computador e educação análise de sua utilização no centro estadual de educação profissional ...
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Trabalho de Conclusão de curso.TRANSCRIPT
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GRUPO SER EDUCACIONAL
FACULDADE PIAUIENSE – FAP/MAURÍCIO DE NASSAU
CURSO DE PEDAGOGIA
JOELSON VERAS FREIRE
COMPUTADOR E EDUCAÇÃO: análise de sua utilização no Centro Estadual de
Educação Profissional - CEEP, da cidade de Luiz Correia (PI).
PARNAÍBA
2013
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JOELSON VERAS FREIRE
COMPUTADOR E EDUCAÇÃO: análise de sua utilização no Centro Estadual de
Educação Profissional - CEEP, da cidade de Luiz Correia (PI).
Monografia apresentada ao curso de Pedagogia
da Faculdade Maurício de Nassau, como requisito
para a obtenção do título de Licenciado em
Pedagogia.
Orientação: Profª M.Sc. Regina de Fátima
Mendes Schmidlin.
PARNAÍBA
2013
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JOELSON VERAS FREIRE
COMPUTADOR E EDUCAÇÃO: análise de sua utilização no Centro Estadual de
Educação Profissional - CEEP, da cidade de Luiz Correia (PI).
Monografia apresentada ao curso de Pedagogia
da Faculdade Maurício de Nassau, como requisito
para a obtenção do título de Licenciado em
Pedagogia.
Orientação: Profª M.Sc. Regina de Fatima
Mendes Schmidlin.
Aprovação em ____/_____/________
Banca Examinadora:
____________________________________________________________
Professora orientadora: Mestra Regina de Fátima Mendes Schmidlin
Faculdade Maurício de Nassau/FAP-Parnaíba
____________________________________________________________
Professora convidada: Especialista Rossana Carvalho e Silva Aguiar
Faculdade Maurício de Nassau/FAP-Parnaíba
____________________________________________________________
Professor convidado: Especialista Jean Carlo Galvão Mourão
Faculdade Maurício de Nassau/FAP-Parnaíba
PARNAÍBA
2013
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Dedico este trabalho primeiramente a Deus, por nos dar força em acreditar em algo
transcendental.
A minha mãe Maria Creuza Veras, por confiar que podia conseguir alcançar meus
objetivos e nunca deixar sem amparo;
Ao meu pai José Antônio Freire, por nos motivar a seguir em frente e não desistir
quando encontrar pedras no caminho;
A minha irmã Joelma Freire, por me apoiar e servir de exemplo de que poderia
conseguir quando queremos, mesmo em meio a tantas de dificuldades que encontramos na
vida.
A minha esposa Roseane Assunção, pelo amor que desfrutamos e que fez surgir a
nossa filha Jeovana Antonella.
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Primeiramente tenho a honra de ser grato a Deus, por ter vivenciado esta
experiência tão especial na minha vida e poder no futuro próximo almejar muito mais outras
vitórias em meus objetivos, pois sem ele não teria tanta garra de prosseguir nas horas
difíceis.
À minha família, em especial à minha mãe Mª Creuza, meu pai José Antônio, a
minha irmã Joelma Freire pelo amor incondicional que temos em nosso lar.
À minha família paternal e maternal que sempre nos deram forças por meio de
palavras sinceras.
À família da minha esposa por ter acreditado em mim.
À minha esposa Roseane, que sempre compreendeu as minhas ausências e apoiou
nos meus projetos que são também seus.
À minha filha Jeovana Antonela, pelo amor que incendia nossa casa nos momentos
que estamos juntos.
Ao cursinho popular Amarração, por ter dado a chance de experienciar um espaço
de aprendizagem e consciência cidadã!
Aos meus amigos e colegas de convivência que não citarei os nomes porque são
muitos, e outros (as) (in memoriam), por terem acreditado na educação como meio de
ascensão social!
À instituição CEEP- LUIS CORREIA-PI, que nos acolheu de braços abertos e a
todos os (as) professores (as) e especialmente aquelas que participaram de nosso trabalho,
encontro esse tão importante para a minha carreira profissional e também suas.
A todas (os) colegas de curso que conviveram nesses três anos e meio de idas e
vindas, que não foram somente um mar de rosas, mas turbulências também, nesse eterno mar
da vida, assim fomos aprendendo e superando os obstáculos dessa batalha e almejando
algumas vitórias!
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Aos professores (as) da instituição FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU/FAP,
pelos momentos que deram o máximo de si, no intuito que saíssemos realizados nessa
trajetória acadêmica.
Em especial à orientadora REGINA DE FÁTIMA MENDES SCHMIDLIN, que
sempre me atendeu prontamente em todos os momentos dessa caminhada.
Um Grande Abraço A Todos!
Muito Obrigado!
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Eu valorizo o texto; eles valorizam a ação, o ritmo
frenético de múltiplas imagens e flashes. Eu tenho uma caneta à
mão e escrevo ideias; eles filmam tudo e o postam no Facebook. Eu
organizo o pensamento em frases e parágrafos; eles postam
sensações, vídeos, compartilham tudo, não temem vírus nem
perigos.
José Manoel Moran
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 12
CAPÍTULO 1 – PERCURSO METODOLÓGICO: A PESQUISA E SUAS ETAPAS .... 18
1.1 TIPO E ABORDAGEM DA PESQUISA ....................................................................... 18
1.2 CONTEXTO EMPÍRICO .................................................................................................. 19
1.2.1 A cidade de Luis Correia- PI ........................................................................................... 19
1.2.2 O Centro Estadual de Educação Profissional-CEEP ....................................................... 20
1.3 SUJEITOS PARTICIPANTES .......................................................................................... 21
1.3.1 A professora Giga ............................................................................................................ 22
1.3.2 Professora Bytes .............................................................................................................. 22
1.4 OS INSTRUMENTOS E/OU TÉCNICAS DE PESQUISA .............................................. 22
1.4.1 Entrevista Semiestruturada .............................................................................................. 23
1.4.2 Observação não participante ............................................................................................ 24
1.4.3 Diário de bordo ................................................................................................................ 24
1.5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ....................................................................... 25
CAPÍTULO 2 - APORTES TEÓRICOS DA PESQUISA .................................................. 29
2.1 UM POUCO DA HISTÓRIA... AS NOVAS TECNOLOGIAS ........................................ 29
2.2 COMPUTADOR NA EDUCAÇÃO .................................................................................. 32
2.2.1 Uma breve história da informática na educação no Brasil .............................................. 35
CAPÍTULO 3 - APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS ....................................... 39
3.1 Uso do computador no cotidiano ........................................................................................ 39
3.2 Formação para o uso do computador .................................................................................. 40
3.2.1 O uso do computador na prática pedagógica ................................................................... 41
3.3 Utilização do computador nas aulas ................................................................................... 43
3.4 Reação dos alunos com a utilização do computador .......................................................... 45
3.5 Utilização do laboratório de informática ............................................................................ 46
3.6 Dificuldades em trabalhar com o computador .................................................................... 48
3.7 Aperfeiçoamento para o uso do computador nas aulas ...................................................... 49
CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................. 51
REFERÊNCIAS ...................................................................................................................... 54
APÊNDICE ............................................................................................................................. 57
APÊNDICE A - Roteiro para a entrevista semiestruturada..................................................... 57
APÊNDICE B - Roteiro de observação não participante ........................................................ 59
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APÊNDICE C - Diário de bordo ............................................................................................. 60
ANEXO .................................................................................................................................... 62
ANEXO A- Carta de encaminhamento a instituição ............................................................... 62
ANEXO B- Termo de consentimento da participação da pessoa como sujeito ....................... 63
ANEXO C- Termo de consentimento livre e esclarecido ........................................................ 65
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RESUMO
O presente estudo intitulado computador e educação: análise de sua utilização no Centro
Estadual de Educação Profissional - CEEP, da cidade de Luiz Correia (PI), partiu do seguinte
questionamento: Como o computador está sendo utilizado por duas professoras de uma turma
de 7º série, turno tarde de um Centro Estadual de Educação Profissional - CEEP da cidade de
Luiz Correia-PI? Para alcançarmos o proposto, definimos como objetivos específicos: Saber
como os professores dessa instituição utilizam o computador em suas aulas; Verificar os
conhecimentos que esses professores têm sobre a utilização dos computadores na educação e
saber como esses conhecimentos foram adquiridos e por fim conhecer os possíveis desafios
enfrentados por esses professores para utilizar o computador em suas aulas. No segundo
semestre de 2012, realizamos uma pesquisa de campo com abordagem qualitativa, na qual
estabelecemos o contato direto com as duas professoras, colaboradoras da pesquisa. Para a
produção dos dados, utilizamos uma entrevista semiestruturada, a observação não participante
e o diário de bordo. Para fundamentar o estudo, com apoio dos teóricos como Valente (1999),
Moran (2000), Almeida (2005), dentre outros. Os resultados obtidos puderam revelar a
compreensão da utilização do computador nas atividades pedagógicas dos professores, onde
se encontram ainda muitas barreiras para que se efetive sua utilização no ambiente da sala de
aula como um recurso a mais no processo de ensino - aprendizagem.
PALAVRAS - CHAVE: Professores. Computador. Utilização. sala de aula.
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ABSTRACT
This work aims to do a research about the use of computer by professors in their classes. The
point is: How the professors from Centro Estadual de Educação Profissional - CEEP Luiz
Correia city, use the computer in their final classes? To answer this question the general goal
is: Investigate how the professors from Centro Estadual de Educação Profissional - CEEP use
the computer in their final classes. To get this purpose, there are some specific goals, as:
Know how the professors of this institution use the computer in their classes; verify the
knowledges that these professors have about the use of the computer in the education and
know how these knowledges were acquired; and finally know the possible challenges faced
by these professors when they use the computer in their classes. In the second semester, in
2012, a research in loco was done with qualitative approach, where was established the
professors who would participate of the research. To produce the dates it was used a half
structured interview with no participation, only observation. To settle the research, it has the
contribution by theorics as Valente (1999), Moran (2000), Almeida (2005), and others. With
the results it's possible to reveal the comprehension about the use of computer in the activities
done by professors, where many difficulties are founded to use the computer in the classroom
as resource in the teaching and learning process.
KEY - WORDS: Professors. Computer. Classroom.
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INTRODUÇÃO
Estamos vivendo em uma época de grandes transformações. As novas tecnologias
estão presentes em nossas vidas em todos os momentos e lugares, como na realização de
coisas simples do cotidiano. O acesso à informação é quase instantâneo pelas diversas vias de
transmissão, tais como televisão, rádio, internet, celular, espalhados por todos os cantos do
mundo. Esse fato vem transformando a forma como trabalhamos ou pensamos, levando a
mudanças significativas tornando mais prático e fácil a realização de muitas tarefas.
No sistema educacional/escola é um dos locais adequados para se tomar consciência
do acesso correto e da promoção a esta sociedade da informação. Por isso, é de fundamental
importância a utilização dos computadores por parte dos professores em suas aulas como
recurso a mais no ensino, além de meio para se adquirir conhecimentos e aperfeiçoamento da
prática pedagógica.
Deve-se compreender que a escola não está à parte da sociedade, porém, a prática está
sendo introduzida timidamente e com certa resistência por parte de alguns professores, por
diferentes fatores, mas os alunos trazem consigo o anseio da utilização das Novas Tecnologias
em sala de aula.
Não se pode ver a utilização das tecnologias como redentora da educação, mas como meio
para melhorar o processo de ensino e aprendizagem, bem como afirma Rezende (2002, p.1):
Embora seja verdade que a tecnologia educacional não irá resolver os
problemas da educação, que são de natureza social, política, ideológica,
econômica e cultural, essa constatação não nos pode deixar sem ação frente à
introdução das inovações tecnológicas no contexto educacional.
A educação é processo muito amplo, onde devemos compreender que tais ações
devem ultrapassar as barreiras dos muros da escola, com isso o professor pode mediar os
alunos na construção da identidade através de projetos, desenvolvendo habilidades cognitivas,
motoras e sociais para torna-lhes cidadãos realizados e produtivos.
A realidade no sistema educacional nesse aspecto é um tanto contraditória, pois muitas
vezes são oferecidas salas com estruturas inadequadas, números excessivos de alunos,
professores mal preparados, salários insuficiente, pouco material escolar mais avançado,
tecnologias pouco acessíveis à maioria, etc. Uma vez a estrutura da escola defasada,
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certamente estará comprometido o aprendizado dos alunos, sendo eles pouco capazes de
utilizarem e manipularem recursos tecnológicos como o computador e a internet, usados na
pesquisa de trabalhos escolares, para o mercado de trabalho e para vida em geral.
Graças à criação dessa tecnologia, hoje podemos ter acesso a livros diversos, a preço
acessível, ao contrário da Idade média, onde alguns privilegiados eram para os monges e
nobres, que usufruíam da leitura dos livros, que eram manuscritos e isso impedia à população
de menor poder aquisitivo adquiri-los.
Com a introdução desses aparelhos tecnológicos na vida dos alunos na escola,
especificamente o computador e suas multifunções, pode-se despertar o interesse e o desejo
em aprender, principalmente devido à sua interatividade.
A tecnologia vem revolucionando há muito tempo a educação, exemplo disso é o livro
que foi possível ser produzido em larga escala por meio da invenção da impressa, resultado de
uma técnica da máquina tipográfica, que revolucionou o século XV, aperfeiçoada por
Gutenberg.
Hoje, utilizando-se um computador com acesso à internet, é possível fazer várias
coisas no único aparelho: ouvir rádio, digitar e adicionar trabalhos na rede, produzir
filmagens, comunicar com pessoas on line, “em tempo real”, em imagem e áudio utilizando o
microfone, como também a câmera acoplada ou embutida, etc. São múltiplas funções que o
aluno pode usufruir com as NTIC1.
Nesse aspecto, Saviani (2008, p.64) diz que:
Estamos vivendo aquilo que alguns chamam de Segunda Revolução
Industrial ou Revolução da Informática ou Revolução da Automação. E qual
é a característica específica dessa nova situação? Penso que se antes, como
se descreveu, ocorreu a transferência de funções manuais para as máquinas,
o que hoje está ocorrendo é a transferência das próprias operações
intelectuais para as máquinas. Por isso também se dizia que estamos na “era
das máquinas inteligentes”.
Pelos estudos realizados percebe-se que, em alguns casos a escola está mais
preocupada com o ensino de qualidade mais do que com educação de qualidade, como afirma
Moran (2000, p.12): Ensino e educação são coisas diferentes. No ensino organiza-se uma série de
atividades didáticas para ajudar os alunos a compreender áreas específicas
do conhecimento (ciências, história, matemática). Na educação o foco, além
de ensinar, é ajudar a integrar ensino e vida, conhecimento e ética, reflexão e
1 O termo refere-se às Novas Tecnologias da Informação e Comunicação.
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ação, a ter uma visão de totalidade. Educar é ajudar a integrar todas as
dimensões da vida, a encontrar nosso caminho intelectual, emocional,
profissional, que nos realize e que contribua para modificar a sociedade que
temos.
Ao utilizar os recursos tecnológicos é importante sempre questionar os objetivos que
se quer atingir, avaliando os seus benefícios e limitações de tais recursos.
O profissional da educação tem que ter em mente a consciência de que o uso das novas
tecnologias pode facilitar o dia a dia das pessoas, usufruindo dos meios que a sociedade
dispõe de novidade e inovação. Como por exemplo, sacar um dinheiro no caixa eletrônico,
enviar e-mail, podemos também ler notícias por meio do computador sem precisar deslocar
até a banca, se necessitarmos fazermos compras em lojas distantes por meio da internet e
receber em domicílio. Por isso, é incontestável o uso das NTIC, inclusive do computador nas
práticas sociais diárias para facilitar a vida das pessoas.
O alerta que se faz é o uso intensivo e abusivo da internet nas comunicações, pode
reduzir o contato físico das pessoas, considerando-se que a relação interpessoal e intrapessoal
entre os seres humanos é um fator essencial e necessário nas interações sociais, e que
nenhuma outra tecnologia pode substituir a tecnologia humana, por ser uma das mais perfeitas
já produzidas.
Diante do exposto, buscamos conhecer como os professores estão lidando com o
computador em suas atividades pedagógicas e suas diversas formas de utilização. Com esse
propósito de conhecer esta realidade, realizamos este estudo voltado para busca de respostas
para esta pergunta, no qual temos como objetivo geral: Investigar como está sendo utilizado o
computador por duas professoras de uma turma de 7º série2, turno tarde de um Centro
Estadual de Educação Profissional - CEEP da cidade de Luiz Correia-PI.
Para alcançarmos o proposto envolvido neste processo, temos como objetivos
específicos:
Saber como os professores dessa instituição utilizam o computador em suas
aulas;
2Utilizamos o termo série de acordo com a recomendação da direção que recebemos durante a
elaboração das entrevistas de caracterização da instituição, ao afirmar em atender a legislação que ampara a
mesma utilizar o termo a um determinado período de tempo.
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Verificar os conhecimentos que esses professores têm sobre a utilização dos
computadores na educação e saber como esses conhecimentos foram
adquiridos;
Conhecer os possíveis desafios enfrentados por esses professores para utilizar o
computador em suas aulas.
Diante disso, acreditamos que essa pesquisa terá relevância pessoal, acadêmica e
social.
O interesse pelo tema surgiu quando participei da defesa de Trabalho de Conclusão de
Curso-TCC do Curso de Pedagogia, da turma de 2011, na Faculdade Piauiense – FAP, com
tema nesta mesma área. A partir daí despertou muita curiosidade em saber mais da temática e
conseguir respostas para minhas dúvidas.
Com isso estava decidido que o meu tema seria a inserção das novas tecnologias na
educação, mas quais tecnologias? Existem tantas? Então fui procurar orientação aos
professores (as) e fazer leituras dos autores especialistas a respeito do tema, assim depois de
várias leituras e orientações delimitamos o objeto de pesquisa “o computador na educação” e
o problema: como o computador está sendo utilizado pelos professores de uma turma de 7º
série tarde de um Centro Estadual de Educação Profissional - CEEP da cidade de Luiz
Correia-PI.
Depois de definido o problema procurei me aprofundar mais na área para a produção
do TCC, enriquecendo com leituras na área de estudo, almejando adquirir conhecimentos,
saberes e práticas profissionais para um futuro educador inovador.
Foi evidente a diferença do uso dos recursos tecnológicos na Faculdade Piauiense-
FAP comparando ao ensino básico público fundamental ou médio, pois ao ingressar no ensino
superior, obtive a oportunidade in lócus de observar a preocupação da instituição com as
inovações tecnológicas tão em voga na sociedade, exemplo disso é a matriz curricular do
curso de pedagogia (2011) contemplando duas disciplinas que aborda a formação do
pedagogo para o uso das NTIC são elas: Educação a Distância (EAD) e Tecnologias da
Informação e Comunicação na Educação (NTIC). Além do mais oferecer a utilização do
computador, Datashow e outros recursos por parte dos professores e como também os
ambientes favoráveis ao ensino e aprendizagem via tecnológicos como a biblioteca virtual,
computadores disponíveis aos (as) acadêmicos (as) para pesquisa e estudo, além de uma
conexão wireless acessível aos que tenham aparelhos compatíveis com o sistema.
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Uma realidade muito distante do ensino básico, principalmente do ensino médio
quando era estudante em que não havia quase ou nenhum uso do computador pelos
professores no processo de aprendizagem e também sala de Laboratórios de Informática-LI.
Tendo em vista que atualmente com a implantação de Laboratórios de Informática
Educacional (LIES) por meio do MEC através do PROINFO e a facilidade em adquirir
computadores, em larga escala pela população pelo preço acessível das máquinas e inclusive
pelos professores e formação na área oferecida pelo programa, buscamos conhecer como os
professores utilizam estes recursos (computadores) para o processo de ensino e aprendizagem.
Uma vez que em 2005, ano de conclusão do ensino médio na rede pública, não havia a
inserção dos computadores na rede de escolas públicas e estaduais de ensino e pouco ou
nenhum uso dos computadores pelos professores.
Na relevância pessoal foi importante uma vez que procurei ampliar meus horizontes
buscando preencher as lacunas que tanto me afligem e ao mesmo tempo refletir e buscar
soluções para os desdobramentos diários para uma melhor utilização do computador como
profissional inovador e pesquisador.
No meio acadêmico esperamos trazer à tona reflexões sobre a forma como é utilizado
o computador pelos professores, tendo em vista que o computador na educação é um tema
pertinente na atualidade, pois encontram poucas pesquisas abordando, no intuito de elucidar
as suas formas de utilização.
E no campo social ressaltamos a importância de sensibilizar e se possível conscientizar
a escola e a comunidade da utilização do computador como recurso pedagógico por parte dos
professores e alunos para um melhor processo de ensino e aprendizagem.
Portanto a temática é de suma importância para a sociedade, em virtude que a escola
precisa acompanhar o ritmo das inovações tecnológicas e está inserida nesse contexto digital,
buscando abordar os conteúdos adequando às crianças de uma forma que compreendam
dinamicamente e assim aplicando-as em situações reais do seu cotidiano, tornando essas
atividades mais significativas e menos abstratas para inserção do mesmo no mundo do
trabalho e um cidadão consciente de seus direitos. Importante também esta temática, uma vez
que trás à tona a discussão no meio acadêmico em relação a utilização desses recursos e como
estímulo para rever a atuação e prática pedagógica, dando subsídios da sua magnitude na
esfera social.
O trabalho que apresentaremos a seguir, para uma melhor compreensão, está dividido
em três capítulos, além da introdução e da conclusão. Na introdução apresentaremos o
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surgimento do interesse, a história do computador na educação, caracterização do problema,
como também os objetivos e a estrutura do trabalho.
No capítulo 1 - Percurso metodológico: a pesquisa e suas etapas, destacaremos o
caminho percorrido por meio da metodologia adequada para nossa pesquisa, a qualitativa,
com suportes teóricos de Gil (1991, 2011), Andrade (2007), Minayo (2007), Lakatos e
Marconi (2008), dentre outros. Seguidamente explanaremos o contexto empírico escolhido, o
perfil dos interlocutores, os procedimentos e as técnicas utilizadas para a coleta de dados.
No capítulo 2 - Aportes teóricos da pesquisa, apresentaremos de uma forma ampla o
contexto educacional com introdução do computador na escola, a implantação dos LIES por
meio do PROINFO e revelar quais as formas as professoras do CEEP das séries finais, mas
especificamente do 7º ano, estão utilizando o computador no cotidiano de suas aulas. Com
apoio de autores como Moran (2000), Valente (1999), Almeida (2005), dentre outros.
No capítulo 3 - Análise e interpretação dos dados, apresentaremos os resultados
levantados através da análise de dados extraídos durante a pesquisa, conforme os autores
renomados no assunto em questão.
Nas Considerações finais apresentaremos as discussões a respeito do estudo
realizado, sua contribuição e importância no contexto social, por meio do uso pedagógico do
computador pelos professores para o processo de ensino e aprendizagem.
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CAPÍTULO 1
PERCURSO METODOLÓGICO: A PESQUISA E SUAS ETAPAS
Apresentaremos neste capítulo o caminho percorrido na pesquisa, com ênfase na
abordagem qualitativa escolhida por meio do referencial de autores como Gil (1991, 2011),
Andrade (2007), Minayo (2007), Lakatos e Marconi (2008), dentre outros. Em seguida
demostraremos o local onde foi realizada a pesquisa e os seus sujeitos participantes, os
procedimentos, os instrumentos, as técnicas para a coleta de dados e além da análise de dados.
1.1 TIPO E ABORDAGEM DA PESQUISA
Primeiramente para iniciar nossa compreensão da definição de pesquisa, buscamos o
conceito de Marconi e Lakatos (2008) ao comentar que é um procedimento formal, com
método de pensamento reflexivo, que requer um tratamento científico e se constitui no
caminho para conhecer a realidade ou para descobrir verdades parciais.
Conforme Andrade (2007) é o conjunto de procedimentos sistemáticos, baseado no
raciocínio lógico, que tem por objetivo encontrar soluções para problemas propostos,
mediante a utilização de métodos científicos. E Gil (2011) define a atividade básica da ciência
na sua indagação e construção da realidade. Concordamos que é um processo de
desenvolvimento dentro dos padrões exigidos cientificamente com o objetivo de encontrar e
conhecer algo dentro de certo tempo e espaço. E pesquisa científica? Na definição de Cunha
(2010) implica a busca de possíveis respostas e/ou soluções para problemas surgidos no dia-a-
dia, recorrendo ao método científico, que deve ser objetivo, sistematizado e rigoroso.
Utilizaremos a abordagem metodológica do tipo qualitativa em que segundo Gil
(1991), considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um
vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser
traduzido em números. As experiências pessoas vividas pelo pesquisador são elementos
importantes na análise e compreensão dos fenômenos estudados, fato esse que escolhemos por
se adequar aos nossos objetivos pretendidos.
Para Cunha (2010, p. 28), considera:
No entanto, interrogamo-nos se é possível explicar o objeto de investigação
das Ciências Humanas e Sociais, ou seja, o ser humano e suas relações, de
forma objetiva, sistematizada e rigorosa. Para responder a tal
questionamento, precisamos relembrar que o homem não pode e nem deve
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ser visto como um objeto pronto e acabado, que pode ser analisado
separadamente do ambiente em que está inserido, como insistem os adeptos
do paradigma positivista, referencial maior da abordagem quantitativa.
A pesquisa qualitativa tem como característica o fato de que o pesquisador observa o
problema sob a óptica de alguém interno à organização; pesquisa busca uma profunda
compreensão do contexto da situação; é uma pesquisa que enfatiza o processo dos
acontecimentos, ou seja, a sequência dos fatos ao longo do tempo; seu enfoque é mais
desestruturado; não há hipóteses fortes no início da pesquisa. Isso confere à pesquisa bastante
flexibilidade e geralmente emprega mais de uma fonte de dados, segundo Silva (2011).
Para Gil (2011, p. 21), “Esse conjunto de fenômenos humanos é entendido aqui como
parte da realidade social, pois o ser humano se distingue não só por agir, mas por pensar sobre
o que faz e por interpretar suas ações dentro e a partir da realidade vivida e partilhada com
seus semelhantes”. Portanto, entendemos que essa abordagem é a melhor que atende aos
nossos objetivos dentro de uma visão social dos significados, motivos, aspirações, crenças,
valores e atitudes. No qual utilizamos os instrumentos de coleta de dados através da entrevista
semiestruturada e a observação não participante, além do diário de campo que discutiremos a
seguir.
1.2 CONTEXTO EMPÍRICO
O campo para Minayo (2007) na pesquisa qualitativa define como o recorte espacial
que diz respeito à abrangência, em termos empíricos, do recorte correspondente ao objeto da
investigação. Entendemos o local de trabalho do pesquisador diante da realidade com que
deseja extrair e compreender suas indagações propostas durante a elaboração do projeto de
pesquisa.
1.2.1 Luis Correia- PI
No intuito de conhecermos a localização da cidade local onde a pesquisa foi realizada,
buscamos informações no site Wikipédia, que assim nos relata: Luis Correia é uma cidade
litorânea pertencente ao Estado do Piauí localizado ao norte do estado, fazendo limites ao
leste com Cajueiro da Praia e ao estado do Ceará, ao sul a cidade de Bom Princípio do Piauí e
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Cocal e ao Oeste com Parnaíba, têm uma área de 1.071, 276 km² e uma população de 28.406
habitantes segundo demostra o Censo do IBGE (2010), e uma distância da capital do estado
Teresina de 365 km.
1.2.2 O Centro Estadual de Educação Profissional-CEEP
Escolhemos o Centro Estadual de Educação Profissional-CEEP de Luiz Correia pelo
fato de já ter sido aluno da instituição há algum tempo atrás, só que na ocasião era uma Escola
Estadual de nível fundamental menor e maior, e recentemente no ano de 2010 passou a ser um
CEEP, contudo mantendo este nível por um período de transição até o ano de 2013, por este
motivo despertou ainda mais meu interesse em conhecer o funcionamento e as práticas com
vista ao uso dos computadores para o ensino e aprendizagem nessa nova estrutura de ensino.
Então pela enorme quantidade de salas e professores da instituição, resolvemos
trabalhar com a sala de 7ª ano tarde e com todos os professores que nela atuam e aceitaram
participar de nossa pesquisa, pegando uma amostra de dois professores que utilizaram o
computador em suas aulas. A escolha do horário do turno da tarde foi pela disponibilidade de
tempo livre e o interesse pela turma foi de que o pesquisador ter vivenciado muita dificuldade
nesta série quando estudante.
Com base no Projeto Político Pedagógico-PPP (2012) da instituição, ainda em
andamento, buscamos contextualizá-lo: o Centro Estadual de Educação Profissional-CEEP é
uma escola pública de referência em qualidade de educação, foi inaugurada em 20 de Julho de
1968, responsável pela educação de várias gerações de cidadãos. Ainda segundo o PPP, a
população do Bairro Centro onde localiza-se o CEEP tem como atividade econômica
predominante: a pesca, o turismo e o comércio. Atendendo também alunos da zona rural e do
bairro Portinho localizado no município de Parnaíba.
O CEEP por ser uma instituição administrada pelo governo do Estado e por possuir
um terreno amplo, está em fase de conclusão ao seu lado o prédio do polo da Universidade
Aberta do Piauí-UAPI e pelo visto a construção encontra-se em atraso, a mesma faz parte da
Universidade Federal do Piauí-UFPI em consórcio com os Governos Federal, Estadual,
UESPI, CEFET-PI e municípios locais no qual uniram esforços e elaboraram o Projeto de
criação do Centro de Educação à Distância (CEAD/UFPI). Como cita o Site da UAPI -
Universidade Aberta do Piauí:
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O Projeto Universidade Aberta do Brasil (UAB), criado pelo Ministério da
Educação em 2005, via Fórum das Estatais pela Educação, objetiva construir
um sistema Nacional Integrado de Educação superior à Distância, onde se
pretende sistematizar as ações, programas, projetos e atividades pertencentes
às políticas públicas destinadas à ampliação e interiorização da oferta de
Educação Superior gratuita e de qualidade no Brasil.
Na instituição campo de pesquisa CEEP dispõem de uma sala de vídeo que está em
andamento o projeto Mais Saber, em que os alunos matriculados da instituição ou da
comunidade têm aulas à distância para preparação ao ingresso no ensino superior, pois
segundo o Guia de Atuação do Programa de Educação com Mediação Tecnológica Mais
Saber explicita que:
[...] o Programa possui como objetivo central qualificar a oferta da educação
básica, através do ensino a distância com mediação presencial, nas diferentes
modalidades de ensino, para atender a população residente em áreas urbanas
e rurais, e suprir o déficit de profissionais habilitados conforme preceitua a
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional-LDB/96.
Desta forma, o Mais Saber procura ofertar ensino em nível médio, Educação
de Jovens e Adultos, reforço escolar e preparatório para Vestibulares
proporcionando acesso a educação de qualidade as mais diferentes
necessidades das pessoas.
A metodologia de atuação do Programa Mais Saber consiste em aulas
transmitidas pela televisão, em tempo real, no formato de videoconferência,
ministradas por professores habilitados, a partir do estúdio instalado na TV
Educativa do Estado, em Teresina. (p.2)
Apesar de o programa ser importante para a formação e o reforço dos alunos para
facilitar o ingresso ao ensino superior a matrícula e a presença dos alunos nas aulas durante o
nosso período na instituição encontrava-se esporádicos.
Segundo a coordenadora pedagógica da instituição com base na entrevista de
caracterização da instituição, no ano de 2012 dispõem de um diretor, duas coordenadoras
pedagógicas, um secretário, dois auxiliares de secretaria, 42 professores e 312 alunos,
divididos nos três turnos. A escola têm no seu espaço disponível 08 salas divididas da
seguinte maneira: duas salas da 6ª série, duas 7ª série, duas da 8ª série, seis do 1º ano regular,
três do 2º ano regular e duas do 3º ano regular, sendo o 1º ano regular concomitante ao técnico
em informática ou em administração com duas turmas em funcionamento no turno tarde e
duas manhã.
1.3 SUJEITOS PARTICIPANTES
22
Para o desenvolvimento de nossa pesquisa contamos com a participação livre e
voluntária dos nove professores que atuam na 7º série da referida instituição CEEP, mas para
efeito de amostra e para alcançarmos o objetivo pretendido de nossa pesquisa de investigar
como os professores utilizam o computador em suas aulas, utilizamos duas professoras que de
fato utilizaram o computador em suas aulas no período de observação não participante.
Também asseguramos o anonimato dos participantes que aceitaram contribuir com a
nossa pesquisa, para dessa forma preservar as identidades e ao mesmo tempo abrir espaço
para que os sujeitos sintam a vontade, no qual escolhi os seus cognomes de acordo com as
novas tecnologias, assim denominamos a professora Giga e a professora Bytes.
Para sabermos o aspecto da formação e experiência profissional das professoras
participantes, utilizamos das entrevistas por elas concedidas no campo de pesquisa.
1.3.1 A professora Giga
Reside em Luiz Correia, tem 51 anos e é solteira. Formou-se em 2003 em Licenciatura
Plena em Artes Visuais e está cursando especialização em ciências da educação com acesso
ao mestrado no Estado do Ceará. Com relação ao tempo de trabalho na instituição, a
professora Giga afirmou que está há somente 01 mês nos turnos manhã e tarde com carga
horária de 40h/aulas e sobre a experiência profissional a mesma não respondeu. A mesma
leciona no CEEP a disciplina de Arte.
1.3.2 Professora Bytes
Reside em Parnaíba, têm 27 anos e é solteira. Formada desde em 2008, em
Licenciatura Letras Inglês, no qual leciona no CEEP esta disciplina, atualmente cursa
especialização em Gestão Escolar. Pois, trabalha também na coordenação pedagógica da
mesma instituição campo de pesquisa daí a necessidade desta especialização.
Em relação ao tempo de trabalho na instituição, está somente há dois meses na sala de
aula, por motivo da ausência do professor titular, a mesma já tem experiência profissional na
área, em um curso particular de inglês na cidade de Parnaíba há dois anos, e na Educação
Infantil 04 anos e Ensino Fundamental 06 anos.
1.4 INSTRUMENTOS E TÉCNICAS DE PESQUISA
23
Para a coleta dos dados utilizamos uma entrevista semiestruturada, observação não
participante e o diário de bordo.
1.4.1 Entrevista Semiestruturada
Segundo Deslandes (2011, p.64) conceitua entrevista acima de tudo como uma
conversa a dois, ou entre vários interlocutores, realizada por iniciativa do entrevistador. Nesse
sentido faz parte da comunicação verbal da sociedade e que na pesquisa, busca construir
informação relacionada a uma finalidade científica por meio do diálogo. Para Marconi e
Lakatos (2008) é uma técnica muito utilizada na investigação social, dando subsídio para
responder ao tratamento do problema social.
Com relação ao conteúdo da entrevista Selltiz (1965:286-95) apud Marconi e Lakatos
(2008, p.198) apresentam seis tipos de objetivos, são eles: Averiguação de “fatos”;
Determinação das opiniões sobre os “fatos”; Determinação de sentimentos; Descoberta de
planos de ação; Conduta atual ou do passado; Motivos conscientes para opiniões, sentimentos
ou condutas.
Em uma entrevista semiestruturada o entrevistador tem liberdade para discorrer acerca
das questões que tornam pertinentes a cada situação e em que direção seja mais adequada, no
qual as perguntas são do tipo abertas e são respondidas num diálogo informal. O entrevistado
responde sem um direcionamento prévio dando a liberdade de expressar a respeito do seu
posicionamento.
Escolhemos esse instrumento para compor nossa pesquisa pelas vantagens que este
oferece: pela maior flexibilidade, podendo repetir e esclarecer as perguntas, formular de
maneiras diferentes, especificar algum significado; avaliar atitudes e condutas; oportunidade
de encontrar informações que não encontramos em fontes documentais que sejam relevantes e
significativas, conforme Marconi e Lakatos (2008, p. 200).
Sabendo das limitações ao escolher essa técnica, não é possível apreender
fidedignamente as práticas dos sujeitos, mas as narrativas de suas práticas, segundo a visão
deste narrador, aponta Deslandes (2011, p. 49). A experiência do entrevistador e entrevistado
conta muito para o êxito da pesquisa, ou caso contrário pode ocorrer a dificuldade de
expressão e comunicação, a incompreensão dos entrevistados diante dos objetivos das
perguntas e da pesquisa, pois pode omitir dados importantes por medo de revelar sua
identidade e a disponibilização de tempo do informante em atender a pesquisa.
24
1.4.2 OBSERVAÇÃO NÃO PARTICIPANTE
Também para dar um suporte maior na pesquisa utilizamos a técnica da observação
não participante para captar dados informacionais no campo de estudo e do qual utiliza os
sentidos na obtenção dos aspectos, fatos e fenômenos, que são importantes para a
compreensão da realidade e possa contribuir para nossa pesquisa.
Para Minayo (2011, p. 63) define esta técnica como aquela que [...] é feita sobre tudo
aquilo que não é dito, mas pode ser visto e captado por um observador atento e persistente.
Por isso merece destacar que o pesquisador esteja bem embasado teoricamente para
confrontar com o contexto social escolhido, pois o nosso caso são os professores (as) da sala
de 7º série do CEEP-LC. Ao contrário da observação participante, o pesquisador se coloca
como observador não participando, ou melhor, não interferindo, como afirma (MINAYO
2011, p. 70), no cenário cultural, mas somente com a finalidade de colher dados por meio da
compreensão de ações e práticas do cotidiano escolar. Neste sentido Marconi e Lakatos (2008,
p. 195) caracterizam como: Presencia o fato, mas não participa dele; não se deixa envolver
pelas situações; faz consciente, dirigida, ordenada para um fim determinado.
Tendo em vista a importância da técnica observação para pesquisa social do tipo
qualitativa, buscamos com a observação não participante compreender como os professores
fazem o uso dos computadores nas suas práticas pedagógicas com os conteúdos de suas
respectivas disciplinas no intuito de melhorar e dinamizar o processo de interação e integração
dos alunos na era tecnológica.
1.4.3 Diário de bordo
É o principal instrumento utilizado para a coleta de dados da observação, em que
define-se como um caderno e ou arquivo eletrônico, onde registramos as informações
essenciais captadas no campo de pesquisa e que são utilizados para análise e interpretação dos
dados, segundo Minayo (2011, p. 71).
Segundo Araújo (2011, p.25), verifica, na verdade, é a predominância de casos em que
o diário é utilizado como instrumento de coleta de dados sendo acompanhado de um estudo
complementar de suas potencialidades. E são escassos os trabalhos sobre o diário como objeto
de estudo.
Buscamos embasar também de acordo Silva & Duarte (2001, p. 2) apud Araújo (2011,
p.25) acerca da definição de diário, ao afirmarem que o mesmo se constitui de “[...] um
25
conjunto de narrações que refletem as perspectivas do professor, nas dimensões objetiva e
subjetiva, sobre os processos mais significativos da sua ação”. Assim corroboramos com a
fala dos autores no que tange o registro de aspectos importantes na ação das pesquisadas no
decorrer da pesquisa de campo.
1.5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A pesquisa foi realizada no ambiente escolar com a colaboração voluntária de duas
professoras do Ensino Fundamental maior 7ª série, tuno tarde em um Centro de Estadual de
Educação Profissional - CEEP da cidade de Luiz Correia que atenderam aos requisitos
necessários, porque utilizaram o computador na sala de aula, dentre o universo de nove
professores (as) que lecionavam nesta turma.
Para coletarmos os dados no campo de pesquisa utilizamos uma entrevista
semiestruturada, a observação não participante e o diário de bordo, no intuito de captarmos as
informações pertinentes ao estudo proposto.
Assim iniciei minha caminhada no dia vinte e dois de outubro de dois mil e doze,
deslocando até o Centro de Estadual de Educação Profissional - CEEP para dialogar com o
responsável pela direção, mas na ausência fui bem recepcionado pela coordenadora
pedagógica para a qual expliquei o motivo da minha presença no ambiente, pois pude colher
informações referentes a quantidades de salas de 7º ano à tarde e a com relação a minha
proposta de pesquisa, no qual ela já adiantou-me que a escola dispõem de 01 notebook, 01
Datashow e 01 Datashow com computador, podendo os professores no caso de querer utilizar
os mesmo devem fazer o agendamento e sendo que uma minoria possui notebook pessoal
relato segundo a coordenadora pedagógica. Assim ficou combinado que retornaria depois sem
data marcada.
No dia trinta e um de Outubro retornei ao CEEP-LC porque precisei pegar algumas
assinaturas dos(as) professores(as) que aceitarem participar voluntariamente da pesquisa, mas
chegando fui informado pelo responsável pela segurança da instituição que não haveria aula,
devido acontecer os Jogos Interclasses promovido pela mesma no Ginásio Poliesportivo.
Mesmo assim insisti perguntando se tinha algum responsável na secretaria, confirmando que
sim, e para não dar viagem à toa, falei com o Secretário adjunto e a secretária adjunta sobre o
objetivo de minha pesquisa e com isso se pudesse passar informações sobre as características
da instituição, no qual aceitaram gentilmente responder as perguntas contidas no questionário
de caracterização emitido pela coordenação do TCC.
26
No dia quatorze de novembro desloquei até o respectivo CEEP com toda a
documentação necessária para apresentar-me para o diretor, por conseguinte convidar os
professores para participarem de minha pesquisa, no primeiro momento duas professoras que
se encontravam na sala destinado a eles, aceitaram participar voluntariamente assinando os
termos de consentimento livre e esclarecido e o termo de participação da pessoa como sujeito.
Sendo a primeira a professora da disciplina de Ciências e segunda a professora da disciplina
de Arte, que ambas afirmaram utilizarem o computador.
Então ao dar continuidade ao questionário de caracterização da escola, descobri que a
quantidade é de professores na 7ª série é composto por 9 (nove) docentes. Assim, na data de
dezenove de novembro iniciamos as observações dos professores na respectiva sala de 7ª série
e finalizamos no dia vinte e nove de novembro do corrente ano. Para isso, elaboramos um
roteiro de observação no campo de pesquisa, dessa forma pudéssemos ter um embasamento
de nosso trabalho de observação. Foram os seguintes:
Observar com que frequência os professores utilizam o computador;
De que forma utilizam o computador nas aulas;
Com que objetivos é utilizado o computador nas aulas;
Observar a relação professor e aluno com a utilização do computador;
Os dados adquiridos nas observações foram anotados no diário de bordo, para assim
facilitar o pesquisador no momento da análise dos dados, reforçando ou questionando com as
respostas das entrevistas.
No primeiro dia observei a professora da disciplina de Português, relatou que não
utiliza o computador em suas aulas e que já tinha entrado no ano letivo substituindo a
professora da turma por motivo de licença maternidade e o planejamento encontrava-se
pronto, dando outro motivo de não utilizar o computador em suas aulas. Também observei a
professora que ministra a disciplina de matemática e que aceitou participar da nossa pesquisa
assinando os termos e autorizando ser observada e aproveitamento os minutos restantes do
fim da aula para conceder a entrevista, esta afirmou também que não utiliza o computador em
suas aulas.
Já no dia vinte de novembro do corrente ano, abordei a professora que ministra a
disciplina de história, fui relatar o objetivo de minha presença, na qual aceitou gentilmente
assinando os termos e autorizando observar suas aulas, mas já antecipando que não utiliza o
27
computador em suas aulas. No mesmo dia, observei a aula da professora de Inglês, no qual me
surpreendi, pois era coordenadora pedagógica, a primeira pessoa com quem havia falado ao
chegar à instituição com a proposta da pesquisa. Ficando a entrevista combinado para ser
realizada em outro momento, que tivéssemos tempo de aplicar. Pois neste dia foi realizada a
aplicação de sua avaliação e que a mesma na aula seguinte, utilizou o computador na sala para
adicionar as notas no programa Excel, corrigindo na frente do aluno e dando o resultado do
desempenho individual da avaliação.
No dia seguinte observei a aula da professora de Artes, uma das que relatou que
utilizava o computador em suas aulas, no qual foi confirmando na observação, pois era que
sempre carregava o Datashow acoplado ao computador. Nesse dia os alunos estavam
apresentando seminário. Contudo, foi a única que se recusou a colocar o número de RG e CPF
nos termos, pelo fato de não gostar de ceder esses números, mantendo sua privacidade.
Também observei a aula da professora que ministra a disciplina de Ciências que
relatou que gosta de utilizar o computador e o Datashow em suas aulas, não nesta série e sim
no ensino médio, por achar que esses alunos são muitos agitados, no qual foi confirmado ao
passar no corredor, observei que a mesma utilizou o computador neste nível de ensino no
período de observação. Abordei também o único professor do sexo masculino que leciona a
disciplina de Educação Física nesta sala, que concordou em participar como voluntário
assinando os termos e observando suas aulas, entretanto não ocorreu como o combinado, ele
não concedeu a entrevista por motivo de falta de tempo.
Já a professora da disciplina de Ensino Religioso que aceitou participar, assinando os
termos e concedendo a entrevista, entretanto não tivemos a oportunidade de presenciar suas
aulas, mas somente a aplicação da avaliação, e por meio da entrevista descobríamos que não
utiliza o computador em suas aulas.
O processo burocrático da documentação de aceitação de participação por meio da
assinatura dos termos da pesquisa e os procedimentos de concessão de entrevistas foram
acontecendo aleatoriamente respeitando a rotina dos professores na instituição, ora na sala de
aula, ora na sala dos professores e/ou nos momentos de intervalo.
No geral fizemos a observação não participante aos nove professores (as) duas
semanas ou 50h/aulas na instituição entre aulas e avaliações, sendo um período agitado para
todos (corpo discente, docente e administrativo) pelo fato de estar ocorrendo avaliação e
aproximar o fim do período letivo, devido ser a maior preocupação da instituição é porque
atende alunos que residem bairros ou comunidades distantes e nesse caso dependem de
transporte escolar em convênio com o munícipio e por esse motivo têm que acelerar as suas
28
atividades e igualar ao da secretaria municipal de educação para assim não prejudicar os seus
discentes que porventura fiquem com algumas pendências disciplinares.
Foi um longo período de observação nessa trajetória de desvelar os aspectos que
envolvem o ato pedagógico dos professores, relacionados a utilização do computador nas
aulas regulares dos anos finais do ensino fundamental.
Em sequência será apresentado o Capitulo 2, intitulado Aportes Teóricos da Pesquisa,
onde é discutido e realizado o levantamento da revisão literária que nortearam a pesquisa
apresentada.
29
CAPÍTULO 2
APORTES TEÓRICOS DA PESQUISA
Este capítulo denominado aportes teóricos da pesquisa, buscamos na literatura a
fundamentação nos autores especialistas na temática como Valente (1999), Moran (2000),
Almeida (2005), dentre outros.
1.6 UM POUCO DA HISTÓRIA ... AS NOVAS TECNOLOGIAS
As novas tecnologias estão presentes em todos os lugares e em todas as atividades que
realizamos desde os primórdios da civilização humana. Na pré-história o homem demonstrou
isso por meio da fabricação de ferramentas e utensílios utilizados para deixar as escritas
rupestres em paredes das cavernas como forma de registro de seu cotidiano.
No período Paleolítico, os grupos nômades fabricavam utensílios com pedra lascada
facilitando a caça de animais e a coleta de alimentos como frutas e raízes. Desde o início das
civilizações, os recursos tecnológicos auxiliam a humanidade avançarem em suas lutas pela
sobrevivência. Tendo em vista:
Na idade da pedra, os homens – que eram frágeis fisicamente diante dos
outros animais e das manifestações da natureza – conseguiam garantir a
sobrevivência da espécie e sua supremacia, pela engenhosidade e astúcia
com que dominava o uso dos elementos da natureza. A água e o fogo, um
pedaço de madeira ou osso de um animal era utilizado para matar, dominar
ou afugentar os animais e outros homens que não tinham os mesmos
conhecimentos e habilidades. A ação bem sucedida de grupos armados
desencadeou novos sentimentos e ambições em nossos ancestrais. Novas
tecnologias foram sendo criadas não para a defesa, mas para o ataque e
dominação. (KENSKI apud ALTOÉ; SILVA, 2007, p. 24).
Já no Neolítico, o homem estabeleceu-se em locais formando clãs e aldeias,
adequando as suas práticas sociais, devido à fabricação de instrumentos mais desenvolvidos
como a pedra polida melhorando o corte, podendo desenvolver a agricultura e a domesticação
de animais para sua subsistência. Com essa evolução nos instrumentos e desenvolvimento das
práticas dos homens em sociedade, Kenski (apud ALTOÉ; SILVA, 2005, p.15), afirma que:
As pessoas, em seus grupos sociais, foram criando culturas especificas e
diferenciadas que foram constituindo-se em conhecimentos, maneiras
peculiares e técnicas particulares de fazer as coisas; consequentemente,
30
consolidaram as culturas e os costumes, crenças, hábitos sociais que foram
sendo transmitidos às gerações.
A partir dos conhecimentos adquiridos e suas necessidades cada vez mais exigentes, as
sociedades foram se diversificando e revolucionando as maneiras de utilização e
aperfeiçoamento, como também a criação de novos objetos com que venha atender suas
práticas sociais mais satisfatoriamente.
As inovações no ramo tecnológico acontecem em uma velocidade bastante acelerada
alterando as formas de comunicação, informação, comportamentos, interação e de
aprendizagem entre as pessoas, pois estão presentes em todos os lugares e momentos
inimagináveis, pois com a nova geração as crianças vivem mergulhadas e já acessam desde
cedo estes meios, que para outros povos de outra geração seria impossível manusear, por
exemplo, a internet, o computador e o celular comum entre outros, mas com o passar do
tempo, percebe-se que essa mentalidade vem lentamente alterando.
Na educação escolar não podiam ser diferentes, as novas tecnologias estão adentrando
os muros da escola com muitos suportes e máquinas dinâmicas que devem auxiliar o trabalho
do educador.
O professor tem que está passando por formação continuada e sempre pesquisando no
intuito de buscar responder as perguntas na altura certa, como os questionamentos dos alunos
da era digital, como também as surpresas que possam ocorrer em situações do cotidiano
escolar, uma vez qualificado o professor está mais preparado para lidar com imprevistos e
formar cidadãos plenos que saibam exercer seu papel de direito na sociedade.
Cada vez mais as escolas, estão sendo desafiadas a utilizar as novas tecnologias
pedagogicamente, para se ter uma educação diferenciada que atenda aos anseios de uma
sociedade em evolução que supere os modelos anteriores.
Percebemos que os professores de qualquer forma estão sentido a necessidade
constante da presença das novas tecnologias no meio educacional, como por exemplo, a TV, o
DVD, os computadores, a internet, os vídeos, aparelho de som e outros meios de comunicação
e informação. Com este subsídio a prática pedagógica dos professores aliado as mídias pode
tornar-se mais significativo e atraente os conteúdos escolares e dessa forma, conseguir atender
os desejos e anseios da realidade do aluno.
Para Moran (1999, p.1) especialista em Educação a Distância, aponta em relação às
novas tecnologias e o papel do professor é que:
31
A aquisição da informação, dos dados dependerá cada vez menos do
professor. As tecnologias podem trazer hoje dados, imagens, resumos de
forma rápida e atraente. O papel do professor - o papel principal - é ajudar o
aluno a interpretar esses dados, a relacioná-los, a contextualizá-los.
O professor tem que se policiar com relação a aprendizagem para que esta ocorra mais
facilmente, no qual o conteúdo deve está relacionado o mais próximo ao contexto cognitivo
da criança, sendo intelectual ou pessoal, pois dessa forma a informação seja melhor
internalizada possuindo um real significado para a mesma. Também um dos aspectos
importantes é que o professor valorize e respeite as diferenças individuais, respeitando os
limites dos alunos e com isto, sintam-se mais seguros.
Procurando uma definição de computador no Dicionário Eletrônico Houaiss (ON
LINE), encontramos a seguinte afirmação: o que computa; calculador, calculista. Rubrica:
informática. Máquina destinada ao processamento de dados, capaz de obedecer a instruções
que visam produzir certas transformações nesses dados para alcançar um fim determinado. Já
no Dicionário Aurélio Eletrônico (ON LINE), define: Máquina capaz de receber, armazenar e
enviar dados, e de efetuar, sobre estes, sequências previamente programadas de operações
aritméticas (como cálculos) e lógicas (como comparações), com o objetivo de resolver
problemas. Dessa forma o computador necessariamente exige um operador para que manipule
no sentido de resolver seus trabalhos ou objetivos, com o qual o computador sozinho não
processa os dados desejados.
O computador ligado a internet é possível a transmissão de informações na
comunicação no processo de construção do conhecimento, pois por meio dela podemos fazer
diversas pesquisas via web, fazer download de livros digitalizados, de revistas eletrônicas,
chat “conversas em tempo real”, correio eletrônico, adquirindo informações em tempo real na
sua residência, no trabalho, ou Lan House e em outros lugares caso o internauta possua outro
aparelho com suporte via rede internet.
A internet nasceu de uma necessidade de melhorar a comunicação no planejamento e
estratégias de batalhas militares caso ocorresse um ataque nuclear, sendo desenvolvido por
uma equipe de pesquisa de universidades americanas. Desse modo, verificando a importância
da internet como ferramenta segura de transmissão de informações, passou-se a utilizá-la
como produto a partir da segunda metade da década de 1990, chegando ao Brasil somente em
Maio de 1995 com a empresa Embratel, sendo 26 anos que separam do surgimento até chegar
ao Brasil.
32
Assim no contexto das grandes transformações na educação, o governo brasileiro
construiu um documento, legitimando um programa de informatização das escolas
denominado PROINFO, tendo como objetivo dar o impulso no processo de universalização
do uso da tecnologia de ponta no sistema público de ensino, buscando reduzir as diferenças de
oportunidades que encontramos entre os alunos de escolas públicas e os da escola particular.
1.6.1 COMPUTADOR NA EDUCAÇÃO
O computador inserido na escola pode assumir duas formas de uso pelos professores:
o Instrucionismo e o Construcionismo (VALENTE 1999).
No instrucionismo, o computador é utilizado como meio de transmitir a informação se
comportando como máquina de ensinar e a abordagem pedagógica é a instrução auxiliada
pelo computador, utilizando softwares como os tutoriais e os de exercício-e-prática. Nesse
caso mantém a abordagem tradicional de ensino do professor, devido ao invés de utilizar o
livro como instrução, o computador o substitui. Como podemos observar a imagem logo
abaixo:
Instrucionismo
Segundo essa abordagem, Valente (1999 p.2) comenta:
[...] não exige muito investimento na formação do professor. Para ser capaz
de usar o computador nessa abordagem, basta ser capaz de inserir o disquete
ou, quando muito, ser treinado nas técnicas de uso de cada software. No
entanto, os resultados em termos da adequação dessa abordagem no preparo
de cidadãos capazes de enfrentar as mudanças que a sociedade está
passando, são questionáveis. Tanto o ensino tradicional, quanto sua
informatização, preparam um profissional obsoleto.
33
Busca-se dessa forma superar esta forma de utilização do computador por não alterar a
dinâmica de ensino e aprendizagem que as escolas predominam, buscando meios de alternar
nas atividades pedagógicas os recursos que o computador dispõem para dinamizar suas aulas.
Enquanto no construcionismo, o computador passa a ser máquina para ser ensinada, o
aluno constrói o seu conhecimento, usando a linguagem de programação, descreve as
resoluções dos seus problemas, reflete sobre os resultados e depura suas ideias buscando
novas formas de resolver. Segundo Valente (1999 p.2) nesse caso, o software utilizado podem
ser os softwares abertos de uso geral, como as linguagens de programação, sistemas de autoria
de multimídia, ou aplicativos como processadores de texto, software para criação e
manutenção de banco de dados. Vejamos a imagem representativa baseada no
Construcionismo:
Construcionismo
Entretanto conforme, Valente (1999 p.2):
Por outro lado, o uso do computador na criação de ambientes de
aprendizagem que enfatizam a construção do conhecimento, apresenta
enormes desafios. Primeiro, implica em entender o computador como uma
nova maneira de representar o conhecimento, provocando um
redimensionamento dos conceitos já conhecidos e possibilitando a busca e
compreensão de novas idéias e valores. Usá-lo com essa finalidade, requer a
análise cuidadosa do que significa ensinar e aprender bem como, demanda
rever o papel do professor nesse contexto.
Utilizando o computador como ambiente de aprendizagem o aluno busca resolver
problemas ou realizar tarefas como desenhar, escrever, calcular, etc. Sendo preciso uma base
34
de conhecimento tanto do aluno como do professor na mediação do processo de ensino
aprendizagem.
De acordo com a classificação da utilização do computador nas escolas segundo
Borges Neto (1998, p.2) caracteriza em quatro formas, sendo elas: a informática Aplicada à
Educação, a Informática à Educação, Informática Educacional, Informática Educativa.
Nesta primeira forma, faz o uso de aplicativos da informática em trabalhos tipo
controles administrativos ou acadêmicos, como emitir relatórios, escrever textos, confeccionar
tabelas, manipular bancos de dados, controlar fluxo de pagamento. Entende-se assim que a
mesma é usada para a organização administrativa do processo escolar, segundo Borges Neto
(1998, p. 2):
A segunda, caracteriza-se pela utilização do computador através de
softwares desenvolvidos para propiciar suporte à educação, como os tutoriais
ou outros aplicativos que, em geral, trazem características bem lineares de
aprendizagem; o aluno vai ao laboratório tirar suas dúvidas, em aulas tipo
reforço, usando tutoriais ou “livros multimídias”, ou mesmo consultando a
Internet. A maioria de software utilizados nessa etapa usam pouco os
recursos de computação, como os hipertextos para navegação intra-texto,
não permitindo uma navegação eficiente e de livre escolha do usuário.
Na Informática à Educação, entendemos que seu uso há uma limitação na navegação
dos softwares ou na internet, não permitindo retorno ao estágio inicial ou níveis anteriores,
comprometendo o processo de utilização do computador, enquadrado apenas como máquina
de ensinar de Skiner.
A Informática Educacional traz como perspectiva uma utilização da
informática que concorra para a educação, caracterizando-se pelo uso do
computador como ferramenta para a resolução de problemas. Os projetos são
atividades desenvolvidas onde grupos de alunos são orientados a
desenvolver determinado tema. Podem usar todos os recursos que tem direito
e acesso, consultas a bancos de dados, a rede de internet, troca de
informações, participação de listas de discussões... Conforme Borges Neto,
(1998, p.3).
Compreendemos ser um uso mais amplo de liberdade pelo fato os alunos poderem
acessar todos os meios computacionais disponíveis; entretanto, pode não acontecer um ensino
e aprendizagem eficaz do conteúdo, por muitas vezes não ter uma participação efetiva de um
professor especialista no acompanhamento do trabalho, no que concerne a questão da
formação para trabalhar com o computador, pois o mesmo participa mais como um consultor
35
(in) formal, como aquele que encaminha os alunos ao responsável pela sala de informática,
que é quem dá os andamentos ao projeto, conforme (BORGES NETO, 1998).
E por fim, a Informática Educativa, que se caracteriza pelo uso da
informática como suporte ao professor, como um instrumento a mais em sua
sala de aula, no qual o professor possa utilizar esses recursos colocados a sua
disposição.
Nesse nível, o computador é explorado pelo professor especialista em sua
potencialidade e capacidade, tornando possível simular, praticar ou vivenciar
situações- podendo até sugerir conjecturas abstratas -, fundamental a
compreensão de um conhecimento ou modelo de conhecimento que se está
construindo. Borges Neto (1998, p. 4).
Esta forma de utilizar do computador assume um papel importante na propagação do
conhecimento, uma vez que funciona como recurso didático na representação específica de
um saber, facilidades de manuseio, feedback e uma possibilidade para acompanhar, a
distância, a construção de um conhecimento realizado pelo aluno, assim como afirma Borges
Neto, (1998).
1.6.2 Uma breve história da informática na educação no Brasil
No Brasil a introdução da informática foi diferente dos Países como a França e EUA, a
sua implantação iniciou-se nas universidades em 1970 e já 1971 aconteceu na Universidade
Federal de São Carlos um seminário intensivo sobre o uso do computador no ensino de Física
ministrado por E. Huggins, especialista da Universidade de Dartmouth, E.U.A. (Souza, 1983).
No mesmo ano o Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras organizaram I
ACONTECE, no qual um grupo de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP),
acoplou, via modem, um terminal no Rio de Janeiro a um computador localizado no campus
da USP (Souza, 1983).
Na UFRJ em 1973, o Núcleo de Tecnologia Educacional para a Saúde e o Centro
Latino-Americano de Tecnologia Educacional (NUTES/CLATES) usou software de
simulação no ensino de Química. A UFRGS, nesse mesmo ano, realizaram-se algumas
experiências, usando simulação de fenômenos de Física com alunos de graduação e na mesma
universidade o Centro de Processamento de Dados desenvolveu o software SISCAI para
avaliação de alunos de pós-graduação em Educação. Segundo Valente, em 1982, o SISCAI
foi traduzido para os microcomputadores de 8 bits como CAIMI (CAI para
36
MIcrocomputadores), funcionando como um sistema CAI e foi utilizado no ensino do 2ºgrau
pelo grupo de pesquisa da Faculdade de Educação (FACED), liderado pela Profa. Lucila
Santarosa, conforme Valente (1999).
Na UNICAMP, em 1974, Valente desenvolveu com um aluno de iniciação científica,
Marcelo Martelini, um software tipo CAI implementado em linguagem BASIC, para o ensino
de fundamentos de programação BASIC. Esse CAI foi usado por alunos do Mestrado em
Ensino de Ciência e Matemática, coordenado pelo Prof. Ubiratan D’Ambrósio, realizado no
Instituto de Matemática, Estatística e Ciência da Computação e financiado pela Organização
dos Estados Americanos (OEA) e Ministério da Educação (MEC) nas palavras de Valente
(1999). Em 1975, aconteceu a primeira visita de Seymour Papert e Marvin Minsky ao Brasil,
que lançaram as primeiras sementes das ideias do Logo. E em 1976, retornam para ministrar
seminários e participar de atividades de grupos de pesquisas do logo aplicado a educação. No
qual o grupo de pesquisa foi consolidado com a criação do Núcleo de Informática Aplicada à
Educação (NIED), em maio de 1983. Em 1981, o Logo foi intensamente utilizado por um
grupo de pesquisadores liderados pela Profa. Léa da Cruz Fagundes do Laboratório de
Estudos Cognitivos (LEC) da UFRGS. O LEC foi criado em 1973 por pesquisadores
preocupados com as dificuldades da aprendizagem de matemática apresentadas por crianças e
adolescentes da escola pública.
Os estudos realizados tinham uma forte base piagetiana e eram coordenados pelo Dr.
António Battro, discípulo de Piaget, conforme Valente (1999). Com os avanços das pesquisas
e experiências dentro e fora do Brasil, despertaram os interesses das universidades e do
governo e resolveram implantar programas educacionais com a utilização da informática nas
instituições. Assim, aconteceu o primeiro e o segundo Seminário Nacional de Informática em
Educação, na Universidade de Brasília em 1981 e Universidade Federal da Bahia em 1982.
Desses dois seminários originou o EDUCOM implantado pela Secretaria Especial de
Informática (SEI) do MEC. Possibilitando a formação de pesquisadores das universidades e
de profissionais das escolas públicas na realização de diversas ações como o Concursos
Nacional de Software Educacional (em 1986, 1987 e 1988), a implementação do FORMAR
Curso de Especialização em Informática na Educação (realizados em 1987 e 1989), e
implantação nos estados do CIEd que são os Centros de Informática em Educação (iniciado
em 1987). Em 1989, foi implantado na Secretaria Geral do MEC o Plano Nacional de
Informática Educativa o PRONINFE. Esse programa consolidou as diferentes ações que
tinham sido desenvolvidas em termos de normas e uma rubrica no Orçamento da União,
realizou o FORMAR III (Goiânia) e FORMAR IV (Aracajú) destinados a formar professores
37
das escolas técnicas e implantou os Centros de Informática Educativa nas Escolas Técnicas
Federais (CIET). E por fim em 1997, foi criado o Programa Nacional de Informática na
Educação PROINFO, vinculado à Secretaria de Educação a Distância-SEED do MEC.
De acordo com (Valente, 1999) podemos diferenciar o programa de informática na
educação do Brasil e da França e Estados Unidos, sendo a primeira é a relação que se
estabeleceu entre os órgãos de pesquisa e a escola pública. Na França, as políticas
implantadas pelo governo não foram necessariamente frutos da pesquisa e não houve o
estabelecimento de uma ligação direta entre os centros de pesquisa e escola pública. Nos
Estados Unidos, embora tenham sido produzidas inúmeras pesquisas, estas podiam ou não ser
adotadas pela escola interessada em implantar a informática.
A segunda diferença entre o programa brasileiro e o francês e americano é a
descentralização das políticas e sistemática de trabalho estabelecida entre o MEC e as
instituições que desenvolvem atividades de informática na educação. No caso da informática
na educação, as decisões e as propostas não têm sido totalmente centralizadas no MEC, mas
fruto de discussões e propostas feitas pela comunidade de técnicos e pesquisadores da área.
Pois sua função foi de acompanhar, viabilizar e implementar essas decisões. Portanto, no
Brasil, as políticas de implantação e desenvolvimento da informática na educação não são
produto somente de decisões governamentais, como na França, nem consequência direta do
mercado como nos Estados Unidos.
A terceira diferença é com relação à proposta pedagógica e o papel que o
computador desempenha no processo educacional. No programa brasileiro, o papel do
computador é o de provocar mudanças pedagógicas profundas, em vez de "automatizar o
ensino" ou preparar o aluno para ser capaz de trabalhar com a informática. Essa proposta de
mudança sempre esteve presente, desde o I Seminário Nacional de Informática na Educação,
realizado em Brasília. Todos os centros de pesquisa do projeto EDUCOM atuaram na
perspectiva de criar ambientes educacionais, usando o computador como recurso facilitador
do processo de aprendizagem. O intuito dessa abordagem educacional seria transformar uma
educação em que o aluno pudesse realizar atividades por intermédio do computador e, assim,
aprender. Por isso toda a plataforma da informática na educação, por meio da formação dos
pesquisadores dos centros, os cursos de formação ministrados e mesmo os software
educacionais desenvolvidos por alguns centros eram elaborados, tendo em mente a
possibilidade desse tipo de mudança pedagógica.
Uma das vantagens do foco brasileiro na introdução da informática foi a formação
dos profissionais para trabalharem o computador como recurso pedagógico nas suas aulas
38
facilitando o ensino-aprendizagem numa abordagem construcionista em que o aluno aprende
manipulando o computador por meio de jogos, programas educacionais e ambiente virtual de
aprendizagem, como também na implantação de projetos de incentivo a criação de software
educacional por profissionais em universidades.
39
CAPÍTULO 3
APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS
Neste capítulo buscamos analisar os dados produzidos durante a permanência no
período no campo de pesquisa, por meio da aplicação de uma entrevista semiestruturada e
observação não participante às aulas das duas colaboradoras. Assim, para uma melhor
compreensão, dividimos os dados em categorias os quais apresentaremos e analisaremos para
alcance dos objetivos propostos.
Os dados coletados foram divididos em oito categorias, de acordo com as temáticas
abordadas. São elas: Uso do computador no cotidiano; Formação para o uso do computador;
O uso do computador na prática pedagógica; O uso do computador nas aulas; Reação dos
alunos com a utilização do computador; Utilização do Laboratório de informática;
Dificuldades em trabalhar com o computador e por último o aperfeiçoamento para o uso do
computador nas aulas.
Como já citado, as colaboradoras serão identificados por cognomes da área da
informática. Ressaltamos que as duas professores selecionadas atenderam aos requisitos
necessários, porque utilizaram o computador na sala de aula, dentre o universo de nove
professores (as) que lecionavam nesta turma de 7ª série, turno tarde do Ensino Fundamental –
séries finais, de um CEEP de Luiz Correia-PI.
3.1. USO DO COMPUTADOR NO COTIDIANO
Para esta categoria, perguntamos o seguinte: Você tem computador em casa ou
notebook ou netbook? Em caso afirmativo, como faz uso dessa tecnologia? Para quê?
Tenho somente um computador de mesa. Utilizo para estudar, no qual faço curso à distância e
às vezes acesso as redes sociais. (PROFESSORA GIGA)
Tenho 01 computador de mesa e 01 notebook. Utilizo para fazer pesquisas, baixar arquivos,
vídeos e músicas educativas, como também para o trabalho da coordenação pedagógica, na
preparação das aulas e para divertir-se. (PROFESSORA BYTES)
Com base nas falas das duas professoras, estas confirmaram a utilização do
computador em seus cotidianos, tanto no trabalho, como em casa. Foi recorrente nas
afirmações das mesmas, utilizarem para o trabalho, realizar pesquisas, estudos, acesso às
redes sociais e diversão. Entretanto infere-se nos relatos destacados, onde torna mais evidente
40
o uso do computador de forma mais abrangente por parte da professora Bytes, pois além de
utilizar como diversão, faz uso no seu trabalho para a coordenação pedagógica e na
preparação de suas aulas da disciplina de inglês.
Com base no exposto, buscamos compreender em Valente (1999, p.1), as rápidas
mudanças com o uso computador:
Se a mudança na Educação é lenta e quase imperceptível, a mudança em
outros segmentos da nossa sociedade - como no sistema produtivo - é rápida,
visível, afetando drasticamente o nosso comportamento, principalmente o
modo de trabalhar e, por conseguinte, o modo de pensar e atuar.
O mercado produtivo exige mudanças rápidas nos comportamentos das pessoas, para
que se adaptem às novas tecnologias, no intuito de atender a demanda de exigências da
clientela, sejam empresas educacionais ou não, por conta até mesmo da própria sociedade, no
qual o sistema educacional a sua introdução das NTICS ainda continuam lentas.
Também na fala da professora Giga está relatou que usa o computador para estudar a
distância, segundo Moran (2000, p.1) define está modalidade de ensino, sendo um processo
de:
[...] ensino/aprendizagem onde professores e alunos não estão normalmente
juntos, fisicamente, mas podem estar conectados, interligados por
tecnologias, principalmente as telemáticas, como a Internet. Mas também
podem ser utilizados o correio, o rádio, a televisão, o vídeo, o CD-ROM, o
telefone, o fax e tecnologias semelhantes.
Entendemos que está modalidade necessita ter além de momentos presenciais, onde
que professores e alunos não estando fisicamente no mesmo local e horário devem estar
conectados por meio das NTICS.
3.2 FORMAÇÃO PARA O USO DO COMPUTADOR
Nessa categoria buscamos compreender se as professoras fizeram algum curso de
informática e se caso positivo, tinha sido particular ou ofertado pela rede de ensino que
trabalha atualmente ou trabalhou no intuito de capacitação em um processo de formação
continuada com as novas tecnologias de informação e comunicação para aplicação no
ambiente escolar e no seu cotidiano.
41
A esse respeito perguntamos da seguinte maneira: Você fez algum curso para
trabalhar com o computador? Caso for afirmativo, foi particular ou oferecido pela secretária
de educação?
Fiz um curso de informática básico sendo particular, mas desisti, porque uma hora de curso
passava rápido. (PROFESSORA GIGA)
Sim. Fiz um curso de informática, sendo particular. (PROFESSORA BYTES)
Nesta passagem, a professora Giga iniciou um curso de informática, mas percebemos
que a mesma não chega a concluir. Já a segunda afirma que fez um curso de informática
também por conta própria, inferindo que concluiu o curso.
Dessa forma inferimos que as professoras em questão, reconhecem a importância de
uma formação para o uso do computador tendo em vista que ingressaram em um curso de
informática, entretanto mesmo assim a professora Giga não o concluiu.
A questão fundamental é recorrente (MORAN, ALMEIDA 2005, p.23): sem o
conhecimento técnico será impossível implantar soluções pedagógicas inovadoras e vice-
versa; sem o pedagógico os recursos técnicos disponíveis serão adequadamente utilizados?
Pois não adianta ter o conhecimento básico somente das ferramentas do computador, e sim
está aliado ao conhecimento da prática pedagógica em que um complementa o outro numa
construção do saber fazer dentro da sala de aula.
Também podemos concluir que apesar do tempo de trabalho destas na instituição,
máximo dois meses, aparentemente a rede de ensino que atuam ainda não ofereceu um curso
de qualificação para o trabalho com computador no ambiente pedagógico. Segundo a
legislação, para que os profissionais possam trabalhar com as NTICS é necessário que tenham
formação na área.
3.2.1 O USO DO COMPUTADOR NA PRÁTICA PEDAGÓGICA
Ainda de acordo com o uso do computador, agora na prática docente na sala de aula,
questionamos as interlocutoras: Você acha que esse conhecimento é útil em sua prática
pedagógica? Por quê? Como?
Foi muito importante, mas acho que é preciso melhorar minha prática pedagógica, como por
exemplo, na utilização do programa Power Point e outros. (PROFESSORA GIGA)
42
Com certeza, pois tudo que faço hoje com o computador foi graças a esse conhecimento
adquirido, podendo muitas vezes no meu trabalho economizar folhas e o meu tempo.
(PROFESSORA BYTES)
Percebemos no depoimento da professora Giga uma falta de conhecimento (ou prática)
em utilizar programas básicos de apresentação, como o Power point3 e outros que não relatou.
Na sua concepção, este fato representa uma grande barreira no seu trabalho pedagógica, como
por exemplo, na elaboração de slides dos conteúdos para exposição de suas aulas.
Neste sentido, descrevo um trecho do diário de bordo no período de observação da
professora Giga:
Dia 21 de novembro de 2012:
Solicitou aos grupos que iniciassem as apresentações dos seminários programados para aquela
data. Dessa forma os alunos apresentaram o seminário utilizando o computador acoplado ao
Datashow ou retroprojetor, que a professora trouxe já combinado com os grupos. Os alunos
fizeram os slides com textos e imagem pesquisados da internet sobre a História da Arte e Arte
moderna. Já outro grupo para a sua apresentação confeccionou um cartaz e a professora
colocou o vídeo da música popular brasileira “roda viva” que fazia parte da temática, passando
para a turma que a professora estava preparada com os recursos relacionados com tema em
questão. Pois esses alunos trouxeram a música somente escrita, mas a professora trouxe em
DVD. (PROFESSORA GIGA).
Apesar da docente aparentemente não saber construir os slides, um grupo de alunos
demostraram que são hábeis nesta ferramenta de apresentação. Ao contrário do outro grupo
que não trouxe recursos suficientes para dinamizar o seu conteúdo de estudo, contudo a
mesma apresentou o vídeo que abordava a temática.
Ainda com relação ao seu relato, pudemos perceber o reconhecimento da sua
dificuldade, pois sua atitude demostra um lado positivo, podendo despertar para um repensar
de sua prática numa posterior busca de uma formação sólida na área da informática educativa.
No discurso da professora Bytes inferimos que este conhecimento está sendo
aparentemente mais aproveitado para atividades administrativas ao invés do fazer pedagógico,
como por exemplo, no seu trabalho de coordenação pedagógica e a inclusão de notas das
avaliações dos discentes no diário. 3 O PowerPoint é um editor de apresentações que oferece muitos recursos, possibilitando a integração de objetos
multimídia (som, imagem, filme, texto, gráfico) e definição de efeitos programados. Permite, portanto, a
personalização dos slides de acordo com as preferências do usuário e o tipo de utilização a que se destina. Na
área educacional pode ser uma ferramenta útil para mostras e documentação de trabalhos. (FREIRE, PRADO
2000 p.17)
43
Vejamos o relato do diário de bordo da professora Bytes, em relação à utilização do
computador em suas aulas.
Dia 22 de novembro de 2012
Chamava os alunos por ordem da lista de frequência, assim corrigia as provas na presença dos
mesmos e utilizando o seu notebook colocava as notas das provas por meio do programa
Excel. (PROFESSORA GIGA).
Segundo Valente (1999 p.6) baseado na abordagem construcionista, professores e
administração escolar por meio da convivência com o computador pode [...] implicar na
construção de conhecimento pedagógico sobre como usar [...] e mudanças administrativas de
modo que o computador possa vir a ser parte das atividades realizadas pelos próprios
professores da escola. Quando toda escola utiliza o computador para diversas funções, ficaria
mais fácil o acesso e sua utilização pedagógica pelos (as) professores (as). Entretanto não é o
que percebemos in lócus, as professoras ainda têm resistências quanto ao uso nas salas de
aulas seja de forma colaborativa pelos alunos ou como recurso de ensino aprendizagem.
Buscamos a funcionalidade do Excel do pacote Office em Freire e Prado (2000 p.23)
descobrimos que:
A planilha eletrônica Excel oferece recursos para efetuar cálculos
matemáticos, financeiros e contábeis, bem como gerar diversos gráficos.
Pode-se utilizá-la com diversas finalidades, desde o controle do orçamento
doméstico até o gerenciamento financeiro de uma empresa. Na escola, é
muito útil para tratar dados provenientes de pesquisas, produzir e interpretar
gráficos e tabelas.
Vimos que o programa oferece recursos não só pedagógicos mais também para uso em
empresas e na vida pessoal.
3.3 UTILIZAÇÃO DO COMPUTADOR NAS AULAS
O computador pode ser um importante recurso para promover a passagem da
informação ao usuário ou facilitar o processo de construção de conhecimento. A
aprendizagem pode ocorrer de duas formas: a primeira pela memorização seguindo o modelo
tradicional e a outra pelo processamento da informação na qual o denominamos de construção
do conhecimento, conforme Valente (1999 p.1).
44
Nesse questionamento buscamos saber por que e como as professoras utilizam o
computador nas suas aulas, no qual perguntamos da seguinte maneira: Você utiliza o
computador em suas aulas? Por quê? Como?
Sim. Utilizo o computador. Porque as aulas não ficam limitadas, desperta a curiosidade dos
alunos diante das diversidades de estilos artísticos da música, imagens, desenhos, textos,
demostrando por meio de DVDs, computador e Data Show. (PROFESSORA GIGA)
Sim. Porque é uma ótima ferramenta e economiza tempo, chama atenção dos alunos, sempre
procuro trazer algo diferente para as aulas, como na apresentação de vídeos, músicas, slides
conforme o conteúdo e utilizo na própria elaboração das atividades. (PROFESSORA BYTES)
Diante dos relatos fica evidente que as duas utilizam o computador, porém ambas com
visões e finalidades diferentes e ora que aproximam no caso de despertar a curiosidade e
interesse do alunado.
A professora Giga utiliza porque dar uma maior possibilidade de demostrar o conteúdo
de sua disciplina artes e também por despertar a curiosidade dos seus alunos. Já professora
Bytes justifica por economia de tempo na elaboração de material, além de despertar o
interesse dos alunos e dinamizar as aulas.
A respeito da contribuição das mídias audiovisuais Almeida (2005, p.41) comenta:
A linguagem produzida na integração entre imagens, movimentos e sons
atrai e toma conta das gerações mais jovens, cuja comunicação resulta do
encontro entre palavras, gestos e movimentos, distanciando-se do gênero do
livro didático, da linearidade das atividades da sala de aula e da rotina
escolar.
A dinâmica de introdução das mídias audiovisuais nas atividades pedagógicas
principalmente do computador atrai e desperta atenção devido já fazer parte da vida da
geração mais jovem e consequentemente dos alunos presentes nas escolas.
Por isso é fundamental os professores utilizarem de forma consciente e apropriada a
cada conteúdo de forma criativa.
No período de observação fizemos as seguintes anotações.
Dia 23 de novembro de 2012
[...] continuidade as apresentações dos seminários da História da Arte. Somente um grupo
trouxe a apresentação em slides [...]. A professora projetou (o Data Show)4 na parede do
4 O data show é apresentado diretamente da tela do computador, pode ser acoplado a vários tipos de
mídia e é de fácil transporte. O custo de aquisição deste equipamento é alto, nem sempre está
disponível em locais de apresentação e a sala deve ficar no escuro (RAMO, CUNHA, FRIZZO) apud
(SCHMIDT; PAZIN FILHO, 2007).
45
fundo da sala, por achar um local melhor para a projeção, mas inadequadamente para a visão
dos alunos por causa da iluminação natural atrapalhar a visualização e até mesmo porque os
alunos têm que virar de costas e saírem da frente da projeção. (PROFESSORA GIGA)
Tendo em vista o compromisso da professora com o uso do computador para
dinamizar as suas aulas enriquecendo os conteúdos, percebemos que a estrutura da sala de
aula ainda não favorece que professores e alunos tenham uma boa visualização com o uso dos
recursos pedagógicos, interferindo em toda a dinâmica da sala de aula, dispersando a atenção
da turma.
Para Moran uma escola de qualidade deverá atender alguns requisitos:
Precisa fundamentalmente de professores bem preparados, motivados, e bem
remunerados e com formação pedagógica atualizada.
[...] salas confortáveis, com boa acústica e tecnologias, das simples até as
sofisticadas. [...] sala de aula hoje precisa ter acesso fácil ao vídeo, DVD e,
no mínimo, um ponto de Internet, para acesso a sites em tempo real pelo
professor ou pelos alunos, quando necessário.
Um computador em sala com projetor multimídia são recursos necessários,
embora ainda caros, para oferecer condições dignas de pesquisa e
apresentação de trabalhos a professores e alunos.
Segundo o autor para que a escola de qualidade aconteça, deverá ocorrer uma
revolução nas bases de sua estrutura, ou seja, passar pela formação continuada do
profissional, transformação da infraestrutura da escola e da sala de aula e a implantação de
recursos multimídias de última geração.
Verificamos nas falas das professoras que as mesmas utilizam o computador com o
Datashow porque reconhecem seus benefícios de ensino e aprendizagem, entretanto
percebemos na observação de uma professora que muitas vezes a sua prática de utilização
torna-se limitada por desconhecimento de seu potencial de uso, devido uma carência de
formação na área, como também a estrutura da escola que contempla a esse favorecimento.
3.4 REAÇÃO DOS ALUNOS COM A UTILIZAÇÃO DO COMPUTADOR
Desta vez interrogamos as participantes da seguinte forma: Quando você utiliza o
computador em sala de aula, qual a reação dos alunos? Por quê? Como?
Os alunos demostram curiosidade. Porque eles apropriam de elementos culturais diversos por
meio da visualização de vídeos em DVDs. (PROFESSORA GIGA)
46
É bem interessante, porque os alunos ficam mais atentos aos conteúdos e participam mais das
aulas. (PROFESSORA BYTES)
De acordo com as respostas das professoras as mesmas confirmaram que os alunos
reagem por meio da curiosidade e da atenção diante dos conteúdos nas aulas.
No qual a primeira afirma que por meio dos vídeos que reproduz durante suas aulas,
além de despertar a curiosidade dos mesmos, expõe que melhora a aprendizagem com relação
aos conteúdos de sua disciplina, enquanto a segunda relatou que os alunos ficam mais atentos
e acontece uma maior participação nas aulas.
Entretanto não foi possível presenciar na observação da professora Bytes utilizando o
computador na aplicação dos conteúdos, mas somente colocando as notas das avaliações
diretamente no programa Excel.
Nessa direção Bettega (2010, p.22) ressalta que “Também se percebe que a tecnologia
atrai mais a atenção dos alunos, pois o computador torna mais fácil o aprendizado de
disciplinas consideradas difíceis, como a Física e a Química, melhorando, assim, o
desempenho escolar”.
Conforme o exposto, observamos que o computador é um ótimo recurso de aplicação
nas aulas devido os alunos reagirem positivamente com sua introdução, seja por meio de
projetos educacionais ou por conteúdos das disciplinas e até mesmo na parte administrativa do
professor.
3.5 UTILIZAÇÃO DO LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA
O PROINFO é um programa educacional de introdução das novas tecnologias nas
escolas públicas como ferramenta de apoio e ao processo de ensino-aprendizagem, proposto
pelo Ministério da Educação, por meio da Secretaria de Educação a Distância criado Portaria
nº 522, de 9 de abril de 1997, (BRASIL, 1997).
Nesse contexto, perguntamos as interlocutoras o seguinte: Quando o laboratório de
informática estava em funcionamento, você alguma vez levou os alunos até lá para utilizar os
computadores como recurso de ensino e aprendizagem dos conteúdos. Por que você decidiu
fazer isso? Como foi esse momento para você e para os alunos? Por quê?
Não. Porque quando cheguei à instituição, o laboratório de informática já não estava em
funcionamento, pois encontrava em reforma. (PROFESSORA GIGA)
47
Não nunca levei. Porque nesse momento eu era somente coordenadora pedagógica, pois faz
somente dois meses que iniciei como professora na instituição, por ocasião da ausência da
professora da disciplina de inglês. (PROFESSORA BYTES)
Ao analisarmos os relatos das colaboradoras, ambas afirmaram que nunca levaram os
seus alunos ao Laboratório de Informática- LI, com justificativas distintas, pois a professora
Giga relata porque a sala encontrava-se em reforma. Contudo a professora Bytes explica que
não era docente na instituição na época de funcionamento do LI, somente exercendo a função
de coordenadora pedagógica.
O Programa Nacional de Informática na Educação- Proinfor têm os seguintes
objetivos: melhorar a qualidade do processo de ensino-aprendizagem; incorporar novas
tecnologias de informação nas escolas por meio de criação de nova ecologia cognitiva;
propiciar uma educação que busque o desenvolvimento científico e tecnológico e educar para
uma cidadania global numa sociedade mais desenvolvida tecnologicamente, (BRASIL, 1997).
Conforme explicitado nos objetivos do programa, percebemos o quanto a instituição
como um todo, principalmente os alunos, perdem pela ausência desta sala de informática em
funcionamento, tendo em vista ser um espaço de ensino e aprendizado para aluno e docente
aliado a formação contínua para o uso NTICS na sala de aula.
É importante buscarmos o relato da professora com relação ao não funcionamento da
sala de Informática na instituição.
Entrevista realizada em novembro de 2012
[...] o bom seria uma sala com os recursos prontos (instalados). (PROFª BYTES)
Diante do relato da professora inferimos que ela sente a necessidade de um espaço
apropriado e equipado com recursos tecnológicos a disposição dos professores a realização de
suas atividades, que podemos denominar de Laboratório de Informática-LI que a escola já
dispõe, mas pelo fato de não funcionar e nunca ter levado os alunos até lá, a mesma não ver
este local dentro de sua concepção de trabalho pedagógico.
Também inferimos que a mesma pode aparentemente estar culpabilizando a ausência
deste espaço, no intuito de justificar o não uso do computador nas suas atividades
pedagógicas na sala porque demanda um pouco mais de trabalho e tempo para instalação dos
recursos.
48
Portanto analisamos que as professoras não utilizam o laboratório por motivo de
reforma, conquanto sabem da importância deste espaço atendendo as diretrizes do programa
do Proinfor.
3.6 DIFICULDADES EM TRABALHAR COM O COMPUTADOR
Os entraves no uso desses recursos didáticos, como os computadores, precisam ser
vencidos, e o ideal é que tenhamos mais experiências positivas acontecendo segundo Bettega
(2010, p.111). Nessa direção indagamos as entrevistadas: Você sente dificuldades em
trabalhar com o computador na sala de aula? Por quê? Como? Com relação a essa questão
elas responderam:
Sinto um pouco de dificuldade. Mas a cada dia aprendo mais, principalmente com os colegas
de profissão, também fazendo pesquisas e até mesmo com os próprios alunos.
(PROFESSORA GIGA)
Não. Porque já está habituada no manuseio e tudo o que vejo na internet relacionado com a
minha prática pedagógica, logo estou baixando para aplicação em minhas aulas. Mas como o
tempo de aula é muito curto, dificulta um pouco, o bom seria uma sala com os recursos
prontos (instalados). (PROFESSORA BYTES)
Ao analisarmos as respostas dos depoimentos das interlocutoras percebemos que
ambas são contrárias, enquanto a primeira têm dificuldades, a outra não encontra nenhuma
dificuldade com a utilização do computador em sua prática pedagógica.
Neste sentido Garcia (2012, p.6-7) vai de encontro com o relato da primeira professora
no âmbito das barreiras enfrentadas com a utilização da TIC5 na educação:
É preciso, primeiramente, superar o desafio da condição do professor de
“forasteiro” digital, reconhecendo que a maioria dos docentes não nasceu
neste mundo repleto de tecnologias como seus alunos, que são nativos
digitais e que não concebem o mundo sem essas engenhocas eletrônicas.
Em segundo lugar, é necessário superar o desafio da ineficiência da
formação inicial.
Em terceiro lugar, é preciso superar o desafio da formação contínua baseada
no modelo de racionalidade técnica (clássico), reconhecendo que essa
formação, do modo que está organizada, também não é transformadora de
5 TIC – Tecnologias da Informação e Comunicação. Terminologia que resulta da junção de algumas tecnologias
de informação (antes chamadas de Informática) e as tecnologias de comunicação (antes denominadas como
telecomunicações e mídia eletrônica). Essas tecnologias compreendem a obtenção, o armazenamento, o
processamento e a distribuição da informação através de meios eletrônicos e digitais (ex.: rádio, televisão,
telefone e computadores etc.). (GARCIA 2012, p.3).
49
forma a levar os professores à utilização das TIC no processo de ensino e
aprendizagem.
Apesar de muitos professores já terem experiências na docência há muito tempo
podem sim estarem inseridos no mundo digital e sair da condição “forasteiro” digital, com o
qual às vezes os cursos de formação inicial não contemplavam disciplinas sobre essa
concepção nos currículos ou até mesmo por não ter tido produtivo ou capaz de modificar sua
formação docente para o uso do computador nas atividades diárias. E por fim propõe a
alteração do modelo técnico-clássico para o prático-reflexivo por entender ser o ideal devido o
professor irá atuar nas situações concretas de sala de aula (GARCIA, 2012).
É importante ressaltar as estratégias utilizadas da professora Giga em busca dos
conhecimentos necessários a respeito do uso do computador em sua prática, na qual procura
aprender com os pares (colegas de profissão), os próprios alunos e além de realizar pesquisas
na internet na busca de solução enfrentadas no cotidiano escolar.
Enquanto a professora Bytes não expressou dificuldades na manipulação do
computador no seu depoimento e sim bastante interesse em pesquisar na internet atividades e
materiais para dinamização das suas aulas, a mesma relatou dificuldades inerentes à duração
das aulas por achar pouco tempo para a realização do proposto e a falta do Laboratório de
informática-LI equipado com recursos multimídias.
Diante dos relatos percebemos dificuldades de ordem técnica e prática, umas vez que
há uma carência de formação contínua para uso do computador na prática pedagógica das
professoras no intuito de alcançar um processo de ensino aprendizagem atendendo a evolução
da sociedade do conhecimento (VALENTE 1999).
3.7 APERFEIÇOAMENTO PARA O USO DO COMPUTADOR NAS AULAS
É inquestionável a formação continuada para a prática docente esteja sempre
atualizada que possa atender as transformações que ocorrem no cotidiano e no mundo que o
cerca. Sua atuação, sobretudo em sua área de formação, pressupõe seu desenvolvimento
profissional (formação contínua), visando à transformação da sociedade (GARCIA, 2012 p.4).
Neste intuito questionamos nossas entrevistadas a respeito deste processo: Você acha
que ainda precisa melhorar para trabalhar com o computador nas suas aulas? O quê? Por
quê? Com base nas perguntas as mesmas refletiram afirmando:
Sim, claro sempre. Porque nunca utilizei o Power Point. (PROFESSORA GIGA)
50
Com certeza, pois têm sempre algo a melhorar e nunca é cem por cento. Na educação é assim,
é sempre um processo constante de aprendizagem. (PROFESSORA BYTES)
De acordo com as afirmações das interlocutoras ambas reconhecem de que necessitam
de uma formação contínua para o uso do computador em suas aulas. De ambas a falas, a da
professora Bytes foi que se aproximou mais corroborando com a idéia de Almeida (2005,
p.44) quando aponta a importância da formação continuada, segundo o qual:
[...] o professor tem a oportunidade de explorar as tecnologias, analisar suas
potencialidades, estabelecer conexões entre essas tecnologias em atividades
nas quais ele atua como formador, refletir com o grupo em formação sobre
as possibilidades das atividades realizadas com aprendizes e buscar teorias
que favoreçam a compreensão dessa nova prática pedagógica.
Neste processo o professor passa a vivenciar vários papéis e a partir destas
experiências com os pares, aprofundar nas teorias abordadas e dessa forma seja capaz de
transformar sua prática pedagógica em inovadora utilizando o computador.
É interessante notar diante da resposta da professora Giga que a mesma justifica que
nunca em utilizou o Power Point, pois inferimos que a docente sente necessidade de saber
produzir suas aulas em slides utilizando este programa, visto que nas observações os alunos
utilizaram os slides na apresentação do seminário e a professora somente reproduziu
utilizando os recursos como o computador e o Data Show.
Nessa direção Valente (2002 p.2) considera importante na formação do professor para
integração do computador nas atividades pedagógicas: “Prover condições para o professor
construir conhecimento sobre as técnicas computacionais, entender por que e como integrar o
computador em sua prática pedagógica e ser capaz de superar barreiras de ordem
administrativa e pedagógica”. Como visto o há um desconhecimento e insegurança da
professora das inúmeras possibilidades de utilização e integração do computador em suas
atividades, limitando assim uma diversidade de usos e uma consciência crítica por parte dos
mesmos.
Conforme o exposto, as professoras coadunam da importância na questão da formação
continuada ser um aspecto essencial na vida de um profissional atento as mudanças além de
ser espaço de trocas de experiências a um aprendizado contínuo.
51
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Concluímos que pelos objetivos propostos, diante das observações realizadas e os
demais instrumentos utilizados, somente duas professoras utilizaram de fato o computador, de
um universo de nove, sendo que uma docente utilizou para adicionar as notas diretamente no
programa Excel em seu notebook, facilitando o seu trabalho e economizando tempo. Esta se
enquadrou na forma de utilização, que segundo Borges Neto (1998), denomina de Informática
Aplicada à Educação, na qual se faz uso de aplicativos de informática na emissão de
relatórios, edição de textos, confecção de tabelas, manipulação de bancos de dados, controle
fluxo de pagamento, dentre outros, facilitando o trabalho administrativo pedagógico tanto do
professor como do pessoal da área administrativo escolar.
Conquanto a outra professora utilizou nas apresentações dos seminários dos alunos,
deixando a disposição para os grupos que elaborassem os trabalhos em slides e apresentassem
na sala, na qual a mesma trouxe outros recursos que dinamizou ainda mais as apresentações.
Essa utilização enquadra-se, segundo a classificação de Borges Neto (1998) na Informática
Educativa, onde dar um suporte ao professor como recurso didático na representação
específica de um saber e a construção de um conhecimento realizado pelo aluno.
É importante que o professor possa oportunizar aos alunos o contato com o
computador na construção do saber, além de incentivar e orientar os trabalhos no decorrer do
processo, mas para isso é imprescindível que haja um conhecimento básico do docente na área
informática.
Portanto verificamos que as mesmas utilizaram de formas diferenciadas e adequadas
ao momento proposto, na qual dar-se uma maior ênfase a Informática Educativa por ser um
modelo que concorre para uma educação de qualidade, por ser utilizado tanto na sala de aula,
no laboratório de informática ou fora da escola. Neste ponto concluímos esse objetivo, no
qual foi saber como as participantes da pesquisa utilizaram o computador em suas aulas.
Em relação ao segundo objetivo, de verificar os conhecimentos que esses professores
têm sobre a utilização dos computadores na educação e saber como esses conhecimentos
foram adquiridos, concluímos que, apesar de uma da professora utilizar o computador dentro
da sala de aula não como forma de ensino e aprendizagem, mas de forma administrativa,
demostrou por meio de sua fala e prática com o computador, um relevante conhecimento com
relação a sua utilização, no qual adquiriu por meio de um curso de informática básico e por
meio da experiência com as ferramentas tecnológicas.
52
Em contrapartida a docente que utilizou como recurso de ensino-aprendizagem na
sala de aula, demostrou insegurança, falta de experiência e domínio com as ferramentas,
encontrando barreiras para um ensino-aprendizagem mais dinâmico. Até porque a mesma
afirmar não concluir o curso de informática básico no qual poderia ampliar seus
conhecimentos relacionados às NTICs.
Embora o sistema escolar que atuam não ofereça um curso de capacitação em
informática à educação, percebemos que as mesmas também não procuram uma formação
continuada na área deixando a desejar a introdução do computador nas suas atividades
pedagógicas de forma construtiva e colaborativa.
Conhecer os possíveis desafios enfrentados por esses professores para utilizar o
computador em suas aulas é o nosso terceiro último objetivo. A partir deste objetivo pudemos
revelar as dificuldades encontradas tanto na observação como nas entrevistas das
colaboradoras, no qual são de ordem técnica, prática e de infraestrutura escolar.
A primeira porque necessitam de formação contínua na área de informática, pois sem
conhecimento da utilização das novas tecnologias, está incluído o computador, não têm
ensino e aprendizagem. Sendo importante destacar também na fala das professoras, a
importância da interação com os pares de trabalho, onde um ensina o outro num processo de
trocas de conhecimentos na ação pedagógica.
O segundo ponto das dificuldades encontradas é a falta da prática pedagógica, ora se o
profissional não tem o conhecimento a respeito da temática, irá fazer de acordo com sua
concepção de ensino. Assim quando houver formações na área de informática na educação
devem está integrado às práticas vivenciadas no dia-a-dia de sala de aula do professor aliando
teoria e prática, para que possam ter uma efetivação desse conhecimento.
E por fim, de ordem estrutural da instituição escolar, devido os ambientes, ainda não
estarem adaptados às novas necessidades, e assim como a urgência de novos equipamentos
que possam colaborar com o desempenho do ensino-aprendizagem de alunos e professores,
uma vez que ele ensina, também aprende num processo constante aprendizagem.
Portanto, com base nos resultados obtidos, pudemos afirmar que conseguimos alcançar
o objetivo principal desta nossa empreitada de compreender como as (os) professoras (os) dos
anos finais do ensino fundamental de um Centro Estadual de Educação Profissional - CEEP
da cidade de Luiz Correia-PI estão utilizando o computador em suas aulas.
Diante do exposto, vimos que não é o momento de conclusão dos resultados, mas sim de
recomeço de novas pesquisas sobre a utilização do computador na educação.
53
Como a nossa pesquisa foi realizada nos anos finais do ensino fundamental, sugerimos
que futuras pesquisas sejam realizadas nos anos iniciais do ensino fundamental, ensino médio e
superior tendo em vista a temática possuir relevância social de grande importância na sociedade
do conhecimento e dessa forma os docentes sensibilizam a adquirir formação contínua apropriada
a utilização das NTICs na educação.
Concluímos nesse estudo, com as revelações dos dados da pesquisa, a compreensão da
utilização do computador nas atividades pedagógicas dos professores, onde se encontram
ainda muitas barreiras para que efetive sua utilização no ambiente da sala de aula como
recurso a mais no processo de ensino e aprendizagem.
54
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http: <//pt.wikipedia.org/wiki/Lu%C3%ADs_Correia_(Piau%C3%AD)>).
57
APÊNDICES
APÊNDICE A - ROTEIRO PARA A ENTREVISTA SEMIESTRUTURADA
SOCIEDADE DE ENSINO SUPERIOR PIAUIENSE/SESPI
CURSO DE PEDAGOGIA
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
Prezado (a) Professor (a),
Eu,_______________________________________________, acadêmico do curso de
Pedagogia da FAP, preciso de sua colaboração para a realização de minha pesquisa intitulada:
O uso do computador pelos professores do sétima série do Centro Estadual de Ensino
Profissionalizante da cidade de Luis Correia, com o objetivo geral é Investigar como está
sendo utilizado o computador pelos professores de uma turma da 7º série tarde de um Centro
Estadual de Ensino Profissionalizante CEEP. Para isso, gostaria de solicitar-lhe que responda
a entrevista a seguir.
Desde já, agradeço a sua atenção.
Identificação dos professores
a) Nome____________________________________________________________________
b) Idade_______________________ Estado civil___________________________________
d) Endereço____________________________________________Nº___________________
Bairro________________________________ Cidade______________________________
e) Escola (as) onde atua________________________________________________________
Em que horário?______________________________________________________________
g) Há quanto tempo atua nessa (s) escola(s)______________________Disciplina:_________
01. Qual a sua formação acadêmica e que instituição você formou-se? Qual ano que iniciou e
que concluiu?
___________________________________________________________________________
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02. Qual a sua experiência de magistério (educação infantil, ensino fundamental, ensino
médio, superior)? Em que tempo em cada uma?
03. Você tem computador em casa ou notebook ou netbook? Em caso afirmativo, como faz
uso dessa tecnologia? Para quê?
___________________________________________________________________________
04. Você fez algum curso para trabalhar com o computador? Caso for afirmativo foi particular
ou oferecido pela secretária de educação? Você acha que esse conhecimento é útil em sua
prática pedagógica? Por quê? Como?
___________________________________________________________________________
05. Você utiliza o computador em suas aulas? Por quê? Como?
___________________________________________________________________________
06. Quando você utiliza o computador em sala de aula, qual a reação dos alunos? Por quê?
Como?
________________________________________________________________________
07. Quando o laboratório de informática estava em funcionamento, você alguma vez levou os
alunos até lá para utilizar os computadores como recurso de ensino e aprendizagem dos
conteúdos. Por que você decidiu fazer isso? Como foi esse momento para você e para os
alunos? Por quê?
___________________________________________________________________________
08. Você sente dificuldades em trabalhar com o computador na sala de aula? Por quêe?
Como?
__________________________________________________________________________
09. Você acha que ainda precisa melhorar para trabalhar com o computador nas suas aulas? O
quê? Por quê?
___________________________________________________________________________
Data de Aplicação: _____/____/____
Endereço: BR 343, KM 7,5, Bairro Floriópolis – Parnaíba (PI) Fone: 86-3323-4148.
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APÊNDICE B - ROTEIRO DE OBSERVAÇÃO NÃO PARTICIPANTE
SOCIEDADE DE ENSINO SUPERIOR PIAUIENSE/SESPI
CURSO DE PEDAGOGIA
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
ROTEIRO DE OBSERVAÇÃO NÃO PARTICIPANTE
1. Nome do professor observado:________________________________________
2. Ano:________________ Data:_______/_______/________
3. Horário da observação:______________________________________________
ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS NA PRÁTICA DOS PROFESSORES:
Observar com que frequência os professores utilizam o computador;
De que forma utilizam o computador nas aulas;
Com que objetivos é utilizado o computador nas aulas;
Observar a relação professor e aluno com a utilização do computador;
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APÊNDICE C - DIÁRIO DE BORDO
DIÁRIO DE BORDO
PROFESSORA GIGA
Dia 21 de novembro de 2012 no horário de 13h às 13:40h
Solicitou aos grupos que iniciassem as apresentações dos seminários programados
para aquela data. Dessa forma os alunos apresentaram o seminário utilizando o computador
acoplado ao Datashow ou retroprojetor, que a professora trouxe já combinado com os grupos.
Os alunos fizeram os slides com textos e imagem pesquisados da internet sobre a História da
Arte e Arte moderna. Já outro grupo para a sua apresentação confeccionou um cartaz e a
professora colocou o vídeo da música popular brasileira “roda viva” que fazia parte da
temática, passando para a turma que a professora estava preparada com os recursos
relacionados com tema em questão. Pois esses alunos trouxeram a música somente escrita,
mas a professora trouxe em DVD.
Dia 23 de novembro de 2012 no horário de 13h às 13:40h
Deu continuidade as apresentações dos seminários da História da Arte. Somente um
grupo trouxe a apresentação em slides, mas a professora como é prevenida em suas aulas
trouxe o retroprojetor ou Data Show como já combinado. A professora projetou o aparelho na
parede do fundo da sala, por achar um local melhor para a projeção, mas inadequadamente
para a visão dos alunos por causa da iluminação natural atrapalhar a visualização e até mesmo
porque os alunos têm que virar de costas ou saírem da frente da projeção. Percebi que
somente um aluno foi que fez as pesquisas e os slides, ficando para apresentar a última parte,
mas esquecendo de um dos tópicos que se referia à biografia do cantor. Os alunos somente
leram os slides, não comentando o conteúdo. A professora falou do cuidado em pesquisar em
qualquer site e indicou dois sites seguros em que poderiam acessar para a produção dos
trabalhos como também indicar as fontes bibliográficas. Outro grupo foi representado por um
único aluno, que este somente leu a biografia de Chico Buarque de Holanda, sendo uma
pesquisa da internet, impressa em papel. Para representar melhor o trabalho desse grupo, ao
mesmo tempo a professora colocou o vídeo do III festival em que o cantor está atuando. A
professora insistia que os alunos cantassem, a música Roda Viva e Tiro ao Álvaro, mas
percebiam que eles não sabiam da letra e nem tinham interesse cantar, até mesmo porque as
61
imagens dos vídeos eram em preto e branco e o áudio estava chiando. O restante do grupo
ficou para a próxima semana. E não teve aula no segundo horário.
Dia 28 de novembro de 2012 no horário de 13h às 13:40h
Continuou com a apresentação dos seminários de dois grupos restantes. O primeiro
grupo com o tema arte na Pré-história e segundo Arte contemporânea. A professora colocou
um vídeo demostrando a dança e a música na arte moderna. Utilizando a Datashow acoplado
ao computador acoplado ao Datashow.
PROFESSORA BYTES
Dia 20 de novembro de 2012 no horário de 15:55h às 16:35h
Aplicou a prova de sua disciplina Inglês. Conversando com este pesquisador afirmou
que dar aulas desde 2006, mas somente em 2008 concluiu sua graduação em Inglês.
Dia 22 de novembro de 2012 no horário de 14:20h às 15:h
Chamava os alunos por ordem de frequência, assim corrigia as provas na presença dos
mesmos e utilizando o seu notebook colocava as notas da provas por meio do programa excel.
Dia 27 de novembro de 2012 no horário de 13:40h às 14:20h
Aproveitou o horário vago de ciências e a mesma utilizou o computador notebook para
inserir as notas da sua disciplina de inglês, mas primeiramente corrigia na presença de alunos
individualmente e no mesmo momento já divulgava o resultado aos alunos se aprovados ou de
recuperação.
62
ANEXOS
ANEXO A - CARTA DE ENCAMINHAMENTO A INSTITUIÇÃO
SOCIEDADE DE ENSINO SUPERIOR
COORDENAÇÃO DE PEDAGOGIA
CURSO DE PEDAGOGIA
CARTA DE ENCAMINHAMENTO A INSTITUIÇÃO
Ilustríssimo Senhor Gestor:
Do Centro Estadual de Ensino Profissionalizante.
Estamos encaminhando a esta escola a acadêmico _________________________________
do 6º bloco do curso de Pedagogia da FAP para realizar uma pesquisa empírica sobre o ensino
o uso do computador por professores em suas aulas, nesta conceituada instituição, por meio
da realização de entrevista com os professores e observação de aulas.
Aproveitamos a oportunidade para esclarecer que a atividade em questão tem como
objetivo geral Investigar como está sendo utilizado o computador pelos professores de uma
turma da 7º série desta instituição com o intuito de produzir dados para a elaboração do
trabalho de conclusão de curso, na modalidade de monografia, da referida acadêmica.
Certos de que esta atividade se constitui em um espaço de troca de experiências entre
a Universidade (lócus de formação teórica) e a escola (lócus de formação teórico-prático),
favorecendo a percepção e análise da realidade escolar como princípio educativo no
estabelecimento da relação trabalho e educação anteciparmos nossos agradecimentos.
Parnaíba, ______ de _________________ de 2012.
_____________________________________________
Renata Cristina da Cunha
Coordenadora do Trabalho de Conclusão do Curso de Pedagogia – FAP
Endereço: BR 343, KM 7,5, Bairro Floriópolis – Parnaíba (PI) Fone: 86-3323-4148
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ANEXO B - TERMO DE CONSENTIMENTO DA PARTICIPAÇÃO DA PESSOA
COMO SUJEITO
SOCIEDADE DE ENSINO SUPERIOR
COORDENAÇÃO DE PEDAGOGIA
CURSO DE PEDAGOGIA
Você está sendo convidado (a) para participar, como voluntário, em uma pesquisa.
Após ser esclarecido (a) sobre as informações a seguir, no caso de aceitar fazer parte do
estudo, assine ao final deste documento, que está em duas vias. Uma delas é sua e a outra é do
pesquisador responsável. Em caso de recusa você não será penalizado (a) de forma alguma.
O projeto de pesquisa O uso do computador pelos professores da sétima série do
Centro Estadual de Ensino Profissionalizante – CEEP da cidade de Luis Correia, trata-se de
um trabalho de conclusão de curso “monografia”, desenvolvida por _____________________
do Curso de Pedagogia da Faculdade Piauiense –FAP e orientado pela professora Regina de
Fátima Mendes Schmidlin que podem ser contatados pelos e-mails
________________________________________________, ou pelo celular _____________.
O presente trabalho tem por objetivo geral: Investigar como está sendo utilizado o
computador pelos professores de uma turma da 7º série tarde do Centro Estadual de Ensino
Profissionalizante – CEEP da cidade de Luis Correia. Os objetivos específicos são: Saber
como os professores dessa escola utilizam o computador em suas aulas; Verificar os
conhecimentos que esses professores têm sobre a utilização dos computadores na educação e
saber como esses conhecimentos foram adquiridos; Conhecer os possíveis desafios
enfrentados por esses professores para utilizar o computador em suas aulas.
Minha participação na pesquisa consistirá em participar de uma entrevista e ser
observado nas aulas por um determinado tempo que acontecerão em datas previamente
combinadas.
Compreendo que este estudo possui finalidade de pesquisa, que os dados obtidos serão
divulgados seguindo as diretrizes éticas da pesquisa, com a preservação do anonimato dos
participantes, assegurando, assim minha privacidade. As informações coletadas poderão ser
utilizadas em publicações como livros, periódicos ou divulgação em eventos científicos. Sei
64
que posso abandonar a minha participação na pesquisa quando quiser e que não receberei
nenhum pagamento por esta participação.
Parnaíba, ______/______/2012
_________________________________________________
Nome completo do (a) interlocutor (a) da pesquisa
_________________________________________________
Assinatura do (a) interlocutor (a) da pesquisa
Endereço: BR 343, KM 7,5, Bairro Floriópolis – Parnaíba (PI) Fone: 86-3323-4148.
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ANEXO C - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Eu,______________________________________________________________,
RG__________________, CPF__________________, abaixo assinado, concordo em
participar do estudo intitulado O uso do computador pelos professores da sétima série do
Centro Estadual de Ensino Profissionalizante – CEEP da cidade de Luis Correia, como
sujeito. Fui devidamente informado e esclarecido pelo pesquisador _____________________
sobre a pesquisa, os procedimentos nela envolvidos, assim como os possíveis riscos e
benefícios decorrentes de minha participação. Foi-me garantido que posso retirar meu
consentimento a qualquer momento, sem que isto leve a qualquer penalidade.
Parnaíba, ____/_____/2012
_______________________________________________
Assinatura do (a) interlocutor (a) da pesquisa
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