dados da sílica e do DBO foram coletados junto ao IFRN (Instituto

Federal do Rio Grande do Norte) e a CAERN.

NO3 – N

Figura 3. Fluxograma da análise de nitrato (segundo GOLTERMAN et al., 1978).

Material e métodos 19

NH4-N

Figura 4. Fluxograma da análise de amônio (segundo GOLTERMAN et al., 1978).

Material e métodos 20

P – PO4

Figura 5. Fluxograma mostrando a análise do ortofosfato (segundo APHA, 1992).

Material e métodos 21

3.3.5 Variáveis biológicas

Análise qualitativa do fitoplâncton

As análises fitoplanctônicas foram realizadas no Laboratório de Biotecnologia Aquática

do Departamento de Oceanografia e Limnologia da Universidade Federal do Rio Grande do

Norte. Para as análises qualitativas, as microalgas foram identificadas, sempre que possível,

em níveis específicos e infraespecíficos. No laboratório, as amostras foram colocadas em

provetas graduadas de diferentes volumes para sedimentação e posterior sifonação. Após a

retirada do fitoplâncton realizou-se com o auxílio do microscópio óptico Nikon Eclipse E200

a identificação das espécies fitoplanctônicas baseada em consultas a literaturas especializadas

de Husted (1930), Desikachary et al (1959), Prescott (1970), Barber e Howorth (1981) e Wehr

e Sheath (2003).

Análise quantitativa do fitoplâncton

Para as análises quantitativas, primeiramente as amostras foram coletadas com o auxílio

de uma bomba a gasolina, onde 400L de água foram filtrados em rede de plâncton de 20µm e

fixados com iodo-lugol (Figura 2 c). No laboratório, após o processo de sedimentação durante

48 horas, ocorreu a sifonação; os organismos foram contados através do microscópio óptico,

utilizando-se um aumento de 400X, com o auxílio de uma câmera de Sedgwick–Rafter com

capacidade para 1 ml da amostra.

3.3.6 Índices ecológicos

Os índices ecológicos foram calculados a partir da contagem de organismos encontrados

durante o período de estudo.

A riqueza de espécies (R) foi calculada segundo a fórmula de Margalef (1958):

R = S – 1

LogN

Na qual:

R = Riqueza de espécies

S = Número de espécies

N = Número de indivíduos

Material e métodos 22

A diversidade de espécies (H’) foi calculada por meio do índice de Shannon-Weaver

(1949) pela seguinte fórmula:

Na qual:

H’= Índice de diversidade das espécies

n = Número de indivíduos de cada espécie

N= Número total de indivíduos

Os resultados foram apresentados em bits. cel-1, considerando-se que 1 bit equivale a

uma unidade de informação. Esses valores podem ser enquadrados nas seguintes

classificações:

3,0 bits. cel-1 representa uma alta diversidade;

2,0 3,0 bits. cel-1 representa uma média diversidade;

1,0 2,0 bits. cel-1 representa uma baixa diversidade;

1,0 bits. cel-1 representa uma diversidade muito baixa.

A dominância foi determinada segundo Bergen-Parker (1970):

IBP = N máx

NT

Na qual:

N máx = Número máximo de indivíduos

NT = Número total de indivíduos

A equitatibilidade foi determinada segundo Pielou (1975).

SLog

H´J

Na qual:

H’= Índice de diversidade de Shannon-Weaver

Log S = Número de espécies de cada amostra

H’ = - (n/N). log(n/N)

Material e métodos 23

Este índice varia de 0 a 1, sendo >0,5 considerado significativo e equitativo.

A abundância relativa de cada táxon foi calculada segundo as recomendações de Lobo

e Leighton (1986), utilizando-se a seguinte fórmula:

nN

A100

Na qual:

A = Abundância relativa;

N = número de indivíduos do táxon identificado;

n = número total de indivíduos.

Para interpretação da abundância relativa de cada táxon utilizou-se a seguinte escala:

10% Rara

10 ≥ 40% Pouco abundante

40 ≥ 70% Abundante

> 70% Dominante

3.3.7. Análise de clorofila a

Para determinação de clorofila a foi coletada água dos sítios em recipientes de

polietileno protegidos da luz e em seguida posta em um isopor contendo gelo, para a

conservação da biomassa algal. Após a coleta, esse material foi transportado para o

laboratório de Biotecnologia Aquática do Departamento de Oceanografia e Limnologia

(DOL) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, onde as amostras de água foram

filtradas com auxílio de uma bomba a vácuo, com força de sucção de 1/3atm, na ausência de

luz, utilizando filtro membranoso de 0,22µm de porosidade e 47 mm de diâmetro da

Millipore. Após a filtração, uma vez saturado, removeu-se o filtro do suporte para extração do

pigmento, colocou-se em um tubo de ensaio protegido da luz contendo 10ml de acetona a

90% e conservou-se sob refrigeração por 24 horas. Após esse período, realizou-se a leitura em

espectrofotômetro digital modelo Thermospectronic Gênesys 10UV em cubetas de 1 ml. Os

valores de absorbância foram utilizados para calcular a concentração de clorofila a, através da

fórmula de Marker et al., (1980), aplicando-se a equação a seguir:

L xVf

x v750a)-(750o665a)-(665oK xA xClorofila a

Material e métodos 24

Em que:

A = Coeficiente de absorção (11);

K = Índice de correção (2,43);

665 o = Absorbância antes da acidificação;

665 a = Absorbância depois da acidificação;

v = Volume da acetona 90% (10ml);

Vf = Volume da amostra (filtrada em litros);

L = Caminho óptico da cubeta (1 cm);

3.3.8. Índice do estado trófico (IET)

O IET consiste em avaliar a qualidade da água quanto ao enriquecimento por nutrientes,

sendo classificado em diferentes graus de trofia, segundo Carlson modificado por Toledo et

al., (1983).

A classificação do IET é feita através de uma expressão que leva em consideração o

fósforo total solúvel reativo atribuindo maior peso para o fósforo total, o ortofosfato e

clorofila a e menor peso à transparência, conforme ilustrado a seguir e na tabela 2:

IET (S) = 10(6-0,64 + lnS), onde S = valor do disco de Secchi.

ln2

IET (P) = 10 [6-ln (80,32/P)], onde P = concentração de fósforo total

ln2

IET (PO4) = 10 [6-ln(21,67/PO4)], onde PO4 = concentração de ortofosfato

ln2

IET (CHL) = 10 (6-2,04 – 0,695ln CHL), onde CHL = valor de clorofila a

ln2

IET = IET(S) + 2[(IET (P) + IET (PO4) + IET (CHL)]

7

Material e métodos 25

Tabela 2. Valores padronizados de classificação do estado trófico das águas (CARLSON,

1977, modificado por TOLEDO et al., 1983).

Categoria estado

trófico Ponderação

Secchi - S P-total - P Clorofila a

(m) (mg m-3) (mg m-3)

Ultraoligotrófico IET ≤ 47 S ≥ 2,4 P ≤ 8 CL ≤ 1,17

Oligotrófico 47 < IET ≤ 52 2,4 > S ≥ 1,7 8 < P ≤ 19 1,17 < CL ≤ 3,24

Mesotrófico 52 < IET ≤ 59 1,7 > S ≥ 1,1 19 < P ≤ 52 3,24 < CL ≤ 11,03

Eutrófico 59 < IET ≤ 63 1,1 > S ≥ 0,8 52 < P ≤ 120 11,03 < CL ≤ 30,55

Supereutrófico 63 < IET ≤ 67 0,8 > S ≥ 0,6 120 < P ≤ 233 30,55 < CL ≤ 69,05

Hipereutrófico IET> 67 0,6 > S 233 < P 69,05 < CL

3.4. Análise estatística dos dados

Utilizou-se o teste one way ANOVA para verificar o nível de diferença significativa

entre os sítios estudados e em relação aos períodos de estiagem e de chuva. Tomando em

consideração o p<0,005, o programa usado foi o SigmaStat 3.1. Para o teste de correlação de

Pearson foi utilizado o STATISTICA versão 7.0

3.5. Normalização do texto

A estrutura do texto, as citações, as referências bibliográficas e a diagramação da

dissertação foram feitas baseadas na Associação Brasileira de Normas e Técnicas, ABNT

(NBR 14724:2001), segundo Menezes e Carvalho (2006). O artigo 1 da dissertação foi

elaborado baseando nas normas da revista Brazilian Archives of Biology and Technology.

44.. RReessuullttaaddooss

Resultados 27

Artigo I

Diversidade fitoplanctônica e aspectos físico-químicos da qualidade da água em

uma lagoa urbana, RN, Brasil

Phytoplankton diversity and physical-chemical aspects of water quality of Lake

Jiqui, RN, Brazil

Lima, PLSC. a, Chellappa, NT.a * and Chellappa, S. a

Artigo a ser submetido para publicação na Brazilian Archives of Biology and

Technology

ISSN: 1516-8913

Revista de Qualis CAPES/MEC

Área: Ecologia e Meio Ambiente

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

2010

Resultados 28

BRAZILIAN ARCHIVES OF BIOLOGY AND TECHNOLOGY

Phytoplankton diversity and physical-chemical aspects

of water quality of Lake Jiqui, RN, Brazil

Lima, PLSC. a, Chellappa, NT.a * and Chellappa, S. a

aPrograma de Pós Graduação em Ecologia, Departamento de Oceanografia e Limnologia,

Universidade Federal do Rio Grande do Norte, UFRN

CEP 59014-100, Natal, RN, Brasil

*E-mail of the corresponding author: [email protected]

[email protected]

Tables: 5

Figures: 9

Running title: Phytoplankton of Lake Jiqui

Resultados 29

ABSTRACT

The aim of this study was to evaluate the phytoplankton diversity and water quality ofLake Jiqui on spatial and temporal scales. This freshwater ecosystem is the mostimportant water supply source for the Metropolitan city of Natal, capital of Rio Grandedo Norte state and the adjacent municipality Parnamirim, together with inhabitants over850,000. The water samples were collected from September, 2008 to August, 2009 atfour different sites during the wet and dry season of an annual cycle. The samples weretaken from surface and bottom waters, from a site dominated by macrophytes and a sitewithout macrophytes. Limnological factors such as temperature, pH and electricalconductivity were measured in situ. Nutrient variables such as nitrate-nitrogen,ammonium-nitrogen and orthophosphate were analyzed in the laboratory. Chlorophyll-aconcentrations from the fresh samples were analyzed with 90% acetone extraction in thedark at 4°C in the laboratory. Ecological indices such as diversity, equitability(similarity), and species richness were calculated according to Shannon-Weaver. BODdata were obtained from CAERN (Water and Sewage Company of Rio Grande doNorte). Significant results were obtained for limnological parameters on temporal scales(dry and wet season) but not on spatial scales. Phytoplankton diversity was moderate tolow on both spatial and temporal scales, with the selected dominance of the speciesEuglena gracilis, Trachelomonas (Euglenophyceae) and Gomphonema, Naviculacuspidata var. cuspidata, Navicula spp, Rhopalodia gibba and Cyclotella(Bacillariophyceae). Chlorophyll-a concentrations were low throughout the studyperiod, with a mean of 1.07 µgL-1. Chlorophyll concentration and BOD values remainedwithin allowable water quality limits for human consumption. The Lake Jiqui isconsidered to be an oligotrophic ecosystem because of low chlorophyll concentrations,high transparency, reduction in cyanobacterial species and low nutrient content.Keywords: Phytoplankton taxon, diversity, Urban lake, Oligotrophic status,

INTRODUCTIONFreshwater ecosystems support the growth of multiple biological species and

also provide essential services important to human society. A daily supply of cleandrinking water is imperative to human consumption and therefore, the water is treatedand distributed to urban population (ARTHINGTON et al., 2010). Freshwater aquaticecosystems of Brazil provide important basis for activities such as irrigation, waterconsumption and fishing. This is subjected to various degrees of natural and anthropicpressures which are linked to their use, in addition to the influence of hydrological andbiogeochemical regimes and discharges of chemical products and pathogens that mayalter the food chain (TUNDISI & TUNDISI, 2008). The water quality of freshwaterresources has been a critical factor, especially in the Northeast of Brazil as it suffersfrom twin impacts such as drought polygon and cultural eutrophication (CHELLAPPAet al., 2009a).

Systematic control of water quality and conservation of biological diversity areessential to maintaining high quality potable water and to the development of fishing,currently subjected to continuous human interventions and climatic changes (CHALAR,2009; CHELLAPPA et al., 2009b).

The increasing demand for water, as a result of droughts and population growthin the city of Natal, Brazil, requires competent management of water resources aimed atsustainability and environmental safety, one of the main concerns of contemporarysociety, posing a challenge to ecologists and environmental scientists to provideadequate supplies of clean water.

Resultados 30

In Brazil, several studies related to the phytoplankton community and focusedon methodological, taxonomic, ecological and limnological aspects have beenconducted (RANGEL et al., 2009; HUSZAR & GIANI, 2004; PETRUCIO et al., 2006;LOPES et al, 2005; FRAGOSO et al, 2008, NOGUEIRA, 2000, FIGUEIREDO &GIANI, 2001). However, studies on the phytoplankton community of the Northeast arelimited and scarce, given that very few have been conducted in freshwater (BOUVY etal., 2003; MOURA et al., 2007; CHELLAPPA et al., 2002). There have been only fewinvestigations on the phytoplankton composition of the water resources that supplies tothe city of Natal (ARAÚJO et al., 2000; CHELLAPPA et al., 2008; ARAÚJO &GONDINHO, 2008).

Nutrient dynamics in freshwater ecosystems are largely based on the processesof internal and external transport, sedimentation rates, mixture regime and waterdischarge rates. The nature of nutrient entry is influenced by the climatic regime of theregion, the hydrodynamic nature of the water body, characteristics of the basin and typeof surrounding land use. A strong inter-reservoir variation was recorded between thetwo main nutrients, total nitrogen and phosphorus, when based on the flow of the river,erosion rates in the adjacent land, types of soil origin, sedimentation and resuspensionprocesses (THORNTON et al., 1990). Since reservoirs in the Northeast are mostly usedas drinking water supply sources and nutrient dynamics are part of the dynamic effect ofthis ecosystem, the distribution of nutrients in time and space must be assessed, owingto the significant differences in the annual flow regime in the reservoirs of the semi-aridbetween the dry and rainy seasons (BOUVY et al., 2003; CHELLAPPA et al., 2006).

The ecological response of the phytoplankton community with respect tonutrient dynamics consists of variations and alterations in structure, diversity, spatial-temporal distribution, co-existence, biomass concentration (chlorophyll a) and theflourishing of competitively superior species (Cyanobacteria), dependent on theavailability of organic and inorganic nutrients in the water body (REYNOLDS, 1984).

Lake Jiqui provides drinking water supply to the municipalities of Parnamirimand Natal. In recent years, the accelerated process of development, modernization andurbanization of these areas has caused a slow degradation of the River Pitimbu which inturn feeds Lake Jiqui.

This study aimed at meeting two objectives: the first was to monitor the waterquality of Lake Jiqui by tracking its physical-chemical characteristics, phytoplanktondiversity and biomass production; the second, to provide ecological data for themanagement of clean, healthy and sustainable water.

MATERIAL AND METHODSStudy area

Lake Jiqui is a freshwater ecosystem which supplies drinking water for 22% ofthe population of greater Natal, at a flow rate of 700 L.s-1; the remaining 78% comesfrom tubular wells with high nitrate concentrations. Lake Jiqui (5º50’00” S and35º23’19” W) is supplied mainly from the Pitimbu River, located in the city ofParnamirim (Figure 1). Hydrological and morphometric characteristics are shown intable 1.→Insert Figure 1→Insert Table 1

Resultados 31

Sampling and AnalysisThe samples were collected from September 2008 to August 2009, at four

different sites: on the coast, in the water catchment area for the treatment plant(C), inthe middle of the lake (surface - S and bottom - B) and near the macrophyte seed bank(M) (Figure 1).

Physical-chemical parameters such as temperature, pH, and electrical conductivitywere measured in situ using the Multi-parameter 340i Kit, dissolved oxygen with theLutron DO-5510 Oximeter, transparency using the Secchi disk and turbidity with aturbimeter. For nutrients, such as nitrate (N-NO3) and ammonium (N-NH4), we used themethodology described by Golterman et al., (1978); for orthosphosphate (P – PO4

-) theAPHA method (1992) and light extinction coefficient values according to Poole &Atkins (1929).

Rainfall and wind speed data were obtained from EMPARN (AgriculturalResearch Company of Rio Grande do Norte).

Phytoplankton samples were preserved in 4% Lugolformaldeyde solution in thefield. It was sedimented and analyzed using an optical microscope down to the specieslevel or to the highest possible taxonomic resolution using the specific literature(CÂMARA et al., 2009).

For analysis of chlorophyll α, the samples were placed in polyethylene bottlesand kept under refrigeration for subsequent analysis in the laboratory, according toMarker et al., 1980.

Pearson’s correlation (p<0.05) was used to find relationships between abiotic andbiotic factors of each site in both the dry and rainy seasons, considering only significantvalues. One-way ANOVA was used to measure the degree of significance between thedry and rainy seasons and among the water sampling sites.

RESULTSThe rainfall regime ranged from 0.0 mm in December to 370.2 in May, with a

mean of 179.21 mm (± SD 127.57 mm). The highest volumes were found in May, Juneand July 2009. The dry season is between September and December 2008 (Figure 2).Wind speed was highest between September 2008 and December 2008 (Figure 3).Transparency in Lake Jiqui was higher in the rainy period, with a mean of 1.60m at siteS (surface) for the entire study period (Figure 4). Turbidity showed a significantdifference between the dry and rainy seasons among the study sites (p = 0. 003).

The light extinction coefficient was lower at site S (surface) in the dry and rainyseasons; site M (macrophytes) also showed lower values in the rainy season. The lightextinction coefficient was significantly different among the sites (p= <0.001).

The mean depth of Lake Jiqui was 3.0 m during the study period. Watertemperature varied seasonally, showing higher values in the rainy season at all the studysites. Dissolved oxygen values differed over the entire study period and among all thesites. A significant difference (P = <0. 001) was observed between the dry and rainyseasons. The uniform electrical conductivity pattern of the surface waters was quiteevident. Site B (bottom) showed a higher value in October and an increase in electricalconductivity was observed at all the sites in April, 2009. The pH of the water wascircumneutral at most sites (6.5 – 7.5). The minimum, maximum, mean values of thephysical and chemical variables of the sites obtained in the study period are shown inTable 2.

→Insert Figure 2→Insert Figure 3

Resultados 32

→Insert Figure 4→Insert Table 2

Biochemical oxygen demand (BOD) showed a significant difference among thesites (p = 0. 020) (Figure 5). Nutrient concentrations showed a pattern of spatial andseasonal variation. Nitrate, ammonium and orthophosphate exhibited peaks during rainyseason, but they were not significantly different (Figure 6). Silica, a nutrient measuredat site B (bottom) of Lake Jiqui, had a mean of 14.8 mgL-1.

Table 3 shows 108 infrageneric taxa of phytoplankton species distributed in 8clases in Lake Jiqui and divided into 41 Bacillariophyceae, 47 Chlorophyceae, 9Cyanophyceae /cyanobacteria, 1 Chrysophyceae, 2 Dinophyceae, 5 Euglenophyceae, 1Raphidophyceae and 2 Xanthophyceae. Table 4 shows the distribution of classes in thedry and rainy seasons.→Insert Figure 5→Insert Figure 6→Insert Table 3→Insert Table 4

In relation to the spatial scale, the mean values of chlorophyll a showed avariation among the different sites. The mean was 1.05μg.L-l in the vertical column,1.04 μg.L-l at site S (surface) and 1.07 μg.L-l at site B (bottom). The mean ofchlorophyll a was 0.64μg.L-l at site C (catchment area) and 0.72 μg.L-l at site M(macrophyte bank) (Figure 7).→Insert Figure 7

Figure 8 shows the relative abundance of the phytoplankton classes found in LakeJiqui on the surface, on the bottom, in the catchment area and in the macrophyte bankfrom September 2008 to August 2009. Tables 3 and 4 illustrate the species found, theamount of individuals per ml and the distribution of classes during the dry and rainyseason at the four sites. The temporal pattern exhibited a difference in the number ofspecies.

The class Chlorophyceae was the most diverse, with a significant differencebetween the seasons (p=0.003). The species Pandorina sp was found at all the sitesduring both the dry and rainy periods. At all sites in the rainy season there was areduction in the species Bacilariophyceae (p=<0.001), the emergence of Chrysophyceaeand an increase in Euglenophyceae. A significant abundance of Euglenophyceae in boththe dry and rainy seasons, represented by Euglena gracilis and Trachelomonas sp wasfound among the sites, along with a significant difference (p= <0.001). TheBacillariophyceae were represented by an average of 19 and 15 species during the dryand rainy season, respectively. Cyclotella sp, Gomphonema apuncto, Naviculacuspidata var. cuspidata, Navicula sp and Rhopalodia gibba were the dominant speciesof the diatom group found regularly in both the dry and rainy seasons and at all the LakeJiqui sites. The class Chrysophyceae was represented by a single species (Dinobryonbehningii), which appeared regularly during the rainy period at reduced abundance. TheDinophyceae were represented by only two species (Peridinium sp and Stylodiniumglobosum), present in both seasons, but more abundant in the rainy season. The speciesTetraplektron acutum (Pascher), from the class Raphidophyceae, along withmacrophytes, were only found in the rainy season. The class Xanthophyceae wasrepresented by the species Pseudostaurastrum limneticum, present in the dry season, at

Resultados 33

the surface site and Isthmochloron lobulatum, which appeared on the lake surface in therainy season.

During the dry period, a direct and positive correlation was observed between theChlorophyceae and K (light extraction coefficient) on the surface (r=0.97), while on thebottom the correlation was between Chlorophyceae and conductivity (r=0.99) andammonium (r=0.98). There was a negative correlation between Bacillariophyceae andwater transparency (r=-0.76) and nitrate (r=- 0.72) in the macrophytes, during the rainyseason (Table 5).→Insert Figure 8→Insert Table 4→Insert Table 5

The four ecological indices analyzed for the phytoplankton community of LakeJiqui are shown in figure 9. On the spatial scale, the highest index of species diversitywas recorded on the surface of the water, in both the rainy and dry seasons, with agradual decline in the macrophyte bank, catchment area and bottom, and a significantdifference between the seasons at the macrophyte site (p=0.029) and on the bottom (p=0.008). The temporal pattern of the species richness index ranged from 4.45, during thedry season, to 3.0 in the rainy season, with a significant difference between the seasonsat the bottom site (p=0.028) and catchment area (p=0.028). The equitability indexshowed no marked variation among the sites. For the temporal pattern there was asignificant difference at the macrophyte site (p=0.047) and on the bottom (p=0.043).The dominance index was represented by selective phytoplankton such as Euglenagracilis, Trachelomonas sp, and Oocystis sp.→Insert Figure 9

DISCUSSIONLake Jiqui consists of a shallow polymictic ecosystem, with spatial temperature

variation of only 4-5% between surface and bottom water, classifying the system ashomogeneous. Lewis Jr. (1983), Talling (1969) and Tundisi (1977) suggested that smalltemperature gradients may be significant in stratification formation. Thus, thermalstructure (stratified or isothermal) may determine the distribution pattern of a lake’sphytoplankton (REYNOLDS, 1984). In Brazil, the thermal pattern of Lake MonteAlegre, in the state of Rio Grande do Sul, has an influence on the distribution of thephytoplankton community during cold and dry periods (RANGEL et al., 2009). In thepresent study, the absence of thermal stratification that occurs along the vertical profilemay have caused the low variation in phytoplankton distribution in Lake Jiqui, mainlyamong the study sites.

The choice of the four sampling sites was based on the concept of nichedifferentiation, to determine the variation pattern in the vertical and horizontal profile.The significant variations in the horizontal distribution of phytoplankton species,observable in small lakes over short periods of time, are invariably related to thedirection and speed of the wind, thermal stability of the column and resuspension ofsediment nutrients. Hydrodynamic force causes phytoplanktonic species to float withpositive buoyancy, thereby contributing to the abundance of biomass over a short periodof time in the horizontal plane (REYNOLDS, 1984). In this study, a variation inchlorophyll biomass was observed only along the horizontal plane. The biomass value issignificant related to orthophosphate concentration and abundance of coexistent algalspecies belonging to the classes Chlorophyceae and Bacillariophyceae, in addition tocorresponding to the mixed isothermal pattern of the lake’s water column.

Resultados 34

The seasonal variations in the physical, chemical and biological parameters ofLake Jiqui were mainly due to the environmental and hydrological conditions of thestudy area, whereas the spatial variations show no significant differences because of themorphometric properties of the water and the short time that it remains in the lake. Thismight be because a number of parameters such as dissolved oxygen, inorganic nutrientsand BOD exhibit similar values among the study sites and different ones between thedry and rainy seasons, showing strong significant correlations with the presence ofphytoplankton groups. On the other hand, transparency and turbidity were the onlyparameters that showed a significant difference, mainly between point C (catchmentarea) and the others, during the dry season. This is due to the high wind speed and thefact that it is located near the catchment area of the treatment plant, where water isconstantly submitted to mixing and sediment suspension during pumping, which causesmixing and low water transparency because of particulate material accumulation. Thereduced euphotic zone in the present study was similar to the Apipucos, reservoir in thestate of Pernambuco (CHAMIXAES, 1984).

The phytoplankton community functinal group II was influenced mainly by theseasonal variation in physical-chemical parameters at the study sites. The increase inphytoplankton species diversity found in Lake Jiqui during the rainy season was causedmainly by the increase in nutrients, which led to the appearance of Chrysophyceae and astrong correlation between interannual climatic variability and interannual variability inmicroalgal community dynamics. In this sense, the present study corroborates theobservations made by Bowden (1970) and Harris (1986), who explained the spatial-temporal distribution of phytoplankton as being the interconnection with the watermixture in shallow lakes and pelagic ocean systems.

The dynamics of phytoplankton classes was related to seasonal variation. TheBacillariophyceae, Chlorophyceae and Euglenophyceae showed significant differencesin relative abundance between the dry and rainy seasons, owing to the increasedconcentration of nutrients and the higher light extinction coefficient in the rainy season,also causing the appearance of Chrysophyceae. Considering the phytoplanktoncommunity as a whole, the higher concentrations of chlorophyll a occurred in the rainyperiod, regardless of the spatial scale, corroborating the results obtained at reservoirs inthe state of Rio Grande do Norte and differing with respect to chlorophyll a in the rainyseason (CHELLAPPA et al., 2009b).

The presence of phytoflagellates (Euglenophyceae and Chrysophyceae) at all theLake Jiqui sites in the rainy season was similar to that found in a study conducted byTaniguchi et al. (2005) at Lake Diogo, São Paulo. These classes show developmentpeaks after periods of disturbance (mixing in the water column by wind or periods ofrainfall), since they acquire a competitive advantage over other groups of algae. For thisreason they are considered opportunist species and are benefited by the increasedconcentrations of organic matter and dissolved phosphorus levels in the water.Pearson’s correlation showed a positive significance at site S (surface), where theEuglenophyceae were positively correlated with the orthophosphate. The higher densityof Cyanophyceae found at the macrophyte bank site in the rainy season may be relatedto the greater availability of nutrients (phosphorus and nitrogen), due to macrophytedecomposition (native) and the greater transport of nutrients (foreign) to the lake.

Hecky & Kilham (1988) described the relationship between nutrients andphytoplankton ecology, in which phytoplankton cells require dissolved inorganicnutrients, necessary for growth, multiplication, increase in biomass and primaryproductivity, and limited by the spatial-temporal variability of the nutrients and by light,temperature and sedimentation. In freshwater, phytoplankton is limited by phosphorus

Resultados 35

and in the sea, by nitrogen. Phytoplankton may decrease the requirement for nutrients,which explains the lack of preferential assimilation in the different ecosystems. In thepresent study, the preferential assimilation of the phytoplanktonic community isexplained by the orthophosphate value which is highly correlated to dominant species ofthe class Bacillariophyceae and the value of ammoniacal nitrogen in turn highlycorrelated to the Chlorophyceae.

The rainy season provokes a disturbance in freshwater ecosystems through theentry of water, by turbulence and the force of circulation, thereby facilitating greaternutrient availability (REYNOLDS, 1984). In this study, during this period, a positivesignificant correlation was found between the phytoplanktonic biomass and theorthophosphate, corroborating the results obtained by Dillon & Rigler (1974). Beyruth(2000) found high levels of phytoplankton biomass in the Guarapiranga reservoir, afterphysical disturbances caused by the rains, demonstrating a rapid response of thephytoplankton to the entry of nutrients. At Lake Jiqui, the water flow of the PitimbuRiver during the rainy season facilitated the higher number of flagellate species,stimulating the increase in chlorophyll a, representing a pulse event in temporal cycle, anatural event of the limnetic ecosystem in the state of Rio Grande do Norte.

Biodiversity, a key factor in ecology, is directly linked to the regulation andfunction of ecosystems, whose biotic and abiotic processes contribute to the variabilityof phytoplankton diversity in aquatic ecosystems, on different time and space scales(CHALAR, 2009). This seasonal variation in the phytoplankton communities of LakeJiqui is related to changes in temperature, hydrodynamic force and nutrient availability.The phytoplankton community of this lake showed high diversity at all the sites, mainlyin the dry season, where turbidity, temperature and the light extinction coefficient werelower, different from the study performed by Chalar (2009), who showed thestandardization of plankton diversity in the Salto Grande reservoir in Uruguay, directlyinterlinked to the light extinction value in the vertical profile.

According to Taniguchi et al (2005), in shallow environments it is difficult toestablish habitat limits for the algal population, given that there is an interactionbetween the compartments of the system, influenced mainly by morphometry,hydrology and stability in the water column. At Lake Jiqui autotrophic competition fornutrients between the phytoplankton and the aquatic macrophytes is limited to themargin.

Aquatic systems deserve greater attention, owing to their importance for humanwater consumption and because reduced supplies of freshwater and pollution havecompromised human health and biosphere equilibrium.

ACKNOWLEDGEMENTSThe first author thanks CAPES/MEC for the scholarship and the other authors wish

to thank the National Council for Scientific and Technological Development of Brazil(CNPq).

RESUMOO objetivo deste estudo foi avaliar a diversidade do fitoplâncton e da qualidade da

água do Lago Jiqui em escalas espaciais e temporais. Este ecossistema de água doce é omais importante fonte de abastecimento de água para a cidade metropolitana de Natal,capital do Rio Grande do Norte e do município adjacente Parnamirim, juntamente commais de 850.000 habitantes. As amostras de água foram coletadas em setembro de 2008a agosto de 2009 em quatro locais diferentes durante o período chuvoso e seco, de umciclo anual. As amostras foram coletadas das águas superficiais, de fundo e de um localdominado por macrófitas flutuantes. Os fatores limnológicos, tais como temperatura, pH

Resultados 36

e condutividade elétrica foram realizadas in situ. As variáveis de nutrientes como onitrato, amônio e ortofosfato foram analisados em laboratório. As concentrações declorofila - a foram analisados a partir de amostras frescas com extração de acetona 90%no escuro a 4°C no laboratório. Os índices ecológicos, como a diversidade,equitabilidade (similaridade), e a riqueza de espécies foram calculados de acordo comShannon-Weaver. Os dados de DBO foram obtidos da CAERN (Companhia de Águas eEsgotos do Rio Grande do Norte). Foi obtida diferença significativa para os parâmetroslimnológicos na escala temporal (estação seca e chuvosa), mas não em escala espacial.A diversidade do fitoplâncton foi moderada a baixa, em ambas as escalas espaciais etemporais, com o domínio selecionado das espécies de Euglena gracilis,Trachelomonas (Euglenophyceae), Gomphonema, Navicula cuspidata var. cuspidata,Navicula spp, Rhopalodia gibba e Cyclotella (Bacillariophyceae). As concentrações daclorofila – a foram baixas durante todo o período de estudo, com média de 1,07 μgL-1.A concentração de clorofila e os valores de DBO manteve-se dentro dos limitesadmissíveis de qualidade da água para consumo humano. O Lago Jiqui é consideradoum ecossistema oligotrófico por causa de baixas concentrações de clorofila, maiortransparência, redução de espécies de cianobactérias e de baixo teor de nutrientes.

REFERENCES

American public health association – Apha. (1992). Standard methods for examinationof water and wasterwater. 16 ed. USA: APHA. 1527p

Araújo, M. F. F., Costa, I. A. S., Chellappa, N. T., (2000). Comunidade Fitoplanctônicae variaveis ambientais na Lagoa Extremoz, Natal/RN, Brasil. Acta limnologicaBrasiliensia, 12, 125-138

Araújo, M.F.F. & Gondinho, M.J.L., (2008). Seaonal variations in planktonic protists(Mastigophora, Sarcodina and Ciliophora) in a river-lacustrine system in northeastBrazil. Acta Limnol.Bras. 20 (3), 235-244

Arthington, A.H., Naiman, R.J., McClain, M.E., & Nielsson, C., (2010). Preserving thebiodiversity and ecological services of rivers: new challenges and research opportunties.Freshwater Biol. 55, 1-16.

Beyruth, Z. (2000). Periodic disturbances, trophic gradient and phytoplanktoncharacteristics related to cyanobacterial growth in Guarapiranga Reservoir, São PauloState, Brazil. Hydrobiologia, 424, 51–65

Bouvy M., Nascimento S. M., Molica R. Jr., Ferreira A, Huszar V & Azevedo S. M. F.O.,(2003). Limnological features in Tapacura reservoir (northeast Brazil) during asevere drought. Hydrobiologia.. 439, 115-130

Bowden, K.F., (1970). Turbulence. Ocanogr. Mar.Biol.Ann.Rev. 8, 11-32

Câmara, F. R. A., Lima, A. K. A., Rocha, O. & Chellappa, N. T (2009). The role ofnutrient dynamics on the phytoplankton biomass (chlorophyll-a) of a reservoir-channelcontinuum in a semi-arid tropical region. Acta Limnol. Bras. 21, n. 4, 431-439.

Resultados 37

Chalar G., (2009). The use of phytoplankton patterns of diversity for algal bloommanagement. Limnologica, .39, 200-208

Chamixaes, C. B. C. B., (1984). Produção primária do fitoplâncton relacionadas com ascondições ecológicas do açude de Apipucos/PE. Recife, PE. 242p. (DissertaçãoMestrado), UFPE.

Chellappa, N. T. ; Araújo, M. F. F. ; Alves, J. M. ; Marinho, I. R. ; Costa, I. A. S.;Medeiros, J. L. ; Costa, M. A. M., (2002). Periphytic algal studies from Bonfim urbanlake of Rio Grande do Norte State of Brazil after the environmental impact. IndianHydrobiology, Chennai-India, 05, n. 01, 55-66

Chellappa, N. T., Chellappa S. L., Chellappa S., (2008) Harmful PhytoplanktonBlooms and Fish Mortality in a eutrophicated reservoir of Northeast Brazil. Braz.Arch. Biol. Thechl. 51. n. 04, 833-841

Chellappa, N. T., Chellappa, T., Lima, A. K. A., Borba, J. L. M., Souza, P. V. &Chellappa, S. (2006). Ecology of the freshwater phytoplankton assembleges from atropical reservoir of northeastern Brazil. International Journal of Lakes and Rivers,01, no. 1, 61-73

Chellappa, N. T.; Camara, F. R. A. & Rocha, O., (2009a). Phytoplankton community:indicator of water quality in the Armando Ribeiro Gonçalves Reservoir and PataxóChannel, Rio Grande do Norte, Brazil. Braz. J. Biol., 69, n.2, 241-251

Chellappa, N. T., Chellappa T., Camara, F. R. A., Rocha, O., Chellappa S., (2009b).Impact of stress and disturbance factors on the phytoplankton communities inNortheastern Brazil reservoir. Limnologica, 39, n. 04, 273-282

Dillon, P. J. & Rigler, F. H., (1974). The phosphorus-chlorophyll relationship in lakes.Limnol. Oceanogr, 19, 767–773

Fiqueredo C. C., Giani A., (2001). Seasonal variation in the diversity and speciesrichness of phytoplankton in a tropical eutrophic reservoir. Hydrobiologia. 445, 165-174

Fragoso, C. R,; Marques, D. M. L. M.; Collischonn, W., Tucci C. E. M., Van N. E. S.,(2008). Modelling spatial heterogeneity of phytoplankton in Lake Mangueira, a largeshallow subtropical lake in South Brazil. Ecological Modelling, 219, 125-137

Golterman, H. L., Clymo, R. S. & Ohnstad, M. A. M., (1978). Methods for physical andchemical analysis of Freshwaters. IBP Handbook, Blackwell Sci.Publ. Oxford. 215p.

Harris, H. P., (1986). Phytoplankton Ecology: Structure, functions and fluctuation. NewChafman and Hall.

Hecky R. E. & Kilham, P., (1988). Nutrient limitation of phytoplankton in freshwaterand marine environments: A review of recent evidence on the effects of enrichment.Limnol. Oceanogr., 33 (4, part 2), 196-822

Resultados 38

Huszar V. L. M & Giani A., (2004). Amostragens da Comunidade fitoplanctônica emáguas continentais: Reconhecimento de padrões espaciais e temporais. In Bicudo C. E.M & Bicudo D. C., Amostragem em Limnologia. Editora Rima, 133-147.

Lewis, W. M. Jr. (l983). Temperature, heat, and mixing in Lake Valencia, Venezuela.Limnology and Oceanography, 28, 273-286

Lopes, M. R. M; Bicudo, C. E. D; Ferragut, M. C., (2005). Short term spatial andtemporal variation of phytoplankton in a shallow tropical oligotrophic reservoir,southeast Brazil. Hydrobiologia, 542, 235-247

Marker, A. F. H., Nusch, E. A., Rai, H.; Riemann, B., (1980). The measurementsphotosynthetic pigments in freshwater and standardization of methods: conclusions andrecommendations. Arch. Hydrobiol. Beih. 14, 91-106

Moura N. A., Dantas E. W. And Oliveira – Bittencourt., M. C., (2007). Structure of thePhytoplankton in a Water Supply System in the State of Pernambuco – Brazil. Braz.Arch. Biol. Thechl. 50, no. 4, 645-654

Nogueira, M. G., (2000). Phytoplankton composition, dominance and abun dance asindicators of environmental compartmentalization in Jurumirim Reservoir(Paranapanema River), Sao Paulo, Brazil. Hydrobiologia, 431, 115-128

Petrucio, M. M; Barbosa, F. A. R; Furtado, A. L. S., (2006). Bacterioplankton andphytoplankton production in seven lakes in the Middle Rio Doce basin, south-eastBrazil. Limnologica, 36, 192-203

Poole , H. H.; Atkins, W. R. G., (1929). Photo-eletric mmeasurements of submarineillumination throughout the year. Journal of the Marine Biological association of theUnited Kingdom, Plymouth, 16, 234-297

Rangel L. M., Silva L. H. S., Arcifa M. S., Perticarrari A., (2009). Driving forces of thediel distribution of phytoplankton functional groups in a shallow tropical lake (LakeMonte Alegre, Southeast Brazil). Brazilian Journal Biology. 69, no.1, 75-85

Reynolds, C. S. (1984). The Ecology of Freshwater phytoplankton. CambridgeUniversity Press, Cambridge, USA. 384 p

Talling, J. F. (1969). The incidence of vertical mixing and some biological and chemicalconsequences in tropical Africam lakes. Verhandlungen der Internationale Vereinigungfün Limnologie, 17, 998 -1012

Tanigushi G. M, Bicudo D. C. & Senna P. A. C. (2005). Gradiente litorâneo-limnéticodo fitoplâncton e ficoperifíton em uma lagoa da planície de inundação do Rio Mogi-Guaçu. Revista Brasileira de Botânica. 137-147.

Thornton, K. W.; Kimmel, B.L. & Payne, F. E. (1990). Reservoir Limnology:Ecological perspectives. A Wiley Inter Science. Publications. John Wiley & Sons, 248p.

Resultados 39

Tundisi, J. G. (1977). Produção primária, “Standing-stock” do fitoplâncton e fatoresecológicos em ecossistemas lacustre artificial (Represa do Broa, São Carlos). 410p.(Tese de livre docência. Universidade de São Paulo).

Tundisi, J. G. & Tundisi, T. M. (2008). Limnologia. Ed. Oficina de Textos, São Paulo,632p.

Resultados 40

TABLES

Table 1. Hidrological and morphometric characteristics of Lake Jiqui, RN

Source: SEMARH/ RN, 2008 (Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos

Hídricos) & CAERN, 2008 (Companhia de Água e Esgotos do Rio Grande do Norte).

Initial year of functioning 1934

Drenage area 153,895 m2

Water outlet 12. 25m

Width 1,210m

Length 200m

Maximum capacity 466,093 m³

Storage volume 466,000 m³

Flow input 1.5345 m3/s

Flow output 1.2729 m3/s

Hydraulic detention time 2.6 dias

Maximum depth during study 4 m

Annual rainfall 1,562.6 mm/ano

Annual mean relative humidity 75%

Annual mean temperature 26.8 °C

Total annual evaporation 1,553.5 mm

Total annual insolation 2,954 h

Atmospheric pressure 1,004.8 hPa

Average annual wind speed 4.9 m/s

Wind direction Southeast

Resultados 41

Table 2. Minimum, maximum and mean values of the environmental variables of Lake Jiqui on spatial and temporal scales during an annual cycle2008-2009 (S-surface, B- bottom, C- margin of the lake without macrophytes, M- site dominated by macrophytes, DO- dissolved oxygen, COND-electrical conductivity, Transp -Transparency, NO3 – nitrate, NH4 - ammonium , PO4 – orthophosphate.

DRY PERIOD RAINY PERIODEnvironmental

variablesS B C M S B C M

pH 6,808 6,723 6,773 6,703 6,9 6,49 6,51 6,61

(6,80 - 7,57) (6,72 - 7,42) (6,77 -7,34) (6,70 - 7,56) (6,5 - 7,41) (6,28 - 7,01) (6,13 - 7,13) (6,11 - 7,0 )Temperature (Cº) 27,8 26,5 28,5 28,5 28,813 28,2 28,8 28,7

(6,47 - 7,57) (6,20 - 7,42) (6,38 - 7,34) (6,29 - 7,56) (27 - 31,1) (26,5 - 30,9 ) (26,9 - 30,9) (27 - 30,4)DO (mg L-1) 7,6 6,7 7,9 7,32 5,9 5,2 5,9 5,4

(6,6 - 8,7) (5 – 7,9) (6,3 – 8,7) (5,1 - 8,7) (5 - 7,7) (4,4 - 7,0) (4,7 - 7,7) (4,4 - 7,0)Cond (µScm-1) 97,7 124,5 103 94,75 98,125 100,3 98,25 94,12

(94 - 100,0) (95 – 205,0) (100,0 -111,0) (91 - 98) (80 - 136) (79 - 132 ) (81 - 135) (79 - 114)Transp (m) 2,04 1,12 2,01 1,429 1,386 1,528

(1,76 – 2,16) (0,8 -1,76) (1,8 -2,13) (0,97 - 2,18) (0,75 - 2,14) (0,62 - 2,18)NO3 (mg L-1) 0,37 0,73 0,4 0,57 0,5 0,63 0,41 0,47

(0,054 - 0,96) (0,50 – 1,12) (0,12 – 0,98) (0,62 - 0,66) (0,037 - 0,95 ) (0,22 - 1,07) (0,16 - 0,69) (0,16 - 0,85)NH4 (mg L-1) 0,13 0,19 0,08 0,13 0,113 0,18 0,15 0,26

(0,046- 0,23) (0,096 -0,25) (0,005 – 0,16) (0,067 - 0,21) (0,01 - 0,5 ) (0 - 0,83) (0,01 - 0,48) (0,04 - 1,01)PO4 (mg L-1) 0,24 0,24 0,26 0,29 0,307 0,25 0,2 0,21

(0,1 - 0,45) (0,1 – 0,43) (0,22– 0,29) (0,16 - 0,5) (0,023 - 0,88) (0,053 - 0,41) (0,016 - 0,35) (0,004 - 0,37)

Resultados 42

Table 3. List of phytoplankton species encounted in Lake Jiqui during the period September,

2008 to August, 2009.

(S-surface, B- bottom, C- margin of the lake without macrophytes, M- site dominated by macrophytes)

DRY PERIOD RAINY PERIOD

S B C M S B C M

BACILARIOPHYCEAE

Amphicampa eruca Ehrenberg - 100 100 - - - - -

Amphiprora sp 200 100 - - - - - -

Amphora pediculus 600 100 150 3,200 100 - - -

Aulacoseira granulata Simonsen - - 100 - - - - -

Aulacoseira sp - - 250 100 - - - -

Ceratoneis arcus var. arcus - - - - - - - 100

Caloneis ventricosa - - - 100 - - - -

Cocconeis placentula Rhr 100 - - - - - - -

Cyclotella sp 700 1,300 600 3,700 2,900 1,600 2,000 2,200

Cymbella afinnis Kützing 300 100 - 10,120 - - - -

Cymbella lanceolata (Agardh) - - - 2,900 - - - -

Cymbella minuta Hilse - 100 - - - - - -

Cymbella microcephala Grun - - - 4,540 - - - -

Eunotia flexuosa var. flexuosa - - - 100 100 - 300 200

Eunotia serra - 300 - - 100 100 200 100

Fragillaria virescens var. exigua 300 - 250 100 100 - 200 100

Gyrosigma acuminatum - - - - - 100 - 100

Gomphonema apuncto 350 400 1500 100 400 100 400 400

Gomphonema parvulum 300 - - - - - - -

Gomphonema truncatum var.

capitatum - - - - - - - 200

Melosira patagonica - 100 100 2,800 - - - -

Melosira varians 200 100 - 300 100 - - -

Navicula contenta - 100 100 800 - - - -

Navicula cryptocephala var.

cryptocephala 200 - - - 100 - - -

Navicula cuspidata var. cuspidata 6,200 100 250 4700 500 100 300 1,400

Resultados 43

Navicula Mutica var. cahinii 100 - - - - - - -

Navicula sp 500 300 700 10,640 500 300 300 700

Nitzschia cuspidata - - - - - 400 - 200

Nitzschia kutizingiana 100 - - - 100 - - -

Nitzschia linearis - 100 - 4,400 - - - -

Nitzschia reimerii Kociolek &

Herbst - - - 220 - - - -

Nitzschia sigmoidea 100 100 - - 200 - - -

Nitzschia sp - - - - 100 - - -

Nupela sp 100 - - - - - - -

Pinnularia lata - - - - 100 100 - -

Pinnularia sp 700 300 - 600 300 200 200 100

Pinnularia viridis - - - - - 100 - -

Rhopalodia gibba 200 200 100 720 300 300 200 100

Stephanodiscus sp 600 100 - 2,960 700 300 400 800

Surirella tenera 1,350 200 400 11,060 - 100 400 -

Tabellaria binalis (Ehr) Grun 300 100 - 200 300 200 300 300

Subtotal 13,5x103 4,3x103 45,5x102 64,36x103 7x103 4x103 5,2x103 7 x 103

CHLOROPHYCEAE

Actinastrum hantzschii - - - - 100 - - -

Ankistrodesmus bibraianus - - - - 100 - - -

Ankistrodesmus falcatus 400 100 200 - 400 - - -

Bambusina brebissonii 200 - - - - - - -

Closterium ehrenbergii 100 - - - 100 - - -

Closterium rostratum 500 - - 540 - - - -

Coelastrum astroideum - - - - 100 500 100 400

Coelastrum microporum - 100 100 - 200 - - -

Coelastrum reticulatum - - - 100 100 - 300 -

Cosmarium bioculatum var.

canadense 100 - - - - - - -

Cosmarium sp 150 - 850 100 600 - - -

Cylindrocystis displora - - 100 - 200 - - -

Elakatothrix inflexa - 100 - - 100 200 - 100

Resultados 44

Eudorina sp - - - - - 400 200 -

Euastrum abruptum var.lagoense - - - 100 - - - -

Eustropsis richeteri 100 300 100 400 100 100 - 200

Golenkinia radiata 100 - - 7,480 - - - -

Hialotheca dissiliens 100 - - - - - - -

Kirchneriella lunaris - - - - 100 - - -

Kirchneriella obesa - - - - 100 100 - -

Micrasterias folícea - - - - 100 - - -

Micrasteris rotata - - - - - - 100 -

Monoraphidium irregulare - - - - - - - 100

Oocystis sp 5,250 100 200 - 2,600 1,300 - -

Pandorina sp 450 200 200 100 400 100 800 1,000

Pediastrum duplex var. duplex 100 - - - 500 - 200 500

Pediastrum duplex meyen var.

typicum 200 - - - - - - 100

Pleurotaenium tridentulum var.

capitatum - 100 5,300 100 100 200 100 200

Radiofilum conjunctivum - - - - - 100 - -

Scenedesmus acuminatus - - - - 200 - - -

Scenedesmus acutus fma. alternans - - - 100 100 - 100 300

Scenedesmus denticulatus - - - - 200 - - -

Scenedesmus dispar 100 - - - - - - -

Scenedesmus quadricauda fma.

granulatus 300 - - 660 100 - - 100

Schroederia setigera 300 - - 1,900 700 - 200 100

Selenastrum gracile - - - - 200 - - -

Sphaerozomas laeve 100 - 200 - - - 600 700

Sphaerozosma aubertianum var.

archerii - 100 - 1,200 - - - -

Sphaerozosma vertebratum - - - 100 200 100 - -

Staurastrum avicula var.

subarcuatum 500 - - - - - - -

Staurastrum gracile - - - - - - 200 -

Resultados 45

Staurastrum rotula - 100 200 200 - - - 100

Staurastrum vestitum 200 - - 100 - - - -

Staurastrum sp 450 100 200 5,480 400 - - 400

Staurastrum vestitum - - - 100 - - - -

Tetraspora gelatinosa - - - 100 1,700 800 - 100

Volvox sp 500 800 - 100 - - - 300

Subtotal 10,15x103 2,1x103 76,50x102 18,96x103 9,8x103 3,9x103 2,9x103 4,7x103

CYANOPHYCEAE

/CYANOBACTERIA

Anabaena circicalis 500 100 100 200 - - - 100

Anabaena sp - 100 - - 100 - - -

Chroococcus turgidus 100 100 200 200 - - 200 100

Geitlerinema sp - - 100 - 100 - - -

Microcystis aeruginosa 100 - 200 - 300 100 - 200

Nostochopsis lobata - - - - - - 1,400 -

Phormidium favosum - - - - - - 100 -

Raphidiopsis curvata - - - - 100 - - -

Synecocystis aqualis 8,200 300 - 2,500 300 1,000 400 4400

Subtotal 8,9x103 6x102 6x102 2,9x103 9x102 11x102 2,1x103 4,8x103

CHRYSOPHYCEAE

Dinobryon behningii - - - - 3,800 100 700 1,700

Subtotal 3,8x103 1x102 7x102 1,7x103

DINOPHYCEAE

Peridinium sp - - 100 - 700 1,000 1,800 700

Stylodinium globosum 1,100 100 700 - 500 100 - 300

Subtotal 11x102 1x102 8x102 1,2x103 11x102 1,8x103 1x103

EUGLENOPHYCEAE

Euglena gracilis 4,600 1,000 1,650 1,700 5,700 2,600 1,500 4,400

Euglena spirogyra 2800 - - - - - - -

Phacus dujardin 400 - - 2,640 400 900 900 1,000

Phacus tortus - - - - - 200 - -

Trachelomonas sp 12,350 1,200 300 2,800 5,700 2,100 1,800 3,800

Subtotal 20,15x103 2,2x103 19,5x102 71,4x102 11,8x103 5,8x103 4,2x103 9,2x103

Resultados 46

RAPHIDOPHYCEAE

Tetraplektron acutum (Pascher) - - - - - - - 100

Subtotal 1x102

XANTOPHYCEAE

Isthmochloron lobulatum - - - - 100 - - -

Pseudostaurastrum limneticum 300 - - - - - - -

Subtotal 3x102 1x102 1x102

Resultados 47

Table 4. Distribution of phytoplanktonic species in Lake Jiqui during the dry and rainy

periods (S-surface, B- bottom, C- margin of the lake without macrophytes, M- site dominated by

macrophytes)

Dry period Rainy period

S B C M S B C M

Bacillariophyceae 21 20 13 22 18 14 12 15

Chlorophyceae 21 11 11 19 27 11 11 16

Cyanophyceae/Cyanobacteria 4 4 4 3 5 2 4 4

Chrysophyceae 0 0 0 0 1 1 1 1

Dinophyceae 1 1 2 0 2 2 1 2

Euglenophyceae 4 2 2 3 3 4 3 3

Raphydiphyceae 0 0 0 0 0 0 0 1

Xantophyceae 1 0 0 0 1 0 0 0

Total taxons 52 38 32 47 57 34 32 42

Resultados 48

Table 5. Pearsons correlations between phytoplankton classes and biotic factors during dry

and rainy periods. (S-surface, B- bottom, C- margin of the lake without macrophytes, M- site

dominated by macrophytes, K - Distinction coefficient of light)

Biological variables S B C M

Dry Rainy Dry Rainy Dry Rainy Dry Rainy

Chlorophyceae and transparency -0,97

Chlorophyceae and K 0,97

Cyanophyceae and transparency -0,99

Cyanophyceae and K 0,99

Euglenophyceae and pH 0,97

Bacillariophyceae and pH 0,72

Bacillariophyceae and temperature 0,76

Bacillariophyceae and orthosphosphate 0,74

Euglenophyceae and orthosphosphate 0,76

Xantophyceae and orthosphosphate -0,87

Xantophyceae and BDO -0,71

Chlorophyceae and ammonium 0,98

Chlorophyceae and electrical conductivity 0,99

Bacillariophyceae and rainfall 0,98 -0,82

Cyanophyceae and nitrate -0,76 0,76

Cyanophyceae and orthosphosphate -0,75 0,86

Bacillariophyceae and nitrate -0,72

Bacillariophyceae e and turbidity -0,76

Chlorophyceae and dissolved oxygen 0,76

Chlorophyceae and turbidity -0,7

Euglenofíceae and turbidity -0,74

Euglenofíceae and rainfall -0,79

Crysophyceae and dissolved oxygen 0,84

Crysophyceae and nitrate -0,85

Crysophyceae and orthosphosphate -0,91

Raphidiophyceae and transparency -0,77

Raphidiophyceae and turbidity 0,83

Raphidiophyceae and K 0,77

Dinophyceae and transparency 0,99 0,99

Resultados 49

FIGURE LEGENDS

Figure 1. Pirangi hydrographic basin with the location of study sites in Lake Jiqui, RN

Site 1 (C) margin of the lake without macrophytes, Site 2 (S) surface, Site 3 (B) bottom, Site 4

(M) macrophytes.

Figure 2. Rainfall variation in Lake Jiqui during the period of September, 08 to August, 09.

Figure 3. Variation in wind velocity in Lake Jiqui during the period of September, 08 to

August, 09.

Figure 4. Variation of depth and transparency in Lake Jiqui during the period of September,

08 to August, 09. PE- dry period; PC – rainy period.

Figure 5. Variation in concentrations of BOD5 (Biochemical Oxygen Demand) between the

sites M-macrophytes, S- surface, B- bottom, PE- dry period; PC – rainy period.

Figure 6. Variation in concentrations of nutrients (a) orthophosphate, (b) nitrate and (c)

Amonia in Lake Jiqui during the study period. M-macrophytes, S- surface, C- margin of the

lake without macrophytes, F- bottom, PE- dry period; PC – rainy period.

Figure 7. Variation in the concentration of chlorophyll a in Lake Jiqui during the study

period. M-macrophytes, S- surface, C- margin of the lake without macrophytes, F- bottom, PE-

dry period; PC – rainy period.

Figure 8. Temporal and spatial variation in percentage relative abundance of phytoplankton

in Lake Jiqui, RN.

Figure 9. Temporal and spatial variation of ecological indices in Lake Jiqui, RN.

(a) Diversity; (b) Dominance; (c) Richness; (d) Equitatibility.

Resultados 50

FIGURES

Figure 1.

Site 1(C) Sites 2 e 3 (S/B) Site 4 (M)

Resultados 51

0

50

100

150

200

250

300

350

400

Sept/0

8

Oct/08

Nov/08

Dec/08

Jan/0

9

Feb/09

Mar/09

Apr/09

May/09

June

/09

July/

09

Aug/09

Prec

ipita

tion

(mm

)

Figure 2.

Resultados 52

Wind speed

0,0

2,0

4,0

6,0Sept/08

Oct/08

Nov/08

Dec/08

Jan/09

Feb/09Mar/09

Apr/09

May/09

June/09

July/09

Aug/09

Figure 3.

Resultados 53

Deph and transparency

0,00,51,01,52,02,53,03,54,04,55,0

Sept/08 Oct/08 Nov/08 Dec/08 Jan/09 Feb/09 Mar/09 Apr/09 May/09 June/09 July/09 Aug/09

Dry RainyDepth Transp

Figure 4.

Resultados 54

BOD5

00,5

11,5

22,5

33,5

44,5

Sep

t/08

Oct

/08

Nov

/08

Dec

/08

Jan/

09

Feb/

09

Mar

/09

Apr

/09

May

/09

June

/09

July

/09

Aug

/09

Dry Rainy

mg.

L-1

S B M

Figure 5

Resultados 55

Orthophosphate

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

Sep

t/08

Oct

/08

Nov

/08

Dec

/08

Jan/

09

Feb

/09

Mar

/09

Apr

/09

May

/09

June

/09

July

/09

Aug

/09

Dry Rainy

mg.

L-1

M S B C

Nitrate

00,20,40,60,8

11,2

Sep

t/08

Oct

/08

Nov

/08

Dec

/08

Jan/

09

Feb

/09

Mar

/09

Apr

/09

May

/09

June

/09

July

/09

Aug

/09

Dry Rainy

mg.

L-1

M S B C

Ammonium

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

1,2

Sep

t/08

Oct

/08

Nov

/08

Dec

/08

Jan/

09

Feb

/09

Mar

/09

Apr

/09

May

/09

June

/09

July

/09

Aug

/09

Dry Rainy

mg.

L-1

M S C B

Figure 6.

Resultados 56

Chlorophyll a

01234567

Sept

/08

Oct

/08

Nov

/08

Dec

/08

Jan/

09

Feb

/09

Mar

/09

Apr

/09

May

/09

June

/09

July

/09

Aug

/09

Dry Rainy

μg.L

-l

C M S B

Figure 7.

Resultados 57

Relative abundance

0%

20%

40%

60%

80%

100%

S DRY S RAINY F DRY F RAINY M DRY M RAINY C DRY C RAINY

Bacillariophyceae Chlorophyceae Cyanophyceae Euglenophyceae

Dinophyceae Chrysophyceae Xanthophyceae

Figure 8.

Resultados 58

Diversity (H')

0

12

3

4

56

7

Sept/08 Oct/08 Nov/08 Dec/08 Jan/09 Feb/09 Mar/09 Apr/09 May/09 June/09 July/09 Aug/09

Dry Rainy

M S B C

(a)

Dominance

0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

Sept/08 Oct/08 Nov/08 Dec/08 Jan/09 Feb/09 Mar/09 Apr/09 May/09 June/09 July/09 Aug/09

Dry RainyM S B C

(b)

Species richness

0

1

2

3

4

5

6

7

8

Sept/08 Oct/08 Nov/08 Dec/08 Jan/09 Feb/09 Mar/09 Apr/09 May/09 June/09 July/09 Aug/09

Dry Rainy

M S B C

(c)

Equitability

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

4

4,5

Sept/08 Oct/08 Nov/08 Dec/08 Jan/09 Feb/09 Mar/09 Apr/09 May/09 June/09 July/09 Aug/09

Dry RainyM S B C

Figure 9.

55.. CCoonncclluussõõeess

Conclusões 60

A Lagoa do Jiqui é um ambiente raso, com ausência de estratificação térmica,

caracterizada pela constante mistura de água, pH neutro, condutividade elétrica baixa e

com moderados valores de oxigênio.

As concentrações dos nutrientes inorgânicos e a clorofila - a estão abaixo dos valores

permitidos pelo CONAMA/357 e pelo Ministério da Saúde do Brasil para águas doces

de classe dois, conferindo as águas da Lagoa do Jiqui de boa qualidade para o

consumo humano.

A diversidade fitoplanctônica da Lagoa do Jiqui é considerada de moderada a alta e a

riqueza das espécies é alta.

A ocorrência de cianobactérias é baixa, tanto na escala espacial quanto temporal.

Há uma dominância das espécies Cyclotella sp, Gomphonema apuncto, Navicula

cuspidata var. cuspidata, Navicula sp e Rhopalodia gibba.

A Lagoa do Jiqui é oligotrófica, tomando como base a alta transparência, baixos

valores de clorofila e baixas concentrações de fósforo.

66.. RReeffeerrêênncciiaassBBiibblliiooggrrááffiiccaass GGeerraaiiss

Referências Bibliográficas gerais 62

ANA. Panorama da qualidade das águas superficiais no Brasil/Agência nacional de

águas, superitendencia de planejamento de recursos hídricos. – Brasília: ANA,

SPR, 2005

APHA, American Public Health association Standard methods for the examination

of water and wastewater. 18 ed. Washington 1992.

ARAÚJO M. F. F., COSTA I. A. S. & CHELLAPPA N.T. Comunidade

fitoplânctonica e variáveis ambientais ma Lagoa de Extremoz, Natal – RN, Brasil.

Acta Limnologica Brasiliensia, p. 127 – 140. 2000.

ARAÚJO, M.F.F. & GONDINHO, M.J.L., Seaonal variations in planktonic protists

(Mastigophora, Sarcodina and Ciliophora) in a river-lacustrine system in

northeast Brazil. Acta Limnol.Bras. v. 20 (3), p. 235-244. 2008.

ARTHINGTON, A. H., NAIMAN, R. J., MCCLAIN, M. E., & NIELSSON, C.,

Preserving the biodiversity and ecological services of rivers: new challenges and

research opportunties. Freshwater Biol.v. 55, p. 1-16. 2010.

AUDRY, P. & SUASSUNA. A salinização das águas disponíveis para a pequena

irrigação no sertão nordestino: Caracterização, variação sazonal. Limitações de

uso. Recife: CNPq, 127p. 1995.

AZEVEDO, L. M. P. & MOREIRA, R. C. Climatologia. In: Brasil, Ministério das

Minas e Energia, Projeto RADAMBRASIL. Rio de Janeiro. Folhas SB. 24-25

Jaguaribe-Natal. p. 706-728. 1981

BARBER, H. G. & HOWARTH E. Y. A guide to the morphology of Diatom frustule,

Fresh water biological association, scientific publication. no. 44. 1981

BERGEN, W. H.; PARKER, F. L. Diversity of plakton foraminifer in deep-sea

sediments. Science. n.168, p. 1345-1347. 1970.

Referências Bibliográficas gerais 63

BEYRUTH, Z. Periodic disturbances, trophic gradient and phytoplankton

characteristics related to cyanobacterial growth in Guarapiranga Reservoir, São

Paulo State, Brazil. Hydrobiologi, vol. 424, p. 51–65. 2000.

BORBA, J. L. M. Caracterização da Comunidade Fitoplânctonica do Açude

Cruzeta/RN. 141p. Dissertação (Mestrado). UFRN, 2005.

BOUVY, M., NASCIMENTO, S. M., MOLICA, R. I. R, FERREIRA, A. HUSZAR, V.

L. & AZEVEDO, S. M. F. O. Limnological features in: Tapacura reservoir northest

Brazil during a severe drought. Hydrobiologia, vol. 493, p. 115-130. 2003.

BOWDEN, K. F. Turbulence. Ocanogr. Mar.Biol.Ann.Rev. vol.8, p.11-32. 1970

CAERN, Companhia de Água e Esgotos do Rio Grande do Norte. Disponível em:

http://www.caern.rn.gov.br. Acesso em: 17 de junho de 2009.

CALIJURI, M. C. A. A comunidade fitoplanctônica em um reservatório tropical

(Barra Bonita, SP). 211f. Tese (Livre Docência) – Universidade de São Paulo, São

Carlos. 1999.

CALIJURI, M. C., CUNHA, D. G. F., QUEIROZ, L. A., MOCCELLIN, J., AND

MIWA, A. C. P. Nutrients and chlorophyll-a concentrations in tropical rivers of

Ribeira de Iguape Basin, SP, Brazil. Acta Limnol. Bras., vol. 20, no. 2, p. 131-138.

2008.

CÂMARA, F. R. A., LIMA, A. K. A. CHELLAPPA, N. T. Diversidade da

Comunidade fitoplanctônica do Canal do Pataxó, Rio Grande do Norte. Revista

Brasileira de Biociências, Porto Alegre, v. 5, supl. 2, p. 21-23, jul. 2007.

CÂMARA, F. R. A., LIMA, A. K. A., ROCHA, O. & CHELLAPPA, N. T. The role of

nutrient dynamics on the phytoplankton biomass (chlorophyll-a) of a reservoir-

channel continuum in a semi-arid tropical region. Acta Limnol. Bras. v. 21, no. 4, p.

431-439. 2009.

Referências Bibliográficas gerais 64

CANAN, B. Cronologia Alimentar de Metynnis Roosevelt Eigenmann, 1915

(Characiade, Myleinae) da lagoa do jiqui, Parnamirim, RN. Dissertação

(Mestrado).91p. UFRN. 1996.

CARLSON, R. E. A trophic state index for lakes. Limonol. Oceanog., vol. 22, p.361-

369. 1977.

CARPENTER S. R., CARACO N. F., CORREL D. L. HOWARTH R. W., SHARPLEY

A. N. & SMOTH V. H. Nonpoint pollution of surface waters with phosphorus and

nitrogen. Ecological applications, p.559-568.1998.

CHALAR G. The use of phytoplankton patterns of diversity for algal bloom

management. Limnologica, vol.39, p. 200-208. 2009

CHAMIXAES, C. B. C. B. Produção primária do fitoplâncton relacionadas com as

condições ecológicas do açude de Apipucos/PE. Recife, PE. 242p. (Dissertação

Mestrado), UFPE. 1984.

CHELLAPPA, N. T. Phytoplankton species composition, chlorophyll biomass and

primary productivity of Jundiaí reservoir, Northeast, Brazil. Before and after

eutrophication. Acta Hydrobiologia, vol.32, p. 75-91.1990

CHELLAPPA, N. T, AMORIM J. M.F., BEZERRA T. A. CID V., COSTA I.A.

Studies on the microalgae of Rio Grande do Norte, Brazil: A comparison of the

phytoplankton assemblages of an oligotrophic and a eutrophic lake. Nova

Hedwigia, p.513-524. 1996.

CHELLAPPA, N. T. BORBA, J.L. M, OLIVEIRA K. R., LIMA, A. K. A Diversidade,

co-existência e dominância na comunidade fitoplanctônica da Barragem Cruzeta,

Rio Grande do Norte. Revista Brasileira de Biociências, Porto Alegre, vol. 5, supl. 2,

p. 126-128, jul. 2007.

Referências Bibliográficas gerais 65

CHELLAPPA, N. T., CHELLAPPA S. L., CHELLAPPA S. Harmful Phytoplankton

Blooms and Fish Mortality in a eutrophicated reservoir of Northeast Brazil.

Braz. Arch. Biol. Thechl. V. 51. n. 04, p. 833-841. 2008.

CHELLAPPA, N. T.; ARAÚJO, M. F. F. ; ALVES, J. M. ; MARINHO, I. R. ; COSTA,

I. A. S.; MEDEIROS, J. L. ; COSTA, M. A. M. Periphytic algal studies from Bonfim

urban lake of Rio Grande do Norte State of Brazil after the environmental impact.

Indian Hydrobiology, Chennai-India, vol. 05, n. 01, p. 55-66. 2002

CHELLAPPA, N. T.; CAMARA, F. R. A. & ROCHA, O. Phytoplankton community:

indicator of water quality in the Armando Ribeiro Gonçalves Reservoir and

Pataxó Channel, Rio Grande do Norte, Brazil. Braz. J. Biol. [online]., vol.69, n.2, p.

241-251. 2009a

CHELLAPPA, N. T., CHELLAPP T., CAMARA, F. R. A., ROCHA, O., CHELLAPPA

S., Impact of stress and disturbance factors on the phytoplankton communities in

Northeastern Brazil reservoir. Limnologica. v. 39. no 04. p 273-282. 2009b.

CHELLAPPA, NT., CHELLAPPA, T., LIMA, A. K. A., BORBA, JLM., SOUZA, PV.

and CHELLAPPA, S., Ecology of the freshwater phytoplankton assembleges from a

tropical reservoir of northeastern Brazil. International Journal of Lakes and

Rivers, vol. 1, no. 1, p. 61-73. 2006

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA. Resolução nº 357 de

17 de março de 2005. Disponível em:<http://www.mma.gov.br/port/conama> Acesso

em: 17 de junho de 2009. 2005

COSTA, I. A. S. Dinâmica de populações de cianobactérias em um reservatório

eutrofizado no semi-árido nordestino brasileiro. 214p. Tese de doutorado. UFSCAR.

São Carlos. 2003

DESIKACHARY, T. V., GOWTHAMAN, S.; LATHA Y. Atlas of Diatoms (Fascicle

II) – Diatom Flora of Some Sediments from the Indian Ocean Region. Madras Science

Foundation. 1959.

Referências Bibliográficas gerais 66

DILLON, P. J. & RIGLER, F. H., The phosphorus-chlorophyll relationship in lakes.

Limnol. Oceanogr, vol. 19, p. 767–773. 1974.

DOURADO, E. C. S.; BENEDITO-CECILIO, E. & LATINI, J. D. O grau de trofia do

ambiente influencia a quantidade de energia dos peixes? In: RODRIGUES, L.;

THOMAZ, S. M.; AGOSTINHO, A. A. & GOMES, L. C. Bioceneses em

Reservatórios: Padrões Espaciais e Temporais. Ed. Rima. São Carlos, SP. p. 211-

222. 2005.

FIQUEREDO C. C., GIANI A. Seasonal variation in the diversity and species

richness of phytoplankton in a tropical eutrophic reservoir. Hydrobiologia. vol. 445,

p. 165-174. 2001.

FRAGOSO, C. R,; MARQUES, D. M. L. M.; COLLISCHONN, W., TUCCI C. E. M.,

VAN NES, E. H. Modelling spatial heterogeneity of phytoplankton in Lake

Mangueira, a large shallow subtropical lake in South Brazil. Ecological Modelling,

vol. 219, p.125-137. 2008

FRISSELL, C. A., LISS, W. J., WARREN, C. E. & HURLEY, M. D., A hierarchical

framework for stream classification: viewing streams in a watershed context.

Environmental Management, vol.10, p. 199-214. 1986.

GOLTERMAN, H. L., CLYMO, R. S. & OHNSTAD, M. A. M. Methods for physical

and chemical analysis of Freshwaters. IBP Handbook, Blackwell Sci.Publ. Oxford.

215p. 1978.

HARRIS, H. P. Phytoplankton Ecology: Structure, functions and fluctuation. New

yns Chafman and Hall. 1986.

Referências Bibliográficas gerais 67

HECKY R. E. and KILHAM, P. Nutrient limitation of phytoplankton in freshwater

and marine environments: A review of recent evidence on the effects of

enrichment. Limnol. Oceanogr., vol.33 (4, part 2), p.196-822. 1988.

HUSTED, F. Die kieselalgen. Deutschlands, Osterreichs und der Schweiz unter

Berucksichtigung der ubrigen Lander Europa sowier der angrenzenden Meeresgebiete.

Leipzig: Akademische Verlagesellschaft Greest & Portig K-G, 920 p. (L. Rabenhorst,

Kryptogamen-Flora Von Deustschland, Osterreich und der Schweiz, vol. 7, pt. 1), 1930.

HUSZAR V. L. M & GIANI A. Amostragens da Comunidade fitoplanctônica em

águas continentais: Reconhecimento de padrões espaciais e temporais. In BICUDO

CEM & BICUDO DC., Amostragem em Limnologia. Editora Rima, p 133-147. 2004.

IGARN - Instituto de Gestão das Águas do Estado do Rio Grande do Norte - Relatório

final do Plano de Gestão Integrada da Bacia do Rio Pitimbu. 158p, 2009.

LAISK, A., NEDBAL, L. & GOVINDJEE. Photosynthesis in Silico: Understanding

complexity from Molecules to Ecosystem. In: Advances in Photosynthesis and

Respiration (Ed. Govindjee) 1-520 pp. 2009.

LEWIS, W. M. Jr., Temperature, heat, and mixing in Lake Valencia, Venezuela.

Limnology and Oceanography, vol. 28, p. 273-286. l983

LOBO, E.; LEIGHTON, G. Estructuras comunitarias de las fitocenosia planctônicas

de los sistemas de desembocaduras de rios y esteros de la zona central de Chile.

Revista Biológica Marina. n. 22, p. 1-29, 1986.

LOPES, M. R. M; BICUDO, C. E. D; FERRAGUT, M. C. Short term spatial and

temporal variation of phytoplankton in a shallow tropical oligotrophic reservoir,

southeast Brazil. Hydrobiologia, vol. 542, p. 235-247. 2005.

MARGALEF, R. Information theory in ecology: general system, 1958. vol. 3, p. 36-

71.1958.

Referências Bibliográficas gerais 68

MARGALEF, R. Limonología. Ed. Omega. 1010p. 1997.

MARKER, A. F. H., NUSCH, E. A., RAI, H.; RIEMANN, B. The measurements

photosynthetic pigments in freshwater and standardization of methods:

conclusions and recommendations. Arch. Hydrobiol. Beih. vol.14, p.91-106. 1980.

MEIS S. THACKERAY S. J.; JONES D. Effects of recent climate change on

phytoplankton phenology in a temperate lake. Freshwater biology, p. 1-11, 2009

MENEZES, M. R. L.; CARVALHO, E. T. G. Referência Documentárias. 4º edição.

EDFURN: Natal, 60p. 2006.

MINISTÉRIO DA SAUDE. Secretaria de Vigilância em Saúde. Coordenação Geral

de Vigilância em Saúde Ambiental. Portaria MS nº 518/2004. Brasília, DF. 2005

MOURA N. A., DANTAS E. W. & OLIVEIRA – BITTENCOURT., M. C. Structure

of the Phytoplankton in a Water Supply System in the State of Pernambuco –

Brazil. Braz. Arch. Biol. Thecl, vol.50, no. 4, p. 645-654. 2007

MPF, 2009. Ministério Público Federal. Disponível em: www.pfdc.pgr.mpf.gov.br

Acesso em: 07 de outubro de 2009

NAKASHIMA S.; YAMADA Y.; TADA K. Characterization of the water quality of

dam lakes on Shikoku Island, Japan. Limnology, p. 1-22, 2007

NASELLI-FLORES, L. & BARONE, R. Distribution and seasonal dynamics of

Cryptomonads in Sicilian water bodies. Hydrobiologia, Volume 502, Numbers 1-3, p.

325-329. 2003.

NICHOLSON, B. C.; BURCH, M. D. Evaluation of Analytical methods for detection

and quantification of cyanotoxins in relation to Autralian drinking water

Guidelines. NHMRC, Austrália. Technical Report, 1-57pp. 2001.

Referências Bibliográficas gerais 69

NOGUEIRA, M. G., Phytoplankton composition, dominance and abundance as

indicators of environmental compartmentalization in Jurumirim Reservoir

(Paranapanema River), Sao Paulo, Brazil. Hydrobiologia, vol. 431, p. 115-128. 2000.

PETRUCIO, M. M; BARBOSA, F. A. R & FURTADO, A. L. S. Bacterioplankton

and phytoplankton production in seven lakes in the Middle Rio Doce basin, south-

east Brazil. Limnologica, vol.36, p.192-203. 2006.

PIELOU, E. C. Ecological diversity. New York. John Wiley & Sons. 165 p. 1975.

POOLE , H. H.; ATKINS, W. R. G. Photo-eletric mmeasurements of submarine

illumination throughout the year. Journal of the Marine Biological association of the

United Kingdom, Plymouth, vol. 16, p. 234-297, 1929.

PRESCOTT, G. W. The freshwater algae. Wn. C. Brown Company Publishers, 348 p.

1970.

RANGEL L. M., SILVA L. H. S., ARCIFA M. S. & PERTICARRARI, A. Driving

forces of the diel distribution of phytoplankton functional groups in a shallow

tropical lake (Lake Monte Alegre, Southeast Brazil). Brazilian Journal Biology.

vol.69, no.1, p.75-85. 2009.

REBOUÇAS, A., BRAGA, B & TUNDISI, J. G., Águas Doces no Brasil. Editora

Escrituras. 750p. 2006.

REYNOLDS, C. S. The Ecology of Freshwater phytoplankton. Cambridge

University Press, Cambridge, USA. 384 p. 1984.

SEKINO T. GENKAI-KATO M., KAWABATA Z., MELNIK N. G., LOGACHEVA

N. P., BELYKH O.I., OBOLKINA L. A., BONDARENKO N. A., KHODZHER T. V.,

GORBUNOVA L. A., TANICHEV A. I., YOSHIDA T., KAGAMI M., GURUNG T.

B., URABE J., HIGASHI M., NAKANISHI M. Role of phytoplankton size

distribution in lake ecosystems revealed by a comparison of whole plankton

Referências Bibliográficas gerais 70

community struture between Lake Baikal and Lake Biwa. Limnology, p. 227-232,

2007.

SEMARH- Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos. Bacias

hidrográficas do RN: Bacia do Pirangi. Disponível em: www.semarh.rn.org.br. Acesso

em: 17 de Junho de 2008.

SHANNON, C.E. & WEAVER, W. The mathematical theory of communication.

Illinois, Urbana, USA. 125 p. 1949.

SOUZA, G. T. Água: Geopolítica internacional e propostas para um estudo

integrado de bacias hidrográficas. Geografares. nº3. p. 69-77. Vitória, ES. EDUFES.

2002.

SOUZA. P. V. V. Estudo comparativo da qualidade da água dos Rios Pitimbu e

Pium/RN através de microalgas como bioindicadoras. Dissertação de mestrado.95p

UFRN. 2003.

TALLING, J. F. The incidence of vertical mixing and some biological and chemical

consequences in tropical Africam lakes. Verhandlungen der Internationale Vereinigung

fur Limnologie, vol 17, p. 998 -1012. 1969.

TANIGUSHI G. M, BICUDO D. C. & SENNA P. A. C. Gradiente litorâneo-

limnético do fitoplâncton e ficoperifíton em uma lagoa da planície de inundação do

Rio Mogi-Guaçu. Revista Brasileira de Botânica, p 137-147, 2005.

THORNTON, K. W.; KIMMEL, B. L. & PAYNE, F. E. Reservoir Limnology:

Ecological perspectives. A Wiley Inter Science. Publications. John Wiley & Sons,

248p. 1990.

TOLEDO-JR, A. P., TALARICO, M., CHINEZ, S. J. & AGUDO, E. G. A aplicação de

modelos simplificados para a avaliação do processo da eutrofização em lagos e

Referências Bibliográficas gerais 71

reservatórios tropicais. Anais: Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e

Ambiental. Balneário Camboriú, Santa Catarina, 34 p. 1983.

TUNDISI, J. G. & TUNDISI, T. M. Limnologia. Ed. Oficina de Textos, São Paulo,632p. 2008.

TUNDISI, J. G. Água no século XXI: Enfrentando a Escassez.- São Carlos: RiMa,

IIE, 2.ed., 2003.

TUNDISI, J. G. Produção primária, “Standing-stock” do fitoplâncton e fatores

ecológicos em ecossistemas lacustre artificial (Represa do Broa, São Carlos). 410p.

(Tese de livre docência. Universidade de São Paulo) 1977.

TUNDISI, J. G., TUNDISI M. &. ROCHA, O. Theoretical basis for reservoir

management. P505-528. In. TUNDISI, J. G., SHASKRAGA, M. (Eds) Theoretical

reservoir ecology and its applications. IIE, BAS, Backhuys Publisher, 585p. 1999.

WEHR. J. D. & SHEATH, R.G. Freshwater algae of North-America: Ecology and

Classification. Academic Press. London. 918 p. 2003.

WWF-BRASIL: Projetos, ecossistemas, fauna e flora. Caatinga. Disponível em:

:www.wwf.org.br. Acesso em: 17 de junho de 2008.

77.. AAnneexxooss

Anexos 73

RELAÇÃO DE ANEXOS

ANEXO 1 Normas da Revista: Brazilian Archives of Biology and Technology

ANEXO 2 Ecologia da comunidade fitoplanctônica e parâmetros ambientais doaçude Santa Cruz do Trairi, Santa Cruz/RN, apresentado no 59ºCongresso nacional de Botânica. De 02 a 08 de agosto de 2008.

ANEXO 3 Estrutura da comunidade limnofitoplanctonica com ênfase nascianobacterias tóxicas do açude Marechal Dutra, Acari/RN, apresentadono 59º Congresso nacional de Botânica. De 02 a 08 de agosto de 2008.

ANEXO 4 Dinâmica fitoplanctônica do reservatório Santa Cruz do Trairí, Biomacaatinga, Rio Grande do Norte, apresentado no I Simpósio de Biologiado Rio Grande do Norte. De 25 a 29 de novembro de 2008.

ANEXO 5 Estudo sobre a distribuição annual das microalgas limnéticas do açudeSanta Cruz, Rio Grande do Norte, apresentado no XIX Congresso deiniciação científica da UFRN - CIC2008. De 20 a 23 de outubro de2008.

ANEXO 6 Mudanças sazonais na biomassa e composição fitoplanctônica no rioPitimbu e lagoa do Jiqui, Rio Grande do Norte, Brasil, apresentado noXII Congresso Brasileiro de Limnologia. De 23 a 27 de agosto de 2009.

ANEXO 7 Influência da piscicultura na diversidade fitoplanctônica e variáveislimnológicas em um açude do semi-árido brasileiro,apresentado no XII Congresso Brasileiro de Limnologia. De 23 a 27 deagosto de 2009.

ANEXO 8 Padrões hidrodinâmicos que modificam o grau de trofia e composiçãofitoplanctônica em ecossistemas límnicos, apresentado no XIICongresso Brasileiro de Limnologia. De 23 a 27 de agosto de 2009.

ANEXO 9 Phytoplankton community structure and native fish species from RioGrande do Norte Reservoirs with contrasting trophic status, ,apresentado no XII Congresso Brasileiro de Limnologia. De 23 a 27 deagosto de 2009.

ANEXO 10 Variação sazonal da comunidade fitoplantônica na Lagoa do Jiqui,Parnamirim, Rio Grande do Norte, Brasil, apresentado no II Simpósiode Biologia do Rio Grande do Norte, UNP, Natal, 2009. De 02 a 05 desetembro de 2009.

ANEXO 11 Aspectos limnológicos do cultivo de tilápia do Nilo (Oreochromisniloticus) em tanque-rede no açude Ministro João Alves, Parelhas/RN,apresentado no XII Congresso nordestino de Ecologia, Gravatá/PE. De13 a 17 de outubro de 2009

ANEXO 12 Avaliação da qualidade da água e da comunidade fitoplanctônica daLagoa do Jiqui, Parnamirim/RN, apresentado XX Congresso deIniciação Científica, UFRN/Natal. De 19 a 21 de outubro de 2009.

ANEXO 13 Efeitos de efluentes da carcinicultura sob os parâmetros ambientais ecomunidade fitoplanctônica em um reservatório na microrregião daBorborema Potiguar Brasileira, apresentado XX Congresso de IniciaçãoCientífica, UFRN/Natal. De 19 a 21 de outubro de 2009.

ANEXO 14 Avaliação da comunidade fitoplanctônica em viveiros de camarão doRio Potengi, Rio Grande do Norte, Brasil, apresentado no XVICongresso de Engenharia de Pesca. De 18 a 22 de outubro de 2009.

Anexos 74

ANEXO 1

Normas da revista:

BRAZILIAN ARCHIVES OF BIOLOGY AND TECHNOLOGY

ISSN 1516-8913 versãoimpressa

ISSN 1678-4324 versão online

INSTRUÇÕES AOS AUTORES

Objetivo Preparação de manuscritos

Objetivo

Preparação de manuscritos

A submissão do manuscrito implica que não tenha sido publicado ou submetido parapublicação em outra revista. O manuscrito devera ser apresentado de forma precisa, o queajudará os revisores na avaliação. Todos os manuscritos estão sujeitos à avaliação dosrevisores.

MANUSCRITO

Devendo ser enviadas três cópias do manuscrito digitado com espaço simples (máximo de12 páginas), em papel tamanho A-4 (210x297mm), com margens (2,5 mm esquerda, direita2,0 mm, superiores e inferior 3,0 mm), sendo preparados com a seguinte disposição decabeçalhos: ABSTRACT (SUMÁRIO), INTRODUÇÃO, MATERIAIS E MÉTODOS,RESULTADOS E DISCUSSÃO, AGRADECIMENTO, RESUMO, REFERÊNCIAS. Estescabeçalhos devem ser digitados com letras maiúsculas e em negrito (fonte 12). Para artigosde revisão, os autores devem fazer seus próprios cabeçalhos juntamente com o Resumo eIntrodução.

TÍTULO

O título (fonte 18, negrito e iniciais em maiúscula), do manuscrito deve refletir claramenteseu conteúdo. Devendo ser seguido pelo nome completo do autor com as iniciais em

Brazilian Archives of Biology and Technology - BABT publica em Inglês, artigos originaisde pesquisa, notas curtas e artigos de revisão nas áreas interdisciplinares das ciênciasbiológicas e de engenharia/tecnologia.

Anexos 75

maiúsculas (fonte 12, negrito) e o endereço (fonte 10, itálico) da instituição onde a pesquisafoi executada.

ABSTRACT

O manuscrito deve apresentar um abstract (itálico) de 100-150 palavras, descrevendobrevemente o propósito e os resultados da pesquisa.

PALAVRAS -CHAVE

Os autores devem fornecer três a seis palavras-chave que serão usadas na indexação dotrabalho.

INTRODUÇÃO

Deve descrever a base, o objetivo da pesquisa e demais informações relevantes sobre omanuscrito.

MATERIAIS E MÉTODOS

Os autores devem tomar cuidado quanto ao fornecimento de detalhes suficientes para queoutros possam repetir o trabalho. Procedimentos padronizados não precisam ser descritosem detalhes.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados e discussões podem ser apresentados separadamente ou de forma conjunta(autores podem optar pela forma mais fácil). Trabalhos preliminares ou resultados menosrelevantes não devem ser descritos. A reprodução dos resultados, incluindo o número devezes que o experimento foi conduzido e o número de amostras replicadas devem serexpressados claramente.

RESUMO

Todo artigo deve possuir um resumo do em Português e posicionado antes da lista deReferências. Autores de outros países da América Latina podem procurar por ajuda naEditoração da revista, para preparar o resumo em Português de seus artigos.

REFERÊNCIAS

Referências no texto devem ser citadas no local apropriado pelo(s) nome(s) do(s) autor(es) eano (p. ex.: Raimbault & Roussos, 1996; Raimbault et al., 1997). Uma lista de referências,em ordem alfabética (fonte 10), deve aparecer no final do manuscrito. Todas as referênciasna lista devem ser indicadas em algum ponto no texto e vice versa. Resultados nãopublicados não devem ser incluídos na lista. Exemplos de referências são fornecidas abaixo:

Jornais:

Anexos 76

Pandey, A. (1992), Recent developments in solid state fermentation. Process Biochem., 27,109-117

Teses:

Chang, C. W. (1975), Effect of fluoride pollution on plants and cattle. PhD Thesis, BanarasHindu University, Varanasi, India

Livros:

Tengerdy, R. P. (1998), Solid substrate fermentation for enzyme production. In-Advances inBiotechno-logy, ed. A. Pandey. Educational Publishers & Distributors, New Delhi, pp. 13-16

Pandey, A. (1998), Threads of Life. National Institute of Science Communication, NewDelhi

Conferências:

Davison, A. W. (1982), Uptake, transport and accumulation of soil and airborne fluorides byvegetation. Paper presented at 6th International Fluoride Symposium, 1-3 May, Logan, Utah

TABELAS E FIGURAS

Tabelas e figuras devem ser numeradas consecutivamente com números arábicos e inseridasem local apropriado no corpo do texto, devendo ser utilizados somente para apresentardados que não possam ser descritos no texto.

UNIDADES E ABREVIATURAS

O sistema SI deve ser usado para todos dados experimentais. No caso de outras unidadesserem usadas, estas devem ser adicionadas em parênteses. Somente as abreviaturas padrõespara as unidades devem ser usadas. Pontos não devem ser incluídos nas abreviaturas (porexemplo: m, e não m. ou rpm, e não r.p.m.), também devem ser usados '%' e '/' no lugar de'porcento' e 'per'.

LAY-OUT DO MANUSCRITO

Sugere-se que os autores sempre consultem a última edição do periódico para ver o layout.Com exceção do título, abstract e palavras-chave, todo o texto deve ser disposto em duascolunas em todas as páginas. No rodapé da primeira página (fonte 8) deve estar sendoindicado o autor para correspondência. Todo o manuscrito deve ser preparado na fonte"Times New Roman", tamanho 11 (exceto na lista de referências, que deve ser em tamanho10).

ESPAÇAMENTO

Deve ser deixado um espaço entre o título do artigo e o nome dos autores, e entre o

Anexos 77

cabeçalho e o texto. Entre as colunas deixar espaçamento de 0,6 cm. Não deixar espaçosentre os parágrafos do texto.

ENVIO DE MANUSCRITO

O manuscrito deve ser enviado por correio, acompanhado de arquivo eletrônico (cd,disquete, dvd). Utilizar editor de texto MS Word ou compatível.

REVISORES

Ao submeter o manuscrito, o autor deve indicar no mínimo três revisores, fornecendo: nomecompleto, endereço e quando possível e-mail. Os autores podem solicitar que revisoressejam excluídos da avaliação de seus manuscritos, caso estes revisores possam sertendencialmente desfavoráveis. Contudo, a escolha final dos referees permanecerá com oEditor.

TARIFAS POR PÁGINAS E SEPARATAS

Não existe custo para publicação de artigos. As separatas deverão ser solicitadas por e-mail([email protected]).

O manuscritos e toda correspondência deve ser enviada ao Editor, Prof. Dr. Carlos R.Soccol, no endereço abaixo.

[Home] [Sobre a revista] [Corpo editorial] [Assinaturas]

© 2001-2009 Tecpar

R. Prof. Algacyr Munhoz Mader, 3775 - CIC81350-010 Curitiba PR Brasil

Tel.: +55 41 3316-3012 / 3316-3052Fax: +55 41 247-0844

babt@

Anexos 78

ANEXO 2

Anexos 79

59º Congresso Nacional de Botânica

Período do congresso: 02/08/2008 a 08/08/2008

ECOLOGIA DA COMUNIDADE FITOPLANCTONICA E PARÂMETROS

AMBIENTAIS DO AÇUDE SANTA CRUZ DO TRAIRI, SANTA CRUZ/RN

Talita A de Andrade1, Patrícia L da Silva Carmo1, Emilly K R Pessoa1, Nirlei H C Barros1 e

Naithirithi T. Chellappa1 1. Laboratório de Biotecnologia em Microalgas UFRN, DOL/CB,

Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, Brasil.

([email protected])

O Nordeste é caracterizado pela semi-aridez, tendo em vista, que em sua grande parte,

a água é um bem escasso. As características climáticas dessa região tais como, chuvas

irregulares, evapotranspiração excessiva e déficit hídrico acentuado, resultam no fenômeno

das secas. Para minimizar as dificuldades da falta de água, foram construídos diversos

reservatórios de abastecimento na região do semi-árido brasileiro, que vêm sofrendo vários

impactos ambientais. O presente trabalho descreve as variações temporais da comunidade

fitoplânctonica em função do impacto ambiental no açude Santa Cruz do Trairi, localizado no

município de Santa Cruz/RN, no nordeste Brasileiro. As amostras das águas superficiais do

açude foram coletadas no período de outubro de 2006 a agosto de 2007. Foram registrados os

fatores abióticos e realizada a contagem e identificação da comunidade fitoplânctonica. A

temperatura média da água durante o período seco foi de 28 °C e para o período chuvoso de

26,5 ºC, tendo como média anual 27,2 °C; o pH apresentou valores médios para o período de

chuva de 7,5 e para o período seco de 6,7, tendo como média 7,0, a salinidade apresentou

uniforme, com valor de 0,8 psu, a condutividade foi elevada, durante o período de estudo com

média de 1889 μS.cm-1 Os nutrientes inorgânicos apresentaram valores baixos durante todo o

período de estudo. O açude apresentou pH neutro, temperatura média de 27,2 °C, alta

condutividade elétrica e a concentração de nutrientes do ambiente relativamente baixa. As

microalgas abundantes foram às espécies Cylindrospermopsis raciborskii, para o período

chuvoso e Surirella sp e Navícula sp (Diatomácea) para o período de estiagem. Tendo como

base nesses resultados, conclui-se que o do açude Santa Cruz do Trairi é um ambiente

oligotrófico, considerando o fósforo total, a clorofila a e a transparência da água e a sua

comunidade Fitoplanctônica bastante dinâmica. (PELD/CNPq)

Palavras chave: Variações temporais, Comunidade fitoplânctonica, Açude do semi-árido,

Nordeste Brasileiro.

Anexos 80

ANEXO 3

Anexos 81

59º Congresso Nacional de Botânica

Período do congresso: 02/08/2008 a 08/08/2008

ESTRUTURA DA COMUNIDADE LIMNOFITOPLÂNCTONICA COM ÊNFASE

NAS CIANOBACTÉRIAS TÓXICAS DO AÇUDE MARECHAL DUTRA, ACARI/RN

Talita A. de Andrade, Emilly K. R. Pessoa, Nirlei H. C. Barros, Patrícia L. da S. Carmo &

Naithirithi T. Chellappa.

1. Laboratório de Biotecnologia de Microalgas, UFRN, DOL/CB, Universidade Federal do

Rio Grande do Norte, Natal, RN, Brasil ([email protected]).

A região semi-árida caracteriza-se pela escassez de água, decorrente da incidência irregular de

chuvas ao longo do ano e a distribuição espacial heterogena. Essa característica induz a

necessidade de construção de obras para o armazenamento de água com fins de abastecimento

humano, cultivo vazão, pesca interior e demais usos produtivos. O presente estudo sobre a

comunidade limnofitoplanctônica foi realizado no açude Marechal Dutra, Acari/RN, durante

as estações seca e chuvosa, entre setembro de 2006 a julho de 2007. As amostragens integrais

foram realizadas da d’água e os fatores físico-químicos tais como pH, temperatura, oxigênio

dissolvido e condutividade elétrica foram observados in situ; nutrientes inorgânicos (orto-

fosfato, amônio e nitrato) foram analisados em laboratório seguindo metodologias específicas.

As amostras para a análise qualitativa e quantitativa do fitoplâncton foram obtidas através de

rede de malha 20µm e fixadas com solução iodo-lugol. A contagem das microalgas foi

realizada utilizando-se a câmara de Sedgwick-Rafter. Os resultados demostraram que a

temperatura da água apresentou um padrão de heterogeneidade mensal e sua influência nos

processos metabólicos foi evidenciada nas várias correlações. Os nutrientes inorgânicos

apresentaram-se moderados durante todo o estudo, expressando a variação temporal do

período estiagem e chuvoso assim, refletindo nas mudanças no processo de nitrificação e

amonificação. Espécies formadoras de afloramento de comprovado potencial de toxicidade,

como Anabaena planktonica e Microcystis aeruginosa foram bem representadas durante este

período. Durante a estação chuvosa, a comunidade fitoplanctônica apresentou maiores índices

de Riqueza, Equitatividade e Diversidade, quando comparado ao período seco, sugerindo uma

comunidade em situação de instabilidade com constantes mudanças composicionais

Anexos 82

influenciadas pelas precipitações. As concentrações de clorofila-a e feopigmentos mostraram

decréscimo do período seco para o período chuvoso, indicando menor densidade de

organismos fitoplanctônicos. Com base nos dados abióticos e bióticos, podemos concluir que

o açude Marechal Dutra apresenta características de ambiente perturbado, principalmente

devido ao fator de precipitação, isto é evidenciado pelas baixas transparências, moderadas

concentrações de clorofila-a e feopigmentos, brusca oscilação de condutividade elétrica,

concentrações moderadas de nutrientes e alternância na dominância de espécies de

cloroficeae/cianobactéria/diatomaceae em relação à taxa de abundância.

Palavras-chave: comunidade limnofitoplânctonica, cianobactérias tóxicas, açude Marechal

Dutra, Acari/RN.

Anexos 83

ANEXO 4

Anexos 84

I Simpósio de Biologia do Rio Grande do Norte

Período do congresso: 25/11/2008 a 29/11/2008

DINÂMICA FITOPLANCTÔNICA DO RESERVATÓRIO SANTA CRUZ DO TRAIRÍ,BIOMA CAATINGA, RIO GRANDE DO NORTE

2Câmara, Fabiana Rodrigues de Arruda, 1Santos, Leila Laise Souza, 1Carmo, Patrícia

Luiza da Silva, 1Pessoa, Emilly Kataline Rodrigues, 1Andrade, Talita Araújo, 1Santos,

Rafson Varela, 1Oliveira, Ranielly Karen, 2Rocha, Odete; 1Chellappa, Naithirithi

Tiruvenkatachary.1Departamento de Oceanografia e Limnologia UFRN, RN, 2Departamento de Ecologia

Evolutiva, UFSCar, SP.

RESUMO

Este trabalho teve o objetivo de analisar a dinâmica de microalgas em relação aos fatores

físicos, químicos e ambientais. As coletas ocorreram mensalmente, nos períodos de

estiagem e chuvoso com amostras integradas da superfície, meio e fundo. Os valores dos

parâmetros físico-químicos variaram durante o ciclo anual, apresentando-se mais elevados

durante o período de estiagem. A composição fitoplanctônica não variou

significativamente em relação à riqueza de espécies, diversidade, dominância e

equitabilidade, havendo dominância das espécies Surirella sp no período de estiagem e

Cylindrospermopsis raciborskii, no período chuvoso.

Palavras-chave: Fitoplâncton, Reservatório, Clorofila-a.

INTRODUÇÃO

A estrutura da comunidade fitoplanctônica e sua biomassa é resultado do crescimento,

reprodução, competição e herbivoria, associados com as condições físicas, ambientais e

disponibilidade de nutrientes nos ecossistemas aquáticos, tais condições estão continuamente

su

jeitas à ação dos pulsos produzidos no sistema, que podem ser de origem natural

(precipitação, vento e influxo do rio) ou antropogênica (Tundisi et al., 1999). As comunidades

que compõem os ecossistemas apresentam um potencial de mudança que pode levar à

Anexos 85

substituição, à remoção e/ou adição de espécies. Deste modo, alterações na biomassa

fitoplanctônica são devidas à variabilidade dos fatores abióticos, como tendências ou

variações das intempéries climáticas de curto tempo.

O estudo dos ecossistemas das regiões onde a água é um recurso escasso vem sendo cada

vez mais explorados. Estes ecossistemas funcionam como amplificadores do desequilíbrio

climático regional e oferecem um primeiro reflexo daquilo que os ecossistemas aquáticos de

regiões úmidas podem se tornar com a expansão das zonas semi-áridas. O açude Santa Cruz

do Trairi é utilizado pela população do Agreste Potiguar principalmente para o

desenvolvimento de atividades de pesca. Deste modo, estudos relacionados com a dinâmica

ecológica de microalgas em ecossistemas lênticos tem sido de suma importância devido ao

fato de estes organismos fazerem parte da base da cadeia alimentar, influenciando assim toda

a cadeia trófica incluindo peixes e o ser humano (Chellappa, 2001).

O objetivo deste estudo foi analisar a dinâmica de microalgas em relação aos fatores

físicos, químicos e ambientais do açude Santa Cruz do Trairi, RN, pretendendo contribuir

com um melhor entendimento das flutuações temporais da comunidade de microalgas em

reservatórios.

MATERIAL E MÉTODOS

O estudo foi realizado no açude Santa Cruz do Trairi, situado no município de Santa

Cruz, região Agreste do Rio Grande do Norte, entre as coordenadas 6º25’23”S e 36º07’27”W.

As coletas ocorreram mensalmente durante um ciclo anual, compreendendo um período de

estiagem (agosto de 2007 a fevereiro de 2008) e um período chuvoso (março de 2008 a julho

de 2008). As amostras foram obtidas na superfície, meio e fundo do reservatório, sendo

integralizadas após as análises. O fitoplâncton foi coletado através de rede com malha de 20

mm e preservadas em solução Iodo-lugol. A análise qualitativa foi realizada com o auxílio de

um microscópio óptico e as espécies identificadas segundo chaves taxonômicas. Para a análise

quantitativa, os organismos foram contados em microscópio óptico, através da câmara de

Sedgewick-Rafter com 1ml de volume. A análise quantitativa permitiu a obtenção dos índices

ecológicos: riqueza das espécies, segundo Margalef (1958); diversidade (Shannon & Weaver,

1949); dominância (Bergen & Parker, 1970); e equitabilidade segundo Pielou (1975).

As concentrações de clorofila a foram obtidas através de filtragem da amostra em

filtros de fibra de vidro Whatman GF/C, em seguida o pigmento foi extraído com acetona a

90% durante 24h. A análise dos nutrientes nitrogênio total, fósforo total, nitrato, ortofosfato e

a) b)

Anexos 86

amônio foram realizadas de acordo com metodologias específicas. Alguns fatores físico-

químicos tais como: temperatura, pH, condutividade elétrica, oxigênio dissolvido, foram

mensurados “in situ” com o auxilio do Kit Multiparâmetro WTW 340i.

O teste t foi utilizado para verificar diferenças significativas entre os períodos de

estiagem e chuvoso. A Análise de Componentes Principais (ACP) foi realizada para verificar

as principais variáveis bióticas e abióticas durante os períodos de estiagem e chuvoso.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os valores dos parâmetros físico-químicos variaram durante o ciclo anual,

apresentando-se mais elevados durante o período de estiagem do que no período chuvoso

(Tabela 1). Diversos estudos indicam que valores elevados de condutividade elétrica podem

ser indicativos de eutrofização do ecossistema aquático (Chellappa, 2001). No entanto, neste

estudo a alta condutividade esteve provavelmente relacionada à constituição argilosa do solo

da região.

Tabela I. Valores mínimo, máximo, média, e desvio padrão (DP) das variáveis físicas e químicas do açude Santa Cruz do Trairi, RN.

A composição fitoplanctônica não variou significativamente durante os períodos de

estiagem e chuvoso em relação à riqueza de espécies (t =1,073; p=0,308), diversidade (t=

1,427; p = 0,184), dominância (t = -0,983; p = 0,349) e equitabilidade (t = 1,427; p = 0,184).

Havendo, diferença entre a espécie dominante nos períodos de estiagem (Surirella sp) e

chuvoso (Cylindrospermopsis raciborskii). A dominância da cianobactéria C. raciborskii

pode ter sido decorrente da menor concentração de nutrientes devido à diluição da água

provocada pela chuva e melhor adaptação destas espécies à ambientes com baixas

concentrações de nitrogênio (Calijuri, 1999). Isso ocorre devido à presença de estruturas de

0,05460,1140,1950,0460,030,1940,2410,146PT (mg.L-1)0,04710,06760,1450,030,03310,1450,1990,1Ortofosfato (mg.L-1)0,02660,04470,0880,020,08040,2410,3540,111NT (mg.L-1)0,2640,1590,630,030,04960,110,2050,052Amônio (mg.L-1)

0,03760,0530,0950,0030,060,1190,2140,032Nitrato (mg.L-1)0,05430,670,730,60,04020,8310,890,79Salinidade (ppm)

2711.664,81.8621.225144,11.942,52.1441.682Cond. (ìS cm-1)0,8078,029,27,20,4286,8617,456,25OD (mg.L-1)1,20127,1629261,1328,84330,827,5Temperatura (ºC)0,4216,386,85,80,7586,7718,15,9pHDPMédiaMáxMínDPMédiaMáxMín

ChuvosoEstiagem

Estiagem Chuvoso

Mín Máx Média DP Mín Máx Média DP

pH 5,9 8,1 6,771 0,758 5,8 6,8 6,38 0,421

Temp 27,5 30,8 28,843 1,13 26 29 27,16 1,201

OD 6,25 7,45 6,861 0,428 7,2 9,2 8,02 0,807

Cond 1682 2144 1942,5 144,1 1225 1862 1664,8 271

Salinidade 0,79 0,89 0,831 0,0402 0,6 0,73 0,67 0,0543

Nitrato 0,032 0,214 0,119 0,06 0,003 0,095 0,053 0,0376

Amonio 0,052 0,205 0,11 0,0496 0,03 0,63 0,159 0,264

NT 0,111 0,354 0,241 0,0804 0,02 0,088 0,0447 0,0266

Ortofosfato 0,1 0,199 0,145 0,0331 0,03 0,145 0,0676 0,0471

PT 0,146 0,241 0,194 0,03 0,046 0,195 0,114 0,0546

Anexos 87

reservas de nutrientes e células especializadas (heterocistos) que captam o nitrogênio

atmosférico e o transforma em nitrogênio amoniacal. Os valores médios de clorofila-a

variaram significativamente (t = 5,22; p = 0,003) entre os períodos de estiagem (5,193 ±

1,072) e chuvoso (9,08 ± 0,902) (Figura 1).

Figura 1. Variação anual da Clorofila a no Reservatório Santa Cruz do Trairi.

De acordo com a ACP, durante a estiagem as variáveis que mais se destacaram foram

o fósforo total, nitrogênio total e ortofosfato. A predominância de Surirella sp. durante a

estiagem esteve relacionada com a disponibilidade destes nutrientes. Durante o período

chuvoso, o oxigênio dissolvido destacou-se dentre as outras variáveis, sendo produzido

principalmente pela espécie C. raciborskii.

Figura 2. Ordenação pela ACP dos períodos de estiagem (E) e chuvoso (C) em função de: a)

Variáveis Abióticas e b) Variáveis Biológicas – Comunidade Fitoplanctônica.

CONCLUSÃO

Neste estudo podemos infenrir que não houve nenhuma variação quantitativa

significante na composição fitoplanctônica ao longo do ciclo anual. No entanto, durante o

período chuvoso houve a predominância da espécie C. raciborskii, potencialmente tóxica. A

a) b)

C

C

C

C

C

E

EE

E

E

EEpH

Temp

OD Condutividade

Salin

NitratoAmônio

NT

OrtofosfatoPT

-2

-1,5

-1

-0,5

0

0,5

1

1,5

2

2,5

-2 -1,5 -1 -0,5 0 0,5 1 1,5

axis F1 (46 %)

axis

F2

(17

%)

EE

EE

E E

E

C

C

CCC

Anabaena sp.C. bacillus

Cylindrraciborskii

Cyclot ellamenegheniana

Navicula sp.

Surirella sp

Microcyst is sp

Clost eriumlunula

Pandorina sp St aurast rum sp

-1,5

-1

-0,5

0

0,5

1

1,5

2

2,5

-1,5 -1 -0,5 0 0,5 1 1,5 2

axis F1 (44 %)

axis

F2

(23

%)

Anexos 88

permanência desta microalga no reservatório poderá trazer conseqüências à biota aquática e à

saúde humana. Sendo, portanto, necessário o monitoramento constante dos reservatórios que

compõem o bioma caatinga.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

Chellappa, N. T.; Costa, M. A. M. Dominant and co-existing species of Cyanobacteria from a

Eutrophicated reservoir of Rio Grande do Norte State, Brazil. Acta Oecologica, 24, 4-10,

2003.

Tundisi, J. G. Reservatórios como ecossistemas complexos: Teoria, aplicações e perspectivas

para usos múltiplos. In: Ecologia dos Reservatórios: Estrutura, função e aspectos sociais.

(Henry, R. Eds) p. 19-38. São Paulo, SP. FAPESP-FUNDIBIO. 1999

Bergen, W. H. & Parker, F. L.. Diversity of plankton foraminifer in deep-sea sedments.

Science. V 168, p. 1345-1347. 1970.

Chellappa, N. T. Cyanobacterial buoyancy and ecological dynamism of inland reservoir of the

state Rio Grande do Norte, BRAZIL. VIII Congresso Brasileiro de Limnologia, João Pessoa,

PB. Resumo. p.295. 2001.

Margalef, R. Information theory in ecology. general system. v.3, 36-71p. 1958.

Pielou, E.C. Ecological diversity. New York. John Wiley & Sons. 165p. 1975.

Shannon, C.E.; Weaver, W. The Mathematical Theory of Communication. Illinois, Urbana,

USA. 125P. 1949.

Calijuri, M. C.; Deberdt, G. L. B.; Monoti, R. T. A produtividade Primária pelo Fitoplâncton

na Represa de Salto Grande. In: Henry, R. (Ed.).Ecologia de Reservatórios: Estrutura, Função

e Aspectos Sociais.Botucatu: FUNDIBIO. São Paulo: FAPESP. cap.5. p.111-148. 1999.

Marker, A.F.H., Nusch, E.A., Rai, H. & Riemann, B. The measurements of photosynthetic

pigments in freshwater and standardization of methods: conclusions and recommendations.

Arch. Hydrobiol. Beih, 14, 91-106. 1980.

AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem a Universidade Federal do Rio Grande do Norte e ao CNPq pelo apoio

financeiro concedido.

Anexos 89

ANEXO 5

Anexos 90

XIX Congresso de Iniciação Científica

Período do Congresso: 20/10/2008 a 23/10/2008

CORPO DO RESUMO

Autor: TALITA ARAUJO DE ANDRADE

Orientador: NAITHIRITHI TIRUVENKATACHARY CHELLAPPA

Co-

autor(es):

PATRICIA LUIZA DA SILVA CARMO

EMILLY KATALINE RODRIGUES PESSOA

NIRLEI HIRACHY COSTA BARROS

Área de Conhecimento:

Ciências Biológicas

Título

Estudo sobre a distribuição annual das microalgas limnéticas do açude Santa Cruz, Rio Grande do

Norte.

Resumo

Estudos do fitoplâncton em áreas represadas são importantes devido à quantidade de nutrientes

inorgânicos das represas, possibilitando uma área de alta produtividade primária. O presente

projeto investigou o impacto antropogênico sobre os fatores físico-químicos da água, ecologia

quantitativa e clorofila a do açude Santa Cruz, RN. Foram feitas coletas mensais de água na

superfície do açude durante agosto de 2007 a julho de 2008, para caracterizar a variabilidade

natural dos fatores ambientais. As coletas foram feitas durante o dia, com garrafas de polietileno.

Os parâmetros ambientais foram obtidos por meio do kit multi parâmetro 340i in situ. O pH

apresentou um valor médio de 6,27 alcalino só no mês de agosto e ácido nos meses seguintes. A

temperatura apresentou uma média de 28,03 ºC, não apresentando grandes variações. A

condutividade apresentou um valor médio de 1870,08 µS/cm e o oxigênio dissolvido apresentou

uma média de 3.55 mgL-1 durante o período estudado. A amônia apresentou uma concentração

média = 0,057 mgL-1. A clorofila a apresentou um valor médio de 7,25 mgL-1. Espécies

formadoras de afloramento de comprovado potencial de toxicidade, como Anabaena planktonica e

Microcystis aeruginosa foram bem representadas durante o período de estudo, mas não foi

detectado a toxicidade destas espécies. O estado trófico indicou o ambiente como oligotrófico,

considerando o fósforo total, a clorofila a e a transparência da água.

Palavras-Chave

microalgas, impacto ambiental, açude Santa Cruz.

Anexos 91

ANEXO 6

Anexos 92

XII Congresso Brasileiro de Limnologia

Período do congresso: 23/08/2009 a 27/08/2009

Título: Mudanças sazonais na biomassa e composição fitoplanctônica no rio Pitimbu e lagoa

do Jiqui, Rio Grande do Norte, Brasil

Autoria: Patrícia L. S. C. Lima(1), Fabiana R. de A. Câmara(2), Andressa K. A. de Lima(1),

Ranielly K. de Oliveira(1), Emilly K. R. Pessoa(1), Leila L. S. Santos(1), Talita A. de

Andrade(1), Sathyabama Chellappa(1) & Naithirithi T. Chellappa(1).

Instituição: (1) Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2)Universidade Federal de

São Carlos

Apresentador: Patrícia Luiza da S. C de Lima

CPF: 05009350416

E-mail: [email protected]

Fone: (84) 9947-9850

Area Temática: 09 Limnologia em ecossistemas urbanos

Financiadores: CAPES,CNPq

Resumo:

O crescimento populacional e a intensificação da poluição dos corpos d’água na cidade de

Natal/RN vêm exigindo um constante monitoramento na qualidade da água utilizada pela

população. O rio Pitimbu deságua na lagoa do Jiqui, a qual abastece 30% da população

potiguar e funciona como um fator diluidor das elevadas concentrações de nitrato presente nos

lençóis freáticos. Este trabalho relacionou os fatores limnológicos com a concentração de

clorofila a da lagoa do Jiqui e rio Pitimbu, Parnamirim, RN, durante o ano de 2008/2009

comparando com resultados obtidos em 2002/2003. Devido à intensificação de impactos

múltiplos no entorno do rio ao longo deste período, foram observadas mudanças significativas

principalmente relacionadas à biomassa fitoplanctônica (clorofila a) em decorrência das

elevadas concentrações de amônio, nutriente assimilado pelas microalgas com maior ganho

energético. Não houve diferença significativa entre os grupos, com predominância de

Bacillariophyceae. No entanto, a contínua deposição orgânica no rio poderá alterar a estrutura

e composição fitoplanctônica, reduzindo sua biodiversidade e facilitando a dominância de

espécies potencialmente tóxicas na lagoa.

Anexos 93

ANEXO 7

Anexos 94

XII Congresso Brasileiro de Limnologia

Período do congresso: 23/08/2009 a 27/08/2009

Título: Influência da piscicultura na diversidade fitoplanctônica e variáveis limnológicas emum açude do semi-árido brasileiro

Autoria: Emilly K. R. Pessoa(1), Rafson V. dos Santos(1), Ranielly K. de Oliveira(1),

Patrícia L. da S. Carmo(1), Fabiana R. de A. Câmara(2), Leila L. S. Santos(1), Sathyabama

Chellappa(1) & Naithirithi T. Chellappa(1)

Instituição: (1) Universidade Federal do Rio Grande do Norte, (2) Universidade Federal de

São Carlos

Apresentador: Emilly Kataline R. Pessoa

CPF: 06070369408

E-mail: [email protected]

Fone: 08488433956

Area Temática: 18 Ecologia de reservatórios

Financiadores: FAPERN, CNPq

Apresentação:

Resumo:

Os reservatórios são ecossistemas límnicos de grande importância por seus múltiplos usos,

dentre estes, o abastecimento público e atividades de piscicultura artesanal são os mais

relevantes. Durante este trabalho, realizado em 2008, foram avaliadas e quantificadas as

características físico-químicas e a comunidade fitoplanctônica em três pontos amostrais do

reservatório Ministro João Alves, Parelhas/RN, observando possíveis alterações na qualidade

da água em função do cultivo em tanques-rede de Tilápia do Nilo, Orechromis niloticus,

durante um ciclo anual. O moderado grau de turbidez não afetou significativamente os valores

de clorofila a ao longo do perfil vertical, no entanto, elevados teores de nitrato na superfície,

próximo ao cultivo, pode ter favorecido a dominância de Anabaena circinalis (Rabenhorst)

Bourn et Flah. e Anabaena planctonica Brunnthaler 1903. Não houve variação significativa

das concentrações de nutrientes e estrutura da comunidade fitoplanctônica entre os pontos

estudados, provavelmente devido à pequena dimensão do cultivo em relação ao tamanho do

reservatório.

Anexos 95

ANEXO 8

Anexos 96

XII Congressso Brasileiro de Limnologia

Período do congresso: 23/08/2009 a 27/08/2009

Título: Padrões hidrodinâmicos que modificam o grau de trofia e composição fitoplanctônica

em ecossistemas límnicos

Autoria: Ranielly K. de Oliveira(1), Leila L. S. Santos(1), Fabiana R. de A. Câmara(2),

Patrícia L. S. C. Lima(1), Emilly K. R. Pessoa(1), Talita A. de Andrade(1), Naithirithi T.

Chellappa(1)

Instituição: (1)Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2)Universidade Federal de São

Carlos

Apresentador: RANIELLY KAREN DE OLIVEIRA

CPF: 00931857406

E-mail: [email protected]

Fone: 84 9142-2863 ou 84 3218-3402

Area Temática: 18 Ecologia de reservatórios

Financiadores: FAPERN, CNPq

Apresentação:

Resumo:

Os reservatórios rasos do nordeste brasileiro geralmente apresentam ausência de estratificação

térmica, devido à maior mistura da coluna d’água, favorecendo uma contínua disponibilidade

de nutrientes e assimilação pela comunidade fitoplanctônica. O reservatório Cruzeta/RN,

considerado mesotrófico em 2005, com predominância de Chlorophyceae e baixa abundância

de cianobactérias tóxicas é utilizado para abastecimento público. Durante este trabalho, foram

verificadas implicações decorrentes das variações limnológicas devido a elevados índices

pluviométricos durante o ano de 2008/2009. Mudanças nos padrões hidrodinâmicos e

limnológicos resultaram em concentrações de clorofila a significativamente maiores no

período de estiagem em relação ao período chuvoso. Os resultados atuais demonstram uma

modificação no estado trófico deste sistema e dominância de cianobactérias potencialmente

tóxicas, tais como, Anabaena planctônica, A. spiroides e Cylindrospermopsis raciborskii, em

ambos os períodos estudados. Tais espécies são devidamente adaptadas a elevadas

temperaturas e variações bruscas nas concentrações de nutrientes, sendo competitivamente

superiores a outros grupos fitoplanctônicos.

Anexos 97

ANEXO 9

Anexos 98

ANEXO 10

II Simpósio de Biologia do Rio Grande do Norte, UNP, Natal, 2009

Trabalho N° 2794

02 a 05 de setembro

VARIAÇÃO SAZONAL DA COMUNIDADE FITOPLÂNTONICA NA LAGOA

DO JIQUI, PARNAMIRIM, RIO GRANDE DO NORTE, BRASIL.

Patrícia Luiza da S. C. de Lima1, Fabiana Rodrigues de A. Câmara2, Ranielly Karen

de Oliveira1, Emilly Kataline R. Pessoa1, Sathyabama Chellappa1 & Naithirithi T.

Chellappa1

1 Universidade Federal do Rio Grande do Norte2 Universidade Federal de São Carlos / SP

RESUMO

O presente estudo teve como objetivo caracterizar sazonalmente a comunidade

fitoplanctônica e os fatores abióticos da Lagoa do Jiqui, a fim de contribuir para o

conhecimento da qualidade da água deste manancial utilizado para o abastecimento

público. As coletas foram realizadas entre setembro/2008 a abril/2009 e realizadas

análises dos nutrientes inorgânicos, identificação e quantificação da comunidade

fitoplânctonica. A Lagoa do Jiqui apresentou baixas concentrações de nutrientes

inorgânicos e predominância dos grupos Euglenophyceae e Bacillariophyceae durante o

período de estudo, não havendo diferenças sazonais estatisticamente significantes.

INTRODUÇÃO

O aumento na densidade populacional e o desenvolvimento de atividades

econômicas nos centros urbanos vem causando elevados impactos ambientais nos

corpos d’água (SALOMONI & TORGAN., 2008). No Brasil, especialmente na região

nordeste, sérios problemas de poluição da água subterrânea vem ocorrendo em

decorrencia das descargas de esgotos domésticos, industriais e saneamento básico

insuficiente, o que tem ameaçado o abastecimento de água potável de importantes

segmentos da população (SEMARH, 2009).

Anexos 99

A avaliação da qualidade da água utilizando a comunidade fitoplanctonica e

parâmetros físico-químicos tem sido objeto de diversos estudos no nordeste brasileiro.

De modo que as mudanças sazonais na dinâmica da comunidade fitoplanctônica são

reflexos de alterações físicas, químicas e/ou biológicas que ocorrem no corpo d’água,

podendo, portanto atuarem como fortes indicadores de poluição da água

(CHELLAPPA, 1990; NASELLI-FLORES; BARONE, 2003). Devido à rápida taxa de

crescimento, a comunidade fitoplanctônica pode apresentar mudanças na sua estrutura e

dominância através da adição, substituição ou remoção de espécies. Portanto, as

alterações na riqueza, diversidade, coexistência e dominância de determinadas espécies

são resultados diretos da variabilidade dos fatores abióticos e das variações climáticas,

bem como do controle descendente pelo zooplâncton (CHELLAPPA et al., 2007).

O objetivo deste estudo foi avaliar a qualidade da água da Lagoa do Jiqui através

de um estudo sazonal da comunidade fitoplânctônica e dos parâmetros físico-químicos.

MATERIAL E MÉTODOS

A Lagoa do Jiqui está localizada no município de Parnamirim/RN (5º50’00” S e

35º23'19" O), abastece uma área que corresponde a 22% da capital do estado do Rio

Grande do Norte e a água que supre os demais 78% provém de poços tubulares com

elevadas concentrações de nitrato. As coletas foram realizadas na superfície da água

entre setembro/2008 e abril/2009. A medição dos fatores abióticos, tais como,

temperatura, pH, condutividade elétrica e oxigênio dissolvido foram obtidas através do

kit multiparâmetro WTW 340i. A transparência foi medida com o auxílio do disco de

secchi e a turbidez através do turbidímetro modelo 2020 Lamotte e os resultados das

análises de DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio) foram fornecidos pela CAERN

(Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte). Os valores médios e desvios

padrão (MD ± DP) dos nutrientes inorgânicos, tais como, nitrato (NO-3 – N), amônio

(NH4 - N) e orto-fosfato (P – PO4-) foram obtidos segundo Golterman et al. (1978) e

Apha (1992).

O fitoplâncton foi coletado através de uma rede de plâncton com malha de 20m

e fixado com iodo-lugol para a análise qualitativa. As espécies foram quantificadas após

o processo de sedimentação e posterior sifonação, os organismos foram contados com o

auxílio da câmera de Sedgwick–Rafter com capacidade para 1 mL, em microscópio

óptico.

Anexos 100

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Durante o presente estudo a precipitação pluviométrica variou de 0,0 mm no mês

de dezembro a 267,4 mm no mês de abril, com média de 21,6mm durante o período de

estiagem e 222,7mm no período chuvoso. A temperatura da água não variou

sazonalmente, apresentando valores médios de 29,7°C durante o período de estudo. O

pH da água, em geral, esteve próximo ao neutro, não havendo diferença significativa

entre os períodos de estiagem e chuvoso e a condutividade elétrica apresentou-se baixa

durante todo o período de estudo com média de 90 µS.cm-1

As concentrações médias dos nutrientes inorgânicos foram baixas, não havendo

diferenças sazonais estatisticamente significantes (ANOVA, p<0,05). Os maiores

valores encontrados durante este estudo foi referente ao nitrato com médias entre

0,37mg.L-1 e 0,25mg.L-1, durante os períodos de estiagem e chuvoso, respectivamente.

No entanto, não foram verificadas concentrações excedentes dos nutrientes quando

comparados ao limite permitido pela Organização Mundial da Saúde, desta maneira, a

Lagoa do Jiqui atua como fator diluidor das elevadas concentrações de nitrato que

ocorre na água proveniente de poços subterrâneos, submetidos ao tratamento pela

CAERN para abastecimento da população.

A comunidade fitoplanctônica não apresentou diferenças significativas (p<0,05)

em relação à abundância relativa dos grupos; havendo predominância de

Euglenophyceae com média de 34,2%, seguida por Bacillariophyceae, Chlorophyceae,

Cyanophyceae, Xantophyceae e Pirrophyta. As espécies dominantes foram

Trachelomonas sp e Euglena gracilis durante o período de estiagem e Trachelomonas

sp, Navícula sp e Cyclotella sp, durante o período chuvoso. As espécies de

Trachelomonas são comumente encontradas em sistemas oligotróficos e revelam

preferência por ambientes mesossapróbio, esta condição pode ser inferida pelos valores

médios de DBO encontrados no presente estudo (PEREIRA & AZEITEIRO, 2003). As

espécies Navícula sp e Cyclotella sp são geralmente bentônicas e sua dominância na

superfície da água durante o período chuvoso, pode ter sido decorrente da forte mistura

da água proporcionada pelo elevado índice pluviométrico.

CONCLUSÃO

A avaliação da qualidade da água é de fundamental importância para um

adequado gerenciamento e usos múltiplos dos recursos hídricos. Os baixos valores de

Anexos 101

nutrientes inorgânicos e a elevada abundancia de espécies de Euglenophyceae e

Bacillariophyceae na Lagoa do Jiqui indicam que a água é apropriada para uso no

abastecimento público e como diluidor das elevadas concentrações de nitrato

encontradas nos lençóis freáticos da região.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

APHA, American Public Health association Standard methods for the examination

of water and wastewater. 18 ed. Washington 1992.

CHELLAPPA, N. T. Phytoplankton species composition, chlorophyll biomass andprimary productivity of Jundiaí reservoir, Northeast, Brazil. Before and aftereutrophication. Acta Hydrobiologia, 32: 75-91.1990.CHELLAPPA, N. T. BORBA, J.L. M, OLIVEIRA K. R., LIMA, A. K. A Diversidade,

co-existência e dominância na comunidade fitoplanctônica da Barragem Cruzeta,

Rio Grande do Norte. Revista Brasileira de Biociências, Porto Alegre, v. 5, supl. 2, p.

126-128, jul. 2007.

GOLTERMAN, H.L., CLYMO, R.S. & OHNSTAD, M.A.M. Methods for physical

and chemical analysis of Freshwaters. IBP Handbook, Blackwell Sci.Publ. Oxford.

215p. 1978.

NASELLI-FLORES, L.; BARONE, R. Distribution and seasonal dynamics of

Cryptomonads in Sicilian water bodies. Hydrobiologia, Volume 502, Numbers 1-3,

325-329p. 2003.

PEREIRA J. M.; U. M. M AZEITEIRO. Structure, organization and elemental

composition of the envelopes of Trachelomonas (Euglenophyta): a review ACTA

OECOLOGICA-INTERNATIONAL JOURNAL OF ECOLOGY Volume: 24 S57-

S66p, 2003.

SALOMONI, S. E & TORGAN, I. C., Epilithic diatoms as organic degree indicators

in Guaíga Lake, Southern Brazil. Acta Limnologica Brasileira.,vol.20, no 4, p. 313-

324. 2008.

SEMARH - Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos.

Disponível em: < http://www.semarh.rn.gov.br/> Acesso em: 21 agosto de 2009.

Anexos 102

ANEXO 11Resumo do XII Congresso nordestino de Ecologia

Gravatá/PE13 a 17 de outubro

Aspectos limnológicos do cultivo de tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus) emtanque-rede no açude Ministro João Alves, Parelhas/RN

Emilly Kataline R. Pessoa, Patrícia Luiza da S. C.de Lima, Ranielly Karen deOliveira & Naithirithi T. Chellappa

Introdução

A expansão de empreendimentos de criação de peixes que se utilizam detanques-rede tem contribuído significativamente para o aumento da produção aqüícola.O interesse por esse sistema de piscicultura cresce, principalmente, em função dadisponibilidade dos recursos hídricos represados, garantindo quantidade e regularidadeque o mercado exige. Os reservatórios artificiais têm sido utilizados para múltiplasfinalidades, dentre elas a produção de alimento por meio da piscicultura (TUNDISI,2005), tornando-os ambientes de grande importância em termos sociais e econômicos.

A tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus) é o peixe mais utilizado neste sistemade criação por apresentar crescimento rápido, adaptação favorável às altas densidades depovoamento, bom rendimento de filé e ter uma ampla aceitação nos mercados nacionale internacional. A criação de peixes em tanques-rede é uma modalidade de criaçãointensiva que utiliza elevada densidade de estocagem e exige constante renovação deágua. Os resíduos gerados, constituídos por alimentos não ingeridos e produtos dometabolismo dos peixes, são liberados diretamente no ambiente, aumentandoprincipalmente a concentração de nitrogênio e de fósforo na água, que favorecem aproliferação de organismos vegetais como as algas e plantas aquáticas. Este processo échamado de eutrofização artificial. A eutrofização exagerada leva a uma deterioração daqualidade da água, podendo ocasionar profundas modificações na estrutura dascomunidades aquáticas comprometendo, assim, a estabilidade do ecossistema(FERREIRA et al., 2005).

Ambientes muito eutrofizados são adequados para o desenvolvimento de umgrupo de algas conhecidas como cianofíceas, popularmente chamadas de “algas azuis”,ou cianobactérias, muitas das quais liberam toxinas (SANT'ANNA et al., 2006)prejudiciais à saúde, e outras que produzem metabólitos como a geosmina e o 2-metil-isoborneol, identificados como causadores de sabor ou odor de terra ou mofo na carnedo peixe, conhecido como “off-flavor” (MACEDO-VIÉGAS E SOUZA, 2004). A altaconcentração dessas algas prejudica a qualidade da carne do pescado e,conseqüentemente, o consumo, causando marketing negativo em relação ao peixeproveniente da criação. Portanto, o processo acentuado de eutrofização pode inviabilizaro próprio empreendimento.

O presente trabalho teve por finalidade analisar os aspectos limnológicos docultivo de tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus) em tanque-rede no açude MinistroJoão Alves, Parelhas/RN durante dois ciclos de cultivo.

Anexos 103

Material e Métodos

As coletas foram realizadas no açude Ministro João Alves, também conhecidocomo Boqueirão de Parelhas, localizado na cidade de Parelhas/RN, entre as latitudes06º41’56’’ e 06º41’79” S e as longitudes 36º37’76” e 36º37’84” W (Figura 1).

Foram determinados 2 (dois) pontos para coleta das amostras: um no local decultivo (ponto pontual) e outro fora da área de influência dos cultivos (ponto decontrole, não pontual, à montante dos tanques), determinado pela direção do vento.Cada cultivo tem duração média de quatro meses, portanto, neste estudo foramanalisados dois ciclos de cultivo englobando um período chuvoso (mar, abr, mai e junde 2008) e um período de estiagem (out, nov e dez de 2008 e jan de 2009). Em cadaponto, as amostras foram coletadas em duas camadas da coluna da água: superfície efundo, totalizando quatro amostragens da água mensais.

Os parâmetros físico-químicos, tais como: pH, temperatura, condutividadeelétrica, concentração de oxigênio dissolvido, foram medidos “in situ” e os valores dosnutrientes inorgânicos (nitrato, amônio e orto-fosfato) e clorofila-a foram analisados emlaboratório. As análises quali-quantitativa das microalgas foram realizadas utilizando-sea câmara de Sedgwick-Rafter.

O estudo compreendeu o ciclo de cultivo de seis tanques-rede, confeccionadoscom armação de ferro e telas de plástico. Os flutuadores eram tambores de plástico ecanos de plástico (PVC) de 100 mm, vedados nas extremidades, cada um medindo 2,0 x2,0 x 1,2 m, com volume útil de 4 m3, estando distribuído em fila a uma distância de 1,5metros entre si.

Os tanques-rede foram estocados com alevinos machos revertidos de tilápia doNilo, O. niloticus, com peso médio de 1,0 g, em uma densidade de 150/m3, totalizando600 peixes por tanques-rede, durante um período de engorda de 4 meses. As tilápiasforam alimentadas com rações balanceadas e peletizadas da marca SUPRA, formuladacom 42% e 32% de proteína e 500 mg de vitamina C. O peso final dos peixes foi entre1,0 kg e 1,5kg nos dois ciclos de cultivo.

Resultados e Discussão

O pH apresentou-se alcalino durante a maior parte do estudo com valor mínimode 5,8 (± DP 0,8) e máximo de 9,2 (± DP 0,8), ambos no ponto 2 durante o períodochuvoso. Em regiões onde a precipitação é menor do que a evaporação, são encontradoselevados valores de pH. No Brasil, os açudes são ecossistemas localizados em regiõescom balanço hídrico negativo. Especialmente os açudes nordestinos, que geralmenteapresentam valores de pH superiores a 8,0 (Wright, 1937).

Segundo, Araújo (1997), na presença de altas temperaturas e baixa velocidadedo vento, como nas regiões tropicais ou ambientes poluídos, a concentração de oxigêniodiminui. No açude Ministro João Alves, a mistura e a distribuição do oxigênio do ar naágua é muito rápida, em decorrência da alta agitação ou turbulência da água.

Chellappa et al (1998) sugeriram que a alta condutividade elétrica é indicativa deeutrofização do ecossistema aquático do Estado do Rio Grande do Norte. No presenteestudo, a condutividade elétrica no açude apresentou valores entre 425µS.cm-1 e 1409µS.cm-1 considerados altos na escala espaço-temporal, resultado similar ao encontradona Barragem Gargalheiras, Acari, RN, com reflexos no processo de mudanças nacomposição da comunidade fitoplanctônica como foi descrito por Costa (2000).

Anexos 104

Para os nutrientes inorgânicos foram observadas oscilações nas suasconcentrações durante os dois períodos de estudo. No período chuvoso, o nitrato obteveuma concentração média de 0,360 mgL-1 na superfície e de 0,431 mgL-1 no fundo doponto 1 e uma concentração média de 0,427 mgL-1 na superfície e de 0,329 mgL-1 nofundo do ponto 2. No período de estiagem, o nitrato obteve uma concentração média de0,355 mgL-1 na superfície e de 0,302 mgL-1 no fundo do ponto 1 e uma concentraçãomédia de 0,321 mgL-1 na superfície e de 0,368 mgL-1 no fundo do ponto 2.

O orto-fosfato, por sua vez, alcançou uma média de 0,570 mgL-1 na superfície ede 0,562 mgL-1 no fundo do ponto 1 e de 0,546 mgL-1 na superfície e de 0,649 mgL-1 nofundo do ponto 2 durante o período chuvoso. Enquanto no período de estiagem,alcançou uma média de 0,318 mgL-1 na superfície e de 0,310 mgL-1 no fundo do ponto1 e média de 0,409 mgL-1 na superfície e de 0,401mgL-1 no fundo do ponto 2.

O amônio apresentou um valor médio de 0,111 mg/L-1 na superfície e 0,104mg/L-1 no fundo do ponto 1 e um valor médio de 0,088 mg/L-1 na superfície e 0,112mg/L-1 no fundo do ponto 2 durante o período chuvoso e um valor médio de 0,130mg/L-1 na superfície e 0,138 mg/L-1 no fundo do ponto 1 e um valor médio de 0,137mg/L-1 na superfície e 0,130 mg/L-1 no fundo do ponto 2 durante o período de estiagem.Dillon & Rigler (1974) analisaram um grande número de dados de fósforo total,nitrogênio total e clorofila a em lagos da Europa, América do Norte e Canadá eapontaram que a produção da biomassa fitoplanctônica era determinada em relação àtaxa N:P.

Com base na identificação microscópica dos gêneros e espécies, a comunidadefitoplanctônica do açude Ministro João Alves (Boqueirão de Parelhas), ao longo dosperíodos de estudo, esteve representada pelos seguintes grupos taxonômicos:Chlorophyceae, Bacillariophyceae, Cyanophyceae, e Euglenophyceae.

A biomassa fitoplanctônica no açude, representada pela clorofila a, apresentou-se baixa permaneceu bastante baixa no período chuvoso(média de 0,016µgL-1),provavelmente devido à diminuição do amônio no período de estiagem. Certas espéciesde algas, em especial as cianofíceas, são capazes de assimilar fosfato além de suasnecessidades, estocando esse componente sob forma de grânulos de polifosfato no seucitoplasma (Darley, 1982). Devido à grande disponibilidade de nitrogênio e fósforo ebaixas relações N:P no açude, o crescimento da biomassa algal tornou-se bastanteapropriado e limitante para o nitrogênio.

Conclusão

Neste estudo, com experimento de curta duração, deve ser considerado que oconsumo e a produção dos peixes foram baixos, o que fez com que uma pequenaquantidade de resíduos tenha sido lançada ao ambiente, porém devem ser tomadascertas precauções para evitar a eutrofização e degradação do ambiente aquático. Entreessas medidas está o monitoramento constante da qualidade de água e respeito a umlimite estabelecido de produção de acordo com a capacidade de cada ambiente.

Dessa forma, podemos concluir que, durante o período de acompanhamento, ocultivo não produziu carga poluidora que pudesse causar algum problema na qualidadeda água do açude em relação as variáveis analisadas, provavelmente devido à pequenadimensão do cultivo em relação ao tamanho e capacidade suporte do reservatório.

Palavras-chave

Anexos 105

Tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus), tanque-rede, açude Ministro JoãoAlves, Parelhas/RN

Referências bibliográficas

ARAUJO, M. F. F. Variação anual da comunidade fitoplanctônica, da clorofila a e daprodutividade primária na lagoa de Extremoz, RN. 139 p. Dissertação (Mestrado).UFRN, Natal, 1997.COSTA, M. A. M. Ecologia da Comunidade Fitoplanctonica da Barragem Gargalheirasem Acari, RN. Natal. 107p. Dissertação de mestrado. UFRN. 2000.DARLEY, W. M. Algal Biology: A Physiological approach. Blackwell ScientificPublications. London. UK. 168p. 1982.DILLON, P. J. & RIGLER, F. H. The phosphorus-clorophyll relationship is lakes.Limnol. Oceanogr. 19: 767-773p. 1974.FERREIRA, R.A.R.; CAVEVAGHI, A.L.; VALINI, E.D.; CORRÊA, M.R.;NEGRISOLI, E.; BRAVIN, L.F.N., TRINDADE, M.L.B. ; PADILHA, F.S. 2005.Monitoramento de fitoplâncton e microcistina no reservatório da UHE Americana.Planta Daninha, Viçosa, 23(2): 203-214.MACEDO-VIÉGAS, E.M. E SOUZA, M.L.R. 2004. Pré-processamento e conservaçãodo pescado produzido em piscicultura. In: CYRINO, J.E.P.; URBINATI, E.C.;FRACALOSSI, D. M.; CASTAGNOLLI, N. Tópicos especiais em piscicultura de águadoce tropical intensiva. São Paulo: Tecart. p.406-480.SANT'ANNA, C.L.; AZEVEDO, M.T.P.; AGUJARO, L.F.; CARVALHO, M.C.;CARVALHO, L.R.; SOUZA, R.C.R. 2006. Manual ilustrado para identificação econtagem de cianobactérias planctônicas de águas continentais brasileiras. Rio deJaneiro: Interciência. 58p.TUNDISI, J.G. 2005 Gerenciamento integrado de bacias hidrográficas e reservatóriosestudos de caso e perspectivas. In: NOGUEIRA, M.G.; HENRY, R.; JORCIN, A.Ecologia de reservatórios: impactos potenciais, ações de manejo e sistemas em cascata.São Carlos: Rima. p.1-21.WRIGHT, S.. Chemical conditions in some waters of northeast Brazil. A. Acad. Bras.Ci. 9:278-306p.1937.

Anexos 106

ANEXO 12

XX Congresso de Iniciação Científica

Período do Congresso: 19/10/2009 a 21/10/2009

CORPO DO RESUMO

Autor: TALITA ARAUJO DE ANDRADE

Orientador: NAITHIRITHI TIRUVENKATACHARY CHELLAPPA

Co-autor(es):

PATRICIA LUIZA DA SILVA CARMO DE LIMA RANIELLY KAREN DE OLIVEIRA

EMILLY KATALINE RODRIGUES PESSOA

Área de Conhecimento:

Ciências Biológicas

Título

Avaliação da qualidade da água e da comunidade fitoplanctônica da Lagoa do Jiqui,Parnamirim/RN

Resumo

O aumento da degradação ambiental e o uso múltiplo dos recursos hídricos vem diminuindo aqualidade da água consumida pelos seres humanos e por animais, por isso é de fundamental

importância proceder à avaliação da qualidade da água para o adequado gerenciamento dessesrecursos. Este estudo teve como objetivo caracterizar a comunidade fitoplanctônica juntamentecom a sua variação durante as estações de estiagem e chuvoso, da Lagoa do Jiqui, localizadaem Parnamirim, RN, além de analisar os fatores físico-químicos. As coletas das amostras de

água foram realizadas de setembro de 2008 à maio de 2009. Para a coleta do fitoplâncton foiutilizada uma rede de 20mm. Em laboratório, foram realizadas as análises dos nutrientes e

identificadas a comunidade fitoplânctonica. Na comunidade fitoplânctonica foi observada umadominância das Bacillariophyceaes. O pH se apresentou circum-neutro, a temperatura tevevalores altos, em média de 29ºC. Houve uma diferença significativa entre os períodos deestiagem e chuvoso para o oxigênio dissolvido (p<0,001), a transparência (p<0,001), e aturbidez (p<0,02). O nitrato teve valores altos, enquanto o amônio e o orto-fosfato teve

concentrações baixas durante o período de estudo. A clorofila a também apresentouconcentrações baixas durante todo o período de estudo. Diante dos baixos valores da clorofila a,alta transparência e valores baixos de nutrientes pode-se inferir que a água da Lagoa do Jiqui

pode ser considerada de boa qualidade.

Palavras-Chave

qualidade da água, comunidade fitoplanctônica, lagoa

Anexos 107

ANEXO 13

XX Congresso de Iniciação Científica

Período do Congresso: 19/10/2009 a 21/10/2009

Corpo do Resumo

Autor: LEILA LAISE SOUZA SANTOS

Orientador: NAITHIRITHI TIRUVENKATACHARY CHELLAPPA

Co-autor(es):

PATRICIA LUIZA DA SILVA CARMO DE LIMA EMILLY KATALINE RODRIGUES PESSOA RANIELLY KAREN DE OLIVEIRA

Área de Conhecimento:Ciências Biológicas

TítuloEfeitos de efluentes da carcinicultura sob os parâmetros ambientais e comunidadefitoplanctônica em um reservatório na microrregião da Borborema PotiguarBrasileira.

ResumoO objetivo deste trabalho visa descrever as características limnológicas de umreservatório do Rio Grande do Norte e discutir suas implicações ecológicas. Oaçude Trairi, localizado na cidade de Tangará/RN, representa fonte de pesca para acomunidade local, porém vem sendo afetado pelos efluentes da carcinicultura. Ascoletas foram realizadas de setembro de 2008 a junho de 2009. Foram avaliados osparâmetros físico-químicos, tais como: pH, temperatura, oxigênio dissolvido,condutividade elétrica, profundidade, turbidez, transparência da água e nutrientesinorgânicos, além de analisar a comunidade fitoplanctônica. Dentre as espéciesidentificadas, a Spirulina foi representada nas amostras, acompanhada a elevadacondutividade elétrica (1000 μS.cm-1), pois esta é indicadora de alta salinidade. Ascianobactérias potencialmente tóxicas, como as: Anabaena spiroides, A. circinalis,A. planctônica foram abundantes durante todo o período de estudo, provavelmentedevido ao excesso de nutrientes oriundos da carcinicultura. Com isso o reservatórionecessita de monitoramento, visto que, é fonte de renda para inúmeros pescadores.

Palavras-Chaveaçude Trairi, carcinicultura, cianobactérias potencialmente tóxicas

Anexos 108

ANEXO 14

XVI Congresso de Engenharia de Pesca

Período do congresso:18/10/2009 a 22/10/2009

AVALIAÇÃO DA COMUNIDADE FITOPLANCTONICA EM VIVEIROS DECAMARÃO DO RIO POTENGI, RIO GRANDE DO NORTE, BRASIL.

Leila Laise S. Santos1*, Patrícia Luiza da Silva C. de Lima2, Naithirithi T.

Chellappa3, Pedro Carlos C. Martins3

1 Graduanda em Aqüicultura, Universidade Federal do Rio Grande do Norte2 Mestranda em Ecologia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

3 Professor adjunto, Universidade Federal do Rio Grande do NorteDepartamento de Oceanografia e Limnologia, Universidade Federal do Rio

Grande do Norte – UFRN,

*[email protected]

Resumo/Abstract

O presente trabalho teve como objetivo caracterizar e comparar a

comunidade fitoplanctonica em dois viveiros de camarão. A área de estudo

localiza-se no Rio Potengi no Estado do Rio Grande do Norte. As coletas foram

realizadas nos períodos de Julho e Agosto de 2008. Variáveis tais como, pH,

temperatura, oxigênio dissolvido, condutividade elétrica foram medidas in situ

através do kit multi parâmetro wtw 340i e a transparência foi medida com o

disco de sechi. A análise do nutrientes, como nitrato, amônio, ortofosfato foram

analisados no Centro de Tecnologia da Aquicultura. As coletas para a análise

qualitativa foram feitas através de arrastos com rede de plâncton, com malha

de 20µm em toda a extensão do viveiro. Os resultados obtidos mostraram que

os fatores físicos químicos foram semelhantes nos dois tanques estudados.

Com relação a comunidade fitoplanctônica, 27 táxons distribuídos em 3

classes, Bacillariophyceae, Cyanophyceae, Chlorophyceae foram encontrados.

Palavras-chave: Comunidade fitoplanctonica. Carcinicultura. Rio Potengi.

Anexos 109

INTRODUÇÃO

Em meados dos anos 70, houve uma grande propagação das técnicas

de cultivo de camarões em escala comercial nos países de regiões tropicais e

subtropicais. Nesses países, a partir desta época, a carcinicultura marinha foi

obtendo uma posição relevante no cenário internacional. Nos anos 80, houve

uma crescente demanda com alto valor econômico do produto e uma evolução

progressiva da produção de camarões marinhos em cativeiro (THOMPSON et

al., 2002).

A carcinicultura marinha vem sendo explorada em mais de 50 países,

atingindo um patamar elevado a nível mundial. O cultivo de camarão marinho

teve seu crescimento acelerado nas duas últimas décadas, aumentando de

215.000 toneladas em 1985 para 865.000 toneladas no ano 2000, chegando a

representar 43% do total produzido de camarão em todo o mundo (FAO, 2002).

Em 2003, o Brasil assumiu a liderança mundial em produtividade,

alcançando 6.084kg/ha/ano. As 90.190 toneladas de camarão produzidas em

2003 foram responsáveis por um crescimento de 50% em comparação ao ano

anterior, e consolidaram a posição do Brasil como líder no hemisfério ocidental

e como sexto maior produtor do mundo (ROCHA; RODRIGUES, 2004a).

O nordeste brasileiro consolidou sua posição de maior produtor com

96,5% (58.010 t.) da produção do País, sendo os estados do Rio Grande do

Norte e Ceará os principais produtores. Em 2003, o Rio Grande do Norte

exportou 18,7 mil toneladas, gerando uma receita de US$ 71 milhões.

O fitoplâncton é, nos primeiros estágios do ciclo de vida do camarão, o

alimento-base da dieta. Durante o segundo estágio de vida (zoea), a dieta do

camarão é preferencialmente baseada em microalgas, devido a uma maior

facilidade na captura. No estagio seguinte (mysis), no qual o camarão já possui

todas as características do camarão adulto, organismos fotoplanctonicos

tornam-se o alimento preferencial. Para uma melhoria na sobrevivência e

crescimento do animal, o alimento vivo é oferecido durante todo estagio larval

(KATOH, 1991).

O conhecimento da composição fitoplanctonica de um determinado

ecossistema é extremamente importante para caracterizar sua comunidade. A

Anexos 110

avaliação da comunidade fitoplanctonica é imprescindível para o

desenvolvimento da carcinicultura, pois em todos os períodos de cultivo é

necessária a caracterização e o controle populacional da mesma para que

possa obter estabilidade e um bom desenvolvimento do cultivo.

Este trabalho teve como objetivo caracterizar e comparar a comunidade

fitoplanctonica em dois viveiros.

MATERIAL E MÉTODOSA área de estudo localiza-se no Rio Potengi do Estado do Rio Grande do

Norte. O presente estudo foi desenvolvido em viveiros de engorda de camarão

instalados em uma fazenda da região, nos períodos de Julho e Agosto de

2008.

As coletas foram realizadas em dois viveiros, viveiro A e viveiro B, cada

um com um ponto estabelecido.

Variáveis tais como, pH, temperatura, oxigênio dissolvido, condutividade

elétrica foram medidas in situ através do kit multi parâmetro wtw 340i. A

transparência foi medida com o disco de secci e com o auxílio da fita métrica. A

análise do nutrientes, como nitrato, amônio, ortofosfato foram analisados na

Empresa de pesquisa agropecuária do Rio Grande do Norte.

As coletas para a análise qualitativa foram feitas através de arrastos com

rede de plâncton, com malha de 20µm em toda a extensão do viveiro. Sendo

colocadas em seguida em garrafas plásticas e fixadas com Iodo Lugol.

No laboratório na UFRN as amostras foram sifonadas em malhas de 20

µm e acondicionadas em frascos de vidro transparente com tampas de plástico.

Cada frasco foi etiquetado com os seguintes dados: no da amostra, nome da

fazenda, no do viveiro, data. As análises qualitativas do fitoplâncton foram

realizadas com o auxílio do microscópio óptico Nikon Eclipse E200, e a

identificação das espécies fitoplanctonicas foram realizadas e baseadas em

consultas literárias especializadas de Peragallo; Peragallo (1897-1908), Husted

(1930), Desikachary (1959), Prescott (1970) e Wehr; Sheath (2003).

As amostras para a análise quantitativa (fitoplâncton total) foram

coletadas em garrafas plásticas e fixadas com Iodo Lugol. Antes de cada

amostragem a garrafa era lavada com água do próprio viveiro. Em laboratório

as amostras foram sifonadas e armazenadas em frascos de vidro com tampa

de plástico.

Anexos 111

Cada frasco foi etiquetado com os seguintes dados: no da amostra,

nome da fazenda, no do viveiro, data e fixador. Posteriormente as amostras

foram encaminhadas ao LABIMI (Laboratório de Biotecnologia de Microalgas)

no Departamento de Oceanografia e Limnologia da UFRN

A Contagem dos organismos, para a análise quantitativa, foi realizada

através de microscópio óptico com auxílio da câmara de Sedgwick-Rafter de

capacidade para 1 mL. Os organismos fitoplanctônicos foram contados em 10

quadrados aleatórios na câmara e o valor extrapolado para 1000 quadrados.

Foi considerado como um indivíduo: cada célula isolada; colônias e fragmentos

de organismos, filamentosos ou não contendo mais de 10 células.

Os testes estatísticos foram realizados utilizando-se do programa

SigmaStat 3.1.

RESULTADOS E DISCUSSÃOCom relação a temperatura, transparência da água, oxigênio dissolvido e

salinidade, observou-se valores semelhantes entre os dois viveiros estudados.

Segundo Passavante (1979), a temperatura desempenha um papel relevante

na alteração na taxa fotossintética e na respiração dos organismos

planctônicos. A temperatura em estuários tropicais é sempre elevada. No

presente estudo, a temperatura obteve uma média de 28,2 °C entre os dois

viveiros.

Os valores de transparência da água dependem da quantidade de

partículas em suspensão e dissolvidas, bem como da abundância do

fitoplâncton (BOYD &CLAY, 1998). Neste trabalho a transparência foi maior no

mês de Julho e menor no mês de agosto para os dois viveiros. Resultados

semelhantes foram encontrados em LIMA & CHELLAPPA, 2006.

Em relação ao oxigênio dissolvido, houve pouca diferença entre os dois

viveiros, onde no viveiro A apresentou uma média de 11,2 mg/l e no viveiro

10,4 mg/l. Uma pequena variação neste parâmetro também foi encontrada por

LIMA & CHELLAPPA, 2006.

A salinidade é o principal parâmetro hidrológico em regiões estuarinas

tropicais, depois do fluxo de marés, o que determina a distribuição das

espécies (TUNDISI, 1970). A média da salinidade registrada foi de 5,3 ups

entre os dois viveiros.

Anexos 112

As concentrações do nitrato foi baixa durante os dois meses de estudo,

alcançando um média de 0,00325 mg.L -1 no viveiro 1 e média de 0,0043 mg.L -

1 no viveiro 2.

A amônia apresentou valores baixos e uniformes, obtendo uma média de

0,0650 mg.L -1 no viveiro 1 e 0,0646 mg.L -1 no viveiro 2. Na qual o menor valor

(0,062mg.L -1) foi registrado nos viveiro A no mês de Julho e no viveiro B no

mês de Agosto.

O orto-fosfato apresentou concentração média de 0,366 no viveiro A e

de 0,370 no viveiro B a média dos dois viveiros foi de 0,553. A maior e menor

concentração foi observada no vieviro B no mês de Agosto e Julho

respectivamente.

As espécies fitoplanctônicas foram distribuídas por grupos encontradas

em dois viveiros na Fazenda AQUAVIVAH. Foram identificadas 27 táxons

pertencentes a 3 classes (Bacillariophyceae, Cyanophyceae e Chlorophyceae),

sendo um total de 13 no viveiro A e 14 no viveiro B. No viveiro A, 7 espécies de

Bacillariophyceae, 5 de Cyanophyceae e 1 de Chlorophyceae foram

indentificadas. No entanto, no viveiro B foram encontradas 11 espécies de

Bacillariophyceae, 2 de Cyanophyceae e apenas 1 de Chlorophyceae. A

classe mais representativa em termos de riqueza foi a Bacillariophyceae com

18 espécies em todo período de estudo, seguido de Cyanophyceae com 7

espécies identificadas.

A alga da classe Cyanophyceae que obteve maior abundância relativa

foi a Nostoc sp com 50,0 no viveiro B, seguido da alga pertencente a mesma

classe, Chroococcus sp. com 26,5 no viveiro A. A classe Bacillariophyceae foi a

mais abundante durante todo período de estudo. Resultados semelhantes

foram encontrados pó LIMA & CHELLAPPA, 2006.

CONCLUSÃO

O ecossistema apresenta uma grande riqueza de espécies, com um total

de 27 táxons distribuídos em 3 classes, Bacillariophyceae, Cyanophyceae,

Chlorophyceae. Houve uma abundância relativa da classe Bacillariophyceae no

viveiro A e Cyanophyceae no viveiro B.

A classe Cyanophyceae foi a dominante no viveiro B e os gêneros desta

classe mais encontrados são Chroococcus sp e Nostoc sp. No entanto, no

Anexos 113

viveiro A houve a dominância do gênero Chroococcus sp da classe

Cyanophyceae, apesar da abundancia relativa ter sido maior na classe

Bacillariophyceae.

REFERÊNCIAS

BACHION, M. A. & SIPAÚBA – TAVARES, L. H. Estudo da composição dascomunidades fitoplânctonica e zooplânctonica em dois viveiros decamarão. Rev. Acta Limonologica Brasil. Vol. 4, p. 371- 393. 1992.

LIMA, A. K. A.; CHELLAPPA, N. T. Diversidade de Microalgas comoBioindicadores do estado Trófico em viveiros de Cultivo de Camarão emTibau do Sul/RN. 122 f. Tese (Doutorado em Ciências Biológicas) –

Departamento de Oceanografia e Limnologia, Universidade Federal do Rio

Grande do Norte.

PASSAVANTE, J. Z. de O. Produção primaria do fitoplâncton do canal deSanta Cruz (Itamaracá-Pernambuco). São Paulo, SP: 1979. 188 f. Tese

(Doutorado em Oceanografia) – Instituto Oceanográfico, Universidade de São

Paulo, 1979

ROCHA, I. P.; RODRIGUES, J. O agronegócio do camarão cultivado em2003. Recife: ABCC, 2004. 20p.

THOMPSON, F. L., ABREU, P. A. & WASIELESKY, W. Importance of biofilmfor water quality and nourishment in intensive Shrimp culture. Aquaculture,

203:263-278. 2002.

TUNDISI, J. G. O plâncton estuarino. Contribuições avulsas do instituto de

oceanografia da Universidade de São Paulo, v. 9, p. 1-22, 1970.