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INSTITUTO SUPERIOR MIGUEL TORGA Comunicação Internacional com Estrangeiros Artigo cientifico – Disciplina: Protocolo Nuno Miguel Gomes Granada nº7584 3º Ano - Comunicação Empresarial

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Page 1: ComunicaçãO Internacional Com Estrangeiros protocolo

INSTITUTO SUPERIOR MIGUEL TORGA

Comunicação Internacional com Estrangeiros Artigo cientifico – Disciplina: Protocolo

Nuno Miguel Gomes Granada nº7584

3º Ano - Comunicação Empresarial

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“(…) esse elo representa à passagem que é realizada de

forma amena frente a um ritual que cria experiência, de modo a tornar a convivência de grupos sociais, menos drástica possível, fortalecendo, assim, a coesão social via reprodução de actos onde o protocolo é inserido como fonte apaziguadora e organizadora dos actos.” Eliade (1989)

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RESUMO: A ideia base deste artigo passa por expor os 3 tipos de protocolo existentes, bem como a sua relação com o meio exterior. Comportamentos universalmente aceitáveis em todas as culturas.

KEYWORDS: Protocolo, Cortesia, Protocolo Internacional, Protocolo Social, Protocolo de Estado, Protocolo Empresarial, Doutrinas Protocolares

ABSTRACT: The main concept of this cientific article is explain the three diferent types of Protocol, and their relation with the outside world aswell. It focus the acceptable behaviors worldwide among all cultures.

Introdução

Protocolo tem como raiz da palavra o grego protokollon e do latim protocollu. Redigir um protocolo. Formulário que regula os actos públicos. Protocolar, formalidades adoptadas nas questões diplomáticas, nas recepções dos soberanos, chefes de estado.

Na Idade Média era o registo de arquivos, das audiências nos tribunais. Convenção Internacional. Registo de uma conferência ou deliberação diplomática.

Como podemos ver o protocolo não é uma coisa dos tempos modernos, trata-se de rotinas com muitos anos, rotinas essas que já se encontram ligadas as próprias culturas. Como por exemplo na Índia. A cultura da Índia é a expressão de uma das mais antigas - mais de quatro mil anos de documentos, tanto escritos como momumentais. A Índia é constituída por várias etnias, tanto nativas quanto dos conquistadores que lá estiveram em vários períodos de sua longa história. Deve-se a isso a grande tolerância religiosa existente no país, uma vez que o povo está acostumado a conviver com uma enorme divesidade cultural, que inclui diferenças até mesmo nas línguas.

“Os hindus mais devotos também executam tarefas diárias, como venerar durante a alvorada, depois de se banhar (normalmente num santuário familiar, num ritual que também envolve o acendimento de uma lâmpada e a colocação de oferendas de alimentos diante de imagens das divindades), recitar os escritos religiosos, cantar hinos devocionais, meditar, cantar mantras, entre outros.” (wikiopedia 10/12/2009)

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DOUTRINAS PROTOCOLARES

Cada nação tem liberdade absoluta para deliberar as suas normas de protocolo, contudo tem de se ter em atenção e respeitar as precedências estabelecidas na lei e nos costumes internacionais.

Então dentro do protocolo internacional existem 3 variantes de protocolo: social e de estado, de cortesia e por ultimo o empresarial.

Todas as nações têm regras bastante diferentes, porem existem comportamentos que são comuns ou considerados inofensivos, ou seja que não ofendem. Realizei um levantamento de comportamentos a evitar e a adoptar para cada uma das três variáveis de protocolo.

PROTOCOLO SOCIAL E PROTOCOLO DE ESTADO

Conjunto de regras a executar em certas cerimónias oficiais onde estão presentes chefes de Estado ou altas individualidades nacionais e estrangeiras. O Protocolo de Estado é um instrumento da política externa e da diplomacia, que ao longo dos séculos serviu para coadjuvar a convivência entre Estados e para dar dignidade e pompa aos actos oficiais. Conduz-se por regras bastante rígidas, que permanecem durante os tempos. Esta variante de protocolo está profundamente ligada ao Protocolo Diplomático que se trata de um conjunto de honras e privilégios externos que se devem tributar mediante determinadas circunstâncias ou alturas aos representantes de Estados estrangeiros.

PROTOCOLO E CORTESIA

Como referido anteriormente o protocolo conduz-se por regras bastante rígidas, que permanecem durante os tempos. Porem o protocolo não se limita às normas escritas que conduzem o Protocolo do Estado. Inclui também as normas de cortesia ou educação (se assim quisermos chamar) que facilitam a vida do dia-a-dia em sociedade, seja em casa, seja no trabalho. Por exemplo a simples convenção dos talheres à mesa é um óptimo exemplo de protocolo que nos não damos a mínima

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importância. Esse sim difere de país para país. Comer na China e muito diferente de comer na Rússia. A cortesia e o protocolo já foram comparados como dois círculos concêntricos em que o maior ‘a cortesia’ engloba o círculo menor ‘o protocolo’. Ou seja, pode haver normas de cortesia fora do protocolo, mas não pode haver protocolo sem cortesia. A cortesia baseia-se na tradição e em costumes antigos, mas é mais difícil de definir do que o protocolo. Muitas das suas regras são transmitidas de geração para geração. Mas, no seu conjunto, é um código de conduta sem o carácter obrigatório do Protocolo de Estado. No fundo, o protocolo é o conjunto de regras organizadoras e a cortesia é a forma de aplicar essas regras.

PROTOCOLO EMPRESARIAL

O protocolo empresarial pode-se definir como o conjunto de actos de boa educação e respeito que facilitam o relacionamento interpessoal tanto fora como dentro das empresas. Ou seja um conjunto de formalidades que se devem observar no relacionamento (interno ou externo) das empresas.

Baseando-se no protocolo diplomático - com normas mais brandas e menos formais, visto que as empresas são organismos com dinâmicas muito fortes e em interacção constante com um universo de pessoas muito diversa, o protocolo empresarial como não podia deixar de ser, fundamenta-se também na cortesia, podendo se descrever como o conjunto de regras de “etiqueta” que vão desde a indumentária ao comportamento das pessoas em determinadas situações da vida profissional.

O protocolo empresarial consiste numa mistura, em doses iguais, de boa educação e bom senso. E a sua sistematização ajuda quando é preciso algo mais do que boa educação ou bom senso para resolver situações insólitas.

CORTESIA

PROTOCOLO

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ALGUNS COMPORTAMNETOS QUE SE DEVEM ADOPTAR EM SITUAÇÕES DE NEGÓCIOS A NIVEL

INTERNACIONAL

Encontros, Almoços e jantar de negócios

Almoço ou jantar de negócios: quem convida é quem paga a conta;

Opte por refeições e bebidas leves; lembre-se que a finalidade é comercial e

não nutricional; Evite: palitar os dentes, mastigar com a boca aberta, cotovelos na mesa, olhar

só para o prato, arrastar a cadeira, comer antes de todos estarem servidos, usar o telemóvel, exacerbar marcas ou modelos de telemóvel ou chaves de carros.

Cartão de Visitas - Seu uso é frequente e, muitas vezes, inadequado. Em um

encontro de negócios nunca se deve sair distribuindo cartões a torto e a direito. Deve-se entregar apenas a uma pessoa que se acabou de conhecer e nunca se deve dobrar a ponta.

Pontualidade nos Compromissos - Uma regra básica que, apesar de

indispensável, é uma das mais desrespeitadas. Para profissionais e executivos atrasarem-se a um encontro ou reunião de negócios é uma atitude injustificável. Não se deve atrasar, salvo se ocorrer uma situação absolutamente imprevisível. E, neste caso, é preciso telefonar avisando.

Uso do Telemóvel - Telefonar, aliás, é um verbo que costuma ocupar pelo

menos um capítulo nos manuais para executivos, por ser um campo vastíssimo de infracções às boas maneiras. Em almoços de negócios, reuniões de empresas ou encontros com clientes deve-se evitar utilizar o telemóvel, deixando os presentes como espectadores de um "espectáculo" que não pediram para ver. A única excepção pode ser aberta quando se está à espera de uma notícia importante e, mesmo assim, as pessoas em volta devem ser avisadas e deve pedir licença para atender a chamada.

Telefonemas - Ainda na categoria telefonemas, é importante lembrar-se

sempre de retornar todas as ligações recebidas que não se pôde atender pessoalmente. Não fazer isto é considerado falta de educação e pode vir a atrapalhar as relações profissionais.

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Desatenção - Ser desatento com o interlocutor, olhando insistentemente para os lados durante um almoço ou evento, como se não se pudesse perder um acontecimento do que passa à volta, é um dos erros mais graves.

Falha de Memória - Ninguém está livre de se esquecer do nome da pessoa com

quem se está a falar. Nesses casos, a regra é apenas uma: esforçar-se para lembrar ou conseguir a informação de alguma maneira. Deve-se evitar a pergunta clássica: "qual é mesmo o seu nome?". Para o esquecido, é uma desatenção muito grande.

Estrangeiros - Regras de etiqueta mudam de país para país. O ideal, para quem

mantém contacto com profissionais de outros países, é procurar informar-se sobre alguns hábitos culturais dos visitantes.

ALGUNS COMPORTAMENTOS A ADOPTAR EM REUNIOES A NIVEL INTERNACIONAL

Hierarquia social

A pessoa mais qualificada num evento é aquela que recebe toda a atenção e consideração dos anfitriões e convidados presentes.

Esta pode ser um senhor idoso que comemora o seu centenário numa festa que é oferecida em sua homenagem, é o convidado de honra. Também o é o possuidor de um cargo público ou de uma patente superior aos demais presentes.

Apesar de vivermos numa sociedade livre, democrática e igualitária a etiqueta e o Protocolo reconhecem e indicam as precedências de todas as pessoas em qualquer evento.

Levantar-se

Todos os convidados devem dar a devida e imediata atenção a uma pessoa importante que entra no local do evento. À entrada daquela todos os convidados, à excepção das senhoras, devem levantar-se e aguardar a sua vez de ser cumprimentado ou apresentado. As senhoras nunca se levantam, quando são apresentadas a outras senhoras ou a um homem, fazendo-o apenas quando essa pessoa a quem são apresentadas é-lhes superior em categoria, como um chefe de Estado, um membro do clero de alta hierarquia ou a outra senhora mais idosa. As solteiras jovens e as adolescentes deverão sempre levantar-se para as cumprimentar.

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No restaurante

Deve cumprimentar-se de longe, quando a pessoa que se encontra não é muito íntima. Mas quando a aproximação é inevitável, os homens da mesa devem levantar-se para cumprimentar a senhora ou o senhor que chega. Estes devem pedir que todos voltem a sentar-se. Quando durante um jantar uma senhora se levanta, todos os homens devem fazer o mesmo e repetindo quando ela voltar.

Se for um grande jantar deverão levantar-se somente os vizinhos da esquerda e da direita.

Precedência

É o direito de preceder outra pessoa ou de ocupar um lugar superior ao dela. Dar passagem, dar entrada, ceder a vez, à pessoa mais importante. Se, porem,

a pessoa mais importante ceder a precedência a outra pessoa menos importante, esta não precisa de repetir o gesto de cedência de precedência.

Quando se oferece a precedência e esta é declinada, deve passar-se à frente dizendo e agradecer: ”Com licença, obrigado(a)”.

Apresentações

Apresenta-se sempre a pessoa menos importante à mais importante sendo a mulher, na etiqueta, mais importante que o homem. Deve apresentar-se um homem a uma senhora, alguém a uma autoridade, uma pessoa mais jovem a uma mais velha. A pessoa mais importante estenderá a mão a quem foi apresentada ou acena a cabeça e fará o primeiro cumprimento. Apresenta-se sempre primeiro o nome da pessoa menos importante.

A fórmula mais usual é: “Permita-me que lhe apresente …” Quando tal se justificar, diz-se o estatuto social ou nobiliário da pessoa: o conde de …, o coronel …, o doutor…, o senhor padre… Os homens fazem um pequeno aceno de cabeça e cumprimentam as senhoras; estas devem sorrir e corresponder com um pequeno cumprimento; as mulheres mais novas dão um beijo às senhoras mais velhas.

Não sendo numa apresentação, o funcionário que encontre o seu superior deverá saudá-lo em primeiro lugar. Mas, cabe ao superior a decisão de estender a mão. Quem estende a mão é sempre o empregado mais graduado, o mais velho, a mulher. O empregado da empresa será sempre apresentado a um visitante. No meio empresarial estas regras só se aplicam entre pessoas do mesmo nível hierárquico.

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O homem deve sempre levantar-se para cumprimentar uma mulher, ou alguém hierarquicamente superior. A mulher só o deverá fazer para cumprimentar uma outra mulher, quando não directamente convidada e para ser apresentada à anfitriã; se for convidada e se dela se aproximar a anfitriã para a cumprimentar; e a mulher mais nova quando é apresentada a uma senhora mais velha.

Quando pessoas da mesma importância, idade se apresentam o critério a seguir deverá ser o de quem aborda e quem é abordado, o que está parado.

Quem se aproxima apresenta-se e aguardará que a pessoa abordada responda com cordialidade e aceitação, estendendo a mão e apresentando-se àquele.

Também quando alguém se aproxima de um grupo o mesmo critério deve ser aplicado. Haverá alguém que se coloca como o interlocutor entre os dois lados e apresentará as pessoas do seu grupo que estenderão a mão e cumprimentarão a pessoa a quem foram apresentados.

Beijar a mão

É um modo de saudação respeitosa, usada no cumprimento a uma autoridade religiosa e a uma senhora.

Apesar de ser um cumprimento pouco usual nos nossos dias, nos dois casos as regras são semelhantes.

Prelados

Quando leigos e sacerdotes de nível inferior são apresentados a um bispo, segundo a tradição, devem beijar a sua mão, concretamente, o seu anel que é o símbolo da sua autoridade eclesiástica. O protocolo no Vaticano não obriga ao cumprimento ao Papa com uma profunda reverência e beijo do seu anel. Os católicos fazem-no geralmente, mas os outros visitantes podem, também, fazê-lo com uma simples e respeitosa inclinação de cabeça ou uma leve vénia e um aperto de mão. O Protocolo no Vaticano, também, não obriga a um cumprimento verbal ao Sumo Pontífice, ainda que se possa fazê-lo, mas com brevidade.

Como não se beija uma mão enluvada, quando o dignitário tem de usá-las, o anel é colocado no dedo por cima da luva. Não se deve tocar com os lábios a pedra do anel. Quando o prelado enverga vestes leigas ou vestes não litúrgicas deverá ser apenas cumprimentado com um aperto de mão, se mesmo assim se pretender cumprimentá-lo com um beijo no anel deverá fazê-lo apenas em recintos religiosos.

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Senhoras

O homem só beija a mão a uma senhora, não a uma jovem solteira. Este cumprimento deverá ser feito de uma forma rápida, começado pela senhora que estende a sua mão ao homem, pois só a ela cabe a iniciativa do cumprimento. Quando o relacionamento se torna mais íntimo entre o homem e a mulher, o beijo da mão poderá ser substituído por um aperto de mão em eventos mais formais ou um beijo na face e um abraço em ocasiões mais informais. Em regra o homem não beija a mão de parentas próximas.

Deve evitar-se o toque dos lábios quando se beija a mão, somente distanciando alguns milímetros. Imita-se o beijo à altura das articulações dos dedos com o dorso da mão.

Uma mão enluvada nunca é beijada. Se uma senhora usa luvas numa recepção formal, deverá retirá-las, pelo menos a da mão direita, para a eventualidade de ser apresentada a um homem. Não se beija a mão em locais públicos abertos ou descobertos, como em aeroportos, na praia e em locais desportivos, na rua ou mesmo numa biblioteca pública. O homem não beija a mão a uma senhora que esteja em trajes desportivos.

É um cumprimento próprio apenas para locais cobertos não públicos, ou num recinto aberto mas privado, como o terraço de casa, um jardim particular, ou um clube exclusivo em ocasião formal.

A mulher deve flexionar o braço e elevar a mão, mostrando assim que deseja ser assim cumprimentada, e o homem não precisará mais que curvar a cabeça para beijá-la. Como este cumprimento é actualmente pouco usual, a mulher geralmente não oferece a mão a beijar, podendo o homem levantá-la à altura dos seus lábios para o beijo. Mas se sentir resistência por parte da mulher deverá então apertar-lhe apenas a mão.

Este cumprimento deve ser acompanhado de algumas palavras, depois do beijo e olhando-se nos olhos.

Etiqueta no elevador Nos elevadores, o homem sempre deve segurar a porta para a entrada da

mulher. Da mesma forma, os idosos têm a preferência. Se duas pessoas forem descer no mesmo andar, o homem, ou a pessoa mais jovem, deve abrir a porta para que a mulher ou o mais idoso saia do elevador. Em elevadores de empresas, o homem deve entrar após a mulher e permitir a passagem para que ela saia primeiro. Qualquer pessoa que entra no elevador deve cumprimentar aqueles que já estão dentro.

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Webgrafia

http://pt.wikipedia.org/wiki/Hindu%C3%ADsmo (último acesso 10-12-2009)

http://www.portugalprotocolo.com/ETIQUETA_DEFERENCIA.php (último acesso 10-12-2009)

http://www.megabrasil.com.br/biblioteca2.asp?Id=27 (último acesso 10-12-2009)

http://www.iirportugal.com/Evento/evento.asp?idConvocatoria=2081&idEvento=2138 (último acesso 10-12-2009)

http://www.sinprorp.org.br/canal/Canal122/artigo1.htm (último acesso 10-12-2009)