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COMUNICAÇÃO TÉCNICA ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Nº 176431
Requisitos e critérios de desempenho essenciais para sistemas de revestimentos argamassados Osmar Hamilton Becere
Slides apresentado da Palestra proferida na Universidade Federal do Amapá, 2019.
A série “Comunicação Técnica” compreende trabalhos elaborados por técnicos do IPT, apresentados em eventos, publicados em revistas especializadas ou quando seu conteúdo apresentar relevância pública. ___________________________________________________________________________________________________
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Requisitos e critérios de desempenho
essenciais para sistemas de revestimentos argamassados
UNIFAP-2019
Definições
LMCC- IPT 2019 2
Argamassa inorgânica
Mistura homogênea de agregado(s) miúdo(s), ligante(s) inorgânico(s) e água, contendo ou não aditivos ou adições, com propriedades de aderência e endurecimento.
Argamassa mista
Argamassa inorgânica que contém em sua composição dois ligantes, o cimento Portland e a cal.
Processos de produção Produzidas no próprio canteiro (“virada em obra”) Industrializadas (ensacadas, a granel, estabilizadas)
LMCC-IPT 2019 3
Controles rudimentares de ligantes (cimento e cal), agregados e água.
Sem garantia de desempenho do revestimento aplicado
Apesar da evolução da industrialização da argamassas ainda há construtoras que ainda optam por esse processo.
ARGAMASSAS PRODUZIDAS EM OBRA
LMCC-IPT 2019 4
ARGAMASSAS ENSACADAS E A GRANEL
Atendem a NBR 13281: Requer apenas a adição de água
na quantidade informada pelo fabricante
Realizar a mistura adequadamente (garantir o teor de ar incorporado e desempenho do revestimento)
LMCC-IPT 2019 5
ARGAMASSA ESTABILIZADA
Argamassa estabilizada
6
Vantagens
o Pronta para o uso - Disponibilidade a qualquer momento
o Garantia de formulação.
o Elimina a central de preparo da argamassa, estoque de
materiais ensacados, equipamentos de mistura, etc.
o Organização do canteiro
o Aumento da produtividade / redução de desperdícios
LMCC- IPT 2019
Desvantagens
o Inexistência de histórico de utilização.
o Exige equipe operacional capacitada (comprometida).
o Desempenho do revestimento a 36 h é o mesmo 72 h?
o Impacto dos aditivos inibidores na hidratação ?
o Relação água /materiais secos se mantém ao longo da
aplicação?
Normalização atual
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a) ABNT NBR 13281: 2005 - Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos – Requisito.
- Apenas CLASSIFICAÇÃO
Panorama
LMCC- IPT 2019
Três normas principais:
LMCC-IPT 2019 8
REQUISITOS E CRITÉRIOS DE DESEMPENHO DA NBR 13281
APENAS CLASSIFICA!
LMCC-IPT 2019 9
LMCC-IPT 2019 10
LMCC-IPT 2019 11
Comentário: indica normas de método de ensaio, que permitem classificar as argamassas industrializadas em parâmetros mecânicos, físicos e de propriedades no estado fresco. Um dos objetivos: projetista de fachada não especifique mais a argamassa pelo traço, mas sim especifique classes de requisitos que essa argamassa deva atender
Exemplo de classificação: P5, M4, R3, C4, D4, U2, A3
MUITO DIFÍCIL PARA O PROJETISTA !!! COMO TRABALHAR COM ESSES DADOS?
LMCC-IPT 2019 12
b) ABNT NBR 13749: 1996 - Revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas - Especificação
- Não aborda aspectos relacionados a condição de exposição da edificação (clima, chuvas dirigidas, altura da edificação, etc.)
o Foco apenas no desempenho mecânico (resistência de aderência)
LMCC-IPT 2019 13
A partir da publicação da norma NBR 13755 as exigências para emboços destinados a revestimentos cerâmicos de paredes externas passaram a constar nessa norma. Até então fazia parte do escopo da NBR 13749
NOTA
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a) ABNT NBR 7200: 1998 - Execução de revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas - Procedimento
o Requer revisão e atualização , visando subsidiar usuários frente aos novos processos e sistemas construtivos de edifícios (por ex. parede concreto)
LMCC- IPT 2019
ESSAS NORMAS RESPONDEM PELAS DEMANDAS ATUAIS?
E com relação a NBR 15575 E SUAS
PARTES? (NORMAS DE DESEMPENHO)
LMCC-IPT 2019 15
Bombeamento vertical: Edifício em SC, alcançando 226 metros de altura (69 pavimentos)
Técnica de bombeamento o empregada: sistema de Venturi (balanço entre a quantidade de entrada de material e a quantidade de ar), mensurar a perda de carga do sistema e realizar os cálculos necessários para encontrar o correto balanço.
DESAFIOS ATUAIS
Argamassa não pode separar fases!
FORMULAÇÃO
MA
TÉ
RIA
S P
RIM
AS
R$/K
G
Como a escolha da compra da argamassa é encarada em muitos casos!
O CUSTO A QUALQUER CUSTO?
CONDIÇÕES BÁSICAS PARA ESPECIFICAR REVESTIMENTOS
LMC
C-I
PT
17
• ▪ Conhecer as funções que o revestimento deve desempenhar para determinada situação ;
• ▪ Identificar as características relevantes dos revestimentos para o desempenho das funções definidas; e
• ▪ Conhecer os métodos e critérios de avaliação dessas características (métodos de ensaios e limites considerados satisfatórios).
LMCC-IPT 2019 18
Propriedade do revestimento
Posicionamento da fachada no edifício
Pavimento térreo
Pavimentos superiores
Aderência - Crítico
Módulo de elasticidade - Crítico
Resistência superficial Crítico -
Estanqueidade Crítico Crítico
Condições superficiais (acabamento)
Crítico
Sensibilidade frente às condições de aplicação
- Crítico
Fissuras (Opinião do autor) Crítico Crítico
Essas propriedades são afetadas em > ou < escala pelas características da argamassa e : condições do substrato (base); características de execução e condições ambientais durante a produção do
revestimento; condições ambientais ao longo da sua vida útil.
Propriedades CRÍTICAS do revestimento de fachada (apontadas pelo CONSITRA)
A dinâmica relação entre a argamassa e as condições de uso.
LMC
C-I
PT
20
AGENTES E MECANISMOS DE DEGRADAÇÃO
• ÁGUA (principal agente)
CONDIÇÕES DE EXPOSIÇÃO
Primeiro mapa brasileiro de chuva dirigida
LMC
C-I
PT
21
LMCC-IPT
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Precipitação anual no Brasil
Precipitação total média anual (INMET, 2006)
- Inexistência de dados combinados chuvas e ventos -
Critérios em função do grau de exposição
LMC
C-I
PT
23
Considerar além do DRI os fatores de forma da edificação, sua altura e entorno.
Mes
trad
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rofi
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nal
IPT
- 2
01
2
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TEORIA DA PROTEÇÃO DE FACHADAS (Autor: Eng. Helmut Künzel )
Revestimentos como parte do sistema de vedação devem apresentar equilíbrio entre:
a) Absorção de água (hidrorepelência)
b) Permeabilidade ao vapor de água (transpirabilidade)
Aplicado sobre uma parede, exposta à água e à humidade, o produto de acabamento, pintura ou revestimento, deve ser capaz de protegê-la:
dificultando a entrada de água e facilitando a saída de vapor.
A dimensão dos poros e os fenômenos de transporte de umidade
(HELENE, P – 2.000)
nm µm mm
10-9
10-8
10-7
10-6
10-5
10-4
10-3
Dimensão dos Poros (m)
CAPILARIDADE
DIFUSÃO GASOSA
LMC
C-I
PT
26
Grupo I: BI - precipitações anuais < 600 mm Grupo II: MI - precipitações anuais ≥ 600 e < 800 mm Grupo III: AI - precipitações anuais > 800 mm
Alemanha – Norma DIN
LMC
C-I
PT
27
Revestimentos de proteção contra chuva
W ≤ 0,5 kg / (m2.h1/2)
Sd ≤ 2m
W * Sd ≤ 0,2 kg/(m.h1/2)
Limites de resistência à difusão do vapor e de absorção de água
LMCC-IPT 2019 28
Norma Classes(*) Especificação
BS EN 998-1: 2010
W0 Sem especificação
W1 ≤ 0,40 kg/m2.min1/2
W2 ≤ 0,20 kg/m2.min1/2 (*) A norma BS EN 998-1 emprega o símbolo W para o coeficiente de absorção de água por capilaridade
Coeficiente de absorção de água por capilaridade (W), norma BS EN 998-1 –
Specification for mortar for mansory – Part 1: Rendering and plastering mortar (EN, 2010),
Aplicação: a norma DIN EN 13914 – Design, preparation and application fo external rendering and internal plastering – Part 1: External rendering, considerando as classes da norma BS EN 998-1 (W0, W1 ou W2), estabelece que argamassas produzidas em fábricas e destinadas a regiões sujeitas a muita chuva dirigida devem apresentar coeficiente de absorção de agua por capilaridade Classe W2
CRITÉRIO DE DESEMPENHO BS EN 998-1
W2 em Kg/(m².h1/2) = 1,55 W1 em Kg/(m².h1/2) = 3,1
Muitas argamassas de revestimento quando em
contato com a água saturam em ½ hora!
Reduzir valores elevados de absorção de água por capilaridade as argamassas brasileiras (atualmente ≈ 6,0 a 12,0 kg/m2/√h)
LMCC-IPT 2019 30
Retração: sem comentário (!!!)
EXEMPLO
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ABNT NBR 16648- Argamassas inorgânicas decorativas para
revestimento de edificações - Requisitos e métodos de ensaios
o utilização como última camada (camada aparente) do revestimento
de edificações (não requer pintura).
o reduzir etapas de produção, aumentar a produtividade, diminuir o
consumo de materiais reduzir custos mantendo desempenho
Abordagem na norma
o Requisitos e critérios de desempenho regionalizados a) Zonas
costeiras; b) demais regiões
o Alguns critérios subsidiados em simulação higrotérmica
o Preocupação com o desempenho frente a chuvas dirigidas
LMCC- IPT 2019
SBTA 2017 32
ROTEIRO P/ AVALIAÇÃO DAS ARGAMASSAS E
REVESTIMENTOS ATD
Fluxograma de avaliação dos revestimentos ATD monocamada (Fig. 1)
SBTA 2017 33
Fluxograma de avaliação dos revestimentos ATD multicamadas (Fig. 2)
SBTA 2017 34
Fluxograma de avaliação dos revestimentos ATD monocamada (Figura 1)
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Susceptibilidade a fissuração (retração)
(Manifestação patológica recorrente ).
LMCC- IPT 2019
Desafio: definir critérios para a NBR 13281 considerando que os revestimentos obtidos a partir dessas argamassas receberão pintura e/ou texturização
TECNOLOGIAS ATUAIS PARA ALCANÇAR ESSES OBJETIVOS
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Otimização da curva granulométrica
o Redução da porosidade do sistema
o Redução no consumo de ligantes
LMCC- IPT 2019
a) EMPACOTAMENTO DE PARTÍCULAS
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Modelo de Furnas e Andreasen
LMCC- IPT 2019
b) ADITIVOS QUÍMICOS
Retentores de água Incorporadores de ar Hidrofugantes Plastificantes Etc...
Reometro
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Regime Transiente: Considera o transporte de umidade em regime dinâmico através da parede em ambos os fluxos (exterior para interior e
vice-versa)
c) SIMULAÇÃO COMPUTACIONAL
LMCC- IPT 2019
WUFI-Pro 5.3 (cálculo
higrotérmico em regime
dinâmico)
WUFI-Bio (avaliação crescimento de fungos
LMCC-IPT 2019 40
0
20
40
60
80
100
120
140
0 2 4 6 8 10 12 14 16
Teo
r d
e u
mid
ade
(kg
/m³)
Posição (cm)Teor de umidade - 01.01 23:59 h (ano 1)Teor de umidade - 23.09 23:59 h (ano 3)Teor de umidade - 21.12 23:59 h (ano 3)Teor de umidade - 20.03 23:59 h (ano 3)
ArgamassaBloco de concreto
Arg. de gessoTinta
Ext. Int.
Perfis de umidade na parede
LMCC-IPT 2019 41
-5,E-07
-4,E-07
-3,E-07
-2,E-07
-1,E-07
0,E+00
1,E-07
2,E-07
3,E-07
4,E-07
5,E-07
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Flu
xo
de u
mid
ad
e [
kg
/(s
.m²)
]
PeríodoS1_Fluxo de umidade na superfície interna S1_Fluxo de umidade na superfície externa
Fluxos de umidade médio mensal nas superfícies da parede
FO
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A MANDALA DOS REVESTIMENTOS DE FACHADA
Eng. Carlos Carbone