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Acolhimento de familiares de pessoas em unidade de terapia intensiva: uma perspectiva para a promoção do conforto Autoras: Mariana de Almeida Moraes Gibaut Luisa Mayumi Rocha Hori Kátia Santana Freitas Fernanda Carneiro Mussi VII Encuentros Internacionales de la Casa de Mágina INVESCOM-2013 III Reunión Internacional de Investigación en Salud Comunitaria Casa de Mágina (España) 18-20 de julio 2013

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Acolhimento de familiares de pessoas

em unidade de terapia intensiva: uma

perspectiva para a promoção do

confortoAutoras:

Mariana de Almeida Moraes Gibaut

Luisa Mayumi Rocha Hori

Kátia Santana Freitas

Fernanda Carneiro Mussi

VII Encuentros Internacionales de la Casa de Mágina

INVESCOM-2013 III Reunión Internacional de Investigación en Salud Comunitaria

Casa de Mágina (España) 18-20 de julio 2013

Introdução

A hospitalização de um dos membros da família representa, para muitos familiares, um momento de fragilidade, insegurança e medo em decorrência da ameaça gerada pela doença e tratamento¹.

Ante esta perspectiva, a família passou a se constituir em objeto de investigação ao mesmo tempo em que passou a ser delineada como objeto de trabalho, e, portanto, como objeto do cuidado em enfermagem².

Por ocasião da admissão em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), tanto o membro internado como os familiares experimentam uma das maiores crises de sua vida¹

Identifica-se como razões para essa crise desconfortos como a privação do convívio com o ente, a possibilidade de sua perda, a mudança na rotina da vida familiar, a carência de informação acerca do estado de saúde do seu membro e a necessidade de adequação às normas e rotinas impostas pela instituição.

Diante de tantas situações desconfortáveis o familiar precisa ser confortado. O acolhimento pode apresentar-se como uma perspectiva para a promoção deste conforto

Acolher, no contexto dos serviços de saúde, é “receber bem, ouvir a demanda, buscar formas de compreendê-la e solidarizar-se com ela.

Introdução

Ao acolher, permitimos o encontro, o estar presente, o relacionamento, a criação de vínculo entre a família/membro internado e equipe de saúde. O acolhimento gera as relações humanizadas entre quem cuida e quem é cuidado, pois é uma ferramenta imprescindível no cuidado em saúde. Acolher implica em promover conforto.

Esta reflexão foi baseada na experiência das autoras com o cuidado à família com um membro internado em unidade de terapia intensiva e discussões e reflexões teóricas entre as mesmas, orientadas pela análise da literatura.

Objetivo: Refletir sobre o acolhimento como uma perspectiva para a promoção do conforto de familiares de pessoas em unidade de terapia intensiva.

Introdução

Metodologia

Trata-se de levantamento bibliográfico

Estratégias de busca online no periodo de janeiro a junho de

2012

Bases de dados: Biblioteca Virtual de Saúde: LILACS, MEDLINE e

Biblioteca Cochrane e Portal CAPES

Unitermos: Acolhimento, Conforto, Enfermagem, UTI e Família.

ResultadosA INTERAÇÃO DA FAMÍLIA COM O CONTEXTO DA UTI:

IMPLICAÇÕES PARA O ACOLHIMENTO

Profissionais da UTI devem estabelecer um bom relacionamento com a rede familiar, o que inclui uma abordagem afetuosa e delicada. Isso pode facilitar sua participação no tratamento do parente, minimizando seu sofrimento, e favorecer a percepção de que os familiares são importantes e respeitados pela equipe de atendimento hospitalar. A enfermagem possui um importante papel no acolhimento dos usuários nos serviços de saúde, uma vez que, os trabalhadores da enfermagem permanecem mais tempo em contato com eles. Humanizar a existência da profissão e a existência do outro é humanizar o viver em Enfermagem.

ACOLHIMENTO COMO DIMENSÃO DO CONFORTO: UMA PERSPECTIVA HUMANÍSTICA

É necessário valorizar o acolhimento aos familiares e adotar um sistema eficaz de comunicação com informações periódicas sobre o estado do seu membro. Tornam-se significativos os espaços como sala de espera com melhor acomodação para que sejam promovidos encontros entre os profissionais da UTI e as pessoas da família e, ainda, se repensar urgentemente a necessidade de se estabelecer horários de visita mais flexíveis.

Entende-se que o conforto decorre do processo de cuidar ético, humanístico e técnico científico, é a meta a ser alcançada pela integração entre sensibilidade e racionalidade no processo de cuidar do indivíduo e família.

Resultados

Os familiares precisam ser considerados seres humanos, que sofrem diante da internação do ente na UTI e tem necessidade de interações sensíveis com os profissionais do hospital e direitos a serem respeitados, devendo ser garantido práticas de acolhimento assegurando a dignidade ética. Reside aí o começo de um caminho em direção à promoção do conforto.

Referências1.Lourenço EC, Neves EP. As necessidades de cuidado e conforto de visitantes em UTI

oncológica: uma proposta fundamentada em dados de pesquisa. Revista brasileira de cancerologia. 2008;54 (3):213-220.

2. Bub LIR, et al. Marcos para a prática da enfermagem com famílias. Florianópolis: UFSC, 195 p, 1994.

3. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde . Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. Acolhimento nas práticas de produção de saúde. Brasília(DF); 2006.

4. Beck CLC, et al. Humanização da assistência de enfermagem: percepção de enfermeiros nos serviços de saúde de um município. Rev Gaúcha Enferm. 2009;30(1):54-61.

5. Maffesoli M. A conquista do presente. Rio de Janeiro: Rocco, 1984.

Considerações finais